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Prévia do material em texto

Aula 01
Assuntos para 
a Unidade 1
Andréa Cuesta
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Contabilidade 
Intermediária
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
ANDRÉA CUESTA
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Olá. Meu nome é Andréia Cuesta. Sou formada em Ciências Contábeis, 
pela Universidade Estadual de Londrina - UEL, e em Pedagogia pela Facul-
dade de Paraíso do Norte (FAPAN), especialista em Controladoria e Finanças 
(PUC/PR), Logística Empresarial (UNOPAR) e Docência no Ensino Superior 
(UNOPAR). Sou estudante especial do curso de Mestrado em Metodologias 
para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias da UNOPAR, com uma ex-
periência técnico-profissional na área de docência do ensino superior, pre-
sencial e EAD de mais de 12 anos. Passei por empresas com a Lorenzetti S.A, 
Elevadores Atlas Schindler e a Construtora Plaenge, na área Contábil e Fiscal. 
Hoje integro o quadro docente do Grupo Kroton Educacional, ao qual faço 
parte desde 2008. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso 
fui convidada pela Editora TELESAPIENS a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito 
estudo e trabalho. Conte comigo!
Autor 
ANDRÉA CUESTA
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto 
gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de apren-
dizagem toda vez que:
Sumário
1. Fundamentos Contábeis ................................................................................................... 8
1.1. Objetivos da Contabilidade .................................................................................................8
Usuários da Contabilidade ....................................................................................................9
1.2. Relatórios Contábeis .................................................................................................................9
Balanço Patrimonial (BP) .....................................................................................................10
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) .............................................10
Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) ..............................................11
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ..............11
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ............................................................11
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) ..................11
E para Algumas Entidades, 
a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) .......................................................12
Notas Explicativas .....................................................................................................................12
1.3. Principais Características da Informação Contábil ......................................13
Elementos Contábeis ...............................................................................................................13
1.4. Classificação dos Elementos do Balanço Patrimonial .............................14
2. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ...........................................................17
2.1. CPC 03 – Demonstração de Fluxos de Caixa ..................................................17
2.2. Caixa e Equivalentes de Caixa .......................................................................................19
2.3. Objetivos da Demonstração dos Fluxos de Caixa .......................................20
2.4. Benefícios das Informações dos Fluxos de Caixa .......................................20
2.5. Classificação dos Elementos do Fluxo de Caixa ..........................................20
Casos Especiais ...........................................................................................................................22
2.6. Parâmetros Gerais do Demonstrativo de Fluxos de Caixa...................24
3. Formas de Apresentação da DFC ..............................................................................27
3.1. DFC versus DOAR .....................................................................................................................27
3.2. Métodos de Divulgação da DFC .................................................................................28
3.3. Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais: ................................................28
3.4. Modelo de Fluxo de Caixa (método direto) .......................................................29
3.5. Modelo de Fluxo de Caixa (método indireto) ...................................................30
Exemplo Prático ...........................................................................................................................31
Você sabia que a Contabilidade é um dos instrumentos mais importantes 
para o gestor das organizações empresariais, pois ela fornece dados de forma 
organizada e de fácil entendimento, para que as decisões sejam tomadas de 
forma correta e rápida? Você deve ter notado as diversas modificações que a 
contabilidade brasileira vem sofrendo. O primeiro motivo para estas mudan-
ças é a revolução tecnológica, responsável pela utilização em larga escala dos 
ERPs (Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos da Em-
presa), que são sistemas integrados de gestão e cuidam das atividades diá-
rias de uma empresa, desde a aquisição dos estoques, até a emissão das De-
monstrações Contábeis de apresentação obrigatória. Não importa o tamanho 
da empresa, seja ela pequena, média ou grande, estará sujeita a apresentar 
informações ao Fisco, que atualmente é feita de forma eletrônica (on-line), nos 
âmbitos municipal, estadual e federal. O segundo motivo para as mudanças 
advém da necessidade de adequar-se às Normas Internacionais de Contabili-
dade - IFRS (International Financial Reporting Standards), que é um conjunto de 
Pronunciamentos Contábeis internacionais, publicados e revisados pelo IASB 
(International Accounting standards Board). Essa parametrização das normas 
contábeis surgiu pela necessidade de as organizações internacionais falarem a 
mesma língua, facilitando o entendimento. No Brasil, essas normas estão sen-
do adaptadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e são regidas 
pela Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Além de fornecer informações ao 
Fisco, a Contabilidade também fornece informações a outros interessados, tais 
como bancos, sócios, acionistas, fornecedores, clientes e colaboradores, daí a 
necessidade de apresentar informações de fácil entendimento para especia-
listas ou leigos. Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(2014), de cada dez empresas que são abertas no Brasil, seis não sobrevivem 
após 5 anos de atividade.Isso mesmo. Mais da metade das empresas fecham 
as portas antes de completar 5 anos! E em grande parte, o fracasso vem da 
má administração dos recursos. Entendeu a importância da contabilidade? Ao 
longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo, e compreender 
melhor essa ferramenta maravilhosa!
Introdução
Olá. Meu nome é Andréa César. Sou responsável pela direção editorial 
deste livro didático e de todos os demais recursos relacionados com a sua 
trilha de aprendizagem. Temos a Disciplina de Contabilidade Intermediária, 
e seja bem-vindo a nossa Unidade 1, onde nosso objetivo é auxiliar você para 
o desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término 
desta etapa de estudos:
1. Recapitular e consolidar tópicos importantes de Contabilidade Geral;
2. Conhecer o CPC 03 e os conceitos de Demonstração dos Fluxos de Caixa 
e Equivalentes de Caixa;
3. Verificar os aspectos legais da DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa), 
seus objetivos, alcance e transações que a integram;
4. Identificar as principais diferenças entre DFC (Demonstração do Fluxo de 
Caixa) e DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos).
Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Trilha de Aprendizagem
Contabilidade Intermediária | 8
1.1. Objetivos da Contabilidade
Após os processos de convergência que o Brasil vem adotando desde a pro-
mulgação das Leis nº 11.638/2007 e nº 11.941/2009, permitiram as mudanças 
nas normas contábeis brasileira em direção às IFRS, e foram implantadas em 
2010 para todas a empresas. As demonstrações financeiras elaboradas nes-
se novo molde apresentam melhores condições para a tomada de decisão. 
Dessa forma, o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura Conceitu-
al para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro estabelece 
como objetivo da contabilidade:
OB2. O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é for-
necer informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta 
essa informação (reporting entity) que sejam úteis a investidores exis-
tentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, 
quando da tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos para 
a entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter parti-
cipações em instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dívida, e 
a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras formas de crédito.
Na sequência, o Pronunciamento estabelece quais os tipos de informações 
que a contabilidade deve fornecer:
OB12. Relatórios contábil-financeiros de propósito geral fornecem in-
formação acerca da posição patrimonial e financeira da entidade que 
reporta a informação, a qual representa informação sobre os recursos 
econômicos da entidade e reivindicações contra a entidade que reporta a 
informação. Relatórios contábil-financeiros também fornecem informa-
ção sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recur-
sos econômicos da entidade que reporta a informação e reivindicações 
contra ela. Ambos os tipos de informação fornecem dados de entrada 
úteis para decisões ligadas ao fornecimento de recursos para a entidade. 
