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DIREITOS EDUCACIONAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES-1

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FACULDADE – UNIFTB
CURSO: Complementação em Pedagogia 
DICIPLINA: Direitos Educacionais de crianças e Adolescentes
DOCENTE: Francisca Soares Carvalho
DICENTE: Jakeline de Oliveira Sousa
DADOS DA OBRA:
Direitos educacionais de crianças e adolescentes/ Anelize Pantaleão Puccinio Caminha. -1. Ed. – Curitiba [PR] : IESDE, 2020.
AUTOR:
ANELIZE PANTALÃO PUCCINIO CAMINHA
Doutoranda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná́ (PUCPR). Mestre em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e especialista em Processo Civil pela mesma instituição.
Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Atua como professora no ensino superior há́ quatro anos. É docente em um centro universitário e em diversas especializações e cursos preparatórios. Autora de artigos científicos e livros na área, é também sócia-proprietária de um escritório de advocacia.
CITAÇÕES
“Esta obra tem como objetivo analisar os direitos educacionais das crianças
e dos adolescentes com a premissa de compreender suas necessidades. O estudo desses direitos é indispensável para realizar o trabalho adequado ao desenvolvimento escolar.”
“Nesse sentido, no primeiro capítulo, analisa-se a evolução dos direitos das crianças e dos adolescentes. Para tanto, foi necessário abordar a já superada
teoria da situação irregular e a compreensão da atual teoria, chamada de teoria da proteção integral. Esses esclarecimentos são essenciais para que se compreenda a importância da proteção e da atenção para o desenvolvimento escolar adequado.”
“Os direitos fundamentais da criança e do adolescente presentes no ordenamento jurídico brasileiro são tema do segundo capítulo. Evidencia-se a importância de entender a proteção estabelecida na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para o direito à educação, além, é claro, da observação dos demais direitos fundamentais. 
“No terceiro capítulo, propõe-se uma reflexão sobre a relação entre a
criança, o adolescente, a escola e a família. A intenção é entender quais são as obrigações e atribuições da instituição de ensino e as responsabilidades da escola e da família. Destaca-se a necessidade da verificação das condições peculiares de desenvolvimento escolar.” 
“O direito ao desenvolvimento escolar é essencial para garantir a promoção das capacidades e das liberdades dos indivíduos, por isso é objeto de análise do quarto capítulo. São abordadas as questões que envolvem a educação inclusiva e os estudantes com deficiência, principalmente após as mudanças legislativas resultantes do Estatuto da Pessoa com Deficiência (EPD). As condições necessárias para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes no ambiente escolar, bem como o papel da escola e da família nos casos de bullying e cyberbullying, também são assunto desse capítulo.” 
“Por fim, o quinto capítulo estuda a proteção da criança e do adolescente no trabalho e as formas como isso se efetua na legislação vigente. Os mecanismos de proteção assegurados pelo Conselho Tutelar, pelo Ministério Público e o papel da justiça são igualmente discutidos nesse capítulo.”
Em seguida, ressalta que
“As crianças e os adolescentes nem sempre tiveram uma proteção jurídica efetiva e em alguns momentos (...) Entre os séculos XVI ao XIX eram tratados como seres sem qualquer relevância”. (...) 
P. 10
	“A Igreja Católica exerceu um papel importante nesta evolução, pois foi pioneira no reconhecimento de direitos para as crianças defendendo á dignidade e atenuando o tratamento severo dado pelos pais aos filhos. O objetivo de prestar auxiliar aos vulneráveis e, entre eles, às crianças que estavam em situação de marginalização. Os direitos das crianças foram referenciados na declaração de Genebra”. (...) a proteção à maternidade e a assistência social às crianças, independentemente de suas origens biológicas (...)
