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MODULO 1 
Ciência e o conhecimento 
científico, características 
O que é Ciência? 
Todo conhecimento que tem um objeto de estudo definido. 
Diferente do senso comum, a ciência deve ser baseada em fatos 
observados de forma objetiva e comprovados através de um 
método ou um caminho para chegar a uma conclusão que por sua 
vez, não deverá ser considerada uma verdade absoluta, pois todo 
conhecimento é dinâmico e evolui. 
O conhecimento científico é racional, sistemático, exato e 
verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de 
verificação baseados na metodologia científica. 
 
O Método Científico e suas Etapas: 
O método pelo qual o conhecimento científico se dá e evolui é 
chamado de método científico. 
Assim, o “método científico é a lógica da justificação”. Utilizada 
para validar hipóteses, leis e teorias. 
 
Etapas da Método Científico: 
• Observação; 
• Construção de Hipóteses (“palpite”); 
• Experimentação; 
• Resultados; 
• Conclusão. 
 
O Trabalho Científico, tipos e como deve ser dividido: 
Os trabalhos científicos acompanham a vida acadêmica de todo 
pesquisador ou estudante e saber qual gênero utilizar em cada 
situação é essencial para produzir o texto adequado. Seja para 
uma disciplina ou para a conclusão de uma pós-graduação. 
Conhecer os diferentes tipos de trabalhos científicos, 
denominados também de GÊNEROS ACADÊMICOS, para poder 
auxiliar também quem deseja submeter a uma revista científica 
por exemplo. 
Os tipos mais comuns de trabalhos científicos: 
• Resumo; 
• Pôster Acadêmico; 
• Resenha; 
• Relatório; 
• Artigo Científico; 
• Monografia; 
• Dissertação; 
• Tese. 
 
Etapas de um Trabalho Científico: 
1. Formulação do Problema da Pesquisa; 
2. Revisão da Literatura; 
3. Definição dos Métodos para Aplicação da Pesquisa; 
4. Coleta de Dados; 
5. Análise e Interpretação dos Dados. 
 
Por que a ciência se difere do senso comum? 
C) Porque deve ser baseada em fatos de forma objetiva e comprovados 
através de um método. 
Assinale a alternativa falsa: 
E) Sobre as etapas de um trabalho científico, a definição dos métodos para 
aplicação da pesquisa vem após a coleta de dados. 
Que cuidados o autor precisa ter no momento de produzir seu trabalho 
científico? 
C) Escolha um tema que seja mais familiar a pesquisa e que o estudo. 
 
Parte 2 – a parte textual 
O Trabalho Científico e a 
Parte Textual 
1. As Partes de um trabalho Científico: 
O Trabalho Científico é dividido em 3 partes: preliminar; textual e 
pós textual. 
 
Parte Preliminar 
• Capa (obrigatório); 
• Folha de Rosto; 
• Errata (opcional); 
• Termo de aprovação (obrigatório); 
• Dedicatória (opcional); 
• Agradecimentos (opcional); 
• Epígrafe (opcional); 
• Resumo (Português) e Abstract (Inglês) (obrigatório); 
• Listas (opcional); 
• Sumário. 
 
Parte Textual 
• Introdução; 
• (Relevância do Tema / Problema / Objetivos); 
• Revisão de literatura (Referencial Teórico); 
• Hipóteses; 
• Métodos; 
• Resultado; 
• Discussão e Análise dos Resultados; 
• Conclusão. 
 
Parte Pós Textual 
• Referência Bibliográfica (obrigatório); 
• Apêndice (opcional); 
• Anexo (opcional); 
• Índice (opcional). 
 
2. Conceito sobre Introdução: 
Parte textual que deixa claro o conteúdo da pesquisa, o propósito 
do trabalho, de forma objetiva e que ao mesmo tempo, facilite a 
compreensão do documento que sera aprofundado. 
 
Etapas da Introdução, segundo Acevedo e Nohara (2010): 
I.Apresentação do assunto: “o presente trabalho trata ..., a 
presente pesquisa trata,...”; 
II. Importância ou justificativa do assunto: é o momento em que o 
autor defende a importância da sua pesquisa tem a oportunidade 
de convencer o leitor de que vale a pena estudar o assunto 
(ACEVEDO e NOHARA, 2010); 
III. Problema a ser investigado: definir o problema, significa 
especificá-lo em detalhes precisos e exatos, devendo haver 
clareza, concisão e objetividade. O problema de pesquisa deve 
ser analisado sob os seguintes aspectos: viabilidade, relevância, 
novidade, exequidade e oportunidade. O problema de pesquisa é 
a parte mais importante do trabalho, pois é a pergunta a que se 
pretende responder após a investigação; 
IV. Objetivos do estudo: dividido entre Geral e Específicos. Geral, 
refere-se ao que se pretende alcançar com a pesquisa e deste 
modo está diretamente vinculado ao problema de pesquisa. 
Específicos, Representam os passos para se alcançar ao objetivo 
geral. 
 
3.Conceito de Hipótese: 
Segundo Gil (1999), a hipótese é uma suposta resposta ao 
problema a ser investigado. O papel fundamental da hipótese na 
pesquisa é sugerir explicações para os fatos. Podem ser a 
solução para o problema, podem ser verdadeiras ou falsas, mas 
sempre que bem elaboradas, conduzem à verificação empírica, 
que é o propósito da pesquisa científica. 
 
4. Dicas para Elaboração da Hipótese: 
• Ser conceitualmente clara; ser específica; ter referências 
empíricas: palavras como bom, mau, deve, deveria, geralmente, 
boa qualidade, menor preço, não conduzem à verificação 
empírica (observação); 
• Ser simples, definição cuidadosa, sem conclusões formadas; 
• Estar relacionada com técnicas disponíveis (coleta de dados); 
• Estar relacionada com uma teoria. 
• Assinale a alternativa falsa: 
e) A Introdução do trabalho é a parte do trabalho com pouca relevância, pois 
de forma bem sucinta e generalista aborda o assunto que será exposto no 
referencial bibliográfico 
O Problema da Pesquisa é: 
c) A parte mais importante do trabalho, pois é a pergunta a que se pretende 
responder após a investigação. 
Quanto à formulação das hipóteses, pode-se afirmar que: 
a) Podem ser a solução para o problema, podem ser verdadeiras ou falsas, mas 
sempre que bem elaboradas, conduzem à verificação empírica, que é o 
propósito da pesquisa científica. 
 
Parte 3 – a parte textual II 
A Organização do 
Trabalho de Pesquisa 
1. A Metodologia da Pesquisa a ser Utilizada: 
 
O QUE É UMA PESQUISA? 
Pesquisar é procurar respostas para inquietações, ou para um 
problema. É uma atividade voltada para a solução de problemas 
teóricos ou práticos com o emprego de processos científicos. 
A Metodologia da Pesquisa é um processo sistemático de 
produção de um método científico. Pode ser definida pelo Tipo 
(Natureza e Abordagens); Procedimentos Técnicos; Quanto aos 
Objetivos, Níveis e Resultados da Pesquisa. 
 
TIPOS DE PESQUISA: 
• Quanto à Natureza 
Básica: gerar conhecimentos novos e úteis para ciência sem 
aplicação prática prevista. Investigação de fenômenos físicos e 
seus fundamentos. Ex.: o físico Bohr e a Estrutura dos Átomos e 
da Física Quântica 
Aplicada: gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à 
solução de problemas específicos. Utiliza-se dos conhecimentos 
obtidos pela pesquisa básica para solucionar ações concretas e 
os problemas existentes. Ex.: Thomas Edson e criação e a luz 
elétrica. 
 
• Quanto à Abordagem 
Quantitativa: traduz números em opiniões e informações. Utiliza 
métodos estatísticos. 
Qualitativa: É descritiva. Considera a existência de um mundo 
real e o participante. 
 
Quantitativa X Qualitativa: 
 
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS: 
Pesquisa Bibliográfica: explica um problema a partir de 
referências teóricas publicadas em documentos; base em livros e 
periódicos científicos; busca conhecer e analisar as contribuições 
culturais ou científicas do passado existentes sobre um 
determinado assunto, tema ou problema; procedimento básico 
para estudos monográficos; 
Pesquisa Documental: a partir de material não analisados; 
assemelha-se à pesquisa bibliográfica, todavia as fontes que a 
constituem são documentos; 
Pesquisa Experimental: consiste em determinar um objeto de 
estudo e selecionar as variáveis que seriam capazes de 
influenciá-lo, definindo as formas de controle e de observação dos 
efeitos que a variável produzno objeto em condições 
determinadas. Pretende dizer de que modo ou por que causas o 
fenômeno é produzido; 
Pesquisa de Levantamento (Surveys): caracteriza-se pela 
interrogação direta das pessoas, cuja opinião se quer conhecer; 
conhecimento direto da realidade, economia e 
rapidez, quantificação. Faz uso de questionário / formulário de 
pesquisa; 
Pesquisa de Estudo de Campo: assemelha-se ao levantamento, 
mas são mais aprofundados, apresenta maior flexibilidade, 
podendo ter seus objetivos reformulados ao longo do processo de 
pesquisa; 
Pesquisa de Estudo de Caso: estudo aplicado, aprofundado e 
exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o 
seu conhecimento amplo e detalhado; 
Pesquisa-Ação: resolução de um problema coletivo. 
Pesquisa Participante: interação entre pesquisadores e 
membros das situações investigadas; 
Pesquisa Etnográfica: documenta e analisa aspectos culturais, 
específicos do processo comunicativo (verbal e não-verbal), bem 
como contextualiza este processo na cultura do grupo social onde 
ele ocorre. 
 
OBJETIVOS / NÍVEIS: 
Pesquisa Exploratória: objetivam familiarizar-se com o fenômeno 
ou obter nova percepção do mesmo e descobrir novas idéias. Ex: 
pesquisas bibliográficas e estudos de caso. 
Pesquisa Descritiva: observa, registra, analisa e correlaciona 
fatos ou fenômenos(variáveis) sem manipulá-los. Trabalha sobre 
dados ou fatos colhidos da própria realidade. Envolve técnicas 
padronizadas de coleta de dados, como questionários e 
observação sistemática. Ex.: estudos descritivos, pesquisa de 
opinião, pesquisa de motivação, estudo de caso, pesquisa 
documental. 
Pesquisa Explicativa: explica o “porquê” das coisas, visando 
identificar os fatores que determinam ou contribuem para a 
ocorrência dos fenômenos. 
 
QUANTO AOS RESULTADOS E A CONCLUSÃO: 
Ao descrever os resultados da pesquisa, deverá atentar para os 
seguintes aspectos: 
• Apresentados todos os resultados considerados relevantes, 
mesmo os negativos; 
• Não são incluídos comentários, pois estes farão parte 
da discussão; 
• A apresentação pode ser feita por meio de tabelas ou gráficos; 
• Nos trabalhos quantitativos, procure usar as 
estatísticas adequadas. 
 
Quanto à conclusão, deve decorrer da discussão, onde os dados 
são analisados e a conclusão é feita fundamentada nesta análise. 
 
A conclusão deverá apresentar: 
• O cumprimento de todos os objetivos da pesquisa; 
• Confrontação entre os objetivos da pesquisa e as conquistas 
alcançadas; 
• A comparação entre os resultados e a hipótese (além de deixar 
claro se a suposição foi confirmada ou não. Caso a suposição não 
tenha sido confirmada, não há prejuízo nenhum para o 
pesquisador, já que cabe a ele relatar os fatos e não a solução do 
problema em si); 
• A análise da relação entre os fatos verificados e a revisão de 
literatura (referencial teórico); 
• Contribuição do estudo para a ciência (sociedade, 
empresa, alunos de administração,...); 
• Sugestões para estudos futuros. 
 
Atividade extra 
Prepare uma experiência, algo que queira comprovar em seu dia-
a-dia, seja em casa ou em seu trabalho. Baseado no material da 
disciplina, exercite o raciocínio da metodologia científica e elabore 
a introdução de um projeto científico, o qual deverá conter as 
seguintes partes: 
1. Apresentação do Tema (Assunto); 
2. Relevância ou Justificativa do Tema; 
3. Problema a ser Investigado; 
4. Objetivos do Estudo (Gerais e Específicos); 
5. Definição de Hipóteses que deverão ser Investigadas; 
6. Metodologia da Pesquisa que será Utilizada (Natureza, 
Abordagens, Procedimentos Técnicos e Níveis). 
 
Obs.: caso já tenha o tema de pesquisa do seu TCC, poderá 
aproveitar para apresentar neste exercício. 
 
Referência Bibliográfica 
ACEVEDO, C. R.; NOHARA, J. J. Monografia no curso de 
administração: guia completo de conteúdo e forma. 3a. Ed. São 
Paulo: São Paulo: Nobel, 2002. 
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4a. ed. 
São Paulo: Atlas S/A, 2002. 
GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas 
possibilidades. In: Revista de Administração de Empresas. São 
Paulo: v.35, n.2, p. 57-63, abril 1995. 
 
Assinale a alternativa correta: 
A) O estudo de caso deve conter um estudo aplicado, aprofundado e 
exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o 
seu conhecimento amplo e detalhado. 
Quanto à Pesquisa Qualitativa: 
D) A abordagem qualitativa oferece três maneiras de realizar a 
pesquisa: a pesquisa documental, o estudo de caso e a etnografia. 
Com relação à análise dos resultados e conclusão, NÃO é correto 
afirmar que: 
B) Podem ser incluídos comentários, pois estes farão parte da 
discussão. 
 
 
PARTE 4 – DICAS 
Normas e Dicas para 
Formatação do Trabalho 
Normas de digitação: 
• Espaço um e meio (1,5 linha), observando o mesmo espaçamento 
entre linhas; 
• Recomenda-se a ampliação para espaço triplo na mudança de 
parágrafo e entre o título e o início do texto (essa regra pode variar 
de IES p/ IES – recomenda-se checar Manual de TCC da IES); 
• Fonte do tipo “Times New Roman” ou “Arial”, no tamanho doze, 
tanto para os títulos, quanto para o texto. Exceto em citações 
diretas longa, utilizar tamanho dez e recuo do texto de quatro cm. 
 
Normas de citação: 
CITAÇÃO DIRETA CURTA > VARIAÇÃO 1: INÍCIO DA FRASE / 
COMO USAR? 
• Texto idêntico ao livro; 
• Obrigatório informar o número da página; 
• Entre aspas e no máximo 3 linhas; 
• Autor fora do parênteses em minúscula. 
Ex.: Segundo Cardoso (2011,p.22) “É relevante que a 
aprendizagem torne os sentidos estimulados de forma que as 
ideias fluam dentro de um contexto universal e detenha uma 
conexão extrema com o cosmo”. (continuar o parágrafo, se 
quiser...) 
 
CITAÇÃO DIRETA CURTA > VARIAÇÃO 2: FINAL DA FRASE / 
COMO USAR? 
• Texto idêntico ao livro; 
• Obrigatório informar o número da página; 
• Entre aspas e no máximo 3 linhas; 
• Autor dentro do parênteses e em maiúscula; 
• Ponto final após o parênteses. 
Ex.: “É relevante que a aprendizagem torne os sentidos 
estimulados de forma que as ideias fluam dentro de um contexto 
universal e detenha uma conexão extrema com o cosmo”. 
(CARDOSO, 2011, p.22). 
 
CITAÇÃO DIRETA LONGA > VARIAÇÃO 1: INÍCIO DA FRASE / 
COMO USAR? 
• Texto idêntico ao livro; 
• Obrigatório informar o número da página; 
• Sem aspas com mais de 3 linhas (máximo de 8 linhas); 
• Autor fora do parênteses em minúscula; 
• Autor, data e página , com autor fora do parênteses; 
• Normalmente faz a citação em relação ao parágrafo acima; 
• Recuo de 4 cm; 
• Tamanho da fonte: 10; 
Ex.: Cromwell (2013, pg. 73) define sensação [...] resposta 
imediata dos receptores sensoriais (olhos, dedos, pele, ouvidos, 
nariz) a estímulos básicos como luz, cor som, odores e texturas, 
[...] a percepção concentra-se ao acréscimo a essas sensações 
em estado bruto a fim de lhes dar algum significado. 
 
CITAÇÃO DIRETA LONGA > VARIAÇÃO 2: ENCERRA A 
FRASE / COMO USAR? 
• Texto idêntico ao livro; 
• Obrigatório informar o número da página; 
• Sem aspas e mais de 3 linhas (máximo de 8 linhas); 
• Autor dentro do parênteses e em maiúscula; 
• Ponto final após o parênteses; 
• Recuo de 4 cm; 
• Tamanho da Fonte: 10. 
As cores podem até influenciar mais diretamente nossas 
emoções. Evidências indicam que algumas cores criam 
sentimentos de excitação e estimulam o apetite. Outras já criam 
sentimentos relaxantes [...] produtos apresentado sobre um fundo 
azul são mais apreciados do que no fundo vermelho 
(HIGHASAKITE, 2014, p. 187). 
 
CITAÇÃO INDIRETA > VARIAÇÃO 1: INÍCIO DA FRASE / 
COMO USAR? 
• Escrito com as palavras do aluno com base no conteúdo do autor; 
• Autor(es) fora dos parênteses e em minúscula; 
• Escrever sem trocar as palavras do autor em sinônimos, pois isso 
se enquadra em plágio. 
Ex.: Segundo Lakaio & Medeiros(2017), as variáveis controláveis 
contidas nas ferramentas de marketing dependem da definição, 
planejamento e implementação das ações estratégicas. A eficácia 
na implementação será resultado da integração entre as 
ferramentas cujo foco incide sob o cliente. 
 
CITAÇÃO INDIRETA > VARIAÇÃO 2: ENCERRA A FRASE / 
COMO USAR? 
• Escrito com as palavras do aluno com base no conteúdo do autor; 
• Autor(es) dentro dos parênteses e em MAIÚSCULA; 
• Sempre com ponto final após os parênteses; 
• Escrever sem trocar as palavras do autor em sinônimos, pois isso 
se enquadra em plágio. 
Ex.: As variáveis controláveis contidas nas ferramentas de 
marketing dependem da definição, planejamento e implementação 
das ações estratégicas. A eficácia na implementação será 
resultado da integração entre as ferramentas cujo foco incide sob 
o cliente (LAKAIO & MEDEIROS, 2017). O foco do cliente deve 
ser o propósito dos executivos de marketing na elaboração de 
novos produtos e serviços inovadores e ao mesmo tempo, 
sustentáveis (BRITHNER, 2016). 
 
CITAÇÃO DA CITAÇÃO (apud) / COMO USAR? 
• Apud significa “Citado por”; 
• Autor do texto à esquerda, quem citou à direita; 
• Castro fez um artigo e citou Santos e você teve acesso ao artigo 
de Castro mas não tem acesso ao livro de Santos e quer usar a 
mesma citação, então ficaria: (CASTRO apud SANTOS, 2014); 
• O número da página só seria necessário na citação, caso fosse 
uma citação direta: (CASTRO apud SANTOS, 2014, p. 220). 
Ex.: Os estímulos que aparecem de um modo ou em lugares 
inesperados tendem a atrair a atenção [...] os lugares incluem a 
parte de trás dos carrinhos de compras, paredes de túneis, pisos 
de estádios esportivos e sanitários públicos [...] descobriram os 
padrões similares quando interromperam pessoas que estavam 
sendo impactadas por uma mensagem. (MATHIAS apud CUNHA, 
2012). 
 
Normas de rodapé: 
De acordo com o Projeto NBR 10520, da ABNT, datado de agosto 
e 2002 e definidor das citações em documentos, as notas nunca 
devem recomeçar numeração em cada página. O documento, ou 
capítulo, ou parte deve seguir uma única numeração, seguindo 
sempre o sistema numérico que deve ser consecutivo. 
As notas devem estar dentro das margens, com uma linha 
contínua de 5 milímetros que as separem do restante do texto. 
Devem estar alinhadas a partir da segunda linha da mesma nota, 
sem espaço entre as notas e com fonte menor. Normalmente, em 
caso de texto digitado em fonte 12, utiliza-se na nota número 10, 
apesar da ABNT não determinar qual deve ser o tamanho 
categoricamente. 
 
Por Exemplo: 
1As referências em notas de rodapé devem seguir um mesmo 
padrão, não se pode usar a cada momento uma maneira de 
citação. 
2As notas de rodapé fornecem informações que podem ser vitais a 
um texto e também suscitar curiosidades no leitor, além de 
informá-lo. 
 
Nota de Referência: 
As notas de referência são aquelas que aparecem no texto 
acadêmico para dar crédito à fonte bibliográfica. Essas mesmas 
informações também precisam ser inclusas na lista de referências 
no final do trabalho. As traduções em línguas estrangeiras 
também podem ser abordadas através de uma nota de 
referência. Ao elaborar uma nota de referência, é necessário 
incluir o sobrenome do autor e a data de publicação. Sempre 
alinhá-la à esquerda. 
No caso de um material consultado na internet, a nota deve 
contar, ainda, com o endereço do link por extenso e data de 
acesso ao conteúdo referenciado. Lembre-se: a primeira citação 
de uma publicação deve ser sempre completa. 
De acordo com o Projeto NBR 10520, da ABNT, datado de agosto 
e 2002 e definidor das citações em documentos, as notas nunca 
devem recomeçar numeração em cada página. O documento, ou 
capítulo, ou parte deve seguir uma única numeração, seguindo 
sempre o sistema numérico que deve ser consecutivo. 
 
Exemplo de nota de rodapé de referência: 
Franz Kafka1 apresenta o personagem GregorSamsa que, ao 
acordar de sonhos intraquilos, havia se metamorfoseado em um 
inseto. 
__________________________________ 
1KAFKA, Franz. A metamorfose. Tradução de Modesto Carone. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1997.Este inseto foi 
caracterizado como monstruoso.22Ibid. 
 
Nota Explicativa: 
As notas explicativas podem ser usadas pelo autor para realizar 
comentários, esclarecimentos, complementações e observações. 
Também servem para referenciar trabalhos não publicados ou 
dados obtidos através de comunicação pessoal. 
Exemplos: 
__________________________________ 
As normas da ABNT1 padronizam as citações. 1Associação 
brasileira de normas técnicas. 
As redes sociais2 de hoje possibilitam um novo tipo de 
interatividade entre as pessoas, emergindo uma cultura digital. 2 
Como Facebook, Instagram, Google+ e similares. 
 
Uso de abreviaturas e expressões: 
Quando a mesma referência aparece em duas ou mais notas de 
rodapé da mesma página, é possível utilizar expressões latinas 
para evitar repetições. Idem ou Id, por exemplo, significa “do 
mesmo autor”. Já Ibidem ou Id quer dizer “na mesma obra”. 
 
 
Formatação de texto: 
• Papel Formato A4 (padrão internacional – 21 mm x 29,7 mm) na 
cor branca; 
• A formatação do texto deve ser JUSTIFICADA em TODO o 
trabalho; 
• Margens: 
 
 
• A impressão deve ser vertical e feita apenas de um lado da 
folha. A única exceção é a folha de rosto que contém a ficha 
catalográfica no seu verso. 
Obs.: demais especificações como gramatura de papel e local de 
paginação pode variar de acordo com a IES, sugere-se consultar 
manual de Monografias e Trabalhos Científicos da Instituição. 
 
Normas de formação de parágrafos e paginação: 
Parágrafos: recomenda-se recuo de 1,5cm na 1ª linha de cada 
parágrafo (exceto citações diretas com mais de 3 linhas, que 
devem ter um recuo de 4 cm no parágrafo todo). 
 
Obs.: demais especificações como gramatura de papel e local de 
paginação pode variar de acordo com a IES, sugere-se consultar 
manual de Monografias e Trabalhos Científicos da Instituição. 
 
Quanto à Paginação do Documento: 
• Páginas preliminares devem ser ordenadas com números 
romanos, escritos em letras minúsculas (exemplo: i, ii., iii, iv, v, vi, 
vii etc.); 
• Demais páginas deverão ser numeradas com algarismos 
arábicos, localizados na parte superior direita da página*, de 
forma sequencial; 
• Páginas que iniciarem capítulos não devem conter qualquer 
numeração; 
• Numeração em algarismos arábicos inicia-se a partir do Capítulo 
1 e deve ser mantida até a última página das 
Referências Bibliográficas ou de Anexos. 
 
Obs.: *Pode variar de acordo com a IES, sugere-se consultar 
manual de Monografias e Trabalhos Científicos da Instituição. 
 
A numeração deve figurar após a primeira folha da parte textual, 
aparecendo no canto superior da folha e a 2 cm da borda superior, 
em algarismos arábicos. 
No caso da utilização de apêndices e anexos, as folhas devem ser 
numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar 
seguimento à do texto principal. 
 
Normas de formatação de tabelas e quadros: 
• Dispostos verticalmente, obedecendo o formato das páginas 
referentes ao texto; 
• Se o desenho exigir maior espaço, poderá ser reduzido, desde que 
não fique ilegível ou ser feito em folhas de tamanho maior, desde 
que dobradas, para que não ultrapassem os limites ou impeça a 
encadernação; 
• Cores do gráfico precisam deixar de forma clara a diferença dos 
setores, portanto cuidado com o tom das cores e a escala de cinza, 
em caso de P/B; 
• Não devem ser apresentados gráficos e tabelas com os 
mesmos dados; 
• Gráficos tridimensionais (3D) devem ser evitados, assim com uso de 
sombras, texturas ou cores; 
• Gráficos mais simples, como o de coluna e o de linha, devem ser os 
preferidos por serem mais eficientes na apresentação dos dados; 
• Figuras e Gráficos precisam conter moldura comuma linha fina. 
Qual a diferença entre quadro e tabela? 
Tabela: Expressa por números. 
 
Quadro: Expressa somente por palavras. 
 
A tabela apresenta os seguintes elementos: título, cabeçalho, 
conteúdo, fonte e, se necessário, nota(s) explicativa(s) (geral e/ou 
específica). É dividida por o mínimo possível de linhas na horizontal e 
as bordas laterais não podem ser fechadas. Já o quadro, embora 
siga especificações semelhantes (título, fonte, legenda, nota(s) e 
outras informações necessárias), terá suas laterais fechadas e sem 
limite de linhas horizontais. 
Normas de formação de listas: 
As listas devem ser preparadas dentro do mesmo formato do 
Sumário. Podem ser de Ilustração, Quadros e Tabelas. Sua 
localização é após o Sumário. 
 
Dicas de formação de sumário: 
O Sumário deve conter os Capítulos e Subcapítulos do trabalho e 
suas devidas páginas; Cuidado que a formatação do texto deve ser 
justificada, contendo alinhamento de todos os itens da lista. 
Qual a diferença entre SUMÁRIO E ÍNDICE? 
Sumário: enumeração das divisões, seções e outras partes de uma 
publicação, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se 
sucede. 
Índice: relação de Palavras ou Frases, ordenadas segundo 
determinado critério, que localiza e remete para as informações 
contidas num texto. Consiste na enumeração, por ordem 
alfabética, de expressões e palavras-chaves, seguidas dos números 
das páginas em que estas podem ser encontradas, no texto. 
Exemplos: 
• Modelo bifásico: 19, 36 
• Modelo trifásico: 45, 63 
Fontes: ABNT 
• NBR 6034: Informação e documentação - Índice - Apresentação 
• NBR 6027: Informação e documentação - Sumário - Apresentação 
Normas de formatação de títulos e subtítulos: 
Títulos dos Capítulos: 
Posição de destaque na página, numerado e com letras 
MAIÚSCULAS em negrito e fonte tamanho 12. Sempre alinhado na 
esquerda. 
Exemplo: 
1. Introdução 
Subtítulos dos Capítulos: 
• Devem ser empregados para dividir o trabalho em etapas lógicas e 
coerentes; 
• Devem ser escritos com letras minúsculas (exceto a primeira letra), 
fonte tamanho 12 e negrito. 
Ex.: 2.1 O que é Dengue? 
 2.1.2 Sintomas 
 2.1.2.1 Febre alta 
 2.1.2.4.1 Temperatura do Corpo 
Normas de formata~ção de títulos no sumário: 
 
Normas para formatação de alíneas: 
Deve-se seguir a norma ABNT NBR 6024/2003. Para enumerar os 
diversos assuntos de uma seção que não possuem título, deve ser 
subdividido em alíneas. 
 
Normas de referências bibliográficas: 
As referências podem aparecer em nota de rodapé (comum em 
trabalhos acadêmicos), no final do texto ou de capítulo (comum em 
artigos de livros), em lista de referências (comum em TCCs, 
dissertações e teses). 
Segundo a ABNT, só é numerada no Sumário, 
As referências devem estar sempre em ordem alfabética, conter o 
nome do autor, título, edição, local, editora e data de publicação. 
Basicamente, devem conter o sobrenome do autor deve em 
maiúsculas, o nome pode ser abreviado apenas com a primeira 
inicial. Seguido de ponto e o nome da obra em negrito, caso tenha 
subtítulo, não deve estar em negrito. Novamente ponto, o número da 
edição, ponto. Local, seguido de dois pontos, o nome da editora, 
vírgula e o ano de publicação. 
Referência de Livros Impressos: 
SOBRENOME, Nome. Nome da obra: subtítulo da obra. Edição. 
Local: editora, ano. 
FOUCAULT, M. Vigiar e punir. Tradução de Raquel Ramalhete. 1ª 
edição. Petrópolis: Vozes, 1977. 
Livros com até 3 autores: os sobrenomes devem estar na ordem 
apresentada pelo livro. 
PUENTES, A.; DIAS J. F. Historia de las leyes, prebiscitos y 
senadoconsul-tos mas notables, desde la fundación de Roma hasta 
Justiniano. Madrid: Imprenta de D.Vicente de Lalama, 1840. 
Acima de 3 autores: deve-se usar apenas o primeiro autor e depois 
a expressa et al. 
HUTZ, C. S. et al. Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016. 
Coletâneas de vários autores: Deve-se constar o nome do 
responsável, seguido entre parênteses do tipo de participação 
(organização, compilador, coordenador…) 
FIORIN, J. L. (org.).Introdução à Linguística II: princípios de análise.4ª 
edição. São Paulo: Contexto,2008. 
Autor desconhecido: Às vezes você pode se deparar com a 
situação em que não sabe qual é o autor. Nesse caso, o título deve 
vir em maiúsculas, seguido de cidade, editora, ano e página. 
BÍBLIA SAGRADA. São Paulo: Paulinas, 2017, p. 1001. 
Referência de Artigos ou Capítulos de Livros: 
Deve conter: autor, título do trabalho apresentado acrescido da 
expressão In:, nome do livro, local, editora, data, página inicial e final. 
GADOTTI, Moacir. Prefácio. In: Demo, Pedro. Avaliação Qualitativa: 
Polêmicas Do Nosso Tempo.6.Ed. Campinas: Autores Associados, 
1999, p.1-5. 
Referências de TCCs, teses e dissertações: 
Deve-se inserir nome, título, ano de apresentação, número de folhas, 
a categoria (TCC, dissertação de mestrado ou tese de doutorado), 
instituição, local e ano. 
FILENO, Érico Fernandes. O professor como autor de material para 
um ambiente virtual de aprendizagem. 2007. 130f. Dissertação 
(Mestrado em Educação) – Setor de Educação, Universidade Federal 
do Paraná, Curitiba, 2007. 
Referências de revistas inteiras: 
Deve conter: título, local de publicação, editora, datas de início e de 
fim da publicação (caso tenha encerrado). Ex.: REVISTA ÉPOCA. 
São Paulo: O Globo, 1998- 
Artigos de revistas: Deve conter autor, título da parte, artigo sem 
negrito, título da publicação em negrito, local, volume e/ou número, 
páginas iniciais e finais caso tenha. 
BROGLIATO, Camilia. Natal em forma!. O2, São Paulo, n. 162, p. 34-
37, dez. 2016. 
AZEVEDO, F. de et.al. Notas para a História da Educação. 
(Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova). Revista Brasileira de 
estudos pedagógicos. Rio de Janeiro, v. XXXIV, n. 79, p. 108-127, jul-
set, 1960. 
Caso não tenha autor: Ex.: O2 na USP. O2, São Paulo, n. 162, p. 4, 
dez. 2016. 
Referência de Artigos de Jornais: 
Devem seguir os padrões citados anteriormente, com a indicação do 
autor, caso tenha, e do nome do artigo. 
SILVA, Alvaro Costa e. A arte da desordem. Folha de S. Paulo, São 
Paulo, p. C1, 20 mai. 2017. 
No Brasil governo e empresas desligaram computadores. O Estado 
de S. Paulo, São Paulo, p. B10, 12 de mai. 2017. 
Referências de Trabalhos apresentados em eventos 
Muitas vezes recorremos a anais de eventos onde encontramos 
artigos que são interessantes para o trabalho que estamos 
desenvolvendo, entretanto, quase nunca encontramos a informação 
de como é a referência. Deve conter: autor, título do trabalho 
apresentado acrescido da expressão “In:”, nome do evento, 
numeração do evento (caso tenha), ano e local de realização, título 
do documento, local, editora, data, página inicial e final. 
OLIVEIRA, C. A., ARAÚJO, L. C. A produção científica acadêmica 
nacional na área de educação a distância no período de 2009 a 2011. 
In: Seminário Internacional de Educação a Distância: meios atores e 
processos, V, 2013, Belo Horizonte. Anais… Belo Horizonte: UFMG, 
2013, p. 
Referências de Legislação 
Para citar leis como, Constituição, emendas constitucionais, medida 
provisória, lei complementar, decretos, resoluções do Senado 
Federal, atos normativos, portarias, resoluções, ordem de serviço, 
comunicados, avisos, entre outros, deve-se seguir o modelo: 
BRASIL. Código penal. 2ª edição. Barueri: Manole, 2017. 
Referências Online de Sites (Links) 
Deve constar sobrenome do autor, nome (caso constem), título do 
artigo, ano, link e data de acesso.MORAN, José Manuel. Como 
utilizar a Internet na Educação. 1997. Disponível em 
<http://www.eca.usp.br/prof/moran/> Acesso em: 25 abr. 2017. 
Para livros disponíveis online, devem-se seguir os mesmos padrões 
de livros impressos, acrescidos do link, com a data e hora de acesso. 
Tenha atenção ao link que disponibilizará em redes sociais eles 
podem expirar rapidamente ealguém que queira não terá acesso. 
CREATIVE COMMONS. Conceitos legais: o commons. 2005. 
Disponível em: 
http://www.creativecommons.org.br/index.php?option=com_content&t
ask=view&id=39. Acesso em: 10 mai. 2017, 10:30:20. 
WILSON, Dominic. Dreaming with BRICs: the path to 2050. New 
York: Goldman Sachs Group, 2003. Disponível em: www.gs.com. 
Acesso em: 20 abr. 2017. 
Diferenças entre anexo e apêndice: 
http://www.creativecommons.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=39
http://www.creativecommons.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=39
http://www.gs.com/
 
Plágio acadêmico: 
CUIDADO! O simples fato de trocar por sinônimos as palavras 
do autor, já configura plágio. 
A propriedade intelectual lida com os direitos de propriedade das 
coisas intangíveis oriundas das inovações e criações da mente estão 
sob proteção legal a propriedade industrial, os cultivares e também o 
chamado direito autoral. 
A propriedade intelectual protege as criações, permitindo que seus 
criadores usufruam direitos econômicos sobre produtos e serviços 
que podem resultar de suas obras (BRASIL, 2008). 
Consulte o manual de TCC da sua Instituição de Ensino e saiba as 
regras e punições para quem for pego em plágio. 
 
