Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

7
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
Célula
Introdução
Quem somos nós? De onde viemos? Para 
onde vamos?
Essas são as grandes perguntas que per-
turbam a humanidade.
Ao longo dos séculos, várias hipóteses 
foram formuladas, por filósofos e cientistas, na 
tentativa de explicar como teria surgido a vida 
em nosso planeta.
Portanto, antes de iniciarmos o estudo 
da célula, unidade básica dos seres vivos, é 
importante conhecermos as teorias sobre a 
origem da vida.
Abordagem teórica
A origem da vida
Hipótese do fixismo ou da 
criação especial
Essa hipótese acompanha todas as narra-
ções religiosas sobre a criação da vida na Terra, 
como, por exemplo, a narração bíblica do Velho 
Testamento, inserida em Gênesis.
 Paisagem como ilustração para a hipótese da 
criação especial.
C
re
at
iv
e 
C
om
m
on
s/
A
lic
e 
P
op
ko
rn
.
[...] Deus disse: “Produza a terra plantas, ervas que 
contenham semente e árvores frutíferas que deem 
fruto segundo a sua espécie e o fruto contenha a sua 
semente.” E assim foi feito.
[...] Deus disse: “Pululem as águas de uma multidão 
de seres vivos, e voem aves sobre a terra, debaixo 
do firmamento dos céus.”
Deus criou os monstros marinhos e toda a multidão 
de seres vivos que enchem as águas, segundo a sua 
espécie, e todas as aves segundo a sua espécie. E 
Deus viu que isso era bom.
(Gn 1: 11; 20)
Chamamos de fixismo porque essa hipótese 
admite que as espécies são imutáveis através 
dos tempos, ou seja, não se modificam através 
dos milhões e milhões de anos que se sucede-
ram ao seu aparecimento neste planeta.
Panspermia
Essa hipótese foi criada pelo filósofo grego 
do século V a.C., Anaxágoras, e admite a origem 
extraterrena da vida. Ela diz: “A vida é formada 
a partir de germes etéreos dispersos por todo o 
Universo, que aguardam o instante propício para 
o seu completo desenvolvimento”.
Essa hipótese não durou muito tempo, por-
que a própria ciência concluiu que esses minús-
culos esporos encontrariam enormes variações 
de temperatura e radiação, ao entrarem na Terra, 
que impediriam sua sobrevivência. Além disso, 
os cientistas concluíram que, se a vida na Terra 
se originou de extraterrestres, a questão da ori-
gem da vida continuaria sem resolução. Afinal, 
como teriam surgido os extraterrestres?
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
8
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
 Terra vista do espaço, como ilustração da hipótese da 
panspermia.
S
hu
tt
er
st
oc
k.
Abiogênese ou geração 
espontânea
Até o século XIX, imaginava-se que os seres 
vivos poderiam surgir não só a partir do cruzamen-
to entre si, mas também a partir da matéria bruta, 
de uma forma espontânea. Essa ideia, proposta 
há mais de 2 000 anos por Aristóteles, era co-
nhecida por geração espontânea ou abiogênese. 
Os defensores dessa hipótese supunham que 
determinados materiais brutos conteriam um 
“princípio ativo”, isto é, uma “força” capaz de 
comandar uma série de reações que culmina-
riam com a súbita transformação do material 
inanimado em seres vivos.
O grande poeta romano Virgílio (70 a.C. - 19 
a.C.), autor das Éclogas e da Eneida, garantia 
que moscas e abelhas nasciam de cadáveres 
em putrefação. Já na Idade Média, Aldovandro 
afirmava que, do lodo do fundo das lagoas, 
poderiam nascer patos e morcegos. O padre 
Anastásio Kircher (1627-1680), professor de 
Ciência do Colégio Romano, explicava a seus 
alunos que do pó de cobra, espalhado pelo chão, 
nasceriam muitas cobras.
W
ik
im
ed
ia
 C
om
m
on
s.