 P.11
	“Na história da colonização do Brasil, as crianças tiveram um papel essencial na catequização dos índios pelos Jesuítas. (...) os filhos educavam e catequizavam os pais.” P. 12
	“Os infratores menores de idade e uma política repressiva que se baseava no temor das penas. Os membros da família, garantindo direitos iguais e inalienáveis. Foi assegurada a igualdade de tratamento perante a lei, os cuidados necessários à infância e o tratamento igualitário aos filhos (...)”.
P. 13
	“O principio da proteção integral tem como objetivo a garantia à proteção plena de criança e do adolescente independentemente da situação.” 
P. 14
	“Não se verificava o papel da família no desenvolvimento da criança e do adolescente. Era mais importante proteger a sociedade dos infratores do que compreender motivo pelo qual os menores seguiam o caminho da marginalidade. O objetivo principal era deter o menor, utilizando o regime de internações, com quebra dos vínculos familiares (...). O progresso foi interrompido e muitos dos institutos utilizados para a proteção da infância e da juventude serviram para restringir ameaças e pressões recebidas.” 
P.15
	“O juiz de menores atuava apenas nos casos que envolviam menores em situação de delinquência ou abandono. Já as crianças ou adolescentes chegou ao ponto de precisar do amparo do código de menores não eram necessário esforços para verificar e tentar manter os vínculos consanguíneos. O objetivo era a proteção da sociedade perante o menor, e não do menor perante a situação em que ele se encontrava.” 
P.16
	“A constituição Federal de 1988 houve uma intensa mobilização a fim de modificar o modelo de sistema jurídico restrito aos menores abandonados ou em estado de delinquência.”
P. 17
	“Os objetivos de incluir direitos infanto- juvenis e reunião 1 milhão e 200mil assinaturas a fim de promover a sua ementa. (...)Após esse intenso movimento, deu-se o fim da teoria da situação irregular no Brasil, e o inicio da teoria da proteção da criança e do adolescente. É dever da família, da sociedade e do estado assegurar á criança, ao adolescente e ao jovem, como absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e á convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo d e toda forma de negligência, descriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” (Brasil, 1988) 
P. 18
	“A Proteção integral da criança e do adolescente, os direitos previstos devem ser assegurados com absoluta prioridade e é necessário levar em consideração o desenvolvimento da criança e do adolescente. A teoria de proteção Integral apareceu pela primeira vez, em três pilares importantes; I reconhecimento da tutela da proteção integral (...), II O direito à convivência familiar; III O direito das nações signatárias (...)”. 
P. 19
	“Como disposto no artigo3º do ECA, todos os direitos fundamentais inerentes á pessoa humana devem ser gozados pelas crianças e adolescentes.”
P. 20
	“Os municípios estão mais próximos da realidade das crianças e adolescentes Há uma atuação ativa do Ministério público, Poder Judiciário e dos Conselhos Tutelares com objetivo de proteção dos direitos da criança e do adolescente.” 
P. 21
	“A criança e o adolescente terão prioridade no atendimento em caso de proteção e socorro, nas politicas sociais públicas.” 
P. 22
2. DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
“(...) Princípios foram implementados e, entre eles, um dos mais importantes é o da dignidade da pessoa humana. Esse princípio deve ser aplicado a todos os indivíduos da sociedade, em todas as esferas, e, inclusive, às crianças e aos adolescentes.”
P. 26
“Foi determinada a forma de criação da Constituição, deu-se a positivação da teoria da proteção integral (...). Determinou-se que é dever do Estado brasileiro, da sociedade e da família a proteção plena, com absoluta prioridade da criança e do adolescente, por meio da proteção constitucional. A família é considerada a base da sociedade e, portanto, há proteção especial do estado. (...)”
P. 27
“A lei n. 8.069 põe a salvo que nenhuma criançaou adolescente será objeto de negligência, descriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, conforme estabelece o artigo 5º (BRASIL, 1990). A lei infraconstitucional se encarrega de tipificar, especialmente, cada conduta que deverá ser punida”. 
