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Curso: Contabilidade Geral e Avançada 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 1 de 133 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 04 
Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ 
SEFAZ GO 
Professor: Feliphe Araújo 
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 Curso: Contabilidade Geral e Avançada 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 2 de 133 
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Sumário 
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 
2 – Ativo Imobilizado ........................................................................... 4 
2.1 – Reconhecimento do Imobilizado ........................................................................................... 5 
2.2 – Custos iniciais do Ativo Imobilizado ...................................................................................... 5 
2.3 – Tratamento de Reparo e Conservação de bens do Ativo ...................................................... 6 
2.4 – Avaliação do Ativo Imobilizado ........................................................................................... 10 
3 - Depreciação, Amortização e Exaustão .......................................... 11 
3.1 - Depreciação.......................................................................................................................... 12 
3.1.1 - Métodos de Depreciação .............................................................................................. 16 
3.1.2 - Depreciação Acelerada ................................................................................................. 18 
3.1.3 - Depreciação de bens usados ......................................................................................... 18 
3.2 - Amortização ......................................................................................................................... 20 
3.3 - Exaustão ............................................................................................................................... 21 
3.4 – Mudança de Estimativa de Vida Útil ................................................................................... 22 
4 – Ativo Intangível ........................................................................... 25 
4.1 – Reconhecimento de um ativo intangível ............................................................................. 28 
4.2 – Ativo intangível gerado internamente ................................................................................ 28 
4.2.1 – Fase de pesquisa........................................................................................................... 29 
4.2.2 – Fase de desenvolvimento ............................................................................................. 29 
4.3 – Ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios ............................................ 32 
4.4 – Goodwill gerado internamente ........................................................................................... 33 
4.5 – Reconhecimento de despesa .............................................................................................. 33 
4.5.1 – Despesa anterior não reconhecida como ativo ............................................................ 34 
4.6 – Avaliação do Intangível ....................................................................................................... 34 
4.6.1 – Ativo Intangível com Vida Útil Definida ........................................................................ 35 
4.6.2 – Ativo Intangível com vida útil indefinida ...................................................................... 36 
5 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos ..................................... 36 
5.1 – Periodicidade do Teste de Recuperabilidade ...................................................................... 43 
5.2 – Identificação de ativo que pode estar desvalorizado ......................................................... 43 
5.3 – Reconhecimento e Mensuração de Perda por Desvalorização ........................................... 44 
Aula 04 – CPC 27 - Ativo Imobilizado. CPC 04 - Ativo Intangível. 
Tratamento das Depreciações, amortização e exaustão. CPC 01 - 
Redução ao valor recuperável de ativos. 
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 Curso: Contabilidade Geral e Avançada 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 3 de 133 
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5.4 – Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill) ........................................... 48 
5.5 – Reversão de perda por desvalorização ............................................................................... 53 
5.6 – Divulgação das perdas e reversões ..................................................................................... 54 
6 - Alienação e baixa de itens do ativo ............................................... 55 
7 – Resumo da Aula ........................................................................... 60 
8 – Mapas Mentais da Aula ................................................................ 72 
9 – Questões Comentadas ................................................................. 74 
10 – Lista de Exercícios ................................................................... 118 
11 – Gabarito ................................................................................... 133 
 
 
 Olá queridos alunos, tudo bem? 
Sejam bem-vindos à quarta aula do curso de Contabilidade Geral e 
Avançada para os futuros Auditores Fiscais da SEFAZ GO. 
Estamos avançando bem e a cada dia subimos um degrau rumo à sua 
aprovação. Hoje, vamos tratar sobre alguns tópicos que estão diretamente 
ligados a assuntos da aula passada, ou seja, relacionados aos ativos. 
 Os assuntos abordados nesta aula estão sendo muito cobrados pelas 
bancas, com questões recentes. As bancas têm colocado questões específicas 
de determinado assunto, bem como questões que tratam de vários assuntos 
desta aula. Por isso, atenção total nesta aula. 
 Não se preocupe com a quantidade de páginas, porque mais de 
60% dessa aula é composta de exercícios e do resumo, que são 
utilizados para fixação da matéria e futuras revisões. 
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. 
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o 
nosso curso. 
Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para 
aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. 
Treinar é preciso. 
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! 
Vamos começar a nossa aula! 
Um forte abraço, Feliphe Araújo. 
 
 
1 - INTRODUÇÃO 
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Prof. Feliphe Araújo 4 de 133 
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Segundo o art. 179, IV, da Lei 6.404/76, são classificados no ativo 
imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com 
essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiramà 
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. 
De acordo com o CPC 27 (Ativo Imobilizado), que está em perfeita 
consonância com a Lei das S.A., ativo imobilizado é o item tangível que: 
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou 
serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e 
(b) se espera que sejam usados durante mais do que um período. 
 
Em outras palavras, os itens classificados no ativo imobilizado precisam 
ter as seguintes características: bens tangíveis (existência física), utilizados pela 
entidade na manutenção das suas atividades e vida útil maior que um ano. 
Exemplos de bens classificados no ativo imobilizado: as edificações, 
os terrenos utilizados pela empresa, os veículos, as máquinas e equipamentos, 
os móveis e utensílios, o estoque de peças e partes de reposição, as benfeitorias 
em propriedades de terceiros (quando o custo for pago pela empresa locatária). 
Um item tangível que seja utilizado por menos de um ano deve ser 
considerado despesa do período. 
Sobre o termo “aluguel para outros”, é necessária uma explicação. Só é 
considerado ativo imobilizado os bens tangíveis alugados que estejam 
diretamente ligados à atividade operacional da entidade. Por exemplo, um 
edifício alugado para os funcionários ou para alguma empresa do grupo, como 
está servindo aos interesses do negócio, deve ser classificado como ativo 
imobilizado. Ainda, os veículos de empresas de locação de veículos são 
exemplos de imobilizados alugados. 
Porém, se a empresa possui um terreno que é alugado a terceiros e o 
objetivo é obter renda, este bem deve ser classificado como Ativo Investimento. 
Esquematizando: 
 
Bens destinados 
para aluguel
quando estiver vinculado a 
ativo complementar na 
produção ou no 
fornecimento de bens ou 
serviços 
Ativo Não Circulante 
Imobilizado
quando estiver vinculado a 
um investimento em si 
mesmo, com o objetivo de 
obter renda
Ativo Não Circulante 
Investimento
2 – Ativo Imobilizado 
 
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O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como 
ativo se, e apenas se: 
(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item 
fluirão para a entidade; e 
(b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente. 
Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso 
interno são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera 
usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser utilizados 
somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são contabilizados 
como ativo imobilizado. 
A entidade avalia segundo esse princípio de reconhecimento todos os seus 
custos de ativos imobilizados no momento em que eles são incorridos. Esses 
custos incluem custos incorridos inicialmente para adquirir ou construir um item 
do ativo imobilizado e os custos incorridos posteriormente para renová-lo, 
substituir suas partes, ou dar manutenção ao mesmo. 
 
 
O custo de um item do ativo imobilizado compreende: 
(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e 
impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos 
comerciais e abatimentos; 
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no 
local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma 
pretendida pela administração; 
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e 
de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos 
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido 
ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades 
diferentes da produção de estoque durante esse período. 
 
