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WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA AVALIAÇÃO INICIAL DA GRAVIDEZ DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ CRITÉRIOS CLÍNICOS PRESUNÇÃO Percebido pela MÃE / MAMA / SISTÊMICO Náuseas, polaciúria, mastalgia... Hipertrofia da glândula sebácea mamária – tubérculo de Montgomery Modificação na trama venosa (rede venosa mais evidente na mama) – rede de Haller Mudança da aréola (surgimento da aréola secundária) – sinal de Hunter PROBABILIDADE ÚTERO, VAGINA e VULVA Hegar: amolecimento do istmo (entre o corpo e o colo do útero) -> pode ser percebido pelo toque bimanual (há uma sensação de que o corpo e o colo estão separados) Piskacek: assimetria uterina -> a região onde ocorre a nidação cresce mais do que o lado contralateral no início da gestação Nobile-Budim: preenchimento do fundo de saco vaginal -> o útero torna-se mais globoso Jacquemier: meato e vulva roxos Kluge: vagina roxa CERTEZA OUVIR ou SENTIR a gestação Puzos: (a partir de 14 sem) rechaço fetal -> faz-se o toque vaginal, empurrando o útero para cima, e temos a sensação de que algo sobe, desce e bate no dedo Movimentação: após 18-20 sem; pelo médico (quando referido pela mãe é presunção) Ausculta: Sonar (> 10sem) / Pinard (> 20sem) *Sempre lembrar de comparar com o pulso materno! LABORATORIAL hCG na urina ou no sangue Pico: 8 a 10 semanas (após há uma estabilização) BetaHCG • 1.000 confirma (95% dos casos) • Dobra a cada 48h (normal) – abortamento ou ectópica = não irá dobrar a cada 48h BetaHCG > 1.500 com útero vazio → ectópica ULTRASSONOGRAFIA A partir do momento em que se vê o saco gestacional já é gestação – pode ou não evoluir com surgimento do embrião! 4 semanas → saco gestacional (SG) 5 semanas → vesícula vitelínica 6/7 semanas → embrião / BCE + SG ≥ 25 mm → embrião (*) Se não aparece o embrião após 8 semanas, a possibilidade é de uma gravidez anembrionária! (**) (USGABD → adicionar 1 semana para cada fase) USG 6-12 semanas (1º tri) → idade gestacional + fiel Utiliza-se o CCN (Comprimento Cabeça-Nádega)! WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA MODIFICAÇÕES MATERNAS CUTÂNEAS CORPO UTERINO • Estrias gravídicas • Cloasma • Correlação: IG e fundo uterino (FU): 18 – 30 sem (3 cm abaixo do esperado neste período = suspeita de crescimento intrauterino restrito) • 12 sem → púbis • 20 sem → umbigo OSTEOARTICULARES URINÁRIAS • Modificação do centro de gravidade • Acentua a lordose • Alarga a base – marcha anserina • Aumento da taxa de filtração glomerular (50%) - Ureia e creatinina - Glicosúria fisiológica ... FILTRA POR DOIS • Compressão ureteral à direita RESPIRATÓRIAS HEMATOLÓGICAS • Hiperventilação - expansão do tórax - expiração (protege o feto da acidose) • Alcalose respiratória compensada • do volume plasmático Anemia fisiológica - 20-30% eritrócito - 50% plasma • Leucocitose (sem aumento de bastões) • Tendência pró-coagulante Tríade de Virchow = coagulação + estase + lesão endotelial ** O período mais trombogênico é o pós-parto (quando temos também a lesão endotelial – pela ferida placentária). Profilaxia de evento tromboembólico no puerpério: deambulação precoce. METABÓLICAS GASTROINTESTINAL • Glicose passa fácil pela placenta (difusão facilitada) • Tendência à hipoglicemia de jejum • Hiperglicemia pós-prandial ➔ 2ª. metade da gestação: placenta secreta lactogênio placentário ------------------------------------------------------------- EDEMA – Hiperaldosteronismo secundário - Diminuição da pressão coloidosmótica - Útero comprime cava • Relaxa esfíncter esofagiano inferior (refluxo) • Diminuição do esvaziamento gástrico (broncoaspiração) • Relaxa vesícula (aumento do risco de cálculo) – melhor período para cirurgia: 2º trim (vídeo é permitido? Sim) – colecistectomia é a segunda cirurgia não obstétrica mais realizada na gestante; a primeira é a apendicectomia • Diminuição da peristalse (constipação) • Reduz secreção ácida ( úlcera péptica) CARDIOVASCULARES • Hipercinética = sopro sistólico • Placenta = funciona como uma “fístula” = RVP PA = RVP x DC DC (maior aumento): 20-24 sem (aumento em 30%) A partir de um determinado limite, a placenta ultrapassa o limite de aumento do DC – queda da PA PA > 2º. trimestre WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA PRÉ-NATAL CONSULTAS DE PRÉ-NATAL MS preconiza, no mínimo, 6 consultas, sendo: 1º trimestre 1 Até a 28ª semana Consultas mensais 2º trimestre 2 28ª a 36ª semana Consultas quinzenais 3º trimestre 3 > 38 semanas Consultas semanais Vitaminas • Ferro: o ferro profilático (40-60mg Fe elementar) deve ser usado quando Hb > 11, a partir da 20ª semana até 3 meses pós-parto. • Ácido fólico: 0,4mg – profilático (3 meses antes de engravidar) e até o 1º trimestre o Prevenir defeitos do tubo neural e anemia megaloblástica o Pode ser tomado durante toda a gestação, se a gestante quiser Apesar de não ter necessidade, pode ser prescrito polivitamínicos a partir do 2º trimestre, com vitaminas do complexo B e lipossolúveis (A, D, E, K). ➢ Exercício físico: normal! ➢ Atividade sexual: normal! EXAMES (MS, 2012) Tipagem sanguínea e Rh, hemograma, glicemia de jejum, VDRL, HIV, HbsAg, EAS, urocultura e toxoplasmose (*) VDRL ou teste rápido para sífilis (o teste rápido é um teste treponêmico) – em casos de gestante com histórico de sífilis já tratada, não se pode pedir o teste rápido, nesse caso teríamos de solicitar o VDRL / HIV = anti-HIV ou teste rápido para HIV Tipagem e Rh (Rh- → coombs indireto) EAS e urocultura Sexuais (HIV, HBsAg, VDRL) Toxoplasmose (IgM e IgG) Anemia (hemograma) e açúcar (glicemia de jejum) Repetir... Repetir 30ª sem Hemograma VDRL, HIV e HBsAg Glicemia de jejum EAS e urocultura Rastreio infecção pelo GBS Swab vaginal e retal entre 35-37 sem (*) não faz parte dos exames do MS WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA TOXOPLASMOSE • IgG- / IgM- → sem imunidade (repetir todo trimestre) • IgG+ / IgM- → com imunidade (não necessita repetir toxo) • IgG- / IgM+ → infecção aguda • IgG+ / IgM+ → infecção aguda ou crônica Teste da avidez • > 60% (alta) → > 4 meses • < 30% (baixa) → < 4 meses INFECÇÃO AGUDA MATERNA Espiramicina (1g de 8/8h) e rastrear o feto (amnio ou cordocentese) INFECÇÃO FETAL (+) Sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico (intercalar com espiramicina a cada 3 semanas) Obs.: infecção materna com mais de 30 sem → já iniciar tratamento para o feto (não é necessário fazer o exame invasivo para rastrear o feto) RASTREIO INFECÇÃO PELO GBS Streptococcus do grupo B ou agalactiae Deve ser universal... Não precisa • Bacteriúria atual para GBS • Filho anterior teve GBS Profilaxia intraparto Para quem fazer profilaxia intraparto? Profilaxia intraparto • Bacteriúria atual para GBS • Filho anterior teve GBS • Swab (+) 35-37 sem • Sem rastreio com fator de risco* (*) Fatores de risco: Trabalho de parto < 37 sem Tax intraparto ≥ 38º.C RPMO ≥ 18 horas Penicilina cristalina 5 x 106 IV (ataque) e 2,5 x 106 IV (manutenção) 4/4h -------------------------------------------------------------------------- NÃO FAZER PENICILINA • Cesariana eletiva • Swab negativo < 5 semanas • Sem rastreio e sem fator de risco WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA VACINAÇÃO • Tétano/ difteria (dT / dTPa) • Hepatite B sempre avaliar • Influenza • Raiva • Meningococo (*) Toda gestação → fazer dTPa (27-36 sem) – independentemente do número de doses que já tenha recebido ou do tempo da última dose (*) 3 doses de antitetânica com intervalo de 30 dias (2 de dT e a última de dTPa + vacinação HBV). A dTPa pode ser dada para gestantes desde 2014! Se ela precisa de duas doses, será dT + dTPa. Seprecisar de três doses, será 2 dT + dTPa. • A dTPa pode ser usada a partir de 20 semanas desde 2017. o Até 2016 era apenas a partir de 26 semanas. • VACINAS NÃO PERMITIDAS – Atenuados o Tríplice viral o Sabin o Varicela o BCG o Febre amarela (convencer a paciente a não viajar para área de risco, caso for, vacinar!) ACONSELHAMENTO GENÉTICO Exame não invasivo Exame invasivo Rastreio Oferecer para todas Diagnóstico Rastreio (+) ou Fatores de risco Fatores de risco: > 35 anos, anomalia congênita (feto/pais), perda de repetição, cosanguinidade. EXAME NÃO INVASIVO Biofísico 11-14 sem TN (normal <2,5mm) Osso nasal Ducto venoso Teste duplo 11-13 sem hCG + PAPP-A (1º. Trimestre) Teste triplo > 15 sem hCG + AFP + estriol Quádruplo > 15 sem hCG + AFP + estriol + inibina Obs.: Síndrome de Down = APAE (AFP, PAPP-A e Estriol) EXAME INVASIVO: • Biópsia de vilo = entre 10-13 sem (até 1% óbito) • Amniocentese = entre 14-16 sem (até 0,5%) • Cordocentese = após 18 sem (+- 2%)
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