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Inovação e Criatividade SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 159.928 75 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Inovação e Criatividade – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 1. Habilidade. 2. Aptidão. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 5 Unidade 1 | Conceitos e Fundamentos da Inovação 7 1 Inovação 8 Glossário 17 Atividades 18 Referências 19 Unidade 2 | Qual a Importância da Inovação 21 1 Importância da Inovação 22 Glossário 26 Atividades 27 Referências 28 Unidade 3 | Principais Condições para Inovar com Sucesso 30 1 Principais Condições para Inovar com Sucesso 31 Glossário 37 Atividades 38 Referências 39 Unidade 4 | Como Inovar 41 1 Como Inovar 42 2 O Processo de Inovação por Cadeia de Valor 43 2.1 Geração de Ideias 44 2.2 Desenvolvimento de Ideias 45 2.3 Apresentação dos Conceitos ou Difusão 46 3 O Processo de Inovação pela Metodologia Stage & Gates 46 4 Tipos de Inovação 50 Glossário 51 4 Atividades 52 Referências 53 Unidade 5 | Criatividade e Inovação 55 1 Criatividade e Inovação 56 Glossário 62 Atividades 63 Referências 64 Unidade 6 | Criatividade e Inovação como Ferramenta de Sucesso 66 1 Criatividade e Inovação 67 Atividades 71 Referências 72 Gabarito 74 5 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Inovação e Criatividade! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 6 unidades, conforme a tabela a seguir. Unidades Carga Horária Unidade 1 | Conceitos e Fundamentos da Inovação 3h Unidade 2 | Qual a Importância da Inovação 3h Unidade 3 | Principais Condições para Inovar com Sucesso 3h Unidade 4 | Como Inovar 3h Unidade 5 | Criatividade e Inovação 3h Unidade 6 | Criatividade e Inovação como Ferramenta de Sucesso 5h 6 Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! 7 UNIDADE 1 | CONCEITOS E FUNDAMENTOS DA INOVAÇÃO 8 1 Inovação A inovação é parte essencial da história humana. O poder sensitivo e criativo é natural ao homem como parte integrante do reino animal. A ação criativa também está presente em outras espécies animais, porém deve-se atentar para diferenciar criatividade de instinto: o João de Barro, por exemplo, que cria seu ninho com ramos, gravetos e barro. Mamíferos como coelhos e gatos que retiram o próprio pelo para construir um ambiente adequado para o nascimento de suas crias. Todos esses modelos de comportamento são instintivos, não criativos: ou você já viu um sobrado de barro com elevador construído por um João de Barro? Os chimpanzés, por outro lado, aproveitam-se de itens ao seu redor para realizar suas tarefas de forma inovadora. A simples abertura de um coco, por exemplo, é realizada de diversas maneiras por estes macacos. Eles jogam os cocos no chão, do alto de árvores, batem com pedras e paus, batem contra árvores. Procuram diferentes maneiras de realizar a tarefa. 9 De acordo com Ferreira (1988), ou simplesmente Dicionário Aurélio, inovar significa: tornar novo; renovar, ou inda, introduzir novidade em. A própria forma de organizar, validar e dispor o conhecimento tem passado por inovações constantes. Vejamos o caso da Wikipédia (www.wikipedia.com), uma enciclopédia colaborativa, em que qualquer pessoa pode contribuir com conteúdo e também ajudar a validá-lo ou descartá-lo. Embora a própria Wikipédia reconheça em seus Termos e Condições de Uso que seu conteúdo “não deve ser considerado fonte confiável para a elaboração de material de formação profissional”, vários conceitos foram formados e validados por autoridades nos assuntos. Veja o conceito consolidado sobre inovação que a comunidade criou: Novidade ou renovação. A palavra é derivada do termo latino innovatio, e se refere a uma ideia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece com padrões anteriores. Hoje, a palavra inovação é mais usada no contexto de ideias e invenções assim como a exploração econômica relacionada, sendo que inovação é invenção que chega no mercado. Atualmente, a separação entre inovação e produção é considerada fraca, as vezes tendendo a se mesclar e confundir com o passar do tempo. De acordo com Christopher Freeman, Inovação é o processo que inclui as atividades técnicas, concepção, desenvolvimento, gestão e que resulta na comercialização de novos (ou melhorados) produtos, ou na primeira utilização de novos (ou melhorados) processos. Inovação pode ser também definida como fazer mais com menos recursos, por permitir gamas de eficiência em processos, quer produtivos quer administrativos ou orgânicos, quer na prestação de serviços, potenciar e ser motor de competitividade. (WIKIPÉDIA, 2017) 10 No nosso modelo atual de sociedade, orientado à especialização de atividades e à remuneração por serviços realizados, inovar está diretamente associado ao mercado, ao consumo. Mas nem sempre foi dessa forma e, felizmente, para algumas áreas do conhecimento e do mercado, continua não sendo. A inovação está associada à capacidade do ser humano de sonhar, de acreditar no novo e de projetar o futuro. A poesia da inovação não era distante para alguns dos maiores, mais importantes e relevantes seres humanos que já estiveram conosco. Albert Einstein, teria questionado o que seria de um homem sem os sonhos. Além disso, achava que dormir bem e abrir a mente para as possibilidades infinitas é o segredo da criatividade. Ele era apaixonado pela descoberta, pelo novo, e foi um dos maiores cientistas do nosso tempo. Vamos tratar de outros grandes homens, em diferentes tempos: Leonardo da Vinci, Isaac Newton, Santos Dumont e Steve Jobs, que não são conhecidos apenas por seus conceitos e invenções revolucionárias, mas também por suas frases e seus pensamentos a frente de seus tempos. Essas pessoas foram grandes inovadores em diversas áreas, pois mudaram a forma como vivemos. Muitas das inovações que produziram ainda estão presentes em nosso dia a dia, mesmo anos após suas mortes. Leia a seguir alguns dos pensamentos desses grandes inovadores. • Isaac Newton “O que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano.” “Nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado.” “Construímos muros demais e pontes de menos.” • Santos Dumont “As invenções são, sobretudo, o resultado de um trabalho teimoso.” “Na luta pelo progresso, só vale o sucesso.” 11 “Nem todo bom aluno é bom professor.” “Há um ditado que ensina: o gênio é um grande paciente; sem pretender ser gênio, teimei em ser um grande paciente. As invenções são, sobretudo, o resultado de um trabalho teimoso, em que não deve haver lugar para o esmorecimento.” • Leonardo da Vinci “Nunca imites ninguém. Que a tua produção seja como um novo fenômeno da natureza.” “Quem pensa pouco, erra muito.” “A experiência nunca falha, apenas as nossas opiniões falham, ao esperar da experiência aquilo que ela não é capaz de oferecer.” • Steve Jobs “A inovação é o que distingue um líder de um seguidor.” “As pessoas não sabem o que querem, até mostrarmos a elas.” “Você não consegue ligar os pontos olhandopara frente; você só consegue ligá-los olhando para trás. Então você tem que confiar que os pontos se ligarão algum dia no futuro. Você tem que confiar em algo – seu instinto, destino, vida, carma, o que for. Esta abordagem nunca me desapontou, e fez toda diferença na minha vida.” Agora que vimos alguns dos pensamentos de grandes inovadores que já nos deixaram, vamos ver um pouco mais sobre o que aconteceu até os nossos dias atuais. Durante a idade média (séculos V a XV), a humanidade passou por um período de dez séculos de retrocessos em diversas áreas e com pouquíssimas inovações. As poucas que aconteceram, em sua maioria, estavam relacionadas às guerras, que eram comuns. Ainda durante este período, mais precisamente no final do século XV, aconteceu a maior explosão de inovação já ocorrida na história do homem, não só em quantidade, como na amplitude de áreas, como ciências, política, música, artes, entre outros. Nos períodos do Renascimento (séculos XIV a XVII) e do Iluminismo (século XVIII), o conhecimento em vários campos, como filosofia, política, ciências, economia, cultura, entre outros, 12 passou por diversas inovações e transformações, que levaram à realização das grandes navegações e à formação da maioria dos países e das bases das sociedades que temos atualmente. Sem as inovações de aproximadamente 500 anos atrás, provavelmente não estaríamos