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consignação

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➔ A grosso modo é depositar, sendo meio 
judicial ou extrajudicial adotado pelo devedor 
ou terceiro, para liberar-se da obrigação. 
 
➔ Na doutrina portuguesa, para haver o 
pagamento, deve haver uma cooperação do 
credor e sem esta, o pagamento fica difícil. 
 
▪ Por que ele não cooperaria? Porque quer 
romper o contrato, por exemplo. Vara de 
família (não coopera com os alimentos 
para gerar briga, para gerar o caos). 
 
➔ Para pontes de Miranda, “a consignação não é 
um pagamento; tem se como pagamento”. 
 
➔ Na dívida em dinheiro, não há alternativa, mas 
nem sempre é dinheiro. 
 
▪ Se a consignação é em dinheiro, tem que 
ser feita em estabelecimento bancário, 
mas para isso, precisa dos dados 
bancários da pessoa. 
 
▪ Se depositei no banco e a pessoa se 
recusa a receber, terei que depositar em 
juízo (isso é realizar a consignação). 
 
▪ O real digital vai facilitar o depósito, assim 
como o pix. 
 
Natureza jurídica 
É híbrida (tem direito material e processual). Sendo 
o depósito judicial um elemento processual. 
 
 
 
 
 
 
 
Legitimidade ativa 
 
➔ Devedor e representante. 
 
➔ Terceiro interessado. 
 
➔ Terceiro não interessado que paga em nome 
do devedor. 
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a 
obrigação, o depósito judicial ou em 
estabelecimento bancário da coisa devida, nos 
casos e forma legais. 
 
Art. 335. A consignação tem lugar: 
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, 
recusar receber o pagamento, ou dar quitação na 
devida forma; 
II - se o credor não for, nem mandar receber a 
coisa no lugar, tempo e condição devidos; 
III - se o credor for incapaz de receber, for 
desconhecido, declarado ausente, ou residir em 
lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva 
legitimamente receber o objeto do pagamento; 
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
 
Admissão da consignação 
➔ É imprescindível que o solvens respeite os 
quesitos subjetivos e objetivos previamente 
ajustado para a realização do pagamento. 
 consignação 
1. Se o credor não puder ou sem justa 
causa recusar a receber o pagamento ou 
dar quitação da devida forma. 
O artigo 335, no seu inciso primeiro, abrange 
diversas situações em que a iniciativa de levar o 
pagamento será do devedor. 
Como em situações em que o credor possui 
impossibilidade física de receber o pagamento (ex: 
sofreu um acidente), podendo estar gozando de 
plena saúde, mas que sem uma justa causa, 
recusa-se a receber o pagamento, ou podendo 
também o credor aceitar o pagamento, mas sem 
uma devida causa recusar-se a fornecer a 
quitação deste. 
 
2. Se o credor não for nem mandar receber 
a coisa no lugar; tempo e condições 
combinadas. 
O artigo 335 do código civil, no seu inciso 
segundo, faz menção as dívidas quesíveis que 
estão descritos no artigo 327 do código civil, em 
que não havendo cláusula estabelecendo 
voluntariamente o local do pagamento, 
prevalecerá a iniciativa do credor de buscar o 
pagamento no domicílio do devedor. 
A inercia do credor afasta a mora do devedor, 
ainda que esta dívida estivesse vencida. 
Em caso de a recusa do credor acarretar despesas 
ao devedor, caberá a ele ressarcir o devedor, além 
disso, o devedor não terá responsabilidade pelos 
riscos da coisa durante este atraso (art. 400, CC). 
 
3. Se o credor for incapaz de receber, for 
desconhecido, declarado ausente ou 
residir em lugar incerto ou de acesso 
perigoso ou difícil. 
Artigo 335, no inciso terceiro, refere-se a 
situações em que o credor é absoluto ou 
relativamente incapaz, mas que essa condição 
não é obstáculo para o pagamento, pois pode ser 
feito o pagamento através do seu representante 
ou assistente. Quando o devedor não possui a 
segurança sobre a real qualidade daquele que se 
diz representante, ele poderá fazer o pagamento 
por consignação. 
Em casos em que o credor é desconhecido, como 
quando o credor originário faleceu e não se sabe 
ao certo quem são os seus sucessores, o devedor 
deverá pagar em consignação. 
Quanto ao credor que foi declarado ausente, o 
devedor não necessariamente deverá fazer o 
pagamento e consignação, pois o magistrado 
poderá nomear um curador, sendo realizado 
somente o pagamento em consignação quando o 
juiz não conceder ao curador os poderes para 
oferecer a quitação. 
 