Atividade extra 
Tema: Prepare seu TCC 
Chegou a hora! A partir do aprendizado deste material, prepare 
seu TCC, com base no manual de sua Instituição e leve em conta 
todas as dicas sobre formatação que foram explanadas. 
Bom Trabalho! 
 
Referência Bibliográfica 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Normas 
ABNT 2018 – Regras de Formatação TCC e Monografia. 
Disponível em: https://www.normaabnt.com. Acesso em 24 jul. 
2018. 
BRASIL, CódigoPenal. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-
lei/Del2848compilado.htm, acesso em 22. Jul.2018. 
BRASIL, Lei 9610, de 19 de Fevereiro de 1998. Disponível 
em: http://www.planalto. 
. 
Em relação às regras para organização de um trabalho de 
conclusão de curso: 
B)A formatação deve ser justificada em todo o trabalho, utilizando papel A4, 
texto fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12 em todo o trabalho, 
exceto em legendas e notas de rodapé 
Assinale a afirmativa correta: 
CAs notas de referência são aquelas que aparecem no texto acadêmico para 
dar crédito à fonte bibliográfica 
Assinale a alternativa que Não esteja correta: 
E) O Sumário deve ser paginado 
 
DIDÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUEPERIOR 
SLIDES: 
https://flowpress-production.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-
content/uploads/2021/08/12151932/descom1.pdf 
http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/Del2848compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/Del2848compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9610.htm
https://flowpress-production.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/2021/08/12151932/descom1.pdf
https://flowpress-production.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/2021/08/12151932/descom1.pdf
Elaboração do plano de 
curso e plano de aula 
https://flowpress-production.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-
content/uploads/2021/08/12152904/aula-2-elaboracao-do-plano-de-curso-e-
plano-de-aula-46d40c1048329e0682cf411627def94d.pdf 
 
Técnicas de ensino de 
conteúdos atitudinais 
Clique neste link para baixar o material desta aula: 
https://flowpress-production.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-
content/uploads/2021/08/12153241/aula-3-tecnicas-de-ensino-de-conteudos-
atitudinais-2902978bfb12823bcc4e83ba04e.pdf 
Relação professor-aluno 
no processo de ensino e 
aprendizagem 
Clique neste link para baixar o material desta aula: 
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content/uploads/2021/08/12153411/aula-4-relacao-professor-aluno-no-
processo-de-ensino-e-aprendizagem-bb16ca1996.pdf 
https://flowpress-production.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/2021/08/12152904/aula-2-elaboracao-do-plano-de-curso-e-plano-de-aula-46d40c1048329e0682cf411627def94d.pdf
https://flowpress-production.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/2021/08/12152904/aula-2-elaboracao-do-plano-de-curso-e-plano-de-aula-46d40c1048329e0682cf411627def94d.pdf
https://flowpress-production.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/2021/08/12152904/aula-2-elaboracao-do-plano-de-curso-e-plano-de-aula-46d40c1048329e0682cf411627def94d.pdf
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https://flowpress-production.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/2021/08/12153241/aula-3-tecnicas-de-ensino-de-conteudos-atitudinais-2902978bfb12823bcc4e83ba04e.pdf
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https://flowpress-production.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/2021/08/12153411/aula-4-relacao-professor-aluno-no-processo-de-ensino-e-aprendizagem-bb16ca1996.pdf
Postura, quadro e voz: 
Sendo um professor nota 
dez 
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professor-nota-dez-342700affcd6b484b33246df0b3e47f4.pdf 
Dinâmica de aula 
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4d37458dca7ae09e220d0b739f423145.pdf 
Professor atual x 
professor desejado 
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professor-atual-x-professor-desejado-3adc20eba2bb64.pdf 
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Memória e inteligência 
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3c74230622154214c867fc2c07516bed.pdf 
Professor coaching: 
horáriose formas de 
estudo 
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formas-de-estudo-75edc7275736e44054647c.pdf 
Métodos avaliativos 
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988f2199c665391725ab4a936f7f5e28.pdf 
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Enfim, estamos dando 
uma boa aula? 
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aula-d8e8d45e15981c5b2d20b7c7a3dfc750.pdf 
Exercícios de fixação 
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adb66ea4df8181fc9c5e6078fe30a011.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A história da Segurança 
do Trabalho 
Ahistória da Segurança do Trabalho 
 
A história da Segurança do Trabalho, assim como tantas outras 
áreas, começou bem antes do reconhecimento dos conceitos 
relativos à Segurança e Saúde do Trabalho e sua importância. O 
homem de neandertal, espécie prima humana extinta, que habitou a 
Europa e partes do oeste da Ásia há mais de 300 mil anos, já 
utilizava vestimentas de couro para proteção do seu corpo contra 
eventuais ameaças a sua integridade física advindas da floresta 
(BARSANO; BARBOSA, 2014). 
Os tópicos seguintes se debruçam sobre a origem da segurança e 
saúde do trabalho, traçando um panorama geral desde os primeiros 
indícios de uso de medidas de proteção e prevenção de danos físicos 
e psíquicos; percorrendo as contribuições dos pensadores e filósofos; 
chegando à intensificação da discussão dos agravos da precarização 
dos ambientes e condições de trabalhos industriais, que culminaram 
na evolução dos princípios de segurança do trabalho no mundo e no 
Brasil. 
 
Primórdios da Segurança do Trabalho 
 
Embora sem ainda possuir essa denominação, equipamentos e 
procedimentos de segurança eram adotados desde os primórdios da 
evolução do homem, visando a proteção contra possíveis ataques de 
animais peçonhentos durante a caça e os efeitos da exposição a 
intempéries (BARSANO; BARBOSA, 2014). 
De acordo com Mattos e Másculo (2019, p. 6), na antiguidade, nos 
papiros egípcios, no Império Babilônico e em escritos da civilização 
greco-romana, encontram-se conexões entre o processo saúde-
doença e as atividades laborais. Sobre essa temática, os autores 
afirmam que: 
Neste estágio predominava inicialmente o 
paradigma mágico religioso e posteriormente o 
naturalista. No Egito há registros que datam de 
2360 a.C., o Papiro Seler II, relacionando o 
ambiente de trabalho e os riscos inerentes a eles, 
e o Papiro Anastasi V, mais conhecido como 
“Sátira dos Ofícios”, de 1800 a.C., descrevendo os 
problemas de insalubridade, periculosidade e 
penosidade das profissões. O império babilônico, 
no seu auge, criou o Código de Hamurabi por volta 
de 1750 a.C. Dele foram traduzidos 281 artigos a 
respeito de relações de trabalho, família, 
propriedade e escravidão. No artigo que fala sobre 
a responsabilidade profissional, o imperador 
Hamurabi [governou entre os anos de 1792 e 1750 
a.C.] sentencia com pena de morte um arquiteto 
que construir uma casa que se desmorone, 
causando a morte de seus ocupantes (MATTOS; 
MÁSCULO, 2019, p. 6). 
 
 
As sociedades gregas e romanas eram fortemente dependentes dos 
escravos, os quais eram os responsáveis por desempenhar as 
atividades que geravam riscos de acidentes e doenças ocupacionais. 
Por essa razão, estudos voltados para esse tema não eram 
valorizados. Hipócrates foi um dos primeiros a receber destaque na 
Grécia, no século IV a. C., por volta de 460-375 a.C., e seus estudos 
ocasionaram a transição do paradigma espiritualista para o 
paradigma naturalista. Hipócrates publicou um tratado que informava 
ao médico sobre a relação entre ambiente e saúde (clima, topografia, 
qualidade da água, organização política). Adicionalmente, descreveu 
a “intoxicação saturnina” de um funcionário de mineração, embora 
tenha omitido o ambiente de trabalho e a ocupação deste (MATTOS; 
MÁSCULO, 2019). 
Lucrécio foi outro estudioso da Grécia antiga que, no século I a. C. 
(em torno de 100 a. C.), também fazia menção aos riscos laborais 
aos quais os trabalhadores das minas estavam expostos. Um tempo 
depois, entre 23 e 79 a.C., Plínio, o Velho, elaborou o “Tratado de 
História Naturalis”, o qual apontava para a exposição dos 
trabalhadores a chumbo, mercúrio e poeiras. Além disso, também 
listou os equipamentos de proteção individual que esses 
trabalhadores utilizavam, tais como máscaras, feitas de panos e 
bexigas de carneiros, para evitar a inalação de poeiras e fumos 
(BARSANO; BARBOSA, 2014). 
Na realidade, as civilizações greco-romanas foram pioneiras na 
criação de comunidades solidárias, na Grécia chamadas “erans” e 
em Roma de “collegia”, as quais absorviam os cidadãos gregos, seus 
filhos, enquanto membros e seus escravos, cadastrados como capital 
de trabalho. Essas cooperativas eram abertas a qualquer cidadão, 
incluindo os escravos libertos e tinham o propósito de proteger os 
participantes de determinados riscos. Portanto, elas constituíram as 
primeiras caixas deauxílio às doenças e acidentes (MATTOS; 
MÁSCULO, 2019). 
 
Segurança e saúde do trabalho no mundo 
 
Por volta de 1700 foi publicada na Itália a obra “As Doenças do 
Trabalho” (originalmente denominada “De Morbis Arficum Diatriba”), 
de autoria do médico italiano Bernardino Ramazzini e consiste no 
primeiro livro escrito especificamente sobre doenças ocupacionais e 
prevenção de riscos relacionados ao trabalho. Na prática, descrevia 
50 ocupações profissionais e as medidas de proteção e neutralização 
dos efeitos à saúde do trabalhador. De acordo com Chirmici e 
Oliveira (2016, p. 2), esse livro acabou se tornando “a base para o 
desenvolvimento da medicina ocupacional, por isso Bernardino 
Ramazzini é visto até os dias atuais como o ‘pai da medicina 
ocupacional’. 
É importante perceber que desde essa época as pessoas já haviam 
atentado para o fato de que havia uma relação entre o desempenho 
das atividades laborais e o desenvolvimento de enfermidades, 
resultando na perda de produtividade e, em última instância, na 
redução dos rendimentos financeiros recebidos (CHIRMICI; 
OLIVEIRA, 2016). 
Anos depois, em 1776, foi publicada em Londres a primeira parte da 
obra “Riqueza das Nações”, escrita pelo economista britânico Adam 
Smith. A segunda edição foi lançada em 1778 e três novas edições 
se sucederam nos anos de 1780, 1784 e 1786. 
Esse livro trouxe reflexões acerca da necessidade de priorização da 
saúde e integridade do trabalhador, como meio de garantir o alcance 
do seu potencial máximo de produtividade e o alcance de melhores 
resultados econômicos para os empregadores. Além disso, Adam 
discute a relação do trabalho com o ganho financeiro, preceituando a 
necessidade de estabelecimento de um equilíbrio entre carga de 
trabalho e retorno financeiro, ao afirmar que “os empregados, quando 
bem pagos por peça, facilmente fazem horas extraordinárias e 
arruínam sua saúde e sua constituição em poucos anos” (SMITH, 
1776). 
Revolução Industrial 
 
Uma nova concepção de trabalho que provocou mudanças rápidas e 
profundas na ordem política, econômica e social na Europa, 
transformando para sempre a estrutural social e comercial, surgiu a 
partir da invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819). 
Foi o pontapé inicial da Revolução Industrial na Inglaterra, que pode 
ser dividida em duas etapas: 1ª revolução industrial (1780- 1860), 
também chamada de revolução do carvão e do ferro; 2ª revolução 
industrial (1860- 1914) ou revolução do aço e da eletricidade 
(CHIAVENATO, 2003). 
A Revolução Industrial inseriu uma série de avanços tecnológicos e 
que incrementaram a produtividade nas organizações, tais como: 
mecanização, aplicação da força motriz e desenvolvimento do 
sistema fabril; aceleramento dos transportes e das comunicações. 
Com isso, elevou-se a quantidade de bens manufaturados 
produzidos, com melhor qualidade de acabamento e menor tempo de 
produção. (CHIAVENATO, 2003; CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016). 
Porém, Chimirci e Oliveira (2016, p. 3) destacam que: 
Concomitantemente ao bônus, surge o ônus, ou 
seja, as consequências negativas dessa evolução 
na indústria. Em resposta ao processo acelerado 
de produção em condições cada vez mais 
desumanas, começaram a surgir doenças 
ocupacionais, e as taxas de acidentes 
relacionados ao trabalho aumentaram a níveis 
alarmantes – não só homens, mas também 
idosos, mulheres e crianças eram designados para 
as mais diversas tarefas, em condições laborais e 
de vida muitas vezes deploráveis. Não havia 
qualquer controle sobre a segurança no 
desempenho das atividades ou a carga horária de 
trabalho e descanso, que, extenuando o 
trabalhador, levavam ao alcoolismo, à prostituição 
e à criminalidade. A mortalidade em alguns 
segmentos industriais atinge, nesse período, níveis 
assombrosos. 
 
Para além da precarização das condições de trabalho, difundiu-se 
uma insegurança geral mediante a possibilidade de substituição total 
da mão de obra humana por máquinas. Assim, emergiu o primeiro 
movimento de luta operária, movido pelos trabalhadores. Com 
finalidade de reivindicar os seus direitos, esses trabalhadores 
associaram-se a sindicatos e pressionaram os empresários 
capitalistas a reorganizarem o trabalho, mediante a recusa e realizar 
as atividades laborais e a resistência ao controle dos gerentes 
(CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016). 
Em consequência dessa atmosfera de resistência, movimentos 
sociais e trabalhistas ganharam destaque e, de forma lenta e gradual, 
impulsionaram o surgimento das legislações e normativas visando a 
proteção dos trabalhadores, regulamentando as atividades. Assim, 
surgiu o Direito do Trabalho, regulação jurídica dos direitos 
trabalhistas que objetiva proteger a integridade dos trabalhadores, o 
estabelecimento de limites para jornada de trabalho nas horas 
laborais e a criação de garantias mínimas contra demissões 
arbitrárias (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016). 
 
Segurança e saúde do trabalho no Brasil 
 
Não há basicamente registro algum de doenças associadas ao 
trabalho antes do fim do regime de escravidão no Brasil. De forma 
semelhante às sociedades gregas e romanas, as atividades laborais 
manuais que exigiam maior esforço, promovendo maior desgaste 
físico e psíquico eram destinadas aos escravos e, por esse motivo, 
recebiam pouca importância entre os seus senhores e demais 
cidadãos. 
Os primeiros registros de doenças relacionadas ao trabalho 
ocorreram a partir de 1920, mediante estudos desenvolvidos por 
Oswaldo Cruz, durante a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, 
que se estendeu de 1907 e 1912, tendo se verificado a contaminação 
de empregados por doenças infecciosas. Desde então, diferentes 
pesquisas relativas a indústrias europeias que foram transferidas para 
o Brasil e “demonstraram a relação direta entre as más condições 
laborais e a ocorrência de doenças e acidentes no trabalho [...] 
desencadeando aqui um reflexo do que houvera na Europa um 
século antes” (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016, p. 4). 
Logo, por intermédio dos movimentos sociais e trabalhistas, 
ganharam força as denúncias de trabalhadores sobre más condições 
de trabalho, abrindo portas para a criação de legislações voltadas à 
proteção do trabalhador (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016). 
 
Atividade Extra 
 
Assista ao filme “Germinal” (1993), de Émile Zola, cujo título faz 
menção ao amadurecimento de movimentos grevistas de 
trabalhadores de minas de carvão no século XIX. O filme aborda a 
complexidade das relações de trabalho e a luta de classes durante o 
processo de desenvolvimento do capitalismo e mudanças na 
organização do trabalho. O filme retrata as severas transformações 
sociais que foram impostas pelo modo de produção capitalista. 
Leia o trecho abaixo: 
“Estando o trabalhador em seu estado normal de saúde, vigor e disposição, e 
no grau normal de sua habilidade e destreza, ele deverá aplicar sempre o 
mesmo contingente de seu desembaraço, de sua liberdade e de sua felicidade. 
O preço que ele paga deve ser sempre o mesmo, qualquer que seja a 
quantidade de bens que receba em troca de seu trabalho.” 
Fonte: SMITH, A. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e 
suas causas. 1776. Versão comentada por Winston Fritsch. São Paulo: Editora 
Nova Cultural Ltda, 1996, p. 19. 
A partir do texto acima e do conteúdo estudado sobre Segurança e saúde do 
trabalho no mundo, considere a afirmativas a seguir: 
I. Em meados de 1700, Bernardino Ramazzini publicou a obra “As Doenças 
do Trabalho”. 
II. Em 1776, o economista Adam Smith publicou a obra denominada A 
Riqueza das Nações. 
III. A obra de Adam Smith consistia em um tratado sobre doenças 
ocupacionais, que descreveu cerca de 50 ocupações e suas medidas de 
redução dos perigos à saúde. 
IV. Adam Smith destacou em sua obra o fato de que o potencial máximo de 
produtividade do trabalhador só poderia ser alcançado quando uma vezque 
ele se mantivesse em seu estado normal de saúde e vigor. 
Está correto o que se afirma em: 
e) I, II e IV 
02 
Leia o trecho abaixo: 
“A produção de bens e serviços para satisfazer as necessidades humanas 
ocorre através de atividades que quando realizadas sem um planejamento 
adequado podem acarretar riscos à saúde ou à vida do trabalhador, da 
população de comunidade próxima ao empreendimento e degradar o meio 
ambiente.” 
Fonte: MATTOS, U. A.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do trabalho. 
2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019, p. 1. 
A partir do texto acima e do conteúdo visto sobre os Primórdios da Segurança 
do Trabalho, analise os acontecimentos relevantes que ocorreram na 
Antiguidade abaixo e associe-os com as suas respectivas características. 
1. Hipócrates 
2. Plínio, o Velho 
3. Papiro Anastasi V 
4. Código de Hamurabi 
( ) Escreveu o Tratado de História Naturalis, relatando a atividade laboral de 
trabalhadores expostos a chumbo, mercúrio e poeira. 
( ) Com base nele foram traduzidos 281 artigos sobre as relações de trabalho, 
família, propriedade e escravidão. 
( ) Descreveu a intoxicação saturnina em um mineiro, apesar de ter omitido o 
ambiente de trabalho e a respectiva ocupação. 
( ) Mais conhecido como Sátira dos Ofícios, descreve os problemas de 
insalubridade, periculosidade e penosidade das profissões. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
c) 2, 4, 1, 3 
Leia o trecho abaixo: 
“O capitalista passou a distanciar-se dos operários e a considerá-los uma 
enorme massa anônima, ao mesmo tempo em que os agrupamentos sociais 
nas empresas geravam problemas sociais e reivindicativos, ao lado de 
problemas de rendimento do trabalho.” 
Fonte: CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma 
visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2003, p. 35. 
Com base no texto acima e nos conteúdos abordados acerca do 
desenvolvimento da Segurança do Trabalho com a Revolução Industrial, 
foram consequências da criação da máquina a vapor por James Watt (1736-
1819): 
b) Grandes transformações, como a conversão das oficinas em fábricas, 
afetando também os transportes, as comunicações e a agricultura 
Leia o trecho abaixo: 
“Na Antiguidade, por exemplo, a relação entre o trabalho e o processo saúde-
doença foi encontrada em papiros egípcios, no Império Babilônico e em 
textos da civilização greco-romana […] As sociedades gregas e romanas não 
valorizavam esse estudo, uma vez que dependiam de escravos para realizar as 
atividades que geravam riscos de acidentes e doenças ocupacionais.” 
Fonte: BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Higiene e segurança do 
trabalho. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014, p. 17. 
A partir do texto e do conteúdo visto sobre a história da Segurança do 
Trabalho, analise os indivíduos que influenciaram a disseminação dos 
princípios de saúde e segurança do trabalho e ordene-os de acordo com a 
sequência em que seus estudos se desenvolveram na Grécia. 
( ) Plínio, o Velho 
( ) Hipócrates 
( ) Imperador Hamurabi 
( ) Lucrécio 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
c) 4, 2, 1, 3 
05 
Leia o trecho abaixo: 
“Em vez de instrumentos rudimentares de trabalho manual, o problema era 
operar máquinas cuja complexidade crescia. Os produtos passaram a ser 
fabricados em operações parciais que se sucediam, cada uma delas entregue a 
um grupo de operários especializados em tarefas específicas, estranhos quase 
sempre às demais outras operações, ignorando a finalidade da tarefa que 
executavam. Essa nova situação contribuiu para apagar da mente do operário 
o veículo social mais intenso, ou seja, o sentimento de estar produzindo e 
contribuindo para o bem da sociedade.” 
Fonte: CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma 
visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2003, p. 35. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre desenvolvimento 
da Segurança do Trabalho e virtude da Revolução Industrial, analise as 
asserções a seguir e a relação proposta entre elas: 
I. As condições de trabalho às quais estavam submetidos homens, mulheres e 
até crianças e idosos na revolução industrial desencadearam doenças do 
trabalho. 
Porque 
II. Os empregadores não controlavam os riscos aos quais os trabalhadores 
estavam expostos durante a execução das atividades laborais, não sendo 
adotadas medidas de segurança e saúde no trabalho. 
d) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa 
correta da I 
Leia o trecho a seguir: 
“Em consequência do significativo crescimento tecnológico ocorrido nas 
últimas décadas, a introdução de novos produtos e de novas técnicas de 
trabalho nos processos industriais acarretou uma série de problemas para as 
pessoas e o meio ambiente. As estatísticas mundiais de acidente de trabalho e 
principalmente de grandes desastres levaram as organizações a perceberem 
que a competitividade e o lucro não são suficientes para a sobrevivência no 
mercado. As organizações precisam saber demonstrar atitudes éticas e 
responsáveis quanto à segurança e saúde no trabalho.” 
Fonte: MATTOS, U. A.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do trabalho. 
2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019, p. 74. 
Com base nessas informações e no conteúdo estudado sobre Segurança e 
saúde do trabalho no Brasil, analise os marcos históricos e acontecimentos de 
maior relevância para a evolução da segurança do trabalho no Brasil e 
associe-os com a ordem cronológica em que ocorreram (anos). 
1. Ocorreu a reforma “Carlos Chagas”, a qual incorporou a Higiene do Trabalho 
ao âmbito da saúde pública por meio do Departamento Nacional de Saúde 
Pública. 
2. Foi publicada a portaria nº 3.214, que aprovou as Normas Regulamentadoras 
(NRs) do Capítulo V, Título II, da CLT, referentes a segurança e medicina do 
trabalho. 
3. Foi publicado o decreto no 19.433, que criou o Ministério do Trabalho, 
Indústria e Comércio. 
4. Por meio do Decreto-lei no 5.452, entrou em vigor a Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT). 
( ) 1930 
( ) 1943 
( ) 1978 
( ) 1920 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
b) 3, 4, 2, 1 
 
Evolução da Higiene e 
Segurança do Trabalho 
(HST) 
Evolução da Higiene e Segurança do Trabalho (HST) 
 
A História abre portas para o entendimento do desenvolvimento do 
conhecimento de todas as áreas, incluindo a medicina do trabalho e a 
higiene e segurança do trabalho. Com o desenvolvimento da 
humanidade e do labor, ao longo do tempo, as condições de trabalho 
foram sendo cada vez mais determinantes para a ocorrência de 
doenças e acidentes de trabalho, os quais resultaram em 
incapacidades temporárias e permanentes e até mesmo na morte de 
inúmeros trabalhadores (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
Nos próximos tópicos serão explorados os principais marcos 
históricos relativos ao surgimento e desenvolvimento da medicina e 
higiene do trabalho, bem como o surgimento de regulamentações e 
seus desdobramentos nas relações de trabalho e na incidência de 
doenças e acidentes de trabalho. 
 
Surgimento da medicina do trabalho 
 
A Medicina do Trabalho surgiu no século XIX, através do 
estabelecimento de uma relação entre saúde e trabalho. O estudo da 
medicina do trabalho não era focado em torná-la uma especialidade, 
mas sim na busca por formas de aumentar a produtividade de 
trabalhadores e de minimizar as consequências das patologias 
adquiridas em virtude das atividades laborais (MATTOS; MÁSCULO, 
2019). 
Bristot (2019, p. 174) define a medicina do trabalho como um: 
 
Segmento da medicina tradicional, com 
características diferenciadas dentro de um 
programa de saúde ocupacional, objetivando a 
realização das avaliações da capacidade física, 
mentais e emocionais, para que o trabalhador 
possa iniciar suasatividades laborais sem correr 
riscos para si e para seus (BRISTOT, 2019, p. 
174). 
 
Logo, podemos afirmar que a medicina do trabalho é uma 
especialidade médica dedicada ao tratamento de doenças e ao 
restabelecimento da saúde do trabalhador que tenha sido vítima de 
acidentes e doenças do trabalho. Desse modo, a medicina do 
trabalho é decisiva para a associação dos agravos à saúde e o 
desempenho do trabalho (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
A conexão entre os agravos e o trabalho remete aos estudos da 
Escola da Administração Científica, idealizada e iniciada por Frederick 
Taylor (1856-1915), a qual se desenvolveu nos Estados Unidos, com 
o aporte de outros autores, como Henry Lawrence Gantt (1861-
1919), Frank Bunker Gilbreth (1868-1924) e Harrington Emerson 
(1853-1931). A principal preocupação dessa corrente de pensamento 
concentra-se na elevação da produtividade da organização através 
do aumento de eficiência dos operários. Assim, no século XIX, 
grande ênfase era dada à análise e divisão do trabalho do operário, 
visto que cada função e cargo que ocupam consiste numa unidade 
fundamental da empresa (CHIAVENATO, 2003). 
Mattos e Másculo (2019) apontam que a atuação do médico abria 
espaço para interpretações de acordo com o atendimento clínico 
individual, não sendo incomum a dissociação dos agravos gerados à 
saúde em relação ao trabalho. Isso beneficiava o paradigma 
taylorista, uma vez que favorecia a seleção dos funcionários “mais 
aptos” para uma função. A associação entre agravo e atividade 
laboral, também favorecia o gerenciamento do retorno dos doentes e 
acidentados e o controle do absenteísmo. 
Porém, de forma um tanto crua, podemos dizer que cada vez mais o 
“cerco foi se fechando”, pois, com a incorporação de conhecimentos 
e das inovações técnicas (como os motores elétricos), foi ficando 
cada mais difícil sustentar uma resposta que não traçasse uma ponte 
direta entre o surgimento de agravos e a execução do trabalho, os 
quais “inviabilizavam economicamente a produção, principalmente no 
período pós-guerra, onde a economia estava sendo reativada e a 
mão de obra reassumindo os postos de trabalho” (MATTOS; 
MÁSCULO, 2019, p. 15). 
Nesse contexto, aparece uma nova abordagem para a relação entre 
saúde e trabalho: a saúde ocupacional, cuja finalidade consistia em 
adequar-se à nova necessidade produtiva (MATTOS; MÁSCULO, 
2019). 
 
