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LEUCEMIAS Marinus de Moraes Lima O que é leucemia? • Doença maligna • Leucócitos Acúmulo de células jovens (blásticas - imaturas) anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Caso 01 • Paciente, feminino, 46 anos, com história de HAS, em uso de anlodipina 5mg/dia, apresenta história de febre há cinco dias, sem calafrios, evoluindo há 01 dia com epistaxe. Procurou atendimento no PS, onde foi realizado um hemograma. Ao exame físico, a paciente encorava-se pálida, taquicárdica (FC: 118 bpm), discreta taquipnéia (FR: 22 irpm), com “inchaço em gengiva”. Realizou um hemograma: • Hb: 7,3 • Ht: 20 • VCM: 92 • RDW: 17 • Leucócitos: 18940 • Neutrófilos: 12% • Linfócitos: 30% • Monócitos: 30% • Blastos: 28% • Plaquetas: 13000 Caso 02 • Paciente, masculino, 16 anos, previamente hígido, apresenta quadro de febre há 03 dias, apresentando crise convulsiva, sendo levado pelos pais ao PS. Ao exame apresentava adenomegalias cervicais e algumas lesões petequiais em mmss. Realizou um hemograma e uma punção lombar. • Hb: 9,3 • Ht: 30 • VCM: 99 • RDW: 15 • Leucócitos: 48940 • Neutrófilos: 10% • Linfócitos: 50% • Monócitos: 5% • Blastos: 35% • Plaquetas: 17000 Líquor Celulas: 130 Hemácias: 0% Neutrófilos: 1% Linfocitos: 44% Blastos: 55% Proteínas: 46 Glicose: 64mg/dL Caso 03 • Paciente, feminino, 26 anos, previamente hígida, apresenta há 04 dias surgimento de hematomas em mmii, evoluindo com tosse e expectoração sanguinolenta, levando a procurar o PS. Ao exame, apresentava hematomas em vários estágios de evolução. Realizou exames. • Hb: 8,4 • Ht: 23 • VCM: 102 • RDW: 19 • Leucócitos: 570 • Neutrófilos: 43% • Linfócitos: 20% • Monócitos: 10% • Blastos: 27% • Plaquetas: 28000 TP: 37% INR: 3,2 TTPa: 93s Relação:2,57 Fibrinogênio: 102 Caso 04 • Paciente, feminino, 55 anos, com história de cansaço progressivo há 03 meses, com aumento do volume abdominal, palidez cutâneo-mucosa, apresentou quadro de desmaio súbito, sendo levado por familiares para o PS. Ao exame, apresentava-se bastante descorado. Tinha baço palpável há 19 cm do RCE, endurecido. Realizou hemograma. • Hb: 5,7 • Ht: 14 • VCM: 108 • RDW: 21 • Leucócitos: 67000 • Neutrófilos: 77% • Mieloblastos: 4% • Mielócitos: 8% • Metamielócitos: 10% • Bastonetes: 23% • Segmentados: 32% • Eosinófilos: 5% • Basófilos: 5% • Linfócitos: 5% • Monócitos: 8% • Plaquetas: 54000 Caso 05 • Paciente, masculino, 64 anos, hipertenso e diábetico há 03 anos, realiza exames de rotina com seu médico-clínico assistente. Sem sintomas. Sem alterações ao exame físico. Realizou hemograma. • Hb: 13,1 • Ht: 49 • VCM: 87 • RDW: 14 • Leucócitos: 35570 • Neutrófilos: 17% • Linfócitos: 80% • Monócitos: 3% • Plaquetas: 328000 Que esses casos apresentam em comum? • Alteração no hemograma... • Entre os casos 01, 02, 03... • Entre os casos 04 e 05... AGUDOS CRÔNICOS Classificação das Leucemias Aguda Crônica Origem Mielóide Origem Linfóide Leucemia Mielóide Aguda (LMA) Leucemia Linfóide Aguda (LLA) Leucemia Mielóide Crônica (LMC) Leucemia Linfóide Crônica (LLC) Leucemias Agudas Histórico • 1827 - Primeira descrição de um caso de leucemia na literatura médica • Médico francês Alfred Velpeau descreveu o caso de uma senhora de 63 anos, que desenvolveu uma doença caracterizada por febre, fraqueza, hepatoesplenomegalia e alteração na viscosidade do sangue. • 1845 - termo “leucocythemia” – JH Bennett - uma série de pacientes que morreram com aumento do baço e mudanças nas "cores e consistência” do sangue • 1856 - A criação do termo "leucemia“ - Rudolf Virchow • 1877 - coloração específica – Paul Ehrlinch • 1889 – Termo Leucemia Aguda - Wilhelm Ebstein • 1869 – termo “mielóide” – Neumann • 1879 – mielograma como diagnóstico - Mosler. • 1900 – divisão entre mielóide e linfóide - Naegeli Leucemias Agudas • Início abrupto • Manifestações carenciais • Osteoalgias • Blastos circulantes • Comprometimento de orgãos – Reticuloendoteliais – Testículos – SNC – Outros LEUCEMIA A medula é o local de formação das células sangüíneas, ocupa a cavidade dos ossos (principalmente esterno e osso do quadril. Nela são encontradas as células mães ou precursoras, que originam os elementos figurados do sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e plaquetas. LEUCEMIA Leucemogênese Leucemia aguda MO normal Proliferação Diferenciação Perda do controle proliferativo Perda do controle proliferativo Bloqueio da diferenciação Auto-renovação Sintomas • Anemia • Infecções • Hemorragias • Outros (alterações neurológicas, adenomegalias, visceromegalias, algias...) Diagnóstico • Mielograma (Citoquímica) • Citometria de fluxo • Cariótipo • Biologia Molecular Tratamento • Suporte clínico • Quimioterapia – Curativa – Paliativa • Transplante de células primordiais • Suporte psicológico Suporte Clínico • Dieta • Antibióticos • Terapia transfusional • Analgesia • Terapia antiemética • Suporte ventilatório Princípios de Quimioterapia Quimioterapia elimina apenas uma fração das células neoplásicas e a massa tumoral ao diagnóstico é muito grande. Múltiplos ciclos Células neoplásicas residuais morfologicamente indetectáveis Recaídas Princípios de Quimioterapia • Fase de indução – Objetivo principal: remissão completa • Consolidação – Objetivo: evitar doença residual mínima Indução da Remissão Cura Doença Clinicamente Detectável Indução Recaída Recaída Tempo Consolidação Doença Clinicamente Detectável Indução Consolidação Consolidação Tempo Cura LEUCEMIAS AGUDAS • Leucemia Mielóide Aguda • Leucemia Promielocítica Aguda • Leucemia Linfoblástica Aguda Leucemia Mielóide Aguda Conceito • É o resultado de uma alteração genética adquirida (não herdada) no DNA de células em desenvolvimento na medula óssea. Fatores de risco • Idade e sexo – Adultos a partir da 4º década – Homens • FumantesSmoking – 20% dos casos relacionados – Dobra o risco em > 60 anos • Desordens Genéticas – Síndrome de Down, Anemia de Fanconi • Altas doses de radiação – Sobreviventes da bomba atômica • Quimioterapia prévia – Tumores sólidos, linfomas • Exposição a produtos químicos – Benzeno M0 (LMA com evidências mínimas de diferenciação mielóide) Pero e SBB positivos em < 3% dos blastos, mas demonstração que os blastos são mielóides pela imunofenotipagem M1 (LMA sem maturação) Blastos > 90% das CNE; >= 3% de blastos positivos para pero ou SBB; componente monocítico < 10% das CNE; componente granulocítico < 10% das CNE M2 (LMA com maturação granulocítica) Blastos 30-89% das CNE; componente granulocítico > 10% das CNE; componente monocítico < 20% das CNE M3 e variante (LMA promielocítica aguda) Morfologia típica M4 (Leucemia mielomonocítica aguda) Blastos >30% das CNE; componente granulocítico (inclusive mieloblastos) >= 20% das CNE; componente monocítico > 20% das CNE (demonstração por citoquímica com atividade de Esterase inibida pelo fluoreto M5 (Leucemia monoblástica -M5a ou monocítica M5b aguda) Componente monocítico > 80% das CNE; Se monoblastos > 80% dos monócitos, M5a, se não, M5b M6 (Eritroleucemia) Eritroblastos > 50%; Blastos > 30% das CNE M7 (Leucemia megacarioblástica) Demonstração que os blastos são megacarioblastos (marcadores plaquetários) * CNE: células não eritróides; SBB: Sudan black B; Pero: peroxidase Classificação Franco-Americana-Britânica (FAB) Morfológica Bennet JM et al. (1976), Br J Haematol, 33:451-9 LMA com translocações genéticas recorrentes LMA com t(8,21) (q22;q22),LMA1 (CBF/ETO) Leucemia promielocítica aguda (LMA com t(15,17)(q22;q11-12) e variantes, PML/RAR) LMA com eosinófilos anormais na medula (inv (16)(p13;q22) ou t(16,16)(p13;q11), CBFb/MYH11) LMA com anormalidades 11q23 (MLL) LMA com displasia de múltiplas linhagens Com síndrome mielodisplásica prévia Sem síndrome mielodisplásica prévia LMA com síndrome mielodisplásica relacionada a terapêutica Relacionada a agentes alquilantes Relacionada a epipodofilotoxina Outros tipos LMA fora das categorias acima LMA minimamente diferenciada; LMA sem maturação; LMA com maturação; Leucemia mielomonocítica aguda; Leucemia monocítica aguda; Leucemia eritróide aguda; Leucemia megacariocítica aguda; Leucemia basofílica aguda; Panmielose aguda com mielofibrose Classificação da Organização Mundial da Saúde Critérios diversos Harris NL et al. (1999), J Clin Oncol, 17:3835-9 Leucemia Mielóide Aguda ≥ 20% de blastos no sangue e/ou medula óssea Sarcoma granulocítico Presença de t(8;21), t(15;17), inv 16 OMS, 2001 Leucemia Mielóide Aguda ≥ 20% de blastos no sangue e/ou medula óssea Sarcoma granulocítico Presença de t(8;21), t(15;17), inv 16 OMS, 2001 Causas de Leucemia Mielóide Aguda • Idiopática (maioria) • Doenças hematológicas • Substâncias químicas • Drogas • Radioterapia • Condições hereditárias/genéticas Manifestações Clínicas • Sinais e sintomas devido a: – Insuficiência medular – Infiltração tecidual – Leucostase – Sintomas constitucionais – Outros (CIVD) • Usualmente de curta duração Insuficiência Medular • Neutropenia: Infecção, Sepse • Anemia: Fadiga, Palidez • Trombocitopenia: Sangramento Insuficiência Medular Infiltração Tecidual • Hepatoesplenomegalia • Linfadenomegalia • Hipertrofia gengival • Dor óssea • Outros órgãos: SNC, pele, testículo ... Hipertrofia Gengival Cloroma Leucostase • Acúmulo de blastos na microcirculação com prejuízo na perfusão • Pulmão: hipoxemia, infiltrado pulmonar • SNC: AVCI, cefaléia, convulsões Leucostase Leucostase http://hsc.virginia.edu/medicine/clinical/pathology/educ/innes/images/wcdjpeg/wcd leukostasis x40a.jpeg Sintomas Constitucionais • Febre e sudorese (mais comuns) • Perda de peso Hemograma • Contagem leucocitária geralmente elevada • Blastos no sangue periférico • Hiato leucêmico • Anemia normocítica • Plaquetopenia Sangue periférico de Leucemia Mielóide Crônica Desvio Escalonado para Esquerda Sangue periférico de Leucemia Mielóide Aguda ssssss s Hiato Leucêmico Tratamento Diagnóstico de LMA Indução de Remissão Consolidação com Quimioterapia Consolidação com Transplante alogênico Tratamento Indução Esquema 3 + 7 (antracíclico + citarabina) Favorável Intermediário Não favorável Terapia pós- remissão (1)doador HLA compatível Altas doses de citarabina ou esquema similar 2-3 ciclos Transplante alogênico mais cedo possível (2) Nenhum doador Transplante autólogo Altas doses de citarabina ou esquema similar 2-3 ciclos Transplante autólogo Prognóstico • Idade • Alterações citogenéticas • LMA secundária • Não atingir RC após indução Leucemia Promielocítica Aguda Leucemia Promielocítica Aguda • A leucemia mielóide aguda tipo M3 é também denominada leucemia promielocítica aguda e a maior parte dos casos apresenta a t(15;17). • As células que se acumulam na medula óssea são os promielócitos. • A apresentação clínica deste subtipo de LMA é semelhante às outras leucemias agudas, variando o diagnóstico e o tratamento. Leucemia Promielocítica Aguda • Genes híbridos codificam paraproteínas de fusão. • Complexos repressores formados não respondem a doses fisiológicas de ácido retinóico(ação diferenciadora). • A repressão gênica incessante provoca o bloqueio da diferenciação mielóide, ciclo irregular e vantagem proliferativa, culminando na transformação leucêmica. Sensibilidade ao ATRA Leucemia Promielocítica Aguda Sintomas e Sinais • Início gradual ou abrupto • Sintomas Constitucionais Gerais – Fadiga – Anorexia, perda ponderal – Febre com ou sem infecção – Diaforese • Sistema Hematológico – Hemorragia gastrintestinal, intrapulmonar, intracraniana – Coagulação intra-vascular disseminada • Sistema Musculo-esquelético – Dor óssea • Sistema Linfático – Linfadenopatias FONTE: http://www.fisfar.ufc.br/petmedicina/images/stories/linfadenomegalia.jpg Tratamento LMA M3 • ATRA (Ácido Trans-retinóico) o Complicações Síndrome do Ácido Retinóico: - ocorre dentro das primeiras 3 semanas de tratamento, devido à adesão de células neoplásicas diferenciadas ao endotélio pulmonar - Características: febre, dispneia, dor torácica, infiltrado pulmonar, efusões pericárdica e pleural, hipóxia - Tratamento: Glicocorticóides (dexametasona) - Mortalidade 10% Leucemia Lifoblástica Aguda Conceito • É uma doença linfoproliferativa em que as células linfoblásticas possuem capacidade de acumulação e infiltração tecidual; • Caracterizada pela expansão clonal de células linfóides, bloqueadas em momentos maturativos diferentes, com capacidade de acumulação e infiltração tecidual • É mais frequente em crianças e é a neoplasia pediátrica mais comum; 23% dos Ca em indivíduos com menos de 15 anos. Fatores de risco • Pacientes que apresentam maior risco de desenvolverem LLA: – Síndrome de Down – Síndrome de Bloom – Anemia de Fanconi – Neurofibromatose – Ataxia teleangiectásica – Mutações congênitas ou adquiridas do gene p53 Fatores de Risco • Está relacionada a: – Radiação ionizante; – Infecções; • EBV – Suscetibilidade genética; – Exposição a pesticidas, solventes e defensivos agrículas Fisiopatologia • Acomete linfócitos B e/ou T; O linfoblasto infiltra órgãos linfóides e não-linfóides. LLA LINFÓCITOS T 25% LINFÓCITOS B 75% Associação gênica em 85% dos casos Sinais e Sintomas Infiltração medular • Infecções; • Cansaço, palidez e cefaléia; • Sangramentos; • Dor óssea. Doença extramedular • Hepatoesplenomegalia • Insuficiência renal • Cútis leucêmica • LLA cél T – massas mediastinais • < 5% tem comprometimento do SNC Diagnóstico 1) Identificar blastos leucêmicos no sangue periférico ou na medula óssea; 75 L1 - Blasto homogêneo (variante da infância); 1. Nucléolo normal; 2. AG: t(9;22), t(4;11) e t(1;9) L2 – Blasto heterogêneo ( variante do adulto); 1. Nucléolos maiores e mais irregulares; L3 – Blasto hipervacuolizado (tipo Burkitt); 1. Blasto grande e presença de nucléolos maiores e mais irregulares; 2. AG: t(8;14) 2) Diferenciar a origem dos blastos entre linfóide e mielóide através da morfologia; 3) “Confirmação diagnóstica”: 1) Coloração citoquímica; 2) Imunofenotipagem Tratamento 76 Corticóide 01 semana Metotrexato Asparaginase Citarabina Ciclofosfamida QT intratecal desde o início do tratamento 1 2 3 Alguns protocolos: Metacaptopurina Metotrexato 4 Leucemias Crônicas Leucemias Crônicas • Doenças proliferativas de origem clonal, que infiltram a medula óssea de modo lento e progressivo, em detrimento da produção das células hematopoiéticas normais # Leucemia Mielóide Crônica # Leucemia Linfóide Crônica Leucemia Mielóide Crônica Conceito • É uma doença mieloproliferativa clonal,que se origina em uma única precursora (stem cell) hematopoiética, que adquiriu mutação genética.É uma NMP (WHO 2008) • Frequentemente desenvolve uma fase acelerada que se assemelha à leucemia mielóide aguda. Epidemiologia• IDADE MÉDIA : 50 ANOS • No brasil a idade média de aparecimento é de 42 anos. • A LMC é responsável por cerca de 20% de todos os casos de leucemia e aproximadamente 3% das leucemias na infância Fatores de risco • A exposição à radiação ionizante aumenta a incidência de LMC após um período que varia de 4 a 11 anos em diferentes populações. • Não foram comprovadamente implicados agentes químicos. Fisiopatologia • Mais de 90% dos pacientes com LMC apresenta uma translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22, que resulta em encurtamento visível do braço longo de um dos cromossomos do par 22 • . O cromossomo resultante é