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Guia - Gestão da Criatividade e Inovação

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1 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
2 
Criatividade e Inovação 
Gestão da Educação a Distância 
Cidade Universitária – Bloco C 
Avenida Alzira Barra Gazzola, 650, 
Bairro Aeroporto. Varginha /MG 
ead.unis.edu.br 
0800 283 5665 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição ficam 
reservados ao Unis – MG. 
É proibida a duplicação ou reprodução 
deste volume (ou parte do mesmo), 
sob qualquer meio, sem autorização 
expressa da instituição. 
 
 
 
3 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Graduação em Engenharia Química. Mestrado em Biotecnologia. Doutor em 
Educação. Professor de Química e de Criatividade e Inovação no Centro 
Universitário do Sul de Minas. 
 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8364814324205994 
 
 
 
 
 
Autoria 
 
 
GUEDES, Luiz Carlos Vieira. Guia de Estudo – Gestão da Criatividade e 
Inovação. Varginha: GEaD-UNIS/MG, 2017. 
80 p. 
1. Criatividade 2. Inovação 
 
 
 
Prof. Dr. 
Luiz Carlos Vieira Guedes 
 
 
http://lattes.cnpq.br/8364814324205994
 
 
4 
Criatividade e Inovação 
 
Prezado (a) aluno (a), 
 
 É com grande satisfação que apresento o nosso guia acadêmico, que tem 
como objetivo auxiliá-lo nos estudos da disciplina. Lembrando que ele é um 
documento introdutório para seus estudos e, sempre que possível, consulte 
também os livros da bibliografia básica de seu curso. 
 Neste guia você vai encontrar alguns assuntos introdutórios sobre 
Criatividade e Inovação que poderão iniciar-lhe neste fascinante mundo, o qual 
você já faz parte, porém ainda não tem consciência disso. Nosso objetivo é 
incentivá-lo a tornar-se mais criativo do que realmente pensa ser. 
 
Abraços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
Conceitos e abordagens teóricas sobre criatividade. Atributos pessoais 
que se associam à criatividade. Ferramentas de geração de ideias e 
desenvolvimento da criatividade. A relação entre a criatividade e o 
processo de aprendizagem organizacional. Conceitos básicos de 
inovação. Tipos de inovação. Cultura de inovação. Gestão da inovação 
e mudanças. A gestão do conhecimento e a inovação nas organizações. 
Barreiras à criatividade e inovação no ambiente de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
Ver Plano de Estudos da disciplina, disponível no Ambiente Virtual. 
 
 
 
 
 
Criatividade. Inovação. 
 
Ementa 
 
 
Orientações 
 
 
Palavras-chave 
 
 
 
 
6 
Criatividade e Inovação 
 
EMENTA ____________________________________________________________________ 5 
ORIENTAÇÕES ______________________________________________________________ 5 
PALAVRAS-CHAVE ___________________________________________________________ 5 
 
UNIDADE I – INTRODUÇÃO À CRIATIVIDADE ____________________________________ 8 
1.1 CONCEITOS E ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE CRIATIVIDADE ____________________________ 9 
UNIDADE II – FERRAMENTAS PARA GERAÇÃO DE IDEIAS E SUA RELAÇÃO COM A 
APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL __________________________________________ 20 
2.1 FERRAMENTAS PARA GERAÇÃO DE IDEIAS _________________________________________ 21 
2.2 A RELAÇÃO ENTRE A CRIATIVIDADE E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL. _____ 32 
UNIDADE III – ANÁLISE DOS SIGNIFICADOS E TIPOS DE INOVAÇÃO. ________________ 38 
3.1 CONCEITOS BÁSICOS DE INOVAÇÃO ____________________________________________ 39 
3.2 TIPOS DE INOVAÇÃO _______________________________________________________ 44 
UNIDADE IV – CULTURA E GESTÃO DA INOVAÇÃO ______________________________ 52 
4.1 CULTURA DE INOVAÇÃO ____________________________________________________ 53 
4.2 GESTÃO DA INOVAÇÃO E MUDANÇAS. __________________________________________ 58 
UNIDADE V – GESTÃO DO CONHECIMENTO E AS BARREIRAS À CRIATIVIDADE E 
INOVAÇÃO ________________________________________________________________ 68 
5.1 CULTURA DE INOVAÇÃO ____________________________________________________ 69 
5.2 BARREIRAS À CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO. ___________________ 73 
 
REFRÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ___________________________________________________ 74 
 
 
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file://///linguado/pubgead/D.E/Módulos%202017/2017-01/1.%20DISCIPLINAS/Criatividade%20e%20Inovação/Guia%20de%20Estudos/Finalizado/Criatividade%20e%20Inovação.docx%23_Toc474154082
file://///linguado/pubgead/D.E/Módulos%202017/2017-01/1.%20DISCIPLINAS/Criatividade%20e%20Inovação/Guia%20de%20Estudos/Finalizado/Criatividade%20e%20Inovação.docx%23_Toc474154083
file://///linguado/pubgead/D.E/Módulos%202017/2017-01/1.%20DISCIPLINAS/Criatividade%20e%20Inovação/Guia%20de%20Estudos/Finalizado/Criatividade%20e%20Inovação.docx%23_Toc474154084
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file://///linguado/pubgead/D.E/Módulos%202017/2017-01/1.%20DISCIPLINAS/Criatividade%20e%20Inovação/Guia%20de%20Estudos/Finalizado/Criatividade%20e%20Inovação.docx%23_Toc474154086
file://///linguado/pubgead/D.E/Módulos%202017/2017-01/1.%20DISCIPLINAS/Criatividade%20e%20Inovação/Guia%20de%20Estudos/Finalizado/Criatividade%20e%20Inovação.docx%23_Toc474154090
file://///linguado/pubgead/D.E/Módulos%202017/2017-01/1.%20DISCIPLINAS/Criatividade%20e%20Inovação/Guia%20de%20Estudos/Finalizado/Criatividade%20e%20Inovação.docx%23_Toc474154093
file://///linguado/pubgead/D.E/Módulos%202017/2017-01/1.%20DISCIPLINAS/Criatividade%20e%20Inovação/Guia%20de%20Estudos/Finalizado/Criatividade%20e%20Inovação.docx%23_Toc474154096
file://///linguado/pubgead/D.E/Módulos%202017/2017-01/1.%20DISCIPLINAS/Criatividade%20e%20Inovação/Guia%20de%20Estudos/Finalizado/Criatividade%20e%20Inovação.docx%23_Toc474154096
file://///linguado/pubgead/D.E/Módulos%202017/2017-01/1.%20DISCIPLINAS/Criatividade%20e%20Inovação/Guia%20de%20Estudos/Finalizado/Criatividade%20e%20Inovação.docx%23_Toc474154099
 
 
 
7 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
8 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 Conhecer os conceitos sobre criatividade e entender os atributos 
pessoais relacionados ao assunto. 
 
 
 
 Ciclo 01 
 Atividade Exercício Individual 
 Título: Introdução à Criatividade 
 
 
 
 
 
 
Unidade I – Introdução à 
Criatividade 
Objetivos da Unidade 
 
 
Plano de Estudos 
 
 
I 
 
 
 
9 
Criatividade e Inovação 
 
Nesta unidade definiremos Criatividade e conheceremos quais são os 
atributos pessoais de uma pessoa criativa. Nossos questionamentos são no sentido 
de entender se somos ou não criativos, nos questionando a todo o momento 
sobre a máxima: a Criatividade é somente para alguns iluminados ou todos podem 
ser criativos? 
 
1.1 Conceitos e abordagens teóricas sobre criatividade 
Você deve estar se perguntando... Afinal de contas, o que é Criatividade? 
Neste capítulo tentarei sanar sua dúvida com relação ao termo e como ele é 
encarado. 
Vários conceitos são dados à Criatividade, facilmente encontraremos 
definições que vão desde o campo da Psicologia, até o campo da Administração; ou 
mesmo pragmáticas como as de dicionários. Cada uma das definições acaba 
puxando para a sua área de atuação. Com isso, torna-se muito complexo chegar a 
uma definição única que possa abranger todas as áreas envolvidas. 
 Várias são as definições de Criatividade. Etimologicamente, a palavra vem do 
verbo creare, que significa originar, gerar, ou seja, sua essência está na 
transformação, no nascimento de algo. 
Outras também podem ser acrescentadas, como as citadas no livro 
“Criativamente”, de Marcelo Galvão (1992): Platão classifica Criatividade como uma 
forma de loucura, e Sócrates associa o ato de criar a uma iluminação espiritual. Na 
área da psicologia, “a criatividade nasce de um impulso do Id visando a solucionar 
umconflito". O indivíduo criativo sabe afrouxar o ego, fazendo com que os 
impulsos cheguem aos umbrais da consciência, elaborada por Freud. “Processo 
natural que abastece a leis imprevisíveis”, do filósofo alemão Immanuel Kant. 
“Atividade mental organizada, visando obter soluções originais para satisfação de 
necessidades e desejos” do psicólogo americano Abraham Maslow. “É o processo 
de produção, pelo qual uma pessoa produz um maior número de ideias, pontos de 
Unidade I 
DIANA
Realce
 
 
10 
Criatividade e Inovação 
 
vista, hipóteses, soluções, opiniões originais e eficazes do que as demais pessoas, 
num espaço mais curto de tempo”, de acordo com Alex F. Osborn, o inventor do 
brainstorming. 
Vejamos mais uma definição, agora de Sakamoto (2000), que enxerga a 
criatividade como uma expressão humana: 
Criatividade, em nossa maneira de ver, em primeira instância, é 
manifestação do “potencial” ou da “capacidade” criativa, já que de 
imediato, podemos dizer, que ela é uma ação ou expressão humana. 
Sendo “atividade”, portanto, nos parece inadequada uma referência 
costumeira encontrada na literatura do assunto, que evidencia o ‘uso da 
criatividade’. Nestas oportunidades, nos parece mais indicado dizer que 
“nós realizamos a ação criadora” e sendo assim, podemos ainda, melhor 
qualificar os fundamentos da atividade criativa e resgatar a dimensão de 
“realização” associada à criatividade humana. 
Outra questão importante, apontada pela mesma autora, é sobre a 
associação da atividade criadora ser própria da natureza humana: 
É indispensável expressar ainda, quando se trata do estudo da atividade 
criadora, que este tema nos coloca em contato com interessantes 
compreensões sobre a natureza humana, uma vez que, através da 
criatividade, o ser humano realiza a construção de seu destino e do 
próprio mundo. Devemos acrescentar a isto, que através da atividade 
criativa, os seres humanos alcançam uma consciência sobre suas 
potencialidades, desvendam a condição genuína de sua liberdade pessoal 
e edificam sua autonomia, uma vez que através da criatividade, o homem 
existe e evolui, se expressa e modela parcelas de realidade do universo 
das infinitas possibilidades humanas. 
 
