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4769-Manual-Caseiro-Investigao-Criminal-conduzida-pelo-Delegado

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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
na Súmula!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL 
CONDUZIDA PELO DELEGADO 
Lei nº 12.830/2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ed. 2020 
 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: Leonardo - CPF: 006.536.571-29Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Fernando - CPF: 989.650.852-68Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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Direito Administrativo – De 
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Manual Caseiro 
Instagram: @manualcaseiro 
E-mail: manualcaseir@outlook.com 
Site: www.meumanualcaseiro.com.br 
Investigação Criminal conduzida pelo Delegado de Polícia – Lei nº 12.830/2013 
 
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL CONDUZIDA PELO DELEGADO DE POLÍCIA 
Lei nº 12.830/2013 
 
 
 
Prezado aluno, passaremos nesse momento ao estudo da Lei de Investigação Criminal conduzida 
pelo Delegado de Polícia. Trata-se de legislação com alta carga de pertinência temática para o cargo de 
Delegado. Dessa forma, caso a sua preparação seja voltada ao cargo de delegado ou as carreiras policiais, 
destacamos a importância do estudo da legislação em comento. 
O presente material tem por objetivo reunir todas as informações que o candidato precisa para resolver 
questões dos certames públicos. Dessa forma, nosso material trouxe uma abordagem doutrinária sobre o tema 
objeto de estudo, a legislação (lei seca), e, por fim, questões já cobradas em concurso público pelas diversas 
bancas. 
Por se tratar de uma legislação mais curta, detectamos que as questões são extraídas 
predominantemente da legislação, fique #DeOlhoNaLeiSECA. 
Bons estudos, #Tmjuntos! 
 
 
1. Contexto da criação da Lei n. 12.830/2013 
 
Para melhor compreendermos a Lei nº 12.830/2013 em sua essência, é primordial analisarmos o 
contexto em que se desenvolveu a sua criação. 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: Leonardo - CPF: 006.536.571-29Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Fernando - CPF: 989.650.852-68Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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Nesse sentido, tivemos a rejeição da PEC 371, no ano de 2013. E qual era a pretensão da referida 
Proposta de Emenda? 
A PEC 372 sugeria incluir um novo parágrafo ao Artigo 144 da Constituição Federal, que trata da 
Segurança Pública, passando a constar que “a apuração das infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º 
deste artigo, incumbem privativamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal, 
respectivamente”, de forma consequente e reflexa, reduzia o poder de investigação criminal do Ministério 
Público, limitando sua atuação. 
Contudo, o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, por 430 votos a 9 e 2 abstenções, a Proposta 
de Emenda à Constituição nº 37, de 2011. 
Com o fracasso na aprovação da PEC, nasce a Lei n.12.830/2013, a qual passará a regulamentar a 
investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia. 
Cumpre destacarmos ainda que, o Código de Processo Penal embora regulamente o procedimento 
administrativo do “inquérito policial”, não dispõe de forma elucidativa sobre a atividade da autoridade 
policial, ou melhor, sobre a investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia, exclusivamente. 
Assim, contemplamos que a referida lei vem também complementar a regulamentação legal nesse aspecto. 
 
 
2. Fundamento Constitucional 
 
 
Nos termos do art. 144 da Constituição Federal, a “segurança pública, dever do Estado, direito e 
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e 
do patrimônio”. 
 
1 O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, por 430 votos a 9 e 2 abstenções, a Proposta de Emenda à Constituição nº 37, de 
2011, que reduzia o poder de investigação criminal do Ministério Público, limitando sua atuação. 
 
2 A Proposta de Emenda Constitucional 37/2011, abreviada como PEC 37, foi um projeto legislativo brasileiro que pretendia 
emendar a Constituição brasileira para incluir a apuração de investigações criminais como atividade privativa da polícia judiciária. 
Foi proposta pelo deputado Lourival Mendes, então do PTdoB do Maranhão.[1] 
À época de sua proposição, foi apoiada por juristas como Ives Gandra, José Afonso da Silva, Guilherme Nucci e Régis de Oliveira, 
que entendiam que a investigação criminal já era vedada ao Ministério Público, por falta de previsão legal ou por estar implícito 
no texto que tal competência já era privativa das polícias, embora o órgão ocasionalmente exercesse essa atividade.[2] As entidades 
de classe do Ministério Público opuseram-se à proposta. De acordo com a Associação do Ministério Público do Distrito Federal e 
Territórios (AMPDFT), “há uma necessidade de o Ministério Público investigar, especialmente nos casos de: problemas de 
corporativismo policial, permeabilidade da polícia a pressões políticas, necessidade concreta de suplementar uma investigação 
policial em curso, ante a notória deficiência de estrutura da polícia”.[3] A Ordem dos Advogados do Brasil e a Associação Nacional 
dos Delegados de Polícia Federal defenderam a PEC, enquanto o então Procurador-Geral da República Roberto Gurgel e o então 
Presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa foram contrários à sua aprovação.[4] 
Entre os contrários à sua aprovação, a PEC 37 foi chamada de "PEC da Impunidade". Uma das causas dos protestos ocorridos no 
Brasil em 2013. Foi uma das bandeiras levantadas pelos manifestantes que tomaram as ruas de diversas capitais do país durante o 
mês de junho deste ano e pedia o arquivamento da Proposta de Emenda Constitucional 37/2011.[1][5] 
Foi votada em 25 de junho de 2013 e rejeitada por 430 votos, com apenas 9 favoráveis e 2 abstenções.[1] 
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Tais funções são exercidasdentre outros, pelas polícias federal e civis, nos termos dos incisos I e IV, 
respectivamente, do dispositivo constitucional ora apontado. 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida 
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos 
seguintes órgãos: 
 
