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RESUMO FISIO NP2

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Resumo NP2 Fisiologia
Endócrino:
-Hormônios são substâncias químicas liberadas por órgãos ou estruturas que agem sobre um alvo específico (tem receptores específicos).
-Ação hormonal em invertebrados: neuro-hormônios, secretados por neurônios pois os invertebrados não possuem glândulas.
-Ação hormonal em vertebrados: cascatas hormonais, onde a produção de um hormônio estimula a produção de outros.
Prolactina:
→ em mamíferos, age nas glândulas mamárias estimulando a produção de leite, e no encéfalo, estimulando o cuidado parental
→ em aves, age na produção de leite de papo (secreção regurgitada para filhotes)
→ em peixes, age na osmorregulação, reduz permeabilidade das brânquias e aumenta produção de muco 
→ em anfíbios, está ligada à inibição da metamorfose.
-A glândula tireoide é responsável pela secreção de T3 e T4. Essa secreção é regulada pelo TSH, que é produzido pela hipófise.
-A metamorfose é inibida quando a hipófise está produzindo prolactina, mas quando a hipófise produz o TSH, esse vai estimular a tireoide a liberar a tiroxina (T3 e T4), assim estimulando a metamorfose.
Metamorfose em anfíbios:
1. Pré-metamorfose inicial: nível alto de prolactina, hipotálamo começa a ficar sensível à presença de T4
2. Pré-metamorfose tardia: aumento da sensibilidade ao T4, prolactina começa a ser controlada; há secreção de TRH e elevação no nível de TSH
3. Clímax: T4 elevado (ocorre modificações e crescimento)
4. Pós-metamorfose: T4 e prolactina em níveis iguais (controle hormonal)
Metamorfose em insetos:
-Hormônios envolvidos: hormônio juvenil (mantem o estado juvenil) e ecdizona (estimula a muda).
-Estruturas envolvidas: corpora cardíaca (produz ecdisoprina, estimula a produção de ecdisona); corpora alata (produz hormônio juvenil) e glândulas protoráxicas (produzem ecdisona)
Circulatório:
-Sistema composto por uma ou duas bombas que direcionam o fluxo de líquido, um sistema de tubos ou canais por onde o fluxo passa e um líquido que circula pelo sistema.
Coração: câmara muscular contrátil presente em invertebrados e vertebrados. Ciclo cardíaco de contração (sístole) e relaxamento (diástole). 
→ válvulas garantem fluxo unidirecional
→ em vertebrados terrestres, musculatura da perna ajuda a empurrar sangue de volta ao coração
Ausente em poríferos, cnidários e platelmintos, que realizam transporte de substâncias por difusão.
Fechado em vertebrados, alguns moluscos e maioria dos anelídeos → líquido permanece dentro de vasos sanguíneos
Aberto em artrópodes, quase todos os moluscos e tunicados → líquido sai pelo hemocele (câmara)
Anelídeos: sistema fechado, de vasos com proteínas transportadoras de O2; vasos periféricos conectados a grandes vasos dorsal e ventral por toda a extensão, 5 pares de corações tubulares
Moluscos: fechado em cefalópodes, aberto nos demais. Lulas e polvos têm 3 corações com 3 cavidades (1 coração sistêmico, que leva sangue com O2 para o corpo e 2 corações branquiais, que bombeiam sangue através das brânquias)
Artrópodes: aberto, têm 2 ou mais corações. Os insetos têm grande vaso dorsal pelo corpo (parte posterior contrátil, um em cada segmento), corações bombeiam hemolinfa para a cabeça, que escoa para o abdome; movimentação do corpo ajuda a hemolinfa a voltar para o vaso dorsal através dos óstios; têm órgãos pulsáteis, que funcionam como corações, nas antenas, asas e pernas.
Vantagens do sistema fechado: alta pressão e fluxo, melhor direcionamento do líquido aos tecidos e alta eficiência em oxigenação, pois tem circuito duplo.
Nos vertebrados, o coração bombeia o sangue para cada artéria, o sangue flui para os tecidos e retorna ao coração pelas veias.
Anastomoses: conexões de um vaso sanguíneo com outro
Circuitos: pulmonar (lado direito impulsiona sangue aos pulmões) e sistêmico (lado esquerdo impulsiona sangue para tecidos).