 
 
 
 
Será que é somente em algumas áreas (por 
exemplo, nas artes) que existem pessoas criativas? 
 
Unidade I 
 
 
 
11 
Criatividade e Inovação 
 
A Criatividade, sendo própria da atividade humana, não existe somente em 
algumas áreas, ela se manifesta das mais variadas formas, como constata Becker 
(2001): 
Há criatividade na música, literatura e artes, que são as áreas onde 
tradicionalmente se aplica o conceito, mas também existe a criatividade 
científica, a criatividade tecnológica e diversas outras formas de 
pensamento original. Já as instâncias, onde diferentes abordagens são 
utilizadas para se estudar a criatividade, conseguem ser tão ou mais 
variadas do que as múltiplas esferas de aplicação da palavra. 
Para Marcos Gurgel (2006), hoje em dia, o conceito mais utilizado é de que 
a criatividade é um fenômeno multifatorial e multidimensional, que não leva em 
consideração apenas os aspectos individuais e cognitivos, mas também os 
psicossociais, como as influências ambientais sobre o conjunto de relações 
implicadas no processo de criar. 
Alencar (2008) acrescenta sobre a necessidade da Criatividade no ambiente 
institucional: 
Entre os requisitos desejáveis para o profissional de áreas diversas, a 
criatividade está necessariamente presente. Ser flexível e saber trabalhar 
em equipe, além de pensar de forma criativa e independente, são 
atributos apontados no perfil do profissional bem-sucedido. 
Definições a parte, o importante é que ser criativo é uma qualidade 
essencial para qualquer profissional, em qualquer ramo de atividade, porém em 
algumas profissões essa característica parece ser mais evidente. Solucionar 
problemas de projetos é, sem a menor dúvida, um ofício eminentemente criativo. É 
uma atitude humana e racional, que nem todos os avanços tecnológicos juntos 
podem substituir. 
Quando se pensa em Criatividade somos induzidos a acreditar que pessoas 
criativas são aquelas que ficam aquém da realidade, vivem no mundo das nuvens. 
Como citado por Cavalcante (2006): 
 
Unidade I 
DIANA
Realce
 
 
12 
Criatividade e Inovação 
 
[...] fantasiam e imaginam a realidade, mas que concretamente não 
“servem” às finalidades do mundo contemporâneo, tão profundamente 
mergulhado na sacralização da coisa. 
Todos nós somos mais criativos do que acreditamos ser. O fato é que grande 
parte das pessoas não sabe ou não assume isso e, dessa forma, passa pela vida sem 
sequer ter consciência do seu potencial e sem ser encorajado a despertá-lo e 
desenvolvê-lo. 
Alencar (2008), sobre Criatividade, acrescenta que é um fenômeno 
complexo, dinâmico, multifacetado e plurideterminado, além de identificar que: 
Contribuem para sua expressão, além de atributos pessoais, elementos 
do ambiente mais próximo ao indivíduo, como aqueles presentes nas 
instituições de ensino e/ou no local de trabalho, além de outros de 
natureza sócio-histórico-cultural. 
Mas afinal de contas, como deve ser uma pessoa criativa? Uma pessoa 
criativa é aquela que assimila mais rapidamente os conflitos e problemas que 
precisam ser solucionados e vai de encontro às soluções para essas situações. 
Existem alguns mitos relacionados à criatividade, apontados por Scott Isaksen 
- especialista em criatividade. Dentre os mitos apontados, podemos destacar dois, 
são eles: 
- a crença de que a criatividade é um fenômeno mágico, estudar esse 
fenômeno seria quebrar seu encanto. 
- para ser criativo é preciso ser louco ou psicologicamente desequilibrado, a 
ideia de cientista maluco com cabelos arrepiados imerso em laboratório e 
totalmente alheio à realidade. A criatividade como uma coisa de excêntricos, 
algo a ser evitado por pessoas normais. 
 
 
 
Unidade I 
 
 
 
13 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 
Os mitos devem ser combatidos a fim de evitar distorções no ambiente 
favorável à criatividade. 
José Predebon, em seu livro “Criatividade: abrindo o lado inovador da mente” 
(2013), comenta sobre alguns aspectos da criatividade. Para ele, pode-se afirmar 
que a espécie humana tem capacidade inata e exclusiva de raciocinar 
construtivamente. Essa capacidade produz o que tranquilamente pode ser chamado 
de criatividade. Capacidade inata é o potencial que nos é próprio. 
O autor De Oliveira (2010) enfatiza que toda pessoa tem potencial para ser 
criativa, mas nem todos realizam esse potencial, por não terem oportunidades de 
desenvolvê-lo. É necessário que a criatividade seja exercitada com persistência. 
Você se lembra do seriado “O Mundo de Beakman”? Será que para sermos 
criativos precisamos ser como ele? 
 
 Figura 01: O mundo de Beakman 
 
Fonte: http://www.gcn.net.br/noticia/ 
 
 
PENSE! Para ser criativos precisamos ser meio 
loucos ou aloprados? 
 
Unidade I 
 
 
14 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 
Guaracy Silva (2010), no guia de Criatividade e Inovação, constata que, 
durante muitos anos, a criatividade foi tratada como um dom supremo concedido a 
alguns poucos privilegiados. Multidões que até então, em suas vidas, não tinham 
registros de insights significativos estariam condenadas ao ostracismo intelectual e à 
reprodução de ações e ideias de alguns poucos iluminados. 
Com o advento da competitividade entre empresas de forma global, as 
organizações e os indivíduos que nelas trabalhavam passaram a entender a 
criatividade como uma necessidade estratégica, como um diferencial competitivo, e 
não mais como algo “concedido” a alguns em detrimento de alguns poucos 
“escolhidos”. 
Na ciência, a criatividade e a inovação estavam a cargo da psicologia, mais 
recentemente, mais precisamente a partir do lançamento do termo EconomiaEmpreendedora pelo estudioso Peter Drucker, os conceitos ganharam relevo e 
passaram a ser “alvo” de pesquisadores de todas as ciências. Este contorno 
multidisciplinar fez com que o resultado das ações criativas fosse exponencial. 
Segundo muitos teóricos, os avanços no bem-estar social e na economia são 
decorrentes desta extrapolação do conceito de criatividade e de sua relação com as 
demais disciplinas e áreas do saber. 
Para o filósofo e sociólogo alemão Erich Fronm ao criar, a pessoa encontra 
seu eu, seu mundo, seu Deus. Partindo do seu pensamento estudaremos, neste 
guia, a criatividade através da ótica da realização pessoal. O comportamento criativo 
é produto de uma visão de vida, de um estado permanente de espírito, de uma 
verdadeira opção pessoal de como desempenhar um papel no mundo. 
De acordo com Predebon (2013), o desenvolvimento do comportamento 
criativo também se estabelece quando os estímulos circunstanciais são “necessidade 
de solução”. Essa vertente é a mais comum no campo profissional. 
PESQUISE alguma outra definição de Criatividade 
para acrescentar aos seus estudos! 
 
Unidade I 
 
 
 
15 
Criatividade e Inovação 
 
O processo criativo passa pela disposição favorável e pela não neutralidade 
frente às manifestações de criatividade. Prática engajada que vem com a adoção de 
uma abordagem ou técnica específica. A pessoa com atitude criativa reage 
ativamente e com prazer ao desafio de achar um novo caminho para atingir um 
objetivo. 
O autoconhecimento é extremamente valioso para o desenvolvimento da 
capacidade criativa e pode ser uma meta consciente da pessoa que deseja 
aperfeiçoar-se no campo da criatividade. 
Todas as pessoas são criativas em diferentes níveis; o que difere é que 
algumas pessoas agem segundo suas ideias e outras, simplesmente, as ignoram (até 
por medo de serem vistos como loucos, inconsequentes, “viajados” etc.). Esse é o 
principal propósito de se treinar a criatividade: desenvolver a habilidade de se gerar 
e implementar novas ideias! 
Muitas vezes as pessoas se intitulam “não criativas” por se basearem em 
uma ou outra aptidão (ou talento) que não possuem, por exemplo, não “saber” 
desenhar; isso não significa que não possa ser criativo, tão ou mais até, se fosse um 
exímio desenhista. 
A criatividade é uma habilidade humana básica e cada um de nós pode ser 
criativo (ou mais criativo) se reconhecermos nossos talentos únicos e os 
desenvolvermos. 
Na revista VOCÊ S/A, de março de 2012, Amanda Kamanchek aponta que 
os CEOs (diretor geral ou Chefe Executivo de Ofício) de empresas acreditam que 
a Criatividade é o principal atributo para a liderança, segundo pesquisa realizada 
pela IBM, que ouviu mais de 1800 CEOs de 60 países. E ainda constatam que, 
apesar de ser muito valorizada, é muito difícil de ser encontrada. 
De acordo com o mesmo artigo da revista, o Creative Education 
Foundation constata que crianças de até 3 anos de idade costumam usar 98% de 
sua capacidade criativa, enquanto adultos, acima de 30 anos, costumam usar 
somente 2%. As pessoas se tolhem com medo do bloqueio emocional, medo de se 
exporem e de serem ridicularizadas. 
Ainda no artigo relacionado, alguns artistas e especialistas dão conselhos 
para aumentar a Criatividade, são eles: 
 
Unidade I 
 
 
16 
Criatividade e Inovação 
 
- Quebre regras: é importante quebrar algumas regras e tentar fazer coisas 
que nunca foram tentadas. Ao ter uma ideia, pesquise e veja se alguém já fez aquilo 
da maneira como pensou. 
- Não tenha medo de errar: assuma riscos, não tente ser perfeito o tempo 
todo. Criatividade serve para explorar o desconhecido, e para isso, precisamos ter 
em mente que frequentemente vamos errar. E um dos pontos básicos para 
aumentar nosso potencial criativo é reconsiderar nosso medo de errar, talvez 
transformando a palavra em “testar”. Não existe resposta certa ou errada. O que 
existe são possibilidades diferentes. 
 