no estágio de evolução atual. Em 1500, o Brasil foi fundado. Em 2100, possivelmente, já existirão seres humanos vivendo em outro planeta. Menos de 600 anos depois da época quando navegar da Europa para outros continentes era uma arriscada viagem, movida basicamente pela força dos ventos, o homem terá feito uma viagem de cerca de 230.000.000 km entre a Terra e Marte, mais de 30.000 vezes maior do que aqueles 7.500 km entre a Europa e a América do Sul, feita de Portugal para nosso país. Inovar naquela época significava adorar o belo; entender que o ser humano como criação e imagem divina expressava o que existia de mais perfeito. Dessa forma, as criações também deveriam buscar a perfeição, como se atuassem como canal de comunicação entre Deus e o homem. Os “investidores” deste movimento de inovação foram ricos comerciantes, reis europeus e papas. Os efeitos deste processo cruzaram mares e influenciaram o recém-criado Brasil, até então habitado exclusivamente por índios. Com os colonizadores, vieram vários conceitos e conhecimentos que estruturam a sociedade que hoje temos. Não só na política, economia, língua e religião, os descobridores trouxeram e impuseram seus conhecimentos, também nas artes e literatura. Houve forte influência, até mesmo prevalência, das inovações externas ao continente descoberto. Em 1455, o ourives alemão Johannes Gutenberg iniciou o que seria a maior revolução daquele tempo, a prensa de tipos móveis. Esse equipamento promoveu uma transição capaz de popularizar e incrementar a reprodução gráfica da escrita. À época, o potencial transformador de tal inovação, não poderia ser antecipado, nem mesmo pelos otimistas. Assim como viria a ocorrer com a revolução computacional nos anos de 1990, a invenção de Gutenberg abriu caminhos para que outras inovações pudessem se desenvolver. Antes de tratarmos das inovações do final do século passado, é preciso abordar o novo mundo apresentado pela Revolução Industrial e seus impactos na vida em sociedade, inclusive no Brasil. 13 Na Europa e Estados Unidos dos séculos XVII e XVIII, houve uma grande mudança nos processos de produção e de trabalho. Até então, tudo era fabricado artesanalmente, manualmente, daí o nome manufatura. A grande inovação do motor a vapor deixou de ser exclusividade do segmento de transportes ainda com as locomotivas e chegou ao processo de fabricação, primeiramente para a produção de tecidos. Nesse momento, uma invenção voltada para reduzir o tempo no percurso de longas distâncias pelas ferrovias, às vezes transcontinentais, gerou uma grande e profunda mudança na sociedade, o trabalhador passou a executar atividades para um patrão e deixou de ser artesão. As pessoas, inclusive as crianças, executavam tarefas nas primeiras fábricas, aumentando, dessa forma, a movimentação econômica de suas regiões. h Os grandes investidores, empresários e banqueiros precisavam estimular a produção, precisavam que seus trabalhadores permanecessem ativos e atentos às suas respectivas atividades. A partir do crescimento da indústria na Europa nos anos e décadas que se passaram, o consumo de café aumentou significativamente. E, dessa forma, o Brasil iniciou sua participação e atuação na Revolução Industrial. Os mesmos banqueiros e investidores que apostavam nos crescimentos industrial e fabril na Europa iniciaram grandes movimentos de plantio de café e portuário no país. Na medida em que o parque industrial europeu crescia, nossas fazendas de café acompanhavam o ritmo. Também, por isso, o desenvolvimento e as inovações brasileiras demoraram a ser impulsionados. Em determinado momento, a quantidade de informações e orientações que precisavam ser gerenciadas, e o esforço de guerra em que estiveram envolvidos os países da Europa, Estados Unidos e países da Ásia, forçaram a necessidade do desenvolvimento de alguma nova tecnologia de informações e comunicação que ajudasse, independente do lado em que estavam lutando na II Guerra Mundial. Mais uma vez, a inovação surge da necessidade de solucionar problemas que até então não existiam, e seus impactos e projeção não podem ser controlados. Em outro momento de nossa sociedade, surge um “novo motor a vapor”, mesclando alta tecnologia computacional e de telecomunicações. 14 e No dia 29 de junho de 2007, uma nova indústria foi criada como fruto de uma inovação: Um Smartphone, com design moderno e funções inteligentes, resultado da união de um tocador de música MP3, câmera digital, telefone celular e dispositivo de acesso à internet. Todos esses quatro aparelhos já existiam. A inovação foi na implementação de um novo conceito e toda uma nova proposta de usabilidade. Este novo equipamento revolucionou primeiro os segmentos de informática e telecomunicações. Em seguida, muitas outras indústrias e segmentos de serviços foram diretamente afetados: música, turismo, jogos, fotografia, instituições financeiras e transporte. Até a vida em sociedade foi afetada com a expansão fenomenal desse dispositivo. Fruto de todas essas alterações e de tamanha modificação nas economias, foi designado um novo conceito para representar tudo de novo que está surgindo: a economia criativa. Na atual década (década de 2010), estamos prestes a viver uma nova revolução baseada em inovação. Mas, desta vez, na área de energia e, retornando às origens, também na área dos transportes. Elon Reeve Musk, um sul-africano nascido em 1971, lançou entre 2012 e 2016 três diferentes modelos de carros totalmente elétricos, com extremo sucesso. Seu último lançamento, o Tesla 3, alcançou em apenas uma semana a marca de 325 mil unidades vendidas antecipadamente ao lançamento do carro em 2016. Seu projeto de um novo modelo de transporte coletivo de alta velocidade está prestes a sair do papel, segundo o plano, ele irá ligar Los Angeles a San Francisco em um trajeto de aproximadamente 1.500 km a ser percorrido em 35 minutos, com velocidade estimada dos “vagões” em 1.200 km/h. O custo dessa obra está estimado em 6 bilhões de dólares e passagens vendidas a 20 dólares. Tanto o carro quanto o transporte por trilhos já existiam. Inovar, neste caso, foi repensar e adequar o que já existia a uma nova realidade, para servir a um novo tipo de público, que tem diferentes preocupações, necessidades e comprometimentos. 15 Como muito bem colocado por Steve Jobs, a inovação é um processo baseado na necessidade que, às vezes, nem mesmo percebemos, até que alguém nos mostre. Ele dizia que você só conseguirá ligar os pontosdepois de um feito ter sido realizado, qualquer que seja. Certa vez em um discurso, ele relacionou uma viagem de auto-descoberta feita à Índia, um curso de caligrafia que tinha feito na universidade e o dia que conheceu seu sócio, com a criação do computador pessoal, feita por sua empresa em 1976. Continuou explicando que não viajara para o outro lado do planeta, nem se matriculara naquela disciplina e tampouco se associou ao seu parceiro pensando em criar o computador pessoal, mas que se algum destes pontos (viagem, matéria da universidade, sociedade) não tivesse acontecido, ele não teria modificado a indústria da informação. Continua explicando que na época não se acreditava em computadores pessoais, mas somente em grandes equipamentos corporativos. Tanto que as grandes empresas do setor demoraram mais de cinco anos para lançarem produtos concorrentes. Por fim, o conceito de inovação vem recebendo, ao longo dos últimos anos, diferentes abordagens e classificações que podem ser sistematizadas na tabela a seguir. Quadro 1: Abordagens e classificação da inovação ao longo dos anos Autor Classificação da Inovação Características C R A W FO LD (1 99 4) Pioneira Adaptativa Imitativa O esquema apresentado por Crawfold (1994) tenta refletir o grau de aplicação da tecnologia para novas oportunidades e também o grau de utilização dessa nova tecnologia para produtos existentes. V E R Y Z E R ( 19 98 ) Contínua Utiliza a tecnologia existente e proporciona o mesmo benefício que produtos existentes. Comercialmente descontinua Os produtos são percebidos como novos para o consumidor, porém utiliza tecnologia existente. Tecnologicamente descontínua A entrega de novos benefícios envolve a aplicação significativa de novas tecnologias. Tecnológica e comercialmente descontínua O produto é percebido como novo e utiliza novas tecnologias. 