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você terá recapitulado os funda-
mentos da contabilidade aprendidos em unidades anterio-
res. É fundamental resgatar esses conhecimentos para dar 
continuidade aos estudos, e também para o exercício de sua 
profissão. Estudar contabilidade é um processo cumulativo 
de aprendizado. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
1. Fundamentos Contábeis
Contabilidade Intermediária | 9
Usuários da Contabilidade
A contabilidade fornece informações a diversos usuários, tais como fornece-
dores, clientes, bancos, investidores, acionistas, colaboradores e o público em 
geral. Alguns usuários internos ou externos das informações contábeis podem 
necessitar de informações específicas, porém existe orientação relacionada 
apenas às informações básicas que atendam ao maior número de usuários. 
Acerca dessas informações, o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) orienta:
OB6. Entretanto, relatórios contábil-financeiros de propósito geral não 
atendem e não podem atender a todas as informações de que investido-
res, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial, 
necessitam. Esses usuários precisam considerar informação pertinente 
de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e ex-
pectativas, eventos políticos e clima político, e perspectivas e panorama 
para a indústria e para a entidade. 
OB8. Usuários primários individuais têm diferentes, e possivelmente 
conflitantes, desejos e necessidades de informação. Este Comitê de Pro-
nunciamentos Contábeis, ao levar à frente o processo de produção de 
suas normas, irá procurar proporcionar um conjunto de informações 
que atenda às necessidades do número máximo de usuários primários. 
Contudo, a concentração em necessidades comuns de informação não 
impede que a entidade que reporta a informação preste informações adi-
cionais que sejam mais úteis a um subconjunto particular de usuários 
primários.
Em outras palavras, a cabe ao usuário das informações, utilizar-se dos rela-
tórios básicos gerados pela contabilidade, e delas extrair dados conforme 
a sua necessidade. Porém, o Pronunciamento não proíbe que as empresas 
forneçam dados mais específicos espontaneamente, ou por imposição de 
normas de órgãos reguladores externos.
1.2. Relatórios Contábeis
A contabilidade utiliza-se de Relatórios produzidos por meio de suas informa-
ções contabilizadas diariamente. Esses relatórios apresentam os dados de 
forma organizada e sistematizada (de acordo com os princípios e as conven-
ções contábeis) para que os usuários da contabilidade possam compreender 
a situação real em que a empresa se encontra, sem necessitar ser expert no 
assunto. É importante que todos que tenham acesso a esses relatórios con-
sigam entender o que está sendo demonstrado. O Pronunciamento Técnico 
CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis – relaciona em 
seu item 10 quais as demonstrações contábeis que devem ser apresentadas 
pelas organizações.
Contabilidade Intermediária | 10
Balanço Patrimonial (BP)
Apresenta a posição patrimonial e financeira (qualitativa e quantitativa) da 
entidade em dado momento (demonstração estática). O controle dos re-
cursos econômicos efetuado pela apresentação o BP fornece informações 
comparadas, que possibilitam prever a capacidade de gerar caixa no futuro, 
necessidades de financiamentos, e também de que forma os lucros futu-
ros serão distribuídos ou reinvestidos. Pelo BP a empresa terá informações 
sobre liquidez e a solvência e prever a capacidade de honrar os compro-
missos.
Embasamento legal: o artigo 176 da Lei 6.404/76 e alterações Lei 11.638/2007.
Demonstração do Resultado 
do Exercício (DRE)
Evidencia as operações efetuadas pela empresa durante um período de tem-
po (demonstração dinâmica), durante um exercício social, durante um mês, 
durante uma quinzena, etc., e detalha a composição do resultado líquido (lucro 
ou prejuízo) daquele período. A DRE fornece informações referente aos fluxos 
de caixa, e ajuda a avaliar a eficácia com que os recursos estão sendo utiliza-
dos na empresa, possibilitando mudanças benéficas para o negócio.
Embasamento legal: o artigo 176 da Lei 6.404/76 e alterações Lei 11.638/2007.
1 - Figura: A Importância da Informação Contábil de Qualidade. | Fonte: Pixabay®
Contabilidade Intermediária | 11
Demonstração do Resultado Abrangente (DRA)
A DRA passou a ser exigida no rol de relatórios contábeis obrigatórios por 
orientação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) com o objetivo de 
aproximar as normas brasileiras do padrão internacional. Esse demonstrativo 
evidencia a soma do resultado do período aos demais resultados abrangentes.
Embasamento legal: Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) - Apresentação das 
demonstrações contábeis
Demonstraçãodas Mutações do Patrimônio Líquido 
(DMPL)
Essa demonstração apresenta uma comparação de todas as contas do grupo 
do Patrimônio Líquido, com as contas do mesmo grupo do ano imediatamente 
anterior, verificando a variação e a consistência das movimentações sofridas 
por seus recursos próprios.
Embasamento legal: o artigo 186 da Lei 6.404/76 e alterações Lei 11.638/2007.
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
A DFC mostra as alterações ocorridas no caixa e equivalentes de caixa (movi-
mentações monetárias) em determinado período, se comparadas ao período 
imediatamente anterior. Evidencia todas as entradas e saídas de dinheiro da 
organização (operações, investimentos e financiamentos). Essas informações 
são úteis para avaliar futuros investimentos ou financiamentos.
Embasamento legal: o artigo 188 da Lei 6.404/76 e alterações Lei 11.638/2007.
Demonstração de Lucros 
ou Prejuízos Acumulados (DLPA)
Evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuízos 
acumulados no grupo do Patrimônio Líquido (deverá conter saldos do início 
do período, ajustes dos exercícios anteriores, reversões de reservas, lucro lí-
quido do exercício, transferências para reserva, dividendos, parcela dos lucros 
incorporada ao capital e saldo final).
É obrigatória a apresentação desta demonstração para as empresas obrigató-
ria para as sociedades limitadas e outros tipos de empresas, conforme a legis-
lação do Imposto de Renda (art. 274 do RIR/99), podendo ser substituída pela 
apresentação da DMPL (artigo 186, § 2º, da Lei nº 6.404/1976).
Embasamento legal: o artigo 186 da Lei 6.404/76.
Contabilidade Intermediária | 12
E para Algumas Entidades, 
a Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
Essa demonstração tem o objetivo de apresentar a origem e a evolução da ri-
queza produzida pela empresa (receita de vendas menos custos dos recursos 
de terceiros) e sua distribuição durante o período analisado, nos elementos de 
produção, determina a parcela de contribuição que a entidade tem na forma-
ção do PIB (Produto Interno Bruto) do país. Por meio da DVA é possível verificar 
quanto é agregado de valor aos insumos adquiridos de terceiro, que são ven-
didos ou consumidos no período e como é distribuído esse valor adicionado 
entre governo, investidores, pessoal e financiadores.
A DVA é extraída a partir dos saldos das contas de resultado. É obrigatória ape-
nas para as companhias abertas, e para outras que a lei exigir.
Embasamento legal: Item 3 da NBC TG 09, aprovada pela Resolução CFC n.º 
1.138/08 e alterada pela Resolução CFC n.º 1.162/09.
Notas Explicativas
Devem ser apresentadas também, notas explicativas com objetivo de fornecer 
maiores detalhes às demonstrações contábeis e financeiras apresentadas. 
