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Catalisadores UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO EQB737 – TECNOLOGIAS VERDES PARA BIOPRODUTOS Prof Bernardo DiasProf Bernardo Dias bernardo@eq.ufrj.br mailto:bernardo@eq.ufrj.br Cinética Química ou Bioquímica A Cinética química ou Bioquímica procura caracterizar e analisar os fatores que influenciam a velocidade de uma reação, química ou Bioquímica, respectivamente. 2 Cinética Enzimática Análise quantitativa do efeito de cada um dos fatores na expressão da atividade enzimática: [E], [S], [P], inibidores e ativadores, T , pH e imobilização (heterogênea) Aplicações: • Determinar as constantes de afinidade do S e dos inibidores (Km e Ki); • Conhecer as condições ótimas da catálise (T, pH, [S] etc); • Ajudar a elucidar os mecanismos de reação (estudo ordem reação e tipo cinética); • Determinar a função de uma determinada enzima em uma rota metabólica (para um dado S). A VELOCIDADE DA REAÇÃO NÃO ESTÁ RELACIONADA COM A ENERGIA DE REAGENTES E PRODUTOS. é diferente de (velocidade) (energia ΔG = - RT ln K (K cte equílibrio) Estudo de uma reação química ou bioquímica específica a uma temperatura determinada . Estuda-se a Velocidade da reação medindo-se as mudanças de concentração que ocorrem em um dado intervalo de tempo. aA + bB + ... → cC + dD + ... 3 Introdução Para a maioria das reações, a velocidade aumenta com um aumento da temperatura. Teoria das Colisões de Arrhenius Modelo que explica o aumento da velocidade das reações com o aumento da temperatura, considerando que as moléculas, para reagirem, têm que colidir umas com as outras. Contudo, nem todas as colisões resultam na formação de produtos; só uma pequena parte delas vai resultar na ocorrência de reação, dependendo de dois fatores: 1. Fator de orientação 2. Energia cinética Para que uma reação aconteça, é necessário que as moléculas dos reagentes colidam com a orientação correta. Colisão eficaz Fator de orientação Colisão Eficaz Colisão Ineficaz 5 Energia de ativação Energia de ativação: Tal como uma bola não consegue alcançar o topo de uma colina se não rolar com energia suficiente até à colina, uma reação não ocorre se as moléculas não possuírem energia suficiente para ultrapassar a barreira de energia de ativação. 6 Energia de ativação Energia de ativação: segundo a teoria das colisões postula-se que, para que possam reagir, as moléculas que colidem têm de possuir uma energia cinética total maior ou igual do que a energia de ativação (Ea). É a energia necessária para que se inicie uma dada reação. 7 • Complexo ativado: é a espécie formada transitoriamente pelas moléculas de reagentes, como resultado da colisão, antes da formação do (s) produto (s) Complexo ativado A+ B → C + D Complexo ativado Complexo ativado 8 CATÁLISE Um catalisador é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química, sem ser consumida durante essa reação. Um catalisador aumenta a velocidade de uma reação por diminuir a sua energia de ativação. uncatalyzed catalyzed k = A . exp( -Ea/RT ) Velocidadereação catalisada > Velocidadereação não catalisada Ea k 9 Catálise heterogênea: o catalisador encontra-se numa fase diferente dos reagentes e produtos • A síntese de Haber do amoníaco • A síntese do ácido nítrico • Conversores catalíticos Catálise homogênea: o catalisador encontra-se na mesma fase dos reagentes e produtos • Catálise ácida • Catálise básica • Existem dois tipos de catalisadores: Homogêneos e heterogêneos. Catálise 10 Catalisadores Heterogêneos Catalisadores Heterogêneos Catalisadores Heterogêneos Catalisadores Heterogêneos Biocatalisadores Enzimas → Biocatalisadores → Proteínas altamente especificas →Atuam eficientemente sob condições brandas, que são as requeridas para preservar a funcionalidade e integridade de sistemas biológicos Biocatalisadores Hipótese Encaixe Induzido Substrato induz mudanças conformacionais na enzima → Alinhamento preciso dos grupos catalíticos e suas ligações com o substrato Substratos análogos podem se ligar a enzima → Não induzem apropriadamente o alinhamento dos grupos catalíticos. Eficiência Catalítica → ↓ Energia de Ativação → Estabilizar o Estado de Transição - Orbital steering → Alinhamento ótimo dos orbitais do substrato e dos grupos catalíticos - Stereopopulation control → Restrição da liberdade