Regulamentação das condições de trabalho na Europa 
 
Conforme discutido na aula 1, desde a Antiguidade os pensadores já 
apontavam os possíveis efeitos nocivos da exposição prolongada a 
diferentes substâncias durante a realização do trabalho. Porém, 
bastante tempo depois vieram novos registros de estudos acerca da 
toxicidade de substâncias e potenciais consequências à saúde. Em 
1473, Ulrich Ellenborg associou sintomas de envenenamento 
ocupacional por vapores metálicos (chumbo e mercúrio, por 
exemplo), ácido nítrico e monóxido de carbono. Além disso, propôs 
medidas de prevenção (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
Entretanto, até o final do século XV publicações de investigações 
sobre doenças provocadas por agentes químicos não costumavam 
propor formas de tratar, apenas de preveni-las. George Bauer foi o 
primeiro a conduzir um estudo completo em 1556. Sua obra, 
intitulada “De Re Metallica” abordou as enfermidades relacionadas 
com as atividades de extração e fundição de prata e ouro, bem como 
as doenças e acidentes de trabalho mais frequentes entre mineiros. 
O seu diferencial consistiu em propor, além de formas de prevenção, 
como a garantia de condições apropriadas de ventilação, foi a 
descrição dos sintomas e a evolução de uma moléstia referida por ele 
como “asma dos mineiros”, a qual mais tarde chegou-se à 
interpretação de ser equivalente ao que hoje se conhece como 
silicose (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
Em 1567, Aureolus Theophrastus Bembastus von Hohenheim, 
conhecido como Paracelso, publicou o livro “Dos ofícios e doenças 
da montanha”, que constituiu a primeira monografia cujo tema foram 
as associações entre os métodos de trabalho e doenças ocasionadas 
pelo contato com substâncias por profissionais de mineração e 
fundição de metais, como a silicose e as intoxicações por chumbo e 
mercúrio (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
Como definitivamente as atenções estavam voltadas para o risco da 
atividade de mineração, em 1665, na cidade Ídria, na Eslovênia, país 
do Leste Europeu, reduz-se a jornada dos mineiros de mercúrio a fim 
de diminuir a incidência do “idragismo”, doença ocasionada por esse 
metal. Esse foi marco regulatório importante em matéria de saúde e 
segurança do trabalho (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
Conforme já explanado na aula 1, no século XVIII vieram as 
publicações de Ramazzini, tido como o Pai da Medicina do Trabalho, 
fundamentais para estabelecer uma máxima válida até os dias atuais: 
“Prevenir é melhor do que remediar.” Ramazzini descreveu não só as 
doenças e suas respectivas medidas de prevenção, mas também 
introduziu na anamnese médica o questionamento “Qual a sua 
ocupação?” (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
No ano de 1740 implementou-se na Dinamarca um sistema de saúde 
nacional, criando-se os primeiros exames, os quais serviram de 
modelo para os demais países europeus. Anos depois, em 1775, na 
Inglaterra, o médico Percival Pott relatou o desenvolvimento de 
câncer escrotal por limpadores de chaminés, devido à falta de higiene 
e ao contato com fuligem. Treze anos mais tarde foi promulgada no 
país a Lei de proteção aos limpadores de chaminé (MATTOS; 
MÁSCULO, 2019). 
Somente com o advento da Revolução Industrial, com a verificação 
de quão degradas estavam as condições de trabalho e com a alta no 
número de acidentes de trabalho graves, mutilantes e fatais, 
mediante intensa reivindicação e atuação dos movimentos sociais, 
introduziram-se medidas legais de controle das condições e dos 
ambientes de trabalho. Era urgente que fossem regulamentados 
muitos dos fatores que resultavam nos acidentes de trabalho a 
época, entre eles: a falta de proteção das máquinas, a falta de 
treinamento para sua operação, as extenuantes jornadas de trabalho, 
os níveis elevados de ruído produzido pelas máquinas e as más 
condições de higiene e segurança dos ambientes de trabalho 
(MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
O impacto da abertura de novas fábricas e tipos de atividades 
industriais, tornava-se cada vez mais insustentável, visto que subiam 
os números de doenças e acidentes de origem ocupacional e não 
ocupacional. Diante disso, com o Sir Robert Peel a frente, é 
inaugurada uma comissão de inquérito no Parlamento britânico. Em 
1802 foi aprovada a primeira lei de proteção aos trabalhadores, 
chamada de “Lei da Preservação da Saúde e da Moral dos 
Aprendizes e de Outros Empregados”, a qual, dentre outras 
providências, fixava a jornada diária de doze horas de trabalho, 
proibia o trabalho noturno, determinava a obrigação de garantir boa 
ventilação nos ambientes de trabalho, assim como a limpeza das 
paredes das fábricas duas vezes ao ano pelos empregadores. Outras 
leis complementares foram promulgadas em 1819, mas segundo 
Mattos e Másculo (2019), elas não foram propriamente levadas em 
consideração respeitadas pelos empregadores, visto que isso exigiria 
um investimento financeiro alto, que não era de seu interesse realizar. 
Os estudos continuaram avançando ao longo do século XIX, até que 
no século seguinte foi fundada a Organização Internacional do 
Trabalho (OIT), em 1919, que culminou na evolução das legislações 
trabalhistas, estabelecendo, criando condições necessárias para o 
desenvolvimento dos aspectos técnicos da Higiene Industrial 
(BRISTOT, 2019). 
 
Evolução da HST nos continentes europeu e americano 
 
A Higiene do Trabalho consiste numa área entrelaçada com a 
Medicina do Trabalho, visto que têm o objetivo comum “prevenir os 
danos à saúde do trabalhador decorrentes das condições do 
trabalho”(BRISTOT, 2019, p. 173). 
Outra área que possui interface com a Higiene do Trabalho é a 
Ergonomia, visto que essa última tem como finalidade a adaptação 
do meio ao homem, em outras palavras, a realização de intervenções 
no ambiente de trabalho a fim de prover melhorias e a qualidade de 
vida dos trabalhadores. De toda forma, admitindo que os riscos 
ambientais contribuem para a formação de situações inseguras, a 
Higiene do Trabalho é a área responsável pela identificação, análise 
e avaliação, com o fim de traçar melhorias necessárias para o 
aperfeiçoamento das condições com potencial para acarretar 
prejuízos à saúde dos trabalhadores (BRISTOT, 2019). 
Apesar da intensificação do processo de industrialização ocorrido nos 
Estados Unidos (EUA) a partir da metade do século XIX, as primeiras 
ações voltadas para Higiene e Saúde do Trabalho nesse país e nos 
demais do continente americano, incluindo o Brasil, começaram 
apenas no século XX. 
Em 1900, a médica e higienista Alice Hamilton foi responsável por 
investigar diferentes ocupações, tendo influenciado as primeiras leis 
ocupacionais americanas. Inclusive no ano de 1919 ela se tornou a 
primeira mulher a estudar em Harvard, publicando a obra 
“Explorando as ocupações perigosas.” As leis sobre indenizações em 
casos de acidentes de trabalho foram lançadas entre os anos 1902 e 
1911. 
De acordo com Mattos e Másculo (2019, p. 12): 
Além da regulamentação sobre os serviços, há 
também que registrar outros fatos marcantes 
ocorridos nos Estados Unidos, como: a criação, 
em 1916, da Industrial Medical Association 
(orientada para a reparação dos acidentes); o 
início do curso de graduação em Higiene Industrial 
na Universidade de Harvard (1922); a criação da 
ACGIH – inicialmente National Conference of 
Governmental Industrial Hygienists (1938); a 
criação da AIHA (American Industrial Hygiene 
Association) e da ASA (American Standards 
Association, hoje ANSI). 
 
O Brasil e outros países da América Latina tiveram sua Revolução 
Industrial ocorrendo por volta dos anos 1930. Nesse contexto, foram 
marcos importantes: a origem da área de Higiene Ocupacional no 
SESI, em 1945; a concepção da Fundação Jorge Duprat Figueiredo 
de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho (Fundacentro) em 
1966; em 1972, o lançamento do Plano de Valorização do 
Trabalhador e a obrigatoriedade dos Serviços Médico e de Higiene e 
Segurança do Trabalho nas empresas com 100 ou mais 
empregados, de acordo com a Portaria 3.237/72. 
Apesar dos avanços, o Brasil acabou ganhando um título bastante 
indesejado na área de segurança do trabalho em 1974, o de 
campeão mundial de acidentes de trabalho (MATTOS; MÁSCULO, 
2019). 
 
As várias faces do conceito de saúde 
 
O Comitê misto da OIT e da Organização Mundial da Saúde (OMS) 
definiram em 1949, em reunião na Genebra em 1949, que a saúde 
ocupacional tem como intuito promover e manter o bem-estar físico, 
mental e social dos trabalhadores em todas as funções. Outro 
objetivo é a prevenção das doenças ocupacionais desencadeadas 
pelas condições de trabalho às quais estão submetidos. Portanto, a 
saúde ocupacional é uma abordagem multiprofissional com perfil 
tecnicista, a qual valoriza os ambientes de trabalho, focando nas 
doenças ocupacionais do trabalhador produtivo (MATTOS; 
MÁSCULO, 2019). 
Como desdobramento do conhecido como Modelo Operário Italiano, 
surge um modelo que consiste num novo modo de abordar saúde e 
trabalho, em paralelo com a saúde ocupacional, conhecido como 
saúde do trabalhador, com as seguintes características: participativo, 
em detrimento do tecnicista, tendo o trabalhador como sujeito das 
ações, atuando nas avaliações e na implementação das mudanças 
nos processos e organização de trabalho (MATTOS; MÁSCULO, 
2019). 
01 
Leia o trecho abaixo: 
“Os primeiros estudos sobre a saúde dos trabalhadores, ao que se sabe, datam 
do 
século XVI, com a publicação do livro De re Metallica, de George Bauer. Ele 
estudou os diversos problemas relacionados com a extração de minerais, prata 
e ouro, destacando, assim, os acidentes de trabalho e as doenças entre os 
trabalhadores mineiros, chamada de ‘asma dos mineiros’.” 
Fonte: BRISTOT, V. M. Introdução à engenharia de segurança do trabalho 
[Recurso eletrônico]. Criciúma, SC: UNESC, 2019, p. 172. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre a regulamentação 
das condições de trabalho na Europa, analise as afirmativas a seguir e assinale 
V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). 
I. ( ) Ulrich Ellenborg reconheceu como tóxicos os vapores de alguns metais e 
descreveu os sintomas de envenenamento ocupacional por monóxido de 
carbono, chumbo, mercúrio e ácido nítrico, sugerindo medidas preventivas. 
II. ( ) Uma das doenças mais estudadas foi a intoxicação por cobre. Foi devido 
a sua importância que a jornada dos mineiros de cobre foi reduzida em Ídria, 
Eslovênia, no ano de 1665, a fim de reduzir a incidência do hidrargirismo. 
III. ( ) Em 1567, Aureolus Theophrastus Bembastus von Hohenheim 
(Paracelso) escreveu a obra Dos ofícios e doenças da montanha, primeira 
monografia sobre as relações entre trabalho e doença. 
IV. ( ) O primeiro estudo completo foi desenvolvido por George Bauer, em 
1556, quando foi publicada a sua obra “De Re Metallica”. Ela estabeleceu 
uma tese que até hoje é muito usada: “Prevenir é melhor do que remediar.” 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
b) V, F, V, F 
02 
Leia o trecho abaixo: 
“Com a Revolução Industrial (1760 a 1830), os estudos avançaram até 
surgirem as primeiras leis trabalhistas, no sentido de proteger os trabalhadores 
dos riscos de acidentes e das possíveis doenças relacionadas ao trabalho e que 
mudariam toda a 
história da humanidade.” 
Fonte: BRISTOT, V. M. Introdução à engenharia de segurança do trabalho 
[Recurso eletrônico]. Criciúma, SC: UNESC, 2019, p. 172. 
A partir do texto acima e do conteúdo estudado sobre Regulamentação das 
condições de trabalho na Europa, considere a afirmativas a seguir: 
I. O médico Percival Pott descreveu a incidência de câncer entre os 
limpadores de chaminés, investigando os impactos mecânicos e o histórico 
familiar como causas do câncer escrotal. 
II. Em 1740 foram realizados na Dinamarca os primeiros exames, através da 
criação pelo governo de um sistema nacional de saúde, procedimento também 
adotado, depois em outros países europeus. 
III. Embora sejam inegáveis os benefícios advindos da Revolução Industrial, 
como a ampliação no consumo de bens para a sociedade; o preço pago pelos 
trabalhadores foram péssimas condições de trabalho, doenças e numerosos 
acidentes de trabalho. 
IV. Uma comissão de inquérito, sob a direção de Sir Robert Peel, foi criada no 
Parlamento britânico para investigar os abusos cometidos pelas organizações. 
Em 1802 foi aprovada a a “Lei da Preservação da Saúde e da Moral dos 
Aprendizes e de Outros Empregados”, primeira lei de proteção aos 
trabalhadores. 
Está correto o que se afirma em: 
a) II, III e IV 
 
03 
Leia o trecho abaixo: 
“Na Europa é criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT em 
1919). A OIT, única agência da ONU com comissões tripartites, reúne 
governos, empregadores e trabalhadores de 187 países-membros. A OIT 
adota 188 Convenções Internacionais de Trabalho e 200 Recomendações 
sobre diversos temas, nem todas aprovadas pelo Governo Brasileiro.” 
Fonte: MATTOS, U. A.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do trabalho. 
2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019, p. 12. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre a evolução da 
Higiene e da Medicina do Trabalho, analise as asserções a seguir e a relação 
proposta entre elas: 
I. A OIT teve um papel importante para o desenvolvimento das legislações 
trabalhistas, da Medicina do Trabalho e dos aspectos técnicos da Higiene 
Industrial. 
Porque 
II. Inexistiam estudos relevantesem matéria de segurança e saúde do trabalho 
anteriores à data de sua criação. 
a) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa 
 
04 
Leia o trecho abaixo: 
“Melhorar o ambiente laboral significa evitar os acidentes e as doenças 
causadas pelo trabalho, ou seja, este deve ser realizado em condições 
adequadas com o objetivo de não causar prejuízos físicos, mentais e sociais, 
permitindo, assim, um desenvolvimento integral dos indivíduos através do seu 
trabalho. Para isso, um ambiente seguro é imprescindível…” 
Fonte: BRISTOT, V. M. Introdução à engenharia de segurança do trabalho 
[Recurso eletrônico]. Criciúma, SC: UNESC, 2019, p. 172. 
A partir do texto acima e dos seus conhecimentos sobre Higiene e Medicina 
do Trabalho, analise os marcos históricos e acontecimentos de maior 
relevância para a evolução da segurança do trabalho no continente americano 
e associe-os com a ordem cronológica em que ocorreram (anos). 
1. Alice Hamilton, médica americana, investiga várias ocupações laborais e 
influencia as primeiras leis ocupacionais americanas. 
2. Fundação da Industrial Medical Association, voltada para a reparação de 
acidentes de trabalho. 
3. Inauguração do curso de graduação em Higiene Industrial na Universidade de 
Harvard. 
4. Criação da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança, Higiene e 
Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO) 
( ) 1916 
( ) 1966 
( ) 1900 
( ) 1922 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
e) 2, 4, 1, 3 
05 
Leia o trecho abaixo: 
“A História sempre foi uma ferramenta científica que auxilia o entendimento 
de uma situação no presente. Para a Higiene e Segurança do Trabalho não é 
diferente. A Higiene e Segurança do Trabalho pode ser entendida como uma 
disciplina, da área tecnológica, voltada para o estudo e a aplicação de métodos 
para a prevenção de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e outras 
formas de agravos à saúde do trabalhador.” 
Fonte: MATTOS, U. A.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do trabalho. 
2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019, p. 5. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre desenvolvimento 
da Segurança do Trabalho e virtude da Revolução Industrial, analise as 
asserções a seguir e a relação proposta entre elas: 
I. Cabe à Higiene e Segurança do Trabalho, junto com áreas afins do 
conhecimento, identificar os fatores de riscos de acidentes e doenças 
ocupacionais, avaliar os seus efeitos na saúde do trabalhador e propor medidas 
de intervenção no ambiente laboral. 
Porque 
II. A prevenção de acidentes e doenças do trabalho se faz através da 
identificação, análise e avaliação dos riscos e na organização e implantação de 
medidas para eliminação ou minimização desses riscos. 
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma 
justificativa correta da I 
 
06 
Leia o trecho abaixo: 
“O questionamento ao conceito e prática da saúde ocupacional ocorre em 
diversos países, principalmente após a década de 1960, devido a importantes 
modificações sociopolíticas. Cabe destaque ao movimento iniciado na Itália 
pelos trabalhadores, conhecido como Modelo Operário Italiano, através da 
organização dos sindicatos, criando as condições para que um novo modo de 
abordar saúde e trabalho começasse a tomar forma […] Esta nova abordagem, 
que surge em paralelo com a saúde ocupacional, é conhecida nos países 
latino-americanos como saúde do trabalhador.” 
Fonte: MATTOS, U. A.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do trabalho. 
2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019, p. 16. 
A partir do texto acima e dos seus conhecimentos sobre as várias faces do 
conceito de saúde, analise os modelos abaixo e associe-os com as suas 
respectivas características. 
1. Saúde ocupacional 
2. Saúde do trabalhador 
( ) Modelo participativo em que o trabalhador é tido como sujeito das ações. 
( ) Preza pela valorização dos ambientes de trabalho e dos agentes ambientais, 
mantendo a atenção nas doenças do trabalhador produtivo. 
( ) Abordagem caracterizada como multiprofissional e com perfil tecnicista 
das análises. 
( ) Abordagem na qual os espaços produtivos constituem sistemas dinâmicos 
e os riscos variam com os homens, tempos, espaços. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
e)2, 1, 1, 2 
 
Destrinchando o acidente 
de trabalho 
Destrinchando o acidente de trabalho 
 
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) é 
alimentado pelas informações prestadas nas notificações e 
investigações de doenças e agravos que fazem parte da lista 
nacional de doenças de notificação provenientes tanto no setor formal 
quanto informal da economia. Segundo dados do Sinan, o número de 
acidentes de trabalho graves no Brasil cresceu aproximadamente 
40% no ano de 2020, saindo de 94.353 em 2019 para 132.623 (OIT, 
2021). 
Entre 2012 e 2020 registrou-se 5,6 milhões de doenças e acidentes 
do trabalho no Brasil, os quais ocasionaram um gasto previdenciário 
que ultrapassa 100 bilhões de reais com as despesas acidentárias 
resultantes, levando a uma perda de 430 milhões de dias de trabalho. 
Adicionalmente, o número de afastamentos e auxílios-doença 
relativos à transtornos mentais e comportamentais como depressão, 
ansiedade, estresse (acidentários e não-acidentários) foram de 224 
mil, em 2019, para 289 mil em 2020, refletindo num aumento de 30% 
mesmo durante o primeiro ano da pandemia de COVID-19 (OIT, 
2021). 
Nos próximos itens serão apresentados os conceitos de acidente de 
trabalho do ponto de vista legal e Prevencionista, as causas 
prováveis, bem como os procedimentos obrigatórios de serem 
realizados mediante a concretização de um sinistro. Além disso, 
serão discutidos alguns exemplos de situações possíveis. 
 
Conceito de Acidente de Trabalho 
 
O acidente de trabalho impacta não somente a própria vítima, como 
também: os funcionários da organização, tanto de setores próximos 
quanto distantes; os familiares, dependentes e amigos da vítima; a 
comunidade presente nos arredores de onde se deu o sinistro; a 
comunidade em geral, que obtenha conhecimento do ocorrido de 
forma direta ou indireta do ocorrido, até mesmo por meio de 
noticiários de rádio e televisão; e, em última instância, toda a 
sociedade, visto que a previdência social representa uma despesa 
para todos os cidadãos. 
 Nas palavras de Barsano e Barbosa (2014b, p. 96): 
 
O acidente do trabalho é uma das formas mais 
cruéis de castigar a sociedade. Quando ele ocorre, 
todos perdem, pois o trabalhador fica lesionado ou 
até inválido, sua família terá gastos com 
medicamentos e hospitais, a empresa terá de 
arcar com os depósitos do FGTS e ficar com uma 
imagem negativa, e a previdência social 
(representando toda a sociedade) terá́ mais uma 
despesa com um trabalhador improdutivo, que 
poderia estar contribuindo com o INSS e que, 
agora, só trará gastos (BARSANO; BARBOSA, 
2014b, p. 96). 
 
A Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de 
Benefícios da Previdência Social, no seu artigo 19 define legalmente 
o acidente de trabalho como uma consequência do exercício do 
trabalho a serviço de uma organização, de um empregador ou pelos 
segurados descritos no inciso VII do art. 11 desta mesma Lei, que 
resulte em lesão corporal ou perturbação funcional e que provoque a 
morte ou a perda ou redução, de forma permanente ou temporária, 
da capacidade para o trabalho (BRASIL, 1991). 
O artigo 11 da Lei 8.213/91, referido acima, por sua vez, estabelece 
que o segurado especial da Previdência Social é a pessoa física 
residente na zona rural ou aglomerado urbano ou rural próximo a ela 
que, de forma individual ou em regime de economia familiar, mesmo 
com o auxílio eventual de terceiros, na condição de produtor, o qual 
realize atividade agropecuária em área de até 4 módulos fiscais. 
Também está incluso o seringueiro ou extrativistavegetal ou pessoa 
que conduza essas atividades como meio de vida. Adicionalmente, 
consistem em segurado especial o pescador artesanal ou que exerça 
função semelhante e que tenha a pesca como principal meio de vida. 
E, ainda, o cônjuge, companheiro ou filho maior de 16 anos de idade 
ou equiparado, do segurado os quais trabalhem com o grupo familiar 
(BRASIL, 1991). 
De acordo com a Lei 8.213/91, outras ocorrências e situações que 
são reconhecidas como acidente de trabalho, equiparando-se a este 
perante a lei. Assim, o artigo 20 estabelece que o acidente do 
trabalho contempla também a doença profissional, a qual é produzida 
ou desencadeada pelo exercício do trabalho em virtude da realização 
de uma atividade de forma constante, descrita pelo Ministério do 
Trabalho e da Previdência Social. Além disso, também é tido como 
acidente de trabalho a doença do trabalho que venha a ser adquirida 
ou desencadeada em função de condições especiais inerentes ao 
modo pelo qual o trabalho é realizado e que tenha conexão direta 
com ele (BRASIL, 1991). 
No entanto, a Lei 8.213/91 distingue as enfermidades que não podem 
ser tidas como doença do trabalho, são elas: doenças degenerativas, 
doenças relativas ao grupo etário do qual o indivíduo faz parte, as 
moléstias que não ocasionem incapacidade laborativa, doenças 
endêmicas adquiridas por segurado habitante de região na qual ela 
seja frequente, salvo mediante comprovação de que foi adquirida por 
conta da exposição ou do contato direto devido à natureza do 
trabalho. Porém, a Lei 8.213/91 também descreve casos 
excepcionais, visto que, tendo-se constatado que a doença resultou 
das condições especiais inerentes ao trabalho ou tenha conexão 
direta com ele, a Previdência Social deve sim considerá-la acidente 
do trabalho (BRASIL, 1991). 
No artigo 21 da Lei 8.213/91 são enumerados outros tipos de eventos 
que também se equiparam ao acidente do trabalho, tais como o 
acidente conectado ao trabalho que, mesmo que não tenha uma 
causa única, tenha corroborado diretamente para a morte do 
segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, 
ou que tenha resultado em lesão que exija assistência médica para a 
sua recuperação. Adicionalmente, também são mencionados os 
acidentes sofridos pelos segurados no local e no horário do trabalho, 
como consequência de algum ato de agressão, sabotagem ou 
terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho. Outros 
eventos considerados acidentes de trabalho são as ofensas físicas 
intencionais, incluindo as provenientes de terceiros, por motivo de 
disputa relacionada ao trabalho. Adicionalmente, são englobados os 
atos de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de 
companheiro de trabalho, os atos de pessoas privadas do uso da 
razão e atos fortuitos como desabamento, inundação, incêndio ou 
decorrentes de força maior (BRASIL, 1991). 
No artigo 21 ainda são listadas como equiparadas ao acidente de 
trabalho as doenças ocasionadas por contaminação acidental do 
empregado durante a execução de atividade laboral, bem como o 
acidente sofrido pelo segurado fora do local e horário de trabalho, 
quando da execução de ordem de serviço sob a autoridade da 
organização. Além disso, também se encaixam como acidente de 
trabalho a prestação espontânea de serviço à empresa com a 
finalidade de evitar prejuízo ou proporcionar algum resultado positivo; 
durante viagem a serviço do empregador, inclusive para capacitação 
da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção usado, 
ou mesmo veículo de propriedade do segurado. Também o acidente 
que tenha se dado no percurso da residência para o local de trabalho 
ou e vice-versa, utilizando qualquer meio de locomoção, inclusive 
veículo de propriedade do segurado é uma modalidade de acidente 
de trabalho (BRASIL, 1991). 
Um adendo é feito pelo artigo 21 no que diz respeito à delimitação do 
que faz parte do exercício do trabalho, definindo que o empregado é 
considerado no exercício do trabalho ao longo dos períodos 
reservados para a refeição ou descanso, satisfação das 
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este 
(BRASIL, 1991). 
De acordo com Mattos e Másculo (2019), críticas são feitas a essa 
definição legal devido ao fato dela não descrever o evento em si, se 
limitando a determinar o acidente de trabalho perante um 
antecedente (o exercício de trabalho e a existência de uma relação 
com uma empresa) e uma consequência (lesão ou perturbação 
funcional). Isso significa que a definição legal diz respeito a aspectos 
que têm relação com o trabalhador, de modo que acaba reportando 
mais do acidentado do que do acidente em si. Entretanto, os autores 
supracitados justificam essa espécie de “desvio” do foco da definição 
por se tratar de uma lei que serve de base para o sistema 
previdenciário, de modo que, com base nela, será definido quem faz 
jus a receber auxílios reparatórios de perdas provocadas por 
acidentes de trabalho. 
O que se percebe perante a discussão em torno da definição legal é 
que ela deixa uma lacuna no tocante à prevenção da ocorrência dos 
sinistros. É justamente para preenchê-la que emergiu o conceito 
prevencionista do acidente de trabalho. Sob essa perspectiva, o 
acidente de trabalho é tido como “qualquer ocorrência fora da 
programação, que pode ou não ser inesperada, interrompendo o 
processo normal da atividade, tendo como consequência isolada ou 
concomitante o tempo perdido, dano material ou lesões humana” 
(STUMM, 2020, p.33). 
 
Causas do acidente de trabalho 
 
Mattos e Másculo (2019) destacam que os acidentes de trabalho 
costumam ser causados pela existência de disfunções, as quais 
provocam perturbações no funcionamento do sistema como um todo, 
aumentando a probabilidade de ocorrência de um evento disparador, 
o qual culmina no acidente. As disfunções consistem em possíveis 
falhas ou traço fora do comum, como, por exemplo, a lâmpada da 
lanterna traseira de um carro queimada. 
Vejamos de que forma essa disfunção gera um evento disparador, o 
qual pode causar um acidente (MATTOS E MÁSCULO, 2019): 
1. Quando o motorista do carro que está com a lâmpada queimada 
tentar sinalizar a troca de faixa, a seta não acenderá; 
2. Portanto, os demais motoristas não serão capazes de perceber 
que o veículo com a lâmpada quebrada vai transitar entre as faixas; 
3. Em virtude disso, provavelmente os demais motoristas ao redor 
não realizarão o movimento de desaceleração necessário para que 
haja espaço suficiente para que o carro da lâmpada queimada faça a 
troca de faixas. 
4. Assim, elevam-se as chances dessa manobra acabar ocasionando 
uma colisão (acidente). 
Ou seja, as disfunções consistem em anomalias de um ou mais 
componentes de um sistema que fazem com que ele não funcione 
conforme o planejado e o esperado (MATTOS E MÁSCULO, 2019). 
 
Comunicação de acidente de trabalho (CAT) 
 
A Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) é direcionada à 
Previdência Social e deve ser realizada pela empresa no primeiro dia 
útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à 
autoridade competente. Além de mandatória, a CAT também serve 
para fins estatísticos (BARSANO; BARBOSA, 2014). 
 
01 
(CEV-URCA – Adaptado) Leia o trecho abaixo: 
“Na falta de emissão da CAT por parte da empresa, podem formalizá-la: o 
próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o 
médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública.” 
Fonte: BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Higiene e segurança do 
trabalho. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014, p. 42. 
A partir do texto acima e do conteúdo estudado sobre Comunicação de 
acidente de trabalho (CAT), considere a afirmativas a seguir: 
I. A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de 
trabalho ocorridos com seus empregados até o primeiro dia útil seguinte ao da 
ocorrência.II. Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata. 
III. Se a empresa não fizer o registro da CAT, o trabalhador é o responsável 
por efetivar o registro junto à Previdência Social, a fim de evitar a aplicação de 
multa à empresa. 
IV. Com base no conceito prevencionista, acidente de trabalho é toda 
ocorrência não programada, não desejada, que interrompe o andamento 
normal do trabalho, podendo resultar em danos físicos e/ou funcionais, ou na 
morte do trabalhador e/ou danos materiais e econômicos à empresa e ao meio 
ambiente. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, II e IV 
• 02 
• (GS Assessoria e Concursos – Adaptada) Leia o trecho abaixo: 
• “O conceito prevencionista aborda não somente o acidente do trabalho 
como uma causa de dano real ao trabalhador ou ao patrimônio, mas 
principalmente uma previsão, uma antecipação de algum evento que, 
sob o olhar prevencionista dos profissionais envolvidos com a 
segurança do trabalho (SESMT e CIPA) na empresa, possa 
desencadear, por meio de diversos incidentes (quase acidentes), uma 
pequena lesão, uma grave lesão ou até́ mesmo um acidente fatal (morte 
do trabalhador).” 
• Fonte: BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Higiene e segurança do 
trabalho. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014, p. 40. 
• Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre Acidente de 
Trabalho, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) 
verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). 
• I. ( ) Um episódio de agressão física de colegas ou de terceiros no 
exercício das atividades laborais não se enquadra como acidente de 
trabalho. 
• II. ( ) A Segurança do Trabalho contempla um conjunto de medidas de 
proteção utilizadas com o intuito de proteger os colaboradores de uma 
empresa e diminuir eventuais perigos de ocorrência de acidentes de 
trabalho e doenças ocupacionais. 
• III. ( ) O objetivo da Segurança do Trabalho é oferecer um ambiente de 
trabalho benéfico para que os afazeres laborais sejam alcançados da 
melhor maneira possível. 
• IV. ( ) Acidentes ocorridos fora das dependências da empresa em que o 
trabalhador não esteja a serviço do empregador se enquadram como 
acidentes de trabalho. 
• Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
d) F, V, V, F 
03 
(GS Assessoria e Concursos – Adaptada) Leia o trecho abaixo: 
“O acidente é, normalmente, inesperado, ou seja, não se programa para que 
aconteça e decorre, normalmente de atos inseguros ou condições inseguras, de 
imprudência, de falta de atenção e outros tantos.” 
Fonte: STUMM, S. B. Segurança do trabalho e ergonomia [recurso 
eletrônico]. Curitiba: Contentus, 2020, p. 33. 
A partir do texto acima e do conteúdo estudado sobre Acidente de trabalho, 
considere a afirmativas a seguir: 
I. Caracterizam acidentes de trabalho os acidentes sofridos no percurso da 
empresa para a residência do trabalhador e vice-versa. 
II. Sinistros provocados por negligência, imprudência ou imperícia de colegas 
de trabalho ou de terceiros, durante o exercício das atividades laborais 
configuram acidentes de trabalho. 
III. A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento restrito 
a acidentes de trabalho, não aplicando-se a doenças do trabalho. 
IV. Não se enquadram como acidentes de trabalho os sinistros ocorridos 
durante as viagens a trabalho ou mediante a participação do trabalhador em 
programas de capacitação promovidos pelo empregador. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I e II 
• 04 
• (CESPE / CEBRASPE – Adaptada) Leia o trecho abaixo: 
• “Antônio, empregado da manutenção de determinada empresa, ao 
fazer reparos na iluminação da fachada de um bloco durante seu 
expediente, tomou um choque elétrico, caiu da escada e sofreu 
escoriações no braço esquerdo. Socorrido, foi levado ao hospital. Em 
razão do acidente, somente conseguiu voltar ao trabalho três dias 
depois do ocorrido.” 
• Fonte: CESPE / CEBRASPE. Prova para o cargo superior de professor 
do SEED-PR. Disponível 
em: https://www.cebraspe.org.br/concursos/seed_pr_20_professor. 
• Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que o 
acidente de Antônio tem como característica o fato de: 
d) consistir num acidente de trabalho 
05 
https://www.cebraspe.org.br/concursos/seed_pr_20_professor
(FEPESE– Adaptada) Leia o trecho abaixo: 
“Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão 
que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às 
consequências do acidente anterior. Podemos citar como exemplo o 
trabalhador que sofreu um acidente jogando bola, rompendo o tendão da 
perna, há alguns anos, e, ao subir as escadas da empresa, acaba rompendo esse 
mesmo tendão.” 
Fonte: BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Higiene e segurança do 
trabalho. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014, p. 39. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre a Acidentes de 
Trabalho, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: 
I. A CAT é opcional nos casos de acidentes que não resultam em 
afastamentos das atividades do trabalhador. 
Porque 
II. Qualquer acidente de trabalho ocorrido deve ser comunicado ao INSS por 
meio da CAT. 
a) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição 
verdadeira 
• 06 
• (OBJETIVA – Adaptada) Leia o trecho abaixo: 
• “De forma sucinta, segundo a Lei nº 8.213/1991, art. 21, também se 
consideram acidentes de trabalho: a) O acidente ligado ao trabalho que 
contribua diretamente para a morte, redução ou perda da capacidade 
laboral; b) O acidente sofrido no local e horário de trabalho em função 
de atos praticados por terceiro ou companheiro de trabalho, ofensa 
física intencional, imprudência, ato de pessoa privada do uso da razão, 
casos decorrentes de força maior como desabamento, inundação, 
incêndio; c) doença decorrente de contaminação acidental; d) O 
acidente ocorrido fora do lugar e horário de trabalho como a execução 
de tarefa sob ordem da empresa, prestação espontânea de serviço à 
empresa a fim de evitar prejuízo ou proporcionar proveito, em viagem 
a serviço da empresa, a caminho de casa para o trabalho ou do trabalho 
para casa”. 
• Fonte: STUMM, S. B. Segurança do trabalho e ergonomia [recurso 
eletrônico]. Curitiba: Contentus, 2020, p. 33. 
• Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre Acidente de 
Trabalho, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) 
verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). 
• I. ( ) A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os 
acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não 
haja afastamento das atividades, até o segundo dia útil seguinte ao da 
ocorrência. 
• II. ( ) Também enquadra-se como acidente do trabalho a situação em 
que o empregado, durante os períodos destinados à refeição ou ao 
descanso, ou, por ocasião da satisfação de outras necessidades 
fisiológicas realizadas no local de trabalho ou durante este, venha a se 
acidentar. 
III. ( ) A CAT é um documento emitido para reconhecer tanto um 
acidente de trabalho ou de trajeto quanto uma doença ocupacional. 
• IV. ( ) Do ponto de vista do conceito prevencionista, um piso 
escorregadio eleva a probabilidade de provocar diversos acidentes: um 
trabalhador pode escorregar no piso e não sofre nenhuma escoriação, 
mas um outro empregado pode escorrer no mesmo piso e ser vítima de 
graves lesões. 
• Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
a) F, V, V, V 
 
Impacto socioeconômico 
do acidente de trabalho 
Impacto socioeconômico do acidente de trabalho 
 
O desenvolvimento da saúde do trabalhador no Brasil se intensificou 
com a 1ª Conferência Nacional de Saúde dos Trabalhadores, que 
ocorreu em Brasília em 1986. O conceito em si já vinha sendo 
amadurecido nos anos anteriores e no meio acadêmico e sindical. 
Mesmo num contexto histórico de transição de um regime político de 
ditadura militar para a construção da sociedade civil, ganhouforça a 
reivindicação social por meio das novas leis trabalhistas e mudanças 
nos sistemas institucionais, que contribuiu uma nova visão da relação 
saúde-mundo do trabalho (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
A compreensão dessa interface entre saúde e trabalho é a base da 
Higiene do Trabalho e está envolvida por um conflito de interesse 
entre a empresa (empregador), o trabalhador (empregado) e a 
sociedade. O acidente de trabalho corresponde à materialização 
desse conflito. É por esse motivo que nos próximos tópicos serão 
explanadas as teorias jurídicas, as responsabilidades civil e social, 
bem como aspectos relevantes acerca da previdência social, 
habilitação e reabilitação do trabalhador acidentado (MATTOS; 
MÁSCULO, 2019). 
 