Embasamento legal: Art. 176 da Lei 6.404/76 § 5o As notas explicativas devem: 
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
As Notas Explicativas devem ser elementos que facilitem a compreensão das 
demonstrações apresentadas, dando destaque, no mínimo:
a. Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, es-
pecialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e 
exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos e dos 
ajustes para atender às perdas prováveis na realização de elementos 
ativos; 
b. Os investimentos em outras sociedades, quando estes forem relevantes;
c. O aumento de valor de elementos do ativo resultantes de novas avaliações; 
d. Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias pres-
tadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
e. A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações;
f. As opções de compras de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
g. O número, as espécies e as classes das ações de capital social; 
h. Os ajustes de exercícios anteriores; 
i. Eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que te-
nham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e 
sobre os resultados futuros da empresa.
Contabilidade Intermediária | 13
1.3. Principais Características da Informação 
Contábil
O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) apresenta, no Capítulo 3, quais são 
as características imprescindíveis para que uma informação contábil seja, de 
fato, útil aos seus usuários:
I. Características qualitativas fundamentais: relevância (será relevante se 
fizer diferença nas decisões tomadas pelo usuário, deve ter valor pre-
ditivo ou confirmatório e materialidade) e representação fidedigna (será 
fidedigna se for completa, neutra e livre de erros); 
II. Características qualitativas de melhoria fundamentais: comparabilidade (se 
for comparável a informação similar de outra entidade), verificabilidade (se 
observadores diversos puderem chegar a um consenso sobre a mesma in-
formação), tempestividade (se disponibilizada no momento adequado para 
a tomada de decisão) e compreensibilidade (se for clara e concisa).
Elementos Contábeis
a. Conta Contábil é o nome técnico dado a cada um dos componentes do Patri-
mônio da empresa (Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido) ou um dos 
componentes dos grupos de Resultado (Despesas ou Receitas).
b. Plano de Contas é um conjunto de contas que padroniza e direciona os re-
gistros contábeis, dando a eles uniformidade. Cada empresa elabora seu 
Plano de Contas observando o que dita a Lei 6.404/1976. Cada conta deve 
conter código numérico, título, função, natureza contábil.
c. Bens e Direitos são representados no Balanço Patrimonial em dois grupos 
principais: Ativo Circulante e Ativo não Circulante (Ativo Realizável a Longo 
Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível).
d. Obrigações e Patrimônio Líquido são representados no Passivo nos três gru-
pos principais: Passivo Circulante, Passivo não Circulante e Patrimônio Líquido 
(Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reser-
vas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados).
e. Livros Contábeis são livros utilizados para escrituração contábil dos fatos admi-
nistrativos, e atos administrativos relevantes. São obrigatórios: Livro Diário, Livro 
Razão, Livro Registro de Inventário e Livro Registro de Prestação de Serviços.
f. Livros Fiscais são livros exigidos pelo fisco (federal, estadual e municipal).
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento - Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis – Pronunciamentos, acessível 
pelo link: https://bit.ly/2MYcTdO
Contabilidade Intermediária | 14
1.4. Classificação dos Elementos 
do Balanço Patrimonial
Todos os elementos que compõem o Balanço Patrimonial devem ser 
apresentados de acordo com os critérios definidos na Lei nº 6.404/1976 e alte-
rações posteriores. Esses critérios são aplicados a todos os tipos de empresa, 
e não apenas às Sociedades por Ações.
a. ATIVO: Representa os recursos controlados pela empresa dos quais se 
esperam futuros benefícios, as contas estão dispostas em ordem decres-
cente do grau de liquidez (os elementos que apresentam maior facilidade 
de conversão em recursos financeiros são os primeiros).
Ativo Circulante são os bens e direitos realizados ou utilizados dentro do 
ciclo operacional da empresa ou no período de 12 meses da data do balan-
ço, o que for maior (Lei nº 6.404/1976). Ativo Não Circulante divide-se em:
 • Realizável à Longo Prazo (bens e direitos realizáveis após 12 meses da 
data do balanço ou em período maior do que o ciclo operacional da 
empresa ou bens e direitos oriundos de negócios não operacionais rea-
lizados com empresas coligadas ou controladas, acionistas e diretores);
 • Investimentos (participações permanentes em outras sociedades e os 
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante e no 
realizável a longo prazo, e que não destinados à manutenção da ativi-
dade da companhia);
 • Imobilizado (bens corpóreos utilizados para a atividades da empresa ou 
com essa finalidade, inclusive os benefícios, riscose controle desses bens;
 • Intangível (bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia 
ou exercidos com essa finalidade);
Embasamento Legal: O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) item 4.4.
Conta Contábil Natureza Aumento Diminuição
Ativo Devedora D C
Passivo Credora C D
Despesa Devedora D C
Receita Credora C D
Patrimônio Líquido Credora C D
2 - Figura: Natureza das Coisas Contábeis | Fonte: Lei 6.404/1976 (adaptado).
Contabilidade Intermediária | 15
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Razoável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Exigível a Longo Prazo
Patrimônio Líquido
3 - Figura: Balanço Patrimonial. | Fonte: Lei 6.404/1976 (adaptado).
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b. PASSIVO: E o conjunto das obrigações da entidade, derivadas de eventos 
ocorridos no passado, as contas estão dispostas em ordem decrescente 
de exigibilidade. São contas originadas de recursos de terceiros, e tem 
sua classificação dentro do Plano de Contas da empresa, tendo como 
base os seus vencimentos, ou seja, primeiro aparecem as que têm de ser 
liquidadas mais rapidamente.
Passivo Circulante são obrigações da entidade cujos vencimentos estão 
no período de 12 meses contados da data do balanço ou dentro do ciclo 
operacional.
Passivo Não Circulante são obrigações da entidade que são exigíveis 
após 12 meses, ou em período que seja maior que o período do ciclo 
operacional da empresa.
Patrimônio Líquido, também denominado Capital de Terceiros, pode ser 
entendido como um passivo não exigível imediatamente, sendo compos-
to pelos recursos dos proprietários, ou seja, capital próprio. Esse grupo 
é composto pelas contas Capital Social, Reservas, Ajustes de avaliação 
patrimonial, Ações em Tesouraria, e Prejuízo Acumulado. 
Embasamento Legal: O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) item 4.4.
Contabilidade Intermediária | 16
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Relembrou mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você real-
mente lembrou dos conteúdos que resgatamos neste capí-
tulo, vamos resumir tudo o que vimos.
Você reviu os Objetivos da Contabilidade, quais são seus 
principais usuários e aprendeu sobre o Pronunciamento 
Conceitual Básico (R1), Estrutura Conceitual para Elaboração 
e Divulgação de Relatório Contábil que direciona os traba-
lhos contábeis quanto à estrutura e a forma de divulgação 
dos Relatórios Contábeis, de acordo com as Normas Inter-
nacionais de Contabilidade.
Você lembrou quais são os principais Relatórios Contábeis, 
seus elementos e a sua obrigatoriedade. Pudemos rever 
também, quais são as Características da Informação Contábil 
e sobre a importância de apresentar dados relevantes.
A viagem a nossa memória nos levou através dos Elementos 
Contábeis e as suas Classificações dentro do Balanço Patri-
monial. Parece muita informação, não é? Mas temos muito 
mais pela frente! Vamos lá? Vamos ao próximo capítulo?
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Demons-
trações Contábeis: Adequação às novas Normas Contábeis. 
