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Resumo Patologia do Sistema Genital Feminino

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Patologia do Sistema Genital Feminino 1
Patologia do Sistema Genital Feminino
Geral
Organização
Genitália interna
Ovários, Tubas uterinas, Útero, Vagina
Genitália externa
Vulva
Glândulas acessórias
Vestibulares (maiores)
Ovários
Relembrando um pouco da anatomia e histologia
Topografia
órgãos pélvicos, 3 -5 cm, intraperitoneais, sustentados por ligamentos
Irrigação 
artéria ovárica e ramos ováricos da artéria uterina
Drenagem venosa
plexo venoso ovárico
Drenagem linfática
linfonodos lombares para cisterna do quilo
Inervação
plexos ovárico e hipogástrico inferior (nervos esplâncnicos maior, menor, imo e pélvicos) e nervo 
vago
Superfície
Mesotélio modificado (epitélio simples cuboidal/colunar microviloso) apoiado num tecido conjuntivo 
denso (túnica albugínea)
Relembrando
Sobre a gametogênese e o ciclo femino
células germinativas/oogônias (no embrião) → ovócitos primários → integram → folículos primordiais 
→ que permanecem inativos até a puberdade (400 mil)
a cada menstruação 1000 folículos são degenerados, por isso a mulher só possui cerca de 400 
ovulações (30 - 33 anos de vida fértil) 
FSH estimula o desenvolvimento folicular
LH estimula a ovulação e consequemente o corpo lúteo
Estradiol é importante para proliferação do endométrio
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Progesterona é importante para estabilizar esse endométrio e evita que prolifere exageradamente
Cisto folicular
Características gerais: costuma ser solitário e unilocular; 3 a 10 cm, parede lisa e conteúdo seroso; 
revestimento interno camada granulosa
Formado a partir de: folículo ovariano (que não seguiu o processo normal)
Idade: pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum nos extremos da menacme
Como costuma ser diagnosticado: achado incidental ou por distúrbios hormônios/sangramento vaginal 
pós menopausa
Risco: rotura ou torção ovariana por cistos volumosos (emergência médica)
Formação do cisto: pode estar associada a perturbações hormonais (exemplo falhas na liberação do 
LH)
Prognóstico: costuma regredir em 2 a 8 semanas, caso persista sugere natureza neoplásica
Condição associada - Síndrome dos ovários policísticos: cistos de aspecto folicular (mais que 10), 
hiperandrogenismo, anovulação crônica
Cistoadenoma Seroso
O que é: proliferação neoplásica benigna do epitélio da superfície ovariana
Epidemiologia: segunda neoplasia mais comum do ovário
Idade: 20 aos 40 anos (maioria)
Sinais e sintomas: pode passar despercebido ou manifestar dor pélvica ou massa abdominal
Características gerais: unilateral, unilocular (mais comum) ou multilocular, conteúdo seroso; 10 cm
Dependendo da formação predominante o nome pode mudar:
Cistoadenofibroma seroso: possui formações papulares focais e áreas sólidas 
Adenocarcinoma Seroso
O que é: proliferação neoplásica maligna do epitélio da superfície ovariana; etiopatogênese neoplasia de 
epitélio tubário (?)
Epidemiologia: malignidade mais comum no ovário (70% dos casos) e quarta mais comum dentre as 
neoplasias ovarianas
Idade: após 40 anos (maioria)
Maiores riscos: multiparidade e história familiar de câncer de ovário ou mama
Como costuma ser diagnosticado: normalmente quando já está amplamento disseminado (prognóstico 
desfavorável)
Qual via de disseminação é comum: transcelômica
Disseminação pélvica e peritoneal/omental é comum, pode provocar ascite, caso a paciente não 
tenha uma condição específica que explique ascite, importantíssimo investigar!
