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Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 1 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Aula 04 Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ SEFAZ GO Professor: Feliphe Araújo D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 2 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 2 – Ativo Imobilizado ........................................................................... 4 2.1 – Reconhecimento do Imobilizado ........................................................................................... 5 2.2 – Custos iniciais do Ativo Imobilizado ...................................................................................... 5 2.3 – Tratamento de Reparo e Conservação de bens do Ativo ...................................................... 6 2.4 – Avaliação do Ativo Imobilizado ........................................................................................... 10 3 - Depreciação, Amortização e Exaustão .......................................... 11 3.1 - Depreciação.......................................................................................................................... 12 3.1.1 - Métodos de Depreciação .............................................................................................. 16 3.1.2 - Depreciação Acelerada ................................................................................................. 18 3.1.3 - Depreciação de bens usados ......................................................................................... 18 3.2 - Amortização ......................................................................................................................... 20 3.3 - Exaustão ............................................................................................................................... 21 3.4 – Mudança de Estimativa de Vida Útil ................................................................................... 22 4 – Ativo Intangível ........................................................................... 25 4.1 – Reconhecimento de um ativo intangível ............................................................................. 28 4.2 – Ativo intangível gerado internamente ................................................................................ 28 4.2.1 – Fase de pesquisa........................................................................................................... 29 4.2.2 – Fase de desenvolvimento ............................................................................................. 29 4.3 – Ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios ............................................ 32 4.4 – Goodwill gerado internamente ........................................................................................... 33 4.5 – Reconhecimento de despesa .............................................................................................. 33 4.5.1 – Despesa anterior não reconhecida como ativo ............................................................ 34 4.6 – Avaliação do Intangível ....................................................................................................... 34 4.6.1 – Ativo Intangível com Vida Útil Definida ........................................................................ 35 4.6.2 – Ativo Intangível com vida útil indefinida ...................................................................... 36 5 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos ..................................... 36 5.1 – Periodicidade do Teste de Recuperabilidade ...................................................................... 43 5.2 – Identificação de ativo que pode estar desvalorizado ......................................................... 43 5.3 – Reconhecimento e Mensuração de Perda por Desvalorização ........................................... 44 Aula 04 – CPC 27 - Ativo Imobilizado. CPC 04 - Ativo Intangível. Tratamento das Depreciações, amortização e exaustão. CPC 01 - Redução ao valor recuperável de ativos. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 3 de 133 www.exponencialconcursos.com.br 5.4 – Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill) ........................................... 48 5.5 – Reversão de perda por desvalorização ............................................................................... 53 5.6 – Divulgação das perdas e reversões ..................................................................................... 54 6 - Alienação e baixa de itens do ativo ............................................... 55 7 – Resumo da Aula ........................................................................... 60 8 – Mapas Mentais da Aula ................................................................ 72 9 – Questões Comentadas ................................................................. 74 10 – Lista de Exercícios ................................................................... 118 11 – Gabarito ................................................................................... 133 Olá queridos alunos, tudo bem? Sejam bem-vindos à quarta aula do curso de Contabilidade Geral e Avançada para os futuros Auditores Fiscais da SEFAZ GO. Estamos avançando bem e a cada dia subimos um degrau rumo à sua aprovação. Hoje, vamos tratar sobre alguns tópicos que estão diretamente ligados a assuntos da aula passada, ou seja, relacionados aos ativos. Os assuntos abordados nesta aula estão sendo muito cobrados pelas bancas, com questões recentes. As bancas têm colocado questões específicas de determinado assunto, bem como questões que tratam de vários assuntos desta aula. Por isso, atenção total nesta aula. Não se preocupe com a quantidade de páginas, porque mais de 60% dessa aula é composta de exercícios e do resumo, que são utilizados para fixação da matéria e futuras revisões. Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso. Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. Treinar é preciso. Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! Vamos começar a nossa aula! Um forte abraço, Feliphe Araújo. 1 - INTRODUÇÃO D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 4 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Segundo o art. 179, IV, da Lei 6.404/76, são classificados no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiramà companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. De acordo com o CPC 27 (Ativo Imobilizado), que está em perfeita consonância com a Lei das S.A., ativo imobilizado é o item tangível que: (a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) se espera que sejam usados durante mais do que um período. Em outras palavras, os itens classificados no ativo imobilizado precisam ter as seguintes características: bens tangíveis (existência física), utilizados pela entidade na manutenção das suas atividades e vida útil maior que um ano. Exemplos de bens classificados no ativo imobilizado: as edificações, os terrenos utilizados pela empresa, os veículos, as máquinas e equipamentos, os móveis e utensílios, o estoque de peças e partes de reposição, as benfeitorias em propriedades de terceiros (quando o custo for pago pela empresa locatária). Um item tangível que seja utilizado por menos de um ano