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PROPOSTA DE TRATAMENTO PARA PACIENTE COM FIBROMIALGIA (1)

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Proposta de tratamento hidrocinesioterapêutico em paciente com fibromialgia 
 
Proposal for hydrokinesiotherapeutic treatment in a patient with fibromyalgia 
 
Katlyn Maria de Oliveira Viana¹*, Luciana Cristina Rafel Ognibeni² 
¹Discente do Centro Universitário Ingá- Uningá, Maringá, PR, Brasil 
²Docente do Centro Universitário Ingá- Uningá, Maringá, PR, Brasil. 
Rod PR 317, n° 6114 Parque Industrial 200, Maringá - Paraná, 87035-510. 
*vianakatlyn@gmail.com 
 
RESUMO 
A fibromialgia é uma patologia de característica não inflamatória e etiologia desconhecida, sendo 
comum seu manifesto no sistema musculoesquelético provocando fortes dores crônicas, causadas 
pelo surgimento de Tender Points. Por não apresentar etiologia concreta, a fibromialgia pode ser 
confundida com outras patologias, como a síndrome da fadiga muscular e até mesmo depressão. 
Deste modo ainda não existe cura para doença, sendo utilizados tratamentos que possam reduzir 
as sintomatologias, como por exemplo a hidroterapia, que associado seus princípios físicos com 
exercícios fisioterapêuticos, proporcionam melhora do quadro doloroso, impactando na melhora 
das atividades de vida diária. A presente pesquisa tem como objetivo principal relatar o caso de 
uma paciente com fibromialgia atendida por uma estagiária, no setor da hidroterapia da clínica 
escola de fisioterapia do Centro Universitário Uningá, apresentando um modelo de propostas de 
condutas referentes ao tratamento de pacientes com fibromialgia. A paciente foi avaliada seguindo 
a ficha de avaliação fisioterapêutica, contendo informações de dados pessoais, história da doença 
e avaliação físico funcional, por meio da goniometria e força muscular. Através dos resultados 
foram desenvolvidas condutas para melhora do quadro de fibromialgia com recursos da 
hidrocinesioterapia, criando exercícios de aquecimento, alongamento, fortalecimento e 
relaxamento, e o uso de técnicas com Bad Ragaz e Watsu. Apesar dos estudos comprovarem a 
importância da hidroterapia para tratamento da FM, ainda se faz necessário novas pesquisas e a 
divulgação desses dados para a população valorizando a profissão e proporcionando para os 
pacientes a melhora da sintomatologia e melhora das atividades de vida diária. 
Palavras chaves: Fibromialgia. Hidroterapia. Fisioterapia 
 