rotacional do substrato (“congelamento”) - Distorção do Substrato (Rack) → Ligações formadas entre o substrato e a enzima são tão fortes que levam a uma alteração na molécula de substrato Biocatalisadores Estratégias de Catálise Brønsted acids → liberam íons H3O+ Catálise ácida → Transferência parcial de prótons de um ácido para o estado de transição diminuir a energia livre do estado de transição de uma reação Estratégias de Catálise Estratégias de Catálise Brønsted bases → reagem e neutralizam os íons hidronios Catálise básica → Aumento da taxa de reação com a abstração de um próton por uma base. Resíduos laterais de Asp, Glu, His, Cis, Tir e Lis podem estar envolvidos. Ex. Hidrolise de glicosídeos, ésteres e amidas, reações de transferência de grupo fosfato, acila e glicosídeos; desidratação de compostos b-hidroxicarbonilas ; formação e hidrólise de aldiminas (base de Schiff) e cetiminas Estratégias de Catálise Estratégias de Catálise 1) Ataque nucleofílico da enzima sobre o substrato com a formação de uma ligação covalente, 2) Perda de elétrons no sítio ativo da enzima e separação da enzima do produto formado. Catálise Covalente ou Nucleofílica → Formação transiente de uma ligação covalente substrato-enzima através das cadeias laterais dos aminoácidos His, Cis, Asp, Lis e Ser (agentes nucleofílicos) Nucleófilo → espécie que doa um par de elétrons a um eletrófilo para formar uma ligação química → Base de Lewis Estratégias de Catálise Inversão de configuração Acido-base Inversão de configuração Nucleofilico Estratégias de Catálise Catálise por Íons metálicos → Catalisador eletrofílico, estabilizando uma carga negativa em um intermediário de reação. Ex. metais divalentes; → Catalisador nucleofílico, aumentando a acidez de uma molécula próxima, como a água na hidratação do CO2 pela anidrase carbônica; → Ligando-se ao substrato, aumentando o número de interações com a enzima, tendo como exemplo das NMP quinases. Metalo-enzimas → Ligações fortes com Fe+2, Fe+3, Cu+2, Zn+2 e Mn+2, Enzimas ativadas por metais → Ligações fracas com Na+, K+, Mg+2 e Ca+2. Metal ions act as Lewis acids in biological reactions that take place in aqueous solutions. Examples include phosphotransfer and the facilitation of enolization by enolase, racemizations and dehydration by aconitase. Aldolase Frutose 1,6-bifosfato G3P DHAP Estratégias de Catálise Catálise por Aproximação e Orientação Muitas reações incluem dois substratos distintos, onde a velocidade de reação é aumentada pela aproximação destes a uma superfície de ligação em uma enzima. A estrutura tridimensional da enzima pode trazer várias cadeias laterais reativas a uma grande proximidade no sítio ativo. Ao se ligar ao substrato no sítio ativo, a enzima orienta o substrato para a interação mais eficiente com estas cadeias laterais. Ex. Reações intramoleculares, facilitando ciclização de moléculas, e fosforilação near attack conformations (NACs) → structure in which reacting groups are in close proximity and in orientations that allow the reaction to proceed. → pretransition-state structure that faces a small barrier to reaction. In this regard, the energetic relationship with the transition state may be similar to that of a metastable intermediate. Estratégias de Catálise Catálise Eletrostática → Quando um substrato se liga a enzima, a água é excluída do sítio ativo (dessolvatação), causando uma diminuição da constante dielétrica local, o que aumenta as interações eletrostáticas no sítio ativo,e também resulta na proteção dos grupos reativos da água, evitando a formação de produtos indesejáveis. → O envolvimento de grupos funcionais carregados da enzima na estabilização de intermediários instáveis no mecanismo químico Thermodynamic State Nomenclatura Nomenclatura http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/ Classificação 2. Transferases 1. Oxidorredutases catalisam reações de transferência de elétrons, ou seja: reações de oxi‐redução. São as Desidrogenases e as Oxidases. atuam em CH‐OH, C=O , C=O‐ , CH‐NH2 , CH‐NH‐ e NADH, NADPH. Glicose Ácido Glucônico Glicose Oxidase (EC 1.1.3.4) catalisam reações de transferência de grupamentos funcionais como grupos amina, fosfato, acil, carboxil, etc. Como exemplo temos as Quinases e as Transaminases. Atuam em grupos com um carbono, aldeído ou cetona, acil , glicosil. fosfatos ou grupos contendo enxofre Glicose Glicose-6P Hexoquinase (EC 2.7.1.1) Classificação 4. Liases 3. Hidrolases Catalisam reações de hidrólise de ligação covalente. Ex: as peptidases; hidrolises de ésteres, ligações glicosídicas, ligações peptídicas, outras ligações C‐N ou anidridos ácidos. Lactose Galactose Glicose Lactase (EC 3.2.1.108) Catalisam a quebra de ligações covalentes e a remoção de moléculas de água, amônia e gás carbônico. As Dehidratases e as Descarboxilases são bons exemplos; =C=C= , =C=O e =C=N Isocitrato Succinato Glioxilato Isocitrato liase (EC 4.1.3.1) Classificação 6. Ligases 5. Isomerases Catalisam reações de interconversão entre isômeros ópticos ou geométricos. As Epimerases são exemplos; Dihidroxiacetona fosfato Gliceraldeído-3P Triose fosfato isomerase (EC 5.3.1.1) Catalisam reações de formação e novas moléculas a partir da ligação entre duas já existentes, sempre às custas de energia (ATP). São as Sintetases Acetil CoA Malonil CoA Acetil CoA carboxilase (EC 6.4.1.2) Classificação Classificação http://www.brenda-enzymes.org/ Classificação Estrutura Estrutura Ligação Dissulfeto => Amarelo Estrutura Cofatores e Coenzimas Cofatores e Coenzimas Cofatores e Coenzimas Cofatores e Coenzimas Atividade Enzimática International Unit (IU) → quantidade de enzima que catalisa a conversão de 1 μmol substrato (ou a formação de 1 μmol produto) em 1 min, em condições estabelecidas. Atividade Especifica (IU/mg) → relação entre IU da enzima e mg de proteína → indica maior pureza da enzima Atividade molecular (ou número de turnover) (IU/mol) → relação entre IU da enzima e μmol de enzima. Obs: Se o número de sítios ativos por molécula de enzima for conhecido → Atividade do centro catalítico = IU/nºsítios ativos Katal (kat) → recomendado pela Comissão de Nomenclatura da União Internacional de Bioquímica (raramente utilizado) → substitui o minuto por segundo na definição de atividade enzimática Temperatura → 30ºC ou 37ºC (temperatura corporal) pH → valor ótimo ou fisiologico, especificando o tampão utilizado Amilases 6. Ligases 5. Isomerases 4. Liases 3. Hidrolases 2. Transferases 1. Oxidoredutases 3.2.1.1 – -amilase 3.2.1.2 – b-amilase 3.2.1.3 – glucano 1,4--glicosidase (glucoamilase ou amiloglicosidase) 3.2.1.20 – -glicosidase (maltase) 3.2.1.41 – pullulanase 3.2.1.60 – glucano 1,4--maltotetraohidrolase 3.2.1.68 – isoamilase 3.2.1.98 – glucano 1,4--maltohexaosidase 3.2.1.133 – glucano 1,4--maltohidrolase 2.4.1.18 – 1,4--glucana (enzima ramificadora) 2.4.1.19 – ciclomaltodextrina glucanotransferase 2.4.1.25 – 4--glucanotransferase (amilomaltase) 2.4.1.161 – oligossacarídeo 4--D-glicosiltransferase Classificação Aplicações Etanol Amiláceas Milho Levedura Gluco- amilaseAlfa- amilase 1: tanque de lavagem; 2: moinho; 3: reator de cozimento/liquefação; 4: reator de sacarificação e fermentação; 5: coluna para absorção de etanol; 6: coluna de concentração; 7: coluna de retificação; 8: peneiras moleculares; 9: primeiro trem do evaporador; 10: centrífuga; 11: segundo trem do evaporador; 12: secador. Etanol DDGS B. stearothermophilus A. niger Celulases 6. Ligases 5. Isomerases 4. Liases 3. Hidrolases 2. Transferases 1. Oxidoredutases 3.2 Glicosilases 3.13 Ligações C-S 3.1 Ligações éster .. . 3.2.1. S- e O- glicosidases 3.2.1. N-glicosidases 3.2.1.74 glucana 1,4-β-glicosidase 3.2.1.21 1,4-β-glicosidase 3.2.1.4 endo 1,4-β-glucanase 3.2.1.91 1,4-β-celobiosidase Celulases Domínio Catalítico Módulo de Ligação a Carboidratos Endoglucanases Celobiohidrolase I Celobiohidrolase II ß-glicosidases AÇÃO SINÉRGICA CASTRO, AM Hemicelulases Pectinases Pectinesterase Poligalacturonase Pectina liase Enzimas Hemoglobina Gelatina Caseína Proteína soja Papaína (referência) 1 1 1 1 Ficina 0,5 1,1 0,2 0,3 Pepsina 0,65 0,7 0,95 0,1 Subtilisina 1,6 1,3 1,65 1,7 Neutra (Bacillus sp.) 1,35 1,4 1,3 1,4 Proteases Proteases Modificação de Proteínas • Solubilização de proteínas insolúveis • Melhoramento das propriedades funcionais das proteínas: hidratação, emulsificação, gelificação, textura e formação de espuma • Proteínas Vegetais • Concentrados protéicos • Isolados protéicos • Hidrolisados protéicos Proteases Celulases • Proteínas de Peixe Água de farinha de peixe → Prensagem, ↑viscosidade Proteases Modificação de Proteínas • Solubilização de proteínas