Mutação de genes: BRCA1 e/ou BRCA2 aumentam a susceptibilidade em até 60%
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Síndrome de Lynch: genes que estão associados a reparo de erros de DNA, quando tem mutação, mais 
chance de ter neoplasias
Mutação nos genes MLH1, MSH2, MSG6 e/ou PMS2, aumentam a susceptibilidade em até 25%
Características gerais: tumor volumoso (15-20 cm), bilateral (maioria das vezes), áreas multicísticas, 
sólidas, papilares (tufos tumorais)
💡 Importante lembrar: tumores grandes, sejam malignos ou benignos, podem ter focos de 
hemorragia e necrose 
Cistoadenoma mucinoso
O que é: proliferação neoplásica benigna do epitélio da superfície ovariana
Epidemiologia: terceira neoplasia mais comum do ovário
Idade: 20 aos 40 anos (maioria)
Sinais e sintomas: pode ser assintomático ou manifestar dor pélvica ou massa abdominal 
Mutação de genes: KRAS são frequentes 
Características gerais: Costuma ser unilateral, uni ou multilocular, conteúdo viscoso (mucinoso)
Dependendo da variação morfológica pode alterar o nome:
Cistoadenofibroma mucinoso: presença de áreas sólidas
Adenocarcinoma mucinoso
O que é: proliferação neoplásica maligna do epitélio da superfície ovariana
Epidemiologia: pouco comum (5% das malignidades do ovário)
Idade: após os 50 anos (pós menopausa)
Sinais e sintomas: pode ser assintomático, mas pode manifestar inicialmente com dor pélvica ou massa 
abdominal
Mutação de genes: KRAS frequentes
Características gerais: tumor volumoso (15-20 cm), em geral unilateral (90%); áreas multicísticas e 
sólidas; focos de hemorragias e necrose são comuns
Via de disseminação: pode ocorrer via transcelômica
Adenocarcinoma Endometrioide
O que é: proliferação neoplásica maligna do epitélio da superfície ovariana
Epidemiologia: Segunda malignidade mais comum do ovário (15%)
Idade: em torno de 50 anos (pós menopausa)
Sinais e sintomas: pode ser assintomático ou iniciar com dor pélvica ou massa abdominal
Prognóstico: relativamente favorável
Mutações de genes: PTEN e PIK3CA
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Risco aumentado: quando possui síndrome de Lynch
Características gerais: tumor volumoso, em geral unilateral (80-90%); áreas sólidas e císticas; pode ter 
focos de hemorragia e necrose
Aspecto microscópico: formações glanduloides e/ou papilares com aspecto semelhante ao epitélio 
endometrial
Teratoma maduro
O que é: proliferação neoplásica benigna de células germinativas, que exibe tecidos maduros de um ou 
mais folhetos embrionários
Epidemiologia: neoplasia mais comum!
Idade: observado em qualquer idade, mais comum entre 20 e 30 anos
Sinais e sintomas: pode ser assintomático ou manifestar dor pélvica e/ou massa abdominal
Características gerais: tumor cístico variável (cerca de 10 cm), costuma ser unilocular e unilateral 
(90%); conteúdo pode ser piloso, sebáceo/queratinoso, pode ter formação odontóide e rudimentos 
osteocartilaginosos; no exame microscópico pode revelar a presença adicional de praticamente qualquer 
tecido maduro
Teratoma imaturo
O que é: proliferação neoplásica maligna de células germinativas, que exibe componentes maduros e 
imaturos de um ou mais folhetos embrionários
Epidemiologia: pouco comum
Idade: maioria em torno de 20 anos
Sinais e sintomas: pode ser assintomático ou manifestar dor pélvica ou massa abdominal
Características gerais: predominantemente sólido, em torno de 20 cm, em geral unilateral; 20% exibem 
componente cístico com conteúdo piloso e sebáceo/queratinoso; áreas de hemorragia e necrose podem 
ocorrer
Exame microscópico: pode ser observado células maduras e imaturas desorganizadas; natureza ecto e 
mesodérmica (principalmente)
→ tecido neural, cartilaginoso e/ou muscular 
Útero
Topografia
Posterossuperior à bexiga, anterior ao reto e superior à vagina, intraperitoneal (exceto o colo), 
estabilizado por ligamentos
Irrigação
artéria uterina
Drenagem venosa
plexo venoso uterino
Drenagem linfática
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linfonodos parauterinos → linfonodos ilíacos internos → linfonodos ilíacos comuns → linfonodos 
lombares
Inervação