deve ser considerado despesa do período. Sobre o termo “aluguel para outros”, é necessária uma explicação. Só é considerado ativo imobilizado os bens tangíveis alugados que estejam diretamente ligados à atividade operacional da entidade. Por exemplo, um edifício alugado para os funcionários ou para alguma empresa do grupo, como está servindo aos interesses do negócio, deve ser classificado como ativo imobilizado. Ainda, os veículos de empresas de locação de veículos são exemplos de imobilizados alugados. Porém, se a empresa possui um terreno que é alugado a terceiros e o objetivo é obter renda, este bem deve ser classificado como Ativo Investimento. Esquematizando: Bens destinados para aluguel quando estiver vinculado a ativo complementar na produção ou no fornecimento de bens ou serviços Ativo Não Circulante Imobilizado quando estiver vinculado a um investimento em si mesmo, com o objetivo de obter renda Ativo Não Circulante Investimento 2 – Ativo Imobilizado D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 5 de 133 www.exponencialconcursos.com.br O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se: (a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e (b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente. Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são contabilizados como ativo imobilizado. A entidade avalia segundo esse princípio de reconhecimento todos os seus custos de ativos imobilizados no momento em que eles são incorridos. Esses custos incluem custos incorridos inicialmente para adquirir ou construir um item do ativo imobilizado e os custos incorridos posteriormente para renová-lo, substituir suas partes, ou dar manutenção ao mesmo. O custo de um item do ativo imobilizado compreende: (a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; (b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; (c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período. Exemplos de custos diretamente atribuíveis ao imobilizado: (a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado; (b) custos de preparação do local; (c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); 2.1 – Reconhecimento do Imobilizado 2.2 – Custos iniciais do Ativo Imobilizado D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 6 de 133 www.exponencialconcursos.com.br (d) custos de instalação e montagem; (e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e (f) honorários profissionais. Exemplos que não são custos atribuíveis ao ativo imobilizado: (a) custos de abertura de nova instalação; (b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); (c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e (d) custos administrativos e outros custos indiretos. O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração. Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes custos: (a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total; (b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e (c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da entidade. Após o registro inicial, o imobilizado pode ter custos subsequentes. Estes são gastos com a manutenção do ativo, que não necessariamente irão se traduzir em despesas do exercício. A entidade fica sujeita a assumir gastos com a manutenção de ativos, a fim de aumentar a vida útil do bem ou mantê- los em pleno funcionamento. Doutrinariamente, dividimos tais gastos em duas categorias: gastos de capital ou gastos do período. 2.3 – Tratamento de Reparo e Conservação de bens do Ativo D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 7 de 133 www.exponencialconcursos.com.br . Alguns itens do ativo imobilizado podem requerer paradas programadas, como por exemplo, um forno que requer novo revestimento após um número específico de horas de uso; ou as paredes internas de um edifício, que necessitam de substituição em intervalos regulares. Nesses casos, a entidade reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo da peça reposta desse item quando o custo é incorrido se os critérios de reconhecimento forem atendidos. Uma condição para continuara operar um item do ativo imobilizado (por exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções importantes em busca de falhas, independentemente das peças desse item serem ou não substituídas. Quando cada inspeção importante for efetuada, o seu custo é reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como uma substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Para demonstrar, vamos supor que um equipamento, cujo valor original seja de R$ 10.000,00, apresente um problema em sua estrutura, exigindo reparo imediato. O serviço de reforço da estrutura foi orçado em R$ 2.000,00. Quando a entidade efetuar tal reparo, o lançamento a ser realizado para registro deverá ser: Lançamento para registro dos gastos de capital: Equipamento (ativo imobilizado) Caixa .............................. 2.000,00 O saldo final bruto do ativo imobilizado ficará em R$ 12.000,00 (antes da incidência da depreciação e de eventuais perdas para ajuste ao valor recuperável). Vamos ver agora os gastos do período. Gastos de capital são os gastos relacionados ao ativo imobilizado que irão beneficiá-lo por mais de um exercício social deverão ser adicionados ao custo do ativo, desde que atendam as condições de reconhecimento de um ativo D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 8 de 133 www.exponencialconcursos.com.br De acordo com o CPC 27 – Ativo imobilizado, a entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado. Conforme evidencia o Manual de Contabilidade Societária do FIPECAFI, na prática a distinção entre gastos do período e gastos de capital pode não ser das tarefas mais fáceis. Portanto, é bastante importante a atenção a princípios bem estabelecidos. Em geral, as empresas adotam o critério de materialidade e relevância dos gastos para enquadrá-los como de capital ou do período. Itens de baixo valor, como peças de reposição e insumos utilizados para a realização de reparos podem ser classificados como gastos do período. Quando, por outro lado, os dispêndios são relevantes, ou quando envolvem a adição de novas peças que trazem novas funcionalidades ao equipamento, os gastos relacionados à aquisição e instalação destas peças são adicionados ao custo do imobilizado. Segundo o CPC 27, os gastos efetuados com sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno que a entidade adquire são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera utilizá-los por mais de um período (portanto, não se prestam à venda, mas para uso sobre o ativo imobilizado). Do mesmo modo, se estes elementos somente puderem ser utilizados em conexão com itens do ativo imobilizado, eles também deverão ser contabilizados como ativo imobilizado. Em provas, normalmente a conta Peças e Conjunto de Reposição é apresentada como de ativo imobilizado, mesmo sem indicação do tempo pelo qual a entidade espera utilizá-la. Além disso, quando os estoques de peças e conjunto de reposição estiverem vinculados a outros itens de imobilizado (como, peças de máquinas ou de veículos) de maneira evidente, ela também deverá ser classificada no ativo imobilizado. Gastos do período são os gastos de "manutenção e reparo", necessários para manter o imobilizado em condições operacionais, mas que se limitam a um único exercício. não deverão ser