Exemplos de custos diretamente atribuíveis ao imobilizado: 
(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no 
Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes 
diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado; 
(b) custos de preparação do local; 
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); 
2.1 – Reconhecimento do Imobilizado 
 
2.2 – Custos iniciais do Ativo Imobilizado 
 
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(d) custos de instalação e montagem; 
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando 
corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de 
qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais 
como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e 
(f) honorários profissionais. 
 
Exemplos que não são custos atribuíveis ao ativo imobilizado: 
(a) custos de abertura de nova instalação; 
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo 
propaganda e atividades promocionais); 
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para 
nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e 
(d) custos administrativos e outros custos indiretos. 
 
O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo 
imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais 
pretendidas pela administração. 
Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação 
de um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os 
seguintes custos: 
(a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar 
nas condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou 
está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total; 
(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a 
demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e 
(c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as 
operações da entidade. 
 
 
Após o registro inicial, o imobilizado pode ter custos subsequentes. 
Estes são gastos com a manutenção do ativo, que não necessariamente irão 
se traduzir em despesas do exercício. A entidade fica sujeita a assumir gastos 
com a manutenção de ativos, a fim de aumentar a vida útil do bem ou mantê-
los em pleno funcionamento. Doutrinariamente, dividimos tais gastos em duas 
categorias: gastos de capital ou gastos do período. 
2.3 – Tratamento de Reparo e Conservação de bens do Ativo 
 
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Alguns itens do ativo imobilizado podem requerer paradas programadas, 
como por exemplo, um forno que requer novo revestimento após um número 
específico de horas de uso; ou as paredes internas de um edifício, que 
necessitam de substituição em intervalos regulares. Nesses casos, a entidade 
reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo da peça 
reposta desse item quando o custo é incorrido se os critérios de reconhecimento 
forem atendidos. 
Uma condição para continuara operar um item do ativo imobilizado (por 
exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções importantes 
em busca de falhas, independentemente das peças desse item serem ou não 
substituídas. Quando cada inspeção importante for efetuada, o seu custo é 
reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como uma 
substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. 
Para demonstrar, vamos supor que um equipamento, cujo valor original 
seja de R$ 10.000,00, apresente um problema em sua estrutura, exigindo 
reparo imediato. O serviço de reforço da estrutura foi orçado em R$ 2.000,00. 
Quando a entidade efetuar tal reparo, o lançamento a ser realizado para 
registro deverá ser: 
Lançamento para registro dos gastos de capital: 
Equipamento (ativo imobilizado) 
Caixa .............................. 2.000,00 
 
O saldo final bruto do ativo imobilizado ficará em R$ 12.000,00 (antes da 
incidência da depreciação e de eventuais perdas para ajuste ao valor 
recuperável). 
Vamos ver agora os gastos do período. 
Gastos de 
capital
são os gastos relacionados ao ativo imobilizado que irão 
beneficiá-lo por mais de um exercício social 
deverão ser adicionados ao custo do ativo, desde que 
atendam as condições de reconhecimento de um ativo
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De acordo com o CPC 27 – Ativo imobilizado, a entidade não reconhece 
no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção 
periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado 
quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os 
custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de 
pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo 
para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado. 
Conforme evidencia o Manual de Contabilidade Societária do FIPECAFI, 
na prática a distinção entre gastos do período e gastos de capital pode não 
ser das tarefas mais fáceis. Portanto, é bastante importante a atenção a 
princípios bem estabelecidos. Em geral, as empresas adotam o critério de 
materialidade e relevância dos gastos para enquadrá-los como de capital ou do 
período. Itens de baixo valor, como peças de reposição e insumos utilizados 
para a realização de reparos podem ser classificados como gastos do período. 
Quando, por outro lado, os dispêndios são relevantes, ou quando 
envolvem a adição de novas peças que trazem novas funcionalidades ao 
equipamento, os gastos relacionados à aquisição e instalação destas peças são 
adicionados ao custo do imobilizado. 
Segundo o CPC 27, os gastos efetuados com sobressalentes, peças de 
reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno que a entidade adquire 
são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera utilizá-los 
por mais de um período (portanto, não se prestam à venda, mas para uso sobre 
o ativo imobilizado). Do mesmo modo, se estes elementos somente puderem 
ser utilizados em conexão com itens do ativo imobilizado, eles também deverão 
ser contabilizados como ativo imobilizado. 
Em provas, normalmente a conta Peças e Conjunto de Reposição é 
apresentada como de ativo imobilizado, mesmo sem indicação do tempo pelo 
qual a entidade espera utilizá-la. Além disso, quando os estoques de peças e 
conjunto de reposição estiverem vinculados a outros itens de imobilizado (como, 
peças de máquinas ou de veículos) de maneira evidente, ela também deverá 
ser classificada no ativo imobilizado. 
Gastos do 
período
são os gastos de "manutenção e reparo", necessários 
para manter o imobilizado em condições operacionais, mas 
que se limitam a um único exercício.
não deverão ser adicionados ao custo do ativo 
esses custos são reconhecidos no resultado quando 
incorridos
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Estoques e peças para reposição não devem ser depreciados, exceto se 
estiverem disponíveis para uso (no local e em condição de funcionamento na 
forma pretendida pela administração). 
Esquematizando: 
Custos Gastos Reconhecimento 
Manutenção e 
reparos 
Gastos do período São reconhecidos no resultado 
quando incorridos 
Peças e reposição ou 
paradas programadas 
Gastos de capital São reconhecidas no valor 
contábil do ativo imobilizado 
 
 (FCC/SEFAZ – SP/2013) Os gastos do Departamento de 
Manutenção e Reparos de um Laticínio para realizar a pintura do imóvel onde 
está localizada a Administração Geral da empresa devem ser classificados, no 
período em que foram incorridos, como: 
a) imobilização. 
b) investimento. 
c) despesa. 
d) custo. 
e) perda. 
Resolução: 
De acordo com o CPC 27 – Ativo imobilizado, a entidade não reconhece no valor 
contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do 
item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado quando 
incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os custos de 
mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas 
peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo para 
“reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado. 
Esquematização: 
Custos Gastos Reconhecimento 
Manutenção e 
reparos 
Gastos do período São reconhecidos no resultado 
quando incorridos 
Peças e reposição ou 
paradas programadas 
Gastos de capital São reconhecidas no valor 
contábil do ativo imobilizado 
 
Portanto, os gastos do Departamento de Manutenção e Reparos de um Laticínio 
para realizar a pintura do imóvel onde está localizada a Administração Geral da 
empresa devem ser classificados, no período em que foram incorridos, como 
despesa. Gabarito: Letra C. 
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De acordo com a Lei 6404/76, art. 183: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo 
os seguintes critérios: 
(.........................) 
V - Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, 
deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou 
exaustão; 
(.........................) 
§ 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e 
intangível será registrada periodicamente nas contas de: 
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que 
têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, 
ação da natureza ou obsolescência; 
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital 
aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e 
quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto 
sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; 
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua 
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, 
ou bens aplicados nessa exploração.Explicando, o imobilizado deve ser registrado inicialmente pelo seu custo 
de aquisição. Uma vez registrado, o ativo imobilizado que estiver disponível para 
uso, ou seja, em condição de funcionamento na forma pretendida pela 
administração, deverá ser depreciado. 
A conta de Depreciação Acumulada registra o total das despesas de 
depreciação incorridas ao longo da vida útil do bem, sendo conta retificadora de 
ativo. 
Além do reconhecimento das despesas de depreciação, a entidade deverá 
realizar, periodicamente, teste de recuperabilidade (Impairment) para seus 
ativos imobilizados, com o objetivo de verificar se o valor contábil destes 
ativos está superior ao valor recuperável de uso ou alienação (iremos ver 
este tópico nesta aula). 
Vamos agora estudar depreciação, amortização e exaustão. 
 