Teorias jurídicas 
 
As teorias jurídicas foram determinantes para explicar as causas dos 
acidentes, bem como para atribuir as parcelas de responsabilidade a 
cada um dos envolvidos nos mesmos. Conforme comentado 
anteriormente, a relação saúde-trabalho é pautada por diferentes 
conceitos e correntes de cunho ideológicos. Com base nestas 
emergiram três formas de ação e interpretação regidas por uma 
combinação de conhecimentos advindos dos seguintes campos de 
estudo: medicina do trabalho, saúde ocupacional e saúde do 
trabalhador, Ciências Jurídicas e Sociais. As três referidas correntes 
resultantes são denominadas teoria da culpa, teoria do risco 
profissional e teoria do risco social (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
O Quadro 1 descreve aspectos conceituais relativos à cada uma das 
correntes supracitadas. 
 
Quadro 1 - Entendimento dos riscos associados a acidentes de trabalho à luz das teorias jurídicas. 
Observa-se que, ao conhecer a linha do tempo do desenvolvimento 
de cada uma das teorias, evidencia-se a relação entre a evolução da 
ordenação social, política e econômica da sociedade e a elevação da 
necessidade de proteção e preservação da segurança e saúde dos 
trabalhadores durante a execução dos afazeres laborais, que provêm 
a produção de bens e serviços de consumo. 
 
Responsabilidades civil e social 
 
De acordo com o art. 7º da Constituição Federal (CF) de 1988, o 
pagamento do seguro contra acidentes de trabalho é uma 
responsabilidade do empregador e também um direito dos 
trabalhadores urbanos e rurais. O prêmio é recolhido pelo INSS e 
corresponde entre 1 a 3% da folha de pagamento das empresas. A 
definição do percentual de recolhimento é feita em conformidade com 
o grau de risco da atividade preponderante da empresa, pregada pela 
Lei 8.212/91, que determinou o seguinte: 1%, quando o risco é leve; 
de 2%, quando o risco é médio; e 3% para risco grave (POLONI, 
1998). 
 Apesar disso, a Lei 8.212/91 não definiu o que seria risco leve, médio 
ou grave, tampouco atividade preponderante, lacunas estas que 
foram preenchidas pelo Decreto 612/92. Este delimitou o grau de 
periculosidade de cada atividade e esclareceu que a atividade 
principal constitui aquela que ocupa o maior número de funcionários 
da empresa. Entretanto, ainda assim ocorrem o que podemos 
chamar de “inadequação” práticas em virtude da interpretação desse 
decreto, visto que, por exemplo: uma empresa cuja atividade 
econômica principal se apesar de sua atividade enquadre no grau de 
risco mais grave (3%), contribuirá ao SAT pela taxa de risco leve 
(1%), única e exclusivamente devido ao fato de possuir um maior 
número de empregados alocados nos setores administrativos, de 
vendas e finanças (POLONI, 1998). 
Conforme discutido anteriormente, o SAT segue a teoria do risco 
social, e caracteriza-se como uma responsabilidade objetiva ou sem 
culpa. A responsabilidade objetiva se dá quando não é necessário 
comprovar a culpa do empregador, nem do trabalhador, de forma 
que não se questiona se há ou não culpa, mas sim nexo de 
causalidade. Existindo nexo de causalidade, é obrigatório indenizar 
(MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
De acordo com Sérgio Pontes (2018, p.1): 
Na seara da Responsabilidade Civil, o nexo causal 
é a ligação entre a conduta do agente e o 
resultado danoso. Ou seja, é preciso que o ato 
ensejador da responsabilidade seja a causa do 
dano e que o prejuízo sofrido pela vítima seja 
decorrência desse ato. Impõe-se que se prove a 
ligação causal entre a conduta do agente e o 
resultado danoso. O nexo causal cumpre uma 
dupla função: determinar o autor do dano, e 
verificar a sua extensão, pois serve como medida 
de indenização (PONTES, 2018, p.1). 
 
A CF também considera outras três hipóteses: culpa exclusiva da 
vítima, caso fortuito ou força maior. A culpa pode constituir uma 
conduta positiva ou negativa, que conduz a falta de previsão do que é 
previsível, mesmo que a pessoa não tenha a intenção de 
desencadear o evento indesejado (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
 Tem-se ainda a responsabilidade civil subjetiva, na qual é dever do 
empregador indenizar a vítima do acidente quando incorrer em dolo 
ou culpa. No que tange aos casos de responsabilidade objetiva e 
subjetiva, em ambos é imprescindível comprovar o nexo de 
causalidade. A diferença primordial é que na responsabilidade 
subjetiva é exigida a demonstração do elemento subjetivo – a culpa. 
Já na responsabilidade objetiva é necessária apenas a presença da 
conduta, do dano e a comprovação do nexo causal entre o dano e a 
conduta (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
Desenvolver uma cultura de responsabilidade social se tornou 
essencial para a gestão das organizações que desejam se manter 
competitivas no mercado. A responsabilidade social visa a obtenção 
de ganhos de cadeia de produção e também para a comunidade, o 
ambiente, o governo e os consumidores. Sob essa ótica, o objetivo é 
ser plural, distributiva, sustentável e transparente. Também envolve 
uma melhor performance nos negócios e, consequentemente, maior 
lucratividade (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
 
Planos de benefícios da previdência social 
 
De acordo com a Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991: 
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social 
compreende as seguintes prestações, devidas 
inclusive em razão de eventos decorrentes de 
acidente do trabalho, expressas em benefícios e 
serviços: 
I - quanto ao segurado: 
a) aposentadoria por invalidez; 
b) aposentadoria por idade; 
c) aposentadoria por tempo de contribuição; 
d) aposentadoria especial; 
e) auxílio-doença; 
f) salário-família; 
g) salário-maternidade; 
h) auxílio-acidente; 
I - quanto ao dependente: 
a) pensão por morte; 
b) auxílio-reclusão; 
III - quanto ao segurado e dependente: 
b) serviço social; 
c) reabilitação profissional. 
§ 1o Somente poderão beneficiar-se do auxílio-
acidente os segurados incluídos nos incisos I, II, VI 
e VII do art. 11 desta Lei (BRASIL, 1991, art. 18). 
 
Nos artigos 24 e 26, a Lei no 8.213 define os prazos de carência, ou 
seja, o número mínimo de contribuições mensais consideradas para 
que o beneficiário faça jus à percepção do benefício (BARSANO; 
BARBOSA, 2014). 
 
Habilitação e reabilitação do trabalhador acidentado 
 
A Lei no 8.213/1991, nos seus artigos 89 a 93 estabelece os 
principais direitos dos trabalhadores, as obrigações dos 
empregadores e do Poder Público em garantir condições de trabalho 
seguras, formas de locomoção adequadas e qualidade de vida, 
conforme Planos de Benefícios da Previdência Social disposto nesse 
instrumento normativo. Abaixo seguem alguns trechos relevantes: 
 
Art. 89. A habilitação e a reabilitação profissional e 
social deverão proporcionar ao beneficiário 
incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, 
e às pessoas portadoras de deficiência, os meios 
para a (re)educação e de (re)adaptação 
profissional e social indicados para participar do 
mercado de trabalho e do contexto em que vive. 
[...] Art. 91. Será concedido, no caso de habilitação 
e reabilitação profissional, auxílio para tratamento 
ou exame fora do domicílio do beneficiário, 
conforme dispuser oRegulamento. 
 
Assim, o intuito da habilitação e a reabilitação profissional e social é 
proporcionar condições de recuperação da integridade orgânica dos 
profissionais beneficiários que estejam incapacitados parcial ou 
totalmente para o trabalho (BARSANO; BARBOSA, 2014). 
 
01 
Leia o trecho a seguir: 
“Um acidente em uma construção deixou duas pessoas parcialmente 
soterradas na manhã deste sábado (25) em Chapecó, no Oeste catarinense. Os 
pedreiros colocavam uma lona na obra quando a terra desmoronou sobre eles. 
Três pessoas trabalhavam no local no momento em que o terreno cedeu.” 
Fonte: G1 SANTA CATARINA. Dois pedreiros são soterrados parcialmente 
em Chapecó durante acidente de trabalho. 2021. Disponível 
em: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2021/09/25/dois-pedreiros-
sao-soterrados-parcialmente-em-chapeco-em-acidente-de-trabalho.ghtml. 
Com base no texto acima e sabendo que o acidente de trabalho corresponde à 
materialização do conflito de interesses entre três atores; assinale a alternativa 
que apresenta corretamente quais são esses atores: 
a) Sociedade, Empregado e Empregador 
 
02 
Leia o trecho a seguir: 
“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da 
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII 
do artigo 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional 
que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho.” 
Fonte: BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991: Dispõe sobre os Planos 
de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm >. 
Com base no texto acima e sabendo que as teorias jurídicas foram 
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2021/09/25/dois-pedreiros-sao-soterrados-parcialmente-em-chapeco-em-acidente-de-trabalho.ghtml
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2021/09/25/dois-pedreiros-sao-soterrados-parcialmente-em-chapeco-em-acidente-de-trabalho.ghtml
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
determinantes para explicar as causas dos acidentes; analise as teorias abaixo e 
associe-as com as suas respectivas características e contexto histórico. 
Tendo como referência o texto acima e o assunto nele abordado, assinale a 
opção correta: 
 
Assinale a alternativa que apresenta a correspondência entre as colunas na 
ordem correta: 
d) 1, 3, 2, 2, 3 
03 
Leia o trecho a seguir: 
“Quase três anos depois de sofrer acidente de trabalho e ficar com sequelas 
permanentes no osso do calcanhar, um motorista de caminhão frigorífico 
deverá receber indenização no valor de R$ 141,4 mil, por danos morais, 
imateriais e estéticos. De acordo com processo da Justiça do Trabalho em 
Goiás, ele caiu do baú frigorifico, de aproximadamente três metros de altura, e 
teve graves lesões.” 
Fonte: ROTA JURÍDICA. Após cair de baú frigorífico, motorista deve 
receber R$ 141 mil por danos. Disponível em: 
<https://www.rotajuridica.com.br/motorista-que-caiu-de-bau-frigorifico-e-
teve-lesoes-permanentes-sera-indenizado-em-r-1414-mil/ >. 
Com base no texto acima e sabendo que o prêmio para indenização do 
trabalhador é recolhido pelo INSS, a definição do percentual de recolhimento 
é feita em conformidade com: 
e) O grau de risco da atividade da empresa: 1%, quando o risco é leve, de 2%, 
quando o risco é médio e 3% quando o risco é grave 
04 
Leia o trecho a seguir: 
“A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a condenação 
da José Herculano da Cruz e Filhos S.A., de Juiz de Fora (MG), ao 
pagamento de indenização à neta e aos filhos de um caminhoneiro falecido 
em acidente. A empresa contestava a tese de que o veículo trafegava com 
sobrecarga e apontava erro no cálculo da perícia. Mas, por unanimidade, os 
ministros entenderam que, ainda que tivesse havido o erro, a condenação 
persistiria, por se tratar de atividade de risco.” 
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho (TRT). Possível erro de cálculo do peso 
de caminhão não afasta responsabilidade de empregador. 2021. Disponível 
https://www.rotajuridica.com.br/motorista-que-caiu-de-bau-frigorifico-e-teve-lesoes-permanentes-sera-indenizado-em-r-1414-mil/
https://www.rotajuridica.com.br/motorista-que-caiu-de-bau-frigorifico-e-teve-lesoes-permanentes-sera-indenizado-em-r-1414-mil/
em:http://www.tst.jus.br/-/possível-erro-de-cálculo-do-peso-de-caminhão-
não-interfere-em-responsabilidade-de-empregador. 
A partir do texto acima e dos seus conhecimentos sobre acidente de trabalho, 
a responsabilidade civil em que não é necessário comprovar a culpa do 
empregador, nem do trabalhador é chamada de: 
c)Responsabilidade objetiva 
05 
Leia o trecho a seguir: 
“[Visa] proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o 
trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a (re)educação 
e de (re)adaptação profissional e social indicados para participar do mercado 
de trabalho e do contexto em que vive”. 
Fonte: BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991: Dispõe sobre os Planos 
de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm >. 
A partir do texto e dos seus conhecimentos sobre acidentes de trabalho, 
assinale a alternativa que contém os conceitos aos quais o trecho anterior se 
refere: 
a) Habilitação e Reabilitação 
06 
http://www.tst.jus.br/-/poss%C3%ADvel-erro-de-c%C3%A1lculo-do-peso-de-caminh%C3%A3o-n%C3%A3o-interfere-em-responsabilidade-de-empregador
http://www.tst.jus.br/-/poss%C3%ADvel-erro-de-c%C3%A1lculo-do-peso-de-caminh%C3%A3o-n%C3%A3o-interfere-em-responsabilidade-de-empregador
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
Leia o trecho a seguir: 
“Decisão judicial (TRF - X). Acidente de trabalho – Indenização negada. 
Demonstrado que o acidente sofrido pelo autor não se deu por culpa da 
reclamada – que observou as exigências legais relativas à segurança do 
trabalho – mas por desmaio de causa desconhecida, indevida a condenação 
ao pagamento de indenização por danos materiais ou imateriais.” 
Fonte: TRT-PR. Tribunal Regional do Trabalho 9ª Região TRT-9. 
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca. 
Levando em consideração o exposto no trecho anterior e o que foi 
estudado ao longo da disciplina. A indenização foi negada pela justiça por 
motivo de: 
b) Caso fortuito, pois a empresa seguia todas as regras de segurança e 
acidente ocorreu por conta do desmaio. 
Prevenção de acidentes 
 
Após compreender o conceito, as causas e consequências dos 
acidentes e doenças do trabalho, é necessário voltar o olhar para a 
prevenção de sua ocorrência. Para que isso seja possível, é 
necessário identificar riscos e perigos inerentes ao ambiente e ao 
método de execução do trabalho, discutindo a importância da 
prevenção. Os próximos tópicos visam explicar essas temáticas. 
 
Classificação de riscos 
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca
 
A princípio é preciso estabelecer uma distinção entre riscos e 
perigos, visto que, embora sejam costumeiramente tratados como 
sinônimos, na segurança do trabalho possuem definições diversas. O 
risco constitui a medida da perda ou dano, atrelados a uma 
consequência econômica, ambiental ou relativa à vida humana. Por 
definição, consiste no produto da probabilidade de ocorrência de um 
evento pelo seu efeito. Usualmente, o risco é definido como o produto 
da probabilidade de ocorrer um evento pela sua consequência 
(CASTRO, 2017). 
Já o perigo diz respeito a uma condição que possibilita a 
ocorrência de danos e se relaciona com aspectos do ambiente e da 
natureza do trabalho, de tal modo que nem sempre pode ser alterado 
ou controlado de acordo com as circunstâncias. Apesar disso, a 
aplicação de medidas de segurança tende a reduzir as chances 
desse perigo produzir consequênciasnegativas (CASTRO, 2017). 
Para esclarecer a diferença entre risco e perigo, utilizaremos 
uma situação hipotética. Imagine um colaborador de uma subestação 
de energia localizada numa área remota, rodeada por vegetação. A 
presença de animais peçonhentos nas vizinhanças, os quais podem 
vir a atacar o funcionário constitui um perigo. Esse evento é provável 
de acontecer se o funcionário exposto e, o somatório do ambiente 
(em local isolado e próximo a floresta) com o tempo de permanência 
do funcionário constituem o risco de ocorrência de acidentes 
envolvendo animais peçonhentos. Entretanto, vale lembrar que esse 
risco pode ser reduzido pela adoção das medidas de proteção 
cabíveis (CASTRO, 2017). 
Os riscos e perigos estão em todos os lugares, desde o meio 
doméstico até os espaços onde são desempenhadas atividades 
laborais. Os riscos identificados no local de trabalho são 
denominados ocupacionais ou riscos ambientais e a sua existência 
justifica a atuação dos profissionais especialistas em saúde e 
segurança do trabalho, os quais são incumbidos de identificar, 
prevenir e controlá-los. De acordo com Chirmici e Oliveira (2016, p. 
40), “o conhecimento aprofundado dos tipos de riscos ocupacionais 
se torna, portanto, de suma importância para o desempenho de tais 
profissionais.” 
Dessa forma, didaticamente, os riscos ocupacionais são 
classificados pela legislação brasileira em cinco grupos: físicos, 
químicos, biológicos, ergonômicos e riscos de acidentes (CHIRMICI; 
OLIVEIRA, 2016). 
Conhecer e diferenciar os riscos ambientais é fundamental, 
porque somente classificando os agentes presentes no ambiente 
laboral é que o empregador, junto à equipe de segurança do trabalho, 
poderá traçar medidas para sua eliminação ou neutralização. 
 
As cores na Segurança do Trabalho 
 
Cada grupo de risco abarca uma série de agentes causadores 
ou fatores de risco, uma vez que podem desencadear prejuízos à 
saúde e integridade física do trabalhador. Na segurança e à saúde no 
trabalho, os riscos ocupacionais são representados por cores, as 
quais são utilizadas para representá-los e informar sua presença em 
cada setor da empresa, através de um instrumento importante 
denominado mapa de riscos (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016). 
No Quadro 1 vemos a lista de agentes de acordo com o risco 
provocado e as respectivas cores utilizadas para sinalizar a sua 
existência no ambiente de trabalho no mapa de riscos. 
 
 
Quadro 1 – Agentes causadores de riscos ambientais. 
O mapa de riscos é um esboço visual da distribuição dos riscos 
sobre a planta do setor ou departamento que foi submetido a um 
levantamento dos riscos ocupacionais (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016). 
Conforme parágrafo 5.16 da NR-5, é uma atribuição da Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tanto a identificação dos 
riscos do processo de trabalho, quanto a elaboração do mapa de 
riscos. Essa norma esclarece, ainda, que, durante o processo de 
elaboração do mapa de riscos, a CIPA deve envolver o máximo de 
trabalhadores do ambiente em questão para participar, contando 
também com assessoria do Serviços Especializados em Engenharia 
de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) (BRASIL, 2019). 
Além das cores mostradas no Quadro 1, utilizam-se formas, 
usualmente círculos, com gradação pequena, média e grande para 
representar, no mapa, o risco alocado em cada setor da empresa, 
conforme exemplificado Figura 1. 
 
 
 
 
Figura 1 - Círculos utilizados sobre a planta ou croqui para a representação da intensidade do risco. 
É comum encontrar o mapa de riscos fixados em quadros 
expostos na parede dos ambientes que compõem os setores e 
departamentos das empresas. Isso é feito com o intuito de partilhar 
com todos os indivíduos que possam acessá-los, por razões de 
trabalho ou não, acessar esses espaços. 
 
Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR 
 
O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) está 
disciplinado nos textos mais atualizados das Normas 
Regulamentadoras nº1 e nº9. A NR-1 atrela o PGR a uma das 
formas de comunicação sobre riscos detectados no ambiente de 
trabalho e as respectivas medidas de prevenção e ações voltadas 
para a sua eliminação ou neutralização. Isso acontece porque o PGR 
concretiza o Gerenciamento de riscos ocupacionais, objeto da NR-1, 
uma vez que fornece um inventário de riscos e um plano de ação, 
estando integrado com os planos, programas e outros documentos 
importantes em matéria de segurança e saúde do trabalho na 
organização (BRASIL, 2020a). 
A NR-9 traça os requisitos para a avaliação das exposições 
ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos descritos no 
PGR, definindo que a avaliação quantitativa das exposições aos 
agentes físicos, químicos e biológicos, deverá atestar o controle da 
exposição ocupacional aos agentes identificados; além de 
dimensionar a exposição ocupacional; e proporcionar o 
equacionamento das medidas de prevenção. Enquanto a avaliação 
quantitativa deverá ser conduzida comprovar que está sendo 
efetuado o controle da exposição aos agentes identificados; também 
para dimensionar a exposição ocupacional; e prover o 
equacionamento das medidas de prevenção. Os resultados das 
avaliações qualitativa e quantitativa aos agentes físicos, químicos e 
biológicos comporão o inventário de riscos do PGR (BRASIL, 2020b). 
 
Importância da Prevenção 
 
Em 1971 foi criada a Campanha Nacional de Prevenção de 
Acidentes do Trabalho, que “se traduz em um conjunto de ações que 
visam à promoção de uma cultura de segurança e saúde no trabalho, 
de cunho essencialmente prevencionista” (MINISTÉRIO DA 
ECONOMIA, 2021, p.1). Ela perdura até os dias de hoje, abordando, 
a cada ano, uma temática diferente, relativa a aspectos gerais de 
prevenção de acidentes e doenças do trabalho, visando fomentar 
debates específicos. Em 2021, por exemplo, o tema foi “Segurança e 
Saúde no Trabalho: um Valor para o Brasil”, com foco nas vantagens 
da redução de acidentes para toda a sociedade, com vistas à 
geração de valor para o Brasil, o alcance da competitividade para as 
empresas e de qualidade de vida para os trabalhadores, através da 
segurança e a saúde no Trabalho geram valor para o Brasil 
(MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2021). 
No ano de 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) 
elegeu o dia 28 de abril como o Dia Mundial de Segurança e Saúde 
no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças de 
trabalho. Essa data em particular foi escolhida devido à explosão da 
mina de carvão Farmington, localizada nos Estados Unidos, que 
culminou em 99 vítimas, das quais 78 vieram a óbito e apenas 19 
sobreviveram. No Brasil a data foi formalizada legalmente em 2005, 
pela Lei Federal 11.121/2005, como Dia Nacional em Memória das 
Vítimas de Acidentes e Doença do Trabalho (STUMM, 2020). 
Além disso, no Brasil conta com outra data comemorativa que 
visa alertar funcionários, trabalhadores, governos e sociedade sobre 
a importância das práticas de prevenção de acidentes e doenças do 
trabalho, no dia 27 de julho, sendo o Dia Nacional de Prevenção de 
Acidentes do Trabalho. Ela foi oficializada em 1972, quando foi 
regulamentada a formação técnica em Segurança e Medicina do 
Trabalho (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018; STUMM, 2020). 
 
Aplicação dos conceitos prevencionistas 
 
A análise de situações cotidianas também permite a 
identificação de riscos e perigos. Ao aguardar o metrô em uma 
plataforma, a proximidade do limite da plataforma, nas proximidades 
da sinalização do piso, em geral de cor amarela, expõe ao risco de 
queda. O declive acentuado existente entre a plataforma e os trilhos 
constitui um perigo. Outro exemplo é o manejo de objetivos 
perfurantes, como facas. Ao fazer o corte de alimentos existe o risco 
de se acidentar, provocando um ferimento na pele em contato com a 
lâmina do objeto. A faca, pela sua característica perfurocortante, é 
capaz de provocar lesões das mais simples às mais graves, o que 
constitui um perigo (CHIRMICI;OLIVEIRA, 2016). 
Algumas atitudes preventivas podem ser implementadas nas 
situações do dia a dia de trabalho com a finalidade de evitar acidentes 
e doenças do trabalho, dentre elas: assegurar a inutilização e a 
substituição de mobiliário defeituoso, quebrado ou que esteja sem as 
regulagens; a limpeza e manutenção dos sistemas de refrigeração; 
sinalização de pisos molhados ou escorregadios e com diferença de 
nível (como rampas e escadas) (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016). 
Porém, muitos acidentes se dão debaixo do teto das nossas 
próprias casas, devido à adoção de atitudes temerosas devido à 
aspectos como pressa, falta de atenção, ou até mesmo falta de 
consideração dos riscos associados a algumas ações, tais como: 
apoiar o peso do corpo sobre a pia ou vaso sanitário para higienizar 
as paredes dos banheiros, limpar janelas ou alcançar prateleiras e 
armários suspensos. Outra atitude comum é subir em cadeiras ou 
bancos para alcançar objetos que estejam a uma altura tal que não 
seja possível atingir o chão. Logo, uma atitude simples e de cunho 
prevencionista para todos esses casos é utilizar escadas que sejam 
de montagem apropriada para o interior de ambientes com espaço 
limitado (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016) 
01 
Leia o trecho a seguir: 
“A 2ª Vara do Trabalho de Araraquara condenou o município de Santa Lúcia 
(SP) por expor servidores da saúde a risco de contágio por Covid-19. Com a 
decisão, a administração municipal deverá implantar e manter o Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
(SESMT) em até 90 dias, além do Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO), no prazo de 30 dias. A sentença, de 3 de setembro, 
também obriga o pagamento de R$ 30 mil por danos morais e coletivos, que 
deverão ser revertidos a projetos indicados pelo Ministério Público do 
Trabalho (MPT).” 
Fonte: G1 SÃO CARLOS E ARARAQUARA. Justiça condena Santa Lúcia 
por expor funcionários da saúde a risco de contágio pela Covid. 2021. 
Disponível em: < https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-
regiao/noticia/2021/09/13/justica-condena-santa-lucia-por-expor-
funcionarios-da-saude-a-risco-de-contagio-pela-covid.ghtml>. 
Com base no texto acima e nos conhecimentos adquiridos ao longo da 
disciplina, de acordo com o mapa de classificação de riscos ambientais, os 
riscos que se enquadram corretamente na classificação de cor marrom são: 
https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2021/09/13/justica-condena-santa-lucia-por-expor-funcionarios-da-saude-a-risco-de-contagio-pela-covid.ghtml
https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2021/09/13/justica-condena-santa-lucia-por-expor-funcionarios-da-saude-a-risco-de-contagio-pela-covid.ghtml
https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2021/09/13/justica-condena-santa-lucia-por-expor-funcionarios-da-saude-a-risco-de-contagio-pela-covid.ghtml
c) As bactérias 
02 
Leia o trecho a seguir: 
“Um pedreiro morreu após cair de um andaime, no fim da manhã desta 
quinta-feira (4), no bairro de Brotas, em Salvador. O caso ocorreu em um 
prédio localizado na Rua Alegria Castro Neves, perto da Ladeira dos Galés, 
entretanto não há informações sobre as circunstâncias do incidente.” 
Fonte: G1 BAHIA. Pedreiro morre após cair de andaime no bairro de Brotas, 
em Salvador. Disponível 
em: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2021/02/04/homem-morre-apos-
cair-de-andaime-no-bairro-de-brotas-em-salvador.ghtml. 
Com base no texto acima e nos conhecimentos adquiridos ao longo da 
disciplina, assinale a alternativa que apresenta corretamente o perigo 
envolvido na notícia. 
d.)Trabalho em altura 
03 
Leia o trecho a seguir: 
“Todo local de trabalho apresenta riscos aos colaboradores. Seja escritório, 
indústria ou campo, o espaço onde as atividades serão desempenhadas deve 
sempre ser equipado de forma a minimizar futuros danos. E no âmbito de 
segurança do trabalho, existe um mecanismo que deve ser utilizado em toda e 
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2021/02/04/homem-morre-apos-cair-de-andaime-no-bairro-de-brotas-em-salvador.ghtml
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2021/02/04/homem-morre-apos-cair-de-andaime-no-bairro-de-brotas-em-salvador.ghtml
qualquer empresa para assegurar a integridade dos funcionários, esse 
mecanismo é o chamado mapa de risco.” 
Fonte: SAÚDE OCUPACIONAL BRASIL (SOB). Mapa de Risco: o que é? 
Disponível em: http://saudeocupacionalbrasil.com.br/mapa-de-risco-o-que-e/. 
Agora observe a figura abaixo: 
 
Figura 1 – Mapa de riscos de uma residência. 
Com base no texto, na figura acima e nos seus conhecimentos sobre as cores 
da Segurança do Trabalho, após analisar o setor de produção, assinale a 
alternativa que apresenta a ordem correta, da esquerda para direita, dos tipos 
de riscos existentes neste setor. 
d.) Risco ergonômico; Risco de Acidente; Risco Físico e Risco Químico 
04 
Leia o trecho a seguir: 
“Um incêndio de grandes proporções atingiu um depósito de peças na Rua 
Dr. Gerôncio Brígido Neto, no Bairro Imaculada Conceição, na cidade de 
Canindé, interior do Ceará, e ocasionou uma nuvem escura de fumaça, que 
http://saudeocupacionalbrasil.com.br/mapa-de-risco-o-que-e/
cobre diversos bairros da cidade na manhã deste domingo (10). Não há 
feridos. O incêndio foi controlado por volta das 13h.” 
Fonte: G1 CEARÁ. Incêndio de grandes proporções atinge depósito próximo 
à sede da prefeitura de Canindé, no Ceará; vídeo. 2021. Disponível 
em: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/10/10/incendio-de-grandes-
proporcoes-atinge-deposito-proximo-a-sede-da-prefeitura-de-caninde-no-
ceara.ghtml. 
Com base no texto anterior e nos conhecimentos adquiridos ao longo da 
disciplina assinale a alternativa que apresenta corretamente um exemplo de 
perigo e outro de risco, respectivamente. 
b.) Trabalho repetitivo e LER 
05 
Leia o trecho abaixo: 
“Consistindo em uma representação gráfica do espaço físico, o mapa de risco 
apresenta todos os fatores presentes no local de trabalho que possam 
prejudicar a saúde das pessoas, e levar a acidentes e doenças laborais.” 
Fonte: SAÚDE OCUPACIONAL BRASIL (SOB). Mapa de Risco: o que é? 
Disponível em: http://saudeocupacionalbrasil.com.br/mapa-de-risco-o-que-e/. 
Agora observe a figura abaixo: 
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/10/10/incendio-de-grandes-proporcoes-atinge-deposito-proximo-a-sede-da-prefeitura-de-caninde-no-ceara.ghtml
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/10/10/incendio-de-grandes-proporcoes-atinge-deposito-proximo-a-sede-da-prefeitura-de-caninde-no-ceara.ghtml
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/10/10/incendio-de-grandes-proporcoes-atinge-deposito-proximo-a-sede-da-prefeitura-de-caninde-no-ceara.ghtml
http://saudeocupacionalbrasil.com.br/mapa-de-risco-o-que-e/
 
Com base no texto, na figura acima e nos seus conhecimentos sobre as cores 
da Segurança do Trabalho, após analisar o ambiente da cozinha, assinale a 
alternativa que indica corretamente o grau e o grupo de risco presente neste 
ambiente. 
d.\) Risco pequeno e de acidente 
Leia o trecho abaixo: 
“Quanto à segurança e à saúde no trabalho, os riscos ocupacionais são 
divididos em tipos e representados por diferentes cores. Essas cores são 
utilizadas para representá-los no mapa de riscos de cada setor da empresa. 
[…] O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Portaria no 
3.214, de 8 de junho de 1978, estabelece e define os riscos 
ocupacionais/ambientais. Essa legislação contém diversas Normas 
Regulamentadoras (NRs), cada qual versando sobre uma matéria relacionada 
à segurança e à saúde no trabalho.” 
Fonte: CHIRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. Introdução à segurança e saúde 
no trabalho. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016, p. 40. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre classificação de 
riscos, analise as categorias de riscos abaixo e associe-as com os respectivos 
agentes de risco correspondentes. 
 