I - polícia federal; 
 
II - polícia rodoviária federal; 
 
III - polícia ferroviária federal; 
 
IV - polícias civis; 
 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
 
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 104, de 2019) 
 
 
3. Objeto da Lei da Atribuição da Polícia Judiciária e objetivos 
 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. 
 No tocante ao objeto da referida Lei, busca regulamentar a investigação criminal conduzida pelo 
delegado de polícia. 
Objeto: investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia. 
Nestor Távora e Rosmar Rodrigues Alencar (2020) ao tratar da figura do delegado de polícia explica 
“o delegado de polícia é a autoridade administrativa indicada para exercer funções de polícia judiciária e, 
mormente, para apurar infrações penais. São atividades que compõem porção da persecução penal estatal”. 
No tocante a figura do Delegado de Polícia e suas atribuições, o Delegado de Polícia é o chefe da 
Polícia Investigativa e tem a missão de presidir o inquérito policial ou TCO, visando à apuração das 
infrações penais. Além disso, define as diligências que devem ser realizadas e toma decisões relativas a 
diversos direitos individuais, tais como liberdade, patrimônio e intimidade do cidadão. Logo, o Delegado 
pode conceder liberdade provisória com fiança, realizar indiciamento, buscas em indivíduos, expedir 
mandados de intimação e de condução coercitiva, determinar ação controlada, fazer acordo de colaboração 
premiada, etc. 
O Delegado também tem o dever de elaborar portarias e relatórios, apreender, requisitar perícias, 
expedir e fiscalizar a emissão de documentos públicos de sua competência, gerenciar o órgão policial em 
que estiver lotado, dentre outros. 
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Cumpre esclarecer que o Delegado de Polícia Civil é responsável pela apuração de uma gama enorme 
de infrações, excluindo-se aí as de competência do DPF (crimes federais, crimes com repercussão 
interestadual ou internacional, crimes de tráfico de drogas, etc.). 
Destaca-se ainda que a investigação criminal de modo geral, pode ser realizada também por outras 
autoridades, e não apenas, o Delegado de Polícia. O que é exclusivo da autoridade policial e objeto de estudo 
da legislação em comento é a presidência do inquérito policial (apenas uma das formas de investigação 
criminal). Nessa esteira, podemos exemplificar o PIC – procedimento investigatório criminal de 
responsabilidade do Ministério Público. 
Nesse sentido, a jurisprudência: 
 
“O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo 
razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que 
assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, 
sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as 
prerrogativas profissionais de que se acham investidos, em nosso País, os Advogados (Lei 
8.906/94, artigo 7º, notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da 
possibilidade – sempre presente no Estado democrático de Direito – do permanente controle 
jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos 
membros dessa instituição”. STF. Plenário. RE 593727/MG, red. p/ o acórdão Min. Gilmar 
Mendes, julgado em 14/5/2015. 
 
Ante o exposto, contemplamos que o Ministério Público pode realizar diretamente a investigação de 
crimes, contudo, a presidência do inquérito policial é atividade de atribuição do Delegado de Polícia. 
Corroborando ao que afirmamos, no sentido de que a investigação criminal pode ser realizada por 
outros órgãos/instituições, proclama o professor e Juiz Federal Márcio André 3(Dizer o Direito): 
 
Segundo o entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência, a investigação de crimes 
não é uma atividade exclusiva das Polícias Civil e Federal. 
A investigação criminal pode ser realizada por meio de outros órgãos, como por exemplo: 
Comissões Parlamentares de Inquérito, Conselho de Controle de Atividades Financeiras 
(COAF), Banco Central, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), IBAMA, 
Ministério Público . A investigação criminal promovida pela Polícia é feita por meio do inquérito 
policial (ou TCO), que tramita sob a presidência do Delegado de Polícia. 
Vale ressaltar, para que não fique nenhuma dúvida, que o art. 1º não está afirmando que a 
investigação criminal somente pode ser realizada pelo Delegado de Polícia. De forma alguma. 
 
3 https://www.dizerodireito.com.br/2013/06/comentarios-lei-128302013-investigacao.html 
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O que diz este artigo é que a presente Lei regula a investigação feita pelo Delegado (inquérito 
policial ou TCO). 
 
Entre seus objetivos, podemos apontar o reconhecimento de que as funções exercidas pelo Delegado 
de Polícia são de natureza jurídica e exclusivas do Estado. 
 