P. 28
“Após os 14 anos de idade, devem ser afirmado os direitos trabalhista e previdenciário e a proteção do direito á educação, assegurando, portanto, o acesso à escola, independentemente da atividade laboral. (...) assim, nas situações em que o adolescente trabalha ao longo do dia e precisa frequentar a escola durante o período da noite deve ser assegurado o acesso à educação. Ato infracional da criança e do adolescente, é possível verificar uma mudança de comportamento da legislação brasileira em decorrência da atual constituição. Antes, nos casos de infração, o menor era submetido ao acolhimento institucional, de modo a retira-lo da sociedade. É necessário à mediada privativa de liberdade, garante- se a obediência aos princípios da brevidade e, de suma importância , a observância e o respeito da condição peculiar de pessoa em desenvolvimento do infrator. O poder executivo deverá incentivar o seu cuidado sob a forma de guarda. O estimulo poderá ser realizado por meio de incentivos fiscais e subsídios, no formato da lei. Nos casos em que há uma dependência química de entorpecentes ou drogas, o jovem, a criança ou adolescente receberão atendimento diferenciado em programas de prevenção.”
 P.29
“Direitos fundamentais são aqueles inerentes a todos os seres humanos. Esses direitos são oponíveis ao Estado (...). Os direitos fundamentais podem ser classificados em geração ou dimensão. Os de primeira geração são os individuais e coletivos (...) os direitos de segunda geração se referem aos direitos sociais.” 
P.31
“É dever da família o cuidado com a saúde da criança e do adolescente, garantindo uma vida saudável. O poder Público é obrigado a garantir a tutela daqueles que ainda não nasceram e que não têm amparo suficiente, com nos casos em que a família não possui condições financeiras ou não desejam manter o filho em sua companhia. A proteção à vida também é realizada nas hipóteses de interferência do Estado no seio Familiar, como nas situações de castigo físico.” (...)
P.32
“O direito ao respeito, como estabelecido no ECA em seu artigo 17,
é a inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e
do adolescente. Para tanto, é necessário, ainda, preservar sua imagem,
sua identidade, sua autonomia de valores, suas ideias e crenças, seus
espaços e seus objetos pessoais. (...) Verificar o direito ao respeito é considerado de maneira ampla, visando garantia do seu desenvolvimento, com base em seus valores e suas vontades .”
P. 33
“Os casos em que é possível retirar o filho do poder de seus genitores envolvem situações de grave ameaça ou violação dos direitos fundamentais. (...) A retirada da criança ou do adolescente da sua família de origem será realizada apenas excepcionalmente e em situações de extrema necessidade. O procedimento será realizado por via judicial, com a atuação do Ministério Público e
garantindo o contraditório e a ampla defesa dos genitores.” 
P. 35
“Verifica-se que o direito fundamental à educação é um dever compartilhado entre família, sociedade e Estado. Isso se dá, como já mencionado, devido à condição de pessoa em desenvolvimento, da criança e do adolescente, e à importância da educação na sua formação como indivíduo. O ECA estabelece relevantes proteções no que se refere ao direito à
educação da criança e do adolescente. O acesso e a permanência na escola significam a obrigatoriedade do ensino gratuito em todos os níveis,
incluindo o ensino fundamental.” 
P. 36
“Estado deve assegurar, conforme o artigo 54 do ECA: I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; (...) Pode-se compreender que o Estado tem o dever de garantir, efetivamente, todas as formas de educação, desde o ensino fundamental, passando pelo ensino médio e chegando aos níveis mais elevados de ensino.” 
P. 37
“A não matrícula do filho na escola pode incidir, inclusive, em delito de abandono intelectual, tipificado no artigo 246 do Código Penal. A falta de matrícula no ensino básico pode ensejar a perda do poder familiar por abandono intelectual, como dispõe o Código Civil (2002), no seu artigo 1.638, inciso II. Portanto, a matrícula na é de suma importância e essencial para todas as famílias. O artigo 56 estabelece que se
deve comunicar ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos, situações de faltas reiteradas e injustificadas ou de evasão escolar, desde que esgotados os recursos escolares ou nas hipóteses de elevados níveis de repetência.” (BRASIL, 1990). 