 No século XVII, o naturalista Jan Baptist van 
Helmont (1577-1644), de origem belga, ensinava 
como produzir ratos e escorpiões a partir de uma 
camisa suada, germe de trigo e queijo.
Nesse mesmo século, começaram a surgir 
sábios com novas ideias, que não aceitavam 
a abiogênese e procuravam desmascará-la, 
com suas experiências baseadas no método 
científico.
Abiogênese X biogênese
Em meados do século XVII, o biólogo italia-
no Francesco Redi elaborou experiências que, 
na época, abalaram profundamente a teoria da 
geração espontânea. Colocou pedaços de carne 
no interior de frascos, deixando alguns abertos 
e fechando outros com uma tela. Observou que 
o material em decomposição atraía moscas, que 
entravam e saíam ativamente dos frascos aber-
tos. Depois de algum tempo, notou o surgimento 
de inúmeros “vermes” deslocando-se sobre 
a carne e consumindo o alimento disponível. 
Nos frascos fechados, porém, onde as moscas 
não tinham acesso à carne em decomposição, 
esses “vermes” não apareciam. Redi, então, 
isolou alguns dos “vermes” que surgiram no 
interior dos frascos abertos. Observando-lhes o 
comportamento, notou que, após consumirem 
avidamente o material orgânico em putrefação, 
tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ova-
lado, terminando por desenvolver cascas externas 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
9
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
duras e resistentes. Após alguns dias, as cascas 
quebravam-se e, do interior de cada unidade, 
saía uma mosca semelhante àquelas que haviam 
pousado sobre a carne em putrefação.
A experiência de Redi favoreceu a biogênese, 
teoria segundo a qual a vida se origina somente 
de outra vida preexistente.
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
.
 Experimento realizado por Francesco Redi.
Quando Anton van Leeuwenhoek (1632- 
1723), na Holanda, construindo microscópios, 
observou pela primeira vez os micróbios, reavi-
vou a polêmica sobre a geração espontânea, 
abalando seriamente as afirmações de Redi.
Foi na segunda metade do século passado 
que a abiogênese sofreu seu golpe final. Louis 
Pasteur (1822-1895), grande cientista francês, 
preparou um caldo de carne, que é um excelente 
meio de cultura para micróbios, e submeteu-o 
a uma cuidadosa técnica de esterilização, com 
aquecimento e resfriamento. Hoje, essa técnica 
é conhecida como “pasteurização”.
 Louis Pasteur em laboratório.
W
ik
im
ed
ia
 C
om
m
on
s.
Uma vez esterilizado, o caldo de carne era 
conservado no interior de um balão “pescoço 
de cisne”.
Devido ao longo gargalo do balão de vidro, 
o ar penetrava no balão, mas as impurezas 
ficavam retidas na curva do gargalo. Nenhum 
microrganismo poderia chegar ao caldo de 
carne. Assim, a despeito de estar em contato 
com o ar, o caldo se mantinha estéril, provando 
a inexistência da geração espontânea. Muitos 
meses depois, Pasteur exibiu seu material na 
Academia de Ciências de Paris. O caldo de carne 
estava perfeitamente estéril. Era o ano de 1864. 
A geração espontânea estava completamente 
desacreditada.
Pasteur colocou caldo de carne 1. 
em um balão de vidro.
Depois, usan-2. 
do calor, fa-
b r i c ou um 
“pescoço em 
S”.
Ferveu o caldo, 3. 
matando os mi-
cróbios.
A poeira contendo os mi-4. 
cróbios ficou retida na cur-
va e o caldo permaneceu 
estéril por muito tempo.
“O fecho de ouro”! Pasteur inclina o vidro, de 5. 
modo que o caldo entre em contato com a poeira: 
surgem micróbios no líquido.
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
.
 O esquema de Louis Pasteur.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
10
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
Célula
Em 1665, Robert Hooke, um pesquisador 
inglês, utilizando um microscópio bastante rudi-
mentar, observou a cortiça (rolha, “casca” das 
árvores) e notou que era formada por numerosos 
compartimentos vazios.
