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geografia agraria 1

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Geogra�a Agrária
Aula 1: Agricultura e Capitalismo
Apresentação
O que é Geogra�a Agrária? Ao contrário do que muitos pensam, dar uma resposta para essa pergunta não é uma das
tarefas mais fáceis, pois envolve uma complexa miríade de fatores, além da interconexão de diversas áreas temáticas.
A Geogra�a Agrária não pode ser reduzida a uma simples e exata distribuição de cultivos agrícolas, pelo contrário, ela está
relacionada ao complexo entendimento da evolução de muitos fatores históricos, políticos, econômicos e culturais, de
cada região em particular e de todo um espaço geográ�co de proporções continentais, como é o caso do Brasil.
Além disso, esses fatores também estão ligados aos fatores propriamente biológicos envolvidos na temática que também
interferem em toda esta complexa situação: Pecuária; Suinocultura; Agricultura; Apicultura.
Desta forma, o texto que segue é um convite para compreender as primeiras questões relacionadas a esta grande área
disciplinar, a Geogra�a Agrária, que é de fundamental importância para a ciência Geogra�a e suas áreas a�ns.
Objetivos
De�nir os conceitos que envolvem a agricultura e o Capitalismo;
Estabelecer um breve histórico da agricultura no Brasil;
Identi�car as relações entre a agricultura e o Capitalismo.
O que é agricultura?
Quando falamos em agricultura, automaticamente imaginamos um terreno com plantações de algum tipo especí�co de
vegetais.
 Figura 1: Campo com cultivo de vegetais. (Fonte: Rasica / Shutterstock).
Bem, esta é uma forma bastante simplista de descrever o termo agricultura. Observe a imagem abaixo e re�ita sobre as
próximas explicações (�gura 2).
 Figura 2: Vinhedos espanhóis na região de La Rioja. (Fonte: Victor7891 / Shutterstock).
Se analisarmos a origem da palavra em latim, poderemos entender que a agricultura signi�ca mais do que somente o terreno e
os vegetais. Veja:
Ager – campo Cultūra – cultivo
A agricultura envolve e tem como principais alicerces as técnicas do cultivo, que inter-relacionam atividades feitas de forma
metódica e sistemática desenvolvidas pelo homem. Essas atividades consolidam as relações do homem com a terra e com as
condições do ambiente onde vive.
Podemos pensar que a agricultura é um tipo de arte, que envolve um conjunto de saberes (no sentido de experiências),
conhecimentos e técnicas que arti�cializam o meio natural em prol das necessidades humanas, não somente em termos de
alimentação, mas também no que o cultivo dos vegetais pode gerar em termos de energia, �bras (para roupas, por exemplo),
medicamentos, ferramentas etc.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Saiba mais
A tentativa de compreender a agricultura como uma atividade humana que faz parte da história da consolidação da própria
sociedade é reconhecer nossa própria história como ser social.
Você consegue imaginar o homem sedentário sem a agricultura? Difícil, não é
mesmo?
Isso ocorre porque o homem somente deixou de ser
nômade (coletor e caçador) quando desenvolveu uma
maneira de se relacionar com a terra de uma forma mais
duradoura, ou seja, quando começou a praticar a
agricultura.
A agricultura marcou exatamente a transição entre dois
importantes momentos da história cronológica humana:
limite entre o Paleolítico e o Neolítico .
A �gura apresenta uma caverna, que segundo estudos,
demonstram que esta caverna foi habitada por homens
naquele período.
1 2
 Figura 3: Caverna do Paleolítico, na República Tcheca. (Fonte: Cinematographer /
Shutterstock).
O nascimento da agricultura trouxe uma nova con�guração para o modo de vida humano, pois, além do sedentarismo, trouxe
uma proximidade constante e obrigatória de rios e lagos e a escolha (arti�cial) de plantas, como o trigo e a cevada, e as
melhores sementes para o sucesso de seu plantio.
Além da manipulação das sementes, o uso de fertilizantes e o desenvolvimento da técnica do arado também foram
importantes para que a agricultura se consolidasse como atividade obrigatória na luta pela sobrevivência e convívio social
(adaptado e traduzido de Mazoyer e Roudart, 2006).
Esses primeiros passos foram evidenciados em achados na Mesopotâmia, Egito (�gura 4) e China, embora acredite-se que
outros povos já praticavam a agricultura em outras partes do mundo e, segundo os mesmos autores, tiveram continuidade por
muitos séculos, quando, somente com a introdução da máquina a vapor, ocorreram grandes mudanças na forma como a
agricultura era praticada até então.
Repare na parte mais inferior da pintura apresentada a seguir os instrumentos agrícolas nas mãos das pessoas.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0085/aula1.html
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0085/aula1.html
 Figura 4: Representação da vida dos povos no Egito antigo em pintura. (Fonte: jsp / Shutterstock).