(CRCRS, s.d.), acessível pelo link: https://bit.ly/31WgYmQ
Contabilidade Intermediária | 17
2.1. CPC 03 – 
Demonstração de Fluxos de Caixa
A DFC é uma demonstração dinâmica que evidencia a geração de caixa, verifi-
cando a qual grupo de classificação ela se originou (investimentos, financiamen-
to ou operacional) e, de que forma foram usados recursos originados. O objetivo 
fundamental é destacar o resultado financeiro em determinado período. 
Apesar de dinâmica, a DFC demonstra os fatos administrativos que abrangem os 
fluxos de dinheiro que ocorreram durante determinado tempo, de forma sintética 
e que estejam devidamente registrados: as entradas de dinheiro serão registradas 
a debito, e as saídas de dinheiro serão registradas a crédito, da conta Caixa.
A importância deste demonstrativo está na necessidade de os gestores enten-
derem a geração do resultado financeiro da companhia, visto que, nem sem-
pre lucro financeiro e lucro contábil são coincidentes no final do período após 
apurados, pois no processo de apuração do resultado contábil, são considera-
dos também, fatos econômicos, além dos fatos financeiros.
Essa divergência entre resultado econômico e resultado financeiro se dá, por 
exemplo, em caso de fatos acontecidos no final de um período, e cujo recebi-
mento se dará no decorrer do período financeiro seguinte.
DEFINIÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender 
e elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa.
Você estará apto a diferenciar elementos de Caixa e de Equi-
valentes de Caixa. É fundamental que você conheça o CPC 
03 – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA, que regula 
esta demonstração imprescindível para acompanhar o resul-
tado financeiro das empresas e auxiliar no controle de gastos 
desnecessários ou eventuais desperdícios.
A DFC veio a substituir a antiga Demonstração de Origens e 
Aplicações de Recursos - DOAR, cuja apresentação não é 
mais obrigatória desde 01 de janeiro de 2008. Dessa forma é 
possível manter a saúde econômico-financeira da entidade. 
E então? Está curioso para saber mais sobre essa ferramenta 
tão importante? Motivado para desenvolver esta competên-
cia? Então vamos lá. Venha comigo!
2. Demonstração dos Fluxos de Caixa 
(DFC)
Contabilidade Intermediária | 18
O lançamento contábil do reconhecimento dessa venda é em dezembro 2018:
 • Débito: Clientes (não circulante);
 • Crédito: Receita com vendas ........................200 milhões.
Agindo desta forma, a Vem Que Tem está aumentando seu lucro contábil em 
200 milhões. Financeiramente, no entanto, não haveria nenhum lançamento, 
pois o recebimento dessas vendas se dará apenas nos períodos financeiros 
seguintes. Então, para a visão financeira, o lucro será zero.
A visão financeira fornecida ao usuário é estática e não transmite a ideia da 
variação do caixa e dos equivalentes de caixa, trazendo assim uma divergência 
entre lucro contábil e lucro financeiro.
Com a utilização da DFC, será possível para o usuário da informação, enxergar 
essa movimentação financeira, e entender o porquê da divergência nos lucros.
O Comitê para Pronunciamentos Contábeis – CPC, no ano de 2008, emitiu o 
pronunciamento técnico CPC 03, com o objetivo de inserir na legislação brasi-
leira o equivalente à norma internacional IAS 7 (Statement of Cash Flows), que 
trata da apresentação dos Fluxos de Caixa. Em 2010, esse pronunciamento foi 
revisado por duas vezes dando origem ao CPC 03 (R2), e que resultou na Re-
solução CFC – Conselho Federal de Contabilidade nº 1.296 de 17 de setembro 
de 2010 – NBC TG 03 e na Deliberação CVM – Comissão de Valores Mobiliários 
nº 641 de 07 de outubro de 2010. 
Companhias de capital fechado cujo Patrimônio Líquido seja algo inferior a até 
R$ 2 milhões estão desobrigadas de elaborar e apresentar a DFC, em confor-
midade com a Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/1976).
REFLITA:
Supondo que a empresa Vem Que Tem realizou uma venda 
em dezembro de 2018, no valor de R$ 200 milhões.
O pagamento deverá se feito da seguinte forma: 50% 2019 e 
50% 2020. 
Nesse caso, o regime de competência obriga a contabilidade a reconhecer a 
receita no período em que se originou o fato, mas financeiramente falando, ele 
só será reconhecido quando houver o ingresso de dinheiro.
Contabilidade Intermediária | 19
Os Equivalentes de Caixa, segundo a NBC TG 03, devem ser mantidos na em-
presa, especificamente, com o objetivo de atender aos compromissos de cur-
to prazo, e não para investimentos ou outros fins.
As Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais se estruturam conforme 
o exemplo a seguir:
I. Geral - NBC PG - são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas 
indistintamente a todos os profissionais de Contabilidade;
II. Do Auditor Independente - NBC PA - são asNormas Brasileiras de Con-
tabilidade aplicadas, especificamente, aos contadores que atuam como 
auditores independentes;
III. Do Auditor Interno - NBC PI - são as Normas Brasileiras de Contabilida-
de aplicadas especificamente aos contadores que atuam como audito-
res internos;
IV. Do Perito - NBC PP - são as Normas Brasileiras de Contabilidade apli-
cadas diretamente aos contadores que atuam como peritos contábeis.
NBC TG - são as Normas Brasileiras de Contabilidade convergentes com as 
normas internacionais emitidas pelo International Accounting Standards Board 
(Iasb) e compreendem as normas editadas pelo CFC a partir dos documentos 
emitidos pelo CPC que estão convergentes com as normas do Iasb, numera-
das de 00 a 999.
DEFINIÇÃO:
Segundo o item 6 do NBC TG 03, aprovada pela Resolução 
CFC n. 1296/2010, Caixa são os numerários em espécie e os 
depósitos bancários que estiverem disponíveis.
Em outras palavras, seria à soma do Caixa propriamente dito 
(recursos mantidos na tesouraria da empresa), assim como 
os depósitos bancários em conta corrente (Bancos Conta 
Movimento).
Como Equivalentes de Caixa devemos considerar as aplica-
ções financeiras de curto prazo (com vencimento de até três 
meses a contar da data da aquisição), de liquidez imediata e 
facilmente transformados em dinheiro em espécie, sem que 
sofram modificações consideráveis em seu valor original. 
Tanto Caixa, quanto Equivalentes de Caixa integram o grupo 
das Disponibilidades no Ativo Circulante, dentro do Balanço 
Patrimonial.
2.2. Caixa e Equivalentes de Caixa
Contabilidade Intermediária | 20
2.3. Objetivos da Demonstração 
dos Fluxos de Caixa
A DFC tem como objetivo básico disponibilizar as informações de forma clara, 
acerca das entradas e saídas de numerários, considerando um determinado 
período de tempo.
Essas informações associadas às disponibilizadas por outros demonstrativos, 
são capazes de direcionar e balizar as ações tomadas pelos seus usuários (ad-
ministradores, investidores, credores e outros).
Por meio da DFC é possível avaliar a geração de caixa destinada ao pagamento 
de obrigações (despesas correntes), dividendos, lucros e outras despesas diá-
rias. Também é possível identificar necessidades de financiamentos, compre-
ender divergências entre o fluxo de caixa líquido das operações e o resultado 
financeiro, com o que foi projetado.
Ao estudar e analisar esse demonstrativo, o administrador será capaz de ela-
borar um planejamento eficaz e adequado às suas necessidades, evitando a 
falta de recursos em determinado momento. 