 Robert Hooke – pesquisador que criou o 
termo célula, ao observar cortiça pelo micros-
cópio.
W
ik
im
ed
ia
 C
om
m
on
s/
Ja
m
es
 L
ee
k.
 Microscópio utilizado por Robert Hooke.
D
om
ín
io
 p
úb
lic
o.
 Corte de cortiça vista ao microscó-
pio – cada espaço observado no tecido 
corresponde a uma célula.
D
om
ín
io
 p
úb
lic
o.
Em latim, compartimento ou lugar fechado 
é cella e o diminutivo é feito usando o sufixo 
ulla, portanto, Hooke denominou o que viu de 
célula.
Outros também fizeram descobertas im-
portantes:
1833, Robert Brown evidenciou a pre-•
sença de um corpúsculo na célula, que 
denominou de núcleo.
1839, Matthias Schleiden e Theodor •
Schwann formularam a primeira teoria 
celular, que enunciava “Todos os seres 
vivos são constituídos por células.”
1858, Rudolf Virchow apresentou a ideia •
de que “toda célula origina-se de outra 
preexistente”.
Com as conclusões desses e de outros 
cientistas, podemos inferir que para termos um 
ser vivo complexo, como o ser humano, é ne-
cessário que ele seja formado por células que, 
quando se juntam e desempenham uma única 
função, constituem o tecido; os tecidos se unem 
formando os órgãos, que juntos constituem sis-
temas que formarão o organismo.
Sabendo que a célula forma todo e qualquer 
ser vivo, podemos conceituá-la como:
Célula: é a unidade morfofisiológica de todo 
e qualquer ser vivo.
É possível classificar as células de acordo 
com a organização do seu núcleo em:
Procariontes • : células em que o núcleo 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
11
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
não é protegido por membrana, ou seja, o material genético fica solto no citoplasma.
Ex.: bactérias e cianobactérias (cianofíceas ou algas azuis).
Eucariontes • : células em que o núcleo é protegido por membrana, ou seja, o material gené-
tico fica protegido. Destacam-se as células animais e as vegetais.
Ex.: células do corpo humano.
1
2
3
4
5
6
7
8
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
.
 Exemplo de organismo procarionte (imagem fora da escala real).
Cápsula1. 
Parede celular2. 
Membrana plasmática3. 
Citoplasma4. 
Ribossomos5. 
Mesossomo6. 
DNA (nucleoide)7. 
Flagelo8. 
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
.
 Célula animal – exemplo de organismo eucarionte (imagem fora da escala real).
1
2
3
4
5
6
8
9
13 10
11
12
7
Nucléolo1. 
Núcleo (delimitado pela carioteca)2. 
Ribossomo3. 
Vesícula4. 
Retículo endoplasmático granuloso5. 
Complexo golgiense6. 
Membrana plasmática7. 
Retículo endoplasmático não granuloso8. 
Mitocôndria9. 
Vacúolo10. 
Citoplasma11. 
Lisossomo12. 
Centríolos13. 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
12
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
A célula pode ser dividida em três partes 
fundamentais:
membrana plasmática; •
citoplasma; •
núcleo. •
Membrana plasmática
A membrana plasmática é uma estrutura que 
está presente em todas as células procarióticas e 
eucarióticas. A membrana delimita o conteúdo da 
célula, separando o meio intracelular (interior da 
célula) do meio extracelular (exterior da célula), e 
é a principal responsável pelo controle da entrada 
e saída de substâncias da célula.