 
 
4. Polícia investigativa, polícia judiciária e polícia administrativa 
 
Para melhor compreendermos a função exercida pelo Delegado de Polícia, é primordial sabermos 
distinguir as atividades que são de funções da polícia investigativa, polícia judiciária e polícia administrativa. 
 Superada essa distinção, poderemos identificar quais são as funções exercidas pelo Delegado de 
Polícia. Nessa esteira, recorremos as definições propostas pelo professor Noberto Avena4. 
Vejamos: 
• Funções de Polícia Administrativa: são de caráter preventivo, realizadas com objetivo de 
impedir o cometimento de atos criminosos, sendo cumpridas pelos variados órgãos ou 
instituições da administração pública que possuam atividade fiscalizadora. Exemplo típico do 
exercício da polícia administrativa encontra-se em certas ações da polícia militar, 
especialmente o policiamentoostensivo, tal como previsto no art. 144, § 5, da CF. 
• Funções de Polícia Judiciária: visam auxiliar a Justiça (daí a denominação polícia 
judiciária), cumprindo determinações do Poder Judiciário. São exercidas, com exclusividade, 
pela polícia federal (art. 144, § 1, I e IV, da CF) e pela polícia civil (não obstante, quanto a 
esta última, tal atributo não esteja presente na literalidade do art. 144, § 4, da CF). 
• Funções de Polícia Investigativa: estão relacionadas à obtenção de elementos que elucidem 
a prática do fato delituoso de forma a possibilitar a instauração de ação penal contra os 
respectivos autores. Essas funções concernem à polícia federal, à polícia civil e a outros 
órgãos com funções investigativas por força da CF ou da legislação infraconstitucional, a 
exemplo do Ministério Público. 
 
Polícia Administrativa Polícia Judiciária Polícia Investigativa 
Tem a função de polícia 
ostensiva, que ostenta autoridade 
para prevenir os delitos. 
Centrada na execução das ordens 
judiciais. 
Destina-se à apuração das 
infrações penais, por meio de 
inquérito policial ou outro 
procedimento investigativo. 
 
4 Avena, Norberto. Processo penal / Norberto Avena. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: MÉTODO, 
2018. 
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5. Natureza Jurídica 
 
Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são 
de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. 
 
Até o advento da Lei n. 12.830/2013 muito se discutia a respeito da natureza jurídica da atividade 
exercida pela polícia judiciária e investigativa, o art. 2º da referida Lei parece esclarecer a controvérsia, ao 
dispor que “as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de 
polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.” 
Nesse sentido, vejamos os esclarecimentos propostos pela Associação dos Delegados de Polícia do 
Estado de Goiás5: 
 
Consiste em uma importante conquista para a classe de Delegados de Polícia. Havia alguns entendimentos no 
sentido de que as funções desempenhadas pelo Delegado não poderiam ser classificadas como jurídicas, 
considerando que seriam atividades materiais de segurança pública, conforme previsão do art. 144 da CF/88. 
Tratava-se, contudo, de conclusão muito estreita, tendo em vista que o cargo de Delegado de Polícia é privativo 
de bacharel em Direito e muitas das funções por ele desempenhadas são atividades de aplicação concreta das 
normas jurídicas aos fatos apresentados, como é o caso do indiciamento, da representação por medidas 
cautelares e da elaboração do relatório. 
 
 Diante do exposto, contemplamos que atualmente, não há mais dúvida quanto ao caráter de atividade 
de natureza jurídica, a qual é essencial e exclusiva de Estado. Esse entendimento agora encontra-se 
positivado no art. 2º da Lei 12.830/2013. 
 O que significa dizer que ela tem natureza jurídica e é essencial de Estado? 
Natureza Jurídica Essencial de Estado 
Consiste em uma importante conquista para a 
classe de Delegados de Polícia. Havia alguns 
entendimentos no sentido de que as funções 
desempenhadas pelo Delegado não poderiam ser 
classificadas como jurídicas, considerando que 
seriam atividades materiais de segurança pública, 
conforme previsão do art. 144 da CF/88. 
Tratava-se, contudo, de conclusão muito estreita, 
tendo em vista que o cargo de Delegado de Polícia 
é privativo de bacharel em Direito e muitas das 
funções por ele desempenhadas são atividades de 
aplicação concreta das normas jurídicas aos fatos 
apresentados, como é o caso do indiciamento, da 
O direito (dever) de punir pertence ao Estado. Desse 
modo, o caput do art. 2 seguindo essa premissa, 
dispões expressamente e exclusivamente ao Estado 
as atribuições da autoridade policial, sendo ela a 
responsável pela investigação de infrações penais. 
 
5 https://www.adpego.com.br/legislacao/lei-12-8302013.shtml 
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representação por medidas cautelares e da 
elaboração do relatório.6 
 
Diante do exposto, contemplamos que a lei reconheceu o caráter essencial do Delegado ao Estado, o 
que impossibilita segundo entendimento recente do STF a impossibilidade de greve. O art. 2º menciona ainda 
o caráter exclusivo, ou seja, não poderá existir um delegado policial particular. Atente ainda para o fato de 
ser citado as funções de polícia judiciária, na qual vale relembrar a diferença da polícia administrativa. 
 
#ComoJáCaiuEmProvadeConcurso 
 
1. (Ano: 2016. Banca: CESPE. Órgão: PC-PE. Prova: Delegado de Polícia). Com base nos dispositivos da 
Lei n.º 12.830/2013, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida por delegado de polícia, assinale a 
opção correta. 
a) São de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado as funções de polícia judiciária e a apuração 
de infrações penais pelo delegado de polícia. 
b) A redistribuição ou a avocação de procedimento de investigação criminal poderá ocorrer de forma 
casuística, desde que determinada por superior hierárquico. 
c) A remoção de delegado de polícia de determinada unidade policial somente será motivada se ocorrer de 
uma circunscrição para outra, não incidindo a exigência de motivação nas remoções de delegados de uma 
delegacia para outra no âmbito da mesma localidade. 
d) A decisão final sobre a realização ou não de diligencias no âmbito do inquérito policial pertence 
exclusivamente ao delegado de polícia que preside os autos. 
e) A investigação de crimes é atividade exclusiva das polícias civil e federal. 
 