4. Se ocorrer dúvida sobre quem deva 
legitimamente receber o objeto de 
pagamento. 
Hipótese em que dois ou mais credores alegam 
ser legitimados para receber o pagamento, e 
como medida de segurança o devedor faz um 
depósito judicial ou extrajudicial, até que seja 
definido quem possui realmente a titularidade para 
receber o pagamento (art. 548 CC). 
No caso de litígio entre os dois supostos credores 
pela titularidade do crédito, haverá a possibilidade 
de qualquer um deles ajuizar uma ação de 
consignação, para evitar o risco de o pagamento 
ser efetuado ao outro (art. 345 do CC), possuindo 
assim o único caso em que a consignação não será 
deferida com exclusividade ao devedor. 
 
5. Se pender litígio sobre o objeto do 
pagamento 
No artigo 335, no inciso quinto, trata se da 
hipótese em que o crédito é disputado por um 
credor e um terceiro, estranho a relação 
obrigacional, em que o devedor se for notificado 
do litígio sobre o crédito deverá fazer o pagamento 
em consignação, caso este não seja notificado da 
penhora feita sobre o crédito, o pagamento deverá 
ser feito de acordo com o artigo 312 do código civil. 
 
Pressupostos da consignação 
É necessário que seja verificado se as condições 
de depósito são suficientes para extinguir uma 
obrigação, contudo, seu depósito detém eficácia 
liberatória ao devedor por coincidir exatamente 
com os requisitos do pagamento voluntário. 
 
➔ Os legitimados ativos para a consignação só 
um devedor ou seu representante, o terceiro 
interessado e, eventualmente, o terceiro não 
interessado. 
 
▪ O terceiro desinteressado só terá 
legitimidade ativa para realizar a 
consignação, quando esta realizada em 
nome do devedor, na excepcional 
hipótese do artigo 345 do código civil, caso 
contrário ele não detém o interesse 
processual para consignar (Art.304 CC). 
 
➔ O legitimado passivo é o credor, ou quem o 
represente (Art. 308 CC). 
 
➔ Havendo solidariedade ativa, a consignação 
poderá ser direcionada em face de qualquer 
dos credores (Art. 268 CC). 
 
➔ Em obrigações indivisíveis com pluralidade 
de credores, o depósito será direcionado 
contra todos eles (Art. 260, I, do CC). 
 
➔ Em relação ao objeto da consignação, o 
depósito compreenderá a coisa devida em sua 
integralidade, pois o pagamento parcial não 
possui efeito liberatório, a menos que o 
credor autorize. 
 
➔ A consignação será efetuada no prazo e local 
previamente determinados, que em qualquer 
das situações descritas no artigo 335 do código 
civil, será necessariamente efetuado no local 
originário do pagamento (Art. 337, CC). 
 
▪ Em regra, se tratando de dívidas quesível, 
o pagamento deverá ser feito no domicílio 
do devedor. 
 
▪ Em dívida portável (casos excepcionais), o 
pagamento deverá ser no domicílio do 
credor (Art. 327, CC). 
 
▪ Tratando-se de depósito de bem imovel, o 
local da situação do bem prevalecerá para 
fins de consignação (Art. 341 do CC). 
 
➔ Não caberá a consignação nas obrigações de 
fazer ou não fazer, ondeo próprio artigo 334 do 
código civil, refere-se ao depósito da coisa 
devida. Em relação as obrigações de dar coisa 
incerta, o depósito deverá atender as regras 
relativas à titularidade da escolha. 
 
Casos em que o credor é desconhecido 
ex: a pessoa morreu e o inventário não foi aberto - 
art. 1829, I - cônjuge herda. As famílias hoje em dia 
são mosaicas, são feitas de relações pretéritas - 
filhos de vários casamentos. Não se sabe quem 
deve pagar - pode mover a ação de consignaçãocontra o desconhecido art. 256, I. 
 
Art. 336 - CPC - Para que a consignação tenha 
força de pagamento, será mister concorram, em 
relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, 
todos os requisitos sem os quais não é válido o 
pagamento. 
 
❖ A consignação, na via judicial, é uma ação. Essa 
ação tem que preencher os requisitos 
processuais necessários assim como os 
requisitos de direito material. Casamento entre 
direito processual e direito material - é a prova 
da natureza híbrida da consignação.

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