A estrutura da membrana plasmática só 
pode ser vista através do uso de microscópio 
eletrônico. Usando técnicas de laboratório, os 
pesquisadores descobriram que ela é formada 
por proteínas, lipídios (gorduras) e glicídios (açú-
cares), portanto, podemos dizer que a membrana 
plasmática é glicolipoproteica. Para poder mostrar 
como os lipídios, glicídios e proteínas estavam 
dispostos na membrana, os cientistas propuse-
ram vários modelos, mas somente em 1972 Sin-
ger e Nicholson criaram um modelo, hoje aceito, 
chamado de modelo mosaico fluido. Segundo 
esse modelo, as membranas são formadas por 
duas camadas de lipídios (bicamada de lipídios), 
com proteínas embutidas na mesma, lembrando 
um mosaico.
Proteínas
Glicocálix
Proteína
Camada
fosfolipídica
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
.
 Membrana plasmática em corte (imagem fora da 
escala real).
Especializações da membrana
Além de delimitar o conteúdo celular, as mem-
branas podem executar outras funções e, para 
isso, desenvolveram especializações, como micro-
vilosidades, desmossomos e interdigitações.
Microvilosidades • : com a função de 
aumentar a área de absorção celular, 
a membrana celular cria projeções di-
gitiformes (em forma de dedos). Essa 
especialização pode ser encontrada 
principalmente em células cuja função 
é a de absorver substâncias, como, por 
exemplo, as do intestino delgado.
Desmossomos • : entre duas células ad-
jacentes, formam-se placas densas e 
filamentos de proteínas, que conferem 
forte aderência entre elas.
Interdigitações • : são saliências e reentrân-
cias das membranas celulares de células 
vizinhas, que se encaixam umas nas ou-
tras, aumentando a coesão e facilitando 
as trocas de substâncias entre elas.
 Especializações da membrana plasmática (imagem 
fora da escala real).
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
.
Microvilosidades
Desmossomos
Interdigitações
hemidesmossomos
Outras especializações da membrana plas-
mática
Parede celular
É uma estrutura de constituição com-
plexa, rígida, formada principalmente pela 
celulose (polissacarídeo) e pectinas (polis-
sacarídeos com aminoácidos). Enquanto 
a celulose garante a rigidez da parede, a 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
13
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
pectina garante flexibilidade e elasticidade, 
e também adesão entre as células vizinhas. 
A PC está presente nas células dos vege-
tais, das bactérias e dos fungos. Porém, a 
PC dos fungos é constituída pela quitina, 
polissacarídeo semelhante à celulose. 
Em células jovens, a PC é bastante tenra, 
delgada e flexível. Nas adultas, é bastante 
resistente.
Entre as duas PC de células vegetais 
formam-se poros chamados plasmodes-
mos, por onde circulam substâncias.
Plasmodesmos
Os plasmodesmos são aberturas pre-
sentes nas células vegetais, que permitem 
a passagem do citoplasma entre elas. Po-
demos dizer que nos plasmodesmos se for-
mam pontes citoplasmáticas, importantes 
para a nutrição e transporte de substâncias 
da planta.
Glicocálix
Estrutura presente na superfície da 
membrana das células animais. Constitui-
-se basicamente de glicoproteínas. Cada 
glicocálix é único, ou seja, cada glicocálix 
é uma identidade. O glicocálix tem função 
antigênica, ou seja, funciona do mesmo 
modo que os antígenos, determinando uma 
identidade química à célula.
(FERNANDES, R; PIMENTEL, F. Citologia: membrana. Curi-
tiba: IESDE Brasil S.A., 2007. 278 p. (SAE – Ensino Médio 
– 1a série.))
é chamado de permeabilidade seletiva. Esse 
fluxo de substâncias pode ou não desprender 
energia. De acordo com esse critério, podemos 
distinguir dois tipos fundamentais de transporte: 
passivo e ativo.
Transporte passivo
Tipo de transporte que não necessita de 
consumo de energia, a membrana permite a livre 
passagem de substâncias, não apresentando 
caráter seletivo. O transporte passivo pode ser: 
difusão e osmose.