Figura 02: Frase de Michael Jordan 
Fonte: Design Unis EaD 
 
- Tenha um caderno amigo: leve um caderno com você a todos os lugares. Caso 
tenha uma ideia, anote-a e tente desenvolvê-la. 
- Fuja do computador: tente passar algum momento longe do computador 
(esqueça também o celular). Envolva-se com atividades como ler um livro, ouvir 
música, desenhar ou passear por um lugar onde nunca tenha ido. “Para ser criativo, 
é essencial deixar a mente fluir, sem ser distraído por estímulos externos 
irrelevantes”, diz Sergio Navega. E, principalmente, durante o dia no trabalho, 
busque momentos de isolamento e de tranquilidade para deixar a mente vagar e 
 
Unidade I 
 
 
 
17 
Criatividade e Inovação 
 
explorar regiões incomuns, esqueça por um tempo do Facebook, do Twitter e dos 
chats em geral. 
- Experimente o diferente: é importante viver experiências diferentes, como viajar 
para lugares desconhecidos, como algo exótico, ler um livro que não tenha nada a 
ver com seu trabalho, conhecer pessoas com vidas diferentes da sua. 
- Descanse: relaxe, férias são fundamentais para que você repense o significado de 
sua vida e de seus sonhos pessoais. 
- Rebele-se: ouça seu lado rebelde. Internamente, de forma subjetiva, não pública, 
podemos questionar tudo o que está sendo feito e proposto em nossa vida pessoal 
e profissional, não apenas por nós mesmos, mas por todos à nossa volta. O 
objetivo é buscar maneiras diferentes de pensar e associar ideias e agir. 
- Insista: esgote todas as possibilidades de um mesmo assunto. Não pare na 
primeira ideia. 
- Busque várias alternativas: não existe resposta certa ou errada. O que existe são 
possibilidades diferentes. É necessário gerar muitas possibilidades antes de achar 
algo que realmente faça sentido. Nosso cérebro odeia ambiguidades, por isso pula 
muito rápido para as soluções. Então busque umas 30 ou 50 alternativas antes de 
começar a pensar numa escolha. 
- Agir é importante: aja, pratique a ação. Uma ideia já é um projeto de ação. 
Experimente em pequena e em grande escala. Mesmo na fase de planejamento, 
transforme-o em uma ação. 
- Misture: toda coragem para experimentar novas combinações, coisas que não 
pareciam combinar a princípio. 
- Faça pausa: conheça seu ritmo. Reserve um horário para pensar livremente, 
enquanto você anda ou caminha, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
PENSE! Qual dessas doze maneiras de aumentar a 
criatividade você utiliza em seu cotidiano? 
Unidade I 
 
 
18 
Criatividade e Inovação 
 
Ainda no artigo da revista VOCÊ S/A, Tereza Amabile, uma das mais 
renomadas estudiosas sobre Criatividade nos Estados Unidos, professora da 
Harvard Business School, descreve sobre um estudo realizado na Xerox, onde 
aponta duas características dos cientistas dessa empresa. Uma delas é que, além de 
ter um profundo conhecimento em alguma área, os cientistas eram capazes de falar 
com propriedade de coisas diferentes de seu campo de atuação. A segunda 
característica é a voracidade por aprender coisas novas. 
 Amabile aponta ainda outra característica importante para inventores: a 
paixão pelo que fazem. As pessoas são mais criativas quando fazem o que amam. 
Outro fator importante apontado por Tereza Amabile é a motivação intrínseca, 
impulso de fazer algo por simples prazer e não pela troca de elogios ou 
recompensas. 
 
Figura 03: Tereza Amabile 
 
 
Fonte: http://www.hbs.edu/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
 
 
19 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO. Várias são as definições de 
Criatividade, cada uma de acordo com sua área de 
estudo. Todos são criativos, isso não é exclusividade 
de alguns privilegiados. Precisamos despertar a 
criatividade e deixar que ela se desenvolva. 
Unidade I 
 
 
20 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 Compreender quais seriam as ferramentas para a geração de 
uma ideia criativa e qual suarelação com o processo de 
aprendizagem organizacional. 
 
 
 
 Ciclo 02 
 Atividade Teste 
 Título: Ferramentas para Geração de Ideias e sua Relação com a 
Aprendizagem Organizacional 
 
 
 
Unidade II – Ferramentas para 
Geração de Ideias e sua Relação 
com a Aprendizagem Organizacional 
Objetivos da Unidade 
 
 
Plano de Estudos 
 
 
II 
 
 
 
21 
Criatividade e Inovação 
 
Na unidade 2 compreenderemos como acontece a geração de ideias e qual, 
ou quais, seriam as suas relações com a aprendizagem organizacional. Será que 
existe alguma sequência lógica do pensamento criativo? 
 
2.1 Ferramentas para geração de ideias 
Benny Golson, músico e compositor de jazz, ao comentar sobre criatividade 
acrescenta que as pessoas criativas aceitam o risco. “ Um homem criativo dá dois 
passos na escuridão. Os verdadeiros heróis, mergulham na escuridão do 
desconhecido”. 
 
Figura 01: Benny Golson 
 
Fonte: http://jazzpages.com/Schelpmeier/bennygolson.htm 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade II 
Pesquise na internet Benny Golson tocando Killer 
Joe, você não se arrependerá. 
 
DIANA
Realce
DIANA
Realce
 
 
22 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns psicólogos tentaram elaborar –alguns elaboraram– sequências que 
podem nos ser úteis. O primeiro, ou um dos primeiros, a elaborar uma sequência 
para o pensamento criativo foi o inglês Graham Wallas em 1928, para ele o 
processo criativo passa por quatro etapas, são elas: preparação, incubação, 
iluminação e verificação. 
A primeira etapa é a Preparação, que é o momento inicial do processo de 
elaboração de um pensamento criativo, acontece quando nos deparamos com um 
problema e coletamos o número maior de informações sobre ele, nada pode 
passar despercebido. Após a coleta de informações deve-se refletir baseando-se nas 
informações coletadas. Momento de definir a questão chave do problema. 
Na segunda etapa nos encontramos na fase de Incubação, momento de se 
afastar do problema, deixando-o de lado por um tempo. Mas claro que o problema 
não foi resolvido. 
Na terceira fase se encontra a Iluminação, ela ocorre em momentos 
inesperados, de forma repentina em nosso cotidiano. Os pensamentos começam a 
fazer sentido e a pessoa consegue solucionar o problema, mas ainda no campo das 
ideias. 
Na quarta fase, agora de forma consciente e racional pode-se chegar a 
solução do problema. Neste momento a ajuda com outras opiniões podem ser 
úteis. 
Um outro autor, Daniel Goleman em seu livro o Espirito Criativo propõe 
algo parecido com Graham Wallas com algumas modificações. 
- Preparação: momento em que se mergulha no problema e investiga 
qualquer dado que possa ser relevante. A ideia é reunir uma ampla série de dados, 
de modo que elementos inusitados e improváveis comecem a justapor-se entre si. 
Unidade II 
Criar é caminhar no desconhecido, mas será que 
existe uma sequência lógica para elaboração de um 
pensamento criativo? Você consegue sequenciar o 
pensamento criativo? 
 
DIANA
Realce
DIANA
Realce
DIANA
Realce
DIANA
Realce
DIANA
Realce
DIANA
Realce
 
 
 
23 
Criatividade e Inovação 
 
Nossa grande dificuldade nesta fase é que somos induzidos a ficarmos 
somente na superfície, o que dificulta aprofundar nas várias facetas de um problema. 
As pessoas muitas vezes fracassam não porque os problemas sejam insolúveis, mas 
porque elas desistem antes do tempo. 
- Incubação: etapa na qual se deve digerir o que reuniu na fase de 
preparação. Esta fase é mais de um trabalho na fase mais passiva, boa parte pode 
acontecer fora de sua consciência atenta, acontece no inconsciente. Como se 
estivesse dormindo sobre o problema. A resposta a algum questionamento pode 
chegar em sonho, no momento de sonolência que antecede o sono profundo, ou 
quando se desperta pela manhã. 
- Devaneios: são sonhos acordados que ajudam o pensamento criativo. 
Todo momento de devaneio é útil para o processo criativo, um banho, uma longa 
viagem de carro, um passeio tranquilo. Após passar pelas duas fases anteriores, no 
momento em que está dormindo sobre o problema, os devaneios podem ser 
excelentes na elaboração da solução de algum problema. Alguns exemplos com o 
Grant Wood, pintor que dizia: “Todas as ideias realmente boas que tive me 
vieram quando eu estava ordenhando vaca”. 
 
Figura 02: Pintura de Grant Wood 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.nunet.com.mx 
 
Unidade II 
http://www.nunet.com.mx/nunet/articulo/mostrar_articulo_t/grant-wood-de-estados-unidos/1859/
DIANA
Realce
DIANA
Realce
 
 
24 
Criatividade e Inovação 
 
A todo momento nossa mente está ocupada e controlada pelos outros. Na 
escola, no trabalho, diante do televisor, há sempre uma mente alheia vigiando 
nossos pensamentos. Sair disto é importante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 03: Friedrich Kekulé 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.brasilescola.com 
 
 
 
Unidade II 
Outro exemplo de devaneio foi o caso de Friedrich 
Kekulé para descobrir a estrutura do benzeno, maior 
lacuna que existia na química orgânica, contou que 
após passar o dia todo pensando sobre o assunto, 
decidiu relaxar em frente a uma lareira. Caiu em 
devaneio e meio adormecido começou a ver as 
fagulhas serpenteando no ar. De repente elas 
formavam um círculo que girava, como uma cobra 
que mordia sua própria cauda. Acordou com uma 
imagem nova e precisa da estrutura do benzeno. 
 
 
 
http://www.brasilescola.com/
 
 
 
25 
Criatividade e Inovação 
 
- Iluminação: a imersão e o devaneio conduzem a iluminação que seria a 
solução do problema. Fase que merece toda glória e atenção. É o momento 
longamente desejado e ardentemente perseguido, a sensação do “é isto”. “Eureka” 
de Arquimedes. 
 
