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Biossíntese de carboidratos Aula – Bioquímica Vias de biossíntese O catabolismo e o anabolismo ocorrem em um equilíbrio dinâmico A via de síntese de uma biomolécula geralmente é diferente da via de degradação Quando há passos em comum, sempre há pelo menos uma etapa exclusiva de cada processo As vias exclusivas são utilizadas como pontos de regulação (a regulação geralmente é feita nos passos iniciais) Os processos anabólicos geralmente consomem energia (ocorrem mesmo contra um gradiente de concentração) Gliconeogênese A gliconeogênese é uma via universal Nos animais ocorre principalmente no fígado Os precursores mais importantes são: Piruvato Lactato Glicerol Aminoácidos Processo de formação da glicose a partir de hexoses precursoras Gliconeogênese A principal via de gliconeogênese é a conversão de piruvato em glicose Sete reações do processo são inversões da glicólise Os outros três passos são etapas irreversíveis, de modo que as inversões são inviáveis (vias exclusivas) Glicose → Glicose-6-fosfato Frutose-6-fosfato → Frutose-1,6-bifosfato Fosfoenolpiruvato → piruvato As vias exclusivas da gliconeogênese são chamados de vias de contorno Gliconeogênese Gliconeogênese Gliconeogênese Vias de contorno 1ªVia: Piruvato → Fosfoenolpiruvato Envolve reações na mitocôndria e no citossol O piruvato é transportado para a mitocôndria Na mitocôndria o piruvato é convertido em oxaloacetato Vias de contorno Em seguida o oxaloacetato é reduzido à malato O malato é exportado de volta para o citossol e novamente convertido (oxidado) em oxaloacetato A oxidação do malato gera NADHs para o citossol (a concentração de NADHs no citossol é mais baixa que na mitocôndria) Vias de contorno No citossol o oxaloacetato é convertido em fosfoenolpiruvato Vias de contorno Resumo da 1ª via de contorno Via de contorno com lactato O lactato é o resíduo da glicólise nos ertrócitos e músculos A via de conversão de lactato em fosfoenolpiruvato (PEP) é mais simples A fase doadora de NADH é inicial O PEP é formado ainda na mitocôndria e não envolve a formação de malato Reações comuns à glicólise As próximas cinco etapas envolvem reações comuns à glicólise (em sentido reverso) Reações comuns à glicólise Vias de contorno 2ª Via: Frutose-1,6-bifosfato→Frutose-6-fosfato Nesta fase ocorre a hidrólise irreversível do fosfato do carbono C-1 Não há utilização do Pi para formação de ATP Vias de contorno 3ª Via: Glicose-6-fosfato→Glicose Reação final da gliconeogênese A desfosforilação glicose-6-fosfato também não gera ATP Envolve a hidrólise do grupo fosfato do carbono C-6 Visão geral de gliconeogênese Fase de contorno I Visão geral de gliconeogênese Fase de reações comuns à glicólise e gliconeogênese Visão geral de gliconeogênese Fases de contorno II e III Visão geral de gliconeogênese O processo geral é energeticamente custoso Demais fontes de carboidratos O piruvato não é a única fonte de carboidratos para produzir glicose Todos os intermediários do ácido cítrico podem entrar na via de gliconeogênese (entram como oxaloacetato) Os aminoácidos são convertidos em piruvato ou outro intermediário Os aminoácidos que são convertidos em glicose são chamados de aminoácidos glicogênicos A alanina e a glutamina são os mais importantes pois são transportadores de grupos amino para o fígado Demais fontes de carboidratos Aminoácidos glicogênicos Ciclos fúteis São reações nas quais o substrato de uma é o produto da outra A soma das reações gera um gasto de ATPs sem a formação de novas moléculas Há apenas a geração de calor (importante para animais) Regulação da gliconeogênese As vias