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Redução ao valor recuperável de ativos

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO / CAMPUS CODÓ 
BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS – VALE S.A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CODO – MA 
2023
 
CAMILE VITÓRIA RODRIGUES LIMA 
EDERSON DASSLER GONÇALVES DE SOUSA 
 LUIZ HENRIQUE DOS SANTOS NASCIMENTO 
 PAULIANE DE SOUSA FREITAS 
RAYSE DANIELE PEREIRA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS – VALE S.A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CODO – MA 
2023 
 
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS – VALE S.A. 
1. Conceito, Objetivo e Aplicação 
Decorrente do processo de convergência das normas internacionais de contabilidade foi 
aprovado o pronunciamento Técnico 01 (CPC 01 R1), que trata da redução ao valor recuperável 
de ativo, mais comumente conhecido como teste de Impairment ou teste de recuperabilidade. 
O teste de recuperabilidade visa demonstrar qual o valor real líquido de realização de 
um ativo, ou seja, qual o seu valor recuperável. Ele foi criado pela reforma na lei das sociedades 
anônimas, Lei 11.638/2007 que alterou e revogou dispositivos da Lei no 6.404/1976, e da Lei 
no 6.385/1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e 
divulgação de demonstrações financeiras, tornando obrigatório o teste dos bens que compõe o 
imobilizado e o intangível para as sociedades anônimas e as consideradas de grande porte. 
Passando o art. 183, § 3º a vigorar com a seguinte redação: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: § 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a 
recuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim 
de que sejam: I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver 
decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou 
quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação 
desse valor; ou II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da 
vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. 
 
O CPC 01 R1 tem como finalidade apresentar de forma mais conservadora o valor real 
dos ativos não circulantes. Podendo essa realização ser auferida por meio de venda ou utilização 
do bem nas atividades. Seu objetivo é estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar 
para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus 
valores de recuperação. Esse pronunciamento também especifica quando a entidade deve 
reverter um ajuste para perdas por desvalorização e estabelece as divulgações requeridas. 
 Em regra, o CPC 01 deve ser aplicado na contabilização de todos os ativos ou conjuntos 
de ativos relevantes relacionados às atividades da empresa. Entretanto, este Pronunciamento 
não se aplica aos ativos que possuem regras específicas, como: estoques; ativos originários de 
contratos de construção; ativos fiscais diferidos; ativos que surgem de benefícios de 
empregados; ativos financeiros; propriedades para investimento mensuradas ao valor justo; 
ativos biológicos mensurados ao valor justo líquido dos custos de venda; ativos que surgem de 
contratos de seguros; ativos mantidos para a venda. 
Em relação aos ativos financeiros, esse pronunciamento é aplicado somente aos 
investimentos em controladas, coligadas e em empreendimentos controlados em conjunto. No 
CPC 01 são utilizados termos com significados específicos, tendo como principais termos: 
 
Valor recuperável: definido conforme Resolução CFC 1.292/2010, § 18 como sendo o 
maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora 
de caixa e o seu valor em uso; 
Unidade geradora de caixa: É o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de 
caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros 
ativos ou outros grupos de ativos; 
Valor justo: é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela 
transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na 
data de mensuração; 
Valor em uso: Valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um 
ativo ou de unidade geradora de caixa; 
Valor contábil: Se refere ao montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois 
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para 
perdas. 
 
2. Identificação, Mensuração e Reconhecimento de Perdas 
Na contabilidade há uma regra sobre o ativo que é: nenhum ativo pode ser registrado 
por um valor superior ao benefício econômico que ele vai gerar no futuro. Desse modo, o CPC 
01 R1 diz quando um valor recuperável de ativo imobilizado e intangível deve ser determinado, 
para verificar se o ativo está registrado de forma superavaliado. 
CPC 01 R1 orienta que a entidade identifique o valor contábil do ativo e o seu valor 
recuperável. O valor recuperável será mensurado através do confronto do seu valor em uso e o 
valor justo líquido das despesas de venda, utilizando o maior valor entre eles, sendo esse 
considerado o valor recuperável do ativo. 
Se o ativo estiver registrado com valor contábil que excede o seu valor recuperável pelo 
uso ou pela venda, ele é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas. Ainda que 
nenhuma perda seja reconhecida para o ativo imobilizado ou intangível, mas se houver 
desvalorização que influencie na revisão e ajuste sobre a vida útil remanescente, o método de 
depreciação, amortização e exaustão ou valor residual para o ativo de acordo com os 
Pronunciamentos Técnicos aplicáveis ao ativo deverá ser realizado o teste de recuperabilidade. 
Considerando as seguintes indicações e fontes externas de informação: 
 