Gab. A, fundamento art. 2, Lei 12.830/2013. 
 
6. Poderes Requisitórios do Delegado de Polícia 
 
§ 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, 
documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. 
 
 
7. Avocação e Redistribuição 
 
O inquérito policial poderá ser avocado (quando o delegado superior chamar o inquérito para si), ou 
redistribuído para outro delegado, desde que haja um despacho fundamentado com base no interesse público 
ou por inobservância de procedimento do delegado que atua no momento naquele determinado inquérito. 
 Nessa esteira, vejamos: 
 
§ 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto emlei em curso somente poderá ser avocado ou 
redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou 
 
6 https://www.dizerodireito.com.br/2013/06/comentarios-lei-128302013-investigacao.html 
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nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a 
eficácia da investigação. 
 
 Para melhor compreensão do tema, recorremos aos ensinamentos do professor e Juiz Federal, 
Márcio André Lopes. 
No tocante ao Inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, o qual o dispositivo 
legal faz menção, cumpre recordarmos que atualmente, as duas únicas formas típicas de investigação 
criminal previstas em lei e conduzidas por Delegado de Polícia são o inquérito policial e o termo 
circunstanciado. 
 Avocar e redistribuir? 
• Avocar: ocorre quando o superior hierárquico retira o Delegado da condução do IP ou do TC e 
passa ele próprio a dirigir o procedimento. 
• Redistribuir: ocorre quando o superior hierárquico retira o Delegado da condução do IP ou do TC 
e designa outro Delegado para dirigir o procedimento. 
• Superior hierárquico: É definido pela lei orgânica de cada Polícia e pelos demais atos normativos 
internos. 
Em linhas gerais, pode-se apontar o seguinte: 
Polícia Civil: o superior hierárquico com poderes para avocar ou redistribuir os procedimentos é o 
Delegado-Geral. 
Polícia Federal: esta função de superior hierárquico é exercida pelo Superintendente-Regional. 
 
• Instrumento por meio do qual o procedimento pode ser avocado: despacho fundamentado 
exarado pelo superior hierárquico. 
 
Hipóteses nas quais poderá haver a avocação ou a redistribuição: 
a) Motivo de interesse público; 
b) Se o Delegado descumprir os procedimentos previstos em regulamento da corporação que 
prejudique a eficácia da investigação. 
 
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Fonte: https://www.dizerodireito.com.br/2013/06/comentarios-lei-128302013-investigacao.html 
 
8. Remoção do Delegado de Polícia 
 
§ 5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado. 
 
 O § 5º prevê que a remoção somente poderá acontecer mediante ato fundamentado. Sobre o tema, o professor e 
Delegado Henrique Hoffmann explica que só há que se falar em remoção do delegado de polícia de uma 
delegacia a outra se restar inequivocamente demonstrado, mediante detalhada fundamentação, o interesse 
público da medida. Não se trata de favor pessoal, senão de instrumento de preservação da liberdade e 
independência da autoridade policial no exercício da função, que gera reflexos em um dos bens jurídicos 
mais caros ao cidadão, qual seja, a liberdade. 
Corroborando, Eugênio Pacelli7: 
Importante alteração trazida pela Lei 12.830/13 diz respeito à impossibilidade de remoção arbitrária do 
delegado de polícia, o que confere maior transparência e segurança à atividade de investigação. Assim, somente 
por ato fundamentado e por necessidade de serviço, observadas as regras da impessoalidade, é que se poderá 
alterar o exercício das funções do delegado de polícia. De igual modo, exigir-se-á também fundamentação 
específica para a avocação de investigação pelos órgãos superiores da instituição, tudo conforme o disposto no 
artigo 2º, parágrafo 4, Lei 12.830/13. 
 
9. Indiciamento 
 
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise 
técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
 
Indiciar é atribuir formalmente a autoria (ou participação) de uma infração penal a uma pessoa. 
Apontar uma pessoa como provável autora ou partícipe de um delito. Esse indiciamento é EXCLUSIVO do 
delegado de polícia, o MP não poderá fazer ou mandar fazer. 
O indiciamento é o ato da autoridade policial pelo qual o presidente do inquérito (Delegado de Polícia) 
conclui haver suficientes indícios de autoria, ou seja, circunstâncias relacionadas com o fato delituoso que 
possibilitam a construção de hipóteses sobre a autoria e demais aspectos do delito. Segundo o Código de 
Processo Penal brasileiro, em seu art. 239, considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, 
tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias. 
 