ABSTRACT 
Fibromyalgia is a pathology of non-inflammatory characteristic and unknown etiology, and its 
manifestation is common in the musculoskeletal system, causing severe chronic pain, caused by 
the appearance of Tender Points. Because it does not have a concrete etiology, fibromyalgia can 
be confused with other pathologies, such as muscle fatigue syndrome and even depression. Thus, 
there is still no cure for the disease, and treatments that can reduce symptoms are used, such as 
hydrotherapy, which associated with its physical principles with physiotherapeutic exercises, 
provide an improvement in the painful condition, impacting the improvement of activities of daily 
living. The main objective of the present research is to report the case of a patient with 
fibromyalgia treated by an intern, in the hydrotherapy sector of the clinic school of physiotherapy 
of the Centro Universitário Uningá, presenting a model of proposed conducts regarding the 
treatment of patients with fibromyalgia. The patient was evaluated following the physical therapy 
evaluation form, containing information on personal data, history of the disease and physical-
functional evaluation, through goniometry and muscle strength. Through the results, conducts 
were developed to improve the fibromyalgia condition with hydrokinesiotherapy resources, 
creating warm-up, stretching, strengthening and relaxation exercises, and the use of techniques 
with bad ragaz and watsu. Despite the studies proving the importance of hydrotherapy for the 
treatment of FM, further research and the dissemination of these data to the population are still 
necessary, valuing the profession and providing patients with an improvement in symptoms and 
improvement in activities of daily living. 
Keywords: Fibromyalgia. Hydrotherapy. Physiotherapy. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A palavra fibromialgia é consequente do latim, indicando conceito de fibro (tecido 
fibroso, vigentes em ligamentos, tendões e fáscias) e do grego mio (tecido muscular) algos 
(dor) e ia (condição), nome sugerido por Yunus e cols. (Helfenstein; Goldenfum & Siena, 
2012). 
 Apesar de ser conhecida a muito tempo, a fibromialgia (FM) só vem sido 
estudada no decorrer de quatro décadas. Mesmo não sendo bem definida clinicamente, 
em 1970 foi relatado o primeiro caso de distúrbio do sono, e somente em 1977 foi 
introduzido o conceito de fibromialgia quando descreveram os sítios anatômicos que 
apresentavam sensibilidade dolorosa exorbitante, sendo denominados assim de tender 
points. (Helfenstein; Goldenfum & Siena, 2012). 
Somente no ano de 1980, um corpo crescente colaborou para uma descoberta a 
respeito da fibromialgia, caracterizando-a, como uma síndrome de dor crônica que se 
relaciona com um mecanismo de sensibilização do sistema nervoso central a dor 
(Provenza et al., 2004). 
A fibromialgia é definida como uma síndrome dolorosa crônica, que atinge não 
só o sistema muscular, mas, também outras estruturas. Essa síndrome apresenta 
características não inflamatórias e etiologia desconhecida sendo comum seu manifesto no 
sistema musculoesquelético. Por não apresentar causa específica e se relacionar com 
sintomas parecidos com outras patologias, como a depressão e a síndrome da fadiga 
crônica, ainda é desconhecido os fatores que definem a fibromialgia, sendo ainda 
considerada como uma síndrome de somatização. (Provenza et al., 2004) 
O American College os Rheymatology (ACR), desenvolveu critérios para realizar 
o diagnostico dessa patologia pois, não é possível encontrar exames que possam 
determinar com clareza, já que somente o exame físico proporciona poucos resultados, 
sendo o único fator presente importante e indispensável deste meio de avaliação a 
sensibilidade dolorosa de determinadas regiões, sendo elas: 1- Suboccipital, localizado 
na região de inserção do músculo suboccipital; 2. Cervical baixo, localizado atras do terço 
inferior do musculo esternocleideomastóideo, em estrutura ligamentar do intertransverso 
(C5- C6); 3. Trapézio, ponto médio da borda superior; 4. Supra-espinhoso, região superior 
da escapula, próximo da borda medial, na origem do musculo supra-espinhoso; 5. Origem 
do musculo grande peitoral; 6. Epicôndilo lateral; 7. Glúteo médio, porção anterior do 
musculo do glúteo médio; 8. Trocantérico, posterior á proeminência do grande trocanter; 
9. Joelho, acima da linha media do joelho. (Provenza et al., 2004) 
Deste modo para ser diagnosticado a fibromialgia é necessário apresentar dor 
acima de 11 dos 18 tender points além da dor crônica por mais de três meses. Esses tender 
points podem ser acompanhados por nódulos fibróticos ou bandas musculares tensas, 
podendo apresentar também zona profunda de dor, que piora com a palpação (Cavalcante 
et al., 2006). 
Dentre os sinais e sintomas descritos pelos pacientes diagnosticados com 
fibromialgia destaca-se, a sensação de inchaço nas regiões das mãos, antebraços e 
trapézio. No entanto durante a avaliação não é notada quaisquer alterações pelo 
examinador, não sendo possível então caracterizar algum processo inflamatório. Entre as 
principais queixas podemos encontrar cefaleia, tontura, zumbido, dor torácica, palpitação, 
falta de memória, dificuldade de concentração, entre outros vários sintomas. (Provenza et 
al., 2004). 
Apesar de acometer qualquer idade e sexo, os estudos apontam que a fibromialgia 
é mais predominante em mulheres do que quando comparados com pessoas do sexo 
masculino. Tal patologia interfere de forma negativa na qualidade de vida e nas atividades 
realizadas durante o dia a dia da população portadora. A fibromialgiaé uma das principais 
causas de consultas clinicas referentes ao sistema musculoesquelético, considerado o 
segundo distúrbio reumatológico mais encontrado (Cavalcante et al., 2006 e Helfenstein; 
Goldenfum & Siena, 2012). 
O tratamento para esta população acometida apresenta como principal objetivo a 
melhora da qualidade de vida, além disso é importante que o profissional responsável 
pelo paciente explique que esta patologia ainda não apresenta etiologia concreta e que por 
esta razão ainda não foi possível desenvolver a cura da doença, e que o tratamento será 
direcionado para melhorar a tolerância ao incomodo causado e assim diminuindo as 
limitações nas realizações de atividades funcionais (Dessuy, Wibelinger, & Formighieri, 
2005). 
Os indivíduos acometidos pela fibromialgia requerem um apoio assistencial de 
uma equipe multidisciplinar, visto que essa patologia se relaciona com aspectos físicos e 
emocionais, e em muitos tratamentos faz-se necessário a intervenção de médicos, 
psicólogos e fisioterapeutas. Além do mais a equipe multidisciplinar proporciona certo 
desenvolvimento profissional direcionando um melhor atendimento ao paciente. (Maeda, 
Pollak & Martins, 2009) 
O tratamento da FM não é direcionado somente em intervenções farmacológicas 
e, é através disso que se faz importante a presença do fisioterapeuta visto que a sua 
formação é baseada em reabilitar e realizar a manutenção de habilidades funcionais, 
através de diversas técnicas como: alongamentos muscular, exercícios aeróbicos, 
massoterapia, eletroterapia e outros, que podem atuar na redução dos sintomas causados 
pela fibromialgia. (Jacintho, Galvão, Araujo e Andrade, 2008). 
Um dos recursos mais conhecidos neste tratamento é a hidrocinesioterapia, que 
além de ser conceituado em uma terapia não farmacológica utiliza o meio aquático 
aquecido para reabilitar não só a fibromialgia, mas, outras doenças. O uso da hidroterapia 
proporciona o relaxamento muscular e ligamentar, provocando o aumento do limiar da 
dor e alivio de espasmos, que através do calor produzido na piscina proporciona a 
analgesia do sistema nervoso, somados aos efeitos dos princípios físicos da água, como a 
pressão hidrostática que beneficia o retorno venoso indagando uma melhora da circulação 
sanguínea do corpo (Wilhelm & Santos 2013). 
Dentre o que foi citado no contexto histórico, a presente pesquisa tem como 
objetivo principal relatar o caso de uma paciente com fibromialgia atendida por uma 
estagiaria, no setor da hidroterapia da clínica escola de fisioterapia do Centro 
Universitário Uningá, apresentando um modelo de propostas de condutas referentes ao 
tratamento de pacientes com fibromialgia. 
 
