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Análise das Demonstrações 
Financeiras e Bancárias
Unidade 2
Operações de Crédito
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria
GUSTAVO SILVA OLIVEIRA
AUTORIA
Gustavo Silva Oliveira
Sou Engenheiro Florestal formado na Universidade Federal de 
Santa Maria (UFSM), Mestre em Engenharia Florestal pela Universidade 
do Estado de Santa Catarina (UDESC) e atualmente Doutorando do 
Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal na Universidade 
Federal do Paraná (UFPR) nas áreas de Economia, Política e Administração 
Florestal. Possuo experiência como tutor científico no Programa de 
Educação Continuada em Ciências Agrárias da Universidade Federal do 
Paraná (PECCA/UFPR). Além das atividades de ensino, também participo 
ativamente de projetos de pesquisa institucionais nas áreas de Economia 
e Administração Florestal. Amo minha profissão, meu trabalho e adoro 
transmitir meus conhecimentos e as experiências que tive ao longo da 
minha carreira. É uma grande satisfação poder contribuir na formação de 
pessoas que estão em busca de um futuro melhor e que almejam ser 
bons profissionais. Desse modo, fui convidado pela “Editora Telesapiens” 
a compor seu corpo docente e seu elenco de autores independentes. 
É com grande satisfação que quero colaborar com você nesta etapa de 
estudo e trabalho. Estou aqui para o que precisarem! Contem comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Crédito no Brasil .......................................................................................... 10
Evolução das operações de crédito .................................................................................. 10
Crédito comercial ........................................................................................................................... 13
Crédito bancário ............................................................................................................................. 13
Vedação para concessão de créditos .............................................................................. 14
Resolução Bacen n° 2.682/99 ................................................................................................ 14
Operações de crédito ............................................................................... 15
Classificação das operações de crédito ....................................................................... 15
Operações ativas ............................................................................................................................ 17
Operações passivas ..................................................................................................................... 19
Operações com títulos e aplicações ..................................................22
Mercado de capitais ....................................................................................................................22
Mercado de títulos .........................................................................................................................24
Títulos e operações compromissadas ...........................................................................25
Operações com derivativos ....................................................................28
Tipos de derivativos .....................................................................................................................29
Participantes do mercado ...................................................................................................... 30
7
UNIDADE
02
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
8
INTRODUÇÃO
A constante ascensão da economia e das atividades econômicas 
tem acelerado as operações de contabilidade bancária, contribuindo 
para a fundamental necessidade de conhecimento de como ocorrem as 
trocas e parcerias entre as instituições financeiras e investidores. Além 
disso, a contabilidade bancária tem como principal objetivo colaborar 
com o acesso dos empreendedores ao capital de investimentos. 
Nesse contexto, as operações de crédito compreendem o contrato 
realizado entre tomadores e uma instituição financeira, denominada 
credora, que dispõe de recursos financeiros, com acréscimos de juros 
em um determinado prazo. Assim, de acordo com o tipo de crédito que 
os indivíduos necessitam usufruir, ocorrem as regras de negociação que 
mudam de uma instituição para outra. 
Outra forma de operação de contabilidade bancária são as 
operações por títulos, que podem configurar-se em títulos públicos, 
que variam conforme a necessidade de expansão ou retenção das 
autoridades, e os títulos privados, que são emitidos por bancos que 
utilizam esses recursos como capital de giro ou disponibilizando 
empréstimos para seus clientes.
Ademais, as operações derivativas, que se caracterizam como 
contratos que derivam do valor de um ativo adjacente, índice ou taxa de 
referência. De maneira geral, são negociadas em função de um contrato 
padrão, com o intuito de proporcionar oportunidade de operações que 
viabilizem transferência de risco das flutuações nos preços dos ativos e 
diversas outras variáveis. 
Preparados? Vamos iniciar os estudos e, aos poucos, vamos 
aprimorando os nossos conhecimentos sobre este tema. Adiante.
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar 
você no atingimento dos seguintes objetivos até o término desta etapa 
de estudos:
1. Compreender como ocorreu e evolução do crédito no Brasil.
2. Indicar os procedimentos de operações de crédito.
3. Entender as operações financeiras envolvendo títulos e aplicações.
4. Discernir sobre as operações com derivativos. 
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
10
Crédito no Brasil
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo vamos saber analisar como 
evoluíram as operações de crédito ao longo das últimas 
décadas e como as diversas variáveis influenciaram a 
disponibilidade de crédito. Ademais, vamos verificar as 
definições de crédito bancário e comercial. Então vamos lá. 