 Figura 5: Manipulação genética de plantas. (Fonte: Elnur / Shutterstock).
Hoje, em um segundo momento de enormes inovações no
que diz respeito à agricultura, nossas preocupações vão
além da mecanização de processos.
Nossos desa�os atuais em relação à agricultura estão
voltados para as espécies biológicas, uma vez que a
manipulação genética (�gura 5) permitiu a criação de
espécies arti�ciais ou modi�cou espécies existentes para
nosso próprio interesse e deleite.
O que é Capitalismo?
Desde que nascemos ouvimos a palavra capitalismo, sempre associada à ambição, comprar em demasiado (�gura 6), lucro,
concorrência, entre outros signi�cados relacionados. Em um shopping center, a prática da livre concorrência, que é um dos
pontos fortes do capitalismo, é observada.
Você consegue pensar em uma de�nição para o termo Capitalismo?
Ao recorrermos ao dicionário, temos uma separação de signi�cados:
I – Signi�cado na
Economia
Sistema econômico baseado na
legitimidade dos bens privados e
na irrestrita liberdade de comércio
e indústria, com o principal objetivo
de adquirir lucro.
II – Signi�cado na
Sociologia
Sistema social em que o capital
está em mãos de empresas
privadas ou indivíduos que
contratam mão de obra em troca
de salário.
Mesmo com esta separação de signi�cados, há uma clara correlação do termo nas áreas diferentes, assim como também há
uma indissociável relação da palavra capitalismo com a propriedade privada, trabalho assalariado e acumulação de capital.
O termo capitalista também faz referência a quem possui capital, ou seja, o proprietário – o capitalista -, o que teoricamente
nos induz a pensar que o proprietário do capital é o rico, aquele que faz parte de uma classe minoritária e explora o trabalho do
assalariado para obter o lucro (�gura 07). Porém sabemos que nem sempre é assim.
 Figura 7: O capitalista e o assalariado. (Fonte: Prazis Images / Shutterstock).
1 Você já se imaginou em um mundo sem o capitalismo, numa sociedade com maisde 7 bilhões de pessoas?
2 Você já se imaginou vivendo em uma cidade como a capital de São Paulo, porexemplo, com mais de 15 milhões de habitantes, se não houvesse capitalismo?
3 Como seria o trabalho e a vida em sociedade?
4
Fica complicado imaginar esse mundo de pessoas vivendo somente do uso
comum da terra, sem nenhum tipo de concorrência (o que pode ajudar no próprio
progresso e desenvolvimento), não acha?
Há muitas teorias relacionadas ao Capitalismo que podem ser interessantes. No entanto, o ponto crucial que está presente em
todas elas nos remete às práticas econômicas institucionalizadas principalmente na Europa, nos últimos 500 anos, que se
intensi�caram nos entornos da Revolução Industrial, expandindo-se para o mundo (ou seja, internacionalizando-se).
O que sabemos efetivamente é que as relações de trabalho feudal foram se tornando menos frequentes nas proximidades da
Revolução Industrial (e com ela), assim como também a questão de livre mercado, que tudo isto foi apoiado (de forma mais
intensa) pelo Estado justamente naquele tempo, o que tornou o capitalismo uma realidade emtodo o mundo. De fato, a
Revolução Industrial marcou o modo de produção capitalista, o que acarretou toda uma reformulação na divisão social do
trabalho. Como foi isso?
Figura 8: Artesão. (Fonte: UfaBizPhoto / Shuttertock)
Pense num artesão (�gura 08). Ele era (e ainda pode
ser) detentor do conhecimento de todo o processo de
transformação da matéria-prima em mercadoria e sua
posterior venda.
Figura 9: Trabalhador responsável por uma das fases de tinturaria de roupas
em uma indústria têxtil. (Fonte: Tongra Jantaduang / Shuttertock)
Com o aparecimento da divisão social do trabalho no
sistema capitalista, isso foi sendo substituído pelo
parcelamento do processo de produção da mercadoria
em partes, em que cada pessoa é responsável por uma
parte, em que o desconhecimento do processo como
um todo é o comum (�gura 9).
Nesta mesma situação, podemos re�etir sobre outros pontos, como é o caso da detenção das ferramentas e matérias-primas.
Após a introdução do sistema de produção capitalista, os artesãos não eram mais os donos dos instrumentos que usavam e
nem da matéria-prima que transformavam em mercadoria.
Quem passou a deter o material e a matéria-prima foram os burgueses, compensando apenas o trabalho dos artesãos de
forma assalariada (por tempo) e não mais por produto. Cabe aqui também uma outra discussão sobre a relação entre os
signi�cados de produção e produtividade e até sobre produzir e ser produtivo. Vejamos as duas �guras a seguir (�guras 10 e
11).
