Buscar

Resumo Direitos Educacionais

Prévia do material em texto

FACULDADE
UNIFTB
SOCORRO PEREIRA LEITE DE OLIVEIRA
RESUMO: DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE,
RELAÇÃO ENTRE CRIANÇA, ADOLESCENTE, ESCOLA E FAMÍLIA, DIREITO AO
DESENVOLVIMENTO ESCOLAR.
Trabalho da disciplina Direitos
educacionais de Crianças e Adolescentes
do curso de Pedagogia Graduação EAD,
apresentado ao Polo de Barbalha da
Faculdade UNIFTB sob orientação do
Professor(a) Francisca Soares Carvalho.
Barbalha- Ce
2022
RESUMO DOS CAPÍTULOS 2, 3 E 4.
Os direitos fundamentais da criança e do adolescente adquiriram realidade com o
surgimento da responsabilidade na ação em conjunto entre o estado, a sociedade e a família,
os quais juntos garantem o pleno desenvolvimento do indivíduo em formação.
A criação da Constituição brasileira através da garantia de proteção já existente pelos
diplomas internacionais determina que é dever do estado brasileiro promover proteção
constitucional. O Código de Menores de 1979 era restrito aos menores infratores e aqueles em
situação de perigo, criando mudança de paradigma em 1988 passando a dar proteção plena a
todos os indivíduos em desenvolvimento.
No art. 227 da Constituição evidencia-se que tudo que é necessário para o pleno
desenvolvimento do indivíduo deve ser assegurado. A criação do ECA (Estatuto da Criança e
do Adolescente) contribuiu para a garantia desses direitos, promovendo programas
assistenciais desde a saúde materno infantil ao atendimento a pessoas com deficiência. Os
direitos fundamentais são inerentes a todos os seres humanos. Estão previstos na Declaração
Universal dos Direitos Humanos (Uno 2009) e formados na Constituição (Brasil, 1988), são
classificados em gerações ou dimensões. O direito à vida é considerado o mais fundamental e
absoluto de todos; o direito de saúde é assegurar o bem estar físico, mental e social (AMIM,
2010).
O Poder Público é obrigado a garantir a tutela daqueles que nasceram, dando apoio a
mulher e a gestante. Até os 16 anos no art. 17 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)
assegura a inviabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente,
preservando a imagem, identidade, valores, ideias e crenças, seus espaços e objetos pessoais,
esse direito não é reproduzido aos maiores de 18 anos (NUCCI, 2018). Os filhos serão
tratados da mesma forma, independente da origem do casamento ou adoção. Terão os mesmos
direitos e qualificações, é proibido discriminatório. Entre os pais, ambos exercem condições
de igualdade de poder familiar, havendo divergências, a solução vem da autoridade judiciária.
A perda ou suspensão do poder familiar se dá através da infração do Código Civil (2002),
bem como da violação dos direitos fundamentais. Dentre as circunstâncias apresentadas a
retirada da criança ou adolescente da sua família de origem acontecem em casos extremos de
necessidade.
O direito à educação é um direito fundamental social (art. 227 da Constituição). O
estado tem o dever de garantir todas as formas de educação, desde o ensino fundamental e
Médio, oferecendo os níveis mais elevados de ensino. Na Constituição brasileira as leis
garantem a proteção e garantia da educação da criança e do adolescente como ensino básico
obrigatório e gratuito. A família comete delito penal se não matricular-las.
A proteção implementada na Constituição é positivada no ECA (N° 8069/1990),
consolidam três promessas, respeito aos direitos, proteção integral e efetivação dos direitos
fundamentais, pois considera que crianças e adolescentes são pessoas em condições peculiares
de desenvolvimento havendo conflito entre direitos de um adulto e um adolescente e criança,
prevalecendo direito ao adolescente e a criança. A educação é regulamentada na LDB (Lei de
Diretrizes e Bases) 9304/1996, sendo essa a única forma de reduzir a desigualdade social e
fomentar o desenvolvimento econômico.
Cabe a instituição de ensino oferecer segurança ao estudante durante a estadia do
mesmo dentro do ambiente físico. A escola é responsável por suprir todos os objetivos
educacionais estabelecidos na Constituição, é obrigatório e gratuito dos 4 anos de idade aos
17 anos, e assegurar a língua nativa de cada indivíduo. Os municípios atuam no ensino
fundamental e médio. A família também tem a responsabilidade de manter os filhos
devidamente matriculados, responder a qualquer ato ilícito praticado pelos menores no âmbito
escolar, por sua vez os gestores são responsáveis pelos mesmos dentro das instalações físicas.
As crianças ou adolescentes com ou sem deficiência são representadas até os 16 anos.
Havendo deficiência, avalia-se através da avaliação médica e biopsicosocial como estabelecer
o EPD (Estatuto da Pessoa com Deficiência) e o tratamento deve ser personalizado para
diminuir as barreiras existentes. Dentre esses elementos fundamentais para garantia desses
direitos aos deficientes deverá ter acessibilidade ao desenvolvimento universal, tecnologia
assistiva ou ajuda técnica. Vale ressaltar a mudança de nomenclatura, antes essas pessoas
eram conhecidas por “portadoras de deficiência“ o EPD apresentou o termo barreira que na
medida do possível é superado, sendo mais correto usar “necessidades especiais”.
A educação escolar tem como um dos objetivos o pleno desenvolvimento das pessoas,
logo é de extrema importância compreender a diferença entre educação inclusiva e educação
especial. A educação inclusiva o termo já é claro, tem objetivo de incluir todas as pessoas da
sociedade independentemente de deficiência ou não, a educação especial garante atendimento
específico às pessoas que apresentam algum tipo de deficiência. A inclusão no ensino regular
é para que toda a sociedade se adapte e em conjunto promovem a acessibilidade, e para
melhor atendimento classificou-se em “atendente pessoal“ que é uma pessoa da família que
acompanha a pessoa com deficiência no exercício de suas atividades diárias, para tal
formação não é remunerada, o profissional de “apoio escolar” é o funcionário que orienta e
faz a aplicação das atividades escolares na modalidades de ensino, e por fim o
“acompanhante” que acompanha podendo desempenhar ou não funções de “atendente
pessoal”.
O EPD (Estatuto da Pessoa com Deficiência) garante a educação individualizada para
cada aluno, assegurando a educação de qualidade. Para que esse atendimento seja eficaz, é
necessário aprimorar o projeto pedagógico de atendimento educacional especializado
juntamente a todos os serviços oferecidos na instituição de ensino. A escola deverá ser
trilíngue, libras como primeira língua e português em segunda instância na modalidade
escrita. Após a conclusão da educação básica o aluno com deficiência poderá continuar os
estudos e ser inserido no mercado de trabalho, pois a educação superior e a profissional e
tecnóloga devem seguir oferecendo acessibilidade e igual oportunidade.
As normas referenciadas no EPD são aplicadas a todas as instituições de ensino. Nesse
contexto houve importante mudança no sistema educacional inclusivo, o EPD intensificou os
direitos e deveres promovendo melhoria essencialmente significativa às pessoas que
apresentam alguma deficiência, oportunizando igualdade com as demais pessoas da
sociedade. Assim as políticas públicas inclusivas estão sendo implementadas, a capacitação
profissional está em andamento, promovendo melhoria aos profissionais da educação,
trazendo melhorias físicas ao ambiente escolar. A implementação está acontecendo através da
obrigatoriedade que já é realidade.

Continue navegando