adicionados ao custo do ativo esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 9 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Estoques e peças para reposição não devem ser depreciados, exceto se estiverem disponíveis para uso (no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração). Esquematizando: Custos Gastos Reconhecimento Manutenção e reparos Gastos do período São reconhecidos no resultado quando incorridos Peças e reposição ou paradas programadas Gastos de capital São reconhecidas no valor contábil do ativo imobilizado (FCC/SEFAZ – SP/2013) Os gastos do Departamento de Manutenção e Reparos de um Laticínio para realizar a pintura do imóvel onde está localizada a Administração Geral da empresa devem ser classificados, no período em que foram incorridos, como: a) imobilização. b) investimento. c) despesa. d) custo. e) perda. Resolução: De acordo com o CPC 27 – Ativo imobilizado, a entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado. Esquematização: Custos Gastos Reconhecimento Manutenção e reparos Gastos do período São reconhecidos no resultado quando incorridos Peças e reposição ou paradas programadas Gastos de capital São reconhecidas no valor contábil do ativo imobilizado Portanto, os gastos do Departamento de Manutenção e Reparos de um Laticínio para realizar a pintura do imóvel onde está localizada a Administração Geral da empresa devem ser classificados, no período em que foram incorridos, como despesa. Gabarito: Letra C. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 10 de 133 www.exponencialconcursos.com.br De acordo com a Lei 6404/76, art. 183: Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: (.........................) V - Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; (.........................) § 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência; b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.Explicando, o imobilizado deve ser registrado inicialmente pelo seu custo de aquisição. Uma vez registrado, o ativo imobilizado que estiver disponível para uso, ou seja, em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração, deverá ser depreciado. A conta de Depreciação Acumulada registra o total das despesas de depreciação incorridas ao longo da vida útil do bem, sendo conta retificadora de ativo. Além do reconhecimento das despesas de depreciação, a entidade deverá realizar, periodicamente, teste de recuperabilidade (Impairment) para seus ativos imobilizados, com o objetivo de verificar se o valor contábil destes ativos está superior ao valor recuperável de uso ou alienação (iremos ver este tópico nesta aula). Vamos agora estudar depreciação, amortização e exaustão. 2.4 – Avaliação do Ativo Imobilizado D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 11 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Inicialmente, esclareço que esse tópico está muito ligado também ao ativo intangível, por isso, este ativo será abordado de uma forma bem geral, pois iremos detalhá-lo no tópico seguinte. Segundo o artigo 179, IV e VI, da Lei 6.404/76, classificam-se, respectivamente, no Ativo Imobilizado e no Ativo Intangível: Regra geral, os bens e direitos de natureza permanente, cuja vida útil (bens) ou prazo de exercício (direitos) seja superior a um ano, sujeitam-se a depreciação, amortização ou exaustão, conforme o caso. Não precisam ser classificados no ativo imobilizado e intangível, os quais serão debitados diretamente ao resultado do exercício, como custo ou despesa operacional, os bens e direitos: Cujo valor unitário não supere o limite de R$ 1.200,00 fixado na legislação tributária, mesmo que o prazo de vida útil seja superior a um ano; (Decreto-Lei nº 1.598/77) Cujos elementos patrimoniais de vida útil ou prazo de exercício inferior a um ano; Os bens locados ou sujeitos a arrendamento mercantil (leasing) operacional; De acordo com o § 2º, art. 183, da Lei 6.404/76, a diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: Ativo Imobilizado • classificam-se os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. Ativo Intangível • classificam-se os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 3 - Depreciação, Amortização e Exaustão D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 12 de 133 www.exponencialconcursos.com.br A depreciação representa a diminuição do valor dos bens corpóreos (tangíveis ou materiais) que integram o ativo imobilizado, em decorrência de desgaste ou perda de utilidade pelo uso, ação da natureza ou obsolescência. O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos necessários à manutenção à atividade da empresa. São considerados bens de consumo durável, pois não são utilizados uma única vez. Depreciar significa “perder ou reduzir valor”. Vamos ver isso na prática. Por exemplo, quando compramos um carro zero, sabemos que, ao longo do tempo, ele terá perdido valor, pois ele não será mais zero, mas “usado”. Esta perda de valor é a depreciação. A depreciação é o procedimento que consiste em considerar despesa ou custo do período uma parte do valor do bem registrado pela empresa. Ela também pode ser considerada como uma parcela que se retira do lucro com o fim específico de formar uma provisão que permita substituir o bem depreciado sem a necessidade de recorrer a capitais de terceiros. São exemplos de bens classificados no Ativo Imobilizado e, portanto, estão sujeitos a depreciação: edificações, veículos, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, computadores etc. Por exemplo, se uma empresa adquire um veículo à vista no valor de R$ 10.000,00, inicialmente, a empresa registrará o veículo como um bem, no ativo imobilizado e não como uma despesa. Lançamento: D - Veículos (Ativo Imobilizado) C - Caixa (Ativo Circulante) ........................ 10.000,00 DEPRECIAÇÃO ▪ quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência; AMORTIZAÇÃO ▪ quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; EXAUSTÃO ▪ quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. 3.1 - Depreciação D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 13 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Depois, quando do efetivo funcionamento do veículo, a empresa registrará uma despesa de depreciação, ao longo da vida útil do bem. Essa despesa diminuirá o lucro da empresa, refletindo em uma menor parcela de impostos que incidem sobre o lucro a pagar. Vamos supor uma despesa de depreciação no primeiro ano de R$ 2.000,00. Lançamento: D - Despesas de Depreciação (Resultado) C - Depreciação Acumulada (Redutora do Ativo) ............. 2.000,00 Como vocês podem ver, a despesa de depreciação não pressupõe a redução do valor original da conta veículo. Essa redução é contabilizada na conta Depreciação Acumulada, retificadora de ativo, integrante do grupo patrimonial ao qual pertence o bem depreciado. Segue o registro do bem com a depreciação acumulada respectiva no balanço patrimonial: ATIVO Veículo 10.000,00 (-) Depreciação acumulada (2.000,00) Total = 8.000,00 A depreciação será calculada pela aplicação da taxa de depreciação, fixada em função da vida útil do bem, sobre o valor dos bens objeto de depreciação. A vida útil de um bem é o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo ou o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. A taxa de depreciação corresponde a um percentual fixado em função do prazo durante o qual se possa esperar utilização econômica do bem, na produção de seus rendimentos. Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor estimativa técnica disponível. Exemplo: Se a Empresa Aprovados S/A adquire duas máquinas e estima que uma terá vida útil de 10 anos e o outra terá vida útil de 8 anos, deve depreciá-las conforme esta estimativa. No entanto, a Receita Federal do Brasil aceita apenas determinados prazos para cálculo da depreciação. Assim, as diferenças porventura existentes, entre a melhor estimativa e o critériodeterminado pelo fisco na vida útil do bem, devem ser ajustadas, para efeito de Imposto de Renda. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 14 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Para concursos, devemos usar o que informa a questão, ainda que diferente do critério fiscal. Se não mencionar vida útil, usamos a taxa de depreciação que o fisco determina, conforme tabela abaixo: Bens (contas) Taxa anual Prazo (vida útil) Edifícios, construções e benfeitorias 4% 25 anos Máquinas, equipamentos e instalações 10% 10 anos Móveis e Utensílios 10% 10 anos Computadores e periféricos 20% 5 anos Veículos 20% 5 anos Não é admitido o registro de quota de depreciação em relação aos seguintes bens: a. Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos, benfeitorias e construções; b. Prédios ou construções não alugados e nem utilizados na produção de bens ou serviços destinados a manter a atividade da empresa; c. Bens que aumentam de valor com o tempo como as antiguidades e as obras de arte; d. Bens para os quais sejam registradas quotas de amortização ou exaustão. Conceitos importante que você deve levar para sua prova: 1) Valor original: É o valor pelo qual o bem é inicialmente registrado na contabilidade da entidade. Está intrinsecamente relacionado ao princípio do registro pelo valor original. Normalmente, equivale ao custo de aquisição dos veículos, máquinas, imóveis, etc. O valor original não deve ser alterado para registro da depreciação. Iremos utilizar a conta retificadora de ativo “Depreciação Acumulada” para isso. 2) Valor contábil: é o montante pelo qual o ativo está registrado na contabilidade, líquido da respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e das perdas estimadas por redução ao valor recuperável. Por exemplo, um veículo adquirido por R$ 10.000,00 e que já tenha acumulado despesas de depreciação de R$ 2.000,00, terá como valor contábil o montante de R$ 8.000,00. Valor original registrado no Balanço Patrimonial ...................... 10.000 (-) Depreciação, Amortização ou Exaustão Acumulada ............. (2.000) (-) Perdas Estimadas por Redução ao Valor Recuperável .................. 0 = Valor Contábil ................................................................ 8.000 D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 15 de 133 www.exponencialconcursos.com.br 3) Valor residual: Valor residual é o montante líquido que a entidade espera, com razoável segurança, obter por um ativo no fim de sua vida útil, deduzidos os custos esperados para sua venda. Esse valor não deve ser depreciado. 4) O valor depreciável é o montante que a entidade deverá utilizar como base de cálculo para lançamento das despesas de depreciação. Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual. Por exemplo, um veículo adquirido por R$ 10.000,00 tem vida útil de 5 anos e valor residual de 10% (1.000,00). Assim, o valor depreciável é igual a R$ 9.000,00 (10.000 – 1.000). Valor do Custo de Aquisição ............................. 10.000 (-) Valor Residual ........................................... (1.000) = Valor depreciável ...................................... 9.000 5) Um Bem só pode ser depreciado a partir do mês em que for colocado em uso. 6) Quando um bem for adquirido e colocado em uso durante o ano, sua taxa de depreciação deverá ser proporcional ao número de meses durante o qual for utilizado. Considera-se como mês integral a fração do mês no qual o Bem foi posto em utilização, mesmo que tenha sido de apenas um dia. 7) Lançamento de aquisição de um bem depreciável à vista: D - Veículos (Ativo Imobilizado) C - Caixa (Ativo Circulante) 8) Lançamento de registro da depreciação no período: D - Despesas de Depreciação (Resultado) C - Depreciação Acumulada (Redutora do Ativo) 9) Quando a depreciação acumulada de um bem chegar a 100% não haverá mais o cálculo nem a contabilização de depreciação. O bem permanece na contabilidade pelo valor original e a conta Depreciação Acumulada terá valor idêntico, até ser baixado. 10) Lançamento de baixa de bem totalmente depreciado: D - Depreciação Acumulada (Redutora do Ativo) C - Veículos (Ativo Imobilizado) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 16 de 133 www.exponencialconcursos.com.br 11) Os gastos incorridos com reparos, conservação ou substituição de partes ou peças de bens do ativo imobilizado, de que resulte aumento da vida útil superior a um ano, devem ser incorporados ao valor do bem para fins de depreciação do novo valor contábil. Vejamos alguns dos métodos utilizados para cálculo da depreciação. a) Método linear ou da linha reta (método das quotas constantes) É o método mais recorrente em provas e o mais utilizado pelas bancas. Se a questão não mencionar o método de depreciação, você irá utilizar o linear. Provavelmente, uma questão sobre depreciação será cobrada na sua prova. A depreciação é calculada dividindo-se os 100% (cem por cento) do bem ou do seu valor pelo tempo de vida útil estimada. Geralmente, é determinada de forma anual. Se quiser encontrar a taxa mensal, basta dividir a taxa anual por 12 meses. Normalmente, para efeito de cálculo de depreciação, não consideramos a fração diária de depreciação e sim no mínimo a fração mensal. Exemplo: Um veículo adquirido por R$ 10.000,00 com tempo de vida útil estimado de 5 anos possui taxa de depreciação anual de: Taxa de depreciação anual = 100%/5 anos = 20% ao ano. Despesa de depreciação anual = 20% X 10.000 = R$ 2.000,00. ou Despesa de depreciação anual = 10.000/5 anos = R$ 2.000,00. b) Método da soma dos dígitos ou método de Cole É determinada somando-se os dígitos correspondentes à vida útil do bem e dividindo cada algarismo pela soma. Se, por exemplo, um bem tiver a vida útil de 5 anos, bastaríamos somas os dígitos 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15 e estabelecermos a proporcionalidade de cada dígito em relação à soma dos mesmos, obtendo-se assim a taxa anual de depreciação. Esse método pode ser calculado da forma crescente ou decrescente. Suponha que o valor a ser depreciado será de R$ 4.500,00. Pelo método da soma dos dígitos, na forma crescente, temos que: 3.1.1 - Métodos de Depreciação D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 17 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Taxas crescentes Ano Fração Depreciação anual 1 (1/15) X 4.500 R$ 300,00 2 (2/15) X 4.500 R$ 600,00 3 (3/15) X 4.500 R$ 900.00 4 (4/15) X 4.500 R$ 1.200,00 5 (5/15) X 4.500 R$ 1.500,00 Total R$ 4.500,00 Considerando o mesmo exemplo acima, pelo método da soma dos dígitos, na forma decrescente,temos que: Taxas decrescentes Ano Fração Depreciação anual 1 (5/15) X 4.500 R$ 1.500,00 2 (4/15) X 4.500 R$ 1.200,00 3 (3/15) X 4.500 R$ 900.00 4 (2/15) X 4.500 R$ 600,00 5 (1/15) X 4.500 R$ 300,00 Total R$ 4.500,00 c) Método das horas de trabalho Este método consiste em estimar o número de horas de trabalho durante o tempo de vida útil previsto para o bem. A cota de depreciação será obtida dividindo-se o número de horas trabalhadas no período pelo número de horas de trabalho estimado durante a vida útil do bem. Este método é próprio das empresas industriais. Exemplo: Máquina com vida útil de 10.000 horas. Trabalhou 1.000 horas em X1. Depreciação anual: 1.000 / 10.000 = 0,10 ou 10%. d) Métodos das unidades produzidas Também é utilizado por empresas industriais, e consiste em estimar o número total de unidades que devem ser produzidas pelo bem ao longo de sua vida útil. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 18 de 133 www.exponencialconcursos.com.br A cota de depreciação de cada período será obtida dividindo-se o número de unidades produzidas no período pelo número de unidades estimadas a serem produzidas ao longo de sua vida útil. Exemplo: uma máquina custou R$ 50.000 e com capacidade de produção total, ao longo de toda a sua vida útil, de 500.000 de unidades. No ano de X1, foram produzidas 100.000 unidades. Portanto, a depreciação em X1 será: Taxa de depreciação = (100.000/500.000) = 0,20 ou 20%. Valor da depreciação em X1: 50.000 x 20% = R$ 10.000,00. A depreciação acelerada consiste em atribuir coeficientes multiplicadores em função do número de horas diárias de operação do bem sujeito ao desgaste pelo uso. Somente é adotada no caso de bens móveis. Coeficientes adotados: I. Coeficiente 1,0 para um turno de oito horas de operação; II. Coeficiente 1,5 para 2 turnos de oito horas de operação (16 horas); III. Coeficiente 2,0 para 3 turnos de oito horas de operação (24 horas); Exemplo: Uma máquina registrada no balanço de 19X0 por R$ 10.000,00, e que trabalhou 3 turnos diários durante o exercício de 19X1. Calcular a depreciação a ser registrada no balanço de 19X1. Por trabalhar 3 turnos - implica usar o coeficiente 2,0 sobre a taxa anual de depreciação do bem, assim: Depreciação Acelerada = (2,0 x 10%) x 10.000,00 = R$ 2.000,00 A depreciação de bens adquiridos usados possui uma regra diferente de cálculo dos bens novos. Segundo o Regulamento do Imposto de Renda, o prazo de depreciação será o maior dentre os seguintes: a. metade do prazo de vida útil do bem novo; b. restante do prazo de vida útil do bem, considerado este em relação à primeira instalação ou utilização desse bem. 3.1.2 - Depreciação Acelerada 3.1.3 - Depreciação de bens usados D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 19 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Exemplo: Aquisição de duas máquinas usadas, a primeira com dois anos de uso e a segunda com 8 anos de uso. O tempo de vida útil normal da máquina, quando nova, é de 10 anos. Máquina 1: Vida útil restante: 10 anos – 2 anos = 8 anos Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos No caso 1, o veículo será depreciado em 8 anos. Máquina 2: Vida útil restante: 10 anos – 8 anos = 2 anos Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos No caso 2, o veículo será depreciado em 5 anos. Vamos praticar! (FCC/Técnico Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª/2014) Uma empresa adquiriu uma máquina pelo valor de R$ 1.000.000 e definiu que a utilizaria por um período de oito (8) anos. No final deste prazo de utilização, a empresa estimou que conseguiria vendê-la por R$ 120.000. A máquina foi adquirida em 31/12/2009 e a empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo da despesa de depreciação. Sabe-se que pelas regras fiscais a máquina é depreciada em 10 anos. O saldo contábil da máquina a ser apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2012 é, em R$, a) 625.000,00. b) 700.000,00. c) 736.000,00. d) 670.000,00. e) 550.000,00. Resolução: Custo de aquisição da máquina = R$ 1.000.000,00 Data da aquisição: 31/12/2009 Valor residual = R$ 120.000,00 Vida útil = 8 anos*; * PEGADINHA: Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor estimativa técnica disponível. Para concursos, devemos usar o prazo de utilização que informa a questão, ainda que diferente do critério fiscal. Somente usamos as regras fiscais se não for mencionado a vida útil econômica do bem. Nesta questão, foi dado a vida útil econômica e a vida útil com base nos critérios fiscais. Para resolução, utilizamos a vida útil econômica. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 20 de 133 www.exponencialconcursos.com.br 1. Valor depreciável = custo de aquisição – valor residual Valor depreciável = 1.000.000 – 120.000 = R$ 880.000,00 2. Depreciação anual = Valor depreciável = 880.000,00 = R$ 110.000,00 Vida útil em anos 8 anos 3. Depreciação acumulada: 2010: R$ 110.000,00 2011: R$ 110.000,00 2012: R$ 110.000,00 Depreciação acumulada em 31/12/2012 = R$ 330.000,00 (110.000 x 3) 4. Saldo contábil da máquina no balanço patrimonial de 31/12/2012: Máquina ............................................ 1.000.000,00 (-) Depreciação acumulada …................. (330.000,00) = Valor Contábil da máquina .................. 670.000,00 Gabarito: Letra D. A amortização representa a diminuição do valor de bens intangíveis, ou em outras palavras, a recuperação econômica do capital aplicado nesses bens. São bens classificados no Ativo não Circulante, subgrupo Intangível: Marcas e Patentes, direitos autorais, autorizações ou concessões, ponto Comercial, fundo de Comércio, Benfeitorias em prédios de terceiros (Ativo Imobilizado), desenvolvimento de produtos etc. Normalmente, os bens do Ativo Intangível são amortizados. Excetua-se alguns itens do Imobilizado, como a Benfeitoria em Propriedade de terceiros, que pode ser depreciada ou amortizada. OBSERVAÇÃO: O montante acumulado da amortização não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem ou direito, corrigido monetariamente. AMORTIZAÇÃO ▪ quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; 3.2 - Amortização D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 21 de 133 www.exponencialconcursos.com.br O Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível - define vida útil como o período de tempo no qual a entidade esperautilizar um ativo; ou o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. Se o item a ser amortizado tiver um valor residual, o mesmo deve ser abatido do valor que será amortizado. A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessárias para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração. A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. O processo de amortizar é o mesmo que depreciar. Exemplo: Marcas e Patentes = R$ 1.000.000,00 Prazo de utilização = 10 anos Taxa Anual = 100%/10 anos = 10% a.a. Amortização Anual = 10% x 1.000.000,00 = 100.000,00 Contabilização: Despesa de Amortização a Amortização Acumulada ......................... 