 
 
 
METODOLOGIA 
 
Trata-se de um estudo de caso de caráter transversal qualitativo, com a finalidade 
de proposta de tratamento para uma paciente de fibromialgia que frequenta a clínica 
escola de Fisioterapia da Uningá no ano de 2022. A universidade está inserida ao 8° 
Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO-8), oferecendo de forma 
gratuita para a população de Maringá e região tratamento fisioterapêutico em diferentes 
especializações, dentre elas podemos encontrar: Ortopedia e Traumatologia Funcional, 
Fisioterapia Aquática, Neurofuncional, Dermato-funcional e Saúde da Mulher. Todos os 
atendimentos são realizados por estagiários pertencentes a instituição, cursando o último 
ano de graduação, sendo supervisionados por professores especialistas de suas respectivas 
áreas de especialização. 
Para avaliação da paciente, foi utilizado a ficha de hidroterapia, contendo dados 
pessoais (nome, data, sexo, profissão), anamnese (história da moléstia pregressa e atual), 
sinais vitais (pressão arterial (PA), frequência respiratória (FR) e frequência cardíaca 
(FC), avaliação postural, palpação, equilíbrio, propriocepção, força muscular e 
goniometria. 
Paciente de 68 anos, sexo feminino, branca, casada, costureira, tabagista, procurou 
a clínica escola de fisioterapia relatando diagnostico clinico de fibromialgia, artrose de 
joelhos e bursite no ombro direito e pós mastectomia radical da mama esquerda. Como 
queixa principal paciente relata sentir fortes dores no corpo, com ênfase no joelho, ombro 
e coluna. Ao ser interrogada sobre a história da moléstia pregressa, relatou que realizou 
durante 5 anos tratamento para um câncer de mama com quimioterapia e radioterapia, e 
em 2008 foi realizado a mastectomia radical, e de acordo com a mesma após os 
tratamentos do câncer, foram surgindo dores na coluna, dificuldades para andar, estalos 
nos membros superiores e inferiores. A paciente associa os sintomas com a quimioterapia 
e também com a ausência da reposição hormonal, que durante o tratamento precisou ser 
evita, propiciando rigidez e o surgimento de artrose, além de relatar também quadros de 
depressão. Somente em 2010/2011 após consultar com diversos médicos recebeu o 
diagnóstico de fibromialgia, onde iniciou tratamento fisioterapêutico. Há 2 anos foi 
diagnosticada com bursite no ombro direito, e desde então iniciou tratamento 
fisioterapêutico com os estagiários da Uningá. 
No início de 2022 a paciente foi contaminada com o covid-19, apresentando 
sequelas de fraqueza e tremores dos membros inferiores. Atualmente a voluntaria ainda 
relata sentir dores fortes no corpo, principalmente ao realizar as atividades de vida diária 
necessitando do auxílio do marido, e a utilização de medicação (relaxantes musculares) e 
também permanecer por um período deitada, para que haja a melhora do quadro álgico. 
Após a coleta da anamnese e sinais vitais, iniciaram as avaliações 
fisioterapêuticas, começando com a avaliação postural, através da inspeção em diferentes 
posicionamentos, dando início com a paciente em ortostatismo de frente com a 
estagiá77ria, no qual possibilitou avaliar a região anterior do corpo, apresentando 
alteração de cabeça inclinada para esquerda, ombro direito elevado e rotação interna de 
quadril direito e esquerdo. Em seguida a paciente atendeu os comandos de troca de 
posicionamento permanecendo em ortostatismo só que agora na lateral, possibilitando 
analisar hipercifose de coluna torácica, anteroversão de cintura pélvica e na vista 
posterior, ou seja, com a paciente virada de costa para a estagiaria foi possível analisar o 
pé direito plano. 
Foi realizado a palpação dos 18 pontos referentes a fibromialgia, no qual paciente 
relatou dor em 12 pontos, sendo eles: Borda superior do peito (2), abaixo do osso lateral 
do cotovelo (2), acima do joelho na parte interna (2), pescoço e ombros, parte superior, 
do peito (2) parte superior externa das nadegas (2), osso do quadril (2). 
Lanska e Goetz (2000), o equilíbrio também foi avaliado por meio do teste de 
romberg, no qual a paciente deveria permanecer com os pés próximos um ao outro, 
membros superiores estendidos ao longo do corpo e de olhos fechado, tendo que 
permanecer nessa posição por 1 minuto, sem que ocorresse alterações de equilíbrio. Após 
este teste foi realizado o romberg sensibilizado onde o paciente deveria posicionar um pé 
na frente do outro, mantendo os membros superiores ao longo do corpo e olhos fechados 
durante 1 minuto, durante esse teste a paciente apresentou déficit de equilíbrio, sendo 
romberg sensibilizado positivo 5segundos. 
Marques, (2007) para análise da mobilidade articular foi realizada a goniometria, 
aplicada por meio do goniômetro que é um instrumento universal que apresenta dois 
corpos denominados de braço fixo e braço móvel que quantifica por meio de uma escala 
que determina de 0 a 360° um círculo completo, ou meio círculo que vai de 0 a 180°. 
Deste modo a goniometria é classificada como um teste de fácil aplicação que permite 
avaliar a mobilidade das articulações do corpo. 
Através disso, foi solicitado para a paciente que realizasse os movimentos de: 
Flexão e extensão, abdução e adução, rotação interna e externado ombro, flexão, 
pronação e supinação de cotovelo, flexão e extensão de punho, flexão e extensão de 
quadril, abdução e adução de quadril, rotação interna e externa de quadril, dorsiflexão e 
plantiflexão. 
A Escava Visual Analógica de dor (EVA), adaptada por Jensen et al. (2003) é um 
instrumento que permite a percepção de dor referida pelo paciente, sendo analisada 
através de uma escala que vai de 0 (sem dor), até 10 pontuação máxima de dor referida 
pelo indivíduo. No dia da avaliação a paciente referiu-se com dor em nível 10, e por este 
modo as avaliações das articulações e força muscular ficaram alteradas pois, a dor era 
muito forte o que a limitou de realizar os movimentos. (Quadro 1) 
 