7 OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. São Paulo: Atlas, 2015, p. 57. 
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Nas palavras do prof. Luiz Flávio Gomes “o indiciamento é ato exclusivo de polícia judiciária, o qual 
consiste na exteriorização do convencimento da autoridade sobre a autoria da infração. Quando a autoridade 
reúne elementos probatórios suficientes, procede então ao indiciamento”. 
No que tange ao indiciamento ainda, conceitua o professor Nestor Távora e Rosmar Rodrigues 
Alencar (pág. 186, 2020): 
Indiciamento é a informação ao suposto autor a respeito do fato objeto das investigações. É a 
cientificação ao suspeito de que ele passa a ser o principal foco do inquérito. Saímos do juízo de 
possibilidade para o de probabilidade e as investigações são centradas em pessoa determinada. 
Logo, só cabe falar em indiciamento se houver um lastro mínimo de prova vinculando o suspeito 
à prática delitiva, o que se faz após análise técnico-jurídica do fato, indicando-se autoria, 
materialidade e circunstâncias, como dispõe a Lei no 12.830/2013. Deve a autoridade policial 
deixar clara a situação doindivíduo, informando-lhe a condição de indiciado sempre que existam 
elementos para tanto. O indiciamento não pode se consubstanciar em ato de arbítrio. Se feito sem 
lastro mínimo, é ilegal, dando ensejo à impetração de habeas corpus para ilidi-lo ou até mesmo 
para trancar o inquérito policial iniciado. 
 
 
O indiciamento nos termos da Lei n. 12.830/2013 é ato privativo do Delegado de Polícia. 
Corroborando ao exposto, explica o prof. Márcio André (Dizer o Direito) que a doutrina sempre explicou 
que o indiciamento é um ato privativo da autoridade policial (Delegado de Polícia). Essa característica foi 
reforçada recentemente pela Lei n.° 12.830/2013, que previu no § 6º do art. 2º a seguinte regra: 
 
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante 
análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
 Dessa forma, sendo o ato de indiciamento privativo do Delegado de Polícia, é equivocado e 
inadmissível que o juiz, o membro do Ministério Público ou a CPI requisitem o indiciamento de qualquer 
suspeito. Esse era o entendimento da doutrina antes da Lei e que agora é reforçado com o § 6º acima 
transcrito. Confira o que há anos já ensinava Nucci: 
“(...) não cabe ao promotor ou ao juiz exigir, através de requisição, que alguém seja indiciado 
pela autoridade policial, porque seria o mesmo que demandar à força que o presidente do 
inquérito conclua ser aquele o autor do delito. Ora, querendo, pode o promotor denunciar 
qualquer suspeito envolvido na investigação criminal (...)” (NUCCI, Guilherme de Souza. 
Manual de Processo Penal e execução penal. São Paulo: RT, 2006, p. 139). 
 
Nesse sentido é, inclusive, o entendimento da Jurisprudência: 
O magistrado não pode requisitar o indiciamento em investigação criminal. Isso porque o 
indiciamento constitui atribuição exclusiva da autoridade policial. 
É por meio do indiciamento que a autoridade policial aponta determinada pessoa como a autora 
do ilícito em apuração. Por se tratar de medida ínsita à fase investigatória, por meio da qual o 
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delegado de polícia externa o seu convencimento sobre a autoria dos fatos apurados, não se 
admite que seja requerida ou determinada pelo magistrado, já que tal procedimento obrigaria o 
presidente do inquérito à conclusão de que determinado indivíduo seria o responsável pela 
prática criminosa, em nítida violação ao sistema acusatório adotado pelo ordenamento jurídico 
pátrio. 
Nesse mesmo sentido é a inteligência do art. 2º, § 6º, da Lei 12.830/2013, que afirma que o 
indiciamento é ato inserto na esfera de atribuições da polícia judiciária. 
STJ. 5ª Turma. RHC 47984-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 4/11/2014 (Info 552). 
STF. 2ª Turma. HC 115015/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 27/8/2013 (Info 717). 
 
 Em virtude de suas consequências, o indiciamento exige motivação (ato fundamento). Nesse 
sentido, preceitua Nucci8 (2020): 
Indiciado é a pessoa eleita pelo Estado-investigação, dentro da sua convicção, como autora da 
infração penal. Ser indiciado, isto é, apontado como autor do crime pelos indícios colhidos no 
inquérito policial, implica um constrangimento natural, pois a folha de antecedentes receberá a 
informação, tornando-se permanente, ainda que o inquérito seja, posteriormente, arquivado. 
Assim, o indiciamento não é um ato discricionário da autoridade policial, devendo basear-
se em provas suficientes para isso. 
 
E qual seria o momento do indiciamento? Conforme a doutrina e o entendimento da Jurisprudência, 
o ato de indiciamento poderá ocorrer já no auto de prisão em flagrante até o relatório final do delegado de 
polícia. Contudo, uma vez recebida a peça acusatória, não será mais possível o indiciamento, já que se trata 
de ato próprio da fase investigatória. 
Nessa esteira, os Tribunais Superiores têm considerado que o indiciamento formal após o recebimento 
da denúncia é causa de ilegal e desnecessário constrangimento à liberdade de locomoção, visto que não se 
justifica mais tal procedimento, próprio da fase inquisitorial. 
Nesse sentido, proclama o prof. Luiz Flávio Gomes 9(LFG): 
O indiciamento do acusado, determinado pelo juiz, depois ou mesmo no ato do recebimento da 
denúncia é ato ilegal. É constrangimento inútil. Esse ato do juiz, ao exorbitar as margens do 
direito vigente, transforma o acusado em vítima da “máquina judiciária”. 
Essa é a orientação do Tribunal da Cidadania (STJ), que restou consignada no julgamento do HC 
165.600 – SP relatado pelo Ministro Napoleão Nunes Maia Filho. 
Embora não haja previsão expressa sobre o indiciamento no Código de Processo Penal, é cediço 
que se trata de ato por meio do qual se atribui a alguém a condição de provável autor ou partícipe 
de uma infração penal em determinado procedimento investigatório. 
No julgado em comento, o Ministro relator concedeu a ordem ao paciente seguindo orientação 
da jurisprudência do STJ, segundo a qual o indiciamento formal após o recebimento da denúncia 
é tão desnecessário quanto ilegal; o indiciamento determinado pelo magistrado constitui 
 