 
2.4 – Avaliação do Ativo Imobilizado 
 
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Inicialmente, esclareço que esse tópico está muito ligado também ao 
ativo intangível, por isso, este ativo será abordado de uma forma bem geral, 
pois iremos detalhá-lo no tópico seguinte. 
Segundo o artigo 179, IV e VI, da Lei 6.404/76, classificam-se, 
respectivamente, no Ativo Imobilizado e no Ativo Intangível: 
 
 
Regra geral, os bens e direitos de natureza permanente, cuja vida útil 
(bens) ou prazo de exercício (direitos) seja superior a um ano, sujeitam-se 
a depreciação, amortização ou exaustão, conforme o caso. 
Não precisam ser classificados no ativo imobilizado e intangível, os 
quais serão debitados diretamente ao resultado do exercício, como custo ou 
despesa operacional, os bens e direitos: 
 Cujo valor unitário não supere o limite de R$ 1.200,00 fixado na 
legislação tributária, mesmo que o prazo de vida útil seja superior 
a um ano; (Decreto-Lei nº 1.598/77) 
 Cujos elementos patrimoniais de vida útil ou prazo de exercício 
inferior a um ano; 
 Os bens locados ou sujeitos a arrendamento mercantil (leasing) 
operacional; 
 
De acordo com o § 2º, art. 183, da Lei 6.404/76, a diminuição do valor 
dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada 
periodicamente nas contas de: 
Ativo Imobilizado
• classificam-se os direitos que
tenham por objeto bens corpóreos
destinados à manutenção das
atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes
de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens.
Ativo Intangível
• classificam-se os direitos que
tenham por objeto bens
incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou
exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio
adquirido.
3 - Depreciação, Amortização e Exaustão 
 
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A depreciação representa a diminuição do valor dos bens corpóreos 
(tangíveis ou materiais) que integram o ativo imobilizado, em decorrência de 
desgaste ou perda de utilidade pelo uso, ação da natureza ou obsolescência. 
O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos 
necessários à manutenção à atividade da empresa. São considerados bens de 
consumo durável, pois não são utilizados uma única vez. 
Depreciar significa “perder ou reduzir valor”. Vamos ver isso na prática. 
Por exemplo, quando compramos um carro zero, sabemos que, ao longo do 
tempo, ele terá perdido valor, pois ele não será mais zero, mas “usado”. Esta 
perda de valor é a depreciação. 
A depreciação é o procedimento que consiste em considerar despesa 
ou custo do período uma parte do valor do bem registrado pela empresa. Ela 
também pode ser considerada como uma parcela que se retira do lucro com o 
fim específico de formar uma provisão que permita substituir o bem depreciado 
sem a necessidade de recorrer a capitais de terceiros. 
São exemplos de bens classificados no Ativo Imobilizado e, portanto, 
estão sujeitos a depreciação: edificações, veículos, máquinas e 
equipamentos, móveis e utensílios, computadores etc. 
Por exemplo, se uma empresa adquire um veículo à vista no valor de R$ 
10.000,00, inicialmente, a empresa registrará o veículo como um bem, no ativo 
imobilizado e não como uma despesa. Lançamento: 
D - Veículos (Ativo Imobilizado) 
C - Caixa (Ativo Circulante) ........................ 10.000,00 
DEPRECIAÇÃO
▪ quando corresponder à perda do valor dos 
direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a 
desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da 
natureza ou obsolescência;
AMORTIZAÇÃO
▪ quando corresponder à perda do valor do capital 
aplicado na aquisição de direitos da propriedade 
industrial ou comercial e quaisquer outros com 
existência ou exercício de duração limitada, ou 
cujo objeto sejam bens de utilização por prazo 
legal ou contratualmente limitado;
EXAUSTÃO
▪ quando corresponder à perda do valor, 
decorrente da sua exploração, de direitos cujo 
objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou 
bens aplicados nessa exploração.
3.1 - Depreciação 
 
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 Depois, quando do efetivo funcionamento do veículo, a empresa 
registrará uma despesa de depreciação, ao longo da vida útil do bem. Essa 
despesa diminuirá o lucro da empresa, refletindo em uma menor parcela de 
impostos que incidem sobre o lucro a pagar. Vamos supor uma despesa de 
depreciação no primeiro ano de R$ 2.000,00. Lançamento: 
D - Despesas de Depreciação (Resultado) 
C - Depreciação Acumulada (Redutora do Ativo) ............. 2.000,00 
 
 Como vocês podem ver, a despesa de depreciação não pressupõe a 
redução do valor original da conta veículo. Essa redução é contabilizada na 
conta Depreciação Acumulada, retificadora de ativo, integrante do grupo 
patrimonial ao qual pertence o bem depreciado. 
Segue o registro do bem com a depreciação acumulada respectiva no 
balanço patrimonial: 
ATIVO 
Veículo 10.000,00 
(-) Depreciação acumulada (2.000,00) 
Total = 8.000,00 
 
A depreciação será calculada pela aplicação da taxa de depreciação, 
fixada em função da vida útil do bem, sobre o valor dos bens objeto de 
depreciação. 
A vida útil de um bem é o período de tempo no qual a entidade espera 
utilizar um ativo ou o número de unidades de produção ou de unidades 
semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. 
A taxa de depreciação corresponde a um percentual fixado em função 
do prazo durante o qual se possa esperar utilização econômica do bem, na 
produção de seus rendimentos. 
Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a 
melhor estimativa técnica disponível. 
Exemplo: Se a Empresa Aprovados S/A adquire duas máquinas e estima 
que uma terá vida útil de 10 anos e o outra terá vida útil de 8 anos, deve 
depreciá-las conforme esta estimativa. 
No entanto, a Receita Federal do Brasil aceita apenas determinados 
prazos para cálculo da depreciação. Assim, as diferenças porventura 
existentes, entre a melhor estimativa e o critériodeterminado pelo fisco na vida 
útil do bem, devem ser ajustadas, para efeito de Imposto de Renda. 
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Para concursos, devemos usar o que informa a questão, ainda que 
diferente do critério fiscal. Se não mencionar vida útil, usamos a taxa de 
depreciação que o fisco determina, conforme tabela abaixo: 
Bens (contas) Taxa anual Prazo (vida útil) 
Edifícios, construções e benfeitorias 4% 25 anos 
Máquinas, equipamentos e instalações 10% 10 anos 
Móveis e Utensílios 10% 10 anos 
Computadores e periféricos 20% 5 anos 
Veículos 20% 5 anos 
 
Não é admitido o registro de quota de depreciação em relação aos 
seguintes bens: 
a. Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos, benfeitorias e 
construções; 
b. Prédios ou construções não alugados e nem utilizados na produção de 
bens ou serviços destinados a manter a atividade da empresa; 
c. Bens que aumentam de valor com o tempo como as antiguidades e as 
obras de arte; 
d. Bens para os quais sejam registradas quotas de amortização ou 
exaustão. 
 