 Figura 10: Abelhas em células de mel. (Fonte: Lavin / Shutterstock).  Figura 11: Abelha em células de mel. (Fonte: StudioSmart / Shutterstock).
Após veri�car as �guras acima, que demonstram abelhas em células de mel, podemos tentar fazer uma relação com as
questões de produção e produtividade. Quando observamos a �gura 10 em comparação com a 11, podemos falar que a
produção da primeira é maior que a da segunda �gura, uma vez que imaginamos que o trabalho de mais abelhas produz mais
mel que o trabalho de somente uma única abelha.
Neste sentido, podemos dizer que produção está relacionada somente à
quantidade de produto (de objeto ou de serviço).
Sendo assim, podemos inferir que, numa sociedade de abelhas, a quantidade de indivíduos é importante para a produção do
mel, que manterá a todos. Desta forma, na apicultura (por exemplo), o apicultor se preocupa bastante com o número de
abelhas nas células de mel, pois cada uma conta na hora de se obter quantidade de produto.
No caso da produtividade, a história é outra, pois o que conta mesmo é a
minimização dos custos, que envolve o tempo de produção, o melhor
aproveitamento da matéria-prima, além da melhor qualidade possível do
produto �nal.
Neste mesmo sentido, podemos observar o ato de produzir e ser produtivo, pois produzir tem relação com a quantidade de
trabalho que fazemos medida em número de produtos, de serviços, de objetos. Ser produtivo, por sua vez, tem a ver com o
menor gasto que geramos na produção de algo em menos tempo (com a maior qualidade).
Compreenda que ser produtivo não signi�ca ser o que mais produziu.
Perceba que a grande diferença entre produção e produtividade está no ato de fazer e de como deve ser feito. Produção é o que
deve ser feito e a quantidade gerada nisto. Já para a produtividade o importante é como fazer de maneira a se ter maior
qualidade em menor tempo e com menor custo (consequentemente, com maior lucro).
Mas uma coisa deve ser entendida: produção e produtividade devem caminhar juntas em uma empresa! Tem-se que ter
produção (em quantidade) e produtividade (em qualidade total) para que a empresa tenha sucesso.
A partir desta discussão sobre produção e produtividade, podemos analisar um outro ponto importante do Capitalismo: a livre
concorrência. Numa sociedade em expansão, para concorrer com outros e ter êxito, você precisa ser produtivo e ter
produtividade, pois somente assim conseguirá lucros e vai sobreviver à feroz concorrência de mercado.
Munidos de todas estas observações sobre a agricultura e o capitalismo, podemos tentar analisar o que ocorre quando unimos
estes dois conceitos.
Agricultura e Capitalismo: há relações?
Assim como falamos acima, foi no século XVIII, durante a Revolução Industrial, que o Capitalismo se expandiu no que diz
respeito ao Capitalismo industrial e é exatamente aqui que a relação do Capitalismo com a agricultura se intensi�ca.
Comentário
Não é nosso intuito falar do período anterior ao século XVIII, uma vez que, no Brasil, o colonialismo, através da organização
agrícola chamada “Plantation” nas grandes monoculturas estabelecidas, utilizava principalmente o trabalho escravo.
Isso ocorreu porque, com a introdução dos métodos fabris na produção de alimento, houve a necessidade de um aumento da
produtividade agrícola. A�nal, a matéria-prima para a produção industrial de alimentos vinha (e continua a vir) obrigatoriamente
da agricultura.
Perceba, o que ocorre é a introdução do modo de produção capitalista
na agricultura.
Nesse sentido, toda uma reorganização da estrutura agrícola foi necessária, incluindo, em alguns momentos e lugares, a
expansão territorial, que, para nós no Brasil, não foi um problema (por motivos óbvios, nosso grande tamanho continental).
A forma de produzir e explorar o trabalho no campo, através do capital industrial, foi tomando conta da agricultura. Segundo
Oliveira (2007), a aplicação de estratégias para que os pequenos produtores fossem obrigados a vender suas propriedades,
cedendo seu espaço rural ao grande produtor ou servindo de sustentadores de grandes produtores e empresas foram
empregadas (e até hoje ainda o são) de modo que o privilégio acabava sendo sempre dos grandes capitais (Graziano, 2001,
p.17).
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Perceba que o favorecimento dos grandes produtores leva os pequenos
produtores a formar uma classe marginalizada no campo gradativamente.
Observe algumas situações relacionadas à introdução do sistema capitalista de produção na agricultura e seus resultados ao
longo do tempo segundo vários autores (Graziano, 2001; Martins, 1991; Oliveira, 2006; 2007):
I – Em primeiro lugar, houve a
subordinação da agricultura à
indústria, pois tudo se voltou para
a lógica do lucro, que transformou
o que era a produção de alimentos
em uma produção de meras
mercadorias, em que o esforço era
produzir o que gerasse lucro em
qualquer tipo de mercado, tanto no
mercado interno como no externo.