P. 39
4. DIREITO AO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR
“As pessoas com deficiência foram tratadas de quatro formas distintas ao longo da história. Em um primeiro momento, foram vistas com intolerância; (...) O segundo momento, passaram a ser tratados de maneira invisível (...) No terceiro momento, iniciou-se uma frase assistencialista. (...) Atualmente, a humanidade está pautada na quarta fase, a da valorização dos direitos humanos, na qual a sociedade precisa trabalhar conjunto a fim de eliminar as barreiras existentes e promover o seu pleno exercício de direitos. No Brasil, os direitos das pessoas com deficiência já eram garantidos na constituição.” 
P. 62
“A deficiência é considerada conforme a sociedade em que está inserida. Com isso, abandonou-se o antigo modelo assistencialista, que considerava a pessoa com deficiência vulnerável ao observar a sua inclusão social.” 
P. 63
“Na definição do EPD, podemos verificar que se deixou de lado o modelo médico de deficiência, no qual a pessoa era classificada como tal por meio de um laudo médico com o CID (Classificação Internacional de Doenças) correspondente. Atualmente, a pessoa com deficiência é aquela que não consegue viver em sociedade em condições de igualdade. (...)” 
P. 64
“No novo paradigma, não se utiliza apenas a avaliação médica, mas sim uma avaliação biopsicossocial, como estabelece o artigo 2º, § 1º do EPD. Na avaliação, são elencados os seguintes fatores: “I.”. os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; II. os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III. a limitação no desempenho de atividades; e IV. a restrição de participação” (BRASIL, 2015a).
 P. 65
“O desenho universal e a tecnologia assistiva são utilizados para promover a inclusão por meio de produtos e equipamentos que visem garantir que as barreiras existentes em determinadas circunstâncias sejam eliminadas. (...) É a alteração da nomenclatura. Antes, as pessoas com deficiência eram chamadas de portadoras de deficiência, (...) a deficiência é um impedimento, e não uma enfermidade. O termo deficiente não deve ser utilizado, pois remete a uma incapacidade em relação á sociedade. Também não deve m ser utilizados os termos necessidades especiais e tampouco, apenas especiais.” 
P.66 
“A diferença entre educação inclusiva e educação especial. A principal distinção é que a primeira tem como objetivo a inclusão das demais pessoas da sociedade; já a segunda tem o escopo de garantir o atendimento especial. Definir educação especial como uma modalidade específica para pessoas com deficiência que tem o objetivo de provocar suas potencialidades. Já a educação inclusiva tem como objetivo promover, na medida do possível, o mesmo ensino para todos, independentemente da deficiência.” 
P. 67
“O EPD optou por estabelecer como regra a educação inclusiva para promover a diversidade no ensino regular. O objetivo da inclusão no ensino regular é de que toda a sociedade se adapte e trabalhe em conjunto para a promoção da acessibilidade. A convivência com pessoas com deficiência auxilia na inclusão efetiva (...). Os primeiros conceitosimportantes de diferenciar são: atendente pessoal, profissional de apoio e acompanhante. Atendente pessoal é a pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem remuneração, assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exercício de suas atividades diárias, (...) O profissional de apoio escolar é quem irá acompanhar o aluno com deficiência durante suas atividades.”
P. 68
“O acompanhante é aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente pessoal. (BRASIL, 2015a). O Estatuto da pessoa com deficiência estabelece mecanismos que devem ser assegurados para garantir o desenvolvimento escolar da criança e do adolescente com deficiência. É de responsabilidade do Poder Público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar o “sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida.” (BRASIL, 2015a) Um dos principais objetivos, portanto, é assegurar o acesso e a permanência do aluno, por isso devem ser ofertados recursos de acessibilidade e serviços.” 
