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Aula biossegurança alunos

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Profa. Dra. Vanessa Santos 
Disciplina de Clinica Odontológica Integrada - COI 
Controle de microrganismos 
na clínica odontológica 
Biossegurança 
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PRECAUÇÃO UNIVERSAL 
 Todos os pacientes devem ser tratados como 
 se estivessem infectados com: 
* vírus da Hepatite B 
* vírus da AIDS 
* ou qualquer outra doença transmissível por via 
 sangüínea 
MEDIDAS ADOTADAS PRÉ-ATENDIMENTO: 
* Preenchimento da ficha clínica 
* Anamnese 
CADEIA DE INFECÇÃO 
Susceptibilidade do 
hospedeiro 
Porta de entrada 
adequada 
Patógenos 
Número suficiente 
de patógenos para 
causar infecção 
TRANSMISSÃO DE MICRORGANISMOS 
* virulência e quantidade do microrganismo; 
* estado imunológico do hospedeiro, 
* susceptibilidade local; 
TRANSMISSÃO DE MICRORGANISMOS 
•  contato direto com lesões infecciosas, sangue 
e saliva contaminados; 
* contato indireto; 
* aerolização; 
Foram	realizados	procedimentos	de	raspagem	supragengival	com	ultrassom	em	
dez	 pacientes	 por	 cinco	minutos,	 com	 intervalo	 de	 vinte	minutos	 entre	 eles.	
Durante	 cada	 atendimento,	 placas	 de	 Petri	 contendo	 meio	 de	 cultura	 foram	
dispostas	em	cinco	áreas	do	consultório	odontológico.		
Concluiu-se	 que	 mesmo	 em	 uma	 área	 restrita	 de	 atendimento	 e	 com	 a	
presença	 de	 barreiras	 @sicas,	 ocorre	 contaminação	 via	 aerossóis	 além	 dos	
limites	 da	 área	 do	 consultório.	 Cuidados	 relacionados	 à	 biossegurança	 pelos	
operadores	 e	 circulantes	 e	 restrição	 de	 materiais	 nas	 bancadas	 próximas	 às	
áreas	 de	 atendimento	 são	 medidas	 importantes	 para	 evitar	 contaminação	
cruzada.	(Barreto	et	al.,	2011)	
TRANSMISSÃO DE MICRORGANISMOS 
IMPORTÂNCIA DO CONTROLE 
DE 
INFECÇÃO 
NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA 
CIRURGIÕES-DENTISTAS PROFISSIONAIS 
 DE “ALTO RISCO” 
A falta de cuidado de alguns profissionais de 
odontologia em relação à biossegurança tem propiciado 
uma intensificação do ciclo de contaminação cruzada 
(Filho et al., 2002). 
DEFINIÇÕES 
 Esterilização 
 Desinfecção 
 Anti-sepsia 
 Assepsia - Barreiras 
ASSEPSIA: Procedimentos que visam evitar o retorno da 
contaminação a um objeto, superfície ou local. 
 
ESTERILIZAÇÃO: Processo que visa a destruição total de todas as 
formas de vida de um material ou ambiente, através de métodos 
físicos ou químicos. 
DESINFECÇÃO: Processo que se vale de agentes químicos ou 
físicos matando as formas vegetativas, não impedindo a 
sobrevivência de determinadas estruturas de resistência de 
microrganismos patogênicos presentes em um material inanimado. 
 
ANTI-SEPSIA: Desinfecção de tecidos vivos, como pele e mucosas. 
 