8 Nucci, Guilherme de Souza. Curso de direito processual penal / Guilherme de Souza Nucci. – 17. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 
2020. 
9 https://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121823605/indiciamento-depois-da-denuncia-ato-ilegal 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: Leonardo - CPF: 006.536.571-29Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Fernando - CPF: 989.650.852-68Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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constrangimento desnecessário à liberdade de locomoção do acusado. Não tem outro escopo 
senão o de “punir” desnecessariamente o acusado que, com este ato, é tratado como se fosse um 
“inimigo” (uma não pessoa). 
A doutrina também orienta neste sentido. De acordo com Norberto Avena, o indiciamento é ato 
privativo da autoridade policial, logo não há interesse (legitimidade) do juiz em decretar o 
indiciamento do acusado após a denúncia. Em suas lições: descabe o indiciamento após o 
recebimento da denúncia, pois se trata de ato próprio da fase inquisitorial, o que torna imprópria 
a sua efetivação quando já instaurado o processo penal (AVENA, Norberto. Processo penal 
esquematizado. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2010.). 
 
 
10. Cargo privativo de bacharel em Direito e Tratamento protocolar 
 
Em sequência, o art. 3 da Lei no 12.830/2013 prevêque o cargo de Delegado de Polícia deve ser 
privativo de bacharel em Direito. Desta forma o legislador reconheceu e reafirmou que as funções de polícia 
judiciária e a apuração das infrações penais são de natureza jurídica. 
Para além da exigência de ser bacharel em Direito, o art. 3º fez constar a exigência que seja dado aos 
Delegados de Polícia o mesmo tratamento a outros membros de carreira jurídica, ou seja, a utilização de 
tratamento protocolar protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do 
Ministério Público e os advogados. 
Vejamos: 
Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o 
mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do 
Ministério Público e os advogados. 
 Diante do exposto, contemplamos que o legislador buscou reconhecer e equiparar as funções, de 
modo a exigir o mesmo tratamento dispensado entre os referidos membros, isso porque todos correspondem 
a atividades de natureza jurídica, razão pela qual devem ser tratados igualmente. 
 Corroborando 10: 
Interpretendo-se de forma sistêmica os artigos 2º e 3º da Lei nº 12.830/2013, podemos concluir que a expressão 
“tratamento protocolar”, mais do que uma remissão ao pronome de tratamento que deve ser utilizado nos 
documentos e correspondências dirigidos aos Delegados de Polícia, busca nortear a forma como devem ser 
tratadas tais autoridades em outros atos oficiais ou solenes relativos às funções por eles desempenhadas, tendo 
como parâmetro a legislação relativa aos magistrados[ii], promotores[iii], defensores públicos[iv] e 
advogados[v]. 
 
#ComoJáCaiuEmProvadeConcurso 
 
9. (Ano: 2017. Banca: IBADE. Órgão: PC-AC. Prova: Delegado de Polícia Civil). No que tange à 
investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia (Lei n° 12.830/2013), assinale a alternativa 
correta. 
 
10 https://jus.com.br/artigos/24829/a-lei-n-12-830-2013-e-o-tratamento-protocolar-dispensado-ao-delegado-de-policia 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: Leonardo - CPF: 006.536.571-29Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Fernando - CPF: 989.650.852-68Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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a) As funções de policia judiciária bem como a administrativa e a apuração de infrações penais exercidas 
pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. 
b) O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo 
tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério 
Público e os advogados. 
c) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, desde que autorizada 
pela autoridade judiciária. 
d) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado, exceto nos casos previstos em 
lei. 
e) O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso poderá ser avocado ou redistribuído 
por superior hierárquico, independentemente de despacho fundamentado. 
 
Gab. B, fundamento art. 3º. 
 
11. Legislação 
 
Prezado candidato, ao estudarmos a Lei n. 12.830/2013 contemplamos que o teor das questões é 
respondida predominantemente com o texto da legislação. Desse modo, reforçamos a necessidade de uma 
leitura atenciosa e repetida da legislação (lei seca). 
Desse modo, segue o referido texto para leitura: 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. 
Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são 
de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. 
§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por 
meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das 
circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. 
§ 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, 
documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. 
§ 3º (VETADO). 
§ 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou 
redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou 
nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a 
eficácia da investigação. 
§ 5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado. 
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-
jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo 
tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público 
e os advogados. 
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: Leonardo - CPF: 006.536.571-29Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Fernando - CPF: 989.650.852-68Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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12. Já Caiu. Vamos Treinar? 
 