 
Quadro 1 
 
 Resultados da avaliação da goniometria. 
Movimento Direito Esquerdo 
Flexores de Ombro 30° 180° 
Extensores de Ombro 41° 180° 
Abdução de Ombro 0° 10° 
Adução horizontal de 
Ombro 
28° 35° 
Rotadores Interno do 
Ombro 
10° 90° 
Rotadores Externos do 
ombro 
10° 90° 
Flexores de cotovelo 130° 140° 
Supinação de cotovelo 90° 90° 
Pronação de cotovelo 90° 90° 
Extensão de punho 70° 70° 
Flexão de quadril 90° 100° 
Extensão de quadril 7° 10° 
Abdução quadril 30° 25° 
Adução quadril 15° 10° 
Rotação interna de quadril 20° 35° 
Rotação externa de quadril 15° 30° 
Fonte: A autora. 
 
Para a avaliação da força muscular foi aplicada a escala de Kendall et al. (2007) 
que quantifica de 0 a 5 o grau da força muscular, sendo 0 a ausência de movimento, 1 
esboço de movimento, 2 realiza o movimento sem a ação da gravidade, 3 realiza a 
contração, mas, não consegue vencer uma resistência, 4 vence a gravidade e resiste a uma 
resistência mínima e 5 realiza o movimento vencendo a gravidade e a uma resistência 
máxima. 
Foi solicitado para a paciente que realizasse sentada os movimentos de flexão de 
ombro, abdução de ombro, rotação interna e externa do ombro, extensão de punho e 
extensão de joelho. Em decúbito dorsal foi realizado, plantiflexão e dorsiflexão. E em 
decúbito ventral foi avaliado os rotadores interno e externo de quadril. 
 Deste modo era realizado os movimentos em amplitude máxima e se caso a 
paciente vencesse a gravidade era realizado a resistência contra o movimento. No quadro 
2 é possível visualizar os resultados obtidos. 
 