denominado Philadelphia (Ph) Fisiopatologia • Esta translocação conduz a fusão do gene BCR no cromossomo 22 e o segmento ABL do cromossomo 9 síntese de tirosina fosfoproteína quinase, provavelmente responsável pela transformação em LMC expansão dos progenitores granulocíticos e redução da sensibilidade destes à regulação. Quadro Clínico • Evolução lenta e progressiva • Sintomas - fraqueza, mal estar, anorexia, desconforto abdominal, perda ponderal • Sinais físicos - palidez, esplenomegalia. • Pode ser “achado laboratorial”. Diagnóstico • Aspectos Laboratoriais no hemograma: • Leucocitose geralmente acima de 50.000/mm³ • Desvio à esquerda até mieloblasto • Blastos no sangue periférico e na medula óssea < 10% • Anemia discreta • Plaquetose (frequente) Sangue periférico de Leucemia Mielóide Crônica Desvio Escalonado para Esquerda Diagnóstico HEMOGRAMA(cont.:) • Eosinofilia e basofilia • OUTROS: • Fosfatase alcalina de leucócitos diminuída • Ácido úrico e DHL aumentados • MIELOGRAMA- hipercelular com predomínio da granulopoiese • CARIÓTIPO Diagnóstico diferencial • 1 -Síndromes mieloproliferativas - Policitemia vera, mielofibrose, trombocitemia essencial • 2 -Reação leucemóide a infecções graves FASES DA DOENÇA • FASE CRÔNICA • FASE ACELERADA • FASE BLÁSTICA LEUCEMIA AGUDA Tratamento • Bussulfan (Myleran) • Hidroxiuréia (Hydrea) • Interferon • TKI (s) :Inibidores da Tirosinoquinase • imatinibe ,dasatinibe e nilotinibe • Fase ACELERADA • Crise BLÁSTICA • TMO Prognóstico • A sobrevida média dos pacientes que recebiam tratamento convencional para a fase crônica da LMC era de 39 a 47 meses, e parecia ser maior quando se utilizava a hidroxiuréia em vez do bussulfan e ainda maior com o interferon • A maioria dos pacientes morrem em decorrência da evolução para a fase blástica Leucemia Linfóide Crônica Conceito • Grupo heterogêneo de neoplasias formado por pelo menos 12 diferentes doenças, que tem em comum a origem a partir de células linfóides maduras (periféricas), que além de infiltrarem órgãos linfóides como gânglios linfáticos e baço, também estão presentes na MO e SP. Fisiopatologia • A LLC – B deriva-se de uma população de células B CD5+ localizada na zona do manto dos foliculos linfóides e também encontrada em quantidades minimas no sangue periférico de pessoas normais. Fisiopatologia • Etiologia desconhecida; • Casos familiares = predisposição genética (8,8%); • Fatores ambientais = agentes químicos e derivados do petróleo; • 50% dos casos tem anormalidades citogenéticas. Epidemiologia Incidência: • 5 casos novos / 100.000 hab/ ano; • Ocidente 30% de todas leucemias; • LLC – B = + comum das doenças linfoproliferativas crônicas; • Idade mediana = 65 anos; < 50 anos 10%; • Mais freqüente em homens (2:1). Quadro Clínico • Assintomática – Linfocitose sustentada em exame de rotina • Linfonodomegalia generalizada • Perda de peso • Cansaço • Hepatomegalia • Esplenomegalia • Infecções bacterianas Leucemia Linfocítica Crônica – B Leucemia Linfocítica Crônica – B Leucemia Linfocítica Crônica – B Achados Laboratoriais: • SP: – Linfocitose sustentada (linfócitos pequenos) – Anemia, plaquetopenia = 20% Leucemia Linfocítica Crônica – B • Medula Óssea: – Infiltrado com > 30% de linfócitos – AHAAI = 10 - 25% (Coombs D+ em 30%) – Hipogamaglobulinemia 60% Diagnóstico Critérios Diagnósticos: • Linfocitose no sangue periférico* – > 5.000/μl (NCI Working Group) – > 10.000/ μl (IV IWCLL) • Predominância de linfócitos pequenos e maduros • Características imunofenotípicas – CD5+; CD9+; CD20+; CD23+; MLG+/- CD22+/-; FMC7-; CD79b- • Infiltração da medula óssea – > 30% por linfócitos maduros *presente por mais de 3 meses Tratamento • Observar • Clorambucil • Fludarabina • Ciclofosfamida • Rituximab FINALMENTE... Acabou...
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