Avante!
Evolução das operações de crédito
Crédito consiste em uma expressão latina que significa confiar ou 
acreditar. Desse modo, compreende a ação de dispor ao cliente (tomador 
de recursos) certo valor, sob a forma de empréstimo ou financiamento, 
considerando uma promessa de pagamento futuro. 
As operações de crédito compreendem as ações por parte das 
instituições financeiras que emprestam dinheiro, ou também financiam 
algum tipo de compra, para seus clientes. Essas instituições são 
conhecidas como bancos. 
No Brasil, o crédito sofreu diversas modificaçõesao longo dos 
anos. Com o surgimento, no ano de 1964, do Banco Central do Brasil e do 
Conselho Monetário Nacional, criou-se uma nova era das operações de 
crédito no país. Posteriormente a esse evento, ocorreu uma fortificação 
em relação aos financiamentos de produção contribuindo para que, além 
das empresas, pessoas físicas também tivessem disponibilidade no uso 
do crédito.
No entanto, na década de 90, o crédito apresentou declínio e foi 
reestabelecido apenas no ano de 2003. Tal cenário é explicado após o 
surgimento do Plano Real, onde distintos setores tiveram a oportunidade 
de reestruturação por intermédio dos programas: 
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
11
 • Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na 
Atividade Bancária (PROES).
 • Programa de Estímulo à Recuperação e ao Fortalecimento do 
Sistema Financeiro Nacional (PROER). 
 • Programa de Fortalecimento das Instituições Financeiras Federais 
(PROEF).
Conforme Lundberg, (2011) o PROES resultou na intervenção 
e privatização de diversos bancos de cunho estadual, no período do 
Programa de Reestruturação Fiscal e Financeira dos Estados. 
No período do PROES, ocorreu a federalização das dívidas em 
virtude das intervenções. 
O PROER resultou na venda de alguns grandes bancos, enquanto 
o PROEF contribuiu para que ocorresse a transferência de ativos, com 
problemáticas quanto à liquidação, para as empresas responsáveis pela 
gestão de ativos. 
Desse modo, essas ações colaboraram para que houvesse redução 
do crédito, o que resultou na queda significativa da participação de bancos 
de cunho público na oferta de crédito. 
Figura 1 - Redução no crédito
Fonte: Freepik
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
12
No período de 2003 a 2010 ocorreu incremento do crédito com 
margem entre 24,6 e 45,3 pontos do PIB. Assim, os recursos livres 
e direcionados cresceram de 15 para 30 pontos do PIB, e 9,6 para 16, 
respectivamente. Já o crédito referente a pessoas físicas desenvolveu de 
9 para 21 pontos nesse intervalo e os financiamentos para as empresas, 
de 15 para 25 pontos do PIB. Considerando o controle de capital, com as 
instituições públicas ocorreu retração e, com as privadas, crescimento. 
Figura 2 - Crescimento das instituições privadas e declínio das públicas
Fonte: Freepik
Diante do exposto, o crescimento do crédito ocorreu por meio 
dos recursos livres e foi utilizado por pessoas físicas e jurídicas. Assim, 
em virtude do desenvolvimento econômico com a baixa absorção do 
crédito à pessoa física, a estratégia utilizada foi no sentido de intensificar a 
concessão de empréstimos à pessoa jurídica, em 2007 e 2008. 
IMPORTANTE:
Destacam-se os impactos da crise de 2008 sobre a oferta 
de crédito no Brasil.
Com o intuito de reduzir a baixa do crédito com recursos livres, 
utilizaram-se medidas tributárias e a ação, por parte dos bancos públicos, 
correspondeu à compra de carteiras de bancos em dificuldades, assim 
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
13
suprindo a demanda de crédito do mercado. Outro fator que ocorreu foi 
a significativa elevação do crédito com recursos direcionados. O crédito, 
ofertado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
(BNDES), permitiu o direcionamento de recursos de alguns setores 
e estimular outros segmentos relevantes para impedir a retração da 
atividade econômica (LUNDBERG, 2011).
Crédito comercial 
Crédito comercial consiste no oferecimento de crédito de 
determinado fornecedor de produtos e serviços a determinado cliente, 
permitindo o pagamento futuramente. 