Figura 04: “ Eureka” de Arquimedes 
 
 
 
Fonte: http://curiosidades.batanga.com 
 
- Tradução: o ato criativo só se concretiza quando pegamos a ideia e a 
transformamos em ação. Traduzir a iluminação em realidade torna a ideia muito 
mais que um pensamento fugaz, torna-a útil para nós e para os outros. 
Para Thomas Alvas Edison, inventor da lâmpada elétrica, um inventor talvez 
descubra que a maior parte de seu trabalho é gasta na preparação e execução, 99% 
de um gênio são transpiração e não inspiração. 
 
 
 
 
 
Unidade II 
 
 
26 
Criatividade e Inovação 
 
Figura 05: Thomas Alvas Edison 
 
Fonte: www.biography.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após as fases do desenvolvimento do pensamento criativo, Goleman 
identifica as múltiplas fases da criatividade, que para ela são as seguintes: 
- Ideias revolucionárias: conceito de engenharia genética, teoria da 
relatividade. 
- Gestos criativos: assistência aos portadores do vírus da AIDS e usuários 
de drogas, a estratégia de não violência de Gandhi. 
 
 
 
 
 
Unidade II 
PENSE. Na solução de seus problemas você segue 
alguma das sequências apresentadas? 
 
 
 
 
27 
Criatividade e Inovação 
 
Figura 06: Gandhi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: http://www.history.com 
 
- Grandes visões de esperança que apontam para o caminho para os outros, 
como a declaração dos Direitos do Homem, o sermão “ Eu tenho um sonho” de 
Martin Luther King. 
 
Figura 07: Martin Luther King 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.biography.com/ 
 
- Ideias brilhantes que nos tiram de problemas, como um horário para fazer 
uma atividade física, ou se alimentar melhor no nosso dia a dia. 
 
Unidade II 
Unidade II 
 
 
28 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 
De um modo geral ser criativo significa fazer uma coisa antes de tudo 
incomum. Muito da criatividade ocorre de forma anonimamente, nos momentos de 
privacidade. Todo ato criativo destinado a causar maior impacto precisa de um 
público apropriado. 
Ao discutirmos criatividade uma questão recorrente é a da buscade 
oportunidades inovadoras, para muitos dos estudiosos a criatividade é consequência 
da inquietação humana, é decorrente da busca pelo progresso econômico e bem-
estar social. 
Vários exemplos podem elucidar essas teorias apresentadas. Exemplos de 
pessoas que simplesmente conseguem fazer diferente. Tentando elucidar sobre este 
assunto encontrei um artigo de 2012 sobre uma inovação social da Samarco, 
lembram-se daquela mineradora que teve uma represa rompida? O artigo se intitula 
“Taboa Lagoa: um Caso de Inovação e Desenvolvimento Sustentável da Samarco 
Mineração S. a”, ou seja, um trabalho social que a empresa executava. E, anos 
depois, a mesma empresa causa um acidente ambiental sem precedentes. Seria o 
reverso da moeda, fica aí uma questão a ser pensada. 
Mas neste caso de uma inovação que trate do bem-estar da população seria 
uma inovação social. No site da 3M tem uma definição de inovação social, vamos a 
ela: 
São estratégias, conceitos e ideias que atendem às 
necessidades sociais e fortalecem a sociedade civil. De 
acordo com a Stanford Social Innovation Review, uma das 
publicações mais conhecidas sobre o tema, "Inovação Social é 
uma nova solução para um antigo problema social. Uma 
solução mais efetiva, eficiente, sustentável ou justa que as 
soluções existentes, e que, prioritariamente, possa gerar valor 
para a sociedade como um todo ao invés de beneficiar 
Unidade II 
PENSE. Quais ideias brilhantes você teve nestes 
últimos meses para melhorar seu cotidiano? 
 
 
 
 
 
 
29 
Criatividade e Inovação 
apenas alguns indivíduos". Junto com as iniciativas dos 
empreendedores sociais, muitas empresas também buscam 
evoluir suas relações com seus clientes, desenvolvendo 
estratégias mais inclusivas e criando inovações que permitem 
oferecer Valor para públicos que antes não tinham acesso a 
certos produtos e serviços. Em certos casos, conseguem ir 
além, gerando renda nas comunidades e permitindo o 
empoderamento de públicos dentro da cadeia de vendas 
diretas, na oferta de microcrédito, entre outros. 
 
Vamos a um exemplo, como o caso do indiano Arunachalam 
Muruganantham que criou uma fábrica de absorventes higiênicos mais baratos. 
Arunachalam para desenvolver sua invenção teve grande custo pessoal, ele quase 
perdeu sua mulher, sua mãe e chegou a ser expulso de onde vivia. 
 "Tudo começou com a minha mulher", diz. Em 1998, ele era recém-casado 
e seu mundo girava em torno de sua esposa, Shanthi, e sua mãe viúva. Um dia ele 
viu que Shanthi estava escondendo alguma coisa dele. Ficou chocado ao descobrir 
o que eram - "trapos asquerosos" que ela usava durante a menstruação. Quando 
ele perguntou por que ela não usava absorventes higiênicos, ela disse que não 
sobrariam recursos para comprar o leite. Muruganantham descobriu, então, que 
quase nenhuma mulher nas aldeias vizinhas usava absorventes, menos de uma em 
cada 10. Sua descoberta foi comprovada por uma pesquisa realizada em 2011 pela 
AC Nielsen, encomendada pelo governo indiano, que constatou que apenas 12% 
das mulheres em toda a Índia usavam o produto. 
Aproximadamente 70% de todas as doenças reprodutivas na Índia são 
causadas por falta de higiene menstrual - que também pode influenciar a 
mortalidade materna. 
O objetivo da Muruganantham era criar uma tecnologia amigável, fácil de 
usar. O objetivo não era apenas aumentar o uso de absorventes higiênicos, mas 
também o de criar empregos para as mulheres na área rural - mulheres como sua 
mãe. 
 
 
 
Unidade II 
 
 
30 
Criatividade e Inovação 
 
Ele conseguiu seu objetivo e sua esposa ainda diz que ela não estava 
completamente surpresa com o sucesso de seu marido. "Toda vez que conhece 
algo novo, quer saber tudo sobre", diz ela. "E então quer fazer algo que ninguém 
mais fez antes." 
 
Figura 08: Muruganantham 
Fonte: http://noticias.uol.com.br 
 
Um outro caso interessante, agora no Brasil, foi o caso do brasileiro que 
inventou uma lâmpada com garrafa pet. Alfredo Moser poderia ser considerado um 
Thomas Edison dos dias de hoje, já que sua invenção também está iluminando o 
mundo. Em 2002, o mecânico da cidade mineira de Uberaba, que fica a 475 km da 
capital Belo Horizonte, teve o seu próprio momento de 'eureka' quando encontrou 
a solução para iluminar a própria casa num dia de corte de energia. Para isso, ele 
utilizou nada mais do que garrafas plásticas pet com água e uma pequena 
quantidade de cloro. 
Nos últimos dois anos, sua ideia já alcançou diversas partes do mundo e 
deve atingir a marca de 1 milhão de casas utilizando a 'luz engarrafada'. O inventor 
já instalou as garrafas de luz na casa de vizinhos e até no supermercado do bairro. 
Ainda que ele ganhe apenas alguns reais instalando as lâmpadas, é possível ver pela 
casa simples e pelo carro modelo 1974 que a invenção não o deixou rico. Apesar 
disso, Moser aparenta ter orgulho da própria ideia. 
Unidade II 
 
 
 
31 
Criatividade e Inovação 
 
"Uma pessoa que eu conheço instalou as lâmpadas em casa e dentro de um 
mês economizou dinheiro suficiente para comprar itens essenciais para o filho que 
tinha acabado de nascer. Você pode imaginar?", comemora Moser. 
Carmelinda, a esposa de Moser por 35 anos, diz que o marido sempre foi 
muito bom para fazer coisas em casa, até mesmo para construir camas e mesas de 
madeira de qualidade. 
 
Figura 09: Moser 
 
Fonte: http://www.bbc.co.uk 
 
 Citamos dois exemplos de pessoas preocupadas em criar para melhorar a 
vida das pessoas, independente do retorno que possam ou não ter. Mas nem 
sempre esta atitude é a que prevalece, o bem-estar da população. 
 
 
 
 
 
 
Unidade II 
PENSE. Será que toda criatividade e inovação é 
utilizada para o bem-estar da população? 
 
 
 
32 
Criatividade e Inovação 
 
2.2 A relação entre a criatividade e o processo de aprendizagem organizacional. 
Agora vamos dar uma olhada em três autores e suas considerações sobre 
Criatividade e Inovação, são eles Peter Drucker, Krishnarao Prahalad e José Cláudio 
Cyrineu Terra. Drucker falando sobre a Criatividade e Inovação como uma nova 
tecnologia, Prahalad sobre a necessidade de questionar as tendências do mercado e 
Terra sobre o recurso do conhecimento. 
A “Nova Tecnologia” não é a Eletrônica, a Genética ou os novos materiais, 
é na verdade a Administração Empreendedora de acordo com Drucker (1987). 
Para muitos economistas o “empreender” é algo que influencia profundamente a 
economia, mas sem fazer parte dela. Já para outros estudiosos, principalmente os 
oriundos das ciências comportamentais, as razões do “empreender” estariam nas 
mudanças em valores, percepções, atitudes, na demografia, nas organizações e, nos 
processos de educação. 
Na Administração Empreendedora o melhor instrumento a ser usado é 
Inovação, que tem como conceito o meio pelo qual os empreendedores exploram 
as mudanças como oportunidades. Ela pode ser apreendida e praticada. 
 