insolúveis • Melhoramento das propriedades funcionais das proteínas: hidratação, emulsificação, geleificação, textura e formação de espuma • Proteínas da Carne • HCS (Hidrolisados de células sanguíneas) • Limpezas de Ossos e sobras • Processamento da Carne • Gelatina • Queratina Proteases Lipases Thermomyces lanuginosus Candida antarctica Glicerol éster hidrolases, E.C. 3.1.1.3) Atuam em substratos insolúveis em água, agindo na interface óleo-água de soluções emulsionadas. Além disso, características como estabilidade na presença de solventes orgânicos, ausência da necessidade de cofatores e alta enantiosseletividade. Reações catalisadas por lipases Lipases Comerciais Especificidade Lipases não específicas → Candida rugosa, Staphylococcus aureus, Chromobacterium viscosum, Thermomyces lanuginosus e Pseudomonas sp. → agem sobre as moléculas de acilglicerol randomicamente, produzindo ácidos graxos livres, glicerol, monoacilgliceróis e diacilgliceróis como intermediários. Lipases 1,3 específicas → Aspergillus niger, Mucor javanicus, Rhizopus delemar, Rhizopus oryzae, Yarrowia lipolytica, Rhizopus niveus e Penicillium roquefortii → agem nos ácidos graxos das posições 1 e 3 Lipases ácido graxo específicas → Geotrichum candidum → ação específica na hidrólise de ésteres, cujos ácidos graxos apresentam cadeia longa insaturada com duplas ligações, em cis no carbono 9. Lipases estereoespecíficas → Burkholderia cepacia, Candida antarctica, Candida rugosa e Rhizopus delemar → um dos isômeros de um racemato pode ser hidrolisado preferencialmente em detrimento de outro, ou ainda, a formação de um isômero pode ser catalisada seletivamente a partir de precursores pró- quirais, como os compostos meso-diésteres ou meso-dióis. Aplicações Biodiesel Enzimático Oxidases p-fenileno diamina ou siringaldazina → substratos apenas de lacases Ácido salicilhidroxâmico e ácido cinâmico → inibidores de tirosinase Compostos quaternários (brometo de cetil tetraamônio) → inibidores de lacase Peroxidase (Raiz Forte) Armoracia rusticana Usos: Análises clínicas e biocatálise em meios não aquosos Funções: Degradação e síntese de lignina → Reparo de danos físicos em plantas Degradação dos fitohormônios → Regulação do crescimento vegetal Produção de espécies reativas → Ação contra patógenos Catalase Índice de escaldamento (Blanching) de vegetais e frutas→ Destruição de micro-org e enzimas, preservando cor, textura, sabor e aroma num prazo de 2 anos congelado Remoção de H2O2 residual de leites, de O2 de ovos em pó, sucos e vinhos, e em biossensores. Indicador de contaminaçãode leite por neutrófilos Indicador de problemas hematológicos e de infecções do trato urinário Aplicações de Enzimas - Detergentes - Têxteis - Papel e Celulose - Biocombustíveis - Cosméticos - Síntese Orgânica Principais Empresas: Novozymes, Dupont (Genencor, Danisco), DSM → 75% mercado - Laticínios - Panificação - Suco - Amido - Cerveja Mercado Mundial (2013): US$ 4,8 bilhões Enzimas Microbianas - Micro-organismos produtores: bacterias, fungos filamentosos e leveduras - Gêneros mais utilizados: Bacillus e Aspergillus → 80-85% mercado - Maioria das enzimas comerciais são enzimas produzidas de forma não associada ao crescimento Características do Processo de Produção: • Produção de vários tipos de enzimas • Processo rápido • Facilidade do controle de condições e de recuperação do produto • Maior produtividade • Uso de engenharia genetica Produção Biocatalisadores Micro-organismos Biotransformations are chemical reactions that may be used to carry out specific conversions of complex substrates using plant, animal or microbial cells or purified enzymes as catalysts, and have great potential to generate novel products or to produce known products more efficiently. Biotransformation is also gaining considerable attention as a step towards green chemistry by reducing the usage of hazardous chemicals. The biotransformation capabilities of microorganisms and their enzymes for the production of a wide variety of fine chemicals are well known. Microbial systems are advantageous in that biomass doubling times are short and hence, the production of biomass can be achieved quickly. In addition, methods for genetic manipulation of microbes are well established. Biocatalisadores Micro-organismos (a) Permeabilização celular (b) Coexpressão