100.000,00 Corresponde à perda de valor decorrente da exploração de recursos minerais ou florestais ou de bens aplicados nessa exploração. Ativo Intangível vida útil definida deve ser amortizado vida útil indefinida não deve ser amortizado 3.3 - Exaustão D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 22 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Exaurir, segundo o dicionário, significa “gastar”, “esgotar inteiramente”. Obs.: A exaustão pode ser aplicada em bens do Ativo Imobilizado (Ex: florestas próprias), ou no Intangível (concessões obtidas - exploração de recursos minerais). No caso dos recursos minerais, somente se sujeitam à exaustão as minas que estiverem sob o regime de concessão, ou seja, prazo contratual superior ao prazo de esgotamento dos recursos minerais ou prazo indeterminado de exploração dos recursos minerais. Quando o prazo contratual for inferior ao prazo de esgotamento dos recursos minerais, deve ser aplicada a taxa de amortização, uma vez que são minas arrendadas (propriedade de terceiros). Normalmente, a exaustão é calculada com base na possança do recurso mineral ou florestal. Mas, se o prazo de exploração for insuficiente para esgotar os recursos, a exaustão deve ser calculada em função do prazo de concessão. Possança, na contabilidade, é o tamanho (ou capacidade) de um recurso mineral, medida em toneladas ou metros cúbicos. Lembrar que o processo de exaustão é idêntico ao de depreciar e amortizar, diferenciando-se dos bens a que se aplicam. Não estão sujeitos à exaustão os recursos minerais inesgotáveis ou de exaustão indeterminada, como as fontes de água mineral. Exemplo: Custo de Obtenção dos Direitos de Lavra = R$ 100.000,00 Reserva Potencial de Exploração (possança) conhecida = 20.000.000 t Minério extraído por ano = 2.400.000 toneladas Taxa de exaustão = 2.400.000 X 100 = 12% 20.000.000 Despesa de Exaustão = 12% x 100.000,00 = R$ 12.000,00 Lançamento: Despesa de Exaustão a Exaustão Acumulada .................... 12.000,00 De acordo com o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, a mudança na estimativa contábil decorre de uma nova informação ou inovações que resultar em ajustes nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, 3.4 – Mudança de Estimativa de Vida Útil D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 23 de 133 www.exponencialconcursos.com.br avaliados com base em informações disponíveis e confiáveis a época da mensuração. Ao longo da utilização de seus ativos, a companhia pode perceber que a vida útil estimada para alguns de seus bens precisa ser revista. Este fato afetará o cálculo da depreciação, da amortização ou da exaustão. A mudança na vida útil ou no padrão esperado de consumo de um ativo não trará qualquer impacto sobre o valor original do bem. Do mesmo modo, a depreciação acumulada até o período de revisão da estimativa de vida útil será mantida. A diferença fica por conta da vida útil restante e da base de cálculo das despesas de depreciação. Por exemplo, vamos supor que a empresa Aprovados S/A adquira um veículo ao custo de R$ 20.000,00 em primeiro de janeiro de 2006 e, na ocasião, fica estimado que a vida útil do imobilizado é de 5 anos. Em primeiro de janeiro de 2009, a empresa decide proceder à revisão da vida útil do veículo. Laudo emitido por técnicos especializados dão conta de que o ativo possui, a partir da data da avaliação, mais 4 anos de vida útil. Qual é o valor: a) da despesa de depreciação do veículo no ano de 2009? b) do valor contábil do veículo no ano de 2009? Primeiro, descobriremos o valor contábil do veículo na data da reestimativa, ou seja, em primeiro de janeiro de 2009. Custo de aquisição do veículo em 01/01/2006 = R$ 20.000,00 Vida útil em 2006 = 5 anos Taxa de depreciação anual = 100%/5 anos = 20% a.a. Cálculo das despesas de depreciação de 2006 a 2008: Despesa de depreciação em 2006 = 20% x 20.000 = R$ 4.000,00 Despesa de depreciação em 2007 = 20% x 20.000 = R$ 4.000,00 Despesa de depreciação em 2008 = 20% x 20.000 = R$ 4.000,00 = saldo total de depreciação acumulada até 2008 = R$ 12.000,00 Custo de aquisição do veículo ................. 20.000 (-) Depreciação acumulada .................. (12.000) = Saldo contábil em 31/12/2008 …............ 8.000 A nova base de cálculo da depreciação do bem, após a reestimativa da vida útil, será o valor contábil à época deste fato, deduzido de eventuais valores residuais (se houver). D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 24 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Em janeiro de 2009, foi realizada uma reestimativa da vida útil do veículo, que será utilizado por mais quatro anos. Então temos: Custo de aquisição do veículo em 01/01/2006 = R$ 20.000,00 Depreciação acumulada em 2008 = R$ 12.000,00 Vida útil em 2009 = 4 anos Taxa de depreciação anual = 100%/4 anos = 25% a.a. Depreciação em 2009 = (custo de aquisição – depreciação acumulada) x taxa de depreciação Depreciação em 2009 = (20.000 – 12.000) x 25% = R$ 2.000,00 Custo de aquisição do veículo ....... 20.000 (-) Depreciação acumulada ......... (14.000) = (12.000 + 2.000) = Saldo contábil em 31/12/2009 .... 6.000 Agora, podemos responder as perguntas da questão: a) despesa de depreciação em 2009 = R$ 2.000,00. b) valor contábil do veículo em 2009 = R$ 6.000,00. Meus caros, em nosso exemplo, o bem não possuía valor residual. Porém, ainda que o tivesse, o valor depreciável do bem, após a reestimativada vida útil, seria o valor contábil na data da reestimativa deduzido do valor residual identificado (que pode ser o mesmo ou outro, também revisto pela companhia). Esclarecemos que não alteramos o valor original do ativo. Mexemos na nova avaliação de vida útil (ou no valor residual, se for o caso) e no valor depreciável do bem após a reestimativa. (FCC/SEFAZ – SP/2013) A Cia. Metais adquiriu, em 30/06/2011, uma mina de minério de ferro por R$ 270.000,00. A estimativa inicial era de que seriam extraídas 270.000 toneladas desse minério. Durante 2011, foram extraídas 50.000 toneladas. No início de 2012, os técnicos encontraram um novo veio de minério e reestimaram que ainda existiam 250.000 toneladas para serem extraídas. Durante 2012, foram extraídas mais 20.000 toneladas. Com base nestas informações, o valor da despesa de exaustão referente aos anos de 2011 e 2012 foram, respectivamente, em milhares de reais, a) 50.000 e 17.600. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 25 de 133 www.exponencialconcursos.com.br b) 50.000 e 21.600. c) 45.000 e 21.600. d) 50.000 e 18.000. e) 45.000 e 18.000. Resolução: Cálculo da exaustão em 2011: Custo de aquisição da mina em 30/06/2011 = R$ 270.000,00 Capacidade (possança) estimada inicial da mina = 270.000 toneladas (T) Extração em 2011 = 50.000 T Exaustão em 2011 = Extração em 2011 x custo de aquisição Possança em 2011 Exaustão em 2011 = 50.000 T x 270.000 = R$ 50.000,00 270.000 T Registro da exaustão em 31/12/2011: Exaustão a Exaustão Acumulada ............................ 