Conceitos importante que você deve levar para sua prova: 
1) Valor original: É o valor pelo qual o bem é inicialmente registrado na 
contabilidade da entidade. Está intrinsecamente relacionado ao princípio do 
registro pelo valor original. Normalmente, equivale ao custo de aquisição dos 
veículos, máquinas, imóveis, etc. O valor original não deve ser alterado para 
registro da depreciação. Iremos utilizar a conta retificadora de ativo 
“Depreciação Acumulada” para isso. 
2) Valor contábil: é o montante pelo qual o ativo está registrado na 
contabilidade, líquido da respectiva depreciação, amortização ou exaustão 
acumulada e das perdas estimadas por redução ao valor recuperável. Por 
exemplo, um veículo adquirido por R$ 10.000,00 e que já tenha acumulado 
despesas de depreciação de R$ 2.000,00, terá como valor contábil o montante 
de R$ 8.000,00. 
Valor original registrado no Balanço Patrimonial ...................... 10.000 
(-) Depreciação, Amortização ou Exaustão Acumulada ............. (2.000) 
(-) Perdas Estimadas por Redução ao Valor Recuperável .................. 0 
= Valor Contábil ................................................................ 8.000 
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3) Valor residual: Valor residual é o montante líquido que a entidade 
espera, com razoável segurança, obter por um ativo no fim de sua vida útil, 
deduzidos os custos esperados para sua venda. Esse valor não deve ser 
depreciado. 
4) O valor depreciável é o montante que a entidade deverá utilizar 
como base de cálculo para lançamento das despesas de depreciação. Valor 
depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos 
o seu valor residual. Por exemplo, um veículo adquirido por R$ 10.000,00 tem 
vida útil de 5 anos e valor residual de 10% (1.000,00). Assim, o valor 
depreciável é igual a R$ 9.000,00 (10.000 – 1.000). 
Valor do Custo de Aquisição ............................. 10.000 
(-) Valor Residual ........................................... (1.000) 
= Valor depreciável ...................................... 9.000 
 
5) Um Bem só pode ser depreciado a partir do mês em que for colocado 
em uso. 
6) Quando um bem for adquirido e colocado em uso durante o ano, sua 
taxa de depreciação deverá ser proporcional ao número de meses durante 
o qual for utilizado. Considera-se como mês integral a fração do mês no qual 
o Bem foi posto em utilização, mesmo que tenha sido de apenas um dia. 
7) Lançamento de aquisição de um bem depreciável à vista: 
D - Veículos (Ativo Imobilizado) 
C - Caixa (Ativo Circulante) 
 
8) Lançamento de registro da depreciação no período: 
D - Despesas de Depreciação (Resultado) 
C - Depreciação Acumulada (Redutora do Ativo) 
 
9) Quando a depreciação acumulada de um bem chegar a 100% não 
haverá mais o cálculo nem a contabilização de depreciação. O bem permanece 
na contabilidade pelo valor original e a conta Depreciação Acumulada terá valor 
idêntico, até ser baixado. 
10) Lançamento de baixa de bem totalmente depreciado: 
D - Depreciação Acumulada (Redutora do Ativo) 
C - Veículos (Ativo Imobilizado) 
 
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11) Os gastos incorridos com reparos, conservação ou substituição de 
partes ou peças de bens do ativo imobilizado, de que resulte aumento da vida 
útil superior a um ano, devem ser incorporados ao valor do bem para 
fins de depreciação do novo valor contábil. 
 
 
Vejamos alguns dos métodos utilizados para cálculo da depreciação. 
a) Método linear ou da linha reta (método das quotas constantes) 
É o método mais recorrente em provas e o mais utilizado pelas 
bancas. Se a questão não mencionar o método de depreciação, você irá 
utilizar o linear. Provavelmente, uma questão sobre depreciação será cobrada 
na sua prova. 
A depreciação é calculada dividindo-se os 100% (cem por cento) do 
bem ou do seu valor pelo tempo de vida útil estimada. 
Geralmente, é determinada de forma anual. Se quiser encontrar a taxa 
mensal, basta dividir a taxa anual por 12 meses. Normalmente, para efeito de 
cálculo de depreciação, não consideramos a fração diária de depreciação e sim 
no mínimo a fração mensal. 
Exemplo: Um veículo adquirido por R$ 10.000,00 com tempo de vida útil 
estimado de 5 anos possui taxa de depreciação anual de: 
 Taxa de depreciação anual = 100%/5 anos = 20% ao ano. 
 Despesa de depreciação anual = 20% X 10.000 = R$ 2.000,00. 
 ou 
 Despesa de depreciação anual = 10.000/5 anos = R$ 2.000,00. 
 
b) Método da soma dos dígitos ou método de Cole 
 É determinada somando-se os dígitos correspondentes à vida útil do bem 
e dividindo cada algarismo pela soma. Se, por exemplo, um bem tiver a vida 
útil de 5 anos, bastaríamos somas os dígitos 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15 e 
estabelecermos a proporcionalidade de cada dígito em relação à soma dos 
mesmos, obtendo-se assim a taxa anual de depreciação. 
Esse método pode ser calculado da forma crescente ou decrescente. 
 Suponha que o valor a ser depreciado será de R$ 4.500,00. Pelo método 
da soma dos dígitos, na forma crescente, temos que: 
 
 
3.1.1 - Métodos de Depreciação 
 
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Taxas crescentes 
Ano Fração Depreciação anual 
1 (1/15) X 4.500 R$ 300,00 
2 (2/15) X 4.500 R$ 600,00 
3 (3/15) X 4.500 R$ 900.00 
4 (4/15) X 4.500 R$ 1.200,00 
5 (5/15) X 4.500 R$ 1.500,00 
Total R$ 4.500,00 
 
Considerando o mesmo exemplo acima, pelo método da soma dos dígitos, 
na forma decrescente,temos que: 
Taxas decrescentes 
Ano Fração Depreciação anual 
1 (5/15) X 4.500 R$ 1.500,00 
2 (4/15) X 4.500 R$ 1.200,00 
3 (3/15) X 4.500 R$ 900.00 
4 (2/15) X 4.500 R$ 600,00 
5 (1/15) X 4.500 R$ 300,00 
Total R$ 4.500,00 
 
c) Método das horas de trabalho 
Este método consiste em estimar o número de horas de trabalho 
durante o tempo de vida útil previsto para o bem. 
A cota de depreciação será obtida dividindo-se o número de horas 
trabalhadas no período pelo número de horas de trabalho estimado durante a 
vida útil do bem. Este método é próprio das empresas industriais. 
Exemplo: Máquina com vida útil de 10.000 horas. Trabalhou 1.000 horas 
em X1. 
Depreciação anual: 1.000 / 10.000 = 0,10 ou 10%. 
 
d) Métodos das unidades produzidas 
Também é utilizado por empresas industriais, e consiste em 
estimar o número total de unidades que devem ser produzidas pelo bem 
ao longo de sua vida útil. 
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A cota de depreciação de cada período será obtida dividindo-se o número 
de unidades produzidas no período pelo número de unidades estimadas a serem 
produzidas ao longo de sua vida útil. 
Exemplo: uma máquina custou R$ 50.000 e com capacidade de produção 
total, ao longo de toda a sua vida útil, de 500.000 de unidades. No ano de X1, 
foram produzidas 100.000 unidades. Portanto, a depreciação em X1 será: 
Taxa de depreciação = (100.000/500.000) = 0,20 ou 20%. 
Valor da depreciação em X1: 50.000 x 20% = R$ 10.000,00. 
 