Plexo hipogástrico inferior
Características morfofuncionais 
Epitélio simples colunar sustentado por uma lâmina própria altamente celularizada 
endométrio → corpo/fundo
se modifica mediante estimulação hormonal 
estrogênio → proliferação
progesterona → estabilização
endocérvice → colo
epitélio estratificado escamoso (ectocervical)
epitélio simples colunar (endocervical)
Endometriose
O que é: proliferação ectópica do endométriomorfologicamente normal
Epidemiologia: relativamente comum (5-10% das mulheres em idade fértil tem)
Consequência: pode causar infertilidade, relacionado a distorções anatômicas resultantes de 
cicatrizes/aderências
Principais manifestações: dor pélvica crônica, dismenorreia, dispareunia (profunda), disquezia/disúria 
cíclica, não há sangramento uterino anormal
Outras manifestações: aderências pélvicas (por inflamação/reparo de estruturas); episódios 
repetidos de hemorragia podem resultar em cistos volumosos (endometriomas) no ovário 
(geralmente)
Diagnóstico: normalmente clínico-radiológico, pode ser feito laparoscópico e biópsia
Principais sítios: ovários, ligamentos uterinos, septo retovaginal, recesso retouterino, peritônio pélvico, 
intestinos (e apêndice), colo uterino, vagina, tubas uterinas e cicatrizes de laparotomia
Sítios excepcionais: cérebro, pulmões, fígado e ossos
Fatores que favorecem a disseminação: menstruação retrógrada, maior sensibilidade ao estrogênio
Disseminação extra-pélvica: hematolinfática
Adenomiose
O que é: presença de glândulas e estroma endometriais na profundidade do miométrio; acredita-se que 
poder ter uma comunicação entre glândulas infiltradas e mucosa endometrial (pseudodiverticulose)
Característica morfológica: pode ser localizado ou difuso, espessamento da parede uterina e aumento 
do volume do órgão; miométrio heterogêneo, pode ter áreas císticas (glândulas dilatadas)
Epidemiologia: 20% das mulheres na perimenopausa
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Incidência aumenta com: paridade (trauma endometrial)
Principais manifestações: dismenorreia e sangramento uterino anormal (maioria é assintomática)
Diagnóstico: presumível por imagem, confirmado por exame histopatológico quando há histerectomia
Pólipo endometrial
O que é: proliferação monoclonal (neoplásica) benigna de células do estroma endometrial e hiperplasia 
glandular secundária 
Epidemiologia: 15% das mulheres, mais comum na perimenopausa
Sinais e sintomas: pode manifestar com sangramento uterino anormal
Riscos: pólipos volumosos podem favorecer abortamentos
Diagnóstico: identificável por imagem, mas definitivo requer histopatológico
Características gerais: solitário ou múltiplo, séssil ou pediculado (pode exteriorizar)
Característica histológica: estroma fibrocolagenoso, glândulas dilatadas
Hiperplasia endometrial
O que é: proliferação hiperplásica das glândulas endometriais
Características: pode ter aspecto multinodular, pode ter formações polipoides, glândulas podem estar 
dilatadas ou cistificadas
Epidemiologia: 45 - 55 anos (mais comum na perimenopausa)
Manifestações: causa comum de sangramento uterino anormal ou seja focos de hemorragia são 
comuns
Malignização: progressão para carcinoma endometrial é rara (1-3%)
Patogênese: 
→ estimulação estrogênica prolongada
ciclos anovulatórios
maior síntese de estrogênios endógenos (ex obesidade)
estrógenos exógenos 
terapias com tamoxifeno 
→ mutação do gene PTEN em 20% dos casos
Hiperplasia endometrial atípica
O que é: proliferação neoplásica benigna do epitélio endometrial, limitada pela membrana basal 
Idade: após os 50 anos (maioria)
Manifestação: sangramento uterino anormal
Risco: precursora direta do adenocarcinoma endometrioide (recomenda-se histerectomia)
Patogênese: (semelhante a hiperplasia endometrial vista anteriormente) estimulação estrogênica 
prolongada; mutação de PTEN e KRAS
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Características: espessamento endometrial, aspecto multinodular; no microscópio estruturas 
glanduloides adensadas, revestida por epitélio com atipias
Como vamos diferenciar a hiperplasia endometrial convencional da hiperplasia atípica?