1. (Ano: 2016. Banca: CESPE. Órgão: PC-PE. Prova: Delegado de Polícia). Com base nos dispositivos da 
Lei n.º 12.830/2013, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida por delegado de polícia, assinale 
a opção correta. 
 a) São de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado as funções de polícia judiciária e a apuração de 
infrações penais pelo delegado de polícia. 
b) A redistribuição ou a avocação de procedimento de investigação criminal poderá ocorrer de forma casuística, 
desde que determinada por superior hierárquico. 
c) A remoção de delegado de polícia de determinada unidade policial somente será motivada se ocorrer de uma 
circunscrição para outra, não incidindo a exigência de motivação nas remoções de delegados de uma delegacia 
para outra no âmbito da mesma localidade. 
d) A decisão final sobre a realização ou não de diligencias no âmbito do inquérito policial pertence 
exclusivamente ao delegado de polícia que preside os autos. 
e) A investigação de crimes é atividade exclusiva das polícias civil e federal. 
 
2. (Ano: 2016. Banca: FUNCAB. Órgão: PC-PA. Prova: Delegado de Policia Civil). A Lei n° 12.830, de 
2013, dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. Sobre o tema, é correto 
afirmar que: 
a) o indiciamento é ato privativo de delegado,que deve fundamentá-lo através de análise técnico-jurídica do 
fato, indicando autoria e materialidade, bem como suas circunstâncias. 
b) apenas bacharéis em direito podem ocupar o cargo de delegado de polícia, ao qual deverá ser dispensado o 
mesmo tratamento protocolar dispensado a advogados, defensores públicos e promotores de Justiça, ressalvado 
o tratamento reservado a magistrados. 
c) a lei especifica que a perícia criminal deve ser independente, não se sujeitando a requisições formuladas pelo 
delegado de polícia. 
d) o inquérito policial somente poderá ser avocado e redistribuído pelas corregedorias de polícia, por motivo de 
interesse público. 
e) o delegado goza de inamovibilidade limitada, podendo sua remoção se dar apenas a pedido ou por decisão 
judicial transitada em julgado. 
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3. (Ano: 2017. Banca: IBADE. Órgão: PC-AC. Prova: Agente de Polícia Civil). Acerca da Lei n° 
12.830/2013, a qual dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, assinale a 
alternativa correta, 
a) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por 
meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das 
circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações administrativas. 
b) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-
jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
c) A remoção do delegado de polida independe de ato fundamentado. 
d) O inquérito policial não poderá ser avocado. ainda que por motivo de interesse público mediante 
fundamentação do superior hierárquico. 
e) Durante o processo criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e 
dados que interessem à apuração dos fatos. 
 
4. (Ano: 2016. Banca: FUNCAB. Órgão: PC-PA. Prova: Investigador de Policia Civil). Quanto à 
investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, nos termos da Lei n° 12.830 de 2013, é correto 
afirmar que: 
a) o indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-
jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
b) o cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento 
protocolar que recebem os membros do magistério superior, os oficiais superiores das forças armadas e oficiais 
das polícias militares. 
c) as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de 
natureza política, essenciais e exclusivas de Estado. 
d) o inquérito policial em curso poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, sem a necessidade 
de motivação. 
e) ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal através 
apenas do inquérito policial, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria 
das infrações penais, não se admitindo outro procedimento previsto em lei como meio. 
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5. (Ano: 2014. Banca: ACAFE. Órgão: PC-SC. Prova: Delegado de Polícia). De acordo com o Código de 
Processo Penal e Lei 12.830/13, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo Delegado de 
Polícia, assinale a alternativa correta. 
a) Ninguém será recolhido à prisão sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, exceto 
por ordem expressa do Delegado de Polícia, com a entrega de cópia assinada pelo executor, devendo ser passado 
recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora. 
b) O indiciamento, privativo do Ministério Público, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-
jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
c) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente a requerimento deste, pois possui a garantia constitucional 
da inamobilidade. 
d) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por 
meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das 
circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. 
e) Em até 48 (quarenta e oito) horas após a realização da prisão será encaminhado ao juiz competente o auto de 
prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria 
Pública. 
 
6. (Ano: 2014. Banca: MPE-SC. Órgão: MPE-SC. Prova: Promotor de Justiça – Matutina). 
Ao dispor sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, a Lei n. 12.830/2013 determinou 
que o inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou 
redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas 
hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia 
da investigação. 
 
7. (Ano: 2016. Banca: CESPE. Órgão: PC-PE. Prova: Escrivão de Polícia). Com base no disposto na Lei 
de Investigação Criminal (Lei n.º 12.830/2013), assinale a opção correta. 
a) Exigido o indiciamento por meio de requisição do Ministério Público, o delegado de polícia ficará dispensado 
de fundamentá-lo. 
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Direito Administrativo – De 
na Súmula!!!b) O indiciamento realiza-se mediante análise técnico-jurídica do fato, devendo indicar pelo menos a 
materialidade do crime se a autoria permanecer incerta. 
c) O indiciamento é ato obrigatório para a conclusão do inquérito policial e necessário para o oferecimento da 
denúncia. 
d) A apuração de infrações penais realizada por delegado de polícia por meio de inquérito policial é de natureza 
administrativa, dada a ausência de contraditório. 
e) Cabe ao delegado de polícia, durante a investigação criminal, a requisição de perícias e informações que 
interessem à apuração do fato. 
 