É pelo conhecimento do que ocorreu no passado, que o gestor é capaz de fa-
zer uma projeção assertiva do fluxo de caixa para o futuro. E, por meio de com-
paração, após os períodos acontecidos, entre o projetado (orçado) e o ocorrido 
de fato, poderá aperfeiçoar futuras projeções e diminuir as margens de erro.
2.4. Benefícios das Informações 
dos Fluxos de Caixa
A DFC quando apresentada em conjunto com as demais demonstrações con-
tábeis, proporciona informações que possibilitam aos usuários a avaliar as mu-
danças ocorridas nos ativos líquidos, estrutura financeira (liquidez e solvência), 
capacidade de alterar valores e prazos adaptando-os às mudanças, conforme 
a oportunidade e as circunstâncias. Em outras palavras, dão aos usuários uma 
visão global da capacidade da empresa em gerar recursos, em criar modelos 
comparativos entre períodos, e apontar alterações a serem feitas para o futuro.
2.5. Classificação dos Elementos 
do Fluxo de Caixa
O NBC TG 03 em consonância com o Artigo 188, inciso I da Lei nº 6.404/76, 
orienta que, as transações relativas às entradas e as saídas de caixa devem ser 
segregadas em 3 grupos, que serão demonstrados a seguir:
Contabilidade Intermediária | 21
É importante enfatizar que cuidados especiais precisam ser tomados no mo-
mento da classificação das transações para os seus respectivos grupos de 
atividades.
Alguns pagamentos ou recebimentos de caixa podem ter particularidades que 
a enquadre em mais de um dos grupos do Fluxo de Caixa. Alguns cuidados 
devem ser tomados, como indica o CPC 03 (R2):
“a. recebimentos de caixa e pagamentos em caixa em favor ou em 
nome de clientes, quando os fluxos de caixa refletirem mais as atividades 
dos clientes do que as da própria entidade.
Exemplos:(I) movimentação (depósitos e saques) em contas de depósitos à 
vista de banco; (II) recursos mantidos para clientes por entidade de investimen-
to; e (III) aluguéis cobrados em nome de terceiros e pagos inteiramente aos 
proprietários dos imóveis. (CPC 03 (R2), item 23.)
SóciosAtivos Fixos
ClientesPagamentos 
(Despesas/Dívidas)
Estoques
Outras 
Receitas
Credores
CAIXA
4 - Figura: Fluxo de Caixa e Equivalência de Caixa. | Fonte: Andréa Cuesta (2019).
a. Atividades Operacionais: constituídas pelas entradas e saídas em di-
nheiro, ou equivalentes relacionadas às atividades de produção e ven-
dados bens e serviços produzidos pela entidade. São as principais fon-
tes geradoras de receitas;
b. Atividades de Investimentos: decorrentes das compras e vendas de ati-
vo financeiros de curto prazo, e de bens e direitos que tenham caráter 
permanente na sociedade;
c. Atividades de financiamentos: resultantes da mudança na composição 
e no tamanho do capital próprio e capital de terceiros na entidade.
Contabilidade Intermediária | 22
Casos Especiais
a. Juros
O IASB International Accounting Standards Board (quadro internacional de Nor-
mas Contábeis, entidade sem fins lucrativos que publica e atualiza normas in-
ternacionais) orienta que, os juros pagos que serão contabilizados juntamente 
ao valor de um ativo, sejam classificados no mesmo grupo no qual o ativo ao 
Atividades Operacionais
Atividades 
de Investimento
Atividades 
de Financiamento
 • Recebimentos de ven-
das ou serviços;
 • Pagamentos de com-
pras, fornecedores de 
serviços;
 • Pagamento de despe-
sas (energia elétrica, 
salários, aluguéis etc.);
 • Recebimento de outras 
receitas (royalties, alu-
guéis, juros, etc.).
 • As aquisições ou ven-
das de participações 
em outras empresas;
 • Ativos utilizados na pro-
dução de bens ou na 
prestação de serviços 
do objeto social;
 • Debêntures ou outros 
títulos emitidas por 
outras sociedades;
 • Bens e direitos do Ativo 
Imobilizado e do Ativo 
Intangível.
 • Captação de recur-
sos dos acionistas ou 
cotistas;
 • Retorno em forma de 
lucros ou dividendos;
 • Captação de emprésti-
mos ou outros recursos;
 • Amortização e remune-
ração de empréstimos.
5 - Figura: Grupos dos Elementos dos Fluxos de Caixa. | Fonte: Andréa Cuesta (2019).
“b. recebimentos de caixa e pagamentos em caixa referentes a itens 
cujo giro seja rápido, os montantes sejam expressivos e os vencimentos 
sejam de curto prazo. (CPC 03 (R2), item 22.)”
Exemplos: (I) pagamentos e recebimentos relativos a cartões de crédito de 
clientes; (II) compra e venda de investimentos; e (III) outros empréstimos toma-
dos a curto prazo, como, por exemplo, os que têm vencimento em três meses 
ou menos, contados a partir da respectiva contratação. (CPC 03 (R2), item 23A.)”
Dessa forma, os desembolsos que forem efetuados para pagamentos de for-
necedores que decorram de financiamentos para bens destinados à produção 
ou à venda serão classificados como atividades operacionais. Desembolsos a 
fornecedores originários de aquisições de bens do Ativo não Circulante, serão 
classificados como Atividades de Investimento. Desembolsos para pagamen-
tos relacionados a empréstimos para expansão do negócio serão classificados 
como Atividades de Financiamento.
Contabilidade Intermediária | 23
foi classificado. Então, quando os juros pagos forem capitalizados como parte 
do custo do imobilizado ou do intangível, deverão ser classificados no grupo 
das Atividades de investimentos, e quando capitalizados como parte do custo 
dos Estoques, deverão ser contabilizados como Atividades Operacionais.
b. Dividendos
Para as Instituições Financeiras, dividendos e os juros sobreo capital próprio 
recebidos devem ser classificados como fluxos de caixa operacionais. Para as 
outras entidades, devem seguir o padrão dos juros: dividendos e juros sobre 
o capital próprio recebidos - classificar como fluxos de caixa das atividades 
operacionais; dividendos e juros sobre o capital próprio pagos: classificar como 
fluxos das atividades de financiamento.
O Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2) determina que, se as classificações 
acima não forem seguidas, a empresa deve divulgar nota explicativa, eviden-
ciando o critério utilizado.
c. Investimento em Coligadas, Controlados ou Empreendimento 
Controlado em Conjunto
Empreendimentos que mantenham o critério contábil baseado no método da 
equivalência patrimonial ou no método de custo, a empresa investidora deverá 
apresentar apenas os Fluxos de Caixa entre ela e a entidade da qual participe. 