Os prazos para pagamentos no crédito comercial são definidos de 
acordo com o consenso entre as partes. Assim, o não cumprimento dos 
pagamentos acarreta utilização dos meios legais. 
No ambiente comercial, esse tipo de crédito é um dos mais 
utilizados por parte das empresas, compreendendo diversas instituições 
financeiras que oferecem empréstimos. Ademais, esse crédito serve como 
recurso para empresas de pequeno e médio porte, que estão se inserindo 
no mercado, contribuindo com uma boa alternativa de investimentos. 
Entretanto, cabe destacar que as organizações devem atentar para que 
essas ações de crédito não influenciem de maneira negativa as finanças e 
coloquem em risco a rentabilidade dos negócios. 
IMPORTANTE:
O crédito comercial apresenta características por apresentar 
baixo impacto nas finanças da organização.
Crédito bancário 
O crédito bancário refere-se ao crédito oferecido por determinado 
banco a determinados clientes. Assim, o banco torna-se credor, e o 
cliente devedor, sendo os clientes sujeitos a punições caso as questões 
contratuais não sejam atendidas. 
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
14
Vedação para concessão de créditos
Conforme Filgueiras (2006), ocorre uma vedação de concessão de 
crédito a determinadas partes, de acordo com a legislação (Lei nº 4.595/64 
– art. 34). Dentre as partes, destacam-se diretores, executivos, acionistas 
e as partes a eles relacionadas. Os principais acionistas compreendem os 
membros que possuem ou controlam, de maneira direta ou indireta, no 
mínimo 10% das ações emitidas pela instituição financeira, ou no mínimo 
10% da empresa que tenha o controle da instituição de financiamento. 
Resolução Bacen n° 2.682/99
A Resolução nº 2682/99 dispõe sobre critérios de classificação das 
operações de crédito e regras para constituição de provisão para créditos 
de liquidação duvidosa, baseada em modelos internacionais de análise 
de riscos. 
Essa resolução define que as operações de crédito das instituições 
financeiras devem ser diagnosticadas de acordo com os critérios: ordem 
crescente de risco, onde “AA” representa risco zero, “H” o maior risco e “B” 
dias vencidos.
Para Marques (2002), o critério utilizado pela Resolução nº 2.682/99 
apresenta características bastante conservadoras e prejudiciais às 
instituições, por conduzir a reserva de uma maior parcela de recursos 
na forma de provisões e reservas. Assim, esses recursos poderiam estar 
melhor empregados para geração de recursos. 
RESUMINDO:
Neste capítulo, visualizamos a evolução das operações de 
crédito no Brasil e como as variáveis externas e internas 
interferiram na disponibilidade de crédito. Ademais, 
verificamos que as instituições públicas e privadas reagem 
de maneira diferente frente aos cenários.
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
15
Operações de crédito 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funcionam as operações de crédito, atualmente, 
entre os tomadores de recursos e as instituições financeiras. 
Além disso, vamos verificar a classificação das operações 
de crédito, operações ativas e passivas. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante!
Classificação das operações de crédito 
As operações de crédito são fundamentais para o sucesso e 
prestígio de determinada instituição, pois ao longo dos anos problemáticas 
visualizadas em carteiras de crédito têm sido o grande motivo para 
prejuízos. 
Figura 3 - Operações de crédito
Fonte: Freepik
Assim, para que a concessão de crédito ocorra de maneira efetiva, 
devem-se seguir alguns princípios básicos relacionados aos riscos 
de crédito, conduzindo um diagnóstico financeiro eficiente e correto, 
controles internos corretos etc. 
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
16
Assim, para a adequada classificação das operações de crédito, 
deve-se considerar a aplicação de acordo com os recursos, tipo e 
modalidade de operação, bem como a ação principal do indivíduo que 
está tomando o crédito. 
Figura 4 - Tomador de crédito
Fonte: Freepik
Segundo abordado por Filgueiras (2006), as operações de crédito 
abrangem as seguintes modalidades:
 • Empréstimos – sem destinação específica ou necessidade de 
comprovação da utilização. Assim, consiste em um contrato 
firmado entre ocliente e a instituição financeira (bancos), 
considerando uma quantia (com juros), que deverá ser devolvida 
dentro de determinado prazo.
Exemplo: Capital de giro, empréstimos de ordem pessoal. 
