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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA CURSO DE MARKETING DIGITAL NATHAN BARRETO PEREIRA DE CARVALHO Matrícula: 20222300922 GESTÃO DE BRANDING Entrega da Avaliação – Trabalho da Disciplina (AVA 1) Rio de Janeiro 2022 2 A produção e o consumo de alimentos se modificam ao longo do tempo. Se, no passado, a terra era o único fator de produção, hoje, a tecnologia coloca na mesa quantidade e diversidade de alimentos. Na esteira desse avanço, surge o delivery que, com a pandemia (COVID-19) e o isolamento social provocados, ganhou protagonismo no abastecimento de alimentos. O delivery tem se incorporado cada vez mais aos hábitos alimentares e de con- sumo dos brasileiros. Os números estão aí para provar: de acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), recentemente foi faturado em um único ano R$ 9 bilhões em entregas de comida. Um delivery de sucesso, não se resume apenas em entregar comida a domicílio: é preciso planejar e organizar as operações. Segundo pesquisa do site Statista, – em- presa especializada em dados de mercado e consumidores – o Brasil foi destaque na América Latina no segmento de delivery em 2020. Representando quase metade do mercado, com respectivamente 48,77%, seguido de México e Argentina, com média de 27,07% e 11,85%, respectivamente. De diferencial, o mercado de delivery se tornou necessidade com a chegada da pandemia em 2020, estimulando o consumo e influenciando hábitos da população, seja pelo aumento de pedidos de um mesmo usuário, seja pela adesão de novos às plataformas de entrega de comida. Com o fechamento de muitos comércios, desde o início dos decretos de isolamento social, as compras por delivery cresceram cerca de 59%. Isso significa que oferecer esse serviço no estabelecimento é uma forma de ter uma fonte a mais de renda e, principalmente, de expandir o negócio e o atendimento. Além disso, especialistas apontam que, contrariando estereótipos, as famílias são as que mais pedem comida a domicílio – principalmente aos fins de semana, quanto todos estão em casa e cozinhar para todos é mais trabalhoso. Mais pessoas e a ausência de gastos com deslocamento significa um ticket médio mais alto. Vale ressaltar que esse tipo de negócio atinge à diversos públicos ao mesmo tempo: aque- las pessoas que não querem ou não gostam de sair de casa, pessoas com alguma comorbidade, portadores de necessidades especiais, as que estão atrasadas para algum compromisso e diversos outros perfis que, com certeza, recorrem ao delivery todos os dias. 3 “As pessoas estão com a vida cada vez mais corrida, entre trabalho e estudo, além das horas que perdem por dia no trânsito da cidade durante a semana, deixando as pessoas ainda mais cansadas e propícias a pedirem comida em casa ou no traba- lho.” (França, 2014, p. 1). O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, Edgard Monforte Merlo, acredita que o sistema de delivery é uma tendência não só no Brasil, mas no mundo, e que deve continuar. Merlo destaca ainda a inovação como a palavra que deve definir o setor de alimentos daqui para frente. Empresários e gestores, afirma o professor, devem ficar atentos para atender com rapidez e até antecipar as novas demandas dos consumidores. Assim, para se manterem competitivas no mercado, as empresas precisam atentar para as tendên- cias do setor de alimentação e aos desafios gerados pelas mudanças. Ressalta-se que a palavra “Delivery” tem sua origem na língua inglesa e signi- fica entrega, distribuição ou remessa. Seu conceito engloba o serviço de entrega de materiais, bens, serviços ou produtos em um local específico, encomendados a partir de um meio de comunicação. Dentre os itens mais relevantes neste canal, estão os medicamentos e os alimentos (Sebrae, 2005). Ao mesmo tempo, no mundo contem- porâneo, o uso de telefones móveis está cada vez mais presente na vida cotidiana, principalmente