Difusão • : movimento de moléculas, como, 
por exemplo, sais minerais e gases, 
pela membrana. Esse movimento é mais 
intenso no sentido da região onde há 
maior concentração de moléculas para 
onde a concentração é menor. A difusão 
pode ser simples ou facilitada. Ela é dita 
simples quando ocorre através de poros 
presentes na membrana; e é considerada 
facilitada quando o soluto necessita de 
uma proteína transportadora para atra-
vessar a membrana.
Osmose • : passagem espontânea do 
solvente (geralmente a água) através 
de uma membrana semipermeável, do 
meio menos concentrado para o meio 
mais concentrado. O meio menos con-
centrado é chamado de hipotônico, e o 
meio mais concentrado é chamado de 
hipertônico, por isso podemos dizer que 
a osmose é a passagem de solvente do 
meio hipotônico para o meio hipertônico. 
A osmose é muito comum quando, por 
exemplo, ao ficarmos algum tempo no 
mar, notamos que as pontas dos dedos 
ficam enrugadas, isso acontece porque 
perdemos água do nosso corpo para o 
mar, pelo fato de que nosso corpo é me-
nos concentrado em sal que o mar.
Transporte de substâncias da 
membrana
A célula não é totalmente isolada pela 
membrana plasmática, ela precisa de substân-
cias do meio externo, assim como, também, 
eliminar substâncias tóxicas que produz. Esse 
processo de entrada e saída de substâncias 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASILS.A., mais informações www.iesde.com.br
14
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
Colocando-se 
a célula em 
meio externo 
hipertônico, há 
perda de água 
pela célula, 
que se torna 
murcha. Meio externo 
isotônico com meio 
interno: hemácia 
normal. A quanti-
dade de água que 
entra na célula é 
igual à que sai, 
havendo equilíbrio.
Colocando-se a 
célula em meio 
externo muito 
hipotônico, ocorre 
entrada de água 
na célula, que 
se rompe (lise 
celular). 
 Esquema de osmose em célula animal – hemácia 
(imagens fora da escala real).
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
.
Transporte ativo
No transporte ativo, ao contrário do passivo, 
há um gasto de energia. Um exemplo de trans-
porte ativo é a bomba de sódio (Na+) e potássio 
(K+).
Bomba de Na • + e K+: esse transporte veri-
fica-se em células nervosas (neurônios), é 
assim que os estímulos passam por elas. 
Quando temos um estímulo, por exem-
plo, uma batida no pé, a dor passará de 
neurônio para neurônio até ser analisado 
e respondido com a contração da perna. 
Esse estímulo passará pelo interior do 
neurônio, trocando os íons potássio pelos 
íons sódio, como mostra o esquema.
Estímulo
Na
 
Na
K
Na
K
Na
K
Na
K
Na
K
Na
K
Na
K
Na
K
Na
K
Na Na Na Na Na Na Na Na Na Na
K K K K K K K K K K
Encontramos mais íons potássio dentro do 
neurônio do que fora, e também encontramos 
mais íons sódio fora da célula do que dentro; 
quando o estímulo passa, há uma inversão, ou 
seja, íons potássio saem da célula e íons sódio 
entram, para que logo depois da passagem do 
estímulo voltem ao estado inicial.
Endocitose
A endocitose corresponde à entrada de subs-
tâncias de alto peso molecular e, em alguns casos, 
de células inteiras.
A endocitose envolve basicamente dois pro-
cessos: fagocitose e pinocitose.
Fagocitose: processo de englobamento de 
partículas sólidas, através de pseudópodos.
Pinocitose: processo de englobamento de 
substâncias líquidas ou de partículas dissolvidas 
em um meio líquido.
É um fenômeno observado na maioria das cé-
lulas, e serve principalmente para a alimentação.
Bactéria
Membrana plasmática 
envolve o material a ser 
ingerido
Pseudópode
Fagossomo
Citoplasma
Núcleo
Pequenas partículas 
dissolvidas em água
Membrana plasmática 
sofre a invaginação e 
engloba o material a 
ser ingerido
Pinossomo
Citoplasma
Núcleo
 Esquema dos processos de endocitose (imagens fora da escala real).