Atípica a esquerda, convencional a direita; observar a diferença do estroma
Adenocarcinoma do endométrio
Epidemiologia: neoplasia maligna mais comum, segunda mais comum do trato genital como um todo
Idade: após os 55 anos (maioria)
Manifestação: sangramento uterino anormal pós-menopausa (costuma ser a principal causa desse 
sangramento na maioria dos casos 10%)
Diagnóstico: biópsia, idealmente associada à histerectomia
Patogênese: na maioria das vezes associada a hiperplasia endometrial atípica, considerada lesão 
precursora
Mutações de genes: PTEN (80%), KRAS (25%) e PIK3CA (40%)
Síndrome de Lynch → agrega risco de 70% 
Características: tumor polipoide ou vegetante, geralmente na parede posterior ou espessamento (maior 
que 5 mm) difuso do endométrio
Subtipo mais comum: endometrioide (80%), seguido pelo seroso (altamente agressivo)
Leiomioma 
O que é: proliferação neoplásica benigna do tecido muscular liso uterino
Epidemiologia: 80% das mulheres em idade reprodutiva (neoplasia genital mais comum na mulher)
Idade: a partir dos 30 anos
Manifestações: pode ser assintomático, mas pode causar sangramento uterino anormal, dismenorreia, 
dor pélvica, abortamentos
Diagnóstico: presumível por imagem, confirmação por exame histopatológico, nos casos conduzidos à 
cirurgia
Mutação de genes: MED12 (70%) (significado incerto)
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Crescimento influenciado por: estrógenos e progestágenos pois as células tumorais possuem 
receptores
Características: em geral múltiplos nódulos bem delimitados, podem estar submucosa, intra mural ou 
subserosa; células tumorais assemelham-se a leiomiócitos; organização em feixes multidirecionais
Leiomiossarcoma
Epidemiologia: neoplasia maligna sarcomatosa mais frequente do útero (mas ainda assim incomum)
Idade: após os 50 anos (maioria)
Manifestações: pode ser assintomático, pode causar sangramento uterino anormal e dor pélvica
Prognóstico: tumor agressivo, sobrevida em 5 anos de 15-25%
Mutação de genes: CDKN2A (supressor tumoral)
Observação: não há relação com leiomiomas
Características: em geral único e intramural (pode coexistir com leiomiomas); contornos irregulares 
(infiltrativo); áreas de necrose e hemorragia; desorganização e heterogeneidade celular, importante atipia 
e mitose frequente
Colo uterino
Eversão e metaplasia escamosa
O que é: alongamento fisiopatológico do colo durante a puberdade que promove a exteriorização da 
mucosa endocervical (eversão)
Patogênese: exposição da endocérvice ao ambiente vaginal pós puberal (diminuição do pH) estimula 
essa metaplasia do epitélio
epitélio simples colunar endocervical → epitélio estratificado escamoso (substituído gradualmente)
A eversão em diferentes etapas da vida:
nascimento: pode ter epitélio endocervical ectópico na ectocérvice
gestação: eversão adicional (reversível) ao colo
perimenopausa: eversão tende a regredir (inversão)
Riscos: essa zona de transformação é mais susceptível a insultos, como infecções virais sexualmente 
transmissíveis (HPV)
Lesão intraepitelial escamosa
O que é: proliferação escamosas atípicas, restrita ao epitélio cervical, secundária à infecção pelo HPV 
(papiloma vírus humano)
Lesões com alto grau de atipias/displasias: tem caráter neoplásico e alta probabilidade de evolução 
para malignidade (invasão); maioria advêm de lesões de baixo grau
Lesão de baixo grau de displasia: mais comuns e regridem espontaneamente (10% progridem para 
lesão de alto grau em até 2 anos)
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Infecção pelo HPV: IST comum; subtipo 6, 11 (raramente oncogênicos); subtipo 16 (mais comum e 
oncogênico) e 18
→ tipo 16 maior risco de malignização
Diagnóstico: rastreamento por exame citopatológico esfoliativo do colo uterino (Papanicolau); 