pela facilitação relativa às questões de mobilidade e sociabilidade. Pe- reira e Silva (2016) afirmam que poucas pessoas não contavam com aparelhos de telefone celular em 2016. Esse sistema tem sido impulsionado pela junção entre a comodidade e a segu- rança, já que o cliente recebe seu pedido no conforto do lar e, por consequência, evita os longos trânsitos das grandes cidades. É diante do cenário de problemas sociais e de um meio marcado pelo crescente uso de telefones celulares que novas soluções digitais para o mercado de alimentação têm surgido, a partir de aplicativos em que os usuários podem encomendar suas re- feições em restaurantes e lanchonetes próximos, desde que disponíveis na plata- forma, sem a necessidade de nenhum telefonema, contando com a possibilidade de realizar o pagamento no próprio smartphone e de acompanhar o percurso do entre- gador (França, 2014). 4 Em 2018, de acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), o mercado de delivery movimentou R$11 bilhões, impulsionados, princi- palmente, pelo crescimento das plataformas de delivery. Dentre elas, as mais procu- radas em mecanismos de buscas, como Google e Bing, em 2019, estão o iFood (1,2 milhão), Uber Eats (246 mil) e Rappi (183 mil). De acordo com dados disponibilizados pela Mobills, os gastos nos aplicativos Rappi, iFood e Uber Eats cresceram 149% só no ano de 2020. Com a crescente procura, tornou-se comum encontrar clientes que reclamam de alguns serviços de entrega e de negócios que lhes trouxeram prejuízo. Normal- mente, esse tipo de situação acontece pela falta de planejamento e organização. Com isso, percebe-se que, apesar de ser um mercado com uma concorrência acirradís- sima, também é um nicho carente de qualidade de atendimento, uma vez que em grande parte dos casos, acaba trazendo alguma frustração para os clientes. Dessa forma, esse não é apenas um mercado muito concorrido, mas que também tem ofe- recido a oportunidade de inovação e crescimento para o empreendedor que estiver disposto a fazer a diferença. Dentro tudo que já foi menciado, temos de destacar certos aplicativos de entrega de comida pronta que atuam no Brasil. 5 iFood Em 1997, quando o serviço de entrega de comida no Brasil se limitava aos pedidos de pizza por telefone, a Disk Cook surgiu como uma espécie central de aten- dimento para receber os pedidos e coordenar as entregas com os restaurantes. Foram quase 14 anos até a operação migrar para o mundo digital, rebatizada como iFood. Segundo o portal Canal Tech, a plataforma deu início aos trabalhos em 2011, no Bra- sil, com o objetivo de revolucionar o delivery de comida, através de uma solução na qual os usuários de seu aplicativo podem acessar os cardápios de diversos restau- rantes que atendem em sua localização, realizar sua encomenda e escolher a forma de pagamento, facilitando o processo de encomenda do pedido. Em seis meses, a empresa alcançou a marca de 650 restaurantes cadastrados, apenas em São Paulo. Em novembro de 2018, a empresa recebeu um investimento de US$ 500 milhões, maior aporte já recebido por uma empresa na América Latina até então, de acordo com a Exame. Em abril de 2019, o iFood ultrapassou a marca de mais de 500 cidades atendidas e 17,4 milhões de pedidos processados por mês, o que corresponde a um aumento de 109% ante outubro de 2017. Figura. Logo do iFood Fonte:https://play.google.com/store/apps/dtails?id=br.com.brainweb.ifood&hl=en_US Rappi Criada na Colômbia, em 2015, com o objetivo de solucionar a latente dificul- dade de entrega de pedidos de empresas aos seus clientes, a Rappi surgiu não ape- nas como uma plataforma de captação de pedidos de refeições para restaurantes parceiros, mas também como um serviço de entrega dessas encomendas através de estrutura própria. Com apenas seis meses devida em Bogotá, 200 mil usuários esta- vam cadastrados em sua plataforma, de acordo com reportagem da Exame. Ainda segundo a