Figura 10: Drucker 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.sbcoaching.com.br 
 
 
Unidade II 
 
 
 
33 
Criatividade e Inovação 
 
A prática do empreendedorismo está lastreada numa teoria da economia e 
da sociedade. Esta teoria considera as mudanças como necessárias e saudáveis, ou 
seja, a prática do empreendedorismo é uma forma de dissensão, que considera que 
o empreendedor perturba e desorganiza. Joseph Schumpeter reforça esta tese 
quando da criação do conceito de “destruição criativa”. De acordo com Diercio 
Ferreira do portal “Consultoria Econômica”: 
 
Sem dúvidas que Joseph Schumpeter foi dos maiores 
Economistas e pensadores políticos do século 20. Joseph 
Schumpeter é muito reconhecido por sua teoria que visa 
explicar as atividades que levam aos ciclos de expansão e 
retração do sistema Capitalista. A Teoria Schumpeteriana 
derivada dos ciclos longos de Kondratieff e tem como foco 
as inovações empresariais e seu papelcomo o principal 
indutor do crescimento econômico. 
 
É próprio do sistema capitalista destruir incessantemente velhos modelos e 
substituí-los por novos. Esse ininterrupto processo constitui o que Schumpeter 
chama de destruição criativa. Quando as inovações são mais intensas em 
determinado setor, ele se torna o setor líder da economia. 
 
Figura 11: Schumpeter 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://abdet.com.br 
 
Unidade II 
http://peritiaeconomica.com.br/crowdsourcing-principal-ferramenta-inovacao/
 
 
34 
Criatividade e Inovação 
 
Desfrutará de um período de prosperidade, até que sua proeminência seja 
destruída e conquistada por outro. Tal movimento contínuo gera os chamados 
ciclos econômicos, longas ondas de prosperidade em que o capitalismo atinge seu 
pico. As ondas são seguidas de vales de estagnação e recessão. 
 
Figura 12: Ciclos ou ondas de negócios 
Fonte: Livro Criatividade e Inovação 
 
Na figura acima estão ilustradas as ondas de negócios apontadas por 
Schumpeter. No seu modelo, para sua época, existiam somente três ondas, o físico 
e escritor Clemente Nóbrega prolongou suas ondas até nossa época. 
Uma invenção é uma ideia, esboço ou modelo para um novo ou melhorado 
artefato, produto, processo ou sistema. Uma inovação, no sentido econômico, 
somente é completa quando há uma transação comercial envolvendo uma 
invenção e assim gerando riqueza. 
A inovação, não precisa ser técnica, não precisa sequer ser uma “coisa”. 
Poucas inovações técnicas podem competir, em termos de impacto, com inovações 
sociais, como o jornal, os seguros e os sites de busca como o Google. Inovação, 
portanto, é um termo que se relaciona à economia ou sociedade. 
 
 
 
Unidade II 
 
 
 
35 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 
Alguns exemplos de destruição criativa apontados pela revista Ensino 
Superior, ano 19, número 212 de setembro de 2016: 
Não faz tanto tempo assim, o lugar ideal para a compra de livros novos era 
exclusivamente a livraria. Até surgir a Amazon. Quem precisava se deslocar com 
automóvel particular terceirizado tinha como principal opção o taxi. Até aparecer o 
Uber. A vontade de assistir a um filme na hora em que se desejasse era saciada por 
meio de aluguéis nas vídeolocadoras. Até o advento do Netflix. A hospedagem em 
viagens remetia quase que automaticamente aos quartos de hotéis. E eis que criam 
a Airbnb. 
O segundo pensador que estaremos discutindo é Krishnarao Prahalad um 
influente pensador do mundo dos negócios. De origem indiana que estudou e 
morou nos Estados Unidos, porém nunca se desligou da Índia e tomando seus pais 
como exemplo acreditava erradicar a pobreza através de estratégias de negócios. 
Ele costumava dizer que a Índia conseguiria ganhar sua liberdade, através do 
empreendedorismo. 
 
Figura 13: Krishnarao Prahalad 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: nestgenerationbop.com 
Unidade II 
IMPORTANTE. A destruição criativa está mais 
presente em nossa vida do que imaginamos. 
 
Unidade II 
 
 
36 
Criatividade e Inovação 
 
Prahalad (1995) afirma existir uma verdade substancial: o futuro pertence 
não aos que possuem uma bola de cristal, mas sim aos que estão dispostos a 
questionar as tendências e os preconceitos do “deixa estar, para ver como é que 
fica”. O futuro pertence mais aos heterodoxos do que aos prognosticadores, mais 
ao movimento do que ao irrealismo. A meta não é prever o futuro, mas sim, 
imaginar um futuro possibilitado pelas mudanças na tecnologia, no estilo de vida, no 
estilo de trabalho, nas regulamentações, na geopolítica global e em outras áreas. E 
existem tantos outros futuros viáveis quanto existem empresas inovadoras capazes 
de entender profundamente a dinâmica em ação atualmente, e que oferecem 
oportunidades de se tornarem criadoras do novo. Pois o futuro não é o que 
acontecerá, é o que está acontecendo. 
Prahalad, considera que as bases para o sucesso obtido no passado foram 
abaladas e fragmentadas quando, na maioria dos casos, a topografia do setor 
mudou mais rápido do que a capacidade da alta gerência de reformular suas 
crenças e premissas básicas sobre que mercados deveria servir, que tecnologias 
deveria dominar, que clientes deveria atender e como obter o melhor desempenho 
dos funcionários. 
José Cláudio Cyrineu Terra (2000), nosso terceiro autor estudado, afirma 
que o recurso “conhecimento” precisa ser constantemente realimentado, renovado 
e reinventado. Caso contrário, posições e vantagens adquiridas são rapidamente 
perdidas para novos e velhos competidores mais inovadores, criativos e eficientes. 
A gestão do conhecimento está, dessa maneira, intrinsecamente ligada à 
capacidade de empresas em utilizarem e combinarem várias fontes e tipos de 
conhecimento organizacional para desenvolverem competências específicas e 
capacidade inovadora, que se traduzem, permanentemente, em novos produtos, 
processos, sistemas gerenciais e liderança de mercado. 
Esse novo paradigma, porém, esbarra em uma visão bastante conservadora 
do empresariado brasileiro. Esta cultura se manifesta no baixo investimento em 
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), no pequeno número de patentes e na 
importação de máquinas e tecnologia. 
A vantagem sustentável de longo prazo ocorre quando a empresa tem a 
capacidade de inovar. Porém, a inovação não é fácil, pois o seu sucesso não é 
garantido e há a necessidade de aprendizado organizacional. 
Unidade II 
 
 
 
37 
Criatividade e Inovação 
 
Algumas barreiras à inovação em empresas e organizações são bem 
conhecidas: falta de competências, existência de processos arraigados, falta de 
disciplina, excesso de trabalho e ausência de recursos. 
 
Figura 14: Jose Claudio Cyrineu Terra 
 
Fonte: http://www.rioinfo.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade II 
CONCLUSÃO. O pensamento criativo tem uma 
sequência lógica para se formar e não surge do 
nada, como um estalo momentâneo. 
 
 
 
38 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 Analisar o que significa Inovação e quais são seus tipos. 
 
 
 
 Ciclo 03 
 Atividade Teste 
 Título: Cultura e Gestão da Inovação 
 
 
 
 
 
Unidade III – Análise dos 
significados e tipos de 
Inovação. 
Objetivos da Unidade 
 
 
Plano de Estudos 
 
 
III 
 
 
 
39 
Criatividade e Inovação 
 
3.1 Conceitos básicos de inovação 
 
 
 
 
 
 
 
O site Blog de Impacto nos dá uma ideia da resposta ao questionamento: 
 
Criatividade está relacionada com o nosso potencial de gerar 
novas ideias. Ideias podem se apresentar de diversas formas, 
podem ser apenas o pensamento na cabeça de uma pessoa, 
podem ser verbalizadas, escritas, podem ser tangibilizadas em 
coisas que podemos tocar e experimentar. Porém, 
criatividade é algo subjetivo, e portanto, difícil de ser 
mensurado. Já a inovação é totalmente mensurável. Há quem 
diga que: “Inovação é quando a criatividade emite nota 
fiscal.” Nós preferimos a definição de que inovação é quando 
a criatividade gera valor, pois a palavra valor possui um 
significado mais amplo, podendo estar relacionada com 
qualquer tipo de resultado positivo, fruto de uma inovação. 
(disponível: http://blog.impacthub.com.br/qual-e-a-diferenca-entre-criatividade-e-inovacao/ 
acesso em: 25_10_2016) 
 
O conceito de inovação é bastante variado, a grande maioria das definições 
estão ligadas a área de negócios. A inovação pode ser pessoal, em grupo, isto é, um 
processo social, mas com destino a desenvolver novos produtos ou mesmo 
processos de produção. 
Um primeiro conceito é o do site “Inventta Where Innovation Lives”, que 
considera que a inovação é a exploração com sucesso de novas ideias. O sucesso 
para as empresas, significa aumento de faturamento acesso a novos mercados, 
aumento das margens de lucro entre outros benefícios. 
 
PENSE. Será que Criatividade e Inovação são 
sinônimos? 
 
Unidade III 
http://blog.impacthub.com.br/qual-e-a-diferenca-entre-criatividade-e-inovacao/40 
Criatividade e Inovação 
 
Partindo do dicionário temos que inovação é o ato ou efeito de inovar. 
Inovar é introduzir novidade, introduzir novos processos, conceitos e métodos. 
Do ponto de vista legal, a Lei de Inovação (Lei Federal 10.973/2002) define 
inovação como: 
 
"introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente 
produtivo ou social que resulte em novos produtos, 
processos ou serviços" (art. 2o. inc. IV) [2] 
 
Fuck (2011) citando Schumpeter, acrescenta: 
 
 “o impulso fundamental que inicia e mantém o movimento 
da máquina capitalista decorre de novos bens de consumo, 
dos novos métodos de produção ou transporte, dos novos 
mercados, das novas formas de organização industrial que a 
empresa capitalista cria” 
 
Nova ideia, método ou dispositivo. Obviamente a ideia de introduzir algo 
novo é vital para que se dê a inovação, mas que pode ser inédito ou não. 
Para o governo inglês a inovação é definida como uma exploração bem-
sucedida de ideias novas. Uma nova ideia só se torna inovação quando sua 
aplicação é bem-sucedida. 
David Archibald explica o que é inovação e o que é criatividade através de 
fórmulas, onde criatividade é: 
 
 
 
 
Nesse primeiro momento a ideia é somente um começo do trabalho 
criativo. Existe a necessidade da ação para que se torne uma inovação. 
 