Quadro 2 
 
 Resultados da Avaliação de força. 
Grupo Muscular Direito Esquerdo 
Flexores de ombro 2 3 
Abdutores de ombro 2 3 
Rotadores internos de 
ombro 
2 3 
Rotadores externos de 
ombro 
2 3 
Flexores de cotovelo 4 5 
Extensão de punho 5 5 
Flexores de quadril 4 5 
Rotadores interno de 
quadril 
2 3 
Rotadores externo de 
quadril 
3 4 
Extensores de joelho 5 5 
Plantiflexão 4 5 
Dorsiflexão 4 4 
Fonte: A autora 
 
No dia da avaliação paciente não apresentou quaisquer sinais de edema e processo 
inflamatório, a dor limitou avaliar testes ortopédicos específicos e na avaliação da marcha 
não foi visualizado alterações. 
Para a paciente foi proposto condutas fisioterapêuticas que trabalhassem todo o 
corpo, com enfoque principal de ombro, joelho e coluna, visto que essas são as regiões 
de maior predomínio de dor, principalmente o ombro que está limitando-a em realizar 
atividades simples de vida como pentear o cabelo. 
Diante do exposto, as condutas apresentam exercícios hidrocinesioterapeuticos, 
técnicas de Bad Ragaz e Watsu, seguindo sempre as ordens de aquecimento, 
alongamento, fortalecimento e relaxamento. A proposta de condutas de tratamento se 
baseia em atendimentos em 2 vezes na semana, de aproximadamente 45 minutos cada 
dia, em piscina aquecida (33 a 35°C), e contendo toda infraestrutura de segurança para o 
paciente e profissional. 
No quadro é possível ser observado as condutas desenvolvidas para a primeira 
fase de exercício, aquecimento. 
 
Quadro 3 
 
Condutas para alongamento paciente de fibromialgia 
 
 AQUECIMENTO 
1.1 Aquecimento dos MMSS: Paciente com base aumentada (pés afastados), será 
solicitado que um membro superior seja levado para frente na altura do ombro (flexão 
de ombro a 90°), enquanto o outro se mantenha em posição neutra (estendido ao 
longo do corpo), após alcançar a ADM completa, o braço que está afrente será 
puxado para trás, e o membro que estava estendido irá ser fletido indo para frente. 
Fisioterapeuta estará posicionado na frente do paciente dando os comandos 
necessários. (3x10) 
1.2 Aquecimento de MMII: Paciente em ortostatismo irá realizar marcha lateral na 
piscina, com passos largos e rápidos. O fisioterapeuta estará posicionado ao lado do 
paciente. (3x5) 
1.3 Aquecimento de tronco MMSS e MMII, com equipamento: Paciente em 
ortostatismo com ajuda do cotonete irá realizar uma caminhada pela área da piscina, 
realizando rotação de tronco para as laterais, somada com flexão e extensão de 
cotovelo na altura do ombro. (2x5) 
 
 Fonte: A autora 
 
Para a fase 2 foi desenvolvido alongamentos para os principais grupos musculares, 
podendo ser observado no quadro. (Quadro 4) 
 
Quadro 4 
 
Condutas para alongamento paciente de fibromialgia 
 
 ALONGAMENTO 
2.1 Alongamento de cervical (trapézio): Paciente em ortostatismo, irá posicionar uma 
mão na cabeça inclinando e puxando a cabeça para lateral, encostando a orelha no 
ombro. 
2.2 Alongamento zona posterior da cervical: Paciente em ortostatismo irá tentar 
aproximar o queixo no peito. 
2.3 Alongamento em rotação da cervical: Paciente em ortostatismo irá rodar a cabeça 
por cima do ombro até que sinta a musculatura estirando. 
2.4 Alongamento dos músculos anteriores de ombro: Paciente em ortostatismo irá 
realizar uma adução horizontal de um membro enquanto a outra mão será posicionada 
no cotovelo, trazendo o membro no limite de sua ADM 
Alongamento de extensores do braço: Paciente em ortostatismo irá realizar flexão (90°) 
de ombro e extensão do cotovelo, enquanto a outra irá puxar os dedos e punho para a 
extensão. 
2.5 Alongamento de tríceps: Paciente em ortostatismo irá realizar uma flexão de ombro 
e de cotovelo, encostando a mão na escapula, a mão do lado contralateral irá realizar 
uma tração no cotovelo. 
2.6 Alongamento de peitoral menor: Paciente em ortostatismo irá levar os MMSS para 
a extensão, entrelaçando os dedos na região da coluna. 
2.7 Alongamento de flexores de quadril: Paciente em ortostatismo com apoio na barra 
da piscina irá realizar uma flexão de joelho, somado a uma extensão de quadril. O 
fisioterapeuta irá com o auxílio do macarrão envolver o pé, e tracionar o macarrão para 
cima, alongando toda a cadeia anterior da coxa. 
2.8 Alongamento de isquiotibiais: Paciente em ortostatismo apoiará a coluna na 
beira/parede da piscina, fazendo uma flexão de quadril, com extensão de joelho. O 
fisioterapeuta irá fazer uma pressão no pé favorecendo a dorsiflexão, alongando 
isquiotibiais. 
 