Assinale a alternativa que apresenta acorrespondência entre as colunas na 
ordem correta: 
C.|) 2, 1, 3, 5, 4 
Segurança do trabalho e 
qualidade de vida 
 
Conforme discutido, aperfeiçoar o ambiente laboral 
normalmente implica na diminuição do índice de acidentes e das 
doenças causadas pelo trabalho. Por esse motivo é tão importante 
proporcionar aos indivíduos condições adequadas e que não lhe 
causem prejuízos físicos, mentais e sociais, proporcionando um 
desenvolvimento integral através do seu trabalho (BRISTOT, 2019). 
Podemos afirmar que, mesmo mediante esforços constantes 
para oferecer um ambiente seguro, ainda assim os acidentes podem 
e provavelmente vão acontecer, visto que os sistemas de trabalho 
tendem a experimentar falhas ao longo do tempo. Daí a relevância do 
desenvolvimento de uma cultura de segurança que impulsione a 
absorção dos princípios da higiene e medicina do trabalho 
(BRISTOT, 2019). 
Os próximos tópicos estão voltados para a discussão acerca de 
conceitos e diretrizes da Higiene Laboral, para garantir um local de 
trabalho seguro e salubre. E, além disso, nos casos em que isso não 
for plenamente possível, serão apresentados os meios de proteção 
para assegurar a preservação da saúde e integridade física do 
trabalhador, mesmo diante da sua exposição e vulnerabilidade a 
situações envolvendo riscos e perigos. 
 
Higiene do Trabalho 
 
O profissional da área da segurança do trabalho deve estar apto 
para reconhecer os riscos ambientais, os quais podem comprometer 
tanto a saúde dos indivíduos quanto o seu conforto e eficiência para o 
trabalho. Também devem avaliar a magnitude desses riscos, com o 
auxílio de técnicas de avaliação quantitativa. E, reunindo esses dados 
e informações, prescrever medidas visando prioritariamente eliminar, 
porém, quando isso não for viável, reduzi-los a níveis aceitáveis 
perante a legislação (BRISTOT, 2019). 
Para que seja possível atingir esses e outros objetivos pregados 
pela Higiene do Trabalho, é necessário unir dois critérios de 
avaliações dos riscos ambientais: qualitativos e quantitativos. Os 
riscos físicos tais como, vibrações, pressões anormais, radiações 
ionizantes e não ionizantes, temperaturas extremas (calor ou frio) e 
umidade podem ser analisados por ambas as óticas, tendo em vista 
a intensidade, a duração da exposição e a constatação dos níveis 
permitidos por lei. Dentre eles, os ruídos, que consistem em 
incômodos sonoros, podem ser classificados em contínuos, 
intermitentes e de impacto e tendem a produzir alterações danosas 
que se manifestam imediata ou gradualmente, a depender do grau 
de exposição e das individualidades dos trabalhadores expostos. Um 
equipamento chamado decibelímetro permite medir, em decibéis, a 
“intensidade do som em qualquer ambiente acústico (ruidoso ou 
silencioso), agudo, grave ou de faixa ampla, intermitente ou contínuo” 
(BARSANO; BARBOSA, 2014). 
As vibrações provenientes de máquinas e equipamentos 
consiste noutros agentes físicos muito presentes nos ambientes 
laborais. Elas podem ser classificadas como localizadas, ou seja, 
direcionadas para determinadas partes do corpo; e generalizadas, 
voltadas para o corpo todo do trabalhador. As vibrações localizadas 
são geradas por ferramentas pneumáticas e elétricas, e produzem 
efeitos no organismo tais como alterações nos nervos e vasos das 
extremidades, sobretudo nas mãos, braços, pés e pernas. Já as 
vibrações generalizadas tendem a ser produzidas por máquinas 
maiores, veículos grandes, tais como ônibus, caminhões e tratores, 
tendendo a ocasionar consequências como dores e lesões de coluna 
(BARSANO; BARBOSA, 2014). 
Os dois tipos de vibração podem ser quantificados por meio do 
vibrômetro, que mede as frequências mais baixas, e acelerômetro, 
que é aplicado para mensuração das frequências mais altas 
(BARSANO; BARBOSA, 2014). 
Os riscos de acidentes constituem fatores que podem degradar 
a integridade física e/ou moral do trabalhador, capazes de ocasionar 
cortes, escoriações, queimaduras, choques elétricos em alguma 
parte do seu corpo e até mesmo a perda de membros do corpo. Um 
dos agentes de risco de acidentes é a iluminação para o tipo de 
atividade profissional ou inadequada para o espaço de trabalho 
(salas, escritórios, laboratórios, depósitos, etc.), tanto a baixa 
iluminação, que provoca incômodos, quanto a luminosidade 
excessiva, que causa ofuscamento nos olhos. O equipamento 
utilizado para medir o nível de iluminação ambiente é o luxímetro. 
Sobre iluminação, a NR-17 determina que os seguintes critérios 
devem ser atendidos: presença de iluminação natural e artificial 
suplementar, na intensidade apropriada à natureza da atividade; a 
iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa, sendo 
projetada, posicionada e fixada de forma a “evitar ofuscamento, 
reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos” (BRASIL, 
2018, item 17.5.3.2). A NBR 5413/1992, que dispõe sobre a 
Iluminância de interiores, estabelece as iluminâncias de acordo com 
algumas classes de tarefas visuais, são elas: áreas utilizadas de 
forma ininterrupta para tarefas visuais simples; iluminação geral para 
a área de trabalho em tarefas com requisitos médios visuais; 
iluminação adicional para tarefas visuais que exigem maior acurácia 
visual, exatidão e tarefas mais difíceis (ABNT, 1992). 
Os riscos químicos, caracterizados como substâncias, 
compostos ou produtos que, perante o contato crônico ou acidental, 
possam penetrar no organismo de tal como que, provoquem efeitos 
biológicos negativos, tais como queimaduras ou mesmo cânceres, 
mutações, doenças somáticas, dentre outros. Para avaliá-los é 
necessário determinar as concentrações dos agentes químicos no ar 
em ambientes de trabalho. Isso pode ser feito através da coleta de 
amostras por medidores ou sensores de qualidade do ar, por 
exemplo (BARSANO; BARBOSA, 2014). 
 
Segurança no ambiente laboral 
 
A norma regulamentadora nº 10 (NR-10), que trata da 
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, vem 
estabelecer um padrão de segurança nos procedimentos de serviços 
e proteção do trabalhador. A eletricidade está presente em diversos 
ambientes de trabalho, mesmo os que não são voltados para a 
produção e disseminação de energia elétrica. Assim, ainda que a NR-
10 seja específica para área elétrica, ela tem uma relação com as 
demais NR de maneira direta (sendo mencionadas pela NR-10, tais 
como a NR-6, NR-23, NR-26 E NR-35) indireta (que não são 
mencionadas pela NR-10, mas são afetadas por ela, é o caso da NR-
12, NR-13, NR-30, NR-31), seja pelas duas determinações mais 
específicas ou pela ênfase nas penalidades (normas que pregam 
programas no contexto da saúde e segurança do trabalho, a 
implantação da NR-10 e as penalidades em caso de 
descumprimento, como a NR-1, NR-5, NR-7, NR-15, NR-16) 
(SANTOS JUNIOR, 2016). 
A prevenção de choques elétricos nos ambientes de trabalho é 
essencial e envolve a adoção de dispositivos de proteção, a garantia 
de um estado de conservação apropriada das instalações elétricas 
em geral, utilização do aterramento elétrico; fornecimento de 
capacitação técnica aos profissionais que interagem com eletricidade 
durante o exercício de suas atividades laborais. Vale ressaltar que a 
características individuais das instalações e dispositivos, pode fazer 
com que alguns aspectos aumentem a probabilidade de um acidente, 
daí a importância de observar o cumprimento das medidas de 
segurança (SANTOS JUNIOR, 2016). 
Outra norma que estabelece diretrizes importantes para a 
prevenção de acidentes desde as fases de projeto do local e das 
funções de trabalho, até o uso propriamente dito de máquinas e 
equipamentos novos e usados é a Norma Regulamentadora nº12 
(NR-12). Embora cada máquina tenha características de 
aplicabilidade bem específicas, cada situação exigirá a adoção de 
ações e medidas de proteção específicas, sob a responsabilidade do 
empregador, o qual também deve capacitar o empregado. São 
exemplos de proteções coletivasutilizadas nos ambientes de trabalho 
com a finalidade de prevenção de acidentes e doenças do trabalho: 
proteções fixas e móveis, dispositivos e sensores de parada e de 
emergência. As proteções individuais variam, mas contemplam: 
capacete, luvas, óculos de proteção, vestimenta de proteção, calçado 
de proteção, dentre outras (BRISTOT, 2019). 
 
Atividades insalubres 
 
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu art. 189, 
define a insalubridade, como (BRASIL, 1943, art. 189): 
 
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou 
operações insalubres aquelas que, por sua 
natureza, condições ou métodos de trabalho, 
exponham os empregados a agentes nocivos à 
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em 
razão da natureza e da intensidade do agente e do 
tempo de exposição aos seus efeitos (BRASIL, 
1943, art. 189). 
 
De acordo com a NR-15, o exercício de trabalho em condições 
de insalubridade, comprovado mediante laudo de inspeção do local 
de trabalho que comprove que os limite de tolerância, concentração 
ou intensidade máxima ou mínima não estão conformes, seja em 
virtude da natureza, seja graças ao tempo de exposição ao agente; 
assegura ao trabalhador a percepção de adicional, que incide sobre o 
salário-mínimo, sendo equivalente a (BRASIL, 2019a): 
• 40%, para grau máximo de insalubridade; 
• 20%, para grau médio de insalubridade; 
• 10%, para grau mínimo de insalubridade. 
 
Ainda de acordo com a NR-15, são consideradas atividades ou 
operações insalubres as que se desenvolvem acima dos limites de 
tolerância descritos nos anexos dessa norma acerca dos limites de 
exposição a ruídos, calor, radiações ionizantes, radiações não 
ionizantes, agentes químicos, condições hiperbáricas, agentes 
biológicos, vibrações, umidade. É importante destacar que perante a 
incidência de mais de um fator de insalubridade, prevalecerá o que 
tiver o grau mais elevado para efeito de acréscimo salarial, não sendo 
permitida a acumulação (BARSANO; BARBOSA, 2014; BRASIL, 
2019a). 
 
Atividades periculosas 
 
De forma semelhante às atividades insalubres, a Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT), em seu art. 193, define a periculosidade, 
como (BRASIL, 1943, art. 193): 
Art.193. São consideradas atividades ou 
operações perigosas, na forma da regulamentação 
aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, 
aquelas que, por sua natureza ou métodos de 
trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de 
exposição permanente do trabalhador a: 
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; 
II - roubos ou outras espécies de violência física 
nas atividades profissionais de segurança pessoal 
ou patrimonial. 
[...] § 4º São também consideradas perigosas as 
atividades de trabalhador em motocicleta (BRASIL, 
1943, art. 193). 
 
Foram acrescidas às exposições supracitadas, pela Portaria nº 
518, de 2003, as atividades e operações com radiações ionizantes ou 
substâncias radioativas. Todas elas, por colocarem em risco a 
integridade dos indivíduos envolvidos em atividades laborais 
envolvendo os agentes que provoca a periculosidade, fazem com 
que o trabalhador faça jus à percepção de um adicional de 30% 
sobre o salário-base, fora os acréscimos referentes a gratificações, 
prêmios ou participações nos lucros da empresa. Caso o trabalhador 
tenha direito tanto ao adicional de insalubridade quanto ao de 
periculosidade, ele deverá optar por um deles (BARSANO; 
BARBOSA, 2014; BRASIL, 2003). 
De acordo com o artigo 194 da CLT, eliminando-se o risco que 
gera o direito à percepção do adicional de insalubridade ou 
periculosidade, estes serão igualmente suspensos (BRASIL, 1943). 
 
Atividades penosas 
 
De acordo com Barsano e Barbosa (2014), podem ser 
classificadas como atividades penosas aquelas que, possam ser 
inicialmente presumidas como insalubres ou periculosas, mas que se 
distinguem destas pelo fato de ocasionar desconfortos e incômodos 
pelo fato de exporem o indivíduo a condições degradantes, cruéis, 
árduas, excessivamente difíceis e que lhe impunham dor e 
sofrimento. Alguns exemplos de atividades penosas são: trabalho de 
corte pelos bóias-frias nos canaviais de cana-de-açúcar; extração do 
minério de carvão ou nas carvoarias; trabalhos a céu aberto, sob sol 
escaldante e intempéries naturais; trabalho de limpeza subterrânea 
das tubulações de esgoto público (BARSANO; BARBOSA, 2014). 
01 
Leia o trecho abaixo, extraído de um anúncio de vaga de emprego: 
“Emprego para Segurança Patrimonial - Natal 
Atividades: 
Os profissionais contratados serão responsáveis por: realizar rondas; 
inspecionar todas as áreas da empresa; observar e resolver problemas de 
movimentação suspeita, incêndios e roubos; controlar fluxo de pessoas; cuidar 
da segurança dos funcionários e visitantes; acompanhar imagens de monitor 
da guarita; prestar atendimento pessoal; deliberar pequenos problemas e 
demais atividades pertinentes à função.” 
Fonte: EMPREGOS RN. Emprego para Segurança Patrimonial – 
Natal. Disponível em: http://vagasempregosrn.com.br/2017/03/seguranca-
patrimonial-em-natal-14141.html. 
De acordo com o texto e com os conhecimentos adquiridos ao longo da 
disciplina, assinale a alternativa que descreve corretamente o adicional que o 
trabalhador que for contratado para essa vaga de emprego faz jus: 
c.) O trabalhador contratado para vaga fará jus a um adicional de 30% sobre o 
seu salário, por periculosidade. 
02 
(IESES – Adaptada) Leia o trecho abaixo: 
“Com a Revolução Industrial (1760 a 1830), os estudos avançaram até 
surgirem as primeiras leis trabalhistas, no sentido de proteger os trabalhadores 
dos riscos de acidentes e das possíveis doenças relacionadas ao trabalho e que 
http://vagasempregosrn.com.br/2017/03/seguranca-patrimonial-em-natal-14141.html
http://vagasempregosrn.com.br/2017/03/seguranca-patrimonial-em-natal-14141.html
mudariam toda a história da humanidade. Mas, a partir da criação da 
Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, levou a todos os 
países à evolução das legislações trabalhistas, estabelecendo, assim, condições 
necessárias para o desenvolvimento da Medicina do Trabalho, considerando 
os aspectos técnicos da Higiene Industrial.” 
Fonte: BRISTOT, V. M. Introdução à engenharia de segurança do 
trabalho[Recurso eletrônico]. Criciúma, SC: UNESC, 2019., p. 172. 
A partir do texto acima e do conteúdo estudado sobre Segurança do trabalho e 
qualidade de vida, considere a afirmativas a seguir: 
I. Pode-se conceituar a segurança do trabalho como algo que está diretamente 
atrelado a diversos fatores que priorizam o bem-estar do trabalhador. 
II. Para a segurança do trabalho as medidas de prevenção de acidentes e 
outros problemas são dispensáveis, devendo-se buscar formas de proteger a 
imagem do empregador. 
III. O desenvolvimento de uma cultura de segurança e a implementação de 
medidas administrativas é uma alternativa para tornar o ambiente de trabalho 
mais seguro e agradável. 
IV. Máquinas obsoletas e ausência de protetores nas mesmas são fatores de 
suma relevância a serem observados, pois podem prejudicar diretamente os 
trabalhadores. 
Está correto o que se afirma em: 
A;)I, III e IV. 
Leia o trecho abaixo: 
“A medição de ruído é de extrema importância para mensurar a exposição do 
trabalhador e, a partir disso, definir as medidas de controle necessárias. A 
NHO-01 da Fundacentro é a legislação que estabelece os critérios e os 
procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional ao ruído. Ela deve 
ser observada, principalmente na elaboração do LTCAT – Laudo Técnico das 
Condições Ambientais do Trabalho” 
Fonte: Instituto FIP Concursos e Treinamentos – FIP. Prova CIS URG 
OESTE para o cargo de técnico em segurança do trabalho. 2020. Disponível 
em: < http://www.institutofip.com.br/concurso/cisurg_adm>. 
Com base no texto acima e nos conhecimentos adquiridos ao longo da 
disciplina, assinale a alternativa que apresenta o tempo em horas que um 
trabalhadorpode atuar diariamente, sem proteção auditiva, sob um nível de 
ruído de 88 dB: 
O formulário de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um 
documento que é preenchido pelo Serviço Especializado em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) da empresa com a 
finalidade de informar à Previdência Social os acidentes de trabalho ocorridos 
com seus funcionários. Sempre que ocorra um acidente de trabalho, o CAT 
deve ser executado: 
C/) 4 horas. 
http://www.institutofip.com.br/concurso/cisurg_adm
04 
Leia o trecho a seguir: 
“O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Portaria MTb no 
3.214, de 08 de junho de 1978, criou a NR 15,6 que trata das atividades e das 
operações insalubres. Segundo essa norma, o exercício de trabalho em 
condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de adicional, 
incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: 40%, para 
insalubridade de grau máximo; 20%, para insalubridade de grau médio; 10%, 
para insalubridade de grau mínimo” 
Fonte: BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Higiene e segurança do 
trabalho. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014, p. 90. 
Com base no texto acima e nos conhecimentos adquiridos sobre Atividades 
insalubres, julgue a seguinte situação: João, profissional da área de 
marcenaria, realiza trabalho no galpão de sua empresa empregadora. No local, 
constatou-se que o referido profissional durante a jornada de 4 horas 
permanece exposto a níveis de pressão sonora acima de 92 dB(A). No que se 
refere às condições de segurança do trabalho, é correto afirmar que: 
d/)O profissional faz jus ao adicional de insalubridade, pois está exposto a 
níveis de ruído acima do tempo máximo permitido. 
05 
Leia o trecho a seguir: 
Segundo a NR-16, o exercício de trabalho em condições de periculosidade 
assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), 
incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, 
prêmios ou participação nos lucros da empresa. 
Fonte: BRASIL. Norma Regulamentadora nº 16 (NR-16): Atividades e 
operações perigosas. Portaria n.º 1357 da Secretaria Especial de Previdência e 
Trabalho (SEPRT), de 09 de dezembro de 2019b. Disponível 
em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-16-nr-16. 
Com base no texto acima e nos conhecimentos adquiridos sobre Atividades 
periculosas, de acordo com a NR-16, é perigosa a atividade na qual durante 
sua jornada laboral, o trabalhador está exposto a: 
e/)Atividades ou operações executadas com explosivos. 
06 
(IESES – Adaptada) Leia o trecho abaixo: 
“A higiene do trabalho - ou higiene industrial, como também é conhecida por 
muitos - tem papel fundamental no vasto campo da segurança do trabalho e 
da qualidade de vida, pois é nos preceitos dessa ciência que os membros do 
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho 
(SESMT), por meio de seus conhecimentos técnicos e com o uso de 
instrumentos de medição específicos, conseguem garantir na prática que o 
funcionário labore em um ambiente de trabalho saudável, ou seja, em um 
lugar onde lhe seja garantida, na medida do possível, sua integridade física e 
psíquica.” 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-16-nr-16
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-16-nr-16
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-16-nr-16
Fonte: BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Higiene e segurança do 
trabalho. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014., p. 73. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre Higiene e 
Segurança do Trabalho, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) 
verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). 
I. ( ) A saúde e a segurança dos empregados constituem uma das principais 
bases para a preservação da força de trabalho adequada através da Higiene e 
Segurança do Trabalho. 
II. ( ) Segurança e higiene do trabalho são atividades fragmentadas que 
repercutem diretamente sobre a continuidade da produção e sobre a moral dos 
empregados. 
III. ( ) Promover o conforto do funcionário é dispensável, pois não evita que 
ele adoeça e nem que se ausente do trabalho. 
IV. ( ) A higiene do trabalho refere-se ao conjunto de normas e procedimentos 
que visam à proteção da integridade física e mental do trabalhador, 
preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente 
físico onde são executadas. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
d/)V, F, F, V. 
 
Responsabilidades dos 
profissionais de 
Segurança e Saúde do 
trabalho 
No dia 27 de julho de 1972, foram publicadas duas portarias 
importantes em matéria de segurança e saúde do trabalho no Brasil: 
a nº 3236, que instituiu o Plano Nacional de Valorização do 
Trabalhador, e a nº 3237, que tornou obrigatório o Serviços 
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho (SESMT) em todas as empresas com um ou mais 
trabalhadores. Por intermédio desse marco a ocorrência de acidentes 
e doenças ocupacionais experimentou uma queda significativa, 
atestada pelas estatísticas governamentais (BRISTOT, 2019; 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). 
Tal fato foi possível devido à integração das entidades 
envolvidas, e justifica-se pela ênfase dada a manutenção constante 
da segurança do trabalho. Os profissionais que integram o SESMT 
desempenham funções que mesclam liderança e gestão de riscos na 
organização, sendo responsáveis, em parceria com a Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), pela implementação de 
medidas e ações de controle de riscos, que visam a melhoria nas 
condições laborais, na qualidade do trabalho e nos ambientes de 
trabalho (BRISTOT, 2019). 
Por essa razão, os próximos itens debruçam sobre alguns dos 
requisitos para que a atuação dos profissionais da segurança do 
trabalho seja eficiente, comprometida e voltada para princípios legais 
e éticos essenciais. 
 
Profissionais da Segurança do Trabalho 
 
A equipe envolvida com a segurança do trabalho tem o 
importante papel de garantir para os indivíduos um local de trabalho 
seguro, digno e que proporciona qualidade de vida. O SESMT tem a 
função de proteger os trabalhadores por meio da eliminação (quando 
possível), minimização e/ou neutralização dos riscos encontrados no 
ambiente laboral (BRISTOT, 2019). 
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 4, o SESMT 
deve ser constituído por: Engenheiro de Segurança do Trabalho, 
Enfermeiro do Trabalho, Médico do Trabalho, Técnico de Segurança 
do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho ou Técnico de 
Enfermagem do Trabalho (BRASIL, 2016). 
O SESMT, regulamentado pela NR-4, constitui uma equipe 
responsável pela gestão de segurança das organizações, onde cada 
qual contribui com conhecimentos segundo a sua especialização, 
mas todos focados na preservação da saúde do trabalhador. Caso a 
empresa tenha mais de um estabelecimento, ela poderá manter um 
SESMT centralizado, isto é, um único SESMT que responda pelas 
unidades, de modo que estas precisam obedecer ao critério de 
distância máxima de cinco mil metros entre elas. Quando esse for o 
caso e o SESMT for unificado, o dimensionamento será feito a partir 
do número total de trabalhadores, que corresponde à soma dos 
funcionários dos estabelecimentos (BRISTOT, 2019). 
O SESMT deve ser registrado no órgão regional Ministério do 
Trabalho e Emprego (TEM), onde deve constar dados importantes, 
tais como: nome dos profissionais integrantes dos SESMT; númerode registro dos profissionais na Secretaria de Segurança e Medicina 
do Trabalho do MTE; número de funcionários da empresa e grau de 
risco das atividades desenvolvidas pelo estabelecimento; 
especificação dos turnos de trabalho de acordo com o 
estabelecimento; horário de trabalho dos profissionais do SESMT 
(BRISTOT, 2019). 
Muitas vezes as pessoas se perguntam se há diferenças entre 
os papéis do SESMT e da CIPA, pois pode haver a percepção 
incorreta de que eles se sobrepõem, de modo que seria possível 
dispensar um quando já se tem o outro. Ocorre que as funções se 
diferem no seguinte aspecto: enquanto o SESMT é composto por 
profissionais especialistas na área de segurança e saúde no trabalho, 
que tem a importante responsabilidade desenvolver uma Política de 
Segurança e Saúde do Trabalho que propicie aos trabalhadores o 
acesso ao direito de exercer as suas funções laborais de forma 
segura e digna, se mantendo livres da exposição a condições 
prejudiciais à sua integridade física, moral e psicológica; a CIPA é 
constituída por empregados de diferentes setores e departamentos, 
com a finalidade de agregar ao SESMT informações inerentes ao dia 
a dia do trabalho, assim como dissipar entre os trabalhadores 
conhecimentos, boas práticas e os critérios da Política de Segurança 
e Saúde do Trabalho da organização (BRISTOT, 2019).. 
Em outras palavras, os membros da CIPA atuam como 
multiplicadores de segurança, dando subsídios para que o SESMT 
garanta a implementação das diretrizes de segurança e saúde do 
trabalho e o seu cumprimento. Desse modo, tanto o SESMT quanto a 
CIPA terão uma grande parcela de contribuição para a melhoria 
contínua dos sistemas de gestão da segurança e saúde do trabalho 
nas Organizações (BRISTOT, 2019). 
 
Engenheiro e arquiteto na Segurança do Trabalho 
 
Nesse ponto chega-se ao tópico que traz esclarecimentos 
sobre os procedimentos que todo aluno de Pós-graduação em 
Engenharia de Segurança do Trabalho se pergunta: e os 
engenheiros e arquitetos do trabalho no meio disso tudo? Pois bem, 
sabendo que sim, ambos podem atuar na área de Segurança do 
Trabalho, vamos compreender o primeiro ponto relevante para a 
diferenciação entre tais profissionais. Conforme informado pelo 
próprio Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU): “hoje as regras 
que arquitetos e urbanistas devem observar para o registro do título 
complementar e o exercício das atividades de Engenharia de 
Segurança do Trabalho estão dispostas na Resolução CAU/BR Nº 
162” (CAU MT, 2020, p.1). 
De acordo com a Resolução CAU/BR Nº 162, habilitação para 
o exercício das atividades na área de Engenharia de Segurança do 
Trabalho pelos arquitetos e urbanistas está relacionada a obtenção 
de registro profissional ativo e do incremento do título complementar 
de “Engenheiro (a) de Segurança do Trabalho (Especialização)” em 
uma unidade regional do CAU. Além disso, esse instrumento 
normativo assegura que o direito de exercer atividades de 
Engenharia de Segurança do Trabalho será permitido, 
exclusivamente, ao arquiteto e urbanista que seja portador de 
certificado de conclusão de curso de especialização, em nível de pós-
graduação, em curso de Engenharia de Segurança do Trabalho ou 
especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, 
executado em caráter prioritário pelo Ministério do Trabalho; ou 
portador de registro de Engenharia de Segurança do Trabalho, 
expedido pelo Ministério do Trabalho. 
Conforme amplamente divulgado nos meios de informação, os 
Engenheiros de Segurança do Trabalho têm sua atuação regida pelo 
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), a qual está 
fortemente atrelada a existência de um registro para obtenção da 
segunda atribuição que, por sua vez, depende da existência prévia 
de um registro da primeira atribuição. A Resolução nº 1010 do 
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia 
(CONFEA), estabelece no art. 10º que a atribuição inicial de título 
profissional, habilitação e competência na categoria profissional 
Engenharia, em qualquer nível de formação profissional, será 
concedida pelo Crea em que o profissional requereu a extensão, 
mediante o cumprimento das seguintes disposições: 
• Quando a extensão da atribuição inicial for na mesma modalidade 
profissional, o procedimento dependerá de decisão favorável de 
Câmara especializada. 
• Já quando a extensão da atribuição inicial não for na mesma 
modalidade, o procedimento dependerá de decisão favorável das 
Câmaras especializadas associadas às respectivas modalidades 
envolvidas. 
 
De acordo com o artigo 10 da Resolução nº 1010 da CONFEA, 
alínea § 4º, a segunda habilitação, a qual consiste numa extensão da 
atribuição inicial, será provida aos portadores de certificados de 
formação profissional adicional que tenha sido adquirida no nível de 
pós-graduação lato senso, desde que tenha sido expedido por curso 
que esteja regularmente cadastrado no Sistema CONFEA/CREA 
(CONFEA, 2005). 
O registro da segundo atribuição depende, normalmente, que o 
profissional submeta ao CREA no qual o curso de pós no qual obteve 
o certificado está cadastrado: um requerimento padrão preenchido e 
assinado; diploma ou certificado de conclusão registrado pelo órgão 
competente do sistema de ensino; histórico escolar contendo a lista 
das disciplinas e suas respectivas cargas horárias, devidamente 
carimbado e assinado pelo coordenador do curso da instituição de 
ensino; documento de identificação pessoal com foto ou identidade 
de estrangeiro, expedida na forma da lei; quitação com o serviço 
militar (para homens brasileiros); título de eleitor; comprovante de 
quitação emitido pela justiça eleitoral (apenas para brasileiros); CPF; 
comprovante de residência; duas fotografias nas dimensões 3x4cm, 
recentes; pagamento das taxas cabíveis e aplicáveis. 
 
Principais entidades em matéria de segurança do trabalho 
 
A atuação no campo da segurança e saúde do trabalho 
transcende os muros das organizações e dos espaços laborais, uma 
vez que, como já discutido em outras aulas, a garantia de condições 
dignas, adequadas e confortáveis de trabalho é uma 
responsabilidade de todos, a fim de reduzir ao máximo a incidência 
de acidentes e doenças do trabalho, agindo de forma prevencionista. 
Em virtude disso, as entidades que atuam em matéria de 
segurança e saúde do trabalho somam forças às empresas, 
fortalecendo o SESMT, com a finalidade de cumprir com o objetivo 
comum de reafirmar constantemente a importância da preservação 
da saúde e integridade laboral. A seguir serão listadas algumas 
dessas entidades a nível internacional e nacional (BRISTOT, 2019). 
A Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de não ter 
como foco de atuação especificamente o trabalho, é amplamente 
reconhecida como uma entidade de interesse prevencionista, a qual 
corrobora com avanços nas áreas de higiene, segurança e saúde 
ocupacional, sobretudo, na prevenção de acidentes e de doenças 
ocupacionais (BRISTOT, 2019). 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é mundialmente 
reconhecida como entidade de referência na prevenção e controle de 
acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, atuando nas questões 
relativas ao cumprimento da legislação trabalhista e no 
aperfeiçoamento das condições dos ambientes de trabalho, assim 
como do método utilizado para execução das atividades laborais. 
Assim, apresenta uma participação ativa em estudos estatísticos 
relativos à segurança do trabalho e saúde ocupacional (BRISTOT, 
2019). 
A nível nacional, são várias as entidades governamentais ou 
não com foco no controle de acidentes do trabalho e doenças 
ocupacionais. Dentre elas, a entidade governamental mais 
representativa em termos de Higiene, Segurança do Trabalho e 
Saúde Ocupacional no Brasil é o Ministério do Trabalho e Emprego 
(MTE), o qual é responsável pela fiscalização da aplicação das 
normas regulamentadoras (NR) nas organizações, com poder de 
interdição e embargo em caso de constatação de descumprimentos.De acordo com Bristot (2019), sua competência abrange as áreas da 
política e geração de emprego e renda, além de suporte ao 
trabalhador; diretrizes para a modernização e adaptação das 
relações do trabalho; fiscalização do trabalho, bem como aplicação 
das sanções previstas em diferentes normas legais ou coletivas; 
política salarial; capacitação e formação profissional; segurança e 
saúde no trabalho; cooperativismo e associativismo urbanos. 
Nas unidades federativas as Delegacias Regionais do Trabalho 
(DRT) são as entidades que representam o TEM, sendo inclusive 
mencionadas no texto nas NR. Sua ação é voltada para a 
operacionalização desse Ministério nas questões relacionadas à 
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional estadual. No âmbito 
dos Estados, Os Auditores Fiscais do Trabalho, são os profissionais 
lotados nessas DRT e que têm competência para efetuar as 
inspeções nos ambientes de trabalho, visando a identificação de não 
conformidades quanto aos quesitos da Higiene, Segurança, Medicina 
do Trabalhos e das NR. 
Outra Instituição muito importante no nosso país quando se 
trata da Segurança e Saúde no Trabalho é o Ministério Público do 
Trabalho (MPT). O MPT é independente dos Poderes Judiciário, 
Executivo, Legislativo, assim como do Tribunal de Contas. O seu 
papel é fiscalizar o cumprimento dos requisitos da lei, sempre 
priorizando os direitos da sociedade. Por esse motivo, o MPT 
defende as causas que são de interesse coletivo e não as de 
benefício de uma pessoa ou grupo isolado (BRISTOT, 2019). 
A Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina 
do Trabalho (FUNDACENTRO) é outra entidade conhecida tanto por 
produzir quanto por disseminar conhecimento na área de Segurança 
e Saúde no Trabalho e Meio Ambiente, fomentando a incorporação 
dessa temática na elaboração e gestão de políticas públicas para o 
desenvolvimento sustentável e econômico, com fins na promoção da 
equidade social e proteção do meio ambiente (BRISTOT, 2019). 
 