16 Fonte: Adaptado de Aranda, 2009. G A R C IA E C A L A N TO N E ( 20 02 ) Radical Novas tecnologias cujo resultado se resume em novas estruturas de mercado, com descontinuidades em níveis de empresas e clientes. Really New Innovation Produtos que produzem descontinuidades no mercado ou tecnologicamente, mas não ambos, em níveis macroeconômicos. Descontínua Associada a descontinuidades tecnológicas ou mudanças na estratégia da empresa com o intuito de modificar a curva S e converter a inovação descontínua em radical. Incremental Produtos que proporcionam novos aspectos, vantagens ou melhorias em tecnologias ou mercados existentes. Imitativa Incorporação de uma equipe de P&D ou recursos em uma empresa concorrente, após o lançamento de um produto da empresa inovadora, com a finalidade de diminuir a distância tecnológica entre ambas. A imitação de inovações pode alterar a direção do mercado. D A N N IE LS ( 20 02 ) Exploração exaustiva A empresa utiliza as competências de tecnologias e clientes/consumidores existentes. Investigação exaustiva O novo produto é uma ferramenta para construir novas competências relativas, tanto para tecnologia quanto para clientes/ consumidores. Leveraging Technologial Competence Explora tecnologia/Investiga clientes. Tenta atrair clientes/consumidores através de produtos desenvolvidos baseando-se nas competências tecnológicas existentes. Leveraging Customer Cometence Explora clientes/consumidores/Investiga tecnologia. Envolve construção tecnológica para atrair uma grande parte das necessidades dos consumidores. 17 g Para complementar seus estudos, leia o artigo disponível no link a seguir, parte do portal de tecnologia Gizmodo. http://gizmodo.uol.com.br/previa-primeiro-teste-hyperloop Glossário Iluminismo: movimento intelectual do século XVIII. Ligar os pontos: remete aos desenhos formados através da interligação de pontos, muito popular em revistas de lazer. Diz respeito a relação de eventos passados em outro evento. MP3: é uma abreviação de MPEG Layer 3, um formato de compressão de áudio digital. MPEG: é o acrônimo de Moving Picture Experts Group, que em português quer dizer Grupo de Experts em Imagens em Movimento. Prensa de tipos móveis: máquina que permitia a impressão de textos em papéis. Sua inovação era que os caracteres podiam ser alterados para que novos textos pudessem ser impressos. Antes desta inovação os textos eram manuscritos, ou impressos em processos similares aos da xilogravura, onde o texto era esculpido e depois repassado ao papel por pressão de um elemento marcador, como o carvão. Renascimento: é um movimento cultural, científico e artístico desenvolvido no século XV e XVI na Europa. Smartphone: termo em inglês para telefone inteligente, celular com opções variadas que vão desde acesso à internet até câmeras fotográficas. http://gizmodo.uol.com.br/previa-primeiro-teste-hyperloop 18 a 1) Assinale a alternativa correta. Inovar é um processo novo para o ser humano? a. ( ) Sim. Inovar é tão recente quanto o uso de tecnologia. b. ( ) Não. Surgiu com a escrita no Egito antigo. c. ( ) A inovação é parte essencial da história humana. O poder sensitivo e criativo é natural ao homem como parte integrante do reino animal. d. ( ) Sim. Surgiu com a invenção da impressão. 2) Identifique corretamente o pensamento e o autor das sentenças abaixo: a. ( ) “Na luta pelo progresso, só vale o sucesso.” - Steve Jobs b. ( ) “Quem pensa pouco, erra muito.”- Sir Isaac Newton c. ( ) “As invenções são, sobretudo, o resultado de um trabalho teimoso.”- Santos Dumont d. ( ) “O que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano.” - Leonardo Da Vinci. Atividades 19 Referências ARON, Rodrigo. Por dentro da segurança bancária. Portal da internet: 2013. Disponível em: <http://www.decisionreport.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start. htm?infoid=14517&sid=42&tpl=printerview>. Acesso em: 20 maio 2016. ALENCAR, E. M.; FLEITH, D. Contribuições Teóricas Recentes ao Estudo da Criativdade. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, 2003. ALI, Adbul. Pioneirismo vs Inovação incremental. The Journal of Product Innovation Management. Disponível em: <www.wiley.com>. Acesso em: 4 set. 2016. AMABILE, T. M. Motivating Creativity in Organization: On doing what you love and loving what you do. California Management Review. Berkeley California, 1997. BEZERRA, Charles. A máquina da inovação: mentes e organizações na luta por diferenciação. Porto Alegre: Bookman, 2011. 83 p. CHESBROUGH, Henry W. A era da inovação aberta. Massachusetts: MIT Sloan Managernent Review, 2003a. _______. O melhor caminho para inovar. Harvard Business Review, 2003b. FERNANDES, Ana Luíza. Empresas inovadores que fizeram sucesso em 2015. Disponível em: <http://www.e-konomista.com.br/d/empresas-inovadoras/>. Acesso em: 27 jan. 2016. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. GARDNER, David. THORNHILL, Ted. Steve Jobs’s secret legacy: Dying Apple boss left plans for four years of new products. Portal da internet, 2011. Disponível em <http:// www.dailymail.co.uk/news/article-2046397/Steve-Jobs-dead-Apple-boss-left-plans-4- years-new-products.html>. Acesso em: 15 ago. 2016. GERO, J. S. (Ed.). Artificial intelligence in design. Dordrecht: Kluwer Academic, 2000 20 HULL, Dana. Tesla recebe 325 mil pedidos por model 3 na 1ª semana. 2016. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/tesla-recebe-325-mil-pedidos-por- model-3-na-1a-semana>. Acesso em: 15 maio 2016. ISAKSEN, S.; LAURER, K. The climate for creativity and change in teams. Creativity and Innovation Management. Oxforf-United Kingdom, 2002. KELLEY, Tom; LITTMAN, Jonathan. A arte da inovação. Futura, 2001. LARVOR, B. Lakatos: an introduction. London: Routledge, 1998. LUBIATO, Kelly. Inovação não acontece todos os dias. Apólice, São Paulo, v.1, n. 195, p.6- 7, fev. 2015. Disponível em: <http://www.domsp.com.br/wp-content/uploads/2015/03/ Inovação-não-acontece-todos-os-dias.pdf>. Acesso em: 4 set. 2016. MENEGHETTI, Daniel. Inovação. Portal da internet, 2017. Disponível em: http://www. danieldomeneghetti.com.br/. Acesso em: 4 de set. 2016. NEMETH, C. J. Managing Innovation: When less is more. California Management Review. Berkely California, 1997. SCHWEIZER, T. S. The psychology of novekty-seeking, creativity and innovation: neurocognitive aspects within a work-psychological perspective. Creativity and Innovation Mangement. Oxford-United Kingdom. 2006. TORN, Andrews; YAMASHITA, Keith. Avançando rapidamente para inovação. Estratégia e Inovação, 2003 21 UNIDADE 2 | QUAL A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO 22 1 Importância da Inovação Um dos melhores exemplos da importância da necessidade de inovação provavelmente está no seu bolso, na sua bolsa ou mochila. Em 1985, tratando apenas da parte relevante para este momento de uma longa e conturbada história, a empresa que criou o primeiro computador pessoal, entrou em queda e quase chegou a falir em razão de processos gerenciais inadequados, produtos pouco competitivos e uma série de outros fatores. O resultado foi a demissão de seu presidente, ninguém menos que um dos fundadores e dos principais sócios, Steve Jobs. Somente em 1996, após vários gestores e projetos fracassados, Steve Jobs retornou a sua própria empresa, ainda como consultor. 