 
A depreciação acelerada consiste em atribuir coeficientes multiplicadores 
em função do número de horas diárias de operação do bem sujeito ao desgaste 
pelo uso. Somente é adotada no caso de bens móveis. 
Coeficientes adotados: 
I. Coeficiente 1,0 para um turno de oito horas de operação; 
II. Coeficiente 1,5 para 2 turnos de oito horas de operação (16 horas); 
III. Coeficiente 2,0 para 3 turnos de oito horas de operação (24 horas); 
 
Exemplo: Uma máquina registrada no balanço de 19X0 por R$ 10.000,00, 
e que trabalhou 3 turnos diários durante o exercício de 19X1. Calcular a 
depreciação a ser registrada no balanço de 19X1. 
Por trabalhar 3 turnos - implica usar o coeficiente 2,0 sobre a taxa anual 
de depreciação do bem, assim: 
Depreciação Acelerada = (2,0 x 10%) x 10.000,00 = R$ 2.000,00 
 
 
A depreciação de bens adquiridos usados possui uma regra diferente de 
cálculo dos bens novos. 
Segundo o Regulamento do Imposto de Renda, o prazo de depreciação 
será o maior dentre os seguintes: 
a. metade do prazo de vida útil do bem novo; 
b. restante do prazo de vida útil do bem, considerado este em 
relação à primeira instalação ou utilização desse bem. 
 
3.1.2 - Depreciação Acelerada 
 
3.1.3 - Depreciação de bens usados 
 
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Exemplo: Aquisição de duas máquinas usadas, a primeira com dois anos 
de uso e a segunda com 8 anos de uso. O tempo de vida útil normal da máquina, 
quando nova, é de 10 anos. 
Máquina 1: Vida útil restante: 10 anos – 2 anos = 8 anos 
Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos 
No caso 1, o veículo será depreciado em 8 anos. 
Máquina 2: Vida útil restante: 10 anos – 8 anos = 2 anos 
Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos 
No caso 2, o veículo será depreciado em 5 anos. 
 
Vamos praticar! 
 (FCC/Técnico Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª/2014) 
Uma empresa adquiriu uma máquina pelo valor de R$ 1.000.000 e definiu que 
a utilizaria por um período de oito (8) anos. No final deste prazo de utilização, 
a empresa estimou que conseguiria vendê-la por R$ 120.000. A máquina foi 
adquirida em 31/12/2009 e a empresa adota o método das quotas constantes 
para o cálculo da despesa de depreciação. Sabe-se que pelas regras fiscais a 
máquina é depreciada em 10 anos. 
O saldo contábil da máquina a ser apresentado no Balanço Patrimonial de 
31/12/2012 é, em R$, 
a) 625.000,00. 
b) 700.000,00. 
c) 736.000,00. 
d) 670.000,00. 
e) 550.000,00. 
Resolução: 
Custo de aquisição da máquina = R$ 1.000.000,00 
Data da aquisição: 31/12/2009 
Valor residual = R$ 120.000,00 
Vida útil = 8 anos*; 
* PEGADINHA: Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a 
melhor estimativa técnica disponível. Para concursos, devemos usar o prazo 
de utilização que informa a questão, ainda que diferente do critério fiscal. 
Somente usamos as regras fiscais se não for mencionado a vida útil econômica 
do bem. Nesta questão, foi dado a vida útil econômica e a vida útil com base 
nos critérios fiscais. Para resolução, utilizamos a vida útil econômica. 
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1. Valor depreciável = custo de aquisição – valor residual 
Valor depreciável = 1.000.000 – 120.000 = R$ 880.000,00 
2. Depreciação anual = Valor depreciável = 880.000,00 = R$ 110.000,00 
 Vida útil em anos 8 anos 
3. Depreciação acumulada: 
2010: R$ 110.000,00 
2011: R$ 110.000,00 
2012: R$ 110.000,00 
Depreciação acumulada em 31/12/2012 = R$ 330.000,00 (110.000 x 3) 
4. Saldo contábil da máquina no balanço patrimonial de 31/12/2012: 
 Máquina ............................................ 1.000.000,00 
 (-) Depreciação acumulada …................. (330.000,00) 
= Valor Contábil da máquina .................. 670.000,00 
Gabarito: Letra D. 
 
 
A amortização representa a diminuição do valor de bens intangíveis, ou 
em outras palavras, a recuperação econômica do capital aplicado nesses bens. 
 
 
São bens classificados no Ativo não Circulante, subgrupo 
Intangível: Marcas e Patentes, direitos autorais, autorizações ou concessões, 
ponto Comercial, fundo de Comércio, Benfeitorias em prédios de terceiros (Ativo 
Imobilizado), desenvolvimento de produtos etc. 
Normalmente, os bens do Ativo Intangível são amortizados. Excetua-se 
alguns itens do Imobilizado, como a Benfeitoria em Propriedade de 
terceiros, que pode ser depreciada ou amortizada. 
OBSERVAÇÃO: O montante acumulado da amortização não poderá 
ultrapassar o custo de aquisição do bem ou direito, corrigido monetariamente. 
AMORTIZAÇÃO
▪ quando corresponder à perda do valor do capital 
aplicado na aquisição de direitos da propriedade 
industrial ou comercial e quaisquer outros com 
existência ou exercício de duração limitada, ou 
cujo objeto sejam bens de utilização por prazo 
legal ou contratualmente limitado;
3.2 - Amortização 
 
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O Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível - define vida útil como o 
período de tempo no qual a entidade esperautilizar um ativo; ou o número de 
unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter 
pela utilização do ativo. Se o item a ser amortizado tiver um valor residual, o 
mesmo deve ser abatido do valor que será amortizado. 
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo 
intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um 
ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. 
 