Fonte: A autora. 
 
Somado aos alongamentos foi proposto exercícios para ganho mobilidade, através 
de mobilizações passivas e ativas das principais articulações que apresentaram alterações 
de amplitude de movimento. (Quadro 5) 
 
Quadro 5 
 
 Condutas para alongamento paciente de fibromialgia 
 
 MOBILIZAÇÃO 
 Ganho de mobilidade passiva de tronco pelo método de BAD RAGAZ: 
3.1.1 Paciente em supino fazendo uso de colete/flutuadores cervical e pelve. 
Fisioterapeuta irá realizar contato caudal realizando movimentos de flexão lateral pura, 
flexão+ rotação e extensão+ rotação. 
 
 3.1.2 Caso a paciente esteja sem dores e consiga realizar os movimentos sozinhas, o 
tratamento será realizado de forma ativa, realizando os movimentos de extensão, flexão 
lateral e rotação da coluna, utilizando dos mesmos equipamentos citados acima e do 
mesmo contato estabelecido no comando acima, nesta fase também será muito utilizado 
o comando verbalda estagiaria para que a paciente possa compreender o movimento 
correto. (Ajudando no fortalecimento da coluna). 
3.2 Ganho de mobilidade dos movimentos do ombro: Paciente em ortostatismo (base 
alargada) com os braços imersos na água, irá realizar movimentos de Flexão, extensão, 
abdução e adução horizontal, rotação interna e externa. Fisioterapeuta estará 
posicionado na frente do paciente dando os comandos e auxiliando durante os 
movimentos. Cada movimento deverá ser realizado em 2 series de 10 repetições. 
3.3 Ganho de mobilidade dos movimentos do cotovelo: Paciente em ortostatismo (base 
alargada) com os braços imersos na água, irá realizar movimentos de Flexão, extensão, 
pronação e supinação. Fisioterapeuta estará posicionado na frente do paciente dando os 
comandos e auxiliando durante os movimentos. Cada movimento deverá ser realizado 
em 3 series de 10 repetições. 
3.4 Paciente em ortostatismo com apoio na barra da piscina irá realizar movimentos 
puros de flexão e extensão de quadril e joelho, abdução e adução de quadril. * Os 
movimentos de abdução e adução de quadril poderão ser realizados com a paciente em 
supino (cinto pélvico e caneleira), onde a estagiaria irá realizar apoio cranial e solicitara 
o movimento dos MMII. 
 
 
Fonte: A autora 
 
Para a fase 3 foi desenvolvido exercícios de fortalecimento dos principais grupos 
musculares avaliado, com a finalidade de ganhar força dos grupos enfraquecidos e manter 
a força dos músculos que obtiveram grau 5. (Quadro 6) 
 
Quadro 6 
 
Condutas para o fortalecimento da paciente de fibromialgia 
 
 FORTALECIMENTO 
4.1 Paciente em ortostatismo com imersão até o pescoço, irá realizar a flexão de ombro 
com halter circular (se acaso for muito fácil pra paciente realizar, o aparelho deverá ser 
trocado por um de maior resistência ** esse lembrete vale para todos os exercícios 
resistidos/fortalecimento). 
4.2 Paciente posicionada em supino, com ajuda dos flutuadores (cinto pélvico e 
tornozeleira flutuadora), deverá realizar a abdução do ombro com resistência manual 
da estagiaria. (3X15) 
4.3 Paciente em ortostatismo com imersão até o ombro, segurando o halter triangular 
deverá realizar movimentos de rotação interna e rotação externa. (5X10) 
4.4 Paciente em supino irá realizar movimentos de flexão de quadril e joelho, contra a 
resistência do terapeuta. (5x10) 
4.5 Fortalecimento de abdutores e adutores do quadril: Paciente em supino, com ajuda 
dos flutuadores deverá realizar uma abdução do quadril, o fisioterapeuta colocará uma 
resistência na parte de dentro e fora da perna e resistindo ao movimento. (2X10) 
4.6 Fortalecimento de flexão, abdução e rotação externa de MMII: Paciente sairá da 
posição de extensão, rotação interna, adução e plantiflexão, para flexão de rotação 
externa, abdução e dorsiflexão, sendo estes movimentos resistidos fisioterapeuta. 
4.7 Fortalecimento de plantiflexão: Paciente em cima do step com uma tornozeleira 
deverá realizar uma plantiflexão (ficar na ponta do pé). (3X10) 
4.8 Fortalecimento de dorsiflexores: Paciente em ortostatismo deverá realizar a 
dorsiflexão em cima do disco proprioceptivo, sendo sustentado/resistido pelo próprio 
peso do corpo. (2X10) 
 