Medidas de proteção coletiva e individual 
 
Conforme já discutido, a prioridade do empregador deve voltar-
se sempre para a eliminação dos riscos ocupacionais, embora nem 
sempre isso seja viável para a organização. Por motivos que vão 
desde às próprias características do processo, à natureza das 
atividades ou às condições de trabalho, não sendo possível eliminá-
los, a solução será buscar a neutralização dos riscos com base numa 
hierarquia de alternativas. 
As medidas administrativas e a adoção de equipamentos de 
proteção coletiva (EPCs) devem prevalecer sobre a utilização de 
equipamentos de proteção individual (EPIs). As medidas 
administrativas ou de organização do trabalho, como mudanças de 
jornada e flexibilizações das rotinas de trabalho, por exemplo, o 
treinamento de equipes multifuncionais, viabilizando a introdução de 
sistemas de rotatividade (no inglês conhecido como “job rotation”); 
visam à redução do tempo de exposição ao risco. Os EPCs 
consistem em dispositivos, sistemas, ou meios, fixos ou móveis, de 
preservar a integridade física e a saúde de trabalhadores durante a 
execução de suas tarefas. O fornecimento de EPIs corresponde a 
terceira e última alternativa a ser adotada pelo empregador, caso as 
anteriores não sejam viáveis ou totalmente efetivas no combate ao 
risco, sendo tido como uma “medida precária” (CAMISASSA, 2019). 
 
Ética na Engenharia de Segurança do Trabalho 
 
A ética, em um dos seus significados, por ser tida como um 
sinônimo de moralidade. Sendo assim, a atitude ética é aquela que é 
orientada por valores morais razoáveis, em conformidade com as 
ações ou políticas moralmente admissíveis ou desejáveis. Assim, a 
ética na engenharia de segurança do trabalho engloba 
responsabilidades e direitos que devem ser assumidos por pelos 
profissionais cujo papel seja preservar a saúde dos trabalhadores e 
assegurar a segurança dos ambientes e métodos de trabalho 
(COCIAN, 2017). 
Apesar de parecer algo lógico, a moralidade não é um termo 
fácil de ser definido e compreendido, uma vez que dependerá do 
ponto de vista considerado. É possível associá-la a valores 
universais, como coragem, compaixão, generosidade, honestidade e 
justiça. Ao mesmo tempo, pode-se considerar que a moralidade 
consiste em “promover o bem maior”, que faz menção a uma área da 
teoria ética denominada utilitarismo. Se, por outro lado, considerar-se 
que a moralidade corresponde aos direitos humanos, daí já se fará 
referência à área da teoria ética do direito. Por fim, se for considerado 
que a moralidade está relacionada ao bom caráter, volta-se o olhar 
para a área da teoria ética da virtude (COCIAN, 2017). 
O certo é que a ética está associada à ação de decidir o que 
está certo e errado, unindo os vários pontos de vista, além do seu 
próprio, a fim de poder julgar alguma ação futura (COCIAN, 2017). 
De acordo com Cocian (2017, p. 257): 
 
O objetivo do estudo da ética da engenharia é 
melhorar a habilidade do engenheiro de se 
defrontar efetivamente com a complexidade moral 
recorrente das decisões e ações do exercício 
profissional. [...] O objetivo principal é melhorar a 
sua autonomia moral. A autonomia moral pode ser 
vista como a habilidade e o hábito de pensar de 
forma racional sobre as questões éticas com base 
nas preocupações e nos compromissos morais 
(COCIAN, 2017, p. 257). 
 
Algumas habilidades que tem tudo a ver com a ética da 
engenharia na engenharia de segurança do trabalho são: consciência 
moral (capacidade de reconhecer os problemas e as questões 
morais implicadas na prática laboral); raciocínio moral convincente 
(compreensão, esclarecimento e avaliação de argumentos de lados 
diferentes acerca de questões morais), comunicação moral (precisão 
no uso de uma linguagem ética e comum para expressar e defender 
os próprios pontos de vista de forma adequada, equilibrada e 
confiante); integridade (integridade moral e interseção entre a vida 
profissional e as convicções pessoais) (COCIAN, 2017). 
 
01 
Leia o trecho abaixo: 
“O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho (SESMT), também considerado nesta obra como profissionais da 
segurança do trabalho, envolve, na prática, os profissionais com 
conhecimentos técnicos na área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) que 
prestam assessoria ao empregador, aos empregados e à CIPA nos assuntos 
relacionados à sua área de atuação.” 
Fonte: BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Legislação aplicada à 
segurança do trabalho. 1 ed. São Paulo: Érica, 2014, p. 143. 
A partir do texto acima e do conteúdo estudado sobre Responsabilidades dos 
profissionais de Segurança e Saúde do trabalho, considere a afirmativas a 
seguir: 
I. Os profissionais da Segurança do Trabalho devem instruir e convencer as 
pessoas a seguirem as medidas de segurança quando lhes for conveniente. 
II. Assegurar aos trabalhadores que suas tarefas sejam adequadas às suas 
aptidões fisiológicas e psicológicas é uma função dos profissionais da 
Segurança do Trabalho. 
III. Proteger os trabalhadores dos riscos resultantes da presença de agentes 
nocivos é uma função dos profissionais da Segurança do Trabalho. 
IV. Os profissionais da Segurança do Trabalho devem evitar todo o dano à 
saúde causado pelas condições de trabalho. 
Está correto o que se afirma em: 
e-)II, III e IV. 
02 
(CESPE/ CEBRASPE – Adaptada) Leia o trecho abaixo: 
“A possibilidade de exposição a um risco ocupacional justifica a existência de 
profissionais voltados para a segurança no ambiente de trabalho. Cabe a eles 
identificação, prevenção e controle dos riscos relacionados ao trabalho. O 
conhecimento aprofundado dos tipos de riscos ocupacionais se torna, 
portanto, de suma importância para o desempenho de tais profissionais.” 
Fonte: CHIRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. Introdução à segurança e 
saúde no trabalho. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016, p. 40. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre Higiene e 
Segurançado Trabalho, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) 
verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). 
I. ( ) Os riscos ocupacionais são os riscos de acidentes aos quais os 
trabalhadores estão sujeitos em um ambiente de trabalho e devem ser 
devidamente identificados, classificados e prevenidos. 
II. ( ) Os locais de trabalho tem potencial para comprometer a saúde e a 
segurança do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões, 
doenças ou até mesmo a morte. 
III. ( ) Os riscos físicos são aqueles ligados à execução de tarefas, à 
organização e às relações de trabalho, tais como esforço físico intenso, 
levantamento e transporte manual de peso. 
IV. ( ) Mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de tempo 
para produtividade, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia, 
repetitividade e situações causadoras de estresse são exemplos de agentes de 
riscos de acidentes. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
d-)V, V, F, F. 
03 
(SELECON – Adaptada) Leia o trecho abaixo: 
“O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho (SESMT) foi instituído em 27 de julho de 1972, época em que o 
Brasil liderava o ranking de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 
Diante de tal cenário desfavorável, o governo se viu diante da necessidade de 
tomar uma providência que impactasse as empresas e revertesse, em curto 
prazo, o quadro crítico. Além da péssima imagem que projetava 
internacionalmente, o país também sofria pressão por parte da Organização 
Internacional do Trabalho (OIT) para que revertesse o quanto antes o cenário 
em que se encontrava. Assim foi criado o Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, também popularmente 
conhecido como SESMT, estabelecido no Art. 162 da Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT) e regulamentado pela Norma Regulamentadora no 4 (NR-
4) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).” 
Fonte: CHIRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. Introdução à segurança e 
saúde no trabalho. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016, p. 10. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre Profissionais da 
Segurança do Trabalho é correto afirmar que segundo a NR 4, a empresa 
poderá constituir o SESMT de forma centralizada para atender a um conjunto 
de estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser percorrida 
entre aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não ultrapasse: 
c-)Cinco mil metros. 
04 
Leia o trecho abaixo: 
“Na época, a criação do SESMT teve um reflexo positivo também na esfera 
social, pois era comum, até então, que as empresas atuassem de maneira 
desumana, oferecendo aos empregados locais de trabalho sem a menor 
condição de segurança e de qualidade de vida. Tratava-se de um momento em 
que os sindicatos estavam envolvidos com outras questões e não priorizavam 
as discussões a respeito das condições de trabalho. Os trabalhadores estavam 
acostumados a encarar o risco de acidente como se fizessem parte do processo 
produtivo. Com o tempo, essa visão mudou; hoje, o trabalhador é um aliado 
da segurança do trabalho e não aceita mais exercer suas funções em condições 
inseguras, sem qualidade de vida, participando ativamente das cobranças e 
sugestões de melhorias para o ambiente de trabalho.” 
Fonte: CHIRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. Introdução à segurança e 
saúde no trabalho. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016, p. 10. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre SESMT, assinale a 
alternativa que lista corretamente dois profissionais que compõem o SESMT: 
D)) Técnico de Segurança do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do 
Trabalho. 
05 
(UFMT – Adaptada) Leia o trecho abaixo: 
“A prevenção de riscos de acidentes é complexa e necessita de especial 
atenção dos profissionais envolvidos com a segurança do trabalho, devendo-
se observar cada tipo de risco e propor a respectiva medida de prevenção. 
Veja alguns procedimentos de segurança que ajudam a evitar futuros 
acidentes: todos os trabalhadores devem conhecer os riscos a que estão 
expostos, bem como precisam ser treinados quanto às respectivas formas de 
prevenção e controle; todos os trabalhadores devem estar em perfeitas 
condições de saúde, a ponto de exercer suas atividades com total atenção, zelo 
e profissionalismo; todos os trabalhadores devem obedecer rigorosamente às 
normas de segurança do trabalho em vigor, bem como as ordens de serviços 
expedidas pelo empregador (empresa) e os pareceres técnicos emitidos pelos 
profissionais da segurança do trabalho (CIPA, SESMT etc.).” 
Fonte: BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Higiene e segurança do 
trabalho. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014, p. 86. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre Responsabilidades 
dos profissionais de Segurança e Saúde do trabalho, analise as afirmativas a 
seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). 
I. ( ) Uma iluminação inadequada no ambiente de trabalho causa fadiga à 
visão e contribui para a má qualidade no trabalho, podendo, inclusive, 
prejudicar o desempenho dos funcionários. 
II. ( ) A falta de cumprimento de medidas de controle de riscos, como não usar 
os EPIs, bem como erros na armazenagem de produtos químicos, manobrar 
empilhadeiras inadequadamente, distrações e brincadeiras excessivas são 
fatores de risco que aumentam as chances de acidentes de trabalho. 
III. ( ) EPIs como máscaras, vestimentas de segurança e calçados de 
segurança devem ser descartados em lixo hospitalar após o uso diário. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
e-)V, V, F. 
06 
(OBJETIVA – Adaptada) Leia o trecho abaixo: 
“As associações e outras entidades profissionais são autorizadas pela 
sociedade a desempenhar normas para a admissão à profissão, estabelecer 
códigos de ética, reforçar normas de conduta profissional e representar a 
profissão perante a sociedade e o governo. Frequentemente essa característica 
é denominada “autonomia da profissão”, que forma a base para que os 
indivíduos tomem decisões profissionais autônomas no exercício da profissão. 
Todas as profissões servem de alguma forma importante ao bem comum, ou a 
um aspecto deste, e isso é feito por meio de um esforço concentrado em 
manter altos padrões éticos.” 
Fonte: COCIAN, L. F. E. Introdução à engenharia [recurso eletrônico]. 
Porto Alegre: Bookman, 2017, p. 261. 
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre Ética na 
Engenharia de Segurança do Trabalho, considere a afirmativas a seguir: 
I. Resguardar o sigilo das informações sobre o empregado quando do 
interesse deste e do empregador, mesmo se houver a obrigação legal da 
divulgação ou da informação. 
II. Atuar com parcialidade e pessoalidade em atos arbitrais e periciais. 
III. Utilização de uma linguagem rebuscada para comunicar-se com seus 
superiores, a fim de que passar segurança sobre sua atuação profissional, 
afastando preocupações com possíveis novos problemas recém detectados. 
IV. Fornecer aos trabalhadores informações certas, precisas e objetivas acerca 
dos riscos aos quais os trabalhadores estão expostos no ambiente laboral. 
Está correto o que se afirma em: 
a-)Apenas IV. 
 
Novos paradigmas de 
gestão de segurança do 
trabalho 
Embora durante milênios saúde e trabalho tenham sido 
tratados como conceitos sem qualquer relação, hoje em dia são 
basicamente inseparáveis. Quando se fala em Segurança e Saúde 
do Trabalho (SST) nas Organizações não se faz referência apenas 
aos profissionais que constituem o Serviço de Engenharia e 
Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), aos gestores e líderes 
responsáveis pela tomada de decisões nas Organizações; mas sim a 
Gestão da SST (BRISTOT, 2019). 
A gestão de saúde e segurança do trabalho contempla as 
ações preventivas, o conhecimento dos pontos de vulnerabilidade e 
dos riscos que possibilitem a ocorrênciade sinistros, cujo fim, em 
última instância, é a implementação de uma cultura de prevenção e 
um cronograma de atividades em prol da preservação da saúde dos 
indivíduos (BRISTOT, 2019). 
Nesse sentido, os próximos tópicos trarão conceitos relativos à 
engenharia de resiliência, discutindo o erro humano e suas 
influências nos sistemas sob uma ótica um pouco diferente da usual: 
mostrando que o erro é inevitável. Portanto, será abordada a 
importância das defesas dos sistemas e como elas atuam em um 
sistema resiliente. 
 
Resiliência e segurança do trabalhador 
Embora resiliência seja uma palavra bastante difundida, sua 
associação com a engenharia originou o termo engenharia de 
resiliência de resiliência, que é relativamente novo. A resiliência 
consiste na capacidade de organização de um sistema para que este 
se mantenha em funcionamento ou recupere rapidamente um a sua 
estabilidade mediante a existência de perturbações ou tensões 
significativas. Resiliência envolve as habilidades de absorção das 
tensões, da preservação em operação contínua apesar da presença 
de adversidades, bem como a construção de aprendizados a partir 
de eventos prévios para sua recuperação em outros futuros 
(MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
Assim, os sistemas resilientes são aqueles que possuem a 
capacidade de retornar ao para o estado inicial, após um evento 
adverso, sem gerar consequências severas para o universo do qual 
fazem parte. Por esse motivo, são mais seguros e produtivos, uma 
vez que toleram estresses e mesmo assim se mantêm operando. 
Quando tratamos da segurança do trabalhador, ter um sistema 
resiliente é determinante para minimizar os possíveis 
desdobramentos de uma situação indesejada que culmine num 
acidente de trabalho, evitando consequências mais sérias e até 
mesmo fatais (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
Nessa perspectiva, um sistema resiliente deve impedir a morte 
de um trabalhador frente a sua capacidade de absorver as 
perturbações não esperadas ou desejadas. Isso significa que 
organizações que possuem altas taxas de gravidade de acidentes de 
trabalho não são dotadas de sistemas resilientes, visto os acidentes 
são severos e produzem consequências muito impactantes para as 
vítimas, para os colegas desse trabalhador, para a família do 
acidentado e para a sociedade no geral (MATTOS; MÁSCULO, 
2019). 
Sabendo então qual é o caminho a ser trilhado, Mattos e 
Másculo esclarece que é preciso reconhecer que as seguintes 
afirmações não são realistas sobre as organizações (MATTOS; 
MÁSCULO, 2019): 
• Os sistemas são bem desenhados e mantidos que a planta física é 
segura; 
• Os designers dos sistemas são capazes de antecipar as possíveis 
contingências de forma eficiente, não sendo prováveis as surpresas; 
• Os procedimentos são completos, apropriados, factíveis e aplicáveis 
a qualquer ocasião; 
• As pessoas se comportarão da forma que foram treinadas e 
conforme o esperado; 
• Estar de acordo com os requisitos nos mantém seguros; 
• Se as avaliações e auditorias obtêm resultados positivos, não é 
necessário mudar nada, pois tudo vai bem. 
 
Apenas desmistificando de uma vez que todas essas 
afirmações são falsas, pois não importa o quanto se planeje, se 
previna e se preocupe com a ocorrências de falhas e eventos 
incomuns, nenhum sistema é perfeito. Logo, para criar segurança e 
confiabilidade é impreterível ter resiliência (MATTOS; MÁSCULO, 
2019). 
 
Sistemas resilientes e suas defesas 
 
Sempre que se fala de acidentes de trabalho pensa-se nos 
trabalhadores, visto que estes interagem com os sistemas de forma 
contínua. Tal interação está associada à tomada de decisão, com 
base no comportamento e nas mensagens que o sistema envia. 
Mattos e Másculo (2019, p.485) exemplificam com a seguinte 
situação: 
 
Um operador de máquina, por exemplo, vai tomar 
a decisão de aumentar o fluxo de lubrificação, 
diminuir a rotação, ou até mesmo parar a máquina, 
de acordo com as informações que esta mesma 
máquina envia (nesse caso, leitura do nível de 
óleo, temperatura/vibração, e limites de segurança 
excedidos respectivamente). Nessa relação 
existem vários fatores que influenciam diretamente 
o comportamento do trabalhador, que pode, 
dependendo de como esses fatores o influenciam, 
cometer um erro e gerar um desequilíbrio no 
sistema (MATTOS; MÁSCULO, 2019, p. 485). 
 
Entre 80 e 90% dos acidentes no ambiente de trabalho são 
causados por erros humanos, sendo de extrema importância o 
controle e monitoramento das causas dos erros e a preparação dos 
sistemas para lidar com eles com resiliência. É importante estar 
ciente de que esses erros são induzidos pelo sistema aos 
trabalhadores pela existência de procedimentos confusos e dúbios, 
sinalização de deficiente, sensores sem manutenção, dentre outras 
condições existentes nos sistemas que podem gerar uma ação (ou 
não ação) equivocada por parte do trabalhador (MATTOS; 
MÁSCULO, 2019). 
 
De acordo com Mattos e Másculo (2019) alguns fatores 
localizados podem ser manipulados e gerenciados com inteligência a 
fim de mudar um comportamento de risco bruscamente, tais como: 
 
• Expectativas da empresa em relação ao trabalhador, as quais devem 
ser claras, sendo propriamente compreendido pelo funcionário que 
sua atuação deve ser pautada primeiramente em prol da segurança e 
só depois na produção. Quando não está bem estabelecido esse 
entendimento, pode o trabalhador tomar decisões equivocadas. Vale 
a máxima “segurança em primeiro lugar”, segundo a qual tanto os 
indivíduos quanto o processo serão preservados. 
• Ferramentas e recursos disponíveis para a execução das tarefas são 
fatores essenciais para a segurança do processo, pois guardam 
relação direta com o método e os procedimentos de trabalho, 
devendo atender a padrões rígidos de segurança. Se ocorrer, por 
exemplo, do trabalhador adaptar uma ferramenta, a possibilidade de 
algum erro inesperado ocorrer aumenta muito. 
• Incentivos e desincentivos: a postura e atuação dos gerentes e 
supervisores têm um reflexo gigantesco no comportamento dos 
trabalhadores, pois estes percebem como seus líderes recompensam 
ou não seus subordinados. Caso a quantidade produzida seja mais 
determinante para a recompensa do que a qualidade e a correta 
aplicação do método, os trabalhadores terão uma tendência a focar 
na produção e não na forma com que o produto é entregue. 
 
Esses três fatores são oriundos da própria organização e, 
dependendo da sua cultura de segurança, podem ser mudados com 
a finalidade de exercer uma influência positiva no comportamento do 
trabalhador, aumentando a probabilidade de ele tomar decisões 
acertadas (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
Quando uma falha ocorre e não há uma ou várias defesas, ela 
tende a ser a razão de um acidente. Do contrário, a existência de 
defesas pode reduzir acidentes e suas respectivas consequências. 
Vale lembrar que a segurança não é a não inexistência de erros, e 
sim a garantia da existência de defesas no sistema, para absorver os 
erros e evitar os acidentes (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
 
Exemplos práticos de defesas 
 
Há defesas do tipo proativas, as quais permitem a antecipação 
do erro, evitando a sua intercorrência. Outra categoria de defesa são 
as reativas, as quais visam eliminar, controlar, ou remediar o erro, 
reduzindo as suas consequências. As defesas podem ser 
posicionadas em diferentes partes do sistema e se dividem em três 
classes: 
• Controles: primeira linha de defesa do sistema, a qual tenta fazer com 
que o trabalhador execute a tarefa exatamente da forma como ela 
deve ser realizada. Tem a finalidade de moldar a ação do funcionário 
para que esteja o mais próximo possível do imaginado e desejado. 
São exemplos desse tipo de defesa os procedimentos, a sinalização, 
os alarmes e os treinamentos. 
• Barreiras: são defesas que protegem o sistema de perigos que não 
estão sob controle. Mesmo que haja controles implementados, é 
certo que o ser humano vai errar. As barreiras agirão nessemomento, para impedir que este erro gere um acidente. Essa é a 
segunda linha de defesa. São exemplos de barreiras são: poka yokis 
(soluções simples que evitam falhas em processos e reduzem 
custos), sensores de intertravamento, sensores de leitura digitais, 
guardas de máquinas etc. 
• Salvaguarda: se tanto a primeira quanto a segunda defesa não 
funcionarem, o dano acontecerá. Daí a importância de ter uma 
terceira e última linha de defesa para mitigá-lo, o dano. São exemplos 
de salvaguardas: equipamento de proteção individual, airbags, 
sistemas de sprinklers etc. 
 
Percebe-se, com isso, que um sistema resiliente conta com 
várias defesas para reduzir as chances de ocorrência de acidentes. 
Para que o erro consiga vencer todas as defesas, resultando no 
acidente, é necessário que as defesas estejam alinhadas. Tal 
alinhamento é raro em virtude da multiplicidade de defesas. Porém, 
as defesas sofrem a ação do tempo e acabam se deteriorando e 
quanto mais defesas tiver um sistema, menores serão as chances 
das debilidades se alinharem, culminando num sinistro. Como é 
impossível eliminar o erro, é primordial que o sistema esteja 
preparado para enfrentá-lo (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
 
Gestão de sistemas resilientes 
 
Para gerenciar sistemas resilientes, é preciso desenvolver uma 
nova visão baseada nas seguintes ideias (MATTOS; MÁSCULO, 
2019): 
1. Sim, as pessoas falham; 
2. Culpá-las por isso não adiciona valor para compreensão das falhas. 
3. A responsabilidade pela segurança volta-se para os cargos 
ascendentes na hierarquia da organização. 
4. Os processos organizacionais influenciam o comportamento dos 
indivíduos. 
5. Os futuros acidentes advêm de sementes que estão sendo plantadas 
hoje. 
6. Tudo o que uma organização precisa para viabilizar uma falha já faz 
parte dos sistemas, processos e ambientes de trabalho. Por isso as 
falhas acontecem. 
 
Se as falhas vão acontecer, visto que não podem ser 
totalmente previstas e nem evitadas, o que é determinante para 
contorná-las é a forma como a organização reagirá a elas. É 
imprescindível assimilar que as pessoas vão errar e que as falhas 
devem ocorrer, o foco está em eliminar as possíveis armadilhas e 
fatores que possam reforçar as consequências, adicionando 
controles para minimizar a probabilidade de acidentes. Logo, após 
um erro, a reação da organização será determinante para manter a 
resiliência do sistema. Estudos sobre a engenharia de resiliência 
apontam quatro pilares do pensamento que podem ser integrados no 
dia a dia da operação: antecipar (saber o que esperar), monitorar 
(saber no que prestar atenção), responder (saber o que fazer) e 
aprender (saber o que aconteceu e o que tem que mudar). Do chão 
de fábrica até o CEO, as Organizações com performance excelente 
pensam dessa forma, antecipando, monitorando, respondendo e 
aprendendo com os erros (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
01 
Leia o trecho abaixo: 
Defesas proativas, permitem a antecipação, evitam a ocorrência do erro. Já as 
reativas, são implementadas para eliminar ou controlar o erro, ou remediar, 
diminuir suas consequências. 
Fonte: MATTOS, U. A.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do 
trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. 
A partir do texto acima e dos seus conhecimentos sobre Sistemas resilientes e 
suas defesas, constituem exemplos de defesas reativas: 
c-)Barreira e Salvaguarda. 
02 
Leia o trecho abaixo: 
“[O] sociólogo Charles Perrow ao observar que os sistemas produtivos 
ficaram tão complexos que os acidentes deveriam ser considerados eventos 
normais; (…) no seu livro Normal Accidents, publicado em 1984, diz que os 
sistemas se tornaram tão complexos que a interação não antecipada de 
múltiplas falhas irá gerar resultados não desejados, acidentes e desastres.” 
Fonte: MATTOS, U. A.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do 
trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019, p. 481. 
A partir do texto acima e dos seus conhecimentos sobre Sistemas resilientes e 
suas defesas; é correto afirmar que consiste num exemplo de defesa da classe 
barreira: 
c-)Sensor de leitura digital. 
03 
Leia o trecho abaixo: 
Trata-se da última linha de defesa contra os danos. Uma vez que o acidente já 
ocorreu, esta barreira atuará mitigando as suas consequências e impedindo 
que danos mais graves. 
Fonte: MATTOS, U. A.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do 
trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. 
A partir do texto acima e dos seus conhecimentos sobre Sistemas resilientes e 
suas defesas; é correto afirmar que o trecho anterior está se referindo a: 
b-)A defesa reativa: Salvaguarda. 
04 
Leia o trecho abaixo: 
“(…) Por exemplo, uma queda de um trabalhador de uma altura de 5 m. O 
que esse acontecimento irá gerar? Podemos pensar em alguns 
desdobramentos: 
a. Danos ao trabalhador, que irá parar imediatamente de produzir porque está 
ferido. 
b. Atendimento desse trabalhador pelo serviço médico (parando pelo menos 
parte do processo produtivo). 
c. Desmotivação por parte dos colegas desse trabalhador, que irão parar de 
produzir por algum tempo (pelo menos o tempo de se recuperar 
psicologicamente do evento). 
d. Se o trabalhador for a óbito, o processo produtivo ficará parado até haver 
uma investigação por parte do Ministério do Trabalho. 
e. Custos com a recuperação do trabalhador, seguros para a família, 
treinamento/contratação de um novo trabalhador etc.” 
Fonte: MATTOS, U. A.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do 
trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019, p. 484. 
A partir do texto acima e dos seus conhecimentos sobre Sistemas resilientes e 
suas defesas; é correto afirmar que consiste num exemplo de defesa da classe 
controle: 
b-)Sinalização de segurança. 
05 
Leia o trecho abaixo: 
“A segurança não é a não existência de erros, mas sim a existência de defesas 
no sistema. Sistemas resilientes possuem defesas para absorver os erros e 
evitar os acidentes” 
Fonte: MATTOS, U. A.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do 
trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. Pg. 496. 
Com base no texto acima e no conteúdo estudado sobre Sistemas resilientes e 
suas defesas, é correto afirmar que existem três tipos de defesas, são elas: 
a-)Controles, Barreiras e Salvaguardas. 
06 
Leia o trecho a abaixo: 
“Caso a segunda defesa não funcione, o dano acontecerá. Por isso é 
necessário mais uma linha de defesa para mitigar o dano. Ele chama de 
SALVAGUARDA essa terceira e última defesa”. 
Fonte: MATTOS, U. A.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do 
trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019, p. 496. 
Com base no texto acima e no conteúdo estudado sobre Sistemas resilientes e 
suas defesas, sabendo que as salvaguardas são a última linha de defesa, e, se 
forem ultrapassadas é provável que o receptor da falha sofra grandes 
consequências; assinale a alternativa que descreve corretamente um exemplo 
de salvaguarda: 
e-)Airbag. 
 
DISCIPLINA : PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE 
Conceitos e importância 
da conservação do meio 
ambiente 
Moramos em um planeta que é único. Até hoje, os seres humanos 
ainda não conseguiram observar em nenhuma outra localidade do 
cosmo um local que exista vida como conhecemos (Figura 1). 
Sondas já foram enviadas para alguns planetas do nosso sistema 
solar e o ser humano já visitou a Lua, mas mesmo com as análises 
das amostras trazidas do nosso satélite natural, assim como dos 
testes realizados pelos laboratórios dentro dos Rovers, enviados pela 
Nasa a Marte, ainda não foi possível confirmar vida fora do nosso 
planeta (Figura 2). Nem mesmo em suas formas mais simples como 
bactérias e demais microrganismos. 
 
Figura 1 – Floresta localizada no planeta Terra. Habitat de inúmeras espécies 
 
Figura 1 – Floresta localizada no planeta Terra. Habitat de inúmeras espécies Figura 2 – Rover de 
exploração em marte 
Isso se deve ao fato de inúmeras circunstâncias que tornam a Terra 
única. Primeiro sua localizaçãodentro do sistema solar, que 
possibilita manter uma temperatura média de 25 Graus. Essa 
temperatura faz que seja possível encontrar a água em forma líquida, 
essencial para muitos processos metabólicos dos seres vivos. 
Além disso, a Terra é um planeta que apresenta interações entre 
diferentes fatores, que possibilitam que a vida se manifeste. De 
acordo com a Política Nacional do Meio Ambiente, lei nº 6.938, de 31 
de agosto de 1981 em seu artigo Art 3º, entende-se por: “meio 
ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de 
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida 
em todas as suas formas”. 
 
Importância do Meio Ambiente 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.938-1981?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.938-1981?OpenDocument
 
Conforme discutido anteriormente, o meio ambiente é essencial para 
manter a vida como conhecemos. No Brasil, sua relevância é 
apresentada na Constituição Federal de 1988, que em seu Art. 225, 
descreve que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações”. 
 Por ser tão único e essencial para a manutenção da vida, é crucial 
que o meio ambiente seja preservado e conservado. Desde os 
primórdios é compreendido que o ser humano por meios das suas 
ações, impacta o ambiente. Essas ações antrópicas promovem 
alterações que pode apresentar diferentes consequências, como a 
extinção de espécies, potencialização de desastres socioambientais, 
mudanças climáticas, entre outros fatores. 
Portanto, deve-se deixar de lado apenas a visão ecológica, de 
preservar plantas e animais e sim observar de forma crítica que 
basicamente todas as alterações realizadas promovem impactos 
diretamente ao ser humano. É relevante observar que sem o meio 
ambiente não existe o ser humano. 
 