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
15
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
Exocitose
A exocitose, também chamada de clasmocitose, é a eliminação de substâncias da célula para 
seu exterior. É um processo essencial para a célula, pois mantém seu equilíbrio.
Para saber mais
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de um milhão de crianças 
morrem devido à desidratação causada pela diarreia. No final dos anos 1970, esses núme-
ros eram alarmantes, chegando a cinco milhões de crianças, naquele ano (Unicef, 2005). 
A diarreia é um dos sinais clínicos de distúrbios gastrointestinais, e é caracterizada por um 
aumento tanto do volume de fezes como da frequência de defecação.
Em casos de diarreia aguda, a simples ingestão de água não é uma medida eficiente para 
evitar a desidratação, pois o rápido movimento da água nos tubos digestivos impede que ela 
seja absorvida pelos tecidos das células.
Pesquisadores da Índia e Bangladesh descobriram, em 1968, uma solução contendo 
quantidades adequadas para as células das paredes intestinais. Dessa maneira, alguém 
sofrendo de diarreia poderia repor líquidos e sais, ingerindo essa solução. Isso contornaria 
a necessidade de hidratação através da injeção intravenosa, um processo invasivo que pode 
causar transtorno às crianças.
Desde 1980, o Unicef, em sua campanha para salvar vidas de crianças, distribui em 
mais de 60 países envelopes contendo uma mistura de sais para reidratação oral (ORS, oral 
rehydration solution). Esse envelope possui uma constituição química conhecida: cloreto de 
sódio (2,6g/L), glicose (13,5g/L), cloreto de potássio (1,5g/L) e citrato de sódio (2,9g/L). Com 
o intuito de ampliar a abrangência de sua campanha, o Unicef divulga o uso de uma solução 
líquida feita em casa, o conhecido “soro caseiro”. Este deve ser feito dissolvendo-se em um 
copo de água filtrada um punhado de açúcar (~12 g) e uma pitada de sal (~1,5g) e adminis-
trado à criança com diarreia a cada meia hora. São substâncias do cotidiano, disponíveis em 
todas as casas e é uma solução de fácil preparação. Outra vantagem desse método é que 
podem ser administradas pelas mães ou agentes de saúde.
No entanto, por que essa mistura de substâncias tão comuns é capaz de salvar vidas de 
crianças em alto grau de desidratação?
O processo envolvido nessa questão é o que chamamos de osmose, que é a passagem de 
um solvente através de uma membrana semipermeável que separa duas soluções de diferentes 
concentrações. Assim, o soro para reidratação oral possui uma determinada concentração de 
substâncias que permitem que uma grande quantidade de água atravesse a parede do tubo 
digestivo para o meio extracelular, reidratando assim a criança. 
(VIEIRA, Herberth Juliano; FIGUEIREDO-FILHO, Luiz Carlos Soares de; FATIBELLO-FILHO, Orlando. Revista Química Nova na Escola, 
n. 26, nov. 2007. Adaptado.)
Exercício resolvido
Dê duas diferenças entre os processos de 1. 
pinocitose e fagocitose.
Solução: `
Fagocitose – entrada de substâncias sólidas, 
ocorre um englobamento.
Pinocitose – entrada de substâncias líquidas, 
ocorre uma invaginação.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
16
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
Exercícios de aplicação
Desde a Antiguidade, o salgamento tem sido 1. 
usado como recurso para evitar a putrefação 
de alimentos, como a carne de boi, de porco 
e de peixe. Explique o mecanismo através do 
qual o salgamento preserva os alimentos.
As bananas mantidas à temperatura am-2. 
biente deterioram-se, em consequência da 
proliferação de microrganismos. O mesmo 
não acontece com a bananada, conserva 
altamente açucarada produzida com essa 
fruta.
Explique, com base no transporte de a) 
substâncias através da membrana plas-
mática, por que bactérias e fungos não 
conseguem proliferar em conservas com 
alto teor de açúcar.