8. (Ano: 2014. Banca: IBFC. Órgão: PC-RJ. Prova: Papiloscopista Policial de 3ª Classe). Sobre a Lei nº 
12.830/2013, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, assinale a 
alternativa correta: 
a) As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de 
natureza jurídica e essenciais, porém, não exclusivas de Estado. 
b) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal somente 
por meio de inquérito policial, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da 
autoria das infrações penais. 
c) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia representar ao juiz para a realização de perícias, 
obtenção de informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. 
d) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado. 
e) Em nenhuma hipótese, o inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso poderá ser avocado 
ou redistribuído por superior hierárquico. 
 
9. (Ano: 2017. Banca: IBADE. Órgão: PC-AC. Prova: Delegado de Polícia Civil). No que tange à 
investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia (Lei n° 12.830/2013), assinale a alternativa 
correta. 
a) As funções de policia judiciária bem como a administrativa e a apuração de infrações penais exercidas pelo 
delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. 
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b) O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo 
tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público 
e os advogados. 
c) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, desde que autorizada 
pela autoridade judiciária. 
d) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado, exceto nos casos previstos em lei. 
e) O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso poderá ser avocado ou redistribuído por 
superior hierárquico, independentemente de despacho fundamentado. 
 
10. (Ano: 2017. Banca: IBADE. Órgão: PC-AC. Prova: Auxiliar de Necropsia). Acerca da Lei n° 
12.830/2013, a qual dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, assinale a 
alternativa correta, 
a) O inquérito policial não poderá ser avocado. ainda que por motivo de interesse público mediante 
fundamentação do superior hierárquico. 
b) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por 
meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das 
circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações administrativas. 
c) Durante o processo criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e 
dados que interessem à apuração dos fatos. 
d) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-
jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
e) A remoção do delegado de polida independe de ato fundamentado. 
 
Gabarito 
1 – A; 2 – A; 3 – B; 4 – A; 5 – D; 6 – C; 7 – E; 8 – D; 9 – B; 10 – D. 
As questões acima foram extraídas da plataforma de questões QConcursos <www.qconcursos.com.br>, o qual 
tem de base questões de provas anteriores. 
 
 
 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: Leonardo - CPF: 006.536.571-29Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Fernando - CPF: 989.650.852-68Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84
 
 
 
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13. Referências Bibliográficas 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12830.htm 
 
https://www.adpego.com.br/legislacao/lei-12-8302013.shtml <acesso em: 16/05/2020> 
 
https://jus.com.br/artigos/24829/a-lei-n-12-830-2013-e-o-tratamento-protocolar-dispensado-ao-delegado-
de-policia <acesso em: 16/05/2020> 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/PEC_37 <acesso em: 16/05/2020> 
 
Avena, Norberto. Processo penal / Norberto Avena. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 
São Paulo: MÉTODO, 2018. 
 
Távora, Nestor. Curso de direito processual penal/ Nestor Távora, Rosmar Rodrigues Alencar – 15. ed. 
Reestrut. Revis e atual. – Salvador: Ed. Juspodivm, 2020. 
 
Disponível em: < https://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121823605/indiciamento-depois-da-
denuncia-ato-ilegal >Acesso em 22/05/2020. 
 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Indiciamento é atribuição exclusiva da autoridade policial. 
Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: < 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/d860edd1dd83b36f02ce52bde626c653 
>. Acesso em: 22/06/2020 
 
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Indiciamento#Bibliografia> Acesso em 22/05/2020. 
 
< https://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121928533/em-que-consiste-o-indiciamento-e-a-
identificacao > Acesso em 22/05/2020. 
 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Ministério Público pode realizar diretamente a investigação de 
crimes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: < 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/05a5cf06982ba7892ed2a6d38fe832d6>. 
Acesso em: 22/06/2020. 
 
Inamovibilidade é prerrogativa do delegado e garantia do cidadão. <https://www.conjur.com.br/2015-
out-27/academia-policia-inamovibilidade-prerrogativa-delegado-garantia-cidadao#_ftn8 >. Acesso em: 
22/06/2020. 
 
Comentários à Lei 12.830/2013 (investigação criminal conduzida por Delegado de Polícia). Disponível 
em < https://www.dizerodireito.com.br/2013/06/comentarios-lei-128302013-investigacao.html >. Acesso 
em: 22/06/2020. 
 
Nucci, Guilherme de Souza. Curso de direito processual penal / Guilherme de Souza Nucci. – 17. ed. – 
Rio deJaneiro: Forense, 2020. 
 
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. São Paulo: Atlas, 2015. 
Licenciado para: Rafael Henrique - CPF: 756.450.681-49Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: Alfeu - CPF: 306.413.248-20Licenciado para: RAFAEL - CPF: 054.354.014-61Licenciado para: Gustavo - CPF: 024.365.651-39Licenciado para: Leonardo - CPF: 006.536.571-29Licenciado para: DAVISON - CPF: 804.714.713-72Licenciado para: Lássia - CPF: 050.305.411-95Licenciado para: Daniel - CPF: 017.755.301-40Licenciado para: Luiz Fernando - CPF: 102.072.007-77Licenciado para: Elislaine - CPF: 104.122.226-20Licenciado para: Fernando - CPF: 989.650.852-68Licenciado para: Leonardo - CPF: 016.605.483-65Licenciado para: Alexandre - CPF: 279.621.338-21Licenciado para: Camila - CPF: 116.884.377-46Licenciado para: Heloisa - CPF: 424.367.908-84

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