 
 
Criatividade = ideia + ação 
Inovação = criatividade + produtividade 
 
Unidade III 
 
 
 
41 
Criatividade e Inovação 
 
Uma vez que a ideia se torna uma inovação é necessário que ela se torne 
produtiva, através da persistência. Introduzindo novos produtos e processos. Isso 
tudo com eficiência. A inovação precisa ser útil. É a introdução dessa nova ideia e 
sua utilidade que definirá se é uma inovação ou não. 
 
 
 
 
 
Para o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística define inovação 
como implementação de produtos, bens e serviços, ou processos tecnologicamente 
novos ou substancialmente aprimorados. A implementação ocorre quando o 
produto é introduzido no mercado ou quando passa a ser operado por uma 
empresa. Novamente constatando a existência da implementação para que possa 
ser uma inovação. 
Uma nova definição é a que destaca inovação como sendo a conversão de 
um novo conhecimento em benefícios econômicos e sociais. O conhecimento deve 
vir “ a priori” para que haja uma inovação, como um pré-requisito para 
transformar uma ideia em uma inovação. Lembrando que o termo social aqui citado 
não está desvinculado da questão financeira. 
 
Figura 01: Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Design Unis EaD 
 
 
Inovação = ideia + ação + produtividade 
 
Unidade III 
 
 
42 
Criatividade e Inovação 
 
Somente concluindo, a inovação está associada à aplicação da criatividade 
nos processos industriais e mesmo sociais. A invenção é a criação do novo. Pode 
ser um novo produto ou uma nova forma de produzir. Nem sempre uma invenção 
será posta em uso, pois ela deve ser submetida ao econômico. Uma inovação é a 
aplicação de uma invenção que seja economicamente viável. 
 
 
 
 
 
 
Um questionamento que se faz nas organizações e para nós brasileiros de 
um modo geral. Somos sempre identificados como criativos, o bom jeitinho, me 
refiro ao bom e não ao “levar vantagem em tudo”. Mas esse bom jeitinho que 
consegue solucionar problemas o tempo todo, isso nos faz muito criativos, mas 
quando se fala em inovação a situação muda. Como citado no site Blog de Impacto: 
 
Nas palavras de Theodore Levitt: “O que normalmente falta 
nas organizações não é a criatividade, do ponto de vista de 
geração de ideias, mas sim a inovação, do ponto de vista de 
ação e produção, isto é, colocar as ideias para trabalhar.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENSE. Será que nós brasileiros somos criativos ou 
inovadores? 
 
EXEMPLO. Segue um exemplo de uma pessoa 
criativa e inovadora. 
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,E
MI306627-17770,00-
MENINO+DE+ANOS+CRIA+UM+SENSOR+QU
E+IDENTIFICA+O+CANCER.html 
Unidade III 
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI306627-17770,00-MENINO+DE+ANOS+CRIA+UM+SENSOR+QUE+IDENTIFICA+O+CANCER.html
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI306627-17770,00-MENINO+DE+ANOS+CRIA+UM+SENSOR+QUE+IDENTIFICA+O+CANCER.html
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI306627-17770,00-MENINO+DE+ANOS+CRIA+UM+SENSOR+QUE+IDENTIFICA+O+CANCER.html
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI306627-17770,00-MENINO+DE+ANOS+CRIA+UM+SENSOR+QUE+IDENTIFICA+O+CANCER.html
 
 
 
43 
Criatividade e Inovação 
 
Um exemplo, retirado da Revista Galileu de inovação que pode trazer bem-
estar social é a inovação criada por um jovem de 15 anos, ele criou um teste que 
detecta três tipos de câncer em cinco minutos. Apesar de jovem ele tem muito a 
ensinar, Jack Andraka é responsável pela invenção de um detector de câncer. O 
sensor é feito de papel e identifica três tipos de câncer: pâncreas, ovário e pulmão. 
O método descobre o câncer de pâncreas de forma até 168 vezes mais 
rápida que os aparelhos usados atualmente. Além disso, fornece resultados 90% 
mais precisos, 400 vezes mais sensíveis e 26 mil vezes mais baratos do que os 
métodos atuais. O custo é de três centavos de dólar e o resultado chega em 
menos de cinco minutos. 
O sensor criado pelo adolescente pode testar urina ou sangue e, se o 
resultado for positivo para a proteína mesotelina, indica que o paciente tem câncer 
no pâncreas. A tira de papel utilizada, muda conforme a quantidade da proteína no 
sangue e isso pode, de acordo com Andraka, detectar o câncer antes mesmo dele 
se tornar invasivo. 
 Ele foi o ganhador da edição do ano de 2012 do Prêmio Gordon E. Moore, 
o maior da Intel Internacional Science and Engineering Fair. Andraka foi premiado 
com $70.000. Ele pretende estudar para se tornar um patologista. Enquanto isso, 
ele planeja iniciar testes clínicos com o sensor e colocá-lo no mercado em dez anos. 
 
Figura 02: Jack Andraka 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://revistagalileu.globo.com 
 
 
Unidade III 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gordon_E._Moore
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Intel_Internacional_Science_and_Engineering_Fair&action=edit&redlink=1
 
 
44 
Criatividade e Inovação 
 
3.2 Tipos de inovação 
Após enunciarmos a definição de inovação, nos vem à mente um 
questionamento. Será que toda inovação é igual? existem critérios de identificação 
de inovações? Vamos tentar sanar estas dúvidas com relação a inovação. 
Várias são as formas de classificar as inovações de acordo com o grau de 
impacto que provocam. A primeira classificação é aquela de acordo com a área do 
negócio impactado, podendo ser inovação tecnológica e não tecnológica. Essa 
classificação foi realizada no livro Criatividade e Inovação (2011) e baseada a partir 
do Manual Oslo, uma Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados 
sobre Inovação Tecnológica, cujo objetivo é orientar e padronizar 
conceitos, metodologias e construção de estatísticas e indicadores de pesquisa de 
P&D de países industrializados. 
 
Figura 03: Manual Oslo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.keepeek.com 
 
 
 
 
 
Unidade III 
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Industria&action=edit&redlink=1
 
 
 
45 
Criatividade e Inovação 
 
A inovação tecnológica é formada pela inovação de produto, que é a 
introdução de um bem ou serviço novo ou significativamente melhorado levando 
em consideração suas características e usos. E inovação de processo com a 
introdução de um método de produção ou distribuição novo ou significativamente 
melhorado. 
 
Fuck (2011) identifica inovação tecnológica como: 
 
Considera-se que uma inovação tecnológica de 
produto/serviço ou processo tenha sido implementada se a 
mesma tiversido introduzida no mercado (inovação de 
produto), ou utilizada no processo de produção (inovação de 
processo). 
 
Dentro desta concepção poderíamos citar uma inovação tecnológica, na 
categoria inovação de produto o jato ERJ 145 da empresa Embraer, cuja capacidade 
é de 50 lugares. 
 
Figura 04: Jato ERJ I 145 
 
Fonte: http://www.centrohistoricoembraer.com.br 
 
Unidade III 
 
 
46 
Criatividade e Inovação 
 
De acordo com citação do próprio site da empresa o sucesso da aeronave 
transformou o ERJ 145 em símbolo de uma nova Embraer, pautada pela gestão 
integrada de inteligência de mercado, projeto, produção e suporte pós-venda, o 
que a recolocou entre as principais indústrias mundiais do setor. 
 
Outra forma de inovação tecnológica é a inovação de processo, como 
destaque podemos citar a presença da robotização na linha de fabricação de 
automóveis. Muitas evoluções ocorreram nestas linhas, desde o fordismo Quem 
não se lembra dos Tempos Modernos de Charles Chaplin? 
 
Figura 04: Tempos Modernos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Domínio Público 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENSE. Será que as empresas mudaram muito com 
a robotização, e os empregos são os mesmos de 
antes dela? 
 
Unidade III 
 
 
 
47 
Criatividade e Inovação 
 
Inovação não tecnológica formada pela inovação de marketing, com a 
implementação de um novo método de marketing com mudanças significativas na 
concepção de produto ou na sua embalagem, no posicionamento de seu produto, 
na sua promoção ou na fixação de seu preço. Inovação organizacional com a 
implementação de novos métodos organizacionais nas práticas de negócios da 
empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas. 
 
 Visando as melhorias do desempenho da empresa. Em alguns locais essa 
inovação é conhecida como inovação de negócio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLO. Um exemplo mais clássico de inovação 
não tecnológica está o caso das sandálias havaianas. 
Veja com Fuck(2011) coloca esse caso. 
 
 
As inovações mercadológicas (também chamadas de marketing) 
envolvem a implementação de um novo método de marketing, com 
mudanças significativas na aparência do produto ou em sua 
embalagem, no posicionamento do produto, em sua promoção ou 
na fixação de preços (OECD, 2006). Um bom exemplo que ilustra 
uma típica inovação de natureza mercadológica é o das sandálias 
Havaianas, produzidas pela empresa Alpargatas. De produto 
originalmente concebido para o mercado de baixo preço, a empresa 
passou a desenvolver um posicionamento diferenciado do produto 
no mercado associando as sandálias a artigo de moda utilizado por 
celebridades. Atualmente a sandália Havaiana é reconhecida como 
uma marca premium por seu estilo e qualidade, embora a empresa 
também mantenha sua linha tradicional de sandálias. Ou seja, 
estratégias inovadoras podem andar “lado a lado” com estratégias 
convencionais. 
Nas inovações de processo, destacamos a presença da robotização 
na linha de fabricação de automóveis. Aliás, a evolução histórica da 
indústria automobilística é intensiva em exemplos de inovações de 
processo, com destaque para as linhas de produção características 
do fordismo desenvolvidas nas primeiras décadas do início do século 
XX. 
 
Unidade III 
 
 
48 
Criatividade e Inovação 
 
Figura 05: Empreendedores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.empreendedoresweb.com.br 
 
Segundo site EmpreendedoresWeb, acessado em 16 de outubro de 2016, 
o investimento inicial de uma franquia das havaianas é de: 
 
 O capital para abrir uma loja varia entre 250 mil a 400 mil, 
dependendo da localização e do modelo de negócio que 
você deseja montar. Já para a opção do quiosque, o 
investimento necessário gira em torno de 50 mil reais. Além 
desse investimento em estrutura, o franqueado Havaianas 
também deverá pagar a taxa de franquia para usar a marca, 
que tem um custo de 40 mil. 
 