 
A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo 
estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas 
condições necessárias para que possa funcionar da maneira pretendida pela 
administração. 
A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como 
mantido para venda ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. 
O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela 
entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse 
padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. 
O processo de amortizar é o mesmo que depreciar. 
Exemplo: Marcas e Patentes = R$ 1.000.000,00 
Prazo de utilização = 10 anos 
Taxa Anual = 100%/10 anos = 10% a.a. 
Amortização Anual = 10% x 1.000.000,00 = 100.000,00 
Contabilização: 
Despesa de Amortização 
a Amortização Acumulada ......................... 100.000,00 
 
 
Corresponde à perda de valor decorrente da exploração de recursos 
minerais ou florestais ou de bens aplicados nessa exploração. 
Ativo 
Intangível
vida útil definida
deve ser 
amortizado
vida útil 
indefinida
não deve ser 
amortizado
3.3 - Exaustão 
 
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Exaurir, segundo o dicionário, significa “gastar”, “esgotar inteiramente”. 
Obs.: A exaustão pode ser aplicada em bens do Ativo Imobilizado (Ex: 
florestas próprias), ou no Intangível (concessões obtidas - exploração de 
recursos minerais). 
No caso dos recursos minerais, somente se sujeitam à exaustão as minas 
que estiverem sob o regime de concessão, ou seja, prazo contratual superior 
ao prazo de esgotamento dos recursos minerais ou prazo indeterminado de 
exploração dos recursos minerais. 
Quando o prazo contratual for inferior ao prazo de esgotamento dos 
recursos minerais, deve ser aplicada a taxa de amortização, uma vez que são 
minas arrendadas (propriedade de terceiros). 
Normalmente, a exaustão é calculada com base na possança do recurso 
mineral ou florestal. Mas, se o prazo de exploração for insuficiente para 
esgotar os recursos, a exaustão deve ser calculada em função do prazo de 
concessão. 
Possança, na contabilidade, é o tamanho (ou capacidade) de um recurso 
mineral, medida em toneladas ou metros cúbicos. 
Lembrar que o processo de exaustão é idêntico ao de depreciar e 
amortizar, diferenciando-se dos bens a que se aplicam. 
Não estão sujeitos à exaustão os recursos minerais inesgotáveis ou de 
exaustão indeterminada, como as fontes de água mineral. 
Exemplo: 
Custo de Obtenção dos Direitos de Lavra = R$ 100.000,00 
Reserva Potencial de Exploração (possança) conhecida = 20.000.000 t 
Minério extraído por ano = 2.400.000 toneladas 
Taxa de exaustão = 2.400.000 X 100 = 12% 
 20.000.000 
Despesa de Exaustão = 12% x 100.000,00 = R$ 12.000,00 
Lançamento: 
Despesa de Exaustão 
a Exaustão Acumulada .................... 12.000,00 
 
 
De acordo com o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa 
e Retificação de Erro, a mudança na estimativa contábil decorre de uma nova 
informação ou inovações que resultar em ajustes nos saldos contábeis de ativo 
ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, 
3.4 – Mudança de Estimativa de Vida Útil 
 
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avaliados com base em informações disponíveis e confiáveis a época da 
mensuração. 
Ao longo da utilização de seus ativos, a companhia pode perceber que a 
vida útil estimada para alguns de seus bens precisa ser revista. Este fato afetará 
o cálculo da depreciação, da amortização ou da exaustão. 
A mudança na vida útil ou no padrão esperado de consumo de um ativo 
não trará qualquer impacto sobre o valor original do bem. Do mesmo modo, a 
depreciação acumulada até o período de revisão da estimativa de vida útil 
será mantida. A diferença fica por conta da vida útil restante e da base de 
cálculo das despesas de depreciação. 
Por exemplo, vamos supor que a empresa Aprovados S/A adquira um 
veículo ao custo de R$ 20.000,00 em primeiro de janeiro de 2006 e, na ocasião, 
fica estimado que a vida útil do imobilizado é de 5 anos. Em primeiro de janeiro 
de 2009, a empresa decide proceder à revisão da vida útil do veículo. Laudo 
emitido por técnicos especializados dão conta de que o ativo possui, a partir da 
data da avaliação, mais 4 anos de vida útil. Qual é o valor: 
a) da despesa de depreciação do veículo no ano de 2009? 
b) do valor contábil do veículo no ano de 2009? 
 
Primeiro, descobriremos o valor contábil do veículo na data da 
reestimativa, ou seja, em primeiro de janeiro de 2009. 
Custo de aquisição do veículo em 01/01/2006 = R$ 20.000,00 
Vida útil em 2006 = 5 anos 
Taxa de depreciação anual = 100%/5 anos = 20% a.a. 
Cálculo das despesas de depreciação de 2006 a 2008: 
Despesa de depreciação em 2006 = 20% x 20.000 = R$ 4.000,00 
Despesa de depreciação em 2007 = 20% x 20.000 = R$ 4.000,00 
Despesa de depreciação em 2008 = 20% x 20.000 = R$ 4.000,00 
= saldo total de depreciação acumulada até 2008 = R$ 12.000,00 
 
Custo de aquisição do veículo ................. 20.000 
(-) Depreciação acumulada .................. (12.000) 
= Saldo contábil em 31/12/2008 …............ 8.000 
 
A nova base de cálculo da depreciação do bem, após a reestimativa da 
vida útil, será o valor contábil à época deste fato, deduzido de eventuais 
valores residuais (se houver). 
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Em janeiro de 2009, foi realizada uma reestimativa da vida útil do veículo, 
que será utilizado por mais quatro anos. Então temos: 
Custo de aquisição do veículo em 01/01/2006 = R$ 20.000,00 
Depreciação acumulada em 2008 = R$ 12.000,00 
Vida útil em 2009 = 4 anos 
Taxa de depreciação anual = 100%/4 anos = 25% a.a. 
Depreciação em 2009 = (custo de aquisição – depreciação acumulada) x 
taxa de depreciação 
Depreciação em 2009 = (20.000 – 12.000) x 25% = R$ 2.000,00 
 
Custo de aquisição do veículo ....... 20.000 
(-) Depreciação acumulada ......... (14.000) = (12.000 + 2.000) 
= Saldo contábil em 31/12/2009 .... 6.000 
 
Agora, podemos responder as perguntas da questão: 
a) despesa de depreciação em 2009 = R$ 2.000,00. 
b) valor contábil do veículo em 2009 = R$ 6.000,00. 
 
Meus caros, em nosso exemplo, o bem não possuía valor residual. Porém, 
ainda que o tivesse, o valor depreciável do bem, após a reestimativada vida 
útil, seria o valor contábil na data da reestimativa deduzido do valor residual 
identificado (que pode ser o mesmo ou outro, também revisto pela companhia). 
Esclarecemos que não alteramos o valor original do ativo. Mexemos na 
nova avaliação de vida útil (ou no valor residual, se for o caso) e no valor 
depreciável do bem após a reestimativa. 
 (FCC/SEFAZ – SP/2013) A Cia. Metais adquiriu, em 
30/06/2011, uma mina de minério de ferro por R$ 270.000,00. A estimativa 
inicial era de que seriam extraídas 270.000 toneladas desse minério. Durante 
2011, foram extraídas 50.000 toneladas. No início de 2012, os técnicos 
encontraram um novo veio de minério e reestimaram que ainda existiam 
250.000 toneladas para serem extraídas. Durante 2012, foram extraídas mais 
20.000 toneladas. 
Com base nestas informações, o valor da despesa de exaustão referente aos 
anos de 2011 e 2012 foram, respectivamente, em milhares de reais, 
a) 50.000 e 17.600. 
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b) 50.000 e 21.600. 
c) 45.000 e 21.600. 
d) 50.000 e 18.000. 
e) 45.000 e 18.000. 
Resolução: 
Cálculo da exaustão em 2011: 
Custo de aquisição da mina em 30/06/2011 = R$ 270.000,00 
Capacidade (possança) estimada inicial da mina = 270.000 toneladas (T) 
Extração em 2011 = 50.000 T 
Exaustão em 2011 = Extração em 2011 x custo de aquisição 
 Possança em 2011 
Exaustão em 2011 = 50.000 T x 270.000 = R$ 50.000,00 
 270.000 T 
 
Registro da exaustão em 31/12/2011: 
Exaustão 
a Exaustão Acumulada ............................ 50.000,00 
 
Cálculo da exaustão em 2012: 
Custo de aquisição da mina em 30/06/2011 = R$ 270.000,00 
Exaustão acumulada em 2011 = R$ 50.000,00 
Capacidade (possança) da mina em 2012 após reestimativa = 250.000 T 
Extração em 2012 = 20.000 T 
Exaustão = Extração em 2012 x (custo– exaustão acumulada 2011) 
 Possança em 2012 
Exaustão em 2012 = 20.000 T x (270.000 – 50.000) = R$ 17.600,00 
 250.000 T 
Gabarito: Letra A. 
 
 
Segundo o art. 179, VI, da Lei 6.404/76, são classificados no ativo 
intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à 
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo 
de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) 
4 – Ativo Intangível 
 
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Em síntese, os intangíveis são aqueles ativos que não têm existência 
física (bem de existência abstrata). 
Com a entrada em vigor da Lei 11.638/07, o subgrupo intangível passou 
a existir, separando os bens corpóreos no imobilizado e os incorpóreos no 
intangível. Antes desta Lei, tudo era classificado no imobilizado. 
Por exemplo, são classificados no intangível: softwares, marcas, 
patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de 
clientes, franquias, fidelidade de clientes, concessões obtidas. 
De acordo com o CPC 04, ativo intangível é um ativo não monetário 
identificável sem substância física. 
Ainda, segundo CPC 04, um ativo será classificado como intangível 
quando atender cumulativamente a três requisitos: 
1º) ser identificável; 
2º) ser controlável; 
3º) ser gerador de benefícios econômicos futuros. 
 
Nem todos os exemplos (marcas, patentes) descritos em item anterior 
se enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis, 
controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros. 
Caso um item abrangido pelo pronunciamento nº 04 não atenda à 
definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração 
interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido. 
No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de negócios, 
passa a fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill) reconhecido na data da aquisição. 
O ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é a 
diferença entre preço pago na compra do investimento e o valor justo 
(valor de mercado) de seus ativos líquidos. 
Goodwill = Valor pago - Valor Justo (regra, valor de mercado). 
Ou seja, quando uma empresa adquire um investimento permanente em 
outra sociedade por um valor maior que o seu preço de mercado, temos o 
goodwill. Ao longo do curso, iremos detalhar mais sobre o goodwill. 
ATENÇÃO: ativos líquidos correspondem a diferença entre o ativo e o 
passivo exigível, ou seja, é sinônimo de patrimônio líquido e significa o valor 
dos ativos líquidos dos passivos. 
 
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de 
um ativo intangível, quando: 
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(a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, 
transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um 
contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela 
entidade; ou 
(b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, 
independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da 
entidade ou de outros direitos e obrigações. 
 
A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter benefícios 
econômicos futuros gerados pelo recurso subjacente e de restringir o acesso de 
terceiros a esses benefícios. 
Normalmente, a capacidade da entidade de controlar os benefícios 
econômicos futuros de ativo intangível advém de direitos legais que possam 
ser exercidos num tribunal. A ausência de direitos legais dificulta a 
comprovação do controle. No entanto, a imposição legal de um direito não é 
uma condição imprescindível para o controle, visto que a entidade pode 
controlar benefícios econômicos futuros de outra forma. 
Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível 
podem incluir a receita da venda de produtos ou serviços, redução de custos ou 
outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade. Por exemplo, o uso 
da propriedade intelectual em um processo de produção pode reduzir os custos 
de produção futuros em vez de aumentar as receitas futuras. 
Pessoal, alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos 
que possuem substância física, como um disco (como no caso de software), 
documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme. Para 
saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser 
tratado como ativo imobilizado de acordo com CPC 27 – ativo imobilizado 
ou como ativo intangível, nos termos do CPC 04 (R1), a entidade avalia qual 
elemento é mais significativo. 
Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por 
computador que não funciona sem esse software específico é parte integrante 
do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo 
se aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o software não é 
parte integrantedo respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo 
intangível. 
Esquematizando: 
Ativos Elemento mais significativo Classificação 
Software integra o equipamento Equipamento Imobilizado 
Software não integra o equipamento Software Intangível 
 
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Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se: 
(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados 
atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e 
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. 
 
O ativo intangível é reconhecido inicialmente ao custo. Seu custo inclui 
todos os gastos necessários para deixá-lo nas condições pretendidas pela 
administração, e cessa quando isso ocorre. 
O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui: 
(a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e 
impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os 
descontos comerciais e abatimentos; e 
(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para 
a finalidade proposta. 
 
 
 
 
 
 
Um ativo intangível pode ser adquirido ou gerado internamente. 
Por vezes é difícil avaliar se um ativo intangível gerado internamente 
se qualifica para o reconhecimento, devido às dificuldades para: 
Exemplos de custos 
diretamente 
atribuíveis 
custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente 
para que o ativo fique em condições operacionais (de uso ou 
funcionamento);
honorários profissionais diretamente relacionados para que o 
ativo fique em condições operacionais; e
custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
adequadamente.
Exemplos de gastos 
que não fazem 
parte do custo de 
ativo intangível
custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço 
(incluindo propaganda e atividades promocionais);
custos da transferência das atividades para novo local ou para 
nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
custos administrativos e outros custos indiretos.
4.1 – Reconhecimento de um ativo intangível 
 
4.2 – Ativo intangível gerado internamente 
 
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(a) identificar se, e quando, existe um ativo identificável que gerará 
benefícios econômicos futuros esperados; e 
(b) determinar com confiabilidade o custo do ativo. Em alguns casos 
não é possível separar o custo incorrido com a geração interna de ativo 
intangível do custo da manutenção ou melhoria do ágio derivado da expectativa 
de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente ou com as operações 
regulares (do dia-a-dia) da entidade. 
Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos 
critérios de reconhecimento, a entidade deve classificar a geração do ativo: 
(a) na fase de pesquisa; e/ou 
(b) na fase de desenvolvimento. 
 
Embora os termos "pesquisa" e "desenvolvimento" estejam definidos, 
as expressões "fase de pesquisa" e "fase de desenvolvimento" têm um 
significado mais amplo para efeitos do CPC 04 (R1). 
Caso a entidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de 
desenvolvimento de projeto interno de criação de ativo intangível, o gasto 
com o projeto deve ser tratado como incorrido apenas na fase de pesquisa. 
 
 
Durante a fase de pesquisa, a entidade não está apta a demonstrar a 
existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos 
futuros. Portanto, os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto 
interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. 
São exemplos de atividades de pesquisa: 
(a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; 
(b) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de 
pesquisa ou outros conhecimentos; 
(c) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, 
processos, sistemas ou serviços; e 
(d) formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas 
possíveis para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou 
serviços novos ou aperfeiçoados. 
 