Dê exemplo de outro método de conser-b) 
vação de alimentos que tenha por base 
o mesmo princípio fisiológico.
A diversidade dos seres vivos é muito 3. 
grande. Ao mesmo tempo, os seres vivos 
são extremamente parecidos em muitos 
aspectos. Discuta essa afirmativa à luz da 
teoria celular.
 
É comum quando tomamos banho de mar 4. 
que as pontas dos dedos fiquem enrugadas. 
Explique como isso acontece.
Explique a afirmação: “É bom comer banana 5. 
porque esta contém potássio e potássio faz 
bem para a memória”.
Através do processo de pinocitose, a cé-6. 
lula:
elimina excretas.a) 
engloba material.b) 
secreta substâncias.c) 
emite pseudópodos.d) 
sofre divisão.e) 
Questões de 
processos seletivos
(OSEC-SP) As células possuem uma mem-1. 
brana plasmática que as separa do meio 
exterior. Essa membrana é formada por:
fosfolipídios, apenas.a) 
fosfolipídios e proteínas.b) 
proteínas, apenas.c) 
lipídios.d) 
ácidos carboxílicos.e) 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
17
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
(UEL - PR) Em algumas células, a membrana 2. 
plasmática apresenta determinadas espe-
cializações ligadas à função desempenhada 
pela célula. As evaginações da membrana, 
que ocorrem em certos epitélios, como 
o do intestino delgado, com a função de 
aumentar a superfície de contato com os 
alimentos e, consequentemente, garantir 
uma absorção eficiente, são chamadas:
microvilosidades.a) 
plasmodesmos.b) 
desmossomos.c) 
vilosidades.d) 
interdigitações.e) 
(UFSC) Uma das propriedades fundamentais 3. 
da membrana plasmáticaé sua permeabi li-
da de seletiva. Vários processos de passa-
gem de substâncias através da membrana 
são conhecidos. Pode-se afirmar, a respeito 
deles, que:
01) A osmose é a passagem de solvente 
do meio mais concentrado para o meio 
menos concentrado.
02) Todo transporte de substâncias atra-
vés da membrana envolve gasto de 
energia.
04) A difusão é facilitada quando envolve a 
presença de moléculas transportadoras 
específicas.
08) O transporte ativo é caracterizado pela 
passagem de soluto contra gradiente 
de concentração e em presença de 
moléculas transportadoras.
Soma ( )
(PUC-SP) Sabe-se que as células epiteliais 4. 
acham-se fortemente unidas, sendo neces-
sária uma força considerável para separá- 
-las. Isto se deve à ação:
do ATP, que se prende às membranas a) 
plasmáticas das células vizinhas.
da substância intercelular.b) 
dos desmossomos.c) 
dos centríolos.d) 
dos cromossomos.e) 
(PUC Minas) Macrófagos eliminam células 5. 
debilitadas e restos celulares, realizando 
importante serviço de limpeza de nosso 
corpo, eliminando grande quantidade de 
glóbulos vermelhos senescentes por dia. 
Esse processo é chamado:
exocitose.a) 
pinocitose.b) 
clasmocitose.c) 
fagocitose.d) 
autólise.e) 
(OMEC-SP) No fenômeno da osmose:6. 
o solvente move-se do meio hipertônico a) 
para o hipotônico.
o solvente move-se do meio hipotônico b) 
para o hipertônico.
o soluto move-se do meio hipotônico c) 
para o hipertônico.
o soluto move-se do meio hipertônico d) 
para o hipotônico.
o solvente move-se do meio mais con-e) 
centrado para o menos concentrado.
(UFMG) O esquema abaixo representa a 7. 
concentração de íons dentro e fora dos 
glóbulos vermelhos.