 • Títulos descontados – consiste na antecipação dos recursos, 
realizados pela instituição financiadora, considerando os valores 
de títulos (notas promissórias, duplicatas, cheques), com o intuito 
de adiantar fluxo de caixa do cliente. Assim, o banco antecipa para 
o cliente o valor dos ativos, entendidos os juros, repassando o 
valor líquido.
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
17
Nessas situações, os clientes recebem o valor antecipado das suas 
vendas a prazo. 
 • Financiamentos – nessas situações, a destinação é preestabelecida 
e necessita da devida comprovação da utilização do recurso. 
Assim, a instituição financiadora define se irá cobrar juros 
conforme valor e tempo. Considerando as organizações, muitos 
são os casos de financiamentos para adquirir novos equipamentos 
ou expansão dos negócios. Ademais, muitas são as categorias de 
financiamento, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.
Exemplo: Aquisição de um imóvel.
Figura 5 - Financiamento para aquisição de um imóvel
Fonte: Pixabay
 • Adiantamento – caracterizado pelo negócio jurídico/bancário, em 
que a instituição financeira adianta ao cliente certa quantidade de 
dinheiro em face de uma garantia real em títulos, mercadorias ou 
direitos. Desse modo, a ação pode acontecer no momento em 
que o empresário necessita de capital imediatamente, com juros 
menores do que os oferecidos para desconto. 
Operações ativas 
Consistem nas operações de crédito concedidas em que o banco 
oferece crédito aos clientes, em suma, aquelas operações em que o 
banco empresta dinheiro.
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
18
Hot Money 
Hot Money consiste em um tipo de empréstimo de prazo totalmente 
curto. Na maioria dos casos, o prazo é de dois dias, devido ao seu alto 
custo. 
Esse tipo de empréstimo é concedido pelo banco para clientes 
mais tradicionais, contribuindo para que a concessão seja rápida e com 
processo simplificado. Em muitos casos, basta um único contato por meio 
eletrônico para que a transação seja realizada. 
Nesses casos, a cobrança da Contribuição Provisória sobre 
Movimentação Financeira (CPMF) é realizada em dois momentos: um 
no momento em que o valor é creditado e o outro quando os recursos 
quitam o débito da operação. 
Crédito rotativo 
É conduzido de acordo com a capacidade de pagamento do cliente 
tomador do recurso. Assim, o limite pré-definido pode ser alterado de 
acordo com a apresentação de duplicatas. 
Cheques especiais e contas garantidas
A denominação “conta garantida” é mais utilizada por pessoa 
jurídica e cheques especiais para pessoas físicas. Entretanto, ambas 
as denominações correspondem ao limite de utilização de recurso 
disponibilizado ao cliente, para ser pago no momento em que o valor for 
disponibilizado na conta para cobrir o saldo devedor. 
Desconto de títulos 
Consiste em adiantar determinado valor aos clientes, conforme 
duplicatas de cobrança ou notas promissórias, ou seja, adianta ao fluxo 
de caixa do cliente um valor que só estaria disponível no futuro. 
Empréstimo e financiamento para capital de giro
Na maioria dos casos os bancos definem prazos e taxas conforme 
os valores e a garantia de pagamento. É uma alternativa bastante adotada 
no ambiente empresarial, em que os planos para amortização são fixados 
de acordo com as necessidades de recursos de ambas as partes. 
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
19
Figura 6 - Empréstimos para capital de giro
Fonte: Freepik
Já em relação aos financiamentos, são bastante restritos no curto 
prazo por parte do banco, que prioriza os de longo prazo. Assim, esses 
recursos para empresas geralmente são disponibilizados por instituições 
governamentais. 
Compror e vendor 
O “compror” consiste nas vendas das pequenas empresas para 
lojas comerciais. Nessas situações, o comprador é o fiador do contrato. 
Já o “vendor” é uma determinada operação de financiamento de vendas, 
considerando a cessão de crédito, ou seja, a empresa vende seu bem ou 
serviço a prazo e recebe o pagamento à vista. 
Operações passivas 
Consiste nas operações realizadas pelos bancos, considerando os 
recursos dos poupadores. 
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
20
Depósito à vista
Compreende a atividade de bancos comerciais, que para o banco é 
um recurso gratuito, entretanto a maior parcela do valor é repassada para 
a autoridade monetária, por meio dos recolhimentos compulsórios. 
Consiste no depósito obrigatório feito pelos bancos comerciais 
junto ao Banco Central. Ademais, grande parte dos depósitos que são 
efetuados à vista pela sociedade junto aos bancos comerciais vão para o 
Banco Central.