 
A fase de desenvolvimento de um projeto é mais avançada do que a 
fase de pesquisa. Assim, durante a fase de desenvolvimento, a entidade 
4.2.1 – Fase de pesquisa 
 
4.2.2 – Fase de desenvolvimento 
 
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pode ou não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que 
gerará prováveis benefícios econômicos futuros. 
Se os gastos com desenvolvimento não forem capazes de gerar 
prováveis benefícios econômicos futuros, esses gastos devem ser reconhecidos 
como despesa quando incorridos. 
Porém, os gastos incorridos na fase de desenvolvimento que gerarem 
prováveis benefícios econômicos futuros para a entidade devem ser 
contabilizados como ativo intangível. 
Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de 
desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a 
entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados: 
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele 
seja disponibilizado para uso ou venda; 
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo; 
(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível; 
(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos 
futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de 
mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível 
ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade; 
(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos 
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo 
intangível; e 
(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao 
ativo intangível durante seu desenvolvimento. 
 
 
 
São exemplos de atividades de desenvolvimento: 
(a) projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou 
pré-utilização; 
(b) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam 
nova tecnologia; 
Gastos com 
desenvolvimento 
reconhecidos como 
Ativo Intangível
Geram prováveis benefícios econômicos 
futuros para a entidade;
O ativo será usado ou vendido;
Capacidade de mensurar com 
confiabilidade os gastos atribuíveis ao 
ativo intangível.
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(c) projeto, construção e operação de fábrica-piloto, desde que já não 
esteja em escala economicamente viável para produção comercial; e 
(d) projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, 
dispositivos, produtos, processos, sistemas e serviçosnovos ou aperfeiçoados. 
 
Esquematizando: 
Gastos Classificação 
Fase de pesquisa Sempre despesas, quando incorridos. 
Fase de 
desenvolvimento 
Despesas, quando não gerar prováveis benefícios econômicos futuros. 
Ativo Intangível, quando gerar prováveis benefícios econômicos futuros. 
 
 (FCC/SEFIN – RO/2010) Sobre os ativos intangíveis 
gerados internamente pode-se afirmar que 
a) os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto na fase de 
desenvolvimento, devem ser reconhecidos no ativo da entidade. 
b) as atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser 
reconhecidas no ativo pelo valor do custo. 
c) os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na 
fase de desenvolvimento, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase 
de pesquisa da fase de desenvolvimento. 
d) os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer situação, devem ser 
reconhecidos no resultado. 
e) a entidade pode, durante a fase de desenvolvimento e em alguns casos, 
identificar um ativo intangível e demonstrar que o mesmo gerará prováveis 
benefícios econômicos futuros. 
Resolução: 
Analisando cada assertiva. 
a) incorreta. Os gastos incorridos na fase de desenvolvimento podem ser 
reconhecidos no ativo da entidade. 
Gastos Classificação 
Fase de pesquisa Sempre despesas, quando incorridos. 
Fase de 
desenvolvimento 
Despesas, quando não gerar prováveis benefícios econômicos futuros. 
Ativo Intangível, quando gerar prováveis benefícios econômicos futuros. 
 
b) incorreta. São exemplos de atividades de pesquisa: 
(a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; 
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Portanto, seus custos não são incluídos no ativo, porque são despesas, quando 
incorridos. 
c) incorreta. Os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos 
apenas na fase de desenvolvimento pesquisa, quando a entidade não conseguir 
diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento. 
d) incorreta. Apenas os gastos com desenvolvimento que não forem capazes 
de gerar prováveis benefícios econômicos futuros são reconhecidos como 
despesa quando incorridos, ou seja, no resultado. 
e) correta. Perfeito. Gabarito: Letra E. 
 
 
Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, 
o seu custo deve ser o valor justo na data de aquisição, o qual reflete as 
expectativas dos participantes do mercado na data de aquisição sobre a 
probabilidade de que os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo 
serão gerados em favor da entidade. Em outras palavras, a entidade espera que 
haja benefícios econômicos em seu favor, mesmo se houver incerteza em 
relação à época e ao valor desses benefícios econômicos. 
O adquirente deve reconhecer na data da aquisição, separadamente do 
ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) apurado em 
uma combinação de negócios, um ativo intangível da adquirida, 
independentemente de o ativo ter sido reconhecido pela adquirida antes da 
aquisição da empresa. Isso significa que a adquirente reconhece como ativo, 
separadamente do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura 
(goodwill), um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento da 
adquirida se o projeto atender à definição de ativo intangível. 
Um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento da adquirida 
atende à definição de ativo intangível quando: 
(a) corresponder à definição de ativo; e 
(b) for identificável, ou seja, é separável ou resulta de direitos 
contratuais ou outros direitos legais. 
Segue uma tabela que resume a classificação dos gastos após a aquisição 
de um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento: 
Gastos Classificação 
Pesquisas em andamento adquiridos Ativo Intangível 
Pesquisas após a aquisição Despesas 
Desenvolvimento em andamento adquiridos Ativo Intangível 
Desenvolvimento após a aquisição Despesas ou Ativo Intangível 
4.3 – Ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios 
 
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O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado 
internamente não deve ser reconhecido como ativo. 
Em alguns casos incorre-se em gastos para gerar benefícios econômicos 
futuros, mas que não resultam na criação de ativo intangível que se enquadre 
nos critérios de reconhecimento estabelecidos no CPC 04 (R1). Esses gastos 
costumam ser descritos como contribuições para o ágio derivado da expectativa 
de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente, o qual não é 
reconhecido como ativo porque não é um recurso identificável (ou seja, não 
é separável nem advém de direitos contratuais ou outros direitos legais) 
controlado pela entidade que pode ser mensurado com confiabilidade ao custo. 
As diferenças entre valor justo da entidade e o valor contábil de seu 
patrimônio líquido, a qualquer momento, podem incluir uma série de fatores 
que afetam o valor justo da entidade. No entanto, essas diferenças não 
representam o custo dos ativos intangíveis controlados pela entidade. 
 (CESPE / Analista MPU / 2015) Julgue o item que se segue, 
relativos à contabilização dos itens do ativo e do passivo. 
O ativo intangível gerado internamente não deve ser reconhecido nas 
demonstrações contábeis. ( ) Certo ou ( ) Errado 
Resolução: 
Misturou conceitos. O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura 
(goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo (ou 
seja, nas demonstrações contábeis). 
O ativo intangível gerado internamente pode vir a ser reconhecido nas 
demonstrações contábeis, desde que atenda os critérios de reconhecimento do 
CPC 04 (R1). 
Gabarito: Errado. 
 
 
Os gastos com um item intangível devem ser reconhecidos como 
despesa quando incorridos, exceto: 
(a) se fizerem parte do custo de ativo intangível que atenda aos critérios 
de reconhecimento; ou 
(b) se o item é adquirido em uma combinação de negócios e não possa 
ser reconhecido como ativo intangível. Nesse caso, esse gasto (incluído no custo 
da combinação de negócios) deve fazer parte do valor atribuível ao ágio 
derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) na data de aquisição. 
4.4 – Goodwill gerado internamente 
 
4.5 – Reconhecimento de despesa 
 
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Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se: 
(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados 
atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e 
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. 
 
Exemplos gastos a serem reconhecidos como despesa quando incorridos: 
(a) gastos com atividades pré-operacionais destinadas a constituir a 
empresa (ou seja, custo do início das operações), exceto se estiverem incluídas 
no custo de um item do ativo imobilizado, conforme Pronunciamento Técnico 
CPC 27 - Ativo Imobilizado.

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