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WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA NEOPLASIAS GINECOLÓGICAS II – ÚTERO, ENDOMÉTRIO E VULVA SANGRAMENTO VAGINAL As causas a serem pensadas mudam conforme a faixa etária .. Em uma mulher de 27 anos: ✓ Causa obstétrica ✓ Infecção ✓ Neoplasia (em jovem) = HPV ✓ Disfuncional (é uma grande causa de sangramento em mulheres jovens – porém, é um diagnóstico de exclusão, sem causa orgânica demonstrável. Em 80% dos casos é anovulatório, por irregularidade menstrual) HPV (PAPILOMA VÍRUS HUMANO) Mais oncogênicos: 16 e 18 (principal → 16) o 16: carcinoma de células escamosas o 18: adenocarcinoma Condiloma: 6 e 11 (condiloma acuminado) → baixo potencial oncogênico VACINA Quadrivalente (HPV 6, 11, 16, 18) Meninas 9 a 14 anos Meninos 11 a 14 anos Duas doses (0 – 6 meses) 9 a 26 anos HIV / imunossuprimidos Três doses (0 – 2 – 6 meses) (*) Existe sempre uma reação cruzada, de maneira que a vacina sempre acaba tendo uma proteção adicional (assim, a proteção não é exclusiva contra os sorotipos descritos acima) WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA CÂNCER DE COLO FATORES DE RISCO ✓ HPV ✓ Tabaco ✓ Fatores para DST ✓ ↓ Imunidade ANAMNESE + EXAME FÍSICO Estágios avançados: dor, corrimento, sangue RASTREIO COLPOCITOLOGIA DIAGNÓSTICO COLPOSCOPIA + BIÓPSIA COLPOCITOLOGIA QUANDO COLHER 1x/ano; após 2 negativos, a cada 3 anos Entre 25 e 64 anos, após a sexarca Parar após histerectomia por doença benigna sem história de lesão de alto grau GESTANTES → igual a não grávida HIV (+) → após sexarca (independentemente da idade) – coletar de 6/6m no 1º ano; após anualmente * se CD4 < 200 – continuar a coletar de 6/6m até melhora da contagem, para só então retornar ao intervalo anual VIRGEM → não colher COMO COLHER Coleta dupla Coleta ectocervical → espátula de Ayre Coleta endocervical → escova endocervical * Coleta tripla: colher também fundo de saco vaginal * Fixar a lâmina! COMO CONDUZIR LIE-BG (LSIL) NIC I Repetir 6 meses (≥ 25 anos) ou 3 anos (< 25 anos) 2 LIE-BG = COLPOSCOPIA ASC-US Escamosa Indeterminada Possivelmente não neoplásica Repetir 6 meses (≥ 30 anos) ou 12 meses (26 – 29 anos) 3 anos (≤ 25 anos) 2 ASC-US = COLPOSCOPIA ASC-H Escamosa Indeterminada Possivelmente neoplásica Colposcopia AGC (AGUS) Glandular Indeterminada Colposcopia com avaliação do canal EC (escovado endocervical) LIE-AG (HSIL) NIC II / III Ca in situ Colposcopia AOI (origem indeterminada) HIV+ c/ LIE-BG ou ASC-US Se parece CA... Colposcopia LSIL (LIE-BG) → corresponde na biópsia a NIC I HSIL (LIE-AG) → corresponde na biópsia a NIC II e III (*) Em menopausadas a JEC fica mais interiorizada – logo, em pós-menopausadas, pode-se entrar um pouco mais com a escova endocervical (até as cercas desaparecerem) WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA DIAGNÓSTICO COLPOSCOPIA + BIÓPSIA • ÁCIDO ACÉTICO: ↑ atividade proteica → acetobranca • TESTE DE SCHILLER (LUGOL): ↓ glicogênio → iodo (-) o Iodo negativo = Schiller positivo • Achado mais suspeito = VASOS ATÍPICOS Gestante → biópsia só na suspeita de invasão! Em caso de colposcopia insatisfatória (sem JEC): Afastador (abrir + espéculo) Espéculo endocervical Estrogênio Avaliação do canal endocervical Escovado endocervical Curetagem endocervical Histeroscopia HISTOLOGIA Lesões intraepiteliais Câncer cervical LESÕES INTRAEPITELIAIS (NIC) NIC I Acompanhar Se em 2 anos persistir (NIC I persistente) → tratamento destrutivo: Crioterapia Cauterização NIC II NIC III Exérese: CAF ou CONE CAF / EZT (cirurgia de alta frequência / excisão da zona de transformação) – ambulatorial CONE – em centro cirúrgico / ↑ sangramento (*) Em caso de suspeita de invasão → conização Contraindicações de CAF: • Suspeita de invasão • Não vê limite da lesão • JEC não visível (colposcopia insatisfatória) WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA CÂNCER CERVICAL Tipo mais comum → epidermoide (espinocelular ou escamoso). Segundo mais comum → adenocarcinoma ESTADIAMENTO DO CÂNCER CERVICAL ESTÁDIO 0 Carcinoma in situ ESTÁDIO I Restrito ao colo uterino (colo normal 3,5 - 4 cm) IA 1 ≤ 3 mm de profundidade IA 2 3 a 5 mm de profundidade IB 1 5mm a 4 cm de profundidade IB 2 > 4 cm de profundidade ESTÁDIO II IIA Parte superior da vagina (“vem Abaixo”) IIA1: até 4 cm IIA2: > 4 cm IIB Invade paramétrio ESTÁDIO III IIIA 1/3 inferior da vagina IIIB Parede pélvica / hidronefrose / exclusão renal ESTÁDIO IV IVA Bexiga e reto IVB Metástase à distância (*) Avaliar paramétrio: toque retal (**) Invasão: por continuidade ou por contiguidade! É o estadiamento ginecológico que cai em prova! Estudar!!! TRATAMENTO ESTÁDIO 0 Cone é diagnóstico e terapêutico ESTÁDIO IA1 Padrão: histerectomia tipo 1 Se deseja gestar: cone ESTÁDIO IA2 Padrão: histerectomia tipo 2 + linfadenectomia pélvica ESTÁDIO IB1 Padrão: Wertheim-Meigs ESTÁDIO IB2 ESTÁDIO IIA Wertheim-Meigs ou quimiorradioterapia ESTÁDIO ≥ IIB Quimiorradioterapia (*) O que mais cai em provas: estádio IB1 = clássica indicação de Wertheim –Meigs (**) ≥ IIB: quimiorradioterapia CIRURGIA DE WERTHEIM-MEIGS Histerectomia total + retirada paramétrios e uterossacros + terço superior da vagina + linfadenectomia pélvica Anexectomia não é obrigatória WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA CÂNCER DE VULVA Fatores de risco HPV, tabagismo, Linfogranuloma venéreo Diagnóstico Clínica: prurido (+ comum e precoce) → 70% Exames: teste de Collins (direciona biópsia) e biópsia Tipo histológico Escamoso Local mais comum Grandes lábios Disseminação Linfática Tratamento > 2cm → vulvectomia < 2cm → retirar com margem de 2 cm OUTRAS LESÕES VULVARES LÍQUEN ESCLEROSO Idosa com apagamento de pequenos lábios, hipocromia vulvar e prurido = BIÓPSIA Tratamento = clobetasol pomada (↑ potência) MELANOMA Lesão hiperpigmentada = BIÓPSIA PAGET Erosão e descamação na vulva = BIÓPSIA SANGRAMENTO NA PÓS-MENOPAUSA • Atrofia endometrial (30%) • Uso de terapia hormonal (30%) • Câncer de endométrio (15%) → USG com endométrio espesso + fatores de risco SUSPEITA DE CÂNCER MENOPAUSA Endométrio > 4 mm sem TH Endométrio > 8 mm com TH COLPOCITOLOGIA PODE SER SUSPEITA Atipia glandular em > 35 anos Célula endometrial após menopausa FATORES DE RISCO FATORES DE PROTEÇÃO Obesidade, > 60 anos, nuliparidade, branca, anovulação crônica, menacme longo, DM, hiperplasia... Multiparidade, tabagismo, ACHO (progesterona), DIU de progesterona DIAGNÓSTICO CLÍNICA e USG → SUSPEITA! SUSPEITA → realizar BIÓPSIA Cureta de NOVAK • Vantagem: ambulatorial • Desvantagens: às cegas / muitos resultados falso-negativos Curetagem FRACIONADA (semiótica) • Desvantagem: às cegas / possibilidade de falso negativo HISTEROSCOPIA COM BIÓPSIA: visualização direta (padrão-ouro) LESÕES PRECURSORAS CÂNCER DE ENDOMÉTRIO WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA LESÕES PRECURSORAS HIPERPLASIA ENDOMETRIAL (precedem 80% dos CA) Hiperplasia é laudo histopatológico Tipos de hiperplasia Tipo Risco de malignização Simples sem atipia 1% Complexa sem atipia 3% Simples com atipia 8% Complexa com atipia 29% Quem manda na conduta → ter ou não atipia (*) Com atipia = histerectomia TRATAMENTO: ATIPIA x DESEJO DE GESTAR Simples ou complexa SEM ATIPIA Progesterona: mais usado Histerectomia: pós-menopausa ou falha de tratamento clínico (exceção) Simples ou complexa COM ATIPIA Histerectomia: eleição na presença de atipia Progesterona: desejo de gestar ou alto risco cirúrgico (exceção) CÂNCER DE ENDOMÉTRIO • Qual o tipo mais comum: ENDOMETRIOIDE • TRATAMENTO: LAPAROTOMIA → estadiamento e tratamento HTA + lavado+ anexectomia bilateral + linfadenectomia (se suspeito) • RADIOTERAPIA: ≥ 50% invasão miometrial (≥ IB) • QUIMIOTERAPIA: metástases
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