P. 69
“O sistema educacional inclusivo deve garantir que os estudantes com deficiência participem das aulas e do convívio escolar em condições de igualdade com os demais.” 
P.70
“A educação superior e a profissional e tecnóloga devem seguir as
mesmas normas de acessibilidade e igualdade de oportunidades para que, após concluir a educação básica, o aluno com deficiência possa continuar os estudos e ser inserido no mercado de trabalho. A acessibilidade é um ponto de absoluta importância que deve ser observado em todos os seus níveis, desde o acesso a jogos e atividades recreativas, esportivas e de lazer dentro do sistema escolar em condições de igualdade até a acessibilidade às edificações, aos ambientes e às demais atividades em todas as etapas e níveis de ensino.” 
P. 71
“O bullying é conceituado como um conjunto de atos violentos praticados durante um determinado período. Nas escolas, são geralmente atos entre alunos com o objetivo de agredir verbal, física e/ou psicologicamente. O cyberbullying é originário do bullying e tem o mesmo objetivo,
entretanto acontece no meio virtual, por meio de e-mails, redes sociais,
smartphones etc. A escola é o ambiente mais comum. Um grupo dominante tende a ser o mais popular e todos os alunos desejam participar dele, aqueles que não conseguem se enquadrar sofrem, por parte dos integrantes desse grupo, intimidação, perseguição e, em alguns casos, violência física e psicológica.” 
P. 72
“Foi implementada a lei n. 13.185, de 6 de Novembro de 2015, que criou o Programa de Combate à Intimidação Sistemática. O objetivo da legislação é prevenir e combater essas práticas com a capacitação dos docentes e das equipes pedagógicas. O alvo é efetivamente barrar qualquer tipo de violência no ambiente escolar, inclusive as cometidas pelos professores e demais profissionais da instituição de ensino. Para a vítima, as consequências do bullying e do cyberbullying podem ser devastadoras. Além do isolamento social, é possível que ela desenvolva transtornos psicológicos, os quais podem, inclusive, acompanhá-la na vida adulta.” 
P.73
“O ato de bullying ou cyberbullying é considerado juridicamente um ato ilícito, podendo gerar dano moral, patrimonial e/ou extrapatrimonial. Os direitos abalados são considerados direitos personalíssimos, pois são abalados os direitos de personalidade. Deverão ser responsabilizados o agressor e o seu responsável no momento da prática. (...) A vítima precisa comprovar que o dano causado efetivamente foi gerado pela conduta dolosa ou culposa do agente, confirmando o nexo causal. O simples uso da violência e da agressividade de modo habitual já corresponde à conduta abusiva. A escola também poderá ser responsabilizada se não resguardar a integridade física e psíquica do agredido durante o período em que estiver com a sua guarda” 
P.74
“Se o aluno sofrer um dano em ambiente escolar, a escola será responsabilizada pela falha. No caso das escolas particulares, é aplicável o Código do Consumidor (BRASIL, 1990b), Os genitores são responsáveis civilmente de maneira objetiva pelos
atos causados por seus filhos menores, conforme afirma o artigo 933 do Código Civil. Escola pode ser responsabilizada, tendo em vista sua responsabilidade objetiva como fornecedora, mas, no mesmo sentido, tendo em vista a obrigação de educar dos genitores, essa responsabilidade poderá ser solidária.” 
P.75
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Constituição Federal (1988). Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao. htm. Acesso em: 26 jul. 2020.
BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 16 jul. 1990a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069. htm. Acesso em: 30 jul. 2020
BRASIL. Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,Brasília, DF, 12 set. 1990b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado. htm. Acesso em: 30 jul. 2020.
BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 7 jul. 2015a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 26 jul. 2020

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