Exame, em 2016, tal empresa passou por sua primeira grande rodada de https://play.google.com/store/apps/dtails?id=br.com.brainweb.ifood&hl=en_US 6 investimento, recebendo aporte estimado de US$ 50 milhões, o que possibilitou sua expansão para outros países da América Latina, chegando ao Brasil em julho de 2018, na cidade de São Paulo. Em abril de 2019, recebeu a maior rodada de investimento da América Latina, superando a marca pertencente ao iFood, no valor de US$ 1,4 bilhão, de acordo coma Isto É Dinheiro. Figura. Logo do Rappi Fonte: https://www.99jobs.com/rappi Depois de explorar e entender o mercado de delivery de comida pronto no Bra- sil, entramos no tópico proposto ao trabalho, o resolução dos problemas do cliente, onde o mesmo não está inserido no meio digital. Branding O tipo de branding mais apropriado para cuidar da gestão de marca desse cli- ente seria: focar nas estratégias online e na gestão de qualidade. No quesito das es- tratégias online, é visível que estamos vivendo uma revolução das mídias, o que mos- tra a necessidade de as marcas estarem onde o cliente está. O meio digital, por exem- plo, por ser mais acessível e democrático, concentra muitas pessoas. Isso é funda- mental para aumentar a visibilidade online da empresa. É necessário, portanto, que essa empresa esteja junto a seu público, pronta para ajudá-lo quando for necessário. Criar uma presença em mídias sociais e adotar estratégias de Inbound Marke- ting (marketing de atração) podem ser divisores de águas no negócio — e aproximar, cada vez mais, a empresa ao cliente. Além disso, podemos definir a gestão de qualidade como o conjunto de ativida- des realizadas em uma empresa para organizar e melhorar os produtos ou serviços https://www.99jobs.com/rappi 7 oferecidos para os clientes. A ideia é que sejam sempre ouvidas as opiniões dos com- pradores, bem como realizadas pesquisas. Assim, é possível passar para o público uma imagem de que a organização se preocupa com seus consumidores e está sem- pre em busca de melhorias naquilo que se presta a oferecer. Dentro desse contexto, duas ações possíveis de melhoria para o cliente em questão se atualizar frente ao mercado pesquisado e seus possíveis benefícios, seriam: 1) Preparar o processo de delivery: Primeiro, é preciso pensar em todo pro- cesso de entregas, para causar uma boa impressão em seus clientes. Do contrário eles não retornarão a sua loja e nem farão boas recomendações. Por isso, há de se definir em qual região vai atuar com o delivery, podendo escolher os bairros ou cidade. Após, analisar os custos dessa área e qual será a taxa de entrega. Em seguida, de- terminar os horários e dias de atendimento, analisar qual o período que tem mais en- tregas e se atenderá também nos finais de semana. Tudo deve ser levado em conta para que tenha o número de entregadores adequados. Inclusive, quem fará parte dessa equipe. O indicado é ter um processo e um grupo separado para esse serviço para que não atrase os pedidos dos clientes. 2) Investir nas redes sociais: Facebook, Instagram, Tik Tok, YouTube, e tan- tas outras. As redes sociais são fundamentais crescer no digital, tanto para divulgação da marca, quanto para trabalhar propriamente no e-commerce do aplicativo, como é o caso das redes Facebook e Instagram. Vale frisar que não é só criar um perfil, é preciso planejar, criar conteúdo relevante, interagir com as pessoas, acompanhar os resultados e se manter em atividade. É isso que vai fazer com que os clientes se engajem com o negócio. Estar presente naquela que mais faz sentido para o negócio. 8 REFERÊNCIAS: BRETAS, Valéria. Sinal de alertar para o ifood. Isto É Dinheiro, 2018. Dispo- nível em: https://www.istoedinheiro.com.br/sinal-de-alerta-para-o-ifood/ Acessado em: 09 nov. 2022 10 dicas fundamentais para que seu delivery de comida seja um sucesso. Con- nect Plug, 2021. Disponível em: https://blog.connectplug.com.br/delivery-de-comida- de-sucesso/ Acessado em: 09 nov. 2022 Delivery cresce e se torna oportunidade para setor de alimentação. Sebrae, 2020. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/deli- very-cresce-e-se-torna-oportunidade-para-setor-de-alimenta- cao,8bf8d28f48081710VgnVCM1000004c00210aRCRD Acessado em: 09 nov. 2022 CHIQUETTO, Letícia. Abrir um delivery de comida. Abertura Simples, 2021. Disponível em: https://aberturasimples.com.br/abrir-um-delivery-de-comida/ Aces- sado em: 09 nov. 2022 JÚNIOR, France. Delivery transformou tendência em necessidade e continua em crescimento. Jornal da USP, 2021. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualida- des/delivery-transformou-tendencia-em-necessidade-e-continua-em-crescimento/ Acessado em: 09 nov. 2022 O “Boom” das plataformas de Delivery no Brasil e suas consequências peculi- ares. FGV, 2022. Disponível em: https://portal.fgv.br/artigos/boom-plataformas-deli- very-brasil-e-suas-consequencias-peculiares Acessado em: 09 nov. 2022 https://www.istoedinheiro.com.br/sinal-de-alerta-para-o-ifood/ https://blog.connectplug.com.br/delivery-de-comida-de-sucesso/ https://blog.connectplug.com.br/delivery-de-comida-de-sucesso/ https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/delivery-cresce-e-se-torna-oportunidade-para-setor-de-alimentacao,8bf8d28f48081710VgnVCM1000004c00210aRCRD https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/delivery-cresce-e-se-torna-oportunidade-para-setor-de-alimentacao,8bf8d28f48081710VgnVCM1000004c00210aRCRD https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/delivery-cresce-e-se-torna-oportunidade-para-setor-de-alimentacao,8bf8d28f48081710VgnVCM1000004c00210aRCRD https://aberturasimples.com.br/abrir-um-delivery-de-comida/ https://jornal.usp.br/atualidades/delivery-transformou-tendencia-em-necessidade-e-continua-em-crescimento/ https://jornal.usp.br/atualidades/delivery-transformou-tendencia-em-necessidade-e-continua-em-crescimento/ https://portal.fgv.br/artigos/boom-plataformas-delivery-brasil-e-suas-consequencias-peculiares https://portal.fgv.br/artigos/boom-plataformas-delivery-brasil-e-suas-consequencias-peculiares 9 NIGRI, J. I. Delivery x Balcão – um estudo de caso em uma rede de fast food. Monografia (Bacharel em Administração) - Faculdade de Administração e Ciên- cias Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FACC/UFRJ). Rio de Ja- neiro, p. 39. 2019. SULZ, Paulino. O que é Branding: aprenda como fazer uma gestão de marca incrível. Rock Content, 2019. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/bran- ding/ Acessado em: 09 nov. 2022 MARTINS, Diana. Marketing para delivery: 10 dicas para aumentar o volume de vendas. Rock Content, 2022. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/mar- keting-para-delivery-dicas-para-aumentar-vendas/ Acessado em: 09 nov. 2022 VELLOSO, Fernanda. 4 Segredos para destacar seu delivery nas redes sociais. Blog Delivery Direto, 2021. Disponível em: https://blog.deliverydireto.com.br/desta- car-delivery-redes-sociais/#:~:text=Segundo%20uma%20pesquisa%20da%20Kan- tar,visto%2C%20s%C3%A3o%20Facebook%20e%20Instagram. Acessado em: 09 nov. 2022 https://rockcontent.com/br/blog/branding/ https://rockcontent.com/br/blog/branding/ https://rockcontent.com/br/blog/marketing-para-delivery-dicas-para-aumentar-vendas/ https://rockcontent.com/br/blog/marketing-para-delivery-dicas-para-aumentar-vendas/ https://blog.deliverydireto.com.br/destacar-delivery-redes-sociais/#:~:text=Segundo%20uma%20pesquisa%20da%20Kantar,visto%2C%20s%C3%A3o%20Facebook%20e%20Instagram https://blog.deliverydireto.com.br/destacar-delivery-redes-sociais/#:~:text=Segundo%20uma%20pesquisa%20da%20Kantar,visto%2C%20s%C3%A3o%20Facebook%20e%20Instagram https://blog.deliverydireto.com.br/destacar-delivery-redes-sociais/#:~:text=Segundo%20uma%20pesquisa%20da%20Kantar,visto%2C%20s%C3%A3o%20Facebook%20e%20Instagram
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