Quando a apresentação dos Fluxos de Caixa for efetuada em conjunto (con-
troladas ou coligadas) e que utilizem o método da equivalência patrimonial, 
a empresa ao apresentar os Fluxos de Caixa deve incluir os fluxos que refe-
renciem suas atividades de seus investimentos, e a distribuições de lucros, 
outros pagamentos e/ou recebimentos entre a entidade e o empreendimento 
controlado em conjunto.
d. Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuição Social 
sobre Lucro Líquido (CSLL)
Esses itens devem ser divulgados separadamente. Caso possível identificar 
se são impostos referentes a atividades de financiamentos ou investimentos, 
divulgar nesses grupos. Do contrário, devem ser divulgadas separadamente, 
mas como fluxo das atividades operacionais.
e. Participações em Controladas e em outros Negócios 
que sofrerem Alterações
Quando houverem perdas ou obtenção de controle em controladas e em ou-
tros negócios, essas movimentações devem ser apresentadas separadamen-
te, e classificadas como atividades de investimento. Deve-se divulgar também, 
conforme item 40 do CPC 03 (R2): (a) o montante total pago para obtenção do 
Contabilidade Intermediária | 24
controle ou o montante total recebido na perda do controle; (b) a parcela do 
montante total de compra paga ou de venda recebida em caixa e em equiva-
lentes de caixa; (c) o montante de caixa e equivalentes de caixa de controladas 
ou de outros negócios sobre o qual o controle foi obtido ou perdido; e (d) o 
montante dos ativos e passivos, exceto caixa e equivalentes de caixa, das con-
troladas e de outros negócios sobre o qual o controle foi obtido ou perdido, 
resumido pelas principais classificações.
A entidade de investimento deverá divulgar, conforme exigência do CPC 36 
– Demonstrações Consolidadas, em linhas especificas da demonstração, os 
seguintes itens: os efeitos dos fluxos de caixa resultantes da obtenção ou per-
da de controle de controladas ou de outros negócios; os montantes dos ativos 
e passivos adquiridos ou alienados. Desta forma, será possível identificar os 
fluxos de caixa dos fluxos provenientes de outras atividades.
f. As Transações que não afetem os Fluxos de Caixa 
(caixa e equivalentes de caixa) 
Essas movimentações que não afetem os Fluxos de Caixa devem ser excluí-
das do demonstrativo, mas divulgadas por meio de nota explicativas, confor-
me item 44 do CPC 03 (R2). São elas: (a) a aquisição de ativos, quer seja pela 
assunção direta do passivo respectivo, quer seja por meio de arrendamento 
financeiro; (b) a aquisição de entidade por meio de emissão de instrumentos 
patrimoniais; e (c) a conversão de dívida em instrumentos patrimoniais. 
2.6. Parâmetros Gerais do Demonstrativo 
de Fluxos de Caixa
A Lei 6.404/76, quando versa sobre a Demonstração dos Fluxos de Caixa, não 
definiu um modelo fixo que devesse ser seguido por todas as empresas que 
estivessem obrigadas a apresentá-la. 
Entretanto, em seu artigo 188, inciso I, estabelece como informações impres-
cindíveis a serem indicadas quando da sua elaboração as alterações ocorridas, 
durante o exercício analisado, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, sepa-
rando essas alterações em três fluxos: 
1. das operações;
2. dos financiamentos; 
3. dos investimentos.
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 
desta Lei indicarão, no mínimo: (Redação dada pela Lei no 11.638, de 2007) I – 
demonstração dos fluxos de caixa, as alterações ocorridas, durante o exercício, 
no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações 
Contabilidade Intermediária | 25
1. Recebimento de Vendas
 • Faturamento Global (demonstração do resultado);
 • (+/–) Variação do débito de clientes (ativo circulante).
2. Pagamento de Compras (Empresa Mercantil)
 • Custo da Receita Líquida (demonstração do resultado);
 • (+/-) Variação dos Estoques (ativo circulante);
 • (=) Compras;
 • (+/-) Variação do Crédito de Fornecedores (passivo circulante).
3. Pagamento de Despesas
 • Despesas Totais* (na demonstração do resultado, itens que possam mostrar 
saídas de caixa, imposto de renda e contribuição social);
 • (+) Variação de Despesas Antecipadas;
 • (-) Provisões Retificativas do Ativo (quando nas despesas totais);
 • (+/-) Variações de Despesas a Pagar (passivo circulante →das provisões para 
imposto de renda e contribuição social).
SAÍDAS SAÍDAS SAÍDAS
D
as
 O
p
e
ra
çõ
e
s • Pagamento de 
Despesas 
(item 3, quadro 2);
 • Pagamento de 
Compras 
(item 2, quadro 2).
D
o
s 
F
in
an
ci
am
e
n
to
s • Pagamento de Emprés-
timos;
 • Pagamento de Juros e 
Ônus de Financiamento;
 • Pagamento de Divi-
dendos e Juros sobre o 
Capital Próprio.
D
o
s 
In
ve
st
im
e
n
to
s • Aquisição de Valores 
do Ativo não Circulan-
te (item 4, quadro 2);
 • Aplicações em Outros 
Valores do Ativo.
ENTRADAS ENTRADAS ENTRADAS
D
as
 O
p
e
ra
çõ
e
s • Recebimento de 
Vendas (item 1, 
quadro 2);
 • Dividendos de 
participações;
 • Receitas financeiras;
 • Outras Receitas 
(Alugueis, Comis-
sões, etc.).
D
o
s 
F
in
an
ci
am
e
n
to
s • Integralização de Capital 
(dinheiro);
 • Empréstimoes diversos;
 • Reserva de Capital.
D
o
s 
In
ve
st
im
e
n
to
s • Venda de Valores 
Ativos Circundantes 
(item 4, quadro 2);
 • Vendas de Outros 
Valores Ativos.
6 - Figura: Entradas e Saídas dos Fluxos de Caixa. | Fonte: RIOS & MARION, 2019 (adaptado).
em, no mínimo, 3 (três) fluxos: (Redação dada pela Lei no 11.638, de 2007) a) das 
operações; (Redação dada pela Lei no 11.638, de 2007) b) dos financiamentos; 
e (Redação dada pela Lei no 11.638, de 2007) c) dos investimentos; (Redação 
dada pela Lei no 11.638, de 2007).
Contabilidade Intermediária | 26
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Compreendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que 
você realmente absorveu os conteúdos trabalhados neste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você estudou 
os conceitos dispostos no CPC 03 (R2) sobre a DFC, apren-
deu os conceitos de Caixa e Equivalentes de Caixa, verifi-
cou quais os objetivos da DFC, e os benefícios de divulgar 
essa demonstração. Você verificou como são classificados 
os elementos do Fluxo de Caixa, qual o tratamento a ser 
aplicado aos casos especiais. Pudemos ver também, quais 
são os parâmetros gerais do demonstrativo dos fluxos de 
caixa. Quanta informação estudamos nesse capítulo, não é 
mesmo? Prepare-se, pois estamos ainda engatinhando. Mas 
temos muito mais pela frente! Vamos lá? Vamos ao próximo 
capítulo, aprender como elaborar um ótimo Fluxo de Caixa, 
trazendo assim, informações gerenciais importantes para 
sua empresa?
*Obs.: Não fazem parte da despesa total, por não afetarem o caixa: baixa ou 
doação de valores do ativo (ver item 4 deste quadro), resultado da equivalência 
patrimonial (ver item 4 deste quadro) e variações monetárias de financiamentos 
(ver item 5 deste quadro).
4. Compra/Venda de Valores do Ativo não Circulante
 • Variação da conta representativa do valor (ativo não circulante);
 • (+) Valor contábil do bem baixado ou doado (demonstração do resultado);
 • (-) Valor contábil do lucro na venda (demonstraçãodo resultado);
 • (+) Valor contábil do prejuízo na venda (demonstração do resultado);
 • (-) Resultado da equivalência patrimonial (demonstração do resultado).
5. Financiamentos (Passíveis de Correção Cambial ou Monetária)
 • Variação da conta representativa da dívida (passivo exigível);
 • (+) Variação redutora da dívida (receita → demonstração do resultado);
 • (-) Variação aumentativa da dívida (despesa → demonstração do resultado).