II – O Capitalismo impõe a lógica
da propriedade privada ao que era
antes um local de prestação de
serviço ao bem comum. Este local,
que é a terra, também se
transformou em mercadoria no
sistema capitalista. A terra foi
privatizada e seu acesso ocorre
apenas com grande quantidade de
capital.
III - Neste momento, o pequeno
produtor rural perde o acesso à
terra e se vê obrigado a procurar
emprego nas indústrias (mão de
obra barata), provocando um dos
maiores processos de migração
que há registro: o esvaziamento do
campo e a formação de
superpopulações nas cidades.
IV – No início do século XX, surge a agroindústria, pois,
como a maior parte das pessoas estava se concentrando
nas grandes cidades, a necessidade de transporte,
principalmente para grandes distâncias surgiu. Isto se
traduzia também em necessidade de armazenamento.
Desta forma, a agroindústria processa e conserva os
alimentos, possibilitando à agricultura o papel de
também fornecer matérias-primas para estes tipos de
empresas, não somente mais em fornecer o alimento
bruto.
V – Por último, mas não menos importante, o
desenvolvimento tecnológico da indústria e os métodos
de divisão de trabalho introduzidos na agricultura
exigiram o aumento da produtividade da terra e do
trabalhador rural. Sendo assim, foi mais ou menos no
período após a Segunda Guerra Mundial que ocorreu a
introdução dos adubos químicos, dos agrotóxicos e o
uso de maquinários, substituindo pessoas e animais. Isto
tudo abriu oportunidade paraa economia expandir às
custas de empréstimos, com o lançamento do crédito
rural.
3
Após mais de dois séculos, ainda percebemos esta dinâmica capitalista na agricultura, com raríssimas exceções. Mesmo hoje,
quando o domínio é do capital �nanceiro, a forma de obtenção de lucro e acúmulo de riquezas concentrados nas mãos de
poucos, além da reprodução enquanto sistema, é o que prevalece.
Mudanças importantes aconteceram na agricultura no último século, principalmente devido a um exponencial aumento de
tecnologia, mas esse assunto será tratado em vários outros momentos desta disciplina.
Atividade
1. Qual das alternativas a seguir diz respeito a uma grande preocupação atual em relação à agricultura?
a) Manipulação genética das espécies.
b) Descrição de novas espécies.
c) Quantificação de número de eventos ao longo do tempo.
d) Observação do comportamento de um grupo específico regionalmente.
e) Análise de desequilíbrios ambientais provocados por via antrópica.
2. Qual é a principal diferença entre produção e produtividade?
3. Classi�que os cinco itens abaixo como relacionados aos sistemas capitalista (K) ou colonialista (C).
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0085/aula1.html
a) Uso de mão-de-obra escrava.
b) Surgimento da agroindústria.
c) Um enorme processo de migração do campo para as cidades.
d) Subordinação da agricultura à indústria.
e) Imposição da lógica da propriedade privada no campo.
Notas
Paleolítico 1
Chamado de Idade da Pedra Lascada, corresponde à maior parte de toda história do homem como espécie, de 2,5 milhões de
anos até 10 mil anos atrás. Foi no �nal deste período que o homem começou a habitar as cavernas devido à última grande
glaciação.
Neolítico 2
Chamado de período da Pedra Polida, que durou aproximadamente 7 mil anos, entre 10.000 a.C. até, aproximadamente, 3.000
a.C. Este momento foi importante para o homem, pois, além da agricultura, a domesticação de animais também foi iniciada.
Além disso, no mesmo período, houve o desenvolvimento de técnicas de elaboração de peças de cerâmica e a criação do
comércio (com o aparecimento do dinheiro como moeda de troca).
Período após a Segunda Guerra Mundial 3
Este período é reconhecido como Revolução Verde.
Referências
GRAZIANO, José da Silva. O que é questão agrária. São Paulo: Brasiliense, 2001.
MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. A history of world agriculture: from the Neolithic Age to the Current Crisis. New York:
Monthly Review Press, 2006. Disponível em: http ://knoow .net /cienceconempr /economia /agricultura -actividade -agricola /.
Acesso em: 10 abr. 2019.
MARTINS, José de Souza. Expropriação e violência: a questão política no campo. 3.ed. São Paulo: Hucitec, 1991.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. A sociedade deve decidir o modelo agrícola para o país. Revista Caros Amigos. São Paulo:
Casa Amarela, ano 10, n.109, p. 17, abr. 2006.
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OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Modo capitalista de produção, agricultura e reforma agrária. São Paulo: FFLCH, 2007.
Próxima aula
Espaço agrário;
Relação do espaço agrário;
Representatividade no universo rural.
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