Depósito a prazo
Compreendem os certificados de depósito bancário e recibos de 
depósitos bancários, com o diferencial de que os certificados podem ser 
vendidos se estiverem dentro do prazo. 
Depósito de poupança
Consiste em uma aplicação bastante simplificada, com a 
disponibilidade de aplicar pequenos valores e se obter uma boa liquidez. 
Apresenta desvantagem de perda de rentabilidade quando os 
saques forem realizados fora das datas definidas. 
Captações externas
Emitidas pelas instituições financeiras por meio de instituições no 
exterior e que servirão de captação para empréstimos no Brasil. Ademais, 
podem ser oferecidas com prazos distintos e com taxas de juros tanto 
flutuantes quanto fixas. 
Repasses
Consiste em transferir o recurso de uma organização para outra. 
Entretanto, a instituição que inicia o crédito é responsável pelo empréstimo. 
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
21
Figura 7 - Repasse de uma empresa para outra
Fonte: Freepik
RESUMINDO:
Neste capítulo, aprendemos as operações de crédito e 
como elas se classificam, conceituando tanto as operações 
ativas quanto as passivas.
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
22
Operações com títulos e aplicações 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, vamos verificar o mercado 
de capital e suas diretrizes, mercado de títulos e as 
operações compromissadas, ou seja, como essas 
operações se comportam atualmente entre as instituições 
e os investidores. Fique tranquilo! Ao longo destes tópicos 
vamos analisar cada um destes conceitos. Vamos lá!
Mercado de capitais 
Compreende um sistema que visa facilitar a capitalização das 
organizações, colaborando para a geração de riqueza à população. 
Uma das principais características desse tipo de mercado é a 
participação de investidores de portes diferentes, conduzindo um grande 
mecanismo de financiamento das organizações.
Figura 8 - Investidores de portes diferentes
Fonte: Freepik
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
23
Mercado primário
Oferecimento de títulos públicos que foram emitidos, mas ainda 
não foram negociados. O mercado primário é composto, na maioria dos 
casos, por instituições financeiras e, em alguns casos, por pessoas físicas 
e jurídicas.
Títulos públicos configuram-se como papéis emitidos pelo Tesouro 
Nacional, que compreendem uma maneira de financiamento à dívida 
pública e permitem que os investidores emprestem valores em dinheiro 
para o governo, resultando em rentabilidade.
As atividades de mercado primário (leilões) ocorrem para a obtenção 
de recursos para financiamento do déficit e refinanciamento de dívidas. 
Figura 9 - Refinanciamento de dívidas
Fonte: Freepik
Mercado secundário
No mercado secundário, ocorre a negociação dos títulos 
conquistados no mercado primário, contribuindo com a liquidez 
indispensável aos investidores. Ademais, a negociação engloba somente 
o deslocamento de propriedade dos papéis, não resultando em novos 
recursos às organizações emitentes. 
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias24
Essas negociações ocorrem em mercado de balcão e bolsa de 
valores, contribuindo para que seja o maior e mais extensivo segmento 
do mercado. 
Figura 10 - Bolsa de valores
Fonte: Freepik
Sistemas de negociação no âmbito eletrônico 
Com o constante avanço tecnológico e a facilidade de transferência 
de informações e dados nas ultimas décadas, colaboram para que sejam 
criadas condições excelentes para as atividades financeiras. 
Desse modo, os negócios ocorrem de maneira automática, tanto 
por comunicação verbal quanto por meio totalmente eletrônico. No Brasil, 
as transações atualmente migraram para o sistema eletrônico.
Exemplo: Lançamento do Sistema de Negociação de Títulos 
Públicos e outros ativos (SISBEX) para a realização de transações por 
intermédio de papéis federais. 
Mercado de títulos
Mercado de títulos consiste na oferta em investimentos de renda 
fixa, em que o rendimento pode ser dimensionado no momento da 
aplicação financeira. 
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
25
Os títulos de dívida podem ser utilizados tanto no âmbito público 
quanto privado, tomando recurso emprestado no mercado financeiro. 
Nesse sentido, os títulos podem ser públicos e privados:
 • Públicos - são caracterizados no mercado de investimentos como 
títulos que apresentam alta liquidez e remuneração superiores à da 
poupança. Compreendem papéis da dívida pública e contribuem 
como empréstimo ao governo que, em seguida, é remunerado, 
considerando-se os juros em pagamento futuro.