6. Depreciação (em caso de baixa ou doação de bem depreciado)
 • Variação da Conta Depreciação Acumulada (ativo imobilizado)
 • (+) Depreciação Relativa ao Bem Doado ou Baixado
Ajuste dos Itens dos Fluxos de Caixa. | Fonte: RIOS & MARION, 2019 (adaptado)
Contabilidade Intermediária | 27
3.1. DFC versus DOAR
Antes de vermos os tipos de métodos de apresentação da Demonstração dos 
Fluxos de Caixa, é necessário fazer uma observação acerca da DOAR - De-
monstração das Origens e Aplicações de Recursos. Esta demonstração era 
exigida pela Lei Societária até 32/12/2007. Quando a DFC passou a ser obriga-
tória, a DOAR deixou de ser. 
Várias empresas publicavam ambas as demonstrações, seja para adequar-se 
às normas internacionais, ou apenas para complementar a informação. Embo-
ra não seja mais obrigatória a apresentação da DOAR, a empresa que deseje 
minuciar as informações das origens e aplicações de recursos de longo prazo, 
podem fazê-lo. 
A DOAR evidencia alterações sofridas no Capital Circulante Líquido (incluindo 
contas como duplicatas a receber, estoques, despesas antecipadas etc.) o que 
não representa, exatamente liquidez. Por outro lado, com a apresentação fluxo 
de caixa realizado na DFC, é possível evidenciar que determinada entidade, 
mesmo apresentando resultados positivos, não possui liquidez para saldar 
seus compromissos assumidos em curto ou em médio prazo, analisando as 
alterações sofridas no disponível da sociedade.
Dessa forma, podemos dizer que a DOAR evidencia as origens e as aplicações 
de recursos que alteram o Capital Circulante Líquido, e a DFC evidencia as 
origens e aplicações de recursos que alteram o Disponível.
DEFINIÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de diferenciar as 
diferenças básicas entre a DOAR e a DFC.
Vai descobrir as diferenças entre o método direto e o método 
indireto de apresentação da DFC, as exigências, permissões 
e proibições na apresentação dos demonstrativos, segundo 
a legislação brasileira.
Você será capaz de construir para uma apresentação, usan-
do esta importante ferramenta de gestão que estudamos 
nesta unidade do seu livro!
E então? Está pronto para mais este degrau no seu conheci-
mento? Então vamos lá. Avante!
3. Formas de Apresentação 
da DFC
Contabilidade Intermediária | 28
SAIBA MAIS:
DFC DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – Conselho Re-
gional de Contabilidade do Estado de São Paulo – CRC-SP. 
Acessível pelo link: https://bit.ly/36rRbqi
3.2. Métodos de Divulgação da DFC
Existem dois métodos para estruturar e apresentar a DFC: direto e indireto. Ba-
sicamente os dois métodos diferem apenas em relação à apresentação dos 
fluxos de caixas relacionados às atividades operacionais, sendo o resultado 
final idêntico. Nas atividades de investimentos e de financiamentos, as formas 
de apresentação são efetuadas da mesma forma, tanto no método direto, 
quanto no método indireto.
3.3. Fluxos de Caixa 
das Atividades Operacionais:
a. Método Direto: as principais classes de recebimentos brutos e paga-
mentos brutos são divulgadas, método baseado no regime de caixa, 
ou seja, considera os pagamentos e recebimentos ocorridos no perío-
do, sem se preocupar com os seus reflexos (anteriores ou posteriores). 
Consiste em apresentar diretamente as entradas e saídas de caixa ou 
equivalentes de caixa (disponíveis) que sejam derivadas das atividades 
operacionais. Este método é permitido no Brasil somente se for apre-
sentado juntamente com a conciliação com o Lucro Contábil.
b. Método Indireto: também denominado Método da Reconciliação, o lu-
cro líquido ou prejuízo (antes da tributação pela CSLL e pelo IR) é ajusta-
do pelos efeitos das transações que não envolvem caixa (depreciação, 
provisões, tributos diferidos, ganhos e perdas cambiais não realizados 
e resultado de equivalência patrimonial); de quaisquer diferimentos ou 
outras apropriações por competência sobre recebimentos ou paga-
mentos operacionais passados ou futuros; e de itens de receita ou des-
pesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou 
de financiamento.
Contabilidade Intermediária | 29
Descrição 2018 2017
1. Fluxos de caixa das atividades operacionais
Valores recebidos de clientes
Valores pagos a fornecedores e empregados
Imposto de renda e contribuição social pagos
Pagamentos de contingências
Recebimentos por reembolso de seguros
Recebimentos de lucros e dividendos de subsidiárias
Outros recebimentos (pagamentos) líquidos
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas 
nas) atividades operacionais
2. Fluxos de caixa das atividades de investimento
(-) Compras de Investimentos
(-) Compras do Imobilizado
(-) Compras do Intangível
(+) Recebimentos por vendas de Investimentos
(+) Recebimentos por vendas do Imobilizado
(+) Recebimento por vendas do Intangível
(+) Recebimento de dividendos
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas 
nas) atividades de investimento
3. Fluxos de caixa das atividades de financiamento
(+) Integralização de capital
(+) Empréstimos tomados
(-) Pagamento de dividendos
(-) Pagamento de empréstimos
(-) Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas 
nas) atividades de financiamento
7 - Figura: Cia VEM QUE TEM (Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo Método Direto). 
Fonte: Ribeiro, 2018 (adaptado). | Exercício Findo em: 2017 e 2018.
3.4. Modelo de Fluxo de Caixa 
(método direto)
Contabilidade Intermediária | 30
Descrição 2018 2017
1. Fluxos de caixa das atividades operacionais
Valores recebidos de clientes
Valores pagos a fornecedores e empregados
Imposto de renda e contribuição social pagos
Pagamentos de contingências
Recebimentos por reembolso de seguros
Recebimentos de lucros e dividendos de subsidiárias
Outros recebimentos (pagamentos) líquidos
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas 
nas) atividades operacionais
2. Fluxos de caixa das atividades de investimento
(-) Compras de Investimentos
(-) Compras do Imobilizado
(-) Compras do Intangível
(+) Recebimentos por vendas de Investimentos
(+) Recebimentos por vendas do Imobilizado
Como vimos, segundo a alínea “a” do item 18 da NBC TG 03, a apresentação da 
DFC pelo método direto, no que tangem as atividades operacionais, será efe-
tuada pelas principais classes de pagamentos e recebimentos brutos. Caso a 
empresa opte por divulgar seus dados pelo método direto, deverá apresentar 
também uma conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das 
atividades operacionais, contendo uma relação dos itens a serem conciliados, 
separadamente por categoria. (Item 20A da NBC TG 03).
3.5. Modelo de Fluxo de Caixa 
(método indireto)
Descrição 2018 2017
4. Aumento (redução) nas disponibilidades (1+/-2+/-3)
5. Disponibilidades no início do período
6. Disponibilidades no final do período (4+/-5)
8 - Figura: Cia VEM QUE TEM (Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo Método Direto). 
Fonte: Ribeiro, 2018 (adaptado). | Exercício Findo em: 2017 e 2018.
