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Transtornos de sintomas somáticos

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Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Mental II 
1 
 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 Diagnóstico feito com base em sinais e 
sintomas positivos: Sintomas somáticos 
perturbadores associados a pensamentos, 
sentimentos e comportamentos anormais em 
resposta a esses sintomas → O que caracteriza 
indivíduos com transtorno de sintomas 
somáticos não são os sintomas somáticos em 
si, mas como eles se apresentam e como são 
interpretados → Integração de componentes 
afetivos, cognitivos e comportamentais. 
 Um ou mais sintomas somáticos que causam 
aflição ou resultam em perturbação 
significativa na vida diária (por mais de 6 
meses) 
o Pensamentos desproporcionais e 
persistentes acerca da gravidade dos 
próprios sintomas 
o Nível de ansiedade persistentemente 
elevado acerca da saúde e dos 
sintomas 
o Tempo e energia excessivos dedicados 
a esses sintomas ou a preocupações a 
respeito da saúde 
SINTOMAS 
 
 Acreditam que tem uma doença grave ainda 
não detectada 
 Crença de que tem uma doença em particular 
 Convicções persistem apesar dos resultados 
negativos 
 Com frequência é acompanhado de sintomas 
de depressão e ansiedade 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 Transtorno de sintomas somáticos 
 Transtorno de ansiedade de doença 
 Transtorno conversivo (transtorno de sintomas 
neurológicos funcionais) 
 Fatores psicológicos que afetam outras 
condições médicas 
 Transtorno factício 
 Aspecto comum: proeminência de sintomas 
somáticos associados a sofrimento e prejuízo 
significativos. 
EPIDEMIOLOGIA 
 
 Prevalência de 4 a 6% 
 Pessoas do sexo feminino tendem a relatar 
mais sintomas somáticos do que as do sexo 
masculino 
 Início entre 20 e 30 anos 
ETIOLOGIA 
 
 Vulnerabilidade genética e biológica - maior 
sensibilidade à dor 
 Experiências traumáticas precoces 
 Aprendizagem - atenção obtida por causa da 
doença 
 Normas culturais/sociais que desvalorizam e 
estigmatizam o sofrimento psicológico em 
comparação com o sofrimento físico 
 Comorbidade depressão e ansiedade 
 Desejos agressivos e hostis em relação ao 
outro (psicodinâmica) 
TRATAMENTO 
 
 Redução do estresse 
 Psicoeducação 
 Psicoterapia individual ou em grupo 
 Hipnose 
 Exames físicos de rotina – ajudam a 
tranquilizar 
 Farmacoterapia se associado a depressão e 
ansiedade 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE DOENÇA 
 
 Pessoas preocupadas em ter ou contrair 
doenças 
 Existe pouco ou nenhum sintoma somático e 
as pessoas estão principalmente preocupadas 
com a ideia de estarem doentes 
 O diagnóstico também pode ser usado em 
pessoas que de fato tem uma doença clínica, 
mas cuja ansiedade é desproporcional ao 
diagnóstico. 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Mental II 
2 
 
 
 
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA 
 
 15% das pessoas na população em geral se 
preocupam em ficar doentes e incapacitadas 
 A etiologia é desconhecida 
o Fatores de risco: ambientais (estresse, 
abuso, doença grave na infância) 
o Modelo de aprendizagem (papel de 
doente) 
o Natureza das relações do paciente 
com outras pessoas significativas 
TRANSTORNO CONVERSIVO (TRANSTORNO DE 
SINTOMAS NEUROLÓGICOS FUNCIONAIS) 
 
 Sintomas ou déficits que afetam funções 
motoras ou sensoriais voluntárias – sugerem 
condição clínica – aparenta ser causada por 
fatores psicológicos 
 Achados físicos evidenciam incompatibilidade 
entre o sintoma e as condições médicas ou 
neurológicas encontradas 
 Não são produzidos de forma intencional 
EPIDEMIOLOGIA 
 
 A prevalência exata do transtorno é 
desconhecida 
 Podem ocorrer em até um terço da população 
em geral 
ETIOLOGIA 
 
 Fatores biológicos (comunicação prejudicada 
entre os hemisférios, excitação cortical 
excessiva) 
 Teoria da aprendizagem (comportamento 
aprendido) 
 Fatores psicanalíticos (repressão de um 
conflito intrapsíquico inconsciente) 
SINTOMAS 
 
TRATAMENTO 
 
 Melhora espontânea da conversão 
 Psicoeducação: enfrentamento do estresse 
 Hipnose 
 Exercícios de relaxamento 
 Psicofármaco na crise: ansiolíticos 
FATORES PSICOLÓGICOS QUE AFETAM OUTRAS 
CONDIÇÕES MÉDICAS 
 
 Estresse: Circunstância que perturba o 
funcionamento fisiológico ou psicológico de 
uma pessoa. 
 Resposta dos neurotransmissores: Os 
estressores ativam sistemas noradrenérgicos e 
serotoninérgicos. 
 Respostas endócrinas: O CRF é secretado. O 
ACTH é liberado – estimula a síntese e 
liberação de glicocorticóides. O cortisol é 
liberado 
 Resposta imune: Inibição do funcionamento 
imune pelos glicocorticóides 
 Eventos vitais: Respostas adaptativas ou 
maladapativas ao evento ou situação de vida 
 Fatores específicos de estresse: 
Personalidade, Conflitos inconscientes, 
Estresse crônico 
TRANSTORNO FACTÍCIO 
 
 Pacientes simulam, induzem ou agravam a 
doença para receber atenção médica, 
independentemente de estarem doentes ou 
não 
 Podem infligir lesões dolorosas, deformantes 
ou até mesmo com risco de morte a si mesmo, 
seus filhos ou outros dependentes 
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Mental II 
3 
 
 Estima-se que cerca de 1% dos indivíduos 
tenham apresentações que satisfazem os 
critérios de transtorno factício 
 Geralmente envolve episódios intermitentes 
 Fatores psicossociais (abuso, privação, 
personalidade masoquista, autoimagem 
perturbada, mecanismo de defesa imaturo) 
 Fatores biológicos (disfunção cerebral - 
deficiência no processamento de informações) 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 Nenhuma terapia específica tem sido efetiva 
no tratamento 
 Focado no manejo para 
o Reduzir risco de morbidade e 
mortalidade 
o Abordar as necessidades emocionais 
o Estar atento às questões éticas e legais 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
 Escuta empática 
 Não expressar choque, criticar ou achar graça 
da situação do paciente 
 Observar autocuidado 
 Ajudar a família a compreender a situação do 
paciente. 
 Ajudar paciente a explorar seus sentimentos e 
encorajar a verbalizar sobre os mesmos 
 Reforço positivo

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