 • Privados - compreendem títulos de renda fixa emitidos por 
instituições financeiras ou organizações.
Precificação de título públicos 
Os títulos públicos federais apresentam atributos próprios 
que colaboram com a adoção de distintas metodologias para a sua 
precificação. No Brasil, atualmente, os títulos de emissão se dividem em:
 • Tesouro Nacional - utilizados para financiar dividas.
 • Banco Central - utilizado como método para política monetária. 
De acordo com Filgueiras (2006), podem ser classificados conforme 
“bullet”, quando não há pagamento de juros antes do vencimento e 
“cupom”, quando há pagamento de juros com períodos definidos. 
Títulos e operações compromissadas 
Conforme explanado por Filgueiras (2006), os títulos adquiridos por 
bancos e outras instituições, autorizadas a funcionar pelo Banco Central 
do Brasil, devem registrar o valor pago. Ademais, esses títulos podem ser 
classificados em:
 • Para negociação.
 • Disponíveis para venda.
 • Mantidos até o vencimento.
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
26
Títulos de renda variável 
Renda variável consiste em modelos de investimento em que o 
investidor não possui informações sobre a rentabilidade no momento da 
aplicação. 
Apresentam maiores riscos, em virtude da possibilidade de perda 
do valor aplicado, pois podem ocorrer situações em que os juros fiquem 
negativos. Entretanto, apresentam maiores rendimentos e lucros do que 
os títulos de renda fixa. 
Exemplo: Ações.
Figura 11 - Análise das ações
Fonte: Freepik
Esse título é bastante comum em atividades de investidores mais 
dinâmicos, ou seja, que estão dispostos a investimentos a longo prazo, 
desde que o retorno seja atraente.
Títulos de renda fixa
Essa modalidade é mais adotada por investidores que buscam uma 
maior segurança e estabilidade. Ademais, é utilizada em casos em que os 
investidores não possuam reservas alternativas. 
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
27
Apresenta rentabilidade previsível, com percentual fixado 
mensalmente ou, em alguns casos, adotando algum tipo de taxa. 
Exemplo: Poupança, tesouro direto 
Operações compromissadas 
Compreendem as operações em que o vendedor toma o 
compromisso de recompra dos títulos alienados em uma data futura e 
com pagamento de remuneração anteriormente definido. 
Necessitam ser utilizados com a rentabilidade definida (taxa 
anteriormente fixada) ou com remuneração estabelecida (taxa 
posteriormente fixada). 
Em suma, essas operações ocorrem com as premissas de que a 
compra apresente um compromisso de revenda e a venda, compromisso 
de recompra.
RESUMINDO:
Neste capítulo, aprendemos sobre as operações com 
títulos e aplicações, verificando o mercado de capitais, 
títulos e operações compromissadas e, dentro desse 
contexto, como ocorrem as relações entre as instituições 
financeiras e os investidores.
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
28
Operações com derivativos 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, vamos verificar o mercado de 
capital e suas diretrizes, mercado de títulos e as operações 
compromissadas e, desse modo, conferir como essas 
operações se comportam, atualmente, entre as instituições 
e os investidores. Ao longo destes tópicos vamos analisar 
cada um destes conceitos. Vamos lá!
Operações com derivativos compreendem uma categoria de ativos 
financeiros em que o valor é derivado de um outro ativo, ou até mesmo de 
um grupo de ativos, como ações, títulos, taxas de juros etc. 
Nas operações derivativas, o preço vai depender do comportamento 
do ativo no qual ele se baseia. Ademais, possuem várias utilidades, como: 
proteger de riscos de mercado, sintetizar o comportamento de um ativo, 
alavancagem de posições etc. 
Figura 12 - Alavancagem de posições
Fonte: Freepik
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Tipos de derivativos 
Mercado a termo
Esse tipo de mercado compreende um dos mais simplificados 
no sentido de entendimento. Os procedimentos sucedem quando as 
partes interessadas acordam questões de compra e venda de ativos, 
considerando uma data e preço. Ademais, uma das características do 
mercado é que o termo é liquidado de forma integral, em uma data 
anteriormente estabelecida. 
Figura 13 - Acordo de compra e venda de ativo
Fonte: Freepik
Contratos futuros
Apresentam atributos semelhantes ao anterior, pois também ocorre 
acordo de compra e venda, entretanto o seu diferencial é que o contrato 
apresenta alterações conforme o comportamento do ativo. 
