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PRINCÍPIOS DO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PROBABILIDADE DE RESULTADOS VP FP FN VN VP + VN = doença presente FP + VN = doença ausente SENSIBILIDADE É a amostra de pacientes doentes com resultado positivo: ESPECIFICIDADE É a amostra de pacientes não-doentes com resultado negativo: CURVA ROC A curva ROC (receiver operator characteristic curve) é uma forma de representar a relação, normalmente antagônica, entre a sensibilidade e a especificidade de um teste diagnóstico quantitativo, ao longo de um contínuo de valores de “cut off point”. A sensibilidade encontra-se no eixo Y e a especificidade no eixo X. A curva ROC pode ter valores intermediários (A+B = 20%) conhecido como “zona cinza”. PARÂMETROS DE CONTROLE DE QUALIDADE É composto por valores intrínsecos e extrínsecos, juntamente com dados laboratoriais. O resultado do um teste laboratorial reflete o estado clínico (probabilidade) no momento da coleta da amostra analisada. O teste de referência (Gold Satandard) indica o verdadeiro estado do paciente, esse teste é aplicado de forma independente aos testes usados no diagnóstico. AMOSTRAS BIOLÓGICAS • SANGUE. Pode ser venoso ou arterial. É colhido com citrato de sódio (coagulograma). Ou com anticoagulanete (sorologias e bioquímico). • URINA. • LRF. • LÍQUIDO AMINIÓTICO. • FEZES. • SALIVA. • SÊMEN. ENSAIOS IMUNES A produção de anticorpos, parte fundamental da resposta imune adaptativa e que compõem o que chamamos de resposta imune humoral, é o tipo de resposta específica e direcionada. O antígeno que estimulou sua produção pode ser de origem viral, bacteriana, fúngica, tumoral, etc. Os anticorpos, assim como alguns antígenos, circulam pelos líquidos corpóreos e podem ser dosados e analisados de forma qualitativa e quantitativa. O exame é realizado em amostra de soro e é chamado de sorologia. Os teste imunes simulam “in vitro” os processos imunes “in vivo”, fornecendo assim dados sobre o estado clínico do paciente e sobre a infecção que está sendo pesquisada. NÃO-MARCADOS São ensaios onde a ligação antígeno/anticorpo (Ag/Ac) é visualizada sem o auxílio de marcadores. A ligação Ag/Ac é detectada macroscopicamente podendo, em alguns casos, ser auxiliada pelo microscópio óptico. • PRECIPITAÇÃO. Consiste na migração de moléculas com diferentes potenciais elétricos e pesos moleculares em um meio condutor, submetidas a um campo elétrico. Utiliza-se, via de regra, gel de ágar e poliacrilamida. • AGLUTINAÇÃO. O antígeno é parte integrante da célula que teoricamente está servindo de fase sólida da reação. Ex. Aglutinação direta para tipagem sanguínea (sistema ABO). • ENSAIOS LÍTICOS. Ex. Reação de Fixação do Complemento (RFC). Adiciona- se Acs anti-X, Ags X e espera a ligação Ac- Ag-Ac com ativação do sistema complemento pela via clássica ou não. A prévia ativação do sistema complemento faz com que não ocorra a hemólise. ZONA DE EQUIVALÊNCIA E EFEITO PROZONA A zona de equivalência está presenta quando há quantidades equivalentes de Ag-Ac, ocorrendo a formação máxima de precipitado. O contrário se dá pelo efeito prozona, pois decorre da relação desproporcional entre as quantidades de Ag-Ac, sendo que o excesso de Acs interfere na reação Ag-Ac, gerando resultados falso-negativos, nesses casos deve-se realizar a titulação para diluição da amostra Ex. sífilis. MARCADOS Possibilita a visualização de interações antígeno- anticorpo através de testes altamente sensíveis. Emprega-se moléculas marcadas com compostos químicos detectáveis e mensuráveis. Duas substâncias ligadas fortemente que mantém suas propriedades funcionais. Formas de revelação: • Radiação (radioisótopos) • Fluorescência (fluorocromos) • Luminescência (substâncias luminescentes químicas ou biológicas) • Imunoenzimático (enzimas com substrato cromogênicos) • Quimioluminescência (enzimas com substratos luminescentes) Formas de execução: • Fase sólida (sistema heterogêneo) • Fase líquida (sistema homogêneo) • Totalmente automatizados • Semi-automatizados Tipos de reação: • ELISA. Ensaio imune marcado, onde o resultado é revelado a partir da produção de cor e a leitura é realizada em um espectrofotômetro (composto por vários comprimentos de onda), que converte a intensidade de cor em dados numéricos. Não é um teste randomizado (INDIRETO, SANDUÍCHE, COMPETIÇÃO E CAPTURA) • IMUNOFLUORESCÊNCIA (IF). São Acs conjugados com compostos fluorescentes. O conjugado é utilizado como revelador direto (aumento de 10-1000x a sensibilidade), gera grande aumento na rapidez de detecção. Possui mais vantagens (sensível, reagentes estáveis e fácil de implementar). DIRETA (Acs diretamente conjugados) e INDIRETA (Acs secundário conjugados). • CITOMETRIA DE FLUXO. A citometria de fluxo é uma técnica inovadora no estudo de células, onde propriedades físicas e biológicas são determinadas com exatidão. Ensaios multiparamétricos podem ser realizados, utilizando-se diversos marcadores simultaneamente. A técnica propicia o estudo morfológico celular, a qualificação de antígenos de superfície, intracitoplasmáticos e também intranucleares. A presença de determinadas substâncias podem ser quantificadas, tais como as citocinas. O aparelho utilizado é o citômetro de fluxo, que emite feixes de raios laser, incidindo estes sobre as células e determinando primeiramente seu tamanho e granulosidade citoplasmático. • ELETROFORESE. Método simples, que permite separar proteínas do plasma humano em frações • WESTERN-BLOTTING. Baseia-se na separação das proteínas por peso molecular através de uma eletroforese, seguindo-se da transferência para uma membrana e a detecção da proteína de interesse com um anticorpo específico • QUIMIOLUMINESCÊNCIA. Fenômeno que se obtém energia luminosa a partir de uma reação química. A energia química gerada como resultado da dissociação de ligações fracas produz compostos intermediários em um estado eletronicamente excitado que, quando retornam ao estado de energia inicial emitem luz que é medida. Utiliza-se estéres de acridina (detecção de NaOH e H2O2) e derivados de isoluminol (detecção de H2O2 e um catalisador). • IMUNOHISTOQUÍMICA/IMUNOCITOQUÍ MICA. Método que associa anticorpos conjugados a marcadores específicos para identificar estruturas celulares. Imunohistoquímica: a lâmina é analisada em microscópio em corte histológico. Imunocitoquímica: marcação de células em meio líquido (leucócitos). São utilizados anticorpos conjugados a marcadores fluorescentes ou enzimáticos. Resultado qualitativo/quantitativo: presença/ausência de determinado marcador. ENSAIOS MICROBIOLÓGICOS Tem como objetivo a identificação de infecções através da análise de material biológico devidamente coletado. A identificação é morfológica através de métodos de coloração específicos. Em alguns casos, é necessária a semeadura em meios de cultura específicos e observação do crescimento microbiano. A seguir, usam-se métodos de identificação dos medicamentos mais eficientes para o tratamento do agente infeccioso isolado e responsável pela infecção do paciente. Usa-se meios líquidos e semi-sólidos (que tem por base o gel de ágar). O meio é enriquecido com nutrientes específicos, criando um ambiente favorável ao crescimento microbiano. Faz-se a identificação de infecções bacterianas e fúngicas. • COLORAÇÃO DE GRAM. Bactérias gram positivas ou negativas. • COLORAÇÃO DE ZIEHL-NEELSEN. Identificação de bacilos álcool-ácidos resistente. • STREAK PLATE METHOD. É a semeadura de material biológico em meio de cultura semi-sólido. • ANTIBIOGRAMA. Resistência ou susceptibilidade da bactérias à ANTBs. • CULTURA CELULAR. • REAÇÃO EM CADEIA DE POLIMERASE (PCR).
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