1. Indicação observável de que o valor do ativo diminuiu significativamente durante o 
período; mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou do seu 
uso normal 
2. Percepção de que no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal 
ocasionaram efeito adverso sobre os ativos que a empresa utiliza nesse mercado. 
3. Quando aumentar a taxa de jurou outras taxas de mercado de retorno sobre 
investimentos de forma que diminua significativamente o valor recuperável do ativo. 
4. Quando o valor contábil do patrimônio líquido for maior que o valor de suas ações no 
mercado. 
 
Considerando as seguintes indicações e fontes internas de informação: 
1. Quando um ativo sofre dano físico ou quando perceber que está ficando obsoleto; 
2. Quando há planos de descontinuidade da operação que aquele ativo pertence, na 
inatividade ou ociosidade, planos para baixa do ativo antes do esperado; 
3. Evidencia através de relatório interno que o desempenho econômico de um ativo está 
sendo ou será pior do que o esperado anteriormente. (Ex.: Prejuízo operacional gerado pelo 
ativo, necessidade de caixa subsequentes para operar ou manter o ativo); 
 
3. Periodicidade 
A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação de 
que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve 
estimar o valor recuperável do ativo. 
Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor 
recuperável, a entidade deve: 
 Testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um 
ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para 
uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor 
recuperável pode ser executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja 
executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor 
recuperável testado emperíodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram 
inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, devem ter a redução ao valor recuperável 
testada antes do fim do ano corrente; e 
 Testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill) em 
combinação de negócios. 
 
 Então no final do exercício, que o CPC chama de período de reporte, a empresa vai olhar 
para os seus imobilizados e intangíveis, e vai ver se existe indícios de desvalorização, se tiver 
indicio de desvalorização, ela faz o teste de recuperabilidade, se não tiver, o teste está 
dispensado. Porém existe 3 ativos que devem ser testados anualmente, independentemente de 
ter indicio ou não, que são: Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill); 
Intangível com vida útil indefinida; Intangível não definido para uso. 
 Então esses três ativos devem ser testados anualmente, o ativo intangível é amortizável 
só que quando o intangível não tem uma vida útil definida, a empresa usa de forma indefinida, 
então ele não amortiza, quando a entidade tem um intangível que ainda não está disponível para 
uso, ela não deprecia esse ativo. O ativo intangível é amortizado apenas quando é disponível 
para uso. 
 Quando um intangível e um imobilizado for usado normalmente, mesmo que você 
reconheça a perda por recuperabilidade, como ele está sendo depreciado/amortizado, o valor 
dele vai diminuindo com o passar do tempo, contudo no caso desses três ativos, se a empresa 
não fizer o teste, eles vão ficar lá pra sempre registrados com o valor de aquisição, por isso que 
o CPC fala, que ágio, intangível com vida útil indefinida e intangível não disponível para uso, 
tem que fazer o teste de recuperabilidade anualmente. 
 Lembrando que o teste de recuperabilidade é diferente de perda, o teste é quando a empresa 
vai testar se seu ativo está ou não superavaliado, e a perda ocorre quando a empresa fez o teste 
e viu que seu ativo está superavaliado, então a perda é posterior ao teste. 
 
4. Caso Ilustrativo – VALE S.A. 
A Vale S.A. é uma das maiores empresas mineradora do mundo, de capital aberto, com 
sede no Rio de Janeiro – Brasil, e presente em 37 países. No final de 2012, a Vale encerrou seu 
último trimestre com um prejuízo de US$ 2,6 bilhões após diversas baixas contábeis que se 
somaram US$ 5,6 bilhões, acarretando em um resultado trimestral negativo histórico, e parte 
dessa perda referiu-se ao reconhecimento de Impairment (deterioração) de alguns dos ativos da 
empresa. O teste de Impairment refere-se a uma avaliação para verificar se os ativos da empresa 
estão desvalorizados, ou seja, se o seu valor contábil excede seu valor recuperável. Como já 
visto, sempre que o valor recuperável for inferior ao valor contabilizado, o resultado do teste 
deve ser contabilizado (registrando a baixa contábil dessa diferença). Caso o valor recuperável 
seria maior que o valor contábil, o ativo deve permanecer com o valor original registrado. 
Alguns recortes das demonstrações contábeis e relatórios de produção emitidos pela 
Vale em fevereiro de 2013, referente a essas perdas por impairment (quarto trimestre de 2012). 
 