Conceitos ecológicos 
 
Alguns conceitos são importantes para a compreensão do meio 
ambiente e como suas interações acontecem, entre elas temos as 
biológicas sendo representadas pelas relações ecológicas. De acordo 
com Zibetti e Lima (2013) inicialmente temos o organismo, um 
indivíduo pertencente a uma determinada espécie. Cabe destacar 
que esse indivíduo naturalmente não se reproduz com outras 
espécies e quando isso ocorre, seus descendentes são estéreis. 
Na sequência temos a população, que basicamente é o conjunto de 
indivíduos da mesma espécie, que pode estar localizada em macro-
hábitats ou micro-hábitats. Por exemplo, a espécie humana é 
distribuída de forma ampla geograficamente, já uma planta endêmica, 
ou seja, de ocorrência restrita, é localizada por exemplo em uma 
região específica de uma floresta. A comunidade por outro lado, é 
compreendida pelo conjunto de diferentes populações que realizam 
interações entre si. (ZIBETTI; LIMA, 2013) 
De acordo com a Política Nacional de Pagamento por Serviços 
Ambientais, lei nº 14.119, de 13 de janeiro de 2021 em seu artigo Art. 
2 temos a seguinte definição para “ecossistema: complexo dinâmico 
de comunidades vegetais, animais e de microrganismos e o seu meio 
inorgânico que interagem como uma unidade funcional”. 
Nos ecossistemas, a ciclagem de nutrientes mantém uma rede de 
interação, por esse motivo ações antrópicas podem causar graves 
modificações ambientais. 
 
Por que temos a necessidade de preservar e conservar o meio 
ambiente? 
 
Na proteção do meio ambiente, existem duas palavras importantes 
com significados diferentes. Primeiro temos a preservação, que seria 
manter o ambiente em suas características originas. 
Podemos fazer uma analogia ao carro de um colecionador que 
procura preservar o veículo com suas características de fabricação. 
No aspecto ambiental isto se reflete em manter aquele ambiente 
intocável. Isso é comum em Área de Preservação Permanente, 
conhecidas como (APP). 
Por exemplo, um rio deve ter sua vegetação ciliar preservada (Figura 
3). Na questão da conservação ambiental, temos a visão de manter 
o ambiente equilibrado conservando suas características, mas ao 
mesmo tempo utilizar os recursos de forma consciente. Neste caso 
temos exemplo de algumas unidades de conservação (Figura 4). 
 
Figura 3 – Preservação de vegetação rio Figura 4 – Parque Nacional Serra da Capivara, local onde é 
permitida a visitação. 
 
Figura 4 – Parque Nacional Serra da Capivara, local onde é permitida a visitação. 
 Como preservar e conservar o meio ambiente 
 
A preservação pode seguir diferentes caminhos, entre elas temos a 
manutenção de habitats, fundamental para que processos ecológicos 
continuem acontecendo de maneira equilibrada. 
Conservação de recursos hídricos, e neste sentido temos legislações 
ambientais como por exemplo o novo código florestal LEI Nº 12.651, 
DE 25 DE MAIO DE 2012, que apresenta medidas normativas para a 
preservação das nascentes e rios. 
 
Utilização da água de forma racional, apesar de ser um recurso 
abundante em nosso planeta apenas uma parcela pequena é de 
água doce, própria para consumo. 
Redução do consumo, procure adquirir itens que sejam realmente 
necessários e preze pela sua durabilidade e qualidade. Se não for 
possível reduzir o consumo, priorize em reaproveitar, ao reutilizar o 
item de outra forma. Caso contrário dar uma destinação correta para 
estes resíduos, principalmente com relação aos que podem ser 
reciclados. 
De acordo com a lei 12.305, de 02 de agosto de 2010, os resíduos 
sólidos são compreendidos como materiais, substâncias ou objetos 
oriundos das atividades humanas, que tem potencial para serem 
reutilizados ou reciclados, além disso são considerados como um 
bem econômico de valor social, que por meio de atividades como a 
reciclagem e reutilização possibilitam gerar trabalho e 
renda. Diferente deste, os rejeitos são os resíduos sólidos, que após 
esgotadas todas as possibilidades para a sua reutilização, seguindo 
processos viáveis economicamente de tratamento e recuperação, 
não apresentam outra possibilidade a não ser o seu descarte final 
ambientalmente correto (BRASIL, 2010). 
 Assim é importante realizar o descarte de resíduos ou rejeitos em 
locais apropriados, pois apesar de parecer uma ação simples essas 
destinações equivocadas podem potencializar efeitos catastróficos, 
especialmente quando observamos essa ação se repetindo de forma 
coletiva. 
01 
Mudanças no equilíbrio do fluxo de energia entre as interações biológicas, 
causadas pelas ações antrópicas, podem provocar desequilíbrios ecológicos. 
Essas alterações apresentam consequências negativas. Abaixo são listadas 
algumas ações que podem ocorrer em decorrência dessas alterações, exceto: 
D-)Aumentar a biodiversidade local 
02 
Sobre os rejeitos é correto afirmar de acordo com a Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010): 
a-)Os rejeitos são resíduos sólidos que, depois de exauridas as possibilidades 
para o seu tratamento e recuperação, por meio de processos tecnológicos 
viáveis e econômicos, não podem ser reutilizados para outra finalidade, sendo 
necessário realizar sua disposição final de forma adequada 
03 
Por meio da preservação ambiental de uma determinada região é possível: 
b-)A proteção integral da área natural 
04 
A atmosfera tem papel fundamental na manutenção da vida em nosso planeta, 
pois protege contra a radiação solar em demasia e mantém a temperatura da 
Terra em condições ideias para abrigar a vida. Todavia, após a revolução 
industrial do século XVIII o aumento dos gases poluentes vem 
constantemente provocando modificações na atmosfera. Abaixo assinale a 
opção que apresenta doenças respiratórias que podem ser originadas pela 
poluiçãodo ar. 
a-)Câncer de pulmão e Bronquite 
05 
Conforme descrito durante a aula, nós humanos estamos inseridos dentro do 
meio ambiente, como todas as demais espécies deste planeta. Interagimos 
rotineiramente com os fatores químicos, físicos e biológicos. Porém, algumas 
das ações humanas promovem desequilíbrios nessas interações, causando 
consequências na qualidade de vida. Abaixo escolha a opção que representa 
uma ação antrópica positiva. 
c-)Utilização de fontes renováveis de energias 
06 
(ENADE) No Art 2º da lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 é descrito que 
“A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando 
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos 
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana”. 
Em uma empresa, podem ser consideradas ações ambientais para melhorar a 
qualidade de vida dos funcionários: 
I – Incentivar o bom convívio entre os funcionários. 
II- Realizar o acompanhamento da qualidade ambiental, observando os 
parâmetros de qualidade da água e do ar. 
III – Incentivar ações individuais e coletivas para a racionalização de recursos 
naturais. 
IV – Aplicar atividade de formação e conscientização, por meio da educação 
ambiental. 
É correto apenas o que se afirma em 
a-) II, III e IV 
 
.2. 
Aspectos da conservação 
ambiental 
1– Introdução 
Entre outras questões que a humanidade busca respostas 
satisfatórias, está a problemática ambiental, que ganha destaque. 
Explicar a necessidade de proteger, restaurar e recuperar o meio 
ambiente é pauta recorrente e relevante em âmbito global, e podem 
ser viabilizadas por meio de reflexões acerca da ideia de natureza e 
da relação entre homem e meio. 
A legislação brasileira, apresenta a conservação do meio ambiente 
como a proteção dos recursos naturais e seu uso racional, de modo a 
garantir sua sustentabilidade, preservação integral e saudável do 
meio ambiente às gerações futuras. Para que as futuras gerações 
possam desfrutar do meio ambiente preservado, a utilização, ao 
longo dos tempos, deve ser equitativa para que estejam bem 
conservados. Em síntese, a conservação do meio ambiente 
representa o conjunto de ações que visam a manutenção da 
integridade do sistema com qualidade ambiental. No que lhe 
concerne, a preservação objetiva garantir a integridade e perenidade 
do meio ambiente. 
Assim, proteger o meio ambiente é o exercício de cuidar, conservar e 
preservar o ambiente natural, centrada nos níveis individuais, 
organizacional ou governamental em benefício dos seres humanos e 
do próprio meio ambiente. Portanto, a proteção ambiental é fator 
essencial para a perpetuação da vida. Afirmativa corroborada pela 
Constituição Federal do Brasil de 1988, que destaca em seu “Art. 
225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo 
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” (BRASIL, 1988). 
É direito e dever fundamental de todo cidadão conservar e proteger 
integralmente as áreas naturais. No caso de interferência humana, 
esta deve ocorrer por manejo sustentável dos recursos naturais com 
vistas a manter o equilíbrio ecológico, condições essenciais à sadia 
qualidade de vida. O manejo sustentável visa garantir as condições 
que possibilitam suprir as necessidades humanas, presentes e 
futuras, para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental. 
Para tal, verifica-se a necessidade de conservar e proteger 
integralmente o meio ambiente, contudo o crescimento populacional, 
industrial e agrícola demandam o aumento do uso dos recursos 
naturais. Condição que aumenta a exploração da diversidade 
ecológica que continuamente é reduzida e enfrenta ameaças. 
Mesmo no Brasil, um país com grande biodiversidade, é preciso estar 
consciente sobre a forma como são administrados os recursos 
naturais, e empregar, sempre que possível, alternativas ambientais 
sustentáveis e equilibradas de produção e consumo. 
É necessário sensibilizar e conscientizar o homem sobre a 
importância da manutenção, conservação e proteção do 
ecossistema, bem como da recuperação de áreas degradadas e 
restauração da vegetação. 
 
2 – Diferenças entre recuperação e restauração ambiental 
A abordagem dos conceitos de recuperação e restauração ambiental 
de áreas degradadas e suas funções se fazem necessárias para que 
o leitor perceba e compreenda a diferença entre elas, de modo a 
evitar conflitos de interpretação. Embora os conceitos de 
restauração e recuperação ambiental sejam debatidos há muito 
tempo e pareçam semelhantes, é essencial esclarecer e 
compreender que constituem diferentes significados na relação do 
Homem com a Natureza. 
Ambas, restauração e recuperação, indicam a reconstituição de uma 
área degradada. O conceito de degradação ambiental está definido 
no Decreto Federal no 97.632, de 10 de abril de 1989, “Art. 2º, [...] os 
processos resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se 
perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a 
qualidade ou capacidade produtiva dos recursos ambientais.” 
(BRASIL, 1989). A degradação pode ocorrer por ação antrópica ou 
natural, intensificada pela ação humana, consequentemente, 
alterando suas características originais e dificultando sua recuperação 
natural, havendo a necessidade de intervenção humana para 
recuperar-se. 
Para realizar ações de recuperação ambiental é necessário elaborar 
um Plano (Programas ou Projeto) de Recuperação de Áreas 
Degradadas (PRADs) que objetiva projetar a recuperação da área, 
reestabelecer as características naturais de recomposição muito 
próximas as originais, de modo a recriar um ambiente equilibrado 
para proteger o solo. Conforme o Decreto no 97.632/1989, “Art. 3º A 
recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a 
uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido 
para o uso do solo, visando a obtenção de uma estabilidade do meio 
ambiente.” (BRASIL, 1989). 
Assim, a recuperação deve iniciar pelo diagnóstico, seguida pelo 
plano de ação que atende os aspectos socioambientais e estéticos, 
permite a recuperação da função da vegetação no local 
(considerando ou não a composição florística local com espécies que 
compõe o ambiente); evita a erosão do solo; e regula o ciclo da água, 
do carbono e do nitrogênio (processos biogeoquímicos), e 
proporciona o reequilíbrio ecológico com retorno de sua forma 
natural. 
No que lhe pertence, a restauração ambiental tem a função de 
promover o reestabelecimento dos processos naturais e possibilitar o 
retorno da vegetação o mais próximo possível da sua condição 
original (sem interferência antrópica). Restaurar o ambiente significa 
manter sua singularidade, de modo que só podem ser usadas 
espécies nativas. 
O contexto evidencia a diferença entre ambas. Contudo, a 
restauração de áreas degradadas tem maior enfoque e potencial, sob 
a ótica da preservação da biodiversidade, pois nela há apenas a 
diversidade de espécies nativas locais (flora e fauna), que servirão de 
refúgio, alimento e disseminação de sementes. 
 
3 – Importância da Áreas de Preservação 
Garantir a existência de espaços naturais protegidos contribui com a 
preservação e conservação do meio ambiente, condição essencial à 
manutenção da vida, uma responsabilidade de todos. Nesse sentido, 
a Constituição Federal do Brasil de 1988, artigo 225, definiu critérios 
de promoção à manutenção e conservação de áreas de preservação, 
conforme segue: 
 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, 
incumbe ao Poder Público: III - definir, em todas as 
unidades da Federação, espaços territoriais e seus 
componentes a serem especialmente protegidos, 
sendo a alteraçãoe a supressão permitidas 
somente através de lei, vedada qualquer utilização 
que comprometa a integridade dos atributos que 
justifiquem sua proteção. 
 
Para mitigar os impactos ambientais ocasionados pela ação natural e 
antrópica, o Novo Código Florestal Brasileiro, Lei 12.651, de 25 de 
maio de 2012, instituiu: “Art. 1º [...] normas gerais sobre a proteção da 
vegetação, Áreas de Preservação Permanente e áreas de Reserva 
Legal; [...]” (BRASIL, 2012), e as estabelece como essenciais. Ainda, 
encontra-se no Código Florestal os conceitos e funções de ambas: 
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: 
[...] 
II - Área de Preservação Permanente - APP: 
área protegida, coberta ou não por vegetação 
nativa, com a função ambiental de preservar os 
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade 
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico 
de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o 
bem-estar das populações humanas; 
III - Reserva Legal: área localizada no interior de 
uma propriedade ou posse rural, delimitada nos 
termos do art. 12, com a função de assegurar o 
uso econômico de modo sustentável dos recursos 
naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a 
reabilitação dos processos ecológicos e promover 
a conservação da biodiversidade, bem como o 
abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora 
nativa; [...]. (BRASIL, 2012). 
 
Em síntese, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) são 
constituídas a partir de características específicas da sua geografia 
(áreas impróprias para uso devido declividade) ou hidrografia 
(nascentes), por isso não é obrigatória em todas as propriedades 
rurais. Mas toda propriedade rural precisa manter sua Área de 
Reserva Legal (ARL), ou seja, área com cobertura vegetal nativa, e 
considerar os percentuais mínimos em relação à extensão do imóvel. 
A rigor, significa dizer que ambas, APPs e ARLs, são espaços 
essenciais para a biodiversidade, contribuem para o equilíbrio e 
manutenção dos sistemas que integram e exercem papéis ecológicos 
importantes, proteger e manter os recursos hídricos, de conservar a 
diversidade de espécies animais e vegetais, e de controlar a erosão 
do solo e os consequentes assoreamentos e poluição dos cursos 
d'água. 
Importante salientar que essas áreas, APPs e ARLs, não podem 
sofrer interferência humana, condição essencial para potencializar 
sua capacidade de manutenção da biodiversidade, assegurar o 
equilíbrio ecológico e promover a manutenção da vida com 
qualidade. Contudo, por vezes, essa condição e lograda pela ação 
antrópica, que prioriza o desenvolvimento econômico. 
 
4 – Relação do meio ambiente com a segurança do trabalho 
Você sabia que meio ambiente e segurança do trabalho tem relação 
direta, inclusive com as práticas sustentáveis que conduzem uma 
empresa? 
Isso mesmo! O meio ambiente e a segurança do trabalho são 
assuntos intimamente conectados. Lembrando que o risco está 
sempre presente, em todos os ambientes. Porém, o que não pode 
ocorrer é a ameaça concretizar-se, tampouco deve haver exposição 
e vulnerabilidade, tanto do homem, quanto do ambiente, condições 
que evita o risco transformar-se em acidente. 
Em geral, as normas regulamentadoras (NRs) consideram como 
meio ambiente o local de atuação dos trabalhadores e seus 
arredores, visto que ambas (meio ambiente e segurança do trabalho) 
refletem diretamente na saúde, bem-estar e qualidade de vida dos 
colaboradores e sociedade. Em relação ao meio ambiente do 
trabalho para salvaguardar a saúde e a segurança dos colaboradores 
no ambiente de trabalho, a Constituição da Federal do Brasil de 1988, 
tutela: 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, 
por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança; 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, 
além de outras atribuições, nos termos da lei: 
VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, 
nele compreendido o do trabalho. (BRASIL, 1988). 
 
A proteção do local de trabalho deve ser integrada e atender 
colaboradores, meio ambiente e sociedade. Por isso, torna-se 
fundamental promover uma cultura empresarial que zela pela 
proteção da saúde e integridade física dos funcionários e do meio 
ambiente, uma das finalidades básicas da segurança do trabalho. 
Também é necessário o alinhamento da sustentabilidade com as 
práticas empresariais implementadas, pois elas pesam na tomada de 
decisão estratégica da empresa. 
A sustentabilidade empresarial não se limita a responsabilidade 
socioambiental. Ela faz referência ao conjunto de ações que a 
empresa adota, com a finalidade de agir de maneira consciente, 
respeitando o meio ambiente e a sociedade em que está inserida. 
Para cumprir tais requisitos a empresa utiliza-se das NRs, conforme 
atividade desenvolvida, que trazem em seu escopo a 
regulamentação sobre as providências necessárias à prevenção do 
meio ambiente, seja interno ou externo, visando manter o melhor 
nível possível de securitários nas atividades, preservando a saúde e o 
bem-estar do trabalhador no ambiente laboral. 
A prevenção do meio ambiente está presente nas NRs, a exemplo da 
NR – 12 cujo objetivo é garantir que máquinas e equipamentos sejam 
seguros para o uso do trabalhador, pois também causam 
interferência no meio ambiente e segurança do trabalho (BRASIL, 
2019). Ainda, a NR – 09 “9.1.1 [...] estabelece os requisitos para a 
avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e 
biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento de 
Riscos – PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto às medidas de 
prevenção para os riscos ocupacionais” (BRASIL, 2020). Exemplos 
que evidenciam a relação direta entre meio ambiente e segurança do 
trabalho, também presente em outras NRs. 
01 
Entre as alternativas abaixo assinale apenas aquela que tem o processo com 
maior potencial de recompor a vegetação o mais próximo possível da sua 
condição original. 
d-)Restauração ambiental 
02 
Marque a alternativa correta sobre o termo “restaurar o ambiente”: 
c-)Que o ambiente deve manter sua singularidade 
03 
Em relação as Áreas de Preservação Permanente (APPs) é correto afirmar 
que: 
c-)Não podem sofrer interferência humana 
04 
A área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função 
ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade 
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger 
o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas, conforme a Lei no 
12.651/2012, refere-se a: 
b-)Área de Preservação Permanente 
05 
Em relação a Área de Reserva Legal (ARL) é incorreto afirmar que: 
e-)Coopera para a caça e a pesca predatória 
06 
(ENADE) Leia atentamente a questão abaixo: 
Em consonância com a Lei no 12.651/2012 que dispõe sobre a proteção da 
vegetação nativa, indique a afirmativa correta sobre a definição de Área de 
Preservação Permanente: 
a-)Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função 
ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade 
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger 
o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas 
Biodiversidade: 
Conservação e 
importância 
1– Introdução 
Bem-vindo ao nosso estudo sobre Biodiversidade. Este estudo 
ajudará você a conhecer mais sobre o tema Biodiversidade, sua 
importância e conservação. O termo biodiversidade 
(etimologicamente, do grego biós significa “vida” e diversidade 
significa “variedade”, “multiplicidade”) possibilita diferentes 
interpretações e seu conceito é relativamente novo. 
A definição mais conhecida de biodiversidade foi definida pela 
Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), o primeiro tratado 
intergovernamental que aborda especificamenteo tema. A 
Convenção está entre os principais instrumentos internacionais sobre 
meio ambiente, atualmente é o principal fórum mundial sobre as 
questão ambientais. A CDB foi lançada durante a Conferência das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
(CNUMAD), reconhecida como Rio-92 o ECO-92, realizada no Rio 
de Janeiro, em 1992, e pelo Programa das Nações Unidas para o 
Meio Ambiente (PNUMA). Ela (CDB) definiu, em seu artigo 2, o 
conceito de termos, entre eles Diversidade Biológica ou 
Biodiversidade que significa: 
“[...] a variabilidade de organismos vivos de todas 
as origens, compreendendo, dentre outros, os 
ecossistemas terrestres, marinhos e outros 
ecossistemas aquáticos e os complexos 
ecológicos de que fazem parte; compreendendo 
ainda a diversidade dentro de espécies, entre 
espécies e de ecossistemas. (BRASIL, 2008, p. 
13). 
 
Portanto, biodiversidade é a multiplicidades de formas de vida que há 
no planeta e engloba a riqueza de espécies, suas moléculas e genes, 
passando pelo nível de espécies e famílias, e chega aos 
ecossistemas e biomas formados pelas comunidades de espécies, 
que abrange microrganismos, fungos, insetos, plantas, aves, 
mamíferos etc. 
A Convenção estabeleceu três objetivos principais, a serem 
cumpridos, são eles: a conservação da diversidade biológica; o uso 
sustentável de seus componentes; e a partilha justa e equitativa dos 
benefícios derivados dos recursos genéticos, e refere-se à 
biodiversidade em três níveis: recursos genéticos, espécies e 
ecossistemas. (BRASIL, 2008). 
Muitos países têm dedicado esforços, desde a criação da CBD, no 
sentido de reconhecer, valorizar e conservar a biodiversidade, 
zelando pelo uso sustentável dos recursos naturais. A biodiversidade 
brasileira está entre as mais ricas do mundo, com impressionante 
número de espécies da flora e da fauna, localizadas, principalmente, 
nos Biomas da Mata Atlântica, Floresta Amazônica e Cerrado. Por 
isso, o Brasil é reconhecido o país da mega diversidade. 
 
2 – Papel da biodiversidade na qualidade de vida 
As atividades humanas têm causado alterações nos ecossistemas 
naturais, pois perturbam, alteram e até mesmo destroem a estrutura 
e a função do sistema natural, causando prejuízos e perdas à 
biodiversidade, condição que reflete e impacta na qualidade de vida 
das populações. Com o reconhecimento das consequências 
causadas pelas ações antrópicas ao meio ambiente e, consequente 
prejuízo a biodiversidade, surgiram as ações de importância e 
valoração ambiental e do potencial da biodiversidade para a 
economia humana. Nesse sentido, Alho (2012, p. 152) destaca que: 
A importância da biodiversidade para o bem-estar 
e a saúde humana só ganhou maior destaque 
quando o processo de perda da diversidade 
biológica alertou para a necessidade da 
conservação e do uso racional dos recursos vivos, 
com proteção ao fluxo de serviços dos 
ecossistemas naturais. 
 
Portanto, é fundamental conservar a biodiversidade, para tal é 
necessário o esforço conjunto, intergovernamental e interinstitucional, 
para preservar um patrimônio de valor inestimável, mas que é 
colocado em risco cotidianamente, devido ações antrópicas. Nesse 
contexto, destacamos que a biodiversidade tem papel fundamental 
no meio ambiente, ela envolve ações ativas e dinâmicas na interação 
entre as espécies, entre elas e seus meios, constituindo-se em um 
sistemas que fornecem serviços ambientais indispensáveis para a 
vida na Terra. 
Esses serviços ambientais contribuem com a qualidade do ar e da 
água, equilíbrio do clima, controle de eventos climáticos como 
estiagens, enchentes e outros desastres ambientais. Além disso, a 
produção de fármacos, biomassa, alimentos, nutrientes para o solo, 
polinizadores, cultivos agrícolas, estão atrelados a conservação e 
qualidade da biodiversidade. Em síntese, a sociedade depende da 
biodiversidade. 
 
3 – Indicadores ambientais 
Atualmente o desenvolvimento sustentável tem sido foco de 
discussões em diversos setores da sociedade e cada vez mais são 
cobradas medidas de controle em relação as atividades poluidoras e 
que causam impactos ambientais. Desse modo, é necessário que as 
atividades e seus processos sejam mensurados para que possam 
ser controlados, compreendidos e, principalmente, aperfeiçoados. 
Para tal, são usados indicadores que servem para indicar, medir, 
mensurar ou mostrar algo, ou seja, o indicador é uma ferramenta 
projetada para fornecer informações precisas e confiáveis. Todas as 
áreas de atuação podem usar indicadores, qualitativos e 
quantitativos, para mensurar e aperfeiçoar seus processos. Existem 
indicadores econômicos, sociais, ambientais e outros. Aqui 
trataremos especificamente de indicadores ambientais. 
Indicadores ambientais são informações estatísticas selecionadas e 
quantificadas que concebem ou sintetizam determinados aspectos da 
situação que envolve o meio ambiente, os recursos naturais e as 
atividades humanas relacionadas, conforme definição do Ministério 
do Meio Ambiente. (BRASIL, s/d). Esses indicadores tem por objetivo 
indicar a responsabilidade da organização em relação a legislação 
ambiental vigente, além de outros objetivos como fortalecer a marca, 
demonstrando o comprometimento com a preservação ambiental, 
com o desenvolvimento da sustentabilidade, e crescimento no 
mercado, por exemplo. 
Os indicadores ambientais são uma importante ferramenta, 
possibilitam sintetizar informações sobre os impactos ambientais 
causados pelas atividades desenvolvidas e podem contribuir na 
mitigação dos riscos. Eles retratam os resultados, das técnicas e dos 
processos empregados pela organização, sobre o meio ambiente. A 
avaliação padronizada dos processos produtivos, com foco na área 
ambiental, é realizada com base na série de normas do grupo da ISO 
14.000, essencial para identificar, avaliar e monitorar os aspectos 
ambientais inerentes aos processos produtivos, bem como os 
impactos causados. 
Aplicar as normas do grupo ISO 14.000 é o ponto de partida para a 
elaboração de planos de ação e tomada de decisões que 
possibilitarão mitigar impactos ambientais e alcançar a 
sustentabilidade. 
 
4 – Agrotóxicos e seus impactos 
O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, atingiu 500 mil 
toneladas/ano em 2014 (LAZZERI, 2017; BOMBARDI, 2017), esse 
valor representa cerca de 20% do total de agrotóxicos 
comercializados no mundo (BOMBARDI, 2017; VASCONCELOS, 
2018), com tendências de aumentar. 
O termo agrotóxicos é utilizado para definir os produtos ou 
substâncias químicas utilizados no campo, principalmente pela 
agricultura, com o objetivo de controlar ou combater pragas, ervas 
daninhas e doenças invasoras, em geral, considerado um insumo 
essencial para garantir a produção e sua qualidade. Esses produtos 
são considerados eficazes no combate aos organismos indesejados 
que surgem nos cultivos, além de melhorar a eficiência da produção 
e gerar crescimento econômico. Porém, o uso desenfreado e 
indiscriminado de agrotóxicos traz consequências à saúde humana e 
ambiental, pois a substância não atingem somente os organismos-
alvo, ela é dispersa no meio - pelo vento, pela água e acaba 
percolando o solo e chega ao lençol freático, poluindo-os. 
É importante destacar que a administração incorreta e uso excessivo 
de agrotóxicos está entre as principais potencialidades de poluição 
do solo, dos recursos hídricos, de outros cultivos e, devido a 
administração ou uso desses produtos, ocorre a contaminação 
humana, principalmente à dos agricultores ou trabalhadores rurais, 
devido à exposição. Por isso é importante que todos os 
trabalhadores, em especial os agricultores, realizem os cursos e 
treinamentos das Normas Regulamentadoras, nesse caso, em 
específico, a Norma Regulamentadora 31 (NR-31) aborda, entre 
outros temas, a prevenção de acidentes com agrotóxicos;treinamento sobre segurança, saúde do trabalho e preservação do 
meio ambiente. A NR-31 objetiva: 
[...] estabelecer os preceitos a serem observados 
na organização e no ambiente de trabalho, de 
forma a tornar compatível o planejamento e o 
desenvolvimento das atividades da agricultura, 
pecuária, silvicultura, exploração florestal e 
aquicultura com a segurança e saúde e meio 
ambiente do trabalho. (BRASIL, 2013). 
 
Caso os produtores rurais e trabalhadores agrícolas estejam 
informados, aumentam as possibilidades de evitar riscos de 
acidentes, como contaminação humana e poluição ambiental. A 
contaminação dos trabalhadores ocorre devido a exposição, por 
períodos prolongados, uso contínuo, manuseio inadequado, alta 
toxicidade de muitos agrotóxicos, uso fragmentado ou não uso de 
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Outros fatores que 
podem ter influência é falta de informação e treinamento, ausência 
ou má higienização dos equipamentos e roupas do trabalhador, após 
contato com o produto, entre outros fatores, e a soma disso gera 
consequências com efeitos danosos à saúde, como intoxicações 
devido a exposição ou pelo consumo de alimentos e água 
contaminada com resíduos. Pesquisas tem revelado aumento da 
contaminação, por agrotóxicos, de alimentos e água, preocupando 
organizações e sociedade. 
Em geral, a contaminação humana, por agrotóxicos, ocorre pela 
exposição ocupacional, seguida pela exposição ambiental, que 
consiste na acumulação dos produtos químicos no ar, água e solo 
(SOARES; FARIA; ROSA, 2017). Outra forma de contaminação 
humana se dá pelo consumo de alimentos e relações estabelecidas 
pelo homem com o meio ambiente, causando prejuízos no 
organismo humano, a curto e longo prazo. Assim, os agrotóxicos 
podem gerar consequências à saúde, bem como, causar degradação 
ambiental e alterações significativas nos ecossistemas. 
Portanto, o risco de contaminação humana e poluição ambiental, por 
agrotóxicos, é uma possibilidade real com danos socioambientais e 
efeitos deletérios às populações, seja pela exposição, contaminação 
do lençol freático, reservatórios de água potável, produção de 
alimentos, indispensáveis para a manutenção da vida, existência e 
sobrevivência dos seres vivos. 
 
