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Trabalho de Conclusão de Curso da UNIVESP - Letras - DIFICULDADES ENFRENTADAS NO ENSINO DE LITERATURA NO ENSINO MÉDIO UMA ANÁLISE A RESPEITO DO MODO DE ENSINAR

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO - UNIVESP 
 
 
 
ALINE FERREIRA MAIA - R.A.: 2003319 
BRENDHA ARIADNE CRUZ - R.A.: 2004544 
CLÁUDIA ROSA - R.A.: 2003811 
FLAVIA MATIAS DA ROSA - R.A.: 2004779 
JULIANA APARECIDA DA SILVA ESPIRITO SANTO - R.A.: 2015826 
PATROCINIA SERENTE FREIRES MARCHI - R.A.: 2000334 
ROSANGELA FUMAGALLI LISUM - R.A.: 2008748 
RODRIGO APARECIDO MARQUES DE OLIVEIRA - R.A.: 2003748 
 
 
 
 
DIFICULDADES ENFRENTADAS NO ENSINO DE LITERATURA NO ENSINO 
MÉDIO: UMA ANÁLISE A RESPEITO DO MODO DE ENSINAR 
 
 
 
 
 
 
Vídeo de Apresentação 
 
https://youtu.be/N1oeywpUlf4 
 
 
 
 
São Paulo - SP 
2022 
 
 
https://youtu.be/N1oeywpUlf4
2 
 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO - UNIVESP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFICULDADES ENFRENTADAS NO ENSINO DE LITERATURA NO ENSINO 
MÉDIO: UMA ANÁLISE A RESPEITO DO MODO DE ENSINAR 
 
 
 
 
 
 
 
Este trabalho refere-se ao TCC do curso de 
licenciatura em Letras da Univesp, sob a 
orientação do prof. Ms. Eduardo Eliasquevitch 
Mantovani. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2022 
 
 
3 
 
 
 
RESUMO 
O presente trabalho tem como objetivo compreender a importância do ensino da 
Literatura no processo de ensino-aprendizagem e as dificuldades enfrentadas no ensino 
de Literatura no Ensino Médio. Assim, foi proposta a utilização de metodologias ativas 
para solucionar os problemas que aqui foram descritos. Abordou-se como a 
aprendizagem baseada em projetos no ensino de literatura pode ajudar a melhorar o 
ensino dessa disciplina. Posteriormente, foi proposto o uso da sala de aula invertida como 
adjutora no ensino de literatura, assim como o uso da aprendizagem por pares (Peer 
Instruction) e Kahoot como recurso didático no Ensino de Literatura. Desta forma, foram 
analisadas as principais dificuldades que os professores enfrentam quanto ao ensino de 
Literatura, e propostas soluções que auxiliam ao ensino da matéria. O trabalho foi 
desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica, tendo como objetivo expor uma 
abordagem sobre a Literatura como ações distintas e inseparáveis, além de enfatizar a 
ação do docente frente a esse trabalho e quais seus procedimentos didáticos na prática 
pedagógica. 
 
 
Palavras-chave: Literatura; Modo de Ensinar; Metodologias ativas; Ensino Médio; 
 
 
4 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução..........................................................................................................5 
 
2. Objetivos ...........................................................................................................6 
 
3. Justificativa........................................................................................................8 
 
4. Revisão Bibliográfica........................................................................................10 
 
4.1. Contextualização a respeito de como se dá o ensino de Literatura..............10 
 
4.2. Análise das principais dificuldades encontradas no ensino de Literatura......11 
 
4.3. Utilização de metodologias ativas de aprendizagem.....................................13 
 
4.4. Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) no ensino de Literatura............15 
 
4.5. Sala de Aula Invertida como adjutora no ensino de Literatura......................17 
 
4.6. Aprendizagem por Pares (Peer Instruction) no ensino de Literatura............19 
 
5. Metodologia......................................................................................................22 
 
6. Cronograma......................................................................................................23 
 
7. Conclusões Finais............................................................................................24 
 
8. Bibliografia.......................................................................................................25 
 
 
5 
 
 
 1 Introdução 
 
Atualmente, na educação brasileira, as questões levantadas com relação a 
qualidade do ensino têm sido investigadas, analisadas e discutidas em todos os níveis. 
Os índices oficiais de avaliações têm demonstrado a dificuldade de aprendizagem dos 
alunos na composição do currículo básico, incluindo a disciplina de literatura. 
O ensino de literatura no Ensino Médio nas escolas do Brasil, infelizmente, tem 
apresentado dificuldades para atingir seus objetivos de forma eficaz, de modo a promover 
um ensino efetivo, a visar não só a base comum curricular, mas principalmente para 
formar leitores e incutir o gosto pela leitura. 
Consideramos que o ensino de literatura nas escolas no tocante aos alunos do 
Ensino Médio encontra-se defasada. Isto posto, são necessárias mudanças no modo de 
ensinar, desfazendo-se de velhos métodos e adotando o desenvolvimento de novas 
metodologias de ensino. 
Uma das questões levantadas neste trabalho não se refere a qualidade ou 
importância dos clássicos ou contemporâneos publicados até então, mas de um dos 
aspectos da literatura adotado no ensino médio. A seleção de livros e textos por si só não 
produz efeito de formação de leitores. A metodologia adotada para tal também é de 
fundamental importância no cotidiano escolar. Daí, umas das discussões explícitas neste 
artigo. 
Dado esse panorama geral, este trabalho de conclusão de curso aborda, 
inicialmente, a crise do ensino de literatura, enfocando algumas de suas principais 
defasagens e suas consequências. Ademais, enfatiza os problemas no ensino do Ensino 
Médio e o impacto na educação brasileira. Posteriormente, visa apresentar uma 
recomendação aos docentes que se propõe a reverter em parte este quadro, 
significativamente defasado, concernente ao leitor educando do Ensino Médio, discutindo 
novas metodologias pertinentes ao ensino de Literatura, capaz de revolucionar o modo 
de ensinar e tornar mais atrativo ao aluno, até mesmo o estudo de obras clássicas e 
também de obras contemporâneas. 
 
 
6 
 
 
2 Objetivos 
 
O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo principal a análise 
das dificuldades enfrentadas pelos professores para a abordagem do ensino de literatura 
nas escolas, com foco em relação aos alunos do Ensino Médio, e propor como solução 
dessa problemática, a utilização de metodologias ativas a fim de despertar nos discentes 
o interesse pela disciplina. 
A partir do momento em que se compreende a respeito da abordagem de ensino 
da literatura, utilizada pelos professores, em sala de aula atualmente, percebe-se que a 
realização de aulas convencionais não desperta mais interesse pelos alunos, em razão 
da era tecnológica vivenciada no momento atual da história humana. 
Desta maneira, é imprescindível que o ensino de literatura no Ensino Médio seja 
atrativo, para que o aluno adquira o desejo e o gosto pela literatura. Isto posto, a utilização 
de metodologias ativas necessita compor a elaboração das aulas pelos docentes. Por 
exemplo, a utilização de ferramentas digitais, no intuito de atrair uma maior atenção dos 
estudantes para a disciplina. 
 Segundo o pensamento de ALVES (2019, p.5): 
 
Isso significa que é necessário que a escola trabalhe a diversidade de gêneros, 
que se apresentam nos diferentes suportes a fim de tornar os discentes leitores 
proficientes. Portanto, compreende-se que os gêneros oriundos do ambiente 
virtual também precisam ser trabalhados na sala de aula, uma vez que as 
tecnologias permeiam as relações humanas. É exigindo, ao aluno de hoje, novas 
práticas de letramento, distante das tradicionais disseminadas pela escola, ele 
precisa lidar com textos multimodais e multissemióticos, por exemplo. 
 
Isto posto, torna-se fundamental a definição dos objetivos específicos que serão 
utilizados para alcançar o objetivo geral: 
• Compreender como se dá o ensino de literatura nas escolas nos dias atuais;• Compreender quais são as dificuldades enfrentadas pelos professores no ensino 
de literatura; 
• Compreender quais são os fatores que implicam no desenvolvimento do ensino 
aprendizagem da literatura no ensino médio; 
• Compreender os motivos pelos quais o ensino de literatura não se mostra atrativo 
aos alunos; 
7 
 
 
• Proporcionar um processo de aprendizagem mais interativo, estimulando a 
interação entre aluno-professor e aluno-aluno; 
• Propor a utilização de metodologias ativas, como solução para as dificuldades 
citadas; 
• Contribuir para o ensino de literatura no ensino médio, de modo a ampliar as 
propostas metodológicas de aprendizagem ativa. 
Em conclusão, investiga-se através desse trabalho acadêmico apresentar aos 
docentes as metodologias ativas, para auxiliá-los a buscar novas perspectivas de 
abordagem no ensino da disciplina de literatura para alunos do Ensino Médio, como por 
exemplo a utilização de ambientes digitais, entre outras metodologias. 
 
8 
 
 
3 Justificativa 
 
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC): 
 
No Ensino Médio, devem ser introduzidas para fruição e conhecimento, ao lado 
da literatura africana, afro-brasileira, indígena e da literatura contemporânea, 
obras da tradição literária brasileira e de língua portuguesa, de um modo mais 
sistematizado, em que sejam aprofundadas as relações com os períodos 
históricos, artísticos e culturais. Essa tradição, em geral, é constituída por textos 
clássicos, que se perfilaram como canônicos – obras que, em sua trajetória até a 
recepção contemporânea, mantiveram-se reiteradamente legitimadas como 
elemento expressivo de suas épocas (BRASIL, 2018, p.523). 
 
Mas por que ensinar literatura? Qual a importância para a sociedade o ensino 
das classes literárias aos alunos? Talvez, esse seja o questionamento dos alunos e o um 
dos motivos da falta de interesse dos mesmos, que é entender o porquê estou 
aprendendo isso? A BNCC explica essa necessidade no trecho abaixo: 
 
Nesse sentido, a tradição literária tem importância não só por sua condição de 
patrimônio, mas também por possibilitar a apreensão do imaginário e das formas 
de sensibilidade de uma determinada época, de suas formas poéticas e das 
formas de organização social e cultural do Brasil, sendo ainda hoje capazes de 
tocar os leitores nas emoções e nos valores. Além disso, tais obras proporcionam 
o contato com uma linguagem que amplia o repertório linguístico dos jovens e 
oportuniza novas potencialidades e experimentações de uso da língua, no 
contato com as ambiguidades da linguagem e seus múltiplos arranjos (BRASIL, 
2018, p.523). 
 
Outro ponto importante que estamos levantando nesse trabalho são as 
metodologias utilizadas em sala de aula que não evoluíram junto com sociedade. Ainda 
não abandonamos completamente a “Educação Bancária” conceituada em Pedagogia do 
Oprimido de Paulo Freire. As escolas ainda na grande maioria não têm recursos atrativos 
aos jovens que já nasceram na era da internet. 
 
Diante das mudanças ocorridas atualmente, não podemos pensar no ensino de 
Língua Portuguesa e Literatura ocorrendo de maneira igual ao que vem 
acontecendo. É preciso que os professores dessas disciplinas estejam aptos a 
identificar as necessidades dos jovens de hoje em dia e consigam também 
apresentar práticas pedagógicas que vão ao encontro do que eles esperam e do 
que eles precisam. O “novo” professor, além de dominar o conteúdo da disciplina, 
precisa conhecer metodologias de ensino que possam ser mais produtivas para 
um processo de ensino aprendizagem mais eficiente. A prática pedagógica não 
deve ser vista como algo estanque, precisa de um aprimoramento constante 
(CASTRO, et al, 2020, p.7). 
 
9 
 
 
Dentro desse contexto, vamos discutir aqui o uso das metodologias ativas de 
aprendizagem para o uso no ensino da literatura. 
O termo “Metodologias Ativas de Aprendizagem” foi cunhado pelos professores 
Charles Bonwell e James Eison em seu livro “Active Learning: Creating Excitement in the 
Classroom“, lançado em 1991. 
 
As metodologias ativas de aprendizagem são uma técnica pedagógica que se 
baseia em atividades instrucionais, capazes de engajar os estudantes em, de 
fato, se tornarem protagonistas no processo de construção do próprio 
conhecimento. Ou seja, são metodologias menos baseadas na transmissão de 
informações e mais no desenvolvimento de habilidades (BONWELL, EISON, 
1991, p.16). 
 
Por fim, o trabalho de conclusão de curso terá como finalidade apresentar 
propostas de soluções que possam auxiliar o professor em sala de aula no que tange o 
ensino de Literatura. 
 
https://www.amazon.com.br/Active-Learning-Creating-Excitement-Classroom/dp/1878380087
https://www.amazon.com.br/Active-Learning-Creating-Excitement-Classroom/dp/1878380087
10 
 
 
 4 Revisão Teórica 
 
 4.1 Contextualização a respeito de como se dá o ensino de Literatura 
 
Nas escolas de ensino médio, o ensino da literatura embasa-se e concentra-se 
em uma abordagem historicista, além de leituras impostas e descontextualizadas aos 
educandos. Neste ínterim, segundo Buse (2011), no método de ensino tradicional, 
prioriza-se o ensino de história de literatura, amparado em fragmentos de textos. 
Os textos literários, embora sejam reconhecidos e constituídos na temporalidade 
histórica de uma comunidade ou cultura, neste viés, Aguiar e Silva entende que isso não 
obriga a que estudo literário seja conduzido à luz predominante da história literária, pois: 
 
“Não é com o ensino da história literária- e, sobretudo, não é com o ensino de 
uma esquelética, esquemática e dogmática história literária- que se seduzem e 
formam leitores que se educa o gosto estético-literário.” (AGUIAR E SILVA, 
1998/1999, p. 27) 
 
Rank e Magalhaes (2011) ampliam essa discussão, afirmando que no Ensino 
Médio, em geral, as propostas para o ensino de literatura permeiam a abordagem do 
conteúdo como necessário e obrigatório, sob a dinâmica de estudo passivo das escolas 
literárias, suas características e autores, desprezando as relações estabelecidas entre o 
leitor o seu aspecto sensível. 
Nas salas de aulas, nota-se um ensino de literatura no qual o trabalho com textos 
literários confronta com uma análise pré-fabricada partindo de um professor ou de um 
livro didático. Deste modo, normalmente, os professores não tempo hábil para preparar 
suas aulas e realizar um estudo detalhado do conteúdo a ser trabalhado, o que os leva a 
seguir à risca as diretrizes teóricas dos livros, colocando o aluno numa posição passiva 
perante seu próprio processo de aprendizagem. 
Isto posto, os alunos sentem-se desmotivados a tal ponto de não enxergarem 
nos textos literários qualquer lógica ou atrativo as suas próprias referencias, que na 
maioria das vezes o afasta do estudo de literatura. 
Atualmente, outra problemática observada, trata-se dos alunos serem obrigados 
a lerem livros clássicos, obras escritas nos séculos passados, o qual o tempo, a época e 
contextos diferentes aos dos dias atuais. 
11 
 
 
As obras clássicas não atraem os alunos de hoje em dia, porém esses textos são 
exigidos ano a ano em planos curriculares. Assim, deixa-se de aproveitar obras literárias 
brasileiras, como obras infanto-juvenis, que são próprias para a idade dos jovens 
tornando-se assim mais atrativas e prazerosa, as quais os jovens se interessariam muito 
mais, entretanto as escolas não acompanharam a evolução e ficaram estagnadas a um 
currículo antigo e retrógrado. 
Segundo o pensamento de COSSON: 
 
No ensino médio, o ensino da literatura limita-se a literatura brasileira, ou melhor, 
a história da literatura brasileira, usualmente na sua forma mais indigente, quase 
como apenas uma cronologia literária, em uma sucessão dicotômica entre estilos 
de época, cânone e dados biográficos dos autores, acompanhada de rasgos 
teóricos sobre gêneros, formas fixas e alguma coisa de retóricaem uma 
perspectiva pra lá de tradicional. (COSSON, 2014, p.21) 
 
Percebe-se que é imprescindível que o professor esteja aberto a um novo modo 
de ensinar, para que a disciplina de literatura vá além de mera abordagem de conteúdo, 
proporcionando a efetiva interação entre aluno e o conteúdo proposto em sala de aula. 
Deste modo, dado esse panorama inicial de como se dá o ensino de literatura nas escolas 
de ensino médio, faz-se necessário a análise especifica das dificuldades enfrentadas no 
tocante a disciplina referida. 
 
 4.2 Análise das principais dificuldades encontradas no ensino de 
Literatura 
 
O estudo de literatura é muito mais que uma simples análise dos movimentos 
literários, suas características e abordagem de obras. Mas para atingir esse objetivo, é 
fundamental a análise das principais dificuldades encontradas no ensino de literatura. 
 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ressalta que: 
 
Em relação à Literatura, a leitura do texto literário, que ocupa o centro do trabalho 
no Ensino Fundamental, deve permanecer nuclear o Ensino Médio. Por força de 
certa simplificação didática, as biografias de autores, as características de 
épocas, os resumos e outros gêneros artísticos substitutivos, como o cinema e 
as HQs, tem relegado o texto literário a um plano secundário de ensino. Assim, é 
importante não só (re)colocá-lo como ponto de partida para o trabalho com 
literatura, como intensificar seu convívio com os estudantes. Como linguagem 
artisticamente organizada, a literatura enriquece nossa percepção e nossa visão 
de mundo. Mediante arranjos especiais das palavras, ela cria um universo que 
12 
 
 
nos permite aumentar nossa capacidade de ver e sentir. Nesse sentido, a 
literatura possibilita uma ampliação da nossa visão do mundo, ajuda-nos não só 
a ver mais, mas a colocar em questão muito do que estamos vendo e 
vivenciando. (BRASIL, 2017) 
 
A própria BNCC cita uma das dificuldades enfrentadas no ensino de literatura que 
é o fato de se colocar o texto literário em segundo plano, tirando a oportunidade dos 
alunos de se familiarizar com o texto e descobrir a riqueza da literatura, bem como 
desenvolver o que na BNCC prevê: alargar a visão de mundo e conectar com a realidade 
vivenciada. 
É imprescindível expor também que como a Literatura está ligada à arte e à 
história, os alunos, via de regra, não conseguem ver sentido no estudo dessa disciplina, 
por se tratar de um estudo de obras e estilos literários de tempo muito anterior a ele, que 
apresenta costumes e tradições que não fazem parte de sua realidade, ou sequer tenha 
visto algo parecido. 
Além disso, no tocante a análise dos alunos do Ensino Médio, observa-se que 
muitos não gostam de ler, apresentam enorme desinteresse no estudo de literatura, 
especialmente, quanto a leitura de textos literários, teóricos e resistência para analisá-
los, interpretá-los e extrair deles conhecimento. 
Segundo explica Flores (2015) a extinção da dificuldade de leitura e interpretação 
não é automática, nem a frequência escolar por si só garantirá a superação dessas 
limitações. Muitos alunos que esbarram com essa dificuldade, se não assistidos 
adequadamente, levarão consigo essa barreira por toda vida, de modo que nunca 
aprenderão de fato a literatura e apresentarão dificuldades, especialmente, no tocante a 
leitura. 
Assim sendo, diante desse cenário de desinteresse dos alunos, observa-se outra 
dificuldade encontrada. O modo de ensinar literatura permeia a aplicação de métodos de 
ensino obsoletos e tradicionalista, dotado de foco no educador e sem uso de recursos 
além do livro didático, giz, lousa e caderno, de tal forma que é necessária uma revolução 
na abordagem de ensino nas escolas, conforme se abordará em tópico posterior. 
Por fim, destaca-se o ensino voltado para o vestibular, com o foco em memorizar 
datas, nomes de obras e respectivos autores e as características das escolas literárias 
não é interessante quanto ao principal objetivo da literatura: formar cidadãos críticos. Em 
13 
 
 
oposição a esse modo de ensinar, Castro (apud AUSUBEL ET AL., 1980, p. 160) 
esclarece que: 
 
O ser humano constrói significados de maneira mais eficiente quando considera 
inicialmente a aprendizagem das questões mais gerais e inclusivas de um tema, ao 
invés de trabalhar inicialmente com as questões mais específicas desse assunto: O 
fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já 
conhece. Descubra o que ele sabe e baseie nisso os seus ensinamentos. (AUSUBEL 
ET AL., 1980, p. 160) 
 
 E Castro (apud MOREIRA, et al, 2004, p. 5) corrobora com Ausubel quando afirma 
que a aprendizagem significativa é progressiva, ou seja, os significados vão sendo 
captados e internalizados progressivamente e nesse processo a linguagem e a interação 
pessoal são muito importantes. 
 Em conclusão, o ensino e aprendizado de literatura será mais efetivo se for 
realizado de maneira significativa, o que é oposto ao método de memorização. E ainda, 
Paulo Freire reforça a importância de discutir com os alunos a razão de ser de alguns 
desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos. Trazer para a sala de aula, a 
realização concreta associada ao que se ensina. 
O professor precisa conhecer as obras com as quais vai trabalhar, conhecer um 
pouco sobre os autores. Ademais, é importante que os docentes conheçam os objetivos 
do ensino de literatura no tocante a formação de seres críticos para assim melhor 
direcionar a forma como a disciplina será ministrada, de tal forma a alcançar resultados 
efetivos. Por fim, em busca desses objetivos, salienta-se que é fundamental que os 
professores busquem aplicar metodologias ativas no ensino de literatura, para que a 
disciplina de literatura se torne mais interessante aos alunos do Ensino Médio. 
 
 4.3 Utilização de metodologias ativas de aprendizagem na disciplina 
de Literatura 
 
Diante de tantas dificuldades no ensino de literatura no ensino médio, como por 
exemplo, a dinâmica defasada de prática pedagógica aplicada em sala de aula e a 
ausência de atratividade pelos alunos, faz-se necessário a utilização de metodologias 
ativas de aprendizagem. 
14 
 
 
Em primeiro momento, é de extrema importância a compreensão conceitual a 
respeito das metodologias ativas. Assim, segundo Bacich e Moran (2018), as 
metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação efetiva dos 
estudantes na construção do processo de aprendizagem, de forma flexível, interligada e 
híbrida. 
Já para Neves (2018), são mecanismos didáticos que colocam o aluno direta e 
ativamente no centro do processo de aquisição do conhecimento, pois concentram o 
ensino e a aprendizagem no ‘fazer para aprofundar o saber’. 
No ensino de literatura nas escolas, deve-se ir além da mera apresentação do 
conteúdo literário de forma passiva. Neste sentido, Neves expõe: 
 
 
“A cultura da passividade: olhar, ouvir e anotar - deve ser substituída pela cultura 
da interatividade - analisar, debater, resolver problemas e participar ativamente” 
(NEVES, 2018, p.45) 
 
É de suma importância a promoção de um ensino dialógico, que busque a 
produção do conhecimento a partir do próprio aluno, sendo ele o grande protagonista. 
Essa mudança necessária no ensino de literatura permite que o aluno assuma um 
papel mais participativo e ativo, além de comprometimento e engajamento com seu 
aprendizado. Nessa perspectiva, conforme artigo escrito por Amanda Veigas: 
 
As metodologias ativas representam justamente essa mudança no paradigma do 
processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, o aluno se torna o 
protagonista, sendo corresponsável pelo seu aprendizado. O educador assume 
um papel de orientador, guiando a aula, mas possibilitando aos estudantes que 
participem e modifiquem ativamente a construção do conhecimento.(VEIGAS, 
2020, p.1) 
 
Portanto, a grande solução para que o ensino de literatura nas escolas se dê de 
forma efetiva, atingindo seus objetivos, como por exemplo, construir cidadãos mais 
críticos e conscientes e que ao final do ensino médio o aluno tenha conhecimento teórico 
sobre a disciplina, é imprescindível uma mudança no modo de ensinar, através da 
utilização das metodologias ativas de aprendizagem. 
Destarte, dentre as referidas metodologias, cumpre destacar que podem ser 
aplicados estudos de casos, realização de projetos (como por exemplo, a criação e 
apresentação de um sarau), sala de aula invertida, gamificação, aprendizagem em pares 
e em equipe, entre outras. 
15 
 
 
Quanto a aplicação dessas práticas no ensino, pode-se fazer uso de tecnologias, 
pois os aplicativos, sites e recursos educacionais abertos auxiliam na aplicação dessas 
metodologias. 
Na era digital, deve-se aliar as metodologias ativas com o uso de tecnologias, 
conforme exemplificado. Neste viés, Masseto defende: 
 
Haverá necessidades de variar estratégias tanto para motivar o aprendiz, como 
para responder aos mais diferentes ritmos e formas de aprendizagem não 
esquecendo que a tecnologia possui um valor relativo, tendo importância quando 
é aplicada para facilitar o alcance dos objetivos (MASSETO, 2000, p. 144). 
 
Mediante essa afirmação é imprescindível repensar o modo de ensinar, a fim de 
propor uma atuação dinâmica de interatividade. Considerando que “o professor é um 
eterno aprendiz”, este precisará de formação continuada a respeito do uso de 
metodologias ativas, para que possa aplicá-las em sala de aula, tornando o ensino de 
literatura dinâmico e atrativo aos alunos do ensino médio. 
Destarte, visando uma melhor abordagem a respeito da temática, o presente 
trabalho abordará nos próximos subtópicos três tipos de metodologias ativas e suas 
aplicações associadas a recursos tecnológicos. 
 
4.4 Aprendizagem Baseada em Projetos no ensino de Literatura 
 
Conforme já exposto, a implementação de metodologias ativas vem ganhando 
cada vez mais espaço no cenário da educação, sendo imprescindível compreender as 
mudanças substanciais referente a relação entre professor, aluno e o conhecimento e a 
necessidade de um novo modo de ensinar. 
Desta maneira, objetiva-se, em primeiro momento, apresentar a metodologia 
chamada “Aprendizagem Baseada em Projetos – ABP”, como uma proposta muito 
interessante no ensino de Literatura. 
Nessa abordagem, a aprendizagem ocorre de forma diferenciada, assim não se 
restringe ao espaço físico da sala de aula, estimulando os alunos a se interessarem pelo 
estudo. 
Ou seja, é vital dar aos alunos o acesso ao conhecimento, prepará-los para uma 
vida de aprendizagem e descoberta, com o domínio das habilidades e ferramentas de 
16 
 
 
pesquisa como parte de sua educação básica, e para isso nós precisamos criar um 
ambiente de aprendizagem que interage ensino e pesquisa, em que seja possível que os 
alunos exercitem constantemente a comunicação e a colaboração (Stahl, 1997,p.2). 
A partir da Aprendizagem Baseada em Projetos, os alunos se envolvem mais com 
a escola, assim sendo estimulando a voz e o poder de escolha do estudante, o qual irá 
se envolver muito mais do que simplesmente a tarefa de um projeto individual em uma 
dada unidade de ensino. A respeito disso, Bender dispõe: 
 
A ABP envolve uma mudança para a aprendizagem centrada no aluno, baseada 
em questões e problemas autênticos e envolventes, além do uso crescente das 
ferramentas web 2.0 e de outras tecnologias de ensino no processo de ensino-
aprendizagem (BENDER, 2014, p. 29). 
 
Diante dessa metodologia, os alunos devem ser organizados em grupos para o 
desenvolvimento de um projeto, no qual serão estabelecidas metas a serem cumpridas 
em coletivo pelo grupo, a fim de atingir a realização deste projeto. 
Por exemplo, os estudantes podem reunir-se em grupo a fim de criarem um mural 
interativo, em que pode envolver diversos tipos de mídias, como textos, vídeos e imagens 
a respeito de um tema trabalhado em sala de aula. Cada estudante terá a sua tarefa 
dentro da equipe para a composição deste produto final. 
Neste caso, pode-se aliar a elaboração deste projeto com o uso da ferramenta 
“Padlet”. Destarte, os alunos exercem um processo autônomo de criatividade, reunindo-
se em grupos para planejarem e efetivamente construírem tal mural a respeito do 
conteúdo programático, que inclusive, pode ser exposto para demais alunos pertencentes 
a instituição escolar, assim promovendo maior interatividade. 
Outro aplicativo muito interessante para a aplicação desta metodologia é o “Trello”, 
em que os alunos podem organizar-se para o planejamento e elaboração de um projeto. 
Trata-se de um aliado à Aprendizagem Baseada em Projetos, configurando-se uma 
excelente ferramenta visual que possibilita o gerenciamento de qualquer tipo de projeto, 
fluxo de trabalho ou monitoramento de tarefas de forma interativa, para que haja o 
trabalho em equipe, gerando ao final, um projeto. 
Dada essa exemplificação prática, pode-se concluir que a ABP é uma estratégia 
interessante para abordar a Literatura no Ensino Médio, distanciando-se das tarefas 
tradicionais. Conforme Bender, “a formulação de uma questão motriz para o estudo, a 
17 
 
 
voz e a escolha dos alunos inerentes à abordagem da ABP, a natureza cooperativa das 
tarefas de ABP, prazos maiores, profundidade do conteúdo abordado” (BENDER, 2014, 
p.31). 
Ao colocar em prática a ABP e associá-la ao uso de ferramentas digitais, o 
resultado esperado é o maior comprometimento dos alunos com aprendizagem, dando-
lhes a oportunidade de trabalhar aspectos da disciplina de Literatura, além de incentivar 
a participação ativa, fortalecer as relações interpessoais dos alunos e também a 
atribuição de responsabilidade, desta forma, a despertar a motivação que impulsiona o 
processo de ensino e aprendizagem. 
 
4.5 Sala de Aula Invertida como adjutora no ensino de Literatura 
 
A era da tecnologia trouxe com ela diversas modalidades de ensino a distância, 
uma delas elas é o blended learning ou ensino hibrido, que combina atividades 
presenciais com atividades a distância, por meio do uso de tecnologias digitais de 
comunicação e informação, as conhecidas TDCI’s. Entre as diferentes maneiras de 
combinar o ensino presencial e o ensino a distância, há o flipped classroom ou sala de 
aula invertida. 
Essa abordagem consiste em, segundo explica Scheneiders(2018), uma 
inversão das atividades que seriam realizadas em sala de aula e em casa: 
 
Considera as discussões, a assimilação e a compreensão dos conteúdos 
(atividades práticas, simulações, testes, ...) como objetivos centrais 
protagonizados pelo estudante em sala de aula, na presença do professor, 
enquanto mediador do processo de aprendizagem. Já a transmissão dos 
conhecimentos (teoria) passaria a ocorrer preferencialmente fora da sala de aula. 
(SCHENEIDERS, 2018, p.7) 
 
 
O aluno estuda em casa o material antes da aula em sala com o apoio do professor. 
A sala de aula passa a ser o local para se aprender ativamente, por meio de atividades 
de resolução de problemas, projetos, discussões, seminários, entre outros e em 
colaboração com os colegas. Para tanto, o professor deve disponibilizar os materiais para 
estudo com antecedência. Pode se valer dos mais variados tipos de recursos didáticos 
como um vídeo gravado por ele, um texto, uma charge, indicação de um filme ou 
18 
 
 
documentário, uma música, capitulo de um livro, vídeo do assunto a ser trabalhado 
disponível no YouTube, ou mesmo algumas perguntas norteadoras para pesquisa e ou 
reflexão pelo aluno. 
Assim, o aluno é quem ocupa o centro da ação educacional, e o conhecimento não 
é apenas transmitido, é construído. O aluno é colocado como sujeito histórico da ação, 
com papel ativo, onde suas opiniões e conhecimentos prévios são ouvidos e servemcomo pontos de partida para a construção do saber. Aqui o papel do professor é o de 
alguém que guia o estudante por esta estrada, auxiliando e permitindo que ele aprenda 
mais pela autonomia. 
Em se tratando de metodologias ativas no ensino de literatura, pode-se afirmar que 
discute elementos como interpretação textual e tudo que envolva o texto, criando 
confiança no aluno para que ele interprete o texto e consiga usufruir de tudo o que ele 
tem a oferecer. De acordo com Zilberman (2008), o leitor de literatura aciona seu 
imaginário, proporcionando uma experiência única, caracterizando um aprendizado. Por 
isso é importante que o professor adote meios que quebrem o pré-conceito inicial do 
aluno frente à leitura. Assim, as metodologias ativas trazem uma mudança na forma de 
ensinar, promovendo o Ensino Dialógico. 
Um exemplo de atividade de sala de aula invertida que pode ser trabalhado é a 
proposta da criação de um Sarau Literário. Os alunos podem ser conduzidos ao construir 
gradualmente um repertório de informações relacionando diferentes obras literárias e 
apresentadas em seguida para seus colegas, professores e até mesmo familiares 
(BRESSAN, 2018). Desta forma, o professor estará na posição de consultor dos alunos, 
indicando o que pesquisar, onde pesquisar e os auxiliando para viabilizar a ideia dos 
mesmos. 
Nessa mesma perspectiva, outra proposta oriunda de metodologias ativas é criar o 
gosto pela leitura e pela literatura através de peças teatrais. Esses projetos, além de 
estimular a curiosidade dos alunos em continuarem a ler novas obras, permitem o 
desenvolvimento interdisciplinar nas turmas da escola. Uma técnica que pode ser 
utilizada para a criação das peças teatrais é o storytelling (story + telling) significa contar 
história. É um método hábil de contar uma história, com alto poder de persuasão, capaz 
de emocionar e entreter o ouvinte. O storytelling é muito utilizado pela indústria 
cinematográfica e vem ganhando muito espaço nas estratégias de marketing. Para as 
19 
 
 
empresas de marketing o storytelling é uma forma de colocar o cliente como o herói ou o 
personagem principal e não o produto. 
Um exemplo de como colocar em prática o uso da sala de aula invertida e o 
storytelling numa peça teatral: O professor solicita aos alunos que pesquisem sobre a 
semana de arte moderna de 1922. O objetivo da pesquisa é falar sobre o modernismo no 
Brasil, a importância desse acontecimento e os impactos dele na cultura brasileira. Como 
contar essa história? 
Os alunos devem antes de tudo, pesquisar quem eram os idealistas e organizadores 
desse evento que foi realizado na cidade de São Paulo entre os dias 13 e 18 de fevereiro 
de 1922. Após a pesquisa, os alunos irão criar a peça teatral, orientada pelo professor, 
onde os mesmos representarão esses artistas e “recriarão” o evento dentro da peça. 
Dessa forma, os alunos compreenderão a importância da Semana da Arte Moderna, 
quem são os artistas da época e quais suas obras e pode ainda despertar a curiosidade 
para conhecê-las. 
Há também a versão Digital Storytelling que pode ser aplicada em qualquer sala de 
aula, seja física ou virtual. É a arte de contar histórias com o uso de ferramentas 
tecnológicas como tablets, câmeras digitais, smartphones, computadores. Esse recurso 
trabalha a criatividade, a escrita, a capacidade narrativa. Os alunos podem inovar, 
contando histórias somente com o uso de música, fotos ou textos. Podem preparar uma 
apresentação de slides criados no Canva, uma conhecida ferramenta de design gráfico 
online e gratuita; ou gravar um vídeo sobre o tema de pesquisa no YouTube, com o auxílio 
de editores de vídeo gratuitos. Para isso podem utilizar imagens, fotos, músicas, 
ilustrações, narrações, excertos de outros vídeos, enfim o aluno pode dar asas à 
imaginação e apresentar suas reflexões sobre a sua aprendizagem de forma muito 
criativa. 
Isto posto, conclui-se que a sala de aula invertida é uma metodologia ativa de ensino 
muito interessante e capaz de revolucionar o modo de ensinar Literatura no Ensino 
Médio. 
 
 4.6 Aprendizagem por Pares (Peer Instruction) e Kahoot como 
recurso didático no Ensino de Literatura 
 
20 
 
 
Neste contexto, é necessária uma maior investigação dos docentes quanto ao uso 
de metodologias ativas de ensino a fim de buscar alternativas metodológicas para 
promover um maior engajamento dos estudantes. 
Assim, como exemplo, pode-se destacar o método Peer Instruction (Aprendizagem 
por pares). O método de instrução por colegas foi criado pelo físico Eric Mazur, professor 
da Universidade de Harvard. (MAZUR; SOMER ,1997, p.6). 
A metodologia Peer Instruction tem como principal objetivo tornar as aulas mais 
dinâmicas e interativas, ao contrário do ensino tradicional, no qual os alunos, em geral, 
assumem apenas o papel de ouvintes e sujeitos passivos em sala de aula. 
O método apresentado proporciona uma maior interação dos alunos em sala de 
aula, tornando-os protagonistas e responsáveis em conjunto com o professor pelo 
desenvolvimento da disciplina em sala de aula. 
O método pode ser descrito em nove etapas, sendo elas: 
• Etapa 1 – Apresentação do conteúdo destacando seus pontos principais, como 
autores, época de estudo e particularidades com duração média de cerca de 20 
minutos; 
• Etapa 2 – O docente realiza uma pergunta conceitual sobre o tema apresentado, 
usualmente de múltipla escolha; 
• Etapa 3 -É repassado para os alunos um período de aproximadamente um e dois 
minutos para pensarem individualmente sobre a questão apresentada, devendo o 
mesmo após este período formular uma justificativa para sua resposta; 
• Etapa 4 - Os alunos de forma individual repassam sua resposta ao docente; 
• Etapa 5 - De acordo com a porcentagem das respostas, o docente poderá avançar 
para o passo seis (frequência de acertos entre 35% e 70%), ou para o passo nove 
(frequência de acertos for superior a 70%); 
• Etapa 6 - Os alunos discutem a questão em pares(duplas) por aproximadamente 
5 minutos, afim de modificar através de justificativas algumas respostas anteriores; 
• Etapa 7 - Os alunos informam novamente, suas respostas ao docente de modo 
particular ou em duplas; 
• Etapa 8 - O docente tem um retorno sobre as respostas dos alunos após as 
discussões e apresenta o resultado da votação para os alunos; 
21 
 
 
• Etapa 9 - O docente realiza a explicação da questão com a resposta correta e 
continua com o repasse do conteúdo para os alunos, voltando a utilizar o método 
desde a etapa de número um no decorrer da aula. No decorrer da aula, durante a 
resposta dos alunos e no final da apresentação, pode ser utilizada concomitante 
uma nova metodologia ativa para a realização de um exercício de fixação junto 
aos alunos, como por exemplo o Kahoot. 
Kahoot é um aplicativo gratuito de aprendizado, cuja base é o uso de jogos pela 
internet. É uma plataforma utilizada pelos profissionais ligados à área de ensino, 
treinamento e desenvolvimento pedagógico como recurso educacional. Foi 
disponibilizado ao público no ano de 2013, através de um projeto, realizado pela 
Universidade de Ciência e Tecnologia, e desde então tem sido um excelente meio para 
aumentar a aprendizagem, o empenho, a participação, a motivação e a concentração dos 
alunos. 
O jogo é um teste de múltiplas escolhas, que pode ser acessado pelo próprio 
aplicativo Kahoot ou navegador da internet, tanto em dispositivos moveis (celulares, 
tablet) como computadores. Antecipadamente, o professor elabora um questionário no 
aplicativo. Este então é disponibilizado aos educandos. Os alunos acessam como 
jogadores e devem responder as perguntas apresentadas. As perguntas valem pontos. 
Na tabela de classificação é exibido a pontuação do jogador a cada resposta. O jogo 
pode tornar-se uma divertida competição de conhecimento entre os alunos, promovendo 
melhor aproveitamento da aula. 
 Estaludificação tem-se prestado à avaliação formativa ou revisão de 
conhecimento de alunos, em substituição aos métodos tradicionais com excelentes 
resultados, oferecendo ao docente um retorno imediato, que contribuirá na aplicação de 
suas práticas pedagógicas. 
O método apresentado Peer Instruction, assim como as demais metodologias 
ativas de ensino colaboram de forma bastante significativa no aperfeiçoamento de 
qualidades cognitivas, sociais, culturais e motivacionais do aluno, além de potencializar 
seu aprendizado e aquisição de conhecimento. 
 
 
22 
 
 
5 Metodologia 
 
A presente elaboração acadêmica possui como finalidade a realização de um 
estudo minucioso com o intuito de compreender as dificuldades enfrentadas no ensino 
de literatura no Ensino Médio, por meio de uma análise sobre o modo de ensinar. Mas, 
para atingir tal temática, faz-se necessária a investigação exploratória. 
Destarte, para guiar essa pesquisa, de modo a abordar prontamente a temática 
e atingir os objetivos gerais e específicos já delimitados acima, a metodologia escolhida 
para a elaboração dessa apreciação acadêmica tratou-se do método dedutivo, aplicado, 
especificamente, por meio de pesquisa bibliográfica. 
Inclusive, de acordo com Perovano (2016, p. 190), é fundamental estabelecer a 
conexão da solução imprescindível, a partir de diagnósticos completos utilizando-se o 
estudo bibliográfico para que se possa propor a melhoria. 
Assim, o grupo por meio de encontro online e diálogo por meio de mensagens, 
definiu as bibliografias a serem estudadas dentro do âmbito temático tratado, por meio 
de livros, artigos científicos, entre outras obras científicas, a serem utilizados no 
desenvolvimento teórico do projeto. Ademais, realizou-se também o levantamento de 
bibliografias que abordam o uso de metodologias ativas de aprendizagem, capazes de 
revolucionar o ensino de literatura nas escolas. 
Portanto, esse trabalho de conclusão de curso (TCC) consiste em uma revisão 
de obras prontas e disponíveis, especialmente, na internet, no tocante as dificuldades 
enfrentadas para a abordagem do ensino de literatura nas escolas, em relação aos 
estudantes do Ensino Médio. Ademais, propor a utilização de metodologias ativas com a 
finalidade de tornar a disciplina mais interessante e atrativa ao aluno, estimulando a 
interação professor-aluno e aluno-aluno. 
 
23 
 
 
6 Cronograma 
 
ETAPAS/MÊS SET OUT NOV DEZ 
Escolha do tema X 
Formulação do problema e 
objetivos. 
X 
Escolha da metodologia a ser 
desenvolvido o trabalho e 
apuração de referências 
bibliográficas. 
X 
Elaboração do projeto parcial 
1. 
X 
Entrega do projeto parcial 1. X 
Desenvolvimento aprofundado 
da revisão teórica, por meio de 
pesquisas bibliográficas. 
 X 
Discussão e elaboração a 
respeito das conclusões finais. 
 X 
Elaboração do projeto parcial 
2. 
 X 
Entrega do projeto parcial 2. X 
Realização de aprimoramentos 
e correções finais do trabalho. 
 X 
Elaboração do vídeo. X 
Entrega final do trabalho 
teórico. 
 X 
Entrega do vídeo de 
apresentação do TCC. 
 X 
 
 
 
24 
 
 
7 Conclusões Finais 
 
Nota-se, com esse estudo científico, que existem diversas dificuldades 
enfrentadas no ensino de Literatura no Ensino Médio, tornando-se imprescindível a 
promoção de mudanças na maneira como ensinar nas escolas. Atualmente, os alunos 
possuem um novo perfil, que conforme Paulo Freire (1988), “o mundo desses alunos é 
polifônico e policrômico. Muito distante do espaço quase que exclusivamente 
monotônico, monofônico, monocromático que a escola está a lhes oferecer”. 
Justamente, dentro desse cenário, observou-se que os alunos do Ensino Médio 
necessitam de uma nova abordagem de ensino, em que é fundamental a quebra da 
estrutura conversadora e rígida de aprendizagem para a obtenção de resultados efetivos. 
O modo predominante de ensinar consiste em aulas monótonas, baseadas em um 
sistema tradicional, o qual não é adequado para o público atual. Assim, é hora de mudar! 
Toda a instituição escolar deve estar aberta para uma nova perspectiva de ensino, na 
qual seja possível a efetiva interação entre o aluno e o conteúdo ministrado em sala de 
aula. 
O presente trabalho de conclusão de curso mostra-se de relevância notória dentro 
do cenário descrito, haja vista que propõe como solução da problemática, a utilização de 
metodologias ativas de aprendizagem. 
Destarte, o ensino de Literatura deve ir muito além da mera transmissão de 
conteúdo, em que o aluno se encontra em uma posição passiva de aprendizagem. É vital 
que seja impulsionada uma verdadeira mudança no modo de ensinar, através da 
utilização de metodologias ativas de aprendizagem, capazes de engajar os estudantes 
com aquilo que faz parte do conteúdo programático de estudo. 
Portanto, pode-se concluir que ao utilizar essas metodologias, como por exemplo, 
a Aprendizagem por Pares, a Sala de Aula Invertida e a Aprendizagem Baseada em 
Projetos, as quais foram abordadas neste trabalho, possibilita-se uma verdadeira 
revolução no ensino de Literatura nas escolas, de tal forma, a colocar os alunos no centro 
do processo de aprendizagem e especialmente, tornando-se a disciplina muito mais 
atrativa para os estudantes. 
25 
 
 
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