de transportadores de membrana (c) Fusão entre enzimas e proteínas de membrana para ancorar as enzimas na superfície celular (d) Fusão entre as enzimas e proteínas de membrana intracelulares, seguida pela formação de poros Cultivo de Células e Tecidos Vegetais Biocatalisadores By definition, plant cells, tissue and organ cultures are cultivated under sterile conditions, totally independent of geographical and climatic factors with a controlled physical environment and reduced space. Cultivo de Células e Tecidos Vegetais Biocatalisadores Cultivo de Células e Tecidos Vegetais Biocatalisadores The cultures are started by inoculation of small tissue fragments named explants on solid or in liquid nutrient medium, and can regenerate organs, embryos or whole plants or even develop cellular masses denominated calluses. These responses are based on the totipotency of the plant cells, which allows them to express the ability to initiate the formation of a new individual. Callus cultures represent in vitro systems resulting from cell division originating from tissues which lose their initial identity and undergo redifferentiation, performing specific and coordinated functions. Calluses can be classified as being compact or friable. The latter are frequently used to turn solid cultures into liquid media under stirring, producing suspension systems. Cell suspensions are the in vitro systems which are most frequently used for the production of various high-value metabolites of commercial interest. These cultures can be maintained in a dedifferentiated state with rather uncoordinated cell division over long periods of time. Cells in suspension proliferate faster than callus cells and they can be cultivated on a large scale using commercial bioreactors. These features make cell suspensions an efficient alternative source for the production of plant secondary metabolites and biotransformations. Hairy root Cultivo de Células e Tecidos Vegetais Biocatalisadores Cultivo de Células e Tecidos Vegetais Biocatalisadores The ability of Agrobacterium rhizogenes to induce hairy roots in a range of host plants has led to studies on it as a source of root-derived pharmaceuticals. Hairy roots are induced by transfer of T-DNA from the plasmid of A. rhizogenes to host tissues, resulting in root formation by virtue of auxin synthesis of genes coded by bacterial DNA . The Ri plasmid of A. rhizogenes also induces the synthesis of opines such as agropine or mannopine. The interest in hairy roots is mainly due to their ability to grow fast without needing an external supply of auxins. In recent years, hairy root cultures are gaining preferential advantage as biocatalysts over cell suspension cultures, mostly because of their genetic /biochemical stability, multienzyme biosynthetic potential similar to that of the parent plant and relatively low-cost culture requirements. The hairy root cultures of different plant systems represent rich repositories of enzymes as they mimic their respective parent plants. Consequently, the natures of biotransformation reactions differ depending upon the availability of the plant enzymes as biocatalysts, as well as on the structure and functional groups of the exogenous substrate. Biocatalisadores Células e Tecidos Vegetais Plant cell cultures exhibit vast biochemical potential for the production of specific secondary metabolites. Plant bioconversion systems may be used alone to produce novel chemicals or in combination with organic synthesis. Multistep processes catalyzed by cell or organ cultures often generate intermediary metabolites which help to establish biosynthetic pathways. Plant systems, on the other hand, produce a more limited range of enzymes and undifferentiated plant cells have doubling times larger than those of microbial cells In addition, the desired enzymes are often produced in minute quantities. Despite these drawbacks, the plant kingdom contains some unique enzymes, which produce a variety of chemicals. Cell cultures have a higher rate of metabolism than intact differentiated plants because the initiation of cell growth in culture leads to fast proliferation of cell mass and to a condensed biosynthetic cycle. However, chemical synthesis of some of these compounds is extremely complex and costly. Hence, biotransformations