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
.
plasma
plasma
Na+
Na+
Na+
Na+K+
K+
K+
K+
membrana plasmática
glóbulo vermehlo
A entrada de K+ e a saída de Na+ dos glóbu-
los vermelhos podem ocorrer por:
transporte passivo.a) 
plasmólise.b) 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
18
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
osmose.c) 
difusão.d) 
transporte ativo.e) 
(UFCE) Indique as alternativas corretas, 8. 
relativas às membranas celulares:
01) Tanto as células eucarióticas como as 
procarióticas apresentam uma membra-
na plasmática.
02) O controle da entrada e saída de subs-
tâncias e a proteção mecânica do con-
teúdo celular são alguns dos papéis da 
membrana plasmática.
04) Tanto os desmossomos como as in-
terdigitações têm papel importante na 
coesão entre células vizinhas.
08) As microvilosidades são dobras da 
membrana plasmática que reduzem 
a eficiência de absorção do alimento 
digerido.
16) Duas características do transporte ativo 
são: 1. pode ocorrer contra um gra-
diente de concentração; 2. depende do 
fornecimento de energia pela célula.
32) Dois exemplos clássicos de transporte 
ativo são a difusão e a osmose.
64) Qualquer processo de captura através 
do envolvimento de partículas pela cé-
lula é chamado endocitose.
Soma ( )
(VUNESP-SP) O esquema abaixo apresenta 9. 
o mosaico fluido, que atualmente é o mais 
aceito para a membrana celular.
IE
S
D
E
 B
ra
si
l S
.A
.
A seta 1 indica:
lipídio.a) 
proteína.b) 
carboidrato.c) 
ácido nucleico.d) 
actinomiosina.e) 
(CESGRANRIO-RJ) No desenho abaixo, ob-10. 
servamos três tubos de ensaio contendo 
soluções de diferente concentração de NaCl, 
e as modificações sofridas pelas hemácias 
presentes no seu interior. Em relação a este 
desenho, assinale a alternativa correta:
Em 1, a solução é isotônica em relação a) 
à hemácia; em 2, a solução é hipertô-
nica em relação à hemácia; e em 3, a 
solução é hipotônica em relação à he-
mácia.
As hemácias em 1 sofreram alteração b) 
de volume, porém em 2 ocorreu plasmó-
lise, e em 3 turgência.
Considerando a concentração isotônica c) 
de NaCl = 0,9%, a solução 2 certamente 
possui uma concentração de NaCl infe-
rior a 0,9% e a solução 3 uma concen-
tração de NaCl superior a 0,9%.
As hemácias do tubo 2 sofreram perda d) 
de água para a solução, enquanto que 
as do tubo 3 aumentaram seu volume, 
depositando-se no fundo.
A plasmólise sofrida pelas hemácias do e) 
tubo 2 ocorreu em razão da perda de 
NaCl para o meio.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
19
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
Exercícios de aplicação
Colocando sal na carne, tornamos o meio 1. 
externo mais concentrado, fazendo com que 
saia água da carne, dificultando a invasão de 
microrganismos que irão decompô-la.
a) Aumentando a concentração com o açú-2. 
car, a bananada perde água, dificultando a 
proliferação de microrganismos.
b) A preparação de carne-seca.
Segundo Schleiden e Schwann, todos os 3. 
seres vivos são formados por células.
Isso acontece porque a água do mar é um 4. 
meio mais concentrado do que o nosso cor-
po e, portanto, pelo fenômeno da osmose, o 
nosso corpo perde água para o mar, o que 
deixa os dedos enrugados.
O potássio da banana vai ajudar na trans-5. 
missão dos estímulos nervosos, através do 
transporte ativo da membrana, denominado 
bomba de sódio e potássio.
B6. 
Questões de 
processos seletivos
B1. 
A2. 
12 (04 + 08)3. 
C4. 
D5. 
B6. 
E7. 
87 (01 + 02 + 04 + 16 + 64)8. 
B9. 
C10. 
Gabarito
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
20
E
_E
M
_1
_B
IO
_0
0
1
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br

Mais conteúdos dessa disciplina