 
Tabela 1. Resultado do Impairment de Ativos – VALE S.A. 
Impairment de Ativos – VALE S.A. 
 R$ Milhões 
Ativos 8.211 
Onça Puma 5.770 
Ativos de Carvão da Austrália 2.139 
Ativos de óleo e gás 196 
Vermelho 106 
Investimentos 4.002 
Hydroparticipação de 22% 2.026 
CSA 1.804 
VSE 172 
Total 12.213 
 
Lucro Líquido 
Em 2012 o lucro líquido da empresa foi de R$ 22,182 bilhões, 43,4% abaixo dos valores 
de 2011 (R$ 39,169 bilhões). No quarto trimestre de 2012, o lucro líquido básico foi de R$$ 
4,102 bilhões, resultado menor que o terceiro trimestre (R$ 4,613 bilhões). Além das perdas 
por impairment apresentadas na tabela 1, outras perdas também impactaram diretamente no 
resultado como as perdas na venda de ativos, marcação a mercado das debêntures participativas, 
câmbio e perdas monetárias, etc. Considerando itens não caixa e não recorrentes, o lucro líquido 
de R$ 4,102 bilhões no quarto trimestre, se torna uma perda de R$ 5,628 bilhões, devido ao 
impairment de ativos (R$ 8,211 bilhões), impairment de investimentos (R$ 4,002 bilhões) e 
outras perdas (R$ 4,341 bilhões). 
 
Redução ao Valor Recuperável de Ativos (Impairment) 
No exercício de 2012 foram identificadas evidências de perda de valor recuperável em 
alguns investimentos em coligadas e controladas em conjunto e ativo imobilizados das unidades 
reportáveis de níquel, alumínio, carvão e outros produtos. Segue abaixo, os ajustes de 
Impairment: 
Tabela 2. Resultado dos Investimentos e Imobilizado 
31 de Dezembro de 2012 
 
Produto Unidade Reportadora 
Valor 
Contábil 
Líquido 
Valor 
Recuperável 
Ajuste de 
Impairment 
Investimento 
Alumínio Norsk Hydro ASA 3.212 2.237 975 
Siderurgia Thyssenkrupp CSA 936 353 583 
Energia Vale Soluções de Energia 100 17 83 
 4.248 2.607 1.641 
Imobilizado 
Níquel Onça Puma 3.779 930 2.849 
Carvão Austrália 1.619 590 1.029 
Outros 185 40 145 
 5.583 1.560 4.023 
Total 9.831 4.167 5.664 
 
Existem inúmeros fatores que podem afetar nos resultados da empresa, principalmente 
quando fazemos o teste de impairment pra identificar possível ajustes a serem feitos nos 
resultados. A volatilidade nos preços do alumínio, além de incertezas macroeconômicas 
contribuíram para uma redução do valor de mercado da participação de 22% na Hydro 
(Produtora de Alumínio); As mudanças nos investimentos realizados na companhia de energia 
alterou o fluxo de caixas esperados; Problemas nos fornos de Onça Puma nas operações de 
Ferro-Níquel paralisaram suas operações por longos períodos; Crescimento nos custos, redução 
do preço de mercado foram algumas das evidências identificadas no segmento de carvão; Além 
de outras alterações relacionadas a expectativa dos fluxos de caixa de outras operações da 
companhia (Óleo, gás e outros). 
De acordo com os dados apresentado, os ajustes de impairment implicam em perdas 
significativas nos resultados dos relatórios contábeis de uma empresa, identificando se o valor 
registrado no ativo é maior ou não que o seu potencial gerador de benefícios financeiros para a 
empresa, nos casos em que o seu valor contábil é maior, exige-se a necessidade de reduzir 
(redução ao valor recuperável de ativos). 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
CPC-01: Redução do Valor Recuperável de Ativos. BLB Brasil Blog. Disponível em: 
<https://www.blbbrasil.com.br/blog/cpc-01-reducao-do-valor-recuperavel-de-ativos/>. Acesso 
em: 28 dez. 2022. 
 
CONTABILIDADE FACILITADA. CPCs Resumidos: CPC 01 e 04 | Teste de 
Recuperabilidade e Intangível. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=7OFxm-
q7Y2w>. Acesso em: 28 dez. 2022. 
 
Lemes, S., Campos, L. C., Alves, R. D. S., & Almeida, N. S. (2014). Casos para ensino em 
contabilidade societária. São Paulo, SP, Atlas

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