using plant cells and isolated enzymes have great potential for the production of pharmaceuticals. Biocatalisadores Células e Tecidos Vegetais The advantages of using plant cell cultures as biocatalysts are the following: * The cultured material is homogeneous. * The experiments can be performed and reproduced the whole year round. * The cultured cells can accumulate large amounts of the products wanted. * The growth cycles are normally between 1 and 2 weeks, which facilities the experiments. • The cultured cells can be grown up to an almost unlimited quantity of biological material. The reaction type, stereospecificity, enantioselectivity, and mechanism involved in the biotransformations of exogenous substrates by plant cell cultures are hydroxylation (cytochrome P450 monoxygenase), oxidation, reduction (NAD-dependent alcohol dehydrogenase, enone reductases), glycosylation (glycosyltransferases), hydrolysis, esterification (lipases), demethylation, hydrogenation and isomerization reactions Biocatalisadores Células e Tecidos Vegetais Biocatalisadores Células e Tecidos Vegetais Biocatalisadores Células e Tecidos Vegetais Sistemas Biomiméticos Características Gerais: - Less complex structures than their natural counterparts; - lower molecular weights; - higher stability than naturally occurring enzymes, especially at high temperatures; - better solubility in a wide range of solvents. Some aspects to be taken into account in the design of these enzyme mimics include the following: - Incorporation of binding sites that bind selectively to the desired substrates and strain the substrates into reactive conformations; - cooperation between the catalysis and recognition functionalities; - alteration of conformationsaround the catalytic centres to achieve their catalytic activities; - the ability to releasing the converted substrates and thus regenerate their catalytic functionalities. Tipos - Poliméricos: Polietilenoimina (PEI) Ex. PEI + grupos dodecila e metilenoimidazóis → ação: hidrólise do 4-nitrofenil acetate e esteres; descarboxilação de derivados de isoxazols → Similar a quimotripsina - Dendriméricos: maior eficiencia e seletividade Dendrímeros, biopolímeros, polímeros hiperamificados e hibridos de polímeros e metais. Ex. Dendrímero de 5ª geração de poli(amidoamina) through capping with carboxybetaine acrylamide → Similar a peroxidase - Supramoleculares: ciclodextrinas (cyclic oligosaccharides), calixarenos, crown éteres, ciclofanos e macrociclos poliamonio interagem através de suas cavidades hidrofóbicas. → similares a lipase e protease Podem ter diferentes tamanhos e formatos em suas cavidades; Incoporar reactive binding sites; branching and bridging are possible; they include functional moieties that enable modifications to obtain desired structures. Sistemas Biomiméticos Sistemas Biomiméticos Sistemas Biomiméticos Sistemas Biomiméticos 1: 1,5,9,18,22,26-hexaaza [11.11]-p- cyclophane and 2: 1,4,7,16,19,22-hexaaza [9.9]-p-cyclophane. Sistemas Biomiméticos Polyammonium Macrocyclic Sistemas Biomiméticos Sistemas Biomiméticos Tipos - Suportes sólidos: zeolitas, também são peneiras moleculares; redes metalorganicas (MOFs), exemplo: HKUST-1, with octahedral cages and symmetry suitable to serve as a host for metalloporphyrins, was selected to encapsulate tetrakis(4-sulfonatophenyl)porphyrin complexes of FeIII and MnIII and the remaining cavities serve as molecular sieves to allow molecules of appropriate size to reach the active site for catalysis → similar a metaloenzimas - Nanopartículas: propriedades fisicoquimicas unicas: alta razão entre area superficial e volume; grande numero de sitios cataliticamente ativos na superifcie; disponibilidade de grupos reativos multifuncionais para modificação e funcionalização → similares a oxidorredutases e liases Vantagens: baixo custo, tolerancia a altas temperaturas, acidez e solvents orgânicos, facilidade de separação de misturas reacionais, alta estabilidade operacional, e propriedades paramagnéticas (Fe3O4). Desvantagens: baixa eficiencia catalitica, baixa seletividade Sistemas Biomiméticos Sistemas Biomiméticos Sistemas Biomiméticos Sistemas Biomiméticos Sistemas Biomiméticos Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores Organocatalisadores
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