Anfíbios:
- sangue sem O2 flui para artéria pulmocutânea
- sangue com O2 flui da aorta para tecidos
→ há mistura de sangue oxigenado e desoxigenado no coração
- coração com 2 átrios e um ventrículo
- trabéculas no ventrículo ajudam a manter separados o sangue oxigenado do desoxigenado
- valva espiral direciona o sangue sem O2 para artéria pulmocutânea (vai para pulmões e pele) e sangue oxigenado para artérias (vai para tecidos)
Peixes:
- circulação simples (coração → brânquias → tecidos → coração
- coração com 4 câmaras em série
- sangue entra no coração pelo seio venoso, vai para o átrio, ventrículo e em seguida para o bulbo arterial (peixes ósseos) ou cone arterial (elasmobrâquios)  para ser direcionado ao corpo
Répteis não crocodilianos:
→ há mistura de sangue, mas menor que a dos anfíbios
- coração com 5 câmaras (2 átrios e 1 ventrículo dividido em cavum venosum, cavum pulmonale e cavum arteriosum)
- sangue sem O2: átrio direito → cavum venosum → cavum pulmonale → artéria pulmonar
- sangue com O2: átrio esquerdo → cavum arteriosum → cavum venosum → aortas direita e esquerda
Répteis crocodilianos:
- coração com 4 câmaras (ventrículo é dividido por septo muscular)
- aorta direita, que leva sangue para o cérebro e para a região anterior, parte do ventrículo esquerdo
- aorta pulmonar e esquerda, que levam sangue para as vísceras e região posterior, partem do ventrículo direito
→ aortas se conectam no forame de Panizza e na anastomose arterial abdominal
- animal em repouso: sangue sem O2 vai da aorta esquerda para vísceras (ajuda na digestão)
- animal ativo: sangue vai do ventrículo esquerdo para aorta direita e esquerda
Aves e Mamíferos:
- dois lados do coração completamente separados por septo
- sistema com 2 bombas em série
- sangue com O2 dos pulmões vai para lado esquerdo do coração, em seguida para tecidos
- sangue sem O2 retorna do corpo para o lado direito do coração, que bombeia para o ulmão
- coração com 4 câmaras
- ventrículo do lado esquerdo tem paredes grossas (bombeia sangue para a circulação sistêmica, que tem mais pressão); átrios e ventrículo direito tem paredes finas
- nas aves, a curvatura da aorta é para a direita, nos mamíferos, para a esquerda
Respiratório:
-Ventilação pode ser não direcional (como guelras), bidirecional (duas direções, pulmões e brânquias) e unidirecional (brânquias operculadas)
-Brânquias são projeções da superfície corporal, de origem ectodérmica, que podem ser externas (guelras) ou dentro de cavidade.
-Pulmões são dobras da superfície corporal, de origem endodérmica, que formam cavidade comunicante com meio externo.
Difusão: movimentação por gradiente de concentração (O2 move para dentro de célula e CO2 para fora). É lenta e não mantem as necessidades de animais grandes.
Ventilação é a movimentação dos gases sobre uma superfície respiratória por fluxo de massa (ar). Tem 4 fases:
1. fluxo de massa na superfície respiratória
2. difusão para superfície respiratória
3. transporte de fases
4. difusão para tecidos
Trocas gasosas na água:
-Moluscos: respiração branquial por ctenídeos (ciliado). Os lamelibrânquios possuem brânquias finas em formato de W (mariscos, mexilhões e ostras). Nudibrânquios têm brânquias desprotegidas (gastrópodes marinhos).
-Crustáceos: pequenos realizam difusão; decápodes têm brânquias cobertas por carapaça. Água é impulsionada para fora da câmara branquial por escafognatito.
-Equinodermos: estrelas e ouriços usam pés ambulacrais e pápulas respiratórias; ofiuróides e pepinos do mar têm invaginações da pele que funcional como pulmões, conectados à cloaca (respiração cloacal
-Peixes cartilaginosos: ventilação por expansão da boca, sugam água pela boca e espiráculos, e quando fecham a boca os músculos se contraem e forçam a água a passar pelas brânquias. O fluxo é em direções opostas, para aumentar a eficiência 
-Peixes ósseos: água flui da boca para opérculo, fluxo é unidirecional e contracorrente. Podem realizar a ventilação ram, quando nadam com a boca aberta, assim não realizam o bombeamento ativo e economizam energia.
Trocas gasosas no ar:
-Insetos: sistema traqueal com espiráculos que abrem e fecham e se ramificam em traqueolas ligadas à hemolinfa;espécies voadoras tem sacos aéreos
-Anfíbios: 3 tipos de respiração (cutânea, branquial e pulmonar); ventilação por expansão da cavidade bucal e sucção do ar pelas narinas, expiração por contrações musculares do tórax
-Répteis: maioria com 2 pulmões, menos serpentes; algumas espécies de tartarugas, crocodilos e lagartos têm pulmões divididos em favéolos. A ventilação é através dos músculos intercostais. 
-Aves: pulmões rígidos, adaptados a altas demandas metabólicas. Brônquios terminam em parabrônquios, que levam o ar para os sacos aéreos. 
→ sacos aéreos compõem um sistema de nove membranas conectadas no tórax e abdome que se estendem para o interior de ossos pneumáticos (não realizam a troca gasosa)
→ 2 ciclos respiratórios: 2 fases de inspiração e 2 de expiração: → ar entra e vai para sacos aéreos posteriores → pulmão com parabrônquios → sacos aéreos anteriores → expiração 
Mamíferos: pulmões com alvéolos de trocas gasosas com substância surfactante que impede colapso. Mamíferos aquáticos tem vias aéreas reforçadas com cartilagem para suportar pressão.
Digestório:
-Sistema que compreende as estruturas que realizam a digestão mecânica (”quebram” alimento) e química (ajudam na absorção).
Fases:
1. detecção de nutrientes
2. digestão mecânica
3. digestão química
4. assimilação de nutrientes (absorção)
5. eliminação de resíduos
-Aves têm papo (armazenamento de alimento) e moela (digestão mecânica).
-Mamíferos ruminantes têm estômago dividido em 4 câmaras: rúmen (local de fermentação), retículo (tem glândulas salivares), omaso (absorção de água) e abomaso (secreta enzimas digestivas)
→ rúmen e retículo são interconectados
1. O alimento passa pelo esôfago para o rúmen e retículo 
2. alimento é regurgitado e volta para a boca para mastigar
3. alimento vai para omaso e abomaso
Tilópodes (lhamas e camelos) possuem estômago dividido, mas sem omaso. A fermentação ocorre no intestino.

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