23 Em 1999, de forma silenciosa e por muitos considerada ilegal, teve início o movimento de popularização das músicas em formato digital (MP3), trocadas entre pessoas através de programas de computador, gratuitos, que tornaram possível o compartilhamento das músicas. Em 2001, paralelamente aos inúmeros incidentes envolvendo as maiores gravadoras do mundo e o software mais famoso usado para este compartilhamento, a empresa de Steve Jobs inova mais uma vez: lançando um tocador de música MP3, com um design moderno. Para alimentar o tocador com novas músicas, foi inaugurado um serviço de venda de músicas pela internet, a preços considerados baixos. Isto fez com que o mercado musical e toda indústria envolvida no mundo da música se movimentasse como jamais havia ocorrido, algumas empresas relutaram em aceitar a inovação, outras a trataram como uma grande oportunidade. Esse conjunto de inovações foi intenso o bastante para praticamente decretar a morte do compact disc (CD) anos mais tarde. Temos no Brasil outro excelente exemplo da importância da inovação no tempo adequado. Quem tem mais de 30 anos de idade certamente se lembrará de uma das principais marcas de eletrônicos do Brasil. Esta empresa dominou o mercado de áudio e vídeo no Brasil do final da década de 1960 até os primeiros anos da década de 1990. Neste período, a empresa era sinônimo de inovação e confiabilidade. Para que isso fosse possível, a companhia operava sob um conceito que é utilizado com grande ênfase atualmente pelo mercado de telefonia celular: A obsolescência programada. Obsolescência programada é tão comum hoje que as pessoas já estão habituadas a aguardar pelo próximo modelo de seu smartphone ano após ano. 24 c Este modelo de negócios prevê que irá se desenvolver, fabricar e distribuir uma nova linha de determinado equipamento com o objetivo de tornar o modelo ou os modelos anteriores obsoletos e em alguns casos não funcionais. Dessa forma, o consumidor satisfeito e habituado com a performance de seu equipamento irá adquirir o modelo novo, a fim de permanecer sempre com o equipamento de melhor performance. Assim, a inovação torna-se também programada e com prazos bem determinados, ou ela acontece de maneira natural, mas a indústria aguarda para que novas funcionalidades e operações sejam ofertadas ao público gradualmente, mantendo o ciclo da obsolescência programada por muitos e muitos anos. De acordo com o jornal Daily Mail da Inglaterra (2011), Steve Jobs, que faleceu em 2011, teria deixado todo o planejamento de inovações dos próximos 4 anos. Porém, apesar da aplicação da obsolescência programada na empresa que dominava o mercado brasileiro de eletrônicos até os anos de 1990 e de ser conhecida por ser uma empresa inovadora, três fatores moldaram o comportamento da empresa: • Elevadas taxas ou proibição de importação de equipamentos eletrônicos; • O “Milagre econômico Brasileiro”; • Criação da Zona Franca de Manaus. Nota-se então que tanto a ascensão da marca quanto seu sucesso estão amplamente associados aos constantes ciclos de inovação. A empresa nacional que dominou o mercado até a década de 1990, não acompanhou o ritmo das mudanças na velocidade de suas concorrentes e tentou expandir sua atuação através da compra de outras empresas que não eram inovadoras. Falta de agilidade e uma estratégia de expansão equivocada contribuíram para sua redução quase ao nível de extinção. 25 Mas, afinal, o que é inovação? No ambiente empresarial, de acordo com o especialista Daniel Domeneghetti (em seu portal da internet), é ter aptidão corporativa para evoluir ou transformar os padrões vigentes. Transformar é gerar uma mudança significativa dos processos de trabalho, modelos de negócios, sistemas de controle e gerenciamento, produtos, serviços, tecnologias, comportamentos, entre outros. Ainda segundo Daniel, apenas a inovação agrega valor à empresa, seus acionistas e clientes. Estando clara a importância da inovação para a sobrevivência das empresas, será possível estimar um valor para a inovação? Estabelecer um valor é tão distinto para cada empresa como a própria proposta de inovação. Determinadas empresas são capazes de identificar as boas ideias, mas são ineficazes em tirá-las do papel. Outras são excelentes lançadoras de produtos e serviços inovadores, mas são incapazes de mantê-las em razão de falhas gerenciais. Dentro do universo financeiro de cada organização, realizar uma separação do processo de inovação e sua real consequência em receita ou mesmo de redução de perdas, é uma tarefa árdua, uma vez que não há elementos concretos contábeis ou de mercado para que se estabeleça tal resultado. Por outro lado, submeter a empresa a processos de inovação sem que haja uma análise interna e externa pode ser bastante prejudicial. O entendimento do funcionamento do sistema de inovação e do ambiente adequado para sua evolução é essencial para que ela ocorra, como veremos a seguir. Nas últimas décadas, empresas médias e grandes no Brasil têm investido no desenvolvimento de ideias e em inovação para atender melhor as expectativas dos consumidores internos e também para sobreviverem em meio à crise. Um ranking com as 10 empresas mais inovadoras do Brasil, elaborada por uma consultoria, traz empresas de diversos segmentos, como beleza e cosméticos, comércio eletrônico, acessórios, eletrodomésticos, bancário, alimentação e saúde. 26 Assim, fica claro que inovar não é uma ação exclusiva de empresas de ponta, de tecnologia. A necessidade de inovação está presente em todos os segmentos da economia. Glossário Obsolescência programada: significa reduzir a vida útil de um produto para aumentar o consumo de versões mais recentes. 27 a 1) Assinale a alternativa correta. Quais fatores moldaram o comportamento da empresa que dominava o mercado brasileiro de eletrônicos? a. ( ) Falta de concorrência, baixas taxas e exportação de produtos. b. ( ) Baixas taxas de juros, importação de equipamentos e criação da Zona Franca de Manaus. c. ( ) Concorrência com outras empresas do mesmo segmento e exportação dos produtos. d. ( ) Elevadas taxas ou proibição de importação de equipamentos eletrônicos, o milagre econômico brasileiro e a criação da Zona Franca de Manaus. 2) Assinale a alternativa correta. Inovar é uma ação exclusiva de qual segmento? a. ( ) Tecnologia. b.( ) Todos os segmentos da economia. c. ( ) Ciência. d. ( ) Moda. Atividades 28 Referências ARON, Rodrigo. Por dentro da segurança bancária. Portal da internet: 2013. Disponível em: <http://www.decisionreport.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start. htm?infoid=14517&sid=42&tpl=printerview>. Acesso em: 20 maio 2016. ALENCAR, E. M.; FLEITH, D. Contribuições Teóricas Recentes ao Estudo da Criativdade. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, 2003. ALI, Adbul. Pioneirismo vs Inovação incremental. The Journal of Product Innovation Management. Disponível em: <www.wiley.com>. Acesso em: 4 set. 2016. AMABILE, T. M. Motivating Creativity in Organization: On doing what you love and loving what you do. California Management Review. Berkeley California, 1997. BEZERRA, Charles. A máquina da inovação: mentes e organizações na luta por diferenciação. Porto Alegre: Bookman, 2011. 83 p. CHESBROUGH, Henry W. A era da inovação aberta. Massachusetts: MIT Sloan Managernent Review, 2003a. _______. O melhor caminho para inovar. Harvard Business Review, 2003b. FERNANDES, Ana Luíza. Empresas inovadores que fizeram sucesso em 2015. Disponível em: <http://www.e-konomista.com.br/d/empresas-inovadoras/>. Acesso em: 27 jan. 2016. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. GARDNER, David. THORNHILL, Ted. Steve Jobs’s secret legacy: Dying Apple boss left plans for four years of new products. Portal da internet, 2011. Disponível em <http:// www.dailymail.co.uk/news/article-2046397/Steve-Jobs-dead-Apple-boss-left-plans-4- years-new-products.html>. Acesso em: 15 ago. 2016. GERO, J. S. (Ed.). Artificial intelligence in design. 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Este conjunto de fatores aponta que o processo de inovação e suas condições essenciais ainda precisam desenvolver, no Brasil, uma série de aspectos preliminares para que possa ser exercido plenamente pelas empresas. Nos Estados Unidos, em meados da década de 1980, foi proposto que a metodologia Stage & Gates (que será apresentada na unidade 4) fosse adaptada para inovação. Este modelo foi adotado rapidamente por mais de 70% das empresas de acordo com pesquisa realizada em 2003. Foram diagnosticados dois fatores essenciais para que o projeto de inovação possa ser iniciado: realizá-lo corretamente e executar projetos corretos. 32 • Realizar um projeto corretamente significa: - Capacitar e utilizar uma equipe multidisciplinar, ou seja, de diferentes formações e conhecimentos; - Entender e conhecer os limites da empresa, sejam eles financeiros, de pessoal, físicos etc; - Realizar uma pesquisa de mercado. Mesmo que os clientes muitas vezes não saibam o que quer, eles podem indicar um caminho, dar pistas do que é preciso inovar; - Ter uma definição clara de que se quer inovar. Somente ter a intenção de realizar qualquer inovação não significa que os tomadores de decisão estão dispostos a arriscar. • Executar projetos corretos significa: - Aplicar técnicas de administração e gestão durante o processo. Inovar por si só já apresenta elementos desconhecidos. Operar estes elementos “no escuro” equivale a pousar um avião de grande porte com olhos vendados e sem instrumentos; - Avaliar as propostas de inovação estabelecendo prioridades e selecionando os mais adequados para determinado momento. Vide o conceito de “Obsolescência programada”. c Antes de inovar é preciso respeitar o ambiente organizacional, suas limitações, suas forças e principalmente conhecer profundamente suas fraquezas. Inovar em áreas em que a empresa é fraca ou não dispõe do fator humano adequado e engajado significa fracasso na maior parte das vezes. Via de regra são 8 os fatores a serem observados antes de dar prosseguimento ao projeto de inovação: • Há qualidade na ideia e capacidade do empreendedor para chegar ao lançamento? 