 
Fonte: A autora 
 
Relaxamento foi sugerido a técnica de Watsu com movimentos de: dança da 
respiração, sanfona, sanfona rotatória, balanço da perna de dentro e balanço da perna de 
fora, rede ou pêndulo, dança dos quadris e sela associada com técnicas básicas da terapia 
manual como o deslizamento da região da coluna. 
 
DISCUSSÃO 
 
De acordo Torezani, Orellana e Spinelli, (2016), o aquecimento ajuda a promover 
a circulação, aquecimento dos músculos e mobiliza as articulações, aumenta a frequência 
cárdica, ou seja, prepara o corpo para as próximas atividades. Pode ser entendido como 
exercícios de aquecimento, atividades simples como, flexionar ombros e cotovelos, 
movimentos de abrir e fechar os braços, flexionar os joelhos e quadris, e ter outros. Outros 
exercícios comuns de serem realizados nesta fase são as diferentes marchas como, 
caminhar para frente, marcha posterior e lateral, andar em zigue e zague e corrida parada 
(Wilhelm & Santos, 2013). 
A autora sugeriu como aquecimento, além dos exercícios de caminhada na borda 
da piscina, marcha lateral e marcha associada a rotações de tronco, exercícios como flexão 
de ombro em 90 realizando movimentos de fletir e estender o cotovelo de forma 
assimétrica, assim como também de modo assimétrico alternar movimentos de flexão e 
extensão de ombro. 
 Sabemos que o alongamento, proporciona o aumento da flexibilidade muscular, 
preparando o corpo para prevenção de lesões, além de melhorar aspectos fundamentais 
para o funcionamento do corpo. Estudos mostram que os exercícios de alongamentos 
atuam de forma eficaz na melhora do sono e ansiedade em pacientes de fibromialgia. 
(Matsutani, Assumpção e Marques, 2012). 
Em razão disto foram sugeridos alongamentos simples de fácil entendimento, 
podendo ser realizado na maioria das vezes sozinho e/ou com ajuda do fisioterapeuta com 
a utilização de equipamentos da piscina como o “macarrão”. Os alongamentos foram 
focados em alongamentos cervicais, adutores e abdutores do ombro, tríceps, peitoral 
maior, quadríceps e isquiotibiais. 
Além dos alongamentos também serão realizados exercícios de mobilização para 
ganho da amplitude de movimento, as mobilizações podem ser realizadas de forma 
passiva, ou seja, fisioterapeuta realiza o movimento, ativa-assistida realizada através do 
paciente com assistência do profissional ou de algum equipamento, estimulando 
principalmente o membro superior mais acometido. 
 No estudo dos autores Tanoue, Reis e Pertenella (2009), mostrou que exercícios 
de fortalecimento no meio aquático propiciou no mínimo o ganho de 1 grau de força 
quando comparada a primeira e a última avaliação, sendo que o tratamento realizado 
envolvia fortalecimento isométricos de flexores, extensores, adutores e abdutores de 
quadris, flexores e extensores de joelhos, plantiflexores e dorsiflexores, utilizando a 
resistência manual do terapeuta. 
No protocolo proposto foram desenvolvidos exercícios de fortalecimento dos 
músculos flexores e extensores, abdutores e adutores, rotadores interno e extensores tanto 
dos membros superiores quanto dos membros inferiores, utilizando tanto a resistência 
manual da autora, como também o uso de equipamentos que pudessem resistir ao 
movimento, como halteres com peso, tornozeleira e acessórios flutuadores que 
proporcionam resistência ao movimento quando saem da região de superfície indo ao 
encontro da imersão, pois desse modo os flutuadores tendem a ir para superfície enquanto 
o paciente resiste a essa “força’’ para manter o corpo imerso. 
 Foram propostos também exercícios do método Bad Ragaz no qual a paciente 
deveria vencer a resistência do terapeuta durante a abdução e adução de membros 
superiores e inferiores. Outro exercício sugerido foi o exercício popularmente conhecido 
como “sapo”, no qual paciente deverá estar em supino utilizando flutuadores de cervical 
e cinto pélvico, sendo orientado a realizar rotação externa, flexão de quadril e joelho, 
vencendo a resistência do terapeuta. 
No estudo de Gimenes, Santos e Silva (2006), foi realizado durante 4 meses a 
aplicação da técnica de watsu, muito conhecida na área da hidroterapia pois proporciona 
o relaxamento, visto que os movimentos são totalmente realizados pelo profissional. 
Deste modo, os exercícios realizados foram dança da respiração, balanço da respiração, 