Ainda utilizando a classificação do livro Criatividade e Inovação (2011) outra 
forma de classificar as inovações são através do impacto provocado. Sendo dividida 
em inovação incremental e radical. Quem cunhou esses termos foi Schumpeter 
em seu libro Business Cycles de 1939, no qual diferenciava os termos inovação 
incremental e radical. O intuito da definição era explicar como tecnologias podem 
criar ou destruir as ondas de prosperidade de um determinado setor. 
 
 
 
Unidade III 
http://www.empreendedoresweb.com.br/o-que-e-taxa-de-franquia/
 
 
 
49 
Criatividade e Inovação 
 
A inovação incremental se caracteriza por introduzir aperfeiçoamentos 
graduais, em um produto, processo, ou prática de gestão. Também conhecida 
como melhoria contínua dos processos e produtos. O site Na Pratica da Fundação 
Estudar, define da seguinte forma: 
 
A inovação incremental é uma melhoria em cima de outra 
inovação. Também pode ser chamada de “inovação 
marginal” ou “inovação de sustentação”. Para entender onde 
está a inovação incremental, é só pensar nas diferenças entre 
um Ford T de 1908 e o modelo mais recente da 
Lamborghini. A principal tecnologia por trás dos dois carros é 
essencialmente a mesma: um veículo com um motor de 
combustão interna que pode ser dirigido por aí. O resto é 
inovação incremental. 
 
A inovação radical é a responsável pela introdução de novos produtos ou 
serviços, processos ou práticas de gestão. Recorrendo novamente ao site Na Pratica 
da Fundação Estudar, a definição de inovação radical, fica da seguinte forma: 
 
Algo que é novo para o mercado e que traz uma grande 
mudança tecnológica, estrutural ou operacional. Para o 
instituto americano Radical Inovation Group, referência 
mundial no assunto, a definição de inovação radical é a 
seguinte: a criação de uma nova linha de negócios, tanto para 
a firma quanto para o mercado, que ofereça de 5 a 10 vezes 
mais melhorias na performance ou de 30% a 50% (ou mais) 
de redução nos custos 
 
 
 
 
 
 
Unidade III 
http://www.rinnovationgroup.com/
 
 
50 
Criatividade e Inovação 
 
Segue um pequeno comparativo entre os dois tipos de inovação. 
Inovações Incrementais Inovações Radicais 
Motor 1.6 Motor comum 
Motor 2.0 Motor flex 
Videocassete de 4 cabeças Videocassete 
De 5 cabeças DVD player 
Hambúrguer Lanchonete comum 
Hambúrguer com queijo Delivery 
 Fonte: Adaptado Criatividade e Inovação (2011) 
 
Vamos para uma última forma de classificar as inovações, desta vez feita 
baseada no material sobre Criatividade e Inovação da Universidade Interativa no qual 
a inovação é classificada em radicais, incrementais, genéricas e pervagantes. 
 As inovações radicais são as que provocam mudanças de forma pronta e 
imediata, representando uma ruptura na estrutura anterior. Elas provocam forte 
impacto na sociedade e econômicas. Como exemplo a ser citado temos a máquina 
a vapor ou o computador. 
 Inovações incrementais que produzem mudanças progressivas. Formas de 
mudar sem alterar a estrutura, pressionadas, geralmente, por ações do mercado. 
Enquadram-se nesse tipo de inovação as otimizações de processos. 
 Inovações genéricas são caracterizadas pela fusão de inovações radicais com 
incrementais, como mudança de processos com o surgimento de novos setores. 
 Inovações pervagantes são as que reúnem características das três anteriores, 
com uma ampla gama de aplicações. 
 Para terminar este capítulo deixo uma citação do dramaturgo, romancista, 
contista, ensaísta e jornalista irlandês. Bernard Shaw: 
 
 
 
 
 
Unidade III 
 
 
 
51 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENSE. “O homem razoável, adapta-se ao mundo 
como ele é. O homem não razoável procura 
transformar o mundo naquilo que ele acha que o 
mundo deveria ser. Logo, todo o progresso 
depende do homem não razoável” 
 
CONCLUSÃO. O sucesso da inovação estáintimamente relacionado com o desempenho 
financeiro. A inovação é o motor do crescimento 
econômico. Também acarreta alargados benefícios 
para a sociedade. 
Unidade III 
 
 
52 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 Compreender a necessidade do desenvolvimento da cultura de 
inovação nos ambientes. 
 
 
 
 Ciclo 04 
 Atividade Teste 
 Título: Cultura e Gestão da Inovação 
 
 
 
 
 
Unidade IV – Cultura e 
Gestão da Inovação 
Objetivos da Unidade 
 
 
Plano de Estudos 
 
 
IV 
 
 
 
53 
Criatividade e Inovação 
 
4.1 Cultura de inovação 
Parece ser consenso da necessidade de se desenvolver uma cultura de 
inovação no país e nas empresas. Porém, ainda restam dúvidas do que afinal seja 
cultura de inovação. Neste capítulo será descrito este assunto levando em 
consideração o aspecto interno e externo de uma organização. 
Vamos começar nosso estudo pelo norte americano Edgar H. Schein, um 
teórico sobre gestão, pioneiro no estudo sobre organizações e a cultura 
organizacional: 
...conceitua cultura como: Um padrão de premissas básicas 
compartilhadas que o grupo aprendeu à medida que resolvia 
seus problemas de adaptação externa e integração interna, 
que funcionou suficientemente bem para ser considerada 
válida e, portanto, para ser ensinada aos novos membros 
como o meio correto de perceber, pensar e sentir em 
relação àqueles problemas. (Schein, 1992) 
 
Figura 01: Edgar H. Schein 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.strategy-business.com 
 
 
Unidade IV 
 
 
54 
Criatividade e Inovação 
 
Para ele a cultura interna é o nome dado aos padrões de comportamento 
explícitos e implícitos desenvolvidos ao longo do tempo. Para ele os elementos da 
cultura organizacional são os comportamentos revelados no comportamento e na 
interação entre as pessoas como padrões de linguagem, de tratamento e formação 
de grupo. As normas que regem o grupo de trabalho. Os valores que regem a 
organização, confiança e responsabilidade. A filosofia que embasa as políticas 
organizacionais relacionadas a funcionários, cliente, acionistas etc. As regras de 
comportamento para novos funcionários e as regras para galgar postos na 
organização. O clima organizacional e a percepção que todos têm do ambiente de 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
Case IBM 
 
 A IBM é uma multinacional focada na área de informática. Em 1991, adotou 
uma postura “Market Driven Quality”, ou seja, seu objetivo principal era atender ao 
mercado de maneira eficiente e com muita qualidade. Os colaboradores “vestiram 
a camisa” e contribuíram para que a ação fosse um sucesso. Para a elaboração do 
case, três princípios foram fundamentais: o respeito, a melhoria no serviço prestado 
e a busca da excelência. Para motivar os funcionários, cada vez que eles 
demonstrassem interesse, não só pela empresa, mas pela área em que atuavam, 
eram elogiados em público. A partir disso, a empresa deu um passo a uma nova 
fase, denominada “Nova IBM”. 
 
 
 
EXEMPLO. Segue alguns exemplos de cases de 
cultura organizacional retirados do site 
Comunicando cultura organizacional, acesso em 
19/10/2016 
 
Unidade IV 
 
 
 
55 
Criatividade e Inovação 
 
Case GE 
 
 A General Electric – GE tem como princípios a melhora da qualidade de vida 
por meio da inovação tecnológica, a honestidade e a integridade. Nota-se, então, a 
necessidade de se adequar aos moldes de um mundo globalizado, sem que a 
empresa perdesse sua ideologia central. Alguns novos valores, como sair da zona de 
conforto – local em que a empresa se encontrava havia anos, a aceitação e 
aplicação de boas ideias, a qualidade da prestação de serviços, a cooperação entre 
as pessoas, a superação de obstáculos e barreiras encontradas e ser pioneira no 
setor em que atua, foram implantados na GE. Para alcançar os resultados 
esperados, investiu-se na gestão de talentos, no treinamento e desenvolvimento de 
pessoas, em reuniões para gerenciamento de crises e soluções estratégicas. Todo o 
processo foi divulgado aos funcionários e aos públicos por meio de ações da área 
de comunicação. 
 
Case Ambev 
 
 A Ambev é a Companhia de Bebidas das Américas. Ocupa a liderança no 
mercado cervejeiro da América Latina. Após ser julgada e condenada por práticas 
pouco ortodoxas de gestão de pessoas, em 2006, a empresa, além de melhorar as 
práticas de gestão de pessoas, também captou novos talentos e valorizou os já 
antigos. Foi criado o "Programa de Sucessores" para preparar pessoas para 
determinados cargos, antes mesmo de assumi-los. Em 2007 foi criada a 
Universidade Ambev, responsável pelo treinamento de 18 mil pessoas. Para que 
todos as pessoas envolvidas com a Ambev pudessem se beneficiar das ações, 
estabeleceram-se três princípios: um sonho para guiar e motivar a equipe em um 
caminho único, a atração de novos talentos - e recursos para mantê-los na empresa 
- e criando líderes. A Ambev foi eleita a melhor companhia no quesito 
desenvolvimento e liderança apenas dois anos após a crise de 2006. 
 
 
 PESQUISE. Veja se encontra mais algum case de 
empresas e suas culturas organizacionais 
 
Unidade IV 
 
 
56 
Criatividade e Inovação 
 
Segundo o portal da Educação, a cultura interna, ou cultura da organização, 
é o sistema de valores existente em uma empresa e que influi sobre toda a sua 
vida, inclusive as relações pessoais, marketing, atendimentos, sistemas 
administrativos, controles, produção, etc. A cultura interna serve para mediar a 
adesão dos funcionários, seu comprometimento e sua participação, subjetiva e 
objetiva, nos processos necessários para que a empresa atinja as metas a que se 
propõe. Por essas características e por sua amplitude, pode até mesmo ser 
considerada como fazendo parte do marketing. 
Após definirmos cultura interna, quais seriam os passos para criar um 
ambiente inovador em uma determinada instituição? 
Para o diretor da Siemens Ronald Dauscha a cultura da inovação é 
caracterizada como a “ausência de comportamentos, regras e ambientes que 
impeçam o desenvolvimento do ímpeto natural das pessoas em sugerir melhorias e 
inovações, aliada a um conjunto de visões, procedimentos e recursos que 
potencializem estas iniciativas”. Uma cultura da inovação só terá terreno fértil para 
estabelecer processos alinhados, focados e contínuos se não existirem obstáculos 
internos – muitas vezes ocultos - que possam barrar, de saída, fantásticas ideias ou 
sofisticadas visões estratégicas. 
 