glicolíticas e de gliconeogênese são reguladas recíprocamente Isto evita a ocorrência de ciclos fúteis naturais Os pontos de regulação são exatamente os pontos de contorno, onde há reações exclusivas Piruvato → Oxaloacetato Frutose-1,6-bifosfato → Frutose-6-fosfato Regulação da gliconeogênese 1º Ponto de regulação: destino do piruvato O piruvato é convertido em oxaloacetato pela piruvato carboxilase Esta enzima é modulada positivamente pelo acetil-CoA ↑ glicólise ↑Acetil-CoA Estimula piruvato carboxilase ↑ piruvato →oxaloacetato ↓ piruvato → Acetil-CoA ↓ glicólise Regulação da gliconeogênese 2º Ponto de regulação: hidrólise da Frutose-1,6-fosfato Esta reação é catalisada pela frutose-1,6-bifosfatase que é inibida pela AMP A reação glicolítica inversa é catalisada pela fosfofrutoquinase-1 que é estimulada pela AMP e ADP e inibida por citrato e ATP ↑ glicólise ↑Acetil-CoA ↑ citrato Inibição de fosfofrutoquinase-1 ↓ piruvato → Acetil-CoA ↓ glicólise Biossíntese do glicopolímeros A glicose em excesso é convertida em formas poliméricas de estocagem Glicogênio Amido Nos vegetais a glicose é convertida em sacarose para transporte via floema Nos insetos glicose é convertida me trealose para transporte Biossíntese de glicopolímeros A biossíntese dos glicopolímeros envolve a adição de moléculas de glicose às extremidades A adição destas moléculas é obtida através de moléculas transportadoras chamadas nucleotídeos de açúcar No caso do glicogênio o nucleotídeo é o UDP que se liga à glicose para formar a UDP-glicose No caso do amido o nucleotídeo é o ADP formando a ADP-glicose Biossíntese de glicopolímeros Formação do nucleotídeo de açúcar Biossíntese do glicogênio O ponto de início da síntese do glicogênio é a glicose-6- fosfato A glicose-6-fosfato é fosforilada com o consumo de ATP Em seguida a glicose-6-fosfato é transformada em glicose-1- fosfato Biossíntese do glicogênio A glicose-1-fosfato é combinada à UTP para formar a UDP-glicose Biossíntese do glicogênio A glicose é adicionada à uma cadeia crescente de glicogênio A UDP-glicose doa a sua glicose apenas para cadeias com mais de 8 resíduos de glicose A enzima que realiza a ligação glicosídica (α1→4) é a glicogênio sintetase A cadeia inicial é polimerizada pela enzima glicogenina que forma um complexo com a glicogênio sintetase Biossíntese do glicogênio Iniciação das cadeias Biossíntese do glicogênio Adição de glicoses à cadeia crescente de glicogênio Biossíntese do glicogênio A adição das ramificações é realizada por enzimas especiais As amilo (α1→4) (α1→6) transglicosilase ou glicosil (4→6) transferase cria ramificações nas cadeias principais Cliva a cadeia principal e liga em pontos distintos por ligações α1→6 Biossíntese do amido A biossíntese do amido tem processos similares ao do glicogênio, mas com transportadores diferentes O transportador de glicoses no amido é a ADP-glicose Os vegetais também possem enzimas que polimerizam as cadeias (amido sintetases) e enzimas ramificadoras Biossíntese do amido Biossíntese da sacarose A sacarose é criada pela adição da glicose à molécula de frutose-6-fosfato A glicose é adicionada pela UDP-glicose Biossíntese da lactose A lactose é criada pela ligação de uma galactose à uma molécula de glicose A UDP-galactose transporta a galactose até a glicose A união é catalisada pela galactosil-transferase A galactosil-transferase atua normalmente na síntese de glicoproteínas, ligando a UPD-galactose à N-acetil-D-glicosamina Nas glândulas mamárias, a galactosil-transferase em associação com a α-lactalbumina, liga UPD-galactose à glicose Biossíntese da lactose
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