MONITORES DO PROCESSO DE 
ESTERILIZAÇÃO 
Indicadores de processo 
Indicadores biológicos 
Produtos com atividade específica sobre determinado 
grupo de microrganismos. 
Ex.: fungicida, bactericida. 
Inibem as atividades vitais daquele determinado 
microrganismo sem matá-lo. 
Ex.: fungistático e bacteriostático 
AGENTES QUÍMICOS 
-  Alta toxicidade para os microrganismos e inócuo para o 
homem e animais 
- Solúvel em água 
- Estabilidade elevada 
- Ausência de afinidade por matéria orgânica estranha 
- Toxicidade para os microrganismos em temperatura ambiente 
- Capacidade de penetração 
- Não ser corrosivo e não manchar 
- Desodorante e detergente 
AGENTES QUÍMICOS 
ÁLCOOL 
Desinfetante de pele mais comumente usado é o álcool etílico em 
concentrações variáveis de 60 a 90%, mais freqüentemente a 
70%. 
Nessa concentração, o álcool não desidrata a parede celular do 
microrganismo, podendo penetrar no seu interior, onde irá 
desnaturar proteínas, fato que não ocorre quando se utiliza o 
álcool acima ou abaixo da concentração ideal. 
AGENTES QUÍMICOS 
Vantagens da desinfecção com o álcool 70%: 
-  bactericida de ação rápida 
-  ação na presença do “Mycobacterium tuberculosis” e virucida 
 (somente para vírus lipofílicos); 
-  irritante leve; 
-  baixo custo; 
-  não-tóxico; 
-  incolor e não deixa resíduos. 
Desvantagens: 
- não é esporicida; 
- tem atividade diminuída na presença de matéria orgânica; 
- danifica material de plástico, borracha ou acrílico; 
- evapora rapidamente, com diminuição da atividade antimicrobiana 
em sangue seco, saliva e outras matérias orgânicas; 
- não apresenta ação contra vírus hidrofílicos; 
- não tem ação residual; 
- é um desinfetante de nível médio 
Mais importante desinfetante de uso doméstico. 
!  Hipoclorito de cálcio (forma sólida) ou de sódio (forma liquida) 
são os mais usados, em concentrações de 0,5% (liquido de 
Dakin), 1% (solução de Milton) a 2 a 5% (desinfetante). 
!  Capaz de destruir células bacterianas e, desprendendo-se em 
meio líquido, pode deixá-lo praticamente isento de 
microrganismos. 
CLORO E COMPOSTOS CLORADOS 
AGENTES QUÍMICOS 
Vantagens: 
-  baixo custo; 
-  ação rápida; 
-  baixa toxicidade 
Desvantagens: 
-  corrosivo para metais; 
-  inativado na presença de matéria orgânica; 
-  odor forte; 
-  irritante de mucosa 
•  Desinfetante de alto nível - concentração de 0,2% 
•  Período de exposição – 5 a 10 minutos (desinfecção) 
•  Período de exposição – 30 minutos (esterilização) 
•  seguir orientação do fabricante) 
•  Utilização de EPI 
 Vantagens: pouco tóxico (água, ácido acético e oxigênio). É efetivo na 
presença de matéria orgânica, esporicida. 
 Desvantagens: é instável quando diluído, corrosivo para metais (aço, 
bronze, latão, ferro galvanizado, utilizar anti-corrosivo), alto custo. 
ÁCIDO PERACÉTICO 
AGENTES QUÍMICOS 
São desinfetantes muito eficientes, principalmente pela sua ação 
mecânica, eliminando células de microrganismos da superfície 
lavada. Como na sua constituição entram sempre sais de sódio e 
potássio, tem uma ligeira ação bactericida, muito seletiva, sendo 
eficiente apenas com respeito a alguns microrganismos. 
SABÕES E DETERGENTES 
AGENTES QUÍMICOS 
Agente químico primário para controle da placa bacteriana, 
possuindo, diferentes formulações - solução aquosa, gel e spray - 
sendo rotineiramente utilizado na prática dental; 
Altera a integridade da membrana celular bacteriana; 
Essa solução é utilizada em pacientes que estão comprometidos em 
termos de higiene bucal que possuem deficiências físicas, metais ou 
sociais, higiene oral comprometida devido à incapacidade temporária 
ou por falta de consciência e pacientes idosos; 
Possui alta substantividade intra-oral; 
DIGLUCONATO DE CLOREXIDINA 
AGENTES QUÍMICOS 
DIGLUCONATO DE CLOREXIDINA 
Vantagens: Trata-se de um agente bactericida e bacteriostático de 
amplo espectro de ação; 
Em concentrações de 0,12% é utilizado por volta de 1 minuto, duas 
vezes ao dia, com 15 ml de solução, que é suficiente para prevenir 
a formação do biofilme, com prescrições em casos específicos; 
Desvantagens: a pigmentação dos dentes e alteração do paladar 
sendo que, o manchamento dos dentes é resolvido com profilaxia e 
quando se, interrompe o uso normaliza-se o paladar do paciente; 
Em concentrações de 2% ou 4% é utilizado como anti-séptico de 
tecidos e mucosas 
AGENTES QUÍMICOS 
A. Avaliação do paciente 
B. Imunizações 
C. Uso de barreiras protetoras 
•  Luvas 
•  Máscaras 
•  Protetores oculares 
•  Avental 
•  Gorro 
As mãos devem ser lavadas ... 
•  Inicialmente ao atendimento de cada paciente e ao 
 calçar as luvas 
•  Imediatamente após a remoção das luvas 
•  Quando as mãos forem contaminadas em caso 
 de acidente 
•  Luvas 
 * Luvas claras de látex protetor 
 (luvas de procedimento) 
 * Luvas esterilizadas 
 (luvas ortopédicas) 
 * Luvas “grossas” 
 (luvas de borracha) 
•  Luvas* 2 – 30% têm perfurações intrínsecas 
 * até 80% podem perfurar durante a cirurgia 
 * 50% tornam-se permeáveis às bactérias após várias horas 
 “ Trocar a cada hora ou a cada paciente “ 
Todos os cortes ou abrasões devem ser cobertos 
com curativos adesivos 
•  Máscaras 
 Fatores que reduzem a eficiência da filtração: 
 * material usado na fabricação (fibra de vidro / polipropileno) 
 * tempo de uso 
Vida útil: 
30 – 60min., particularmente se a máscara estiver molhada 
 “Trocar a cada hora ou a cada paciente” 
Quanto ao EPI, deve ser usado por toda a equipe, incluindo: 
touca, máscara de tripla camada, óculos de proteção 
(inclusive para o paciente), luvas (de procedimento, 
estéreis, para limpeza e sobreluva de plástico), avental de 
manga comprida e calçados fechados (NR nº 32, do 
Ministério do Trabalho). 
Bole%m	Eletrônico	de	Informações	sobre	Serviços	de	Saúde	(BISS)Edição	nº	2,	de	1º	de	junho	de	2007 
•  Enxaguatórios orais (anti-sépticos com substantividade) 
Redução da carga microbiana 
•  Diminui o risco de bacteremia para o paciente 
•  Diminui o risco de contaminação para o profissional 
 (perfurações / aerossóis) 
•  Isolamento com dique de borracha (quando possível) 
 minimiza a produção de aerossóis de saliva e 
sangue contaminados 
•  Uso de sugadores (alta velocidade) 
•  Uso de óculos de proteção 
CUIDADOS COM 
SUPERFÍCIES E 
INSTRUMENTAL 
Classificação de instrumental, equipamentos e 
superfícies 
•  MATERIAIS CRÍTICOS: são produtos para a saúde utilizados em 
procedimentos invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes. 
(ESTERELIZAÇÃO) 
•  MATERIAIS SEMI-CRÍTICOS: produtos que entram em contato com pele 
não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas; (DESINFECÇÃO) 
•  MATERIAIS NÃO CRÍTICOS: produtos que entram em contato com pele 
íntegra ou não entram em contato com o paciente (LIMPEZA) 
CONDUTA CLÍNICA 
•  Refletor 
•  Peças de mão 
•  Botões da cadeira 
•  Seringa tríplice (eliminação da água parada) 
BARREIRAS 
Barreiras protetoras sobre superfícies 
* As barreiras devem ser de material impermeável e 
 descartadas após o atendimento de cada paciente; 
 Podem ser utilizadas capas plásticas ou filmes plásticos de PVC; 
* Remoção com luvas grossas; 
Botões	e	alças	devem	ser	recobertos	com	barreira	
impermeável	(do	%po	plás%co	filme)	ou	campo	de	algodão	
estéril	(em	casos	cirúrgicos).	As	barreiras	devem	ser	
trocadas	uma	vez	por	dia	e,	entre	os	pacientes,	deve	haver	
limpeza	e	desinfecção,	com	álcool	a	70%.	
	Bole%m	Eletrônico	de	Informações	sobre	Serviços	de	Saúde	(BISS)Edição	nº	2,	de	1º	de	junho	de	2007
MESA CLÍNICA 
•  Somente o material necessário para o procedimento 
•  Lixo (plástico) para descarte de gaze 
APÓS A CLÍNICA 
•  Refletor 
•  Peças de mão 
•  Botões da cadeira 
•  Seringa tríplice (eliminação da água parada) 
ELIMINAÇÃO E DESCARTE DAS BARREIRAS 
DESINFECÇÃO 
APÓS A UTILIZAÇÃO CLÍNICA 
PREPARO DO INSTRUMENTAL 
PARA ESTERILIZAÇÃO E / OU 
DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL 
PREPARO DO INSTRUMENTAL PARA ESTERILIZAÇÃO 
E / OU DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL 
* Limpeza pré-esterilização 
 - Limpeza manual 
 - Limpeza ultra-sônica (desincrustante) 
* Enxágüe / Secar 
* Empacotamento 
* Esterilização 
* Armazenamento (7 dias/30 dias) 
PREPARO DO INSTRUMENTAL PARA ESTERILIZAÇÃO 
E / OU DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL 
* ESTERELIZAÇÃO: 
- 3 – Esterilização 
A esterilização é um ponto crítico na Odontologia. Esse é o tema mais abordado em perguntas e 
dúvidas enviadas por dentistas, por meio eletrônico, à Anvisa. Profissionais perguntam dentre outras 
coisas, o que esterilizar, como embalar e qual a validade do procedimento. 
Para os consultórios odontológicos, orientamos dois tipos de esterilização: 
....-> Método químico - imersão em ácido peracético a 1%; 
....-> Método físico - autoclave. 
Ressaltamos que o método químico só é utilizado quando os artigos forem termossensíveis. Se os 
artigos forem termorresistentes, é recomendável submetê-los à autoclavagem, por facilidade 
operacional, eficácia e, principalmente, por segurança. 
Fabiana Petrocelli Bezerra Paes é Odontóloga e Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da área de Tecnologia da Organizacao 
em Servicos de Saude da Anvisa 
Bole%m	Eletrônico	de	Informações	sobre	Serviços	de	Saúde	(BISS)Edição	nº	2,	de	1º	de	junho	de	2007 
Desinfecção de equipamentos e superfícies 
* Equipamentos e superfícies – entre um paciente e outro, devem 
 ser desinfectados com álcool 70% (60s), e posteriormente 
recobertas por barreiras (MS, 2000); 
* Bancadas e equipamentos com superfície não-metálica 
 fricção com solução aquosa de hipoclorito de sódio a 1%; 
* Paredes e pisos – água e sabão 
BORRIFO – LIMPEZA – BORRIFO 
(duas aplicações)

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