 
 
 
 
 
- Seja intencional com intenção de inovar: qualquer ambiente de verdadeira 
inovação deverá ter como objetivo primário a definição do que se pretende mudar. 
É necessário a intenção e consciência das pretensões, e se essas pretensões passam 
pela inovação, então que se crie uma missão e visão de acordo com essa vontade. 
 
- Crie uma estrutura para o tempo não estruturado: a inovação necessita de 
tempo para seu desenvolvimento, porém apagando fogo não se tem tempo para 
EXEMPLO. O portal mexxer.com publicou em 
junho de 2013, de autoria 
de Hugo Sousa, seis formas de criar uma cultura 
de inovação. São elas: 
 
 
Unidade IV 
 
 
 
57 
Criatividade e Inovação 
inovar ou pensar no futuro. No sentido inverso deste panorama surgem empresas 
como a 3M e a Google que dão aos colaboradores cerca de 10% do seu tempo de 
trabalho para estes experimentarem novas ideias. 
 
- Entre em cena e saia quando não for necessário: Um bom exemplo desta prática 
é o tal tempo livre dado aos colaboradores de uma empresa. A sua entrada em 
cena é representada pelo tempo livre que permite ao colaborador. A sua saída é 
quando o funcionário decide o que vai fazer com esse tempo. De uma forma mais 
generalista, esta ideia passa por dotar os seus colegas das melhores ferramentas, 
aquelas que lhes permitam experimentar novas tecnologias, produtos e até 
processos. É uma boa política. Agora saia decena. Todos os envolvidos num 
processo de inovação (atenção, um processo de inovação pode levar anos, 
décadas) deverão ter uma estrutura e apoio suficiente que os ajude “a navegar na 
incerta e explorar o processo criativo sem o sufocar,” diz Soren Kaplan, diretor da 
consultoria InnovationPoint. 
 
- Meça o que tem verdadeiro significado: Para muitas organizações, o problema não 
passa por surgir com novas ideias. De fato, até podem ter uma mão cheia delas. O 
problema surge quando se trata de medir o valor dessas ideias. O grande desafio da 
inovação não é somente inovar – é inovar para criar impacto. A questão é: que 
métricas deverão ser medidas? 
 
- Dê recompensas que valham a pena e tenham valor: Para Kaplah, reconhecer o 
sucesso é crítico, mas a maioria das empresas param por aí. Um prêmio anual para 
o mais inovador não é suficiente para catalisar uma cultura de inovação. As 
recompensas formais são boas a curto-prazo – mas não mantém as pessoas 
altamente motivadas. 
 
- Crie símbolos: “Os símbolos representam os valores fundamentais de uma 
organização e eles surgem sobre muitas formas – declarações de valores, prêmios, 
história de sucesso, flyers nos corredores, frases etc. Aqueles que criam símbolos de 
inovação nas suas empresas estão a criar a cultura de inovação,” diz Kaplan. 
 
 
Unidade IV 
 
 
58 
Criatividade e Inovação 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com Priscila Zuini, no portal Exame.com, implantar uma coisa 
nova na empresa não significa que ela seja inovadora. “Inovação é diferente de 
novidade. As pequenas empresas têm muita sede de buscar coisas novas. Inovação 
é fruto de processos e nessas empresas eles nem sempre estão bem definidos”. 
Para não confundir, lembre-se que inovação parte do princípio de que existe um 
objetivo a ser alcançado. Para isso, existe um cronograma e pontos de checagem, 
que definem a direção e a velocidade certas para chegar ao resultado esperado. 
 
4.2 Gestão da inovação e mudanças. 
Drucker apresenta as possíveis fontes de inovação em sua obra Inovação e 
Espírito Empreendedor (1987). 
 
Figura 02: Drucker 
 
Fonte: www.admeorg.com 
 
CONCLUSÃO. É necessário se ter em mente que a 
inovação não é mais do que ir buscar em vez de 
esperar. Se as organizações não têm histórias que 
transmitam os seus valores, então comecem a busca 
voluntária e criem os seus próprios valores. 
 
Unidade IV 
 
 
 
59 
Criatividade e Inovação 
 
O autor cita a existência de sete diferentes fontes de inovação e, aborda 
detalhadamente a origem de cada uma delas. Das sete fontes, as primeiras quatro 
estão dentro das organizações (sejam elas públicas ou privadas). Elas são visíveis e 
sintomáticas. Porém, elas são indicadores bastante confiáveis de mudanças que já 
ocorreram ou que podem ser provocadas com um pequeno esforço. Essas quatro 
fontes são: o inesperado, a incongruência, a inovação baseada na necessidade do 
processo e mudança na estrutura do setor industrial ou na estrutura do mercado 
que apanham a todos desprevenidos. 
O segundo grupo de fontes para a oportunidade inovadora, um conjunto de 
três delas, implica mudanças fora da empresa ou do setor, são elas: as mudanças 
demográficas, mudanças em percepção, disposição e significado e conhecimento 
novo, tanto científico como não científico. 
 
1- A primeira fonte de inovação: O inesperado 
 Esta fonte de inovação tende a ser relegada a segundo plano nas 
organizações, porém é uma rica oportunidade. 
Sucesso inesperado: é um desafio para o julgamento das organizações, para 
explorá-lo requer análises. Ele pode estar relacionado com comportamentos, 
expectativas, e valores de um número substancial de consumidores. O sucesso 
“inesperado” força as organizações aos questionamentos: “Que mudanças básicas 
são apropriadas para definirmos nossos negócios? Nossos Mercados?” Se estes 
questionamentos puderem ser respondidos pelas organizações, provavelmente 
oportunidades recompensadoras e menos arriscadas serão geradas. O sucesso 
inesperado é uma grande oportunidade, mas ele exige ser levado a sério pelas 
organizações, exige seriedade e recursos. 
 Um exemplo desta situação é o caso da DuPont, que por 30 anos, se 
restringiu a produzir munição e explosivos. Na década de 20 ela organizou seus 
primeiros esforços de P&D em outras áreas, uma delas a de química de polímeros, 
que foi impulsionada por um acidente ocorrido em um de seus laboratórios. A 
partir daí a vocação para a produção de itens no mercado bélico perdeu 
importância para os produtos químicos. 
 
 
Unidade IV 
 
 
60 
Criatividade e Inovação 
 
Figura 03: DuPont 
 
Fonte: http://www.logweb.com.br/dupont-anuncia-novo-presidente-para-america-latina/ 
 
Fracasso inesperado: raramente são percebidos com sintomas de oportunidades. 
Um considerável número de fracassos são, naturalmente, nada mais que erros, são 
resultados de participação irrefletida ou incompetência, no projeto ou na execução. 
Porém, se algo falha a despeito de ser cuidadosamente planejado, cuidadosamente 
desenhado e conscienciosamente executado, o fracasso resultante, muitas vezes 
revela oportunidades. 
 
Evento externo inesperado: são eventos que acontecem fora da organização que 
podem se tornar uma fonte de inovação. Uma condição para explorar o sucesso do 
evento inesperado externo é que ele se enquadre no conhecimento e capacitação 
do próprio negócio. O evento inesperado externo pode ser uma oportunidade 
para aplicar a competência especializada já existente na empresa para uma nova 
aplicação, uma que não altere a natureza do negócio. 
 Um exemplo de inesperado é apontado no site Endeavor Brasil, escrito por 
André Rezende, acesso em 20 de outubro de 2016: 
 
Tenho um exemplo na minha própria empresa para 
apresentar: a Prática fabrica equipamentos para cozinhas 
profissionais e de um certo tempo para cá vimos percebendo 
Unidade IV 
 
 
 
61 
Criatividade e Inovação 
uma venda cada vez maior para residências de alto padrão. 
Este fato foi identificado como oportunidade e agora 
cuidamos de adaptar produtos, serviços e canais de 
distribuição para este novo grupo de clientes alvo. O fracasso 
inesperado da instituição, ou de preferência do concorrente, 
é um motivador para ir ao mercado, escutar e buscar 
entender se há aí uma oportunidade escondida. O sucesso 
das megalivrarias no Brasil, considerado um país de poucos 
leitores, é um evento inesperado – será que estamos fazendo 
as suposições certas sobre o nosso mercado e nossos 
clientes? 
 
2 - A segunda fonte de inovação: A incongruência 
Uma incongruência é a mesma coisa que uma discrepância, uma dissonância, 
entre o que é e o que “deveria ser” e entre o que é e o que é percebido pelos 
outros. Ainda assim, uma incongruência é um sintoma de uma oportunidade para 
inovar. Ela aponta uma “falha” latente. 
Esta incongruência gera instabilidade capaz de despertar esforços de 
pequena monta que poderão mover grandes massas e talvez ocasionar uma 
reestruturação da configuração econômica ou social. 
A incongruência é claramente perceptível às pessoas de dentro ou ligadas 
ao setor, mercado ou processo. 
Como exemplo de incongruência temos realidades econômicas 
incongruentes. Se a demanda por um produto ou serviço está crescendo em ritmo 
acelerado, seu desempenho econômico deverá acompanhar o mesmo ritmo. No 
entanto, em função de fatores macroeconômicos isto pode não ocorrer. Uma 
política de taxação, uma barreira fitossanitária, entre outras ações, são exemplos de 
fatos geradores de oportunidades de inovação. 
Sempre que indivíduos ou organizações interpretam mal a realidade, sempre 
que eles partem de pressupostos errôneos, seus esforços mostram-se inúteis. Há, 
então, uma incongruência que, mais uma vez, oferece oportunidade para a inovação 
bem-sucedida para quem quer que a perceba e a explore. 
Produtores e fornecedores quase sempre interpretam

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