Opções 
No caso de opções, é definido um direito de realização de operação 
por parte de quem compra e de obrigação para quem vende. 
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 • Opção de compra: compreende o direito de comprar determinada 
quantidade de ativo objeto, realizando o pagamento a um preço 
especificado, com uma data definida.
 • Opção de venda: compreende o direito de vender determinada 
quantidade de ativo objeto, realizando o pagamento a um preço 
especificado, com uma data definida.
Ademais, as opções caracterizam-se por ativos de custo reduzido 
e com volatilidade elevada, tendo a chance de ser utilizada por individuo 
que apresenta posição na sua carteira. 
Swaps
É quando ocorre a negociação da troca de fluxo de pagamentos, 
adotando dois ativos especificados e com um prazo anteriormente 
estabelecido. Em suma, as partes ficam na obrigação de trocarem os 
resultados dos fluxos futuramente. Com os passar dos anos, esse tipo de 
derivativo cresceu e, atualmente, movimenta altos valores todo ano. 
As operações Swaps podem ocorrer diretamente, por duas 
organizações, entretanto em alguns casos há o intermédio de alguma 
instituição financeira. 
Participantes do mercado 
Posteriormente ao entendimento dos tipos de derivativos, cabe 
destacar que, para cada situação, existe um participante especializado, 
conforme o relacionamento do mercado. Assim, de acordo com Filgueira 
(2006), os participantes podem ser: 
 • Hedger - compreende o indivíduo que se protege financeiramente, 
visando minimizar um investimento de risco durante um 
determinado período. Ademais, deve-se buscar eliminar a 
possibilidade de ganhos ou perdas futuras, definindo-se a margem 
de lucro.
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Figura 14 - Proteção financeira
Fonte: Freepik
 • Especulador - com as características de compra e venda de ativos 
com ointuito de obter lucro. Nesse caso, é aceito o lucro que o 
participante anterior evita. Ademais, colabora para a liquidez nos 
mercados, tornando-os mais eficientes em função das ações com 
os preços.
 • Arbitrador - tem como principal objetivo o lucro, entretanto 
não assume os riscos provenientes. Dessa maneira, busca 
constantemente distorções de preços entre mercados e, assim, 
obtém proveitos dessa oscilação ou então da expectativa dessa 
diferença.
Esse participante de mercado tem como estratégia comprar no 
mercado em que o preço está mais barato e vender no mercado em que 
está mais caro, assim obtendo lucro livre de riscos. 
 • Market Makers - esse participante se compromete na manutenção 
das ofertas de compra e venda de ativo, dando liquidez. Quem 
realiza essas atividades, na maioria dos casos, são os bancos, 
corretoras e demais instituições financeiras. 
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Figura 15 - Participante market maker - Banco
Fonte: Freepik
Outro ponto importante desse participante é o estabelecimento do 
preço máximo e mínimo para se comprar e vender um ativo com ele.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar nesse tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: 
“Concessão de crédito durante e após a crise financeira de 
2008 no Brasil. Houve heterogeneidade nas operações de 
crédito?” Guilherme Solino e Evelin Oliveira. Clique aqui.
RESUMINDO:
Neste capítulo, verificamos como ocorrem as operações 
com derivativos, os tipos de operações desse segmento e 
os participantes do mercado de derivativos, conhecendo as 
características de cada um deles.
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
https://www.anpec.org.br/encontro/2016/submissao/files_I/i8-44fde38a8b21d4b635bd22f38a6d0d52.pdf
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REFERÊNCIAS
CARVALHO, D. The real effects of government-owned banks: 
Evidence from an emerging market. The Journal of Finance, Wiley Online 
Library, v. 69, n. 2, p. 577–609, 2014. 
FILGUEIRAS, C. F. P. Manual de contabilidade básica. Rio de 
Janeiro, Elsevier, 2006. 
Análise das Demonstrações Financeiras e Bancárias
	Crédito no Brasil
	Evolução das operações de crédito
	Crédito comercial 
	Crédito bancário 
	Vedação para concessão de créditos
	Resolução Bacen n° 2.682/99
	Operações de crédito 
	Classificação das operações de crédito 
	Operações ativas 
	Operações passivas 
	Operações com títulos e aplicações 
	Mercado de capitais 
	Mercado de títulos
	Títulos e operações compromissadas 
	Operações com derivativos 
	Tipos de derivativos 
	Participantes do mercado

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