33 • Inovar é arriscar. Os tomadores de decisão estão conscientes e dispostos a colocar a inovação em prática sem que eventualmente sofram sanções ou punições caso a inovação não funcione conforme imaginado ou proposto. • Os pontos de decisão estão claros para todos os envolvidos? Isso significa a possibilidade de se abortar o projeto sem que haja dano para nenhum departamento. • É possível realizar uma proposta inicial clara do que, como e para que tal inovação irá atender ou servir? • As equipes ou as pessoas envolvidas podem trabalhar em paralelo? Em alguns casos a velocidade é essencial para o sucesso da inovação proposta. • As equipes ou as pessoas envolvidas são multidisciplinares? Uma ideia de inovação míope pode significar fracasso. Visões diferentes contribuem para o sucesso. Caso não possa contar com outras pessoas diretamente envolvidas no processo de inovação, consulte pessoas próximas, peça opinião. • A disposição e o capacidade de empreender existentes irão impor ritmo no trabalho. Existirá muito trabalho não previsto inicialmente. • Uma inovação, por melhor que seja, pode não agradar a todos. As inovações trazem surpresas, novidades, e nem todas as pessoas gostam de ser surpreendidos ou de novidades. Então não se preocupe quando inovar em agradar ou ser aceito por todos. O livro “A arte da Inovação” de Tom Kelley e Jonathan Littman sugere a realização do brainstorm como pontapé inicial, como fase de “aquecimento” dos projetos de inovação. Com a criatividade que é peculiar ao ambiente da publicidade, o norte-americano Alex Osborn desenvolveu esta dinâmica com duas finalidades: • Desenvolver novas ideias; • Solucionar um problema. 34 Normalmente realizada em grupo, mas sem nada que impeça de ser realizada individualmente, trabalhar com uma “tempestade de ideias” costuma ser uma atividade bastante prazerosa além de animada. Por isso mesmo, é importantíssimo estabelecer premissas e as regras para que o processo não se transforme em uma algazarra ou uma grande bagunça sem foco ou assertividade. • Ausência de julgamento: todas as ideias são válidas por mais estranhas que pareçam em uma primeira avaliação. Não é permitida a autocrítica – pensar e não falar ou colocar no papel em casos individuaisprejudica todo o processo. • Todas as ideias são bem-vindas: misturar um elefante de bolinhas roxas com uma girafa pode soar estranho, mas também ser uma grande solução. • Não existem barreiras hierárquicas ou estereótipos proibidos. A contribuição de todos tem a mesma importância e devem ser consideradas. As ideias surgem de todos e de todos os lugares. Com base nessas premissas, devem-se considerar as seguintes regras básicas: • Mantenha o foco. Como a proposta é bastante informal, é comum o surgimento de conversas que não contribuem para nada; • Deixe as críticas não construtivas fora de seus comentários. Análises negativas sobre as ideias dos outros podem ser bastante prejudiciais, desanimando o empreendedor e matando boas ideias, antes mesmo que elas nasçam; • Anote tudo. Determine um ou mais responsáveis por anotar tudo, todas as ideias. Essas pessoas não podem, em hipótese alguma, escolher ou julgar quais ideias devem ir papar o papel; • Mantenha a via livre. Não acumule ideias ou pensamentos. Vale tudo. Uma ideia deve ser exposta para que outra ocupe seu lugar e assim sucessivamente; • Desapegue. Não há regras para que se sugira uma ideia ou solução. Dito isso, não deve haver apego pela própria ideia ou por alguém neste momento; • As ideias devem ser simples. Sintetizar a ideia nesse momento é essencial. Se há necessidade de explicá-la, tente fazer de forma bastante breve. 35 Definidas as regras básicas, sugere-se a utilização do modelo proposto por Aranda (2009): • Composição do grupo - Um moderador da proposta e entre 4 e 15 pessoas; - Heterogêneo, com a participação de pessoas das mais diferentes áreas de conhecimento, faixa etária, sexo etc; - Sem estrutura hierárquica definida no grupo. Porém, a participação da alta gerência pode inibir a proposição de ideias. • Moderador - Deve apenas organizar e conduzir as atividades, sem influenciar ou conduzir na direção de determinada ideia ou solução; - Deve zelar pela harmonia do ambiente e expor o problema ou a proposta de trabalho com clareza; - A fim de estimular, deve iniciar com pressupostos absurdos; - Em momentos em que há baixa frequência de novas ideias, deve estimular e encorajar os demais. • Procedimentos - A equipe de trabalho deve abandonar a inibição e timidez; - Não pode haver críticas ou comentários sobre as ideias propostas; - Toda proposição é válida, logo tudo deve ser anotado; - Uma ideia normalmente aponta para o surgimento de outra, logo o processo deve ser dinâmico e animado; - Não pode haver desenvolvimento prático de nenhuma ideia proposta no momento do brainstorm. • Resultados - Realização de um fechamento ou revisão final a fim de excluir as ideias repetidas e concluir algum detalhamento que possa ter ficado pendente; 36 - Devem ser apresentados posteriormente aos empregados com conhecimentos específicos, de acordo com cada ideia, a fim de analisar a real viabilidade de execução. Concluída esta fase de brainstorm, parte- se para o emprego de outras ferramentas para que as ideias possam ser filtradas e trabalhadas. Os processos seguintes mais conhecidos são: Diagrama em espinha de peixe, Canvas e o Grupo nominal. De todas as boas histórias contadas sobre brainstorm, duas costumam exemplificar muito bem as vantagens de se começar um processo de inovação com ele. Durante a corrida armamentista que aconteceu durante a Guerra Fria,1 a conquista do espaço era essencial para mostrar o poderio tecnológico e militar de ambos os lados. Foram muitas as inovações que aconteceram neste período, nas mais diferentes áreas: computação, engenharia, têxtil, biológicas, design...enfim. Praticamente todas. Um dos casos mais curiosos está associado ao instrumento de anotação que deveria ser utilizado pelos astronautas. Horas foram gastas para estabelecer como seria o funcionamento de uma caneta esferográfica ou tinteiro. Diversos modelos, amostras e protótipos foram tentados. Eis que de repente alguém surge com a seguinte sugestão: Por que não usar lápis?! Agora que a ideia de usar o lápis foi apresentada, parece obvio, tão óbvio que pode nos levar a pensar: “por que não pensei nisso antes? ” 1 Designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991), um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência. 37 Um outro caso emblemático é do navegador e desbravador Amyr Klink2. Quando estava organizando sua aventura para Antártida, diversos equipamentos da embarcação precisaram ser repensados para que pudesse retornar com segurança, pois estaria sozinho durante meses. O mastro do barco, por exemplo. Com o frio e a umidade era sabido que haveria muita formação de gelo, o que dificultaria ou mesmo impediria o pleno funcionamento das velas, responsáveis pela locomoção da embarcação. Grandes quantidades de gelo no mastro podem travar as velas, impedindo que sejam erguidas ou recolhidas, sem contar um risco maior que é o aumento de peso sem distribuição homogênea. A embarcação poderia pender para um dos lados. Engenheiros e físicos foram envolvidos. Mas a solução foi muito mais simples: ela foi feita em material preto. Dessa forma, absorveria o calor do sol e derreteria o gelo naturalmente, sem que fosse necessário todo um sistema ou mecanismo para isso. Tão simples quanto utilizar lápis no espaço! Glossário Brainstorm: é uma expressão do Inglês que ignifica tempestade cerebral ou tempestade de ideias. É uma dinâmica utilizada para que as pessoas exponham suas ideias sem ser censuradas ou julgadas pelo que dizem. 