5 – Riscos de acidentes de trabalho com animais 
Entre os fatores que colocam em perigo e podem afetar a integridade 
física e moral do trabalhador estão os riscos de acidente por animais, 
principalmente peçonhentos, em geral, atrelados as atividades de 
campo, floresta, fazenda, jardinagem, limpeza e outros. 
De acordo com dados do Sistema Nacional de Notificações de 
Agravos (SINAN), entre 2017 e 2018, as ocorrências de acidentes 
são mais comuns para picadas de cobras, aranhas e escorpiões. Os 
acidentes com cobras e, consequente envenenamento, são 
responsáveis por mais de 38% dos casos de óbito (BRASIL, 2020a). 
Acidentes ofídicos demandam internações hospitalares, por vezes, 
por longos períodos, inclusive em centros de tratamento intensivo, 
além do risco de sequelas temporárias com reabilitação prolongada 
e, por vezes, incapacitada. 
Conforme informações do SINAN, nos últimos anos, tem aumentado 
significativamente o número de acidentes com animais, 
principalmente peçonhentos. Entre os fatores dessa circunstância 
estão as alterações causados pelo homem no meio ambiente, 
condição que modifica o habitat natural dos animais e os leva a 
migrar, por exemplo. Para evitar ou mitigar os riscos de acidentes 
com animais, os trabalhadores precisam estar equipados, ou seja, é 
essencial o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), 
como botas cano alto, luvas de couro, perneira, por exemplo, 
atendendo as diretrizes da NR-31. De acordo com a Diretoria de 
Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, o uso de botas pode 
impedir cerca de 80% dos acidentes com cobras (SANTA 
CATARINA, 2018). 
Oportuno salientar que, a NR-31.2 “[...] se aplica a quaisquer 
atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e 
aquicultura, verificadas as formas de relações de trabalho e emprego 
e o local das atividades.” (BRASIL, 2020b). Os trabalhadores 
precisam conhecer e seguir as diretrizes da NR-31 que determina 
como medidas de proteção individual o fornecimento, obrigatório e 
gratuito, aos trabalhadores todos os equipamentos de proteção 
individual (EPI), adequados aos riscos que o trabalhador está exposto 
e devem ser mantidos em perfeito estado de conservação e 
funcionamento, pelo trabalhador. (BRASIL, 2020b). 
O uso de EPIs possibilitará mitigar as ocorrências de acidentes com 
animais, em especial os peçonhentos, visto que são os que mais 
ocorrem de acordo com o SISNAN, pois mitigando a exposição e a 
vulnerabilidade, a ameaça não terá potencial de concretizar o risco 
em acidente, pois o trabalhador estará protegido. 
01 
Assinale a alternativa correta, indicando qual a Norma Regulamentadora que 
se aplica a quaisquer atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, 
exploração florestal e aquicultura, verificadas as formas de relações de 
trabalho e emprego e o local das atividades e também se aplica às atividades 
de exploração industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrários. 
b-)Norma Regulamentadora 31 (NR-31) 
02 
A biodiversidade brasileira está entre as mais ricas do mundo, com 
impressionante número de espécies da flora e da fauna. Assim, o Brasil é 
reconhecido como o país da mega diversidade. Assinale a alternativa correta 
sobre os biomas em que a fauna e a flora brasileira se destacam. 
a-Cerrado, Mata Atlântica e Floresta Amazônica 
03 
Os indicadores ambientais são uma importante ferramenta, possibilitam 
sintetizar informações sobre os impactos ambientais causados pelas atividades 
desenvolvidas e podem contribuir na mitigação dos riscos. Eles também 
retratam os resultados, das técnicas e dos processos empregados pela 
organização, sobre o meio ambiente. A avaliação padronizada dos processos 
produtivos, com foco na área ambiental, é realizada com base na série de 
normas do grupo da ___________, essencial para identificar, avaliar e 
monitorar os aspectos ambientais inerentes aos processos produtivos, bem 
como os impactos causados. Assinale a alternativa correta. 
d-)ISO 14.000 
04 
O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, objetivando controlar 
ou combater pragas, ervas daninhas e doenças invasoras das lavouras, bem 
como melhorar a eficiência da produção, gerando crescimento econômico, 
porém, esses produtos trazem consequências à saúde humana e ambiental. A 
contaminação humana, por agrotóxicos, em geral, ocorre pela ___________ 
____________ e ______________ _______________. Assinale a alternativa 
correta. 
b-)Exposição ocupacional e exposição ambiental 
05 
Assinale a alternativa correta, indicando qual a Norma Regulamentadora que 
se aplica a quaisquer atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, 
exploração florestal e aquicultura, verificadas as formas de relações de 
trabalho e emprego e o local das atividades e também se aplica às atividades 
de exploração industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrários. 
d-)Norma Regulamentadora 31 (NR-31) 
06 
Na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
(CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro, em 1992, e o Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançaram a Convenção sobre 
Diversidade Biológica (CDB), que estabeleceu três objetivos principais, a 
serem cumpridos pelas nações. Assinale a alternativa que apresenta os três 
objetivos principais da CDB: 
c-)Conservação da diversidade biológica; uso sustentável de seus 
componentes; partilha justa e equitativa dos benefícios derivados dos recursos 
genéticos 
Gestão Ambiental 
Otermo gestão, refere-se primeiramente a administração de algo, 
planejamento e organização. Já o termo ambiente é apresentado 
como tudo o que está ao nossoredor, o local no qual vivemos, 
nossas interações com os diferentes ecossistemas. Com base 
nessas informações, podemos trabalhar com o seguinte princípio, a 
gestão ambiental é uma área de estudo que procura correlacionar as 
atividades econômicas de forma a utilizar recursos da natureza de 
forma adequada e racional (Figura 1). 
 
Figura 1 – Obtenção de energia de fontes renováveis 
Portanto, a gestão ambiental visa manter o equilíbrio entre essas 
relações, pois a dinâmica entre elas na maioria das vezes é unilateral, 
com o ser humano somente usufruindo do meio ao seu redor, sem 
repor nada em troca (FORNO, 2017). 
No que abrange as indústrias é possível descrever que a: 
 
"Gestão ambiental envolve planejamento, 
organização, e orienta a empresa a alcançar 
metas [ambientais] especificas, em uma analogia, 
por exemplo, com o que ocorre com a gestão de 
qualidade. Um aspecto relevante da gestão 
ambiental é que sua introdução requer decisões 
nos níveis mais elevados da administração e, 
portanto, envia uma clara mensagem à 
organização de que se trata de um compromisso 
corporativo. A gestão ambiental pode se tornar 
também um importante instrumento para as 
organizações em suas relações com 
consumidores, o público em geral, companhias de 
seguro, agências governamentais, etc." 
(NILSSON, 1998 p. 134 apud Corazza (2003 p.3). 
 
Todavia, para que processo de conservação ambiental seja seguido 
é preciso normas que regulamentem ações diretas ao ambiente. 
Assim, temos a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), de 
1981, o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), o Conselho 
Nacional do Meio ambiente (CONAMA) e vários outros órgãos 
estatais que auxiliam na implementação de medidas para o controle 
da qualidade ambiental (FORNO, 2017). 
Somente com leis e normas é possível gerenciar e organizar recursos 
tão valoroso como o meio ambiente. A série das ISO 14000 é outra 
ferramenta, que auxiliam na manutenção de um ambiente de 
qualidade. Composta por um conjunto de normas que exemplificam 
essa questão, dentre elas a ISO 14001 na qual há um elaborado 
conjunto de itens a serem cumpridos para o Sistema de Gestão 
Ambiental (SGA). 
 A maneira mais simples de entender este sistema é que ele 
pertence a uma constante cíclica, e deverá compreender etapas 
como planejamento, execução, verificação e ação e depois deve 
retornar novamente ao primeiro item, ou seja, esse sistema deve ser 
constantemente reavaliado e aprimorado. 
 
De acordo com Campus e Melo (2008, p. 541): 
 
[...] o SGA segundo a norma NBR ISO 14001 (a 
mais difundida mundialmente), faz com que o 
processo produtivo seja reavaliado continuamente, 
refletindo na busca por procedimentos, 
mecanismos e padrões comportamentais menos 
nocivos ao meio ambiente. 
 
De acordo com Druziam e Santos (2006) a norma ISO 14001:2004 
apresenta os requisitos para que um SGA possibilite as organizações 
desenvolver e implementar política e objetivos que abordem os 
requisitos legais significativos e informações sobre aspectos 
ambientais. Segundo os mesmos autores a NBR ISO 14001 detalha 
a metodologia conhecida como (PDCA) do inglês Plan-Do-Check-Act 
que pode ser traduzida para o português como Planejar-Executar-
Verificar-Agir. Esses processos podem ser compreendidos como: 
 
Planejar: Estabelecer os objetivos e processos 
necessários para atingir os resultados em 
concordância com a política ambiental da 
organização. Executar: Implementar os processos. 
Verificar: Monitorar e medir os processos em 
conformidade com a política ambiental, objetivos, 
metas, requisitos legais e outros, e relatar os 
resultados. Agir: Agir para continuamente melhorar 
o desempenho do sistema de gestão ambiental 
(DRUZIAM, SANTOS, 2006 p. 4). 
 
Portanto é através de conjuntos de normas como as ISO 14000, que 
é possível se fazer cumprir os cuidados básicos com o meio 
ambiente no âmbito empresarial. Neste contexto, entram as 
empresas e os seus trabalhadores. Todo ambiente de trabalho, 
principalmente seu entorno é concebido pela gestão ambiental e para 
tanto, deve estar dentro das normas, visando evitar impacto ao meio 
ou provocar o menor possível. 
Atualmente, o mercado consumidor está preocupado se as empresas 
seguem as questões ambientais, se são ecologicamente corretas. 
Então, além da empresa oferecer um bom serviço ou produto, existe 
a necessidade de garantir que este é extraído da maneira adequada 
e quais impactos geraram para serem produzidos. 
É possível afirmar que com o avanço da tecnologia, está mais fácil 
encontrar estas informações. Principalmente com a internet, pois a 
partir do momento que existem leis e normas, elas estão registradas, 
assim como o cumprimento ou não por determinada instituição 
economicamente ativa. 
A diferença entre gestão empresarial e gestão ambiental é o foco 
dessa administração. Cada um se propõe a realizar, desenvolver, 
rumar todas as suas forças objetivando o melhor desempenho. Ou 
seja, todo o enfoque está direcionado na empresa ou no ambiente. 
Quando confrontamos as duas gestões, ambas precisam caminhar 
lado a lado para coexistir. Assim conforme descrito anteriormente é 
necessário a criação de normas para não ferir os objetivos uma da 
outra. Como no caso da gestão empresarial objetivar somente as 
intenções de apenas uma instituição, e a ambiental ao contrário ser 
mais ampla, no sentido de estar presente não somente em um, mas 
vários contextos e situações. As normas são mais restritivas no que 
diz respeito a gestão empresarial. 
Traduzindo, toda empresa precisa desenvolver além da sua própria 
gestão empresarial, uma parcela da gestão ambiental direcionada 
aos seus objetivos e possíveis impactos, seja por obrigação no 
cumprimento da lei, ou consciência ambiental. 
01 
Por qual principal motivo é relevante que as empresas busquem obter a 
certificação ISO 14001? 
a-) A ISO 14001, orienta por meio de diretrizes a implementação do Sistema 
de Gestão Ambiental (SGA), possibilitando que as organizações desenvolvam 
práticas sustentáveis 
02 
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) deve ser realizado em todas as 
empresas, visando a prevenção e mitigação dos impactos ambientais. Este 
sistema é composto de várias etapas para sua execução, abaixo seguem 
exemplificadas algumas delas, exceto: 
a-) Participação exclusiva dos profissionais executores 
03 
O ciclo PDCA é uma ferramenta de gestão que apresenta como objetivo, 
promover melhorias em processos, utilizando um circuito contínuo de ações. 
Selecione abaixo as ações que estão presentes no PDCA: 
a-) Planejar, fazer, verificar e agir 
04 
Abaixo são listados temas que a gestão ambiental pode contribuir, exceto: 
a-) Eventos naturais 
05 
Uma empresa que apresenta um sistema de gestão ambiental, obtém quais 
benefícios, exceto: 
e-) O direito de utilizar os recursos naturais em maiores quantidades, sem 
qualquer restrição, em suas atividades. 
06 
(ENADE) Um dos processos chaves para a gestão ambiental, envolve a 
relação da aplicação da educação ambiental. Por meio dela é possível realizar 
formações para promover a percepção de riscos no ambiente de trabalho, 
auxiliando na implementação de medidas ambientais nas empresas. Assim, 
temos a vertente da educação ambiental crítica transformadora, que 
possibilita: 
I – Abordar de forma interligada aspectos econômicos, sociais e ambientais. 
II – Promover a formação de sujeitos capazes de perceber as interações 
socioambientais. 
III – Separar em diferentes dimensões os fatores bióticos e abióticos. 
IV – Observar o meio ambiente por meio de uma visão unidirecional 
conservacionista. 
É correto apenas o que se afirma em: 
a-) I e II 
Mudanças Climáticas 
OClima na Terra é dinâmico. Desde a origem do planeta, fatores 
naturais proporcionaram alterações na temperatura. Essas ações 
podem ser forças internas ou externas. Na figura(1) é possível ver a 
imagem de um vulcão, lançando partículas em suspensão para 
atmosfera. Essa reação pode provocar alterações em escala local ou 
global, dependendo da quantidade de vulcões em erupção. Além 
deste exemplo, temos os ciclos solares, um processo externo que 
também pode modificar o clima terrestre. 
Todavia atualmente a temperatura no planeta está aumentando, 
pelas ações humanas de forma rápida e descontrolada. Essa 
afirmação é feita por órgãos, como a Agência Espacial estadunidense 
(NASA), bem como o Painel Intergovernamental para a Mudança de 
Clima (IPCC), que apresentam dados que comprovam que o clima 
global começou a mudar, especialmente nos últimos 100 anos. Na 
figura 2 temos um exemplo de uma das ações que potencializam 
essas mudanças. 
 
Figura 1 – Processo natural – Vulcão Figura 2 – Processo antrópico 
 
Figura 1 – Processo natural – Vulcão Figura 2 – Processo antrópico 
De acordo com o glossário do IPCC (2014) a mudança climática 
refere-se a uma alteração no estado do clima que é observado por 
meio de testes estatísticos, que demostram mudanças na média e ou 
na variabilidade das propriedades do clima, persistindo por um 
período prolongado, geralmente de décadas ou superior. 
Um exemplo são as séries históricas, que detalham o 
comportamento da precipitação em uma determinada região. Com 
base na análise estatística destes dados, em conjunto com 
informações de outras localidades é possível observar que o clima 
global está mudando. 
Comumente é abordado na mídia que em determinada região, em 
apenas alguns dias, choveu mais do que o esperado para o mês 
inteiro. Em alguns casos, eventos desta magnitude nunca tinham sido 
registrados em anos anteriores. Por causa das mudanças climáticas 
é previsto que essas alterações ficarão mais recorrentes nos 
próximos anos. Causando consequências diretas a vidas humanas. 
 
Efeito estufa 
 
Para compreender melhor como ocorrem as mudanças climáticas o 
primeiro passo é entender o funcionamento do clima nosso planeta. 
Um fator essencial para a manutenção da temperatura é a radiação 
solar. 
Ela faz com que ocorram diferentes fluxos de energia na Terra. Esta 
radiação interage diretamente com alguns elementos presentes em 
nosso planeta. Assim, é relevante apresentar conceitos como: a 
litosfera, referente a parte rochosa da Terra. Hidrosfera região onde 
se encontram os diversos recursos hídricos, como por exemplo os 
rios e os oceanos. Criosfera, comumente coberta por gelo 
permanente e atmosfera, parte que compreende todos os gases do 
nosso planeta. Cada uma dessas esferas interage de forma diferente 
com a radiação solar. Na figura 3, é possível observar um modelo 
esquemático que exemplifica essa interação. 
 
Figura 3 – Modelo do efeito estufa na Terra. 
Uma grande parte da radiação que atinge a Terra é absorvida pelos 
oceanos, continentes, gelo e pelos gases da atmosfera, mas outra 
parte é refletida de volta para o espaço. Somente com a absorção 
dessa radiação é possível manter a temperatura adequada para 
manter a vida em nosso planeta. Em concentrações adequadas é 
importante a presença desses gases de efeito estufa. A Política 
Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) lei nº 12.187 define esses 
gases como “[...] constituintes gasosos, naturais ou antrópicos, que, 
na atmosfera, absorvem e reemitem radiação infravermelha” (Brasil, 
2009). 
Contudo, com o aumento exponencial de compostos originados pela 
queima de combustíveis, tais como o gás carbônico, metano, dióxido 
de nitrogênio entre outros, responsáveis pelo efeito estufa. A parte da 
radiação que naturalmente deveria escapar e voltar para o espaço, 
fica retida no planeta aumentando a temperatura. 
 Assim temos o termo Aquecimento Global, definido pelo IPCC como 
aumento gradual na temperatura global da superfície terrestre, 
decorrente da radiação absorvidas pelas emissões antropogênicas 
(IPCC, 2014). 
O aquecimento global provoca eventos adversos decorrentes da 
mudança do clima. De acordo com a PNMC esses fatores causam 
efeitos deletérios significativos no meio físico ou na biota. Impactando 
de forma negativa na sua composição, resiliência ou produtividade 
que pode estar acossada a ecossistemas naturais e manejados. 
Esses efeitos interagem de forma ativa em sistemas 
socioeconômicos e na saúde e o bem-estar humano (Brasil, 2009). 
Entre os principais impactos temos as mudanças no clima, que 
interferem diretamente nas infraestruturas e no trabalho. Devido as 
ondas de calor é provável que em poucas décadas esse aumento da 
temperatura provocará a perda de inúmeros postos de trabalhos. 
Como por exemplo as atividades realizadas em ambientes externos. 
Outro ponto relevante, é que mudanças descontroladas no clima 
proporcionam o aumento de doenças, especialmente de veiculação 
hídrica e relacionadas a poluição do ar, causando consequências 
diretas na vida de trabalhadores. Para controlar essas alterações é 
imprescindível a participação de todos. As populações humanas 
devem-se tornar conscientes, perceber essas mudanças e saber 
como agir para minimizá-las. 
01 
De acordo com a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) lei nº 
12.187, de 29 de dezembro de 2009, em seu Art. 3º, inciso I é descrito que 
“todos têm o dever de atuar, em benefício das presentes e futuras gerações, 
para a redução dos impactos decorrentes das interferências antrópicas sobre o 
sistema climático”. Com base nessa informação é correto afirmar que: 
c-\) Todos os cidadãos podem realizar ações que auxiliam no controle das 
alterações climáticas 
02 
A alteração da temperatura no planeta Terra é um processo que ocorre 
naturalmente a milhares de anos. Mas, nas últimas décadas, evidenciou-se que 
este aumento está ocorrendo especialmente pelas ações antrópicas. Escolha a 
opção que não apresenta uma ação antrópica, mas que modifica o clima da 
Terra: 
d-)Variação orbital 
03 
Uma das principais consequências que as mudanças climáticas poderão 
causar no ambiente de trabalho é: 
b-)Aumento do estresse térmico 
04 
O efeito estufa é um processo natural em nosso planeta. Por qual motivo ele é 
importante? 
a-)Mantem a temperatura adequada para a manutenção da vida 
05 
No ambiente de trabalho, algumas ações podem ser realizadas para auxiliar na 
diminuição da temperatura global. Entre as opções abaixo, apenas uma está 
incorreta: 
e-)Realizar a manutenção de equipamentos somente quando houver 
necessidade ou falhas em seu funcionamento 
06 
(ENADE) Durante o ano de 2020 a pandemia de coronavírus aumentou 
consideravelmente em muitos países. Na China uma das alternativas para 
controlar o avanço da pandemia foi realizar o fechamento de indústrias, 
escolas e demais atividades econômicas, para a diminuição da circulação do 
vírus. Nos mapas abaixo é possível observar níveis decrescentes de dióxido de 
nitrogênio (NO2) durante o período de quarentena (Figura 4). Este gás nocivo 
à saúde humana é formado pelo processo de queima de combustíveis fósseis 
por indústrias e veículos automotores. O dióxido de nitrogênio é um 
importante indicador de poluição atmosférica. 
Fonte: G1. Disponível 
em: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/03/01/coronavir
us-imagens-da-nasa-mostram-queda-da-poluicao-na-china-em-meio-ao-
surto.ghtml Acesso em: 07 abr. 2021 (Adaptado). 
Figura 4 - Imagens de satélite apresentando a diferença na concentração de 
NO2 durante período de quarentena na China. 
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/03/01/coronavirus-imagens-da-nasa-mostram-queda-da-poluicao-na-china-em-meio-ao-surto.ghtml
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/03/01/coronavirus-imagens-da-nasa-mostram-queda-da-poluicao-na-china-em-meio-ao-surto.ghtml
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/03/01/coronavirus-imagens-da-nasa-mostram-queda-da-poluicao-na-china-em-meio-ao-surto.ghtmlImagens de satélite da China 
Com base nas informações dos mapas, observe as afirmativas abaixo: 
I – Os processos industriais na China potencializam a liberação de gases do 
efeito estufa. 
II- Medidas de controle da poluição, como a utilização de meios de 
transportes coletivos e energias limpas, não conseguem minimizar a liberação 
de gases potencializadores do efeito estufa. 
III – Uma alternativa para diminuir os gases poluentes, está no investimento e 
na alteração dos recursos energéticos atuais por fontes de energias limpas. 
IV – Com menor quantidade de gases poluentes acumulando na atmosfera, 
existe a tendência para que o aquecimento global venha a diminuir. 
É correto apenas o que se afirma em: 
a-)I, III e IV 
Desenvolvimento 
sustentável 
1 – Introdução 
O Desenvolvimento sustentável tem um conceito sistêmico, 
composto para fazer alusão ao meio ambiente e à conservação dos 
recursos naturais. Ele corresponde a um modelo de desenvolvimento 
integral, na atualidade, sem esgotar a capacidade dos recursos 
naturais às necessidades das gerações futuras. Isso significa adotar 
um modelo de consumo e aplicação dos recursos naturais extraídos 
do meio ambiente de modo a não interferir no futuro da humanidade, 
congregado ao desenvolvimento socioeconômico, as realizações 
humanas e culturais, e a preservação da natureza para o amanhã. 
O meio ambiente é formado por recursos renováveis e não-
renováveis. Os recursos naturais renováveis, como o próprio nome 
enfatiza, tem capacidade de reposição. Contudo, sua exploração 
econômica e uso indevido, pelas práticas humanas, podem extinguir 
sua disponibilidade na natureza e desfavorecer sua renovação, 
tornando-os esgotáveis, exceto a luz solar e os ventos, que não 
sofrem diretamente com as ações de exploração. Já os recursos não-
renováveis, como o próprio nome sugere, consegue renovar-se 
naturalmente ou por intervenção humana, como, por exemplo, os 
combustíveis fósseis (carvão mineral, gás natural, petróleo, etc.). 
Por isso, torna-se indispensável adotar medidas de conservação 
desses recursos objetivando sua disponibilidade futura, bem como 
mitigar, caso não seja possível extinguir os impactos ambientais 
ocasionados pela exploração (ação humana). Nesse contexto, os 
elementos da natureza (água, flora, fauna, solo, entre outros) 
carecem de cuidados e a adoção de medidas de conservação, para 
que haja disponibilidade futura, mas também para mitigar, caso não 
seja possível eliminar, os impactos ambientais ocasionados pela 
exploração predatória, e sem ônus para o meio ambiente e a 
sociedade. 
 
2 – Desenvolvimento sustentável: histórico do conceito 
Em 1972, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o 
Meio Ambiente Humano, na cidade de Estocolmo, por isso, 
Conferência de Estocolmo, onde foi oficialmente declarado o conceito 
de Desenvolvimento Sustentável (DS). A elaboração do conceito de 
DS foi importante, tinha o proposito de vincular as noções de 
crescimento e desenvolvimento econômico com a preservação da 
natureza, algo que, até então, eram questões vistas de forma 
independente. 
O termo Desenvolvimento Sustentável, foi concebido e formalizado 
em 1987, quando ocorreu a elaboração do Relatório “Nosso Futuro 
Comum”, ou Relatório Brundtland, produzido pela Conferência das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
(CNUMAD), pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (em inglês World Commission on Environment and 
Development – WCED) que conceituou Desenvolvimento 
Sustentável como “A humanidade consegue idealizar o 
desenvolvimento sustentável para garantir que atenda às 
necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das 
gerações futuras de atender às suas necessidades.” (WCED, 1987, 
p. 16). 
A comissão explicitou que “O conceito de desenvolvimento 
sustentável implica limites - não limites absolutos, mas limitações 
impostas pelo atual estado de tecnologia e organização social sobre 
recursos ambientais e pela capacidade da biosfera de absorver os 
efeitos da ação humana.” (WCED, 1987, p. 16). Ratificou ainda, que 
o homem pode gerenciar e aperfeiçoar a tecnologia e a organização 
social, inovar os rumos para aprimorar o desenvolvimento 
econômico. O reflexo das ações de mudança baseadas na 
sustentabilidade demandam estratégias e técnicas que possibilitem 
atingir os padrões desejáveis para obter o desenvolvimento 
sustentável. 
Realizada no Rio de Janeiro, em 1992, a Conferência das Nações 
Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, reconhecida 
como Rio-92 ou ECO-92, contou com cerca de 200 representantes 
governamentais (Chefes de Estado e delegações), evidenciando a 
relevância das questões ambientais no início da década de 1990. A 
conferência foi palco de um balanço das dificuldades existentes e os 
avanços atingidos, e culminou na elaboração de importantes 
documentos que ainda são referências nas discussões ambientais. O 
principal objetivo, da Rio-92, estava no propósito de que se todos os 
países fossem em busca do mesmo padrão de desenvolvimento dos 
países ricos (considerados como desenvolvidos), não haveria 
disponibilidade de recursos naturais para atender a demanda de 
todos sem causar prejuízos irreversíveis ao meio ambiente. 
Desse modo, a Conferência, concentrou esforços universais com a 
premissa de satisfazer as necessidades atuais, sem comprometer a 
capacidade de suprir as necessidades futuras. Nesse sentido, ficou 
estabelecido o apoio tecnológico e financeiro aos países em 
desenvolvimento para que tenham condições de conseguir alcançar 
modelos de desenvolvimento sustentável. O contexto do evento 
possibilitou que o conceito de Desenvolvimento Sustentável se 
estabilizasse como princípio norteador das iniciativas entre 
desenvolvimento e meio ambiente. 
Além da participação de representantes governamentais de todo o 
mundo, a Rio-92 reuniu significativa presença de Organizações Não 
Governamentais (ONGs), que participaram, paralelamente, do Fórum 
Global, outro importante acontecimento. Os principais resultados do 
evento foram as aprovações de duas relevantes convenções: 
- A Carta da Terra, rebatizada de Declaração do Rio, que estabelece 
maior responsabilidade aos países ricos na questão da preservação 
do planeta; e 
- A Agenda 21, cuja elaboração iniciou na Conferência de Estocolmo 
(1972), que traça o plano de ações e metas que estabelecem 
avanços nas condições de proteção do planeta e seu 
desenvolvimento sustentável. 
Em relação ao DS, os princípios estão implícitos em muitas das 
conferências da Organização das Nações Unidas (ONU), 
abrangendo: a Segunda Conferência da ONU sobre Assentamentos 
Humanos (Istambul,1999); a Sessão Especial da Assembleia Geral 
sobre Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (Nova York, 
1999); a Cúpula do Milênio (Nova York, 2000) e seus Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio, sendo que o sétimo objetivo procura 
“Garantir a sustentabilidade ambiental”; a Rio+10 (Joanesburgo, 
2002); a Reunião Mundial de 2005; seguida pela Conferência das 
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20 (Rio 
de Janeiro, 2012), onde nasceram os 17 Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS); e por último, a reunião da 
Cúpula de Desenvolvimento Sustentável (Nova York, 2015), confirme 
ONU (s/d). Discutir 
Atualmente, a gestão ambiental e o desenvolvimento sustentável, são 
considerados sinônimo de sustentabilidade em qualquer 
empreendimento. Pois, o desenvolvimento sustentável busca 
reconciliar as pressões conflitantes entre o desenvolvimento 
econômico, a proteção ambiental e a justiça social. Todos os países 
membros da ONU estiveram reunidos no evento da Cúpula de DS, 
em 2015, oportunidade em que foram definidos os novos ODS como 
elemento de uma nova agenda, conhecida como Agenda 2030 para 
o Desenvolvimento Sustentável, que envolve a todos. O prazo 
estabelecidoé 2030, contudo, os trabalhos iniciaram de imediato. 
3 – Agenda 21 
Inicialmente destacamos que o termo "agenda" está colocado no 
sentido de intenção de mudança para um modelo de civilização no 
qual predomine o equilíbrio ambiental e a justiça entre as nações 
(FIOCRUZ, 2000). 
A Agenda 21 é considerada o principal documento produzido na Rio-
92, ela contém uma série de compromissos acordados entre os 
países participantes, que assumiram o desafio de incorporar os 
princípios do DS em suas políticas públicas. Com o reconhecimento 
mundial sobre a necessidade de instituir o DS na relação entre 
desenvolvimento e meio ambiente, os governos delinearam, na 
Agenda 21, um programa com uma série de ações para afastar-se do 
modelo insustentável. Nesse viés, Oliveira Filho (2014, p. 6), 
corrobora relatando que: 
A Agenda 21 dedica-se aos problemas da 
atualidade e almeja preparar o mundo para os 
desafios do século XXI. Ela reflete o consenso 
global e compromisso político em seu mais alto 
nível, objetivando o desenvolvimento e o 
compromisso ambiental. A partir desse momento, 
começa a existir de maneira globalizada, uma 
preocupação no que diz respeito à Gestão 
Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável tanto 
por parte das entidades governamentais, das 
organizações públicas e privadas como dos 
consumidores deste mercado global. (OLIVEIRA 
FILHO, 2004, p. 6). 
 
Este documento (Agenda 21) instituiu a importância e necessidade 
de cada país comprometer-se a refletir, global e localmente, sobre 
como governos, setor público e privado, organizações não-
governamentais e demais setores da sociedade poderiam cooperar 
na busca de soluções e melhorias para os problemas 
socioambientais. Em outras palavras significa dizer que, a Agenda 21 
extrapolou as fronteiras ambientais para abordar os padrões de 
desenvolvimento e suas consequências ao meio ambiente, 
convergindo para atividades que preservam e recuperam os recursos 
naturais, dos quais dependem o desenvolvimento e crescimento 
econômico. 
O programa explicita, dentre as medidas que podem ser adotadas 
por governos e sociedade civil em geral, para o desenvolvimento 
pautado na sustentabilidade, as áreas de ação: proteger a atmosfera; 
mitigar ou eliminar o desmatamento, a perda de solo e a 
desertificação; prevenir a poluição da água e do ar; e impedir a 
destruição das populações de peixes e promover o gerenciamento 
segura dos resíduos tóxicos. Ainda, fazem parte das ações a pobreza 
e a dívida externa dos países em desenvolvimento; padrões 
insustentáveis de produção e consumo; e pressões demográficas e a 
estrutura da economia internacional (ONU, s/d). Com a finalidade de 
garantir apoio aos objetivos da Agenda 21, ficou estabelecido, em 
1992, pela Assembleia Geral, a Comissão para o DS. 
A partir do compromisso assumido pelo Brasil durante a RIO-92, a 
Agenda 21 Brasileira, foi elaborada em parceria entre governo e 
diferentes setores da sociedade brasileira. Seu preparo ocorreu entre 
1996 e 2002, e implementada em 2003, num processo de elaboração 
conduzido pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento 
Sustentável e Agenda 21 Brasileira (CPDS). A Agenda 21 nacional 
estabelece cinco temas básicos e 21 objetivos que tem possibilidades 
de tornar o país um exemplo de proteção ambiental pelo 
fortalecimento da economia e justiça social (BRASIL, 2004). 
 
4 – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS 
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão descritos 
na Agenda 2030, da ONU e estão entre as mais recentes realizações 
básicas em sustentabilidade no mundo. Foi pela união de esforços 
para compreensão e síntese, que a Cúpula Mundial do 
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10 (2002) encontrou um 
caminho para descrever que o DS tem sua base formada por três 
pilares: econômico, social e ambiental, e um objetivo essencial, a 
erradicação da pobreza. 
Os ODS foram estabelecidos em 2015, oficialmente em vigor desde 
2016 e, até 2030, deverão ser cumpridos por todos os países. Vale 
lembrar serem fruto da Cúpula Mundial do Desenvolvimento 
Sustentável, a Rio+20 (2012), através de um grupo de trabalho que 
preparou o projeto da agenda. Nesse sentido, os ODS são um apelo 
universal da ONU como ação para erradicar a pobreza, resguardar o 
planeta e assegurar que todas as pessoas tenham paz e 
prosperidade. 
Essencialmente, os ODSs podem ser considerados um guia aos 
países que se comprometeram com o desenvolvimento global até 
2030. Eles foram desenvolvidos com a finalidade de produzir um 
conjunto de 17 objetivos que possam suprir os desafios ambientais, 
políticos e econômicos mais urgentes enfrentados pelo nosso 
planeta. Os objetivos são integrados, condição que possibilita o 
envolvimento e a abordagem de questões frequentemente conexas 
com outros. 
São 17 objetivos da ODS - 16 temáticos e um (1) trata dos meios de 
implementação -, desdobrados em 169 metas e 253 indicadores, 
conforme o Relatório de Indicadores para os ODSs (BRASIL, 2021a), 
juntos formam o núcleo da Agenda 2030. A seguir apresentamos a 
relação dos 17 ODSs (Figura 1), elaborados na reunião da Cúpula de 
Desenvolvimento Sustentável (BRASIL, 2021b). 
São 17 objetivos para transformar nosso planeta. Juntos, os objetivos 
traçam um plano universal para alcançar um futuro melhor para 
todos. Pois, abarcam distintos aspectos do desenvolvimento social, 
crescimento econômico e preservação ambiental. Assim, as ações 
previstