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Leucemia linfocítica crônica

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1 Hematologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
Leucemia linfocítica crônica 
 
Introdução 
 
Linfócitos B CD5+ sofrem transformação 
maligna. 
 Linfócitos B são continuamente 
ativados pela aquisição de mutações 
que levam à linfocitose de linfócitos B 
monoclonais (LBM) 
 Acúmulo adicional de anomalias 
genéticas e subsequente 
transformação oncogênica dos 
linfócitos B monoclonais levam à 
leucemia linfocítica crônica (LLC) 
 Os linfócitos inicialmente se 
acumulam na medula óssea e então se 
disseminam para os linfonodos e 
outros tecidos linfoides, com o tempo 
induzindo à esplenomegalia, 
hepatomegalia e sintomas sistêmicos 
como fadiga, febre, sudorese noturna, 
saciedade precoce e perda ponderal 
não intencional. 
 
Com o progresso da doença, a hematopoese 
anormal resulta em anemia, neutropenia, 
trombocitopenia e diminuição da produção 
de imunoglobulina. 
 
 Hipogamaglobulinemia pode se 
desenvolver em até dois terços dos 
pacientes, aumentando o risco de 
complicações infecciosas. 
 Os pacientes têm maior 
suscetibilidade a anemias hemolíticas 
autoimunes (com um teste de 
antiglobulina direto positivo) e 
trombocitopenia autoimune. 
 Cerca de 2 a 10% dos casos de 
leucemia linfocítica crônica (LLC) se 
transformam em linfoma difuso de 
grandes células B (chamado de 
transformação de Richter) 
 
Sinais e sintomas 
 
Os pacientes são geralmente assintomáticos 
a princípio, com início insidioso de sintomas 
não específicos (p. ex., fadiga, fraqueza, 
anorexia, perda ponderal, febre e/o suores 
noturnos), que podem requerer a avaliação. 
 
Mais de 50% dos pacientes apresentam 
linfadenopatia: 
 A linfadenopatia pode ser localizada 
(com linfonodos cervicais e 
supraclaviculares sendo os mais 
comumente envolvidos) ou 
generalizada. 
 Esplenomegalia e hepatomegalia são 
menos comuns do que linfadenopatia. 
 
Diagnóstico 
 
- Hemograma completo e esfregaço 
periférico. 
- Citometria de fluxo do sangue periférico – 
Imunofenotipagem dos linfócitos. 
 Linfocitose periférica absoluta maior 
que 5000/mcL (>5 x 109/L) – o normal 
é até 4500. 
 Citometria de fluxo do sangue 
periférico pode confirmar a 
clonalidade dos linfócitos B 
circulantes. Os linfócitos circulantes 
devem expressar cadeias leves de 
CD5, CD19, CD20, CD23 e kappa ou 
lambda. 
 Aspirado e biópsia da medula óssea 
não são necessários para o 
diagnóstico da leucemia linfocítica 
crônica (LLC). Mas se feitos, a medula 
óssea frequentemente demonstra > 
30% de linfócitos. (Linfocitose de 
medula) 
 
 
Figura 1 – paciente apresenta quase 90 mil linfócitos (93%). 
Obs.: é importante ver o sequenciamento 
genético. 
- É possível ver pelo hemograma. 
 
 
 
2 Hematologia 
Caio Márcio Silva Cruz 
Comparativo: 
 Leucemia mielóide: aumento de 
neutrófilo. 
 Leucemia linfóide: aumento de 
linfócitos. 
o Se for aguda tem predomínio 
de blastos, que são as células 
imaturas. 
o A crônica tem predomínio de 
células maduras. 
 
 
Figura 2 – apenas o estágio III e IV é que é passível de 
tratamento. Anemia no estágio III. 
 
Prognóstico 
 
O histórico natural da leucemia linfocítica 
crônica é altamente variável. A sobrevida 
varia de 2 a 20 anos, com uma taxa média de 
10 anos. Pacientes no estágio 0 a II de Rai 
podem sobreviver por 5 a 20 anos sem 
tratamento. 
 
OBS: linfocitose benigna é quando é 
policlonal  descartar infecção. 
Por isso pedir Imunofenotipagem para saber 
se a linfocitose não é reacional. A monoclonal 
costuma ser maligna. 
 
 
 
 
Tratamento 
 
Considera-se leucemia linfocítica crônica 
incurável de acordo com o padrão atual de 
tratamento; o tratamento visa melhorar os 
sintomas. 
Portanto, adia-se o tratamento até que os 
pacientes tenham um dos seguintes: 
 Sinais e sintomas constitucionais 
(febre, sudorese noturna, fadiga 
extrema e perda ponderal) 
 Hepatomegalia significativa, 
esplenomegalia ou linfadenopatia 
 Anemia e/ou trombocitopenia 
sintomática. 
 Infecções recorrentes. 
 
Nota: só se usa terapia alvo, não se realiza 
quimioterapia. 
 
 
Figura 3 – Acalabrutinib é um inibidor do receptor de 
linfócito B; Venetoclax é um gene de proliferação celular. 
 
 
Nota: O mais importante é o hemograma, 
tem anemia, plaquetopenia, linfócitos valor 
maior que 5.000 (linfocitose) – pede 
Imunofenotipagem. 
 
Linfomas: Gânglios aumentados, linfomas. 
Pode ir para medula, a infiltrando, 
mostrando alterações no hemograma. 
- É o contrário da LLC

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