2 Amyr ficou conhecido por suas expedições marítimas, que empreendeu geralmente sozinho. O primeiro feito a ser amplamente divulgado ocorreu em 1984, quando realizou a travessia solitária em um barco a remo no oceano Atlântico. Em dezembro de 1989, viajou rumo à Antártida em um veleiro especialmente construído para a expedição, o Paratii. Permaneceu sozinho por um ano na região, sendo que por sete meses, seu barco ficou preso no gelo da Baía de Dorian. Da Antártida, rumou em direção ao Pólo Norte e retornou ao ponto de partida, a cidade de Paraty (RJ), em outubro de 1991. 38 a 1) Assinale a alternativa correta. Foram diagnosticados dois fatores essenciais para que o projeto de inovação possa ser iniciado. São eles: a. ( ) Basta ter uma ideia. b. ( ) Ter criatividade e executar corretamente os projetos. c. ( ) Realizar um projeto corretamente e executar os projetos corretos. d. ( ) Ter uma ideia criativa e realizá-la corretamente. 2) Assinale a alternativa correta. Para realizar um projeto corretamente, deve-se: a. ( ) Capacitar e utilizar uma equipe multidisciplinar, ou seja, de diferentes formações e conhecimentos. b. ( ) Ter uma equipe em que as pessoas tenham a mesma formação e os mesmos conhecimentos. c. ( ) Não ter uma equipe, já que inovar é um processo individual e não depende de uma equipe. d. ( ) Ter uma equipe onde pelo menos um integrante tenha conhecimento na área de tecnologia. Atividades 39 Referências ARON, Rodrigo. Por dentro da segurança bancária. Portal da internet: 2013. Disponível em: <http://www.decisionreport.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start. htm?infoid=14517&sid=42&tpl=printerview>. Acesso em: 20 maio 2016. ALENCAR, E. M.; FLEITH, D. Contribuições Teóricas Recentes ao Estudo da Criativdade. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, 2003. ALI, Adbul. 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Entretanto, a consciência de que inovar é essencial para a sobrevivência da organização no cenário competitivo atual é o primeiro grande passo para um resultado satisfatório. Inovar é um processo dinâmico pelo qual a organização deve prosseguir conscientemente em todas as etapas. A estratégia deve estar voltada para três pontos principais: sobrevivência organizacional, visão do futuro da organização e o cliente. Estando consciente destes três pontos, a gestão do processo de inovação deve considerar: • Tamanho da empresa; • Área de atuação; 43 • Cultura e estrutura organizacional; • Composição do mercado/concorrência; • Target ou resultado esperado. 2 O Processo de Inovação por Cadeia de Valor A inovação é um processo determinado por três fases: 1. Geração de ideias; 2. Desenvolvimento das ideias; 3. Apresentação dos conceitos ou difusão. Em todas elas, deve haver uma movimentação constante na busca interna, dentro da empresa e de seus grupos de contato, e externa por soluções, em outras empresas e grupos, seleção de ideias mais adequadas e propagação delas por todas as áreas da organização como forma de captar mais envolvidos e consequentemente mais ideias. A maior parte das falhas e dos fracassos das inovações acontece em uma destas 3 fases. A organização em sua maioria não possui forças em todas essas fases de trabalho. Cada organização é mais forte em determinadas ações e mais fraca em outras. Essa consciência faz com que os agentes tomadores de decisões possam concentrar esforços e atenção nos “elos” mais fracos dessa cadeia que precisam de maior reforço e atenção. Por exemplo, o departamento de marketing de sua empresa pode não estar preparado para o lançamento de um produto em todo o Brasil, por estar estruturado para atender apenas uma região. Neste caso, pode ser o “elo fraco” que necessita de reforço. O mesmo pode ser feito através de uma ação maior, como a reestruturação do departamento, ou através da terceirização destes serviços para aquele lançamento específico, entre outras opções. 44 2.1 Geração de Ideias “Toda inovação começa com boas ideias”. É partindo desta afirmativa que iniciamos a ação inovadora. Mas onde encontrar esta fonte criativa? O local mais comum de iniciar esta busca é junto aos próprios funcionários e expandir o raio de busca em outros departamentos. Dessa forma, fragmentos de ideias se agrupam com ideias maiores e a troca de informações, conceitos e ideias de diferentes departamentos convergem para uma quantidade reduzida de ideias maiores. É como se a formação de ideias acontecesse da mesma forma que a dos planetas: pequenos fragmentos se agrupam e aumentam sua força gravitacional, atraindo cada vez mais partes pequenas, médias e grandes, até que surge um novo planeta, único, formado de diferentes tipos de fragmentos e de materiais. h Essas ideias não necessariamente precisam vir de dentro das empresas. A observação por agentes externos e a influência do mercado, clientes, usuários, universidades, outras empresas, centros de pesquisa e fornecedores também contribuem ativamente para construção de boas ideias. Tal falta de atenção às ideias do mercado pode ser tão fatal quanto à falta de inovação. Uma grande empresa japonesa, por exemplo, perdeu a oportunidade de ter o domínio do mercado de câmeras fotográficas digitais. No final da década de 1990, quando houve a primeira onda de popularização das imagens digitais, os engenheiros e as equipes de inovação dessa empresa adotaram a postura de que se não havia sido inventado por eles, não seria bom. Todo o mercado concorrente utilizava determinado padrão de cartão de memória, mas os engenheiros insistiam que o cartão inventado por eles era muito melhor e manteve firme posição em lançar seus equipamentos capazes de ler apenas esse tipo de cartão. 45 Apesar de a ideia ter sido boa, colocada em prática e em produção, e possivelmente melhor que a concorrente, o mercado já havia adotado outro padrão e não estava disposto a trocar. Esse mesmo padrão de comportamento da empresa aconteceu anteriormente para TVs e tocadores MP3 em substituição ao toca fitas e ao Discman. Até hoje a empresa arca com os prejuízos de “se eu não inventei, não é bom”. 2.2 Desenvolvimento de Ideias Saber triar, escolher em que ideias apostar e investir tempo e dinheiro é outro problema. Novas ideias não se desenvolvem se não encontrarem um ambiente propício e mecanismos internos aptos a fomentarem seu crescimento. Caso isso não esteja disponível, as novas ideias podem se transformar em novos problemas, dores de cabeça e gargalos. Ao perceber que o ambiente não está preparado para novas ideias crescerem as pessoas e o próprio sistema organizacional vão eliminá-las. Não haverá mais interesse em inovação, pois do que adianta contribuir com ideias, participar de reuniões e sair delas cheio de esperanças se, por exemplo, o orçamento é menor do que o esperado e insuficiente para executar a ideia? As próprias pessoas que deveriam trabalhar as inovações, formarão blocos e barreiras porque não acreditam mais nas mudanças. Todo o esforço que, porventura, tenham feito em algumas tentativas foi em vão por falta de preparação da empresa em executá-las. O primeiro passo para o desenvolvimento das ideias, após recebê-las, é identificar as melhores com uma triagem rigorosa, que objetiva identificar aquelas que estãoalinhadas com os valores, estratégia e princípios da empresa e que tem potencialidade para se tornarem realidade. Quando as ideias forem ou implementadas, deve-se 46 oferecer uma forma de incentivo ou recompensa para a equipe de trabalho responsável. É importante para este processo funcionar que se incentive a apresentação de ideias. Em empresas da área de tecnologia este incentivo é indireto, pois o prêmio vai apenas para aquelas que forem desenvolvidas, a apresentação é apenas o passo inicial que deve ser dado para chegar-se ao prêmio. Esta visão integral do processo ajuda as empresas a realmente tratarem as boas ideias, pois apenas premiar a apresentação de ideias, é como premiar um candidato apenas por fazer sua inscrição no concurso. Garantidas estas condições, é preciso estabelecer prazos dentro do processo e partir para o trabalho multidisciplinar junto à equipe de desenvolvimento. 