50.000,00 Cálculo da exaustão em 2012: Custo de aquisição da mina em 30/06/2011 = R$ 270.000,00 Exaustão acumulada em 2011 = R$ 50.000,00 Capacidade (possança) da mina em 2012 após reestimativa = 250.000 T Extração em 2012 = 20.000 T Exaustão = Extração em 2012 x (custo– exaustão acumulada 2011) Possança em 2012 Exaustão em 2012 = 20.000 T x (270.000 – 50.000) = R$ 17.600,00 250.000 T Gabarito: Letra A. Segundo o art. 179, VI, da Lei 6.404/76, são classificados no ativo intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) 4 – Ativo Intangível D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 26 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Em síntese, os intangíveis são aqueles ativos que não têm existência física (bem de existência abstrata). Com a entrada em vigor da Lei 11.638/07, o subgrupo intangível passou a existir, separando os bens corpóreos no imobilizado e os incorpóreos no intangível. Antes desta Lei, tudo era classificado no imobilizado. Por exemplo, são classificados no intangível: softwares, marcas, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de clientes, franquias, fidelidade de clientes, concessões obtidas. De acordo com o CPC 04, ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Ainda, segundo CPC 04, um ativo será classificado como intangível quando atender cumulativamente a três requisitos: 1º) ser identificável; 2º) ser controlável; 3º) ser gerador de benefícios econômicos futuros. Nem todos os exemplos (marcas, patentes) descritos em item anterior se enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis, controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros. Caso um item abrangido pelo pronunciamento nº 04 não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido. No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de negócios, passa a fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) reconhecido na data da aquisição. O ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é a diferença entre preço pago na compra do investimento e o valor justo (valor de mercado) de seus ativos líquidos. Goodwill = Valor pago - Valor Justo (regra, valor de mercado). Ou seja, quando uma empresa adquire um investimento permanente em outra sociedade por um valor maior que o seu preço de mercado, temos o goodwill. Ao longo do curso, iremos detalhar mais sobre o goodwill. ATENÇÃO: ativos líquidos correspondem a diferença entre o ativo e o passivo exigível, ou seja, é sinônimo de patrimônio líquido e significa o valor dos ativos líquidos dos passivos. Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível, quando: D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 27 de 133 www.exponencialconcursos.com.br (a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou (b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter benefícios econômicos futuros gerados pelo recurso subjacente e de restringir o acesso de terceiros a esses benefícios. Normalmente, a capacidade da entidade de controlar os benefícios econômicos futuros de ativo intangível advém de direitos legais que possam ser exercidos num tribunal. A ausência de direitos legais dificulta a comprovação do controle. No entanto, a imposição legal de um direito não é uma condição imprescindível para o controle, visto que a entidade pode controlar benefícios econômicos futuros de outra forma. Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem incluir a receita da venda de produtos ou serviços, redução de custos ou outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade. Por exemplo, o uso da propriedade intelectual em um processo de produção pode reduzir os custos de produção futuros em vez de aumentar as receitas futuras. Pessoal, alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem substância física, como um disco (como no caso de software), documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme. Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado de acordo com CPC 27 – ativo imobilizado ou como ativo intangível, nos termos do CPC 04 (R1), a entidade avalia qual elemento é mais significativo. Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o software não é parte integrantedo respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível. Esquematizando: Ativos Elemento mais significativo Classificação Software integra o equipamento Equipamento Imobilizado Software não integra o equipamento Software Intangível D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 28 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se: (a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e (b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. O ativo intangível é reconhecido inicialmente ao custo. Seu custo inclui todos os gastos necessários para deixá-lo nas condições pretendidas pela administração, e cessa quando isso ocorre. O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui: (a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e (b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta. Um ativo intangível pode ser adquirido ou gerado internamente. Por vezes é difícil avaliar se um ativo intangível gerado internamente se qualifica para o reconhecimento, devido às dificuldades para: Exemplos de custos diretamente atribuíveis custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que o ativo fique em condições operacionais (de uso ou funcionamento); honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique em condições operacionais; e custos com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente. Exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e custos administrativos e outros custos indiretos. 4.1 – Reconhecimento de um ativo intangível 4.2 – Ativo intangível gerado internamente D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 29 de 133 www.exponencialconcursos.com.br (a) identificar se, e quando, existe um ativo identificável que gerará benefícios econômicos futuros esperados; e (b) determinar com confiabilidade o custo do ativo. Em alguns casos não é possível separar o custo incorrido com a geração interna de ativo intangível do custo da manutenção ou melhoria do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente ou com as operações regulares (do dia-a-dia) da entidade. Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de reconhecimento, a entidade deve classificar a geração do ativo: (a) na fase de pesquisa; e/ou (b) na fase de desenvolvimento. Embora os termos "pesquisa" e "desenvolvimento" estejam definidos, as expressões "fase de pesquisa" e "fase de desenvolvimento" têm um significado mais amplo para efeitos do CPC 04 (R1). Caso a entidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento de projeto interno de criação de ativo intangível, o gasto com o projeto deve ser tratado como incorrido apenas na fase de pesquisa. Durante a fase de pesquisa, a entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Portanto, os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. São exemplos de atividades de pesquisa: (a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; (b) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa ou outros conhecimentos; (c) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços; e (d) formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou aperfeiçoados. A fase de desenvolvimento de um projeto é mais avançada do que a fase de pesquisa. Assim, durante a fase de desenvolvimento, a entidade 4.2.1 – Fase de pesquisa 4.2.2 – Fase de desenvolvimento D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 30 de 133 www.exponencialconcursos.com.br pode ou não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Se os gastos com desenvolvimento não forem capazes de gerar prováveis benefícios econômicos futuros, esses gastos devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. Porém, os gastos incorridos na fase de desenvolvimento que gerarem prováveis benefícios econômicos futuros para a entidade devem ser contabilizados como ativo intangível. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados: (a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda; (b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo; (c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível; (d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade; (e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e (f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento. São exemplos de atividades de desenvolvimento: (a) projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou pré-utilização; (b) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova tecnologia; Gastos com desenvolvimento reconhecidos como Ativo Intangível Geram prováveis benefícios econômicos futuros para a entidade; O ativo será usado ou vendido; Capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 31 de 133 www.exponencialconcursos.com.br (c) projeto, construção e operação de fábrica-piloto, desde que já não esteja em escala economicamente viável para produção comercial; e (d) projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas e serviçosnovos ou aperfeiçoados. Esquematizando: Gastos Classificação Fase de pesquisa Sempre despesas, quando incorridos. Fase de desenvolvimento Despesas, quando não gerar prováveis benefícios econômicos futuros. Ativo Intangível, quando gerar prováveis benefícios econômicos futuros. (FCC/SEFIN – RO/2010) Sobre os ativos intangíveis gerados internamente pode-se afirmar que a) os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto na fase de desenvolvimento, devem ser reconhecidos no ativo da entidade. b) as atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser reconhecidas no ativo pelo valor do custo. c) os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na fase de desenvolvimento, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento. d) os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer situação, devem ser reconhecidos no resultado. e) a entidade pode, durante a fase de desenvolvimento e em alguns casos, identificar um ativo intangível e demonstrar que o mesmo gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Resolução: Analisando cada assertiva. a) incorreta. Os gastos incorridos na fase de desenvolvimento podem ser reconhecidos no ativo da entidade. Gastos Classificação Fase de pesquisa Sempre despesas, quando incorridos. Fase de desenvolvimento Despesas, quando não gerar prováveis benefícios econômicos futuros. Ativo Intangível, quando gerar prováveis benefícios econômicos futuros. b) incorreta. São exemplos de atividades de pesquisa: (a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 32 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Portanto, seus custos não são incluídos no ativo, porque são despesas, quando incorridos. c) incorreta. Os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na fase de desenvolvimento pesquisa, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento. d) incorreta. Apenas os gastos com desenvolvimento que não forem capazes de gerar prováveis benefícios econômicos futuros são reconhecidos como despesa quando incorridos, ou seja, no resultado. e) correta. Perfeito. Gabarito: Letra E. Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, o seu custo deve ser o valor justo na data de aquisição, o qual reflete as expectativas dos participantes do mercado na data de aquisição sobre a probabilidade de que os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo serão gerados em favor da entidade. Em outras palavras, a entidade espera que haja benefícios econômicos em seu favor, mesmo se houver incerteza em relação à época e ao valor desses benefícios econômicos. O adquirente deve reconhecer na data da aquisição, separadamente do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) apurado em uma combinação de negócios, um ativo intangível da adquirida, independentemente de o ativo ter sido reconhecido pela adquirida antes da aquisição da empresa. Isso significa que a adquirente reconhece como ativo, separadamente do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill), um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento da adquirida se o projeto atender à definição de ativo intangível. Um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento da adquirida atende à definição de ativo intangível quando: (a) corresponder à definição de ativo; e (b) for identificável, ou seja, é separável ou resulta de direitos contratuais ou outros direitos legais. Segue uma tabela que resume a classificação dos gastos após a aquisição de um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento: Gastos Classificação Pesquisas em andamento adquiridos Ativo Intangível Pesquisas após a aquisição Despesas Desenvolvimento em andamento adquiridos Ativo Intangível Desenvolvimento após a aquisição Despesas ou Ativo Intangível 4.3 – Ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 33 de 133 www.exponencialconcursos.com.br O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo. Em alguns casos incorre-se em gastos para gerar benefícios econômicos futuros, mas que não resultam na criação de ativo intangível que se enquadre nos critérios de reconhecimento estabelecidos no CPC 04 (R1). Esses gastos costumam ser descritos como contribuições para o ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente, o qual não é reconhecido como ativo porque não é um recurso identificável (ou seja, não é separável nem advém de direitos contratuais ou outros direitos legais) controlado pela entidade que pode ser mensurado com confiabilidade ao custo. As diferenças entre valor justo da entidade e o valor contábil de seu patrimônio líquido, a qualquer momento, podem incluir uma série de fatores que afetam o valor justo da entidade. No entanto, essas diferenças não representam o custo dos ativos intangíveis controlados pela entidade. (CESPE / Analista MPU / 2015) Julgue o item que se segue, relativos à contabilização dos itens do ativo e do passivo. O ativo intangível gerado internamente não deve ser reconhecido nas demonstrações contábeis. ( ) Certo ou ( ) Errado Resolução: Misturou conceitos. O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo (ou seja, nas demonstrações contábeis). O ativo intangível gerado internamente pode vir a ser reconhecido nas demonstrações contábeis, desde que atenda os critérios de reconhecimento do CPC 04 (R1). Gabarito: Errado. Os gastos com um item intangível devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos, exceto: (a) se fizerem parte do custo de ativo intangível que atenda aos critérios de reconhecimento; ou (b) se o item é adquirido em uma combinação de negócios e não possa ser reconhecido como ativo intangível. Nesse caso, esse gasto (incluído no custo da combinação de negócios) deve fazer parte do valor atribuível ao ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) na data de aquisição. 4.4 – Goodwill gerado internamente 4.5 – Reconhecimento de despesa D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 04 Prof. Feliphe Araújo 34 de 133 www.exponencialconcursos.com.br Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se: (a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e (b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. Exemplos gastos a serem reconhecidos como despesa quando incorridos: (a) gastos com atividades pré-operacionais destinadas a constituir a empresa (ou seja, custo do início das operações), exceto se estiverem incluídas no custo de um item do ativo imobilizado, conforme Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado.
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