sanfona, sanfona mais tração cervical, sanfona rotativa, rotação da perna de dentro, 
rotação da perna de fora, algas I e II, balanço braço-perna e deslizando a coluna, sela 
aberta e massagem escapular. Como resultado desse estudo foi evidenciado pelos 
participantes a redução da intensidade da dor ficando entre os níveisde 0 a 5 de acordo a 
escala visual analógica (EVA). 
O tratamento desenvolvido faz a inclusão das principais técnicas de Watsu mas, 
não sendo obrigatório utilizar todas as sequencias diariamente, pelo pouco tempo da 
sessão, por isso é recomendado aplicar de 3 a 4 técnicas no dia. Além do mais, é sugerido 
pela autora que nos dias no qual a paciente relatar fortes queixas de dor o tratamento deve 
ser focado somente com as técnicas de Watsu. 
Os métodos de Bad-Ragaz somado aos exercícios hidrocinesioterapêuticos 
quando bem realizados proporcionam ao paciente controle de sintomas desta síndrome, 
proporcionando resultados satisfatórios, pois diminuem a gravidade da dor, melhora a 
fadiga ansiedade e insônia, levando a uma melhor qualidade de vida desta população. 
(Ferreira & Matsutani, 2006). 
Wilhelm e Santos (2013), mostraram que o protocolo de aquecimento, 
alongamentos ativo-assistido e ativo e o fortalecimento dos principais grupos musculares 
e o relaxamento por meio do Watsu reduziram os números de tender points, além de 
aumentar a amplitude de movimento e melhora da força muscular, propiciando melhor 
bem-estar. 
Os estudos de Costa et al., (2005) e Ferreira & Matsutani (2006), demonstram que 
a hidroterapia proporciona para pacientes de fibromialgia uma melhora significante em 
aspectos de ansiedade, cansaço e depressão e crises de pânico. Além do mais há registros 
de que este meio de tratamento proporcionou melhora dos aspectos direcionado a relações 
sexuais, pois diminuiu a dor sofrida. 
J. S. Berber & Kupek (2005), descreve que doenças mentais como a depressão 
pode provocar o agravo na capacidade de realizar tarefas diárias, visto que ocorre o 
aumento da sensação de dor, acarretando em uma série de problemas e entre eles a 
redução do suporte social e o descontrole de sistemas hormonais e imunológico. 
Mosmann, Antunes, Oliveira e Neves (2006), realizou um estudo com 50 mulheres 
portadoras de fibromialgia, sendo avaliadas no início e no final do tratamento, através do 
questionário SF-36. As voluntárias foram dividias em dois grupos, onde o primeiro grupo 
recebeu tratamento com hidroterapia incluindo aquecimento, alongamento e relaxamento, 
cada sessão era realizada em torno de 60 minutos. O segundo grupo realizou fisioterapia 
comum, ou seja, no solo recebendo também atividades de aquecimento, alongamento, 
exercícios aeróbicos e relaxamento. Como resultado foi demonstrado que o grupo 
participante da hidroterapia aumentou cerca de uma hora o tempo total de sono, 
impactando na melhora da qualidade de vida. 
Barros & Andrade (2008), realizou um estudo com objetivo principal de relatar o 
impacto da hidroterapia nos sintomas da fibromialgia, sendo submetidas ao estudo quatro 
mulheres, que foram avaliadas no início e no final do tratamento pelo FIQ (Fibromyalgia 
Impact Questionnaire). A pesquisa foi realizada durante cinco meses, em duas vezes na 
semana, em sessões com duração de 50 minutos. No final apresentaram resultado na 
melhora da dor e melhora da qualidade de vida. 
 A hidroterapia promove uma melhora funcional, ganho de flexibilidade devido aos 
alongamentos, redução das dores e melhora de aspectos físicos e psicológicos e melhora 
da interação com outras pessoas (Steffens et al, 2011). 
 
CONCLUSÃO 
 
Vários estudos comprovam o quão eficaz o tratamento fisioterapêutico por meio 
da hidroterapia, proporcionando diminuir sintomatologias causadas pela fibromialgia, 
melhora amplitude de movimento e força muscular, o que impacta diretamente de forma 
positiva a capacidade funcional. 
Apesar de muitos estudos comprovarem os benefícios da hidroterapia, e uma 
grande população ter conhecimento de quão enriquecedora é essa área de tratamento da 
fisioterapia, ainda é necessário desenvolver mais estudos e divulgar esse meio de trabalho 
para que mais pessoas possam se beneficiar com esse tipo de tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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