Contabilidade Intermediária | 31
Demonstração dos Fluxos de Caixa: Período de 2017
1. Fluxos de caixa das atividades operacionais
2. Fluxos de caixa das atividades de investimento
(-) Compras do Imobilizado (160.000)
(=) Disponibilidades líquidas aplicadas nas atividades de (160.000)
3. Fluxos de caixa das atividades de financiamento
(+) Integralização de capital 150.000
(+) Empréstimos tomados 50.000
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas atividades de financiamento 200.000
4. Aumento (redução) nas disponibilidades (2 - 3) 40.000
5. Disponibilidades no início do período 0
6.Disponibilidades no final do período (4 + 5) 40.000
Exemplo Prático
Vamos praticar, através de um exemplo? A Cia. VEM QUE TEM realizou suas 
atividades durante dois períodos. Nossa missão é apresentar a Demonstração 
dos Fluxos de Caixa desses períodos, com os respectivos reflexos.
Exemplo: Período 2017.
 • Fato 1 (06/03/2017): Constituição da empresa para explorar o ramo de 
comércio de mesas de madeira, com capital de $ 150.000 integralizado 
em dinheiro;
 • Fato 2 (17/04/2017): Empréstimo tomado do Banco SICREDI, de $ 50.000;
 • Fato 3 (24/05/2017): Compra de móveis para uso, no valor de $ 160.000, 
tendo pago em dinheiro. 
Descrição 2018 2017
(+) Recebimento por vendas do Intangível
(+) Recebimento de dividendos
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas 
nas) atividades de investimento
3. Fluxos de caixa das atividades de financiamento
(+) Integralização de capital
(+) Empréstimos tomados
(-) Pagamento de dividendos
9 - Figura: Cia VEM QUE TEM (Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo Método Indireto). 
Fonte: Ribeiro, 2018 (adaptado). | Exercício Findo em 2017 e 2018.
Contabilidade Intermediária | 32
Demonstração dos Fluxos de Caixa Método Indireto: Período de 2018.
1. Fluxos de caixa das atividades operacionais
Resultado do exercício do período 13.250
Ajustes a conciliar o resultado às disponibilidades geradas das atividades operacionais
(-) Resultado na venda de Ativos Não Circulantes (1.000)
(=) Disponibilidades líquidas geradas pelas atividades operacionais 12.250
3. Fluxos de caixa das atividades de financiamento
(-) Pagamento de Empréstimos (6.000)
(=) Disponibilidades líquidas aplicadas nas atividades de financiamento (6.000)
4. Aumento nas disponibilidades (1 + 2 + 3) 21.250
5. Disponibilidades no início do período 40.000
6. Disponibilidades no final do período (4 + 5) 61.250
Agora, vamos montar a DFC do segundo período:
Demonstração do Resultado do Exercício: Período de 2018.
Receita Bruta de Vendas de Mercadorias 59.000
(-) Custo das mercadorias vendida (40.000)
(-) Lucro Bruto 19.000
(-) Despesas de aluguel (6.000)
(-) Despesas de Juros (750)
(=) Lucro Operacional 12.250
(+) Outras receitas 1.000
(=) Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro 13.250
Exemplo: Período 2018
 • Fato 4 (01/10/2018): compra à vista de um lote de mercadorias no valor 
de $ 40.000
 • Fato 5 (10/10/20180: pagamento de despesas de aluguel, em dinheiro, 
no valor de $ 6.000. 
 • Fato 6 (12/10/2018): todo lote de mercadorias, à vista, por $ 59.000. 
 • Fato 7 (15/10/2018): pagamento de parcela do financiamento no valor 
de $ 6.000, com juros de $ 750. 
 • Fato 8 (em 20 de dezembro): vendeu parte dos Móveis e Utensílios por 
$ 15.000, cujo custo de aquisição foi igual a 14.000.
Antes de preparar o novo período na DFC, vamos elaborar a Demonstração do 
Resultado do Exercício do período. Veja:
Contabilidade Intermediária | 33
RESUMINDO:
E então? Está satisfeito com o que pôde estudar? Espero 
que tenha conseguido aprender tudo o que foi tratado neste 
capítulo? Agora, só para termos certeza de que você real-
mente absorveu os conteúdos trabalhados neste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você estudou as formas de 
apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa, segun-
do o CPC 03, aprendeu a diferenças básica entre a DFC e a 
DOAR (hoje não mais obrigatória), verificou cada um dos mé-
todos da DFC (método direto e método indireto, observando 
quais as diferenças básicas entre eles, e finalmente, você 
pode ver na prática como funciona a DFC, dentro do nosso 
exemplo prático. Realmente tivemos muita informação, mas 
na contabilidade é assim mesmo! Temos que estar sempre 
atentos, nunca parar, pois sempre temos coisas novas, e 
quem dorme no ponto perde o ônibus. Prepare-se, pois na 
próxima unidade, temos muito mais para estudar! Entendeu 
tudo? Comente lá no fórum as suas dúvidas! Chegamos ao 
fim desta unidade espero que você tenha gostado! 
Contabilidade Intermediária | 34
Consideações Finais
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar nos temas desta aula? Recomenda-
mos o acesso a fontes de consulta e de aprofundamento 
que serão passadas pelo seu professor.
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM:
Pronto para consolidar seus conhecimentos? Leia aten-
tamente o enunciado de sua atividade de autoaprendiza-
gem proposta para esta aula. Se você está fazendo o seu 
curso presencialmente, é só abrir o seu caderno de ativi-
dades. Se você estiver cursando na modalidade de EAD 
(Educação a Distância), acesse a sua trilha de aprendiza-
gem no seu ambiente virtual e realize a atividade de modo 
online. Você pode desenvolver esta atividade sozinho ou 
em parceria com seus colegas de turma. Dificuldades? 
Poste suas dúvidas no fórum de discussões em seu am-
biente virtual de aprendizagem. Concluiu a sua atividade? 
Submeta o resultado em uma postagem diretamente em 
seu ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte!
TESTANDO:
Chegou a hora de você provar que aprendeu tudo o que 
foi abordado ao longo desta aula. Para isto, leia e resolva 
atentamente as questões do seu caderno de atividades. 
Se você estiver fazendo este curso a distância, acesse o 
QUIZ (Banco de Questões) em seu ambiente virtual de 
aprendizagem.
Contabilidade Intermediária | 35
REFERÊNCIAS:
 • MISSAGIA, Luiz Roberto. VELTER, Francisco. Contabilidade Avançada. 5ª ed. rev., 
atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. 
 • RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Intermediária. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
 • RIOS, Ricardo Pereira. MARION, José Carlos. Contabilidade Avançada: de acordo 
com as normas brasileiras de contabilidade (NBC) e normas internacionais de con-
tabilidade (IFRS). 1º ed. – [ 2. Reimpr.]. – São Paulo: Atlas, 2019. 
 • VICECONTI, Silvério das Neves. 18º ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
 • BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por 
Ações. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.
htm | Acesso em: 21 ago. 2019.
 • BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da 
Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 
1976. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/
lei/l11638.htm | Acesso em: 21 ago. 2019.
 • Comissão de Pronunciamentos Contábeis - CPC (2010). Disponível em: http://www.
cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos | Acesso em: 21 ago. 
2019.
 • Demografia das Empresas 2015: taxa de saída recua, mas mercado empresarial 
perde 1,6 milhão de ocupados. IBGE, 2017. Disponível em: https://agenciadeno-
ticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/
17046-demografia-das-empresas-2015-taxa-de-saida-recua-mas-mercado-em-
presarial-perde-1-6-milhao-de-ocupados | Acesso em: 21 ago. 2019.

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