Colposcopia e exame histopatológico complementam a citologia anormal;
→ pode ser feito por estudo molecular, eliminação do vírus no intervalo de até 2 anos
→ rastreio diminui muito a incidência de câncer cervical
→ a esfoliação é feita da ecto e endocérvice
Prevenção: preservativo, vacina
Alvo da infecção: células basais, especificamente junção escamocolunar metaplásica
Patogênese: proteínas virais (E6, E7) inativam p53 e PRB e induzem a expressão da telomerase 
(prolonga a vida replicativa da célula)
+ replicação,- reparo = mutações e possíveis efeitos carcinogênicos
Manifestações: pode não haver expressão macroscópica ou manifestar-se como pápula verrucosa ou 
placa mal delimitada
Maturação do epitélio: perda progressiva da capacidade de maturação, exibe células atípicas em 
estratos mais superficiais
Carcinoma escamocelular
Epidemiologia: neoplasia maligna mais comum do colo uterino (80%); junto com o adenocarcinoma 
(15%) representa a quarta malignidade mais comum e quarta causa de morte por câncer em mulheres
Idade: 35 a 55 anos
Lesão precursora direta: lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HPV 16)
Fatores de risco: tabagismo e imunossupressão
Manifestações: sangramento e/ou secreção vaginais anormais (espontâneos ou pós intercurso) (doença 
no mínimo localmente avançada)
Aspecto morfológico: aspecto de vegetação ou placa ulcerada, crescimento endofítico (o que é isso?) 
de proporções variáveis; na microscopia blocos queratinizantes de células escamoides invadindo a 
lâmina própria
Invasões: bexiga, reto, cúpula vaginal
Adenocarcinoma
Epidemiologia: segunda neoplasia maligna mais comum (15%)
Idade: 35 a 55 anos
Fatores de risco: tabagismo e contraceptivos
Lesão precursora direta: lesão com displasia de alto grau do epitélio glandular (rastreável - 
papanicolau)
Manifestações: sangramento e/ou secreções anormais (espontâneos ou pós intercurso)
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Etiopatogênese: compartilhada com o carcinoma escamocelular, mas relacionada especialmente com o 
HPV 18
Aspectos morfológicos: vegetações ou placa ulcerada, crescimento endofítico; na microscopia 
formação glanduloides invadindo o estroma
Invasões: dos paramétrios, bexiga, reto, cúpula vaginal
Condiloma acuminado
O que é: proliferação (policlonal) de queratinócitos induzida pelo HPV (6 e 11 especialmente)
Transmissão: IST
Malignização: não tem caráter pré maligno
Características: pápula rugosa acinzentada, em geral múltipla/multifocal (vulvar, perianal, vaginal)
Cisto vestibular
O que é: formação cística benigna que compromete o ducto de uma glândula vestibular maior
Idade: mulheres em idade reprodutiva
Manifestações: obstrução do introito vaginal e dispareunia
Etiopatogênese: complicação da adenite vestibular por infecção por E. coli ou N. gonorrhoeae 
(principalmente); favorecido por trauma vulvar
Características: cisto unilocular de paredes lisas, pode medir vários cm
Malformações uterinas
Epidemiologia: 0,1% a 3% das mulheres
Consequência: 15-25% das mulheres com abortamentos recorrentes possuem essa alteração
Riscos: parto pré maturo, rotura uterina, apresentação fetal atípica (pélvica/transversa)
Sinais e sintomas: subclínicas, sangramento uterino anormal ou amenorreia primária
Etiopatogênese: fusão anormal dos ductos paramesonéfricos (de Müller) (10ª a 20ª semana de 
gestação); pode estar associada a alterações vaginais e renais
Exemplos: útero septado, útero bicorno, útero unicorno, útero dulfo/didelfo, agenesia uterina (síndrome 
de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser) (hipoplasia ou ausência do útero, tubas e vagina (segunda causa 
mais comum de amenorreia primária))
Nathália Farias

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