2.3 Apresentação dos Conceitos ou Difusão Tornar a organização conhecedora das inovações propostas é fundamental para que tenham seu sucesso fora da empresa. Fomentar grupos de discussão, realizar palestras ou mesmo testar a aceitação da ideia, mesmo que conceitualmente, através de um pré-lançamento ou de uma simulação, demonstra, aos inovadores, respeito por aquela ideia e comprometimento da empresa, além de servir como uma fonte valiosa de informações para aprimoramento. 3 O Processo de Inovação pela Metodologia Stage & Gates Normalmente mais utilizado como processo de inovação, a Metodologia Stage & Gates propõe elementos mais complexos à equação, como por exemplo, a influência dos tempos e prazos para o sucesso, já que fomenta a vantagem competitiva, aumenta a lucratividade e reduz surpresas. Porém, como se diz, a diferença entre a cura e o veneno é a dosagem: inovações recorrentes podem “matar” o produto. 47 Na metodologia Stage & Gate, são 8 os fatores para o sucesso: • Oferecer benefícios únicos aos seus clientes; • Produtos e serviços devem estar bem definidos antes de colocados em desenvolvimento; • Máxima qualidade técnica; • Potencial de mudanças e de tecnologia; • Máxima qualidade no desenvolvimento; • Elevada capacidade nas atividades pós-desenvolvimento: marketing, distribuição e força de vendas; • Máxima qualidade de marketing; • Poder de mercado (preço x competitividade). Esses fatores devem estar alinhados a duas ações: sistema próprio de desenvolvimento de novos produtos/serviços e, assim como na cadeia de valor, comprometimento de todos os departamentos da organização no projeto de inovação. 48 De forma sistemática, podemos considerar o quadro a seguir no que se refere ao desenvolvimento e inovação de produtos e serviços. 49 Quadro 2: Desenvolvimento e inovação de produtos e serviços Etapa Atividades Descrição P ré -d es en vo lv im en to Brainstoming Sugestões dos agentes externos (Clientes, parceiros, fornecedores etc) Geração de ideias Triagem das ideias As ideias são coletadas durante a realização de brainstorms e externamente à organização, como pesquisa com clientes, fornecedores, concorrentes etc. Nessa fase, os departamentos envolvidos no processo de inovação (pesquisa e desenvolvimento, marketing, produção e outros) interagem com a alta gerência para definir quais as ideias seguirão para próxima etapa. D es en vo lv im en to Detalhamento das ideias Projeto do produto ou serviço Escolha de fornecedores Análise interna Ampla comunicação interna Execução de amostra ou piloto Análise de mercado Análise financeira Validação Produção ou execução No desenvolvimento a ideia é detalhada junto aos departamentos e pessoas que serão envolvidas na execução. Realiza-se o projeto da inovação, considerando todas as suas etapas até que seja colocado no mercado. Caso seja necessário são escolhidos os fornecedores, inclusive para os casos de a inovação ser em serviços. É realizada uma análise de resultados e projeções e em seguida uma ampla divulgação interna. O produto ou serviço é colocado em teste de mercado, em uma pequena área ou região. Concluidas as análises desta etapa o produto ou serviço é efetivamente colocado em produção ou execução e lançado no mercado. 50 4 Tipos de Inovação As diferentes formas de inovação podem ser classificadas de diversas maneiras. • Inovação de produto: são em modificações nas funções ou na forma de utilização de um produto ou serviço, com mudança na forma como ele é percebido. Exemplo: automóvel com câmbio automático em comparação ao manual. • Inovação de processo: mudanças no processo de produção do produto ou serviço. Não gera necessariamente impacto no produto final, mas produz benefícios no processo de produção, geralmente com aumentos de produtividade e redução de custos. Exemplo: utilização de cristal ao invés de vidro no painel de um celular. • Inovação de modelo de negócio: considera mudanças no modelo de negócio. Não implica necessariamente mudanças no produto ou mesmo no processo de produção, mas na forma como que ele é levado ao mercado. Exemplo: Utilizar um aplicativo de celular para chamar um taxi. • Inovação Incremental: reflete pequenas melhorias contínuas em produtos ou em linhas de produtos. Geralmente, representam pequenos avanços nos benefícios percebidos pelo consumidor e não modifica, de forma expressiva, a forma como o produto é consumido ou o modelo de negócio. Exemplo: recorrentes inovações na mesma linha de televisores, mas que continuam do mesmo tamanho. • Inovação Radical: representa uma mudança drástica na maneira que o produto ou serviço é consumido. Geralmente, traz um novo paradigma ao segmento de mercado, que modifica o modelo de negócios vigente. Exemplo: evolução do CD de música para os arquivos digitais em MP3. P ó s- d es en vo lv im en to Acompanhamento de desempenho Análise do ciclo de vida Análise do resultado financeiro Comparam-se os resultados da execução da amostra ou piloto com o desempenho financeiro da inserção do produto ou serviço no mercado. Como fruto é possível desenvolver uma análise do ciclo de vida (lançamento, desenvolvimento, crescimento, declínio e morte) do novo produto ou serviço. 51 Glossário Competitividade: característica de algo ou alguém que é competitivo. Triar: fazer a triagem; escolher; selecionar. 52 a 1) Assinale a alternativa correta. Inovar é um processo: a. ( ) Dinâmico. A organização deve prosseguir conscientemente em todas as etapas. b. ( ) Global. Inclui fatores emocionais e ideativos presentes na organização. c. ( ) Cumulativo. A experiência atual da organização aproveita- se das experiências anteriores. d. ( ) Gradativo. Cada nova situação de inovação envolve maior número de elementos. 2) Assinale a alternativa correta. Quantas fases tem um processo de inovação por cadeia de valor? a. ( ) Uma fase, pois é parte da metodologia Stage. b. ( ) Nenhuma fase, pois processos não possuem fases. c. ( ) Oito fases. d. ( ) Três fases. Atividades 53 Referências ARON, Rodrigo. 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Estratégia e Inovação, 2003 55 UNIDADE 5 | CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO 56 1 Criatividade e Inovação Os executivos das maiores empresas sempre se questionam do porque a empresa não ser a melhor em inovação sempre. Afinal, muitas vezes possuem departamento voltado exclusivamente para este fim, além de terem boas ideias em abundância, financiamentos, projetos em andamento etc. A questão é que quando se trata de inovação, todas as organizações enfrentam os mesmos problemas e obstáculos. Como já foi colocado: inovar varia de empresa para empresa, de organização para organização. Ser criativo é apenas uma parte da solução, contudo, uma parte importante. Mas, o que é ser criativo? Existem diversos conceitos para criatividade. Pode ser considerada uma habilidade de pensar em diferentes caminhos do que já está definido, por exemplo. Do ponto de vista da ciência, indivíduos com um alto grau de criatividade necessitam de condições de trabalho adequadas, por causa de suas particularidades, caraterísticas e estilos de pensamentos neurocognitivos. (SCHWEIZER, 2006). 57 Hoje em dia não associamos mais a criatividade exclusivamente às artes. Até pouco tempo, não se estabelecia valor prático associado à criatividade. A neurociência e a psicologia foram as primeiras a estudar e compreender o potencial criativo do indivíduo, passando por outras áreas até chegar às organizações que, prontamente, passaram a contar com tal potencial inovador. A abordagem dada por Amabile (1997) para criatividade demonstra esta mudança de ponto de vista: Para ela, criatividade significa a criação de novidades que, no ambiente correto, prospera. Imagine, se em um ambiente formado exclusivamente por engenheiros, uma ideia filosófica para a solução de um problema matemático fosse proposta? Mesmo que esta ideia fosse a correta ou a mais adequada, o ambiente para que ela pudesse se desenvolver até alcançar o sucesso definitivamente não é dos mais favoráveis, podendo até ser desconsiderada. O funil abaixo contém os elementos chave para o desenvolvimento da criatividade. Ainda conforme Amabile (1997), a criatividade avança por 5 estágios: 1. Identificação do problema; 2. Preparação (agrupamento de informações realizada pelo indivíduo); 3. Apresentação de respostas (processo criativo + motivação); 4. Comunicação e validação (contexto ambiental); 5. Resultado. 58 Posteriormente, no início dos anos 2000, surge a Teoria do Investimento em Criatividade, que enfatiza 6 fatores para se obter resultados nos ambientes organizacionais: a. Inteligência – considerada fruto da interação de 3 habilidades: sintética (enxergar o problema de diferentes perspectivas), analítica (escolher as ideias mais adequadas) e prática (convencer outros a seguirem determinada ideia). b. Estilo e habilidade intelectual – o estilo representa a forma de apresentação e aplicação das ideias. A habilidade está na capacidade de inter-relacionar ideias e outros aspectos. É o famoso “pensar fora da caixa”. c. Conhecimento – tanto o formal como o informal, servem como massa de trabalho criativo. É dele que partem e se fundamentam as ideias. d. Personalidade – traços como entusiasmo, perseverança, autoestima e coragem dão o contorno às ideias e a sua apresentação. e. Motivação – todo ser se motiva a algo em razão de determinada necessidade ou desafio. Serve como combustível para que a ideia se torne algo tangível. 59 f. Contexto ambiental – a isenção de julgamento não acontece; seja com quem a propôs, seja com a própria ideia. A forma de acolhimento das novas ideias, como já foi destacada, é um fator de vida ou morte para a inovação. Dentro das organizações, o processo criativo pode ser influenciado pelos seguintes fatores: • Composição e forma das estratégias organizacionais; • Utilização de novas tecnologias pela empresa; • Existência, investimento e intensidade do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D); • Cultura organizacional que apoia e suporta a inovação; • Estrutura organizacional que favoreça a horizontalidade do processo criativo; • Motivação e envolvimento de todos os empregados. Atualmente há preocupação por parte das empresas mais vanguardistas em contratar pessoas criativas para seus quadros. A adoção dessas medidas segue determinado critério, conforme gráfico abaixo: Note que os critérios de avaliação são bastante próximos dos conceitos apresentados tanto por Amabile como pela teoria do investimento em criatividade. Uma vez que a criatividade de seus empregados é revertida para a organização, esta deve focar na criação e manutenção de um clima e de uma cultura organizacional favorável para que as boas ideias se tornem inovações rentáveis. A proposta deve oferecer às mentes criativas um local de trabalho composto por nove dimensões, conforme estabelecido por Isaksen (2002), como podemos notar no quadro a seguir. 60 Quadro 3: As nove dimensões propostas para um local de trabalho que estimule a criatividade Desafio e envolvimento Grau no qual as pessoas se envolvem diariamente em operações, metas em longo prazo e visões. O clima é dinâmico, elétrico e inspirador. As pessoas encontram diversão no trabalho. Liberdade Independência do comportamento exercido pela pessoa na organização. Em um clima com muita liberdade, as pessoas são dotadas de autonomia e recursos que definem muito seu trabalho. Os indivíduos são fornecidos de oportunidades e têm iniciativa para adquirir parte das informações sobre seu trabalho. Confiança/abertura Seguridade emocional nos relacionamentos. Quando existe um alto grau de confiança os indivíduos se abrem genuinamente e francamente com os outros. Tempo de ideia Tempo de valor que as pessoas podem utilizar para produzir novas ideias. Flexíveis linhas de tempo permitem às pessoas explorar e desenvolvernovas alternativas. Jogo/Humor Jogos espontâneos e fáceis no local de trabalho. O profissional relaxado em uma atmosfera de trabalho com jogos e risadas é um indicador dessa dimensão. 61 Fonte: Adaptado de ISAKSEN (2002) Por tudo isso, podemos considerar a criatividade como base do processo de inovação, uma condição obrigatória para que as organizações possam agregar valor aos seus produtos e serviços. Na tabela acima, é possível compreender também que o clima e a cultura organizacional funcionam como berçário, no qual as pessoas criativas podem confiar suas ideias. Sem que estes dois fatores (clima e cultura) sejam favoráveis, de nada adianta uma grande capacidade criativa dentro da empresa. O próprio dinamismo do mercado força as empresas que querem sobreviver a acreditarem e realizarem processos e projetos de inovação. A criatividade é o motor que impulsiona a inovação tanto para apresentação de novas ideias, produtos e serviços como também, em boa parte, para a solução de problemas, garantindo vantagem competitiva para as organizações. Conflito Presença de tensões emocionais na organização. Quando o nível de conflito é alto, grupos de pessoas não gostam umas das outras. O clima pode ser caracterizado como “ambiente de guerra”. Suporte de ideias São tratadas novas ideias. Quando o clima organizacional favorece a criatividade, as novas ideias são bem recebidas pelos superiores. Os superiores ouvem as iniciativas de cada uma das pessoas. Debate Discordância entre pontos de vista, ideias, experiências e conhecimentos. No debate organizacional algumas vozes são ouvidas e as pessoas estão desejosas de que suas ideias sejam seguidas e revistas. Tomada de riscos Tolerância sobre incerteza e ambiguidade no local de trabalho. As pessoas no geral permanecem no limbo ao seguir suas ideias. 62 c A divergência de ideias, os diferentes tipos de formação de cada indivíduo que compõe a organização, oferecem às empresas o desenvolvimento de características de sobrevivência como flexibilidade, trabalho em equipe, entusiasmo, foco e a necessidade de desenvolvimento. Os processos de inovação são complexos e exigem que pessoas e departamentos imprimam certo nível de esforço e comprometimento para que as ideias saiam do papel e possam ser colocadas em prática. A criatividade deve estar presente em todas as suas etapas, desde a concepção até a apresentação para o mercado ou para os pares dentro da organização. Os departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento (comumente chamados de P&D), existentes nas médias e grandes empresas, devem receber apoio e especial atenção de todos. Neste tipo de organização, as ideias e propostas inovadoras podem surgir de todos, em qualquer tempo; e o apoio é fundamental. Enfim, pode-se resumir que a vinculação entre a criatividade e a inovação, reside em que a inovação é a implementação bem-sucedida da criatividade (ALENCAR; FLEITH, 2003; NEMETH, 1997). Glossário P&D: Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento. 63 a 1) Assinale a alternativa correta. Atualmente a criatividade é considerada mais importante em que área do conhecimento? a. ( ) Apenas nas artes. b. ( ) Em todas as áreas. c. ( ) Nas áreas de tecnologia e comunicação. d. ( ) Em nenhuma. 2) Assinale a alternativa correta. Em que áreas foram realizados os primeiros estudos para dar importância à criatividade? a. ( ) Administração e Engenharia. b. ( ) Neurociência e Psicologia. c. ( ) Tecnologia da Informação e Computação. d. ( ) Medicina e Engenharia. Atividades 64 Referências ARON, Rodrigo. Por dentro da segurança bancária. Portal da internet: 2013. Disponível em: <http://www.decisionreport.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start. htm?infoid=14517&sid=42&tpl=printerview>. Acesso em: 20 maio 2016. ALENCAR, E. M.; FLEITH, D. Contribuições Teóricas Recentes ao Estudo da Criativdade. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, 2003. ALI, Adbul. Pioneirismo vs Inovação incremental. The Journal of Product Innovation Management. Disponível em: <www.wiley.com>. Acesso em: 4 set. 2016. AMABILE, T. M. Motivating Creativity in Organization: On doing what you love and loving what you do. California Management Review. Berkeley California, 1997. BEZERRA, Charles. 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Isto pode ser claramente percebido pelas ofertas que vemos nos mercados e lojas, com novas versões dos produtos a cada período, sejam carros, smartphones, eletrodomésticos, roupas, entre outros. Esta aceleração só é possível por causa da capacidade de se reinventar, inovar e evoluir das empresas. Como já vimos neste curso, aquelas que não estão inovando tem uma boa chance de fecharem suas portas. 68 Uma forma de apresentar o tamanho que estas inovações têm impactado o mercado é um pequeno equipamento lançado em 2015 pela maior empresa americana de vendas no varejo capaz de gerar milhões de dólares em vendas para seus fornecedores. A empresa desenvolveu um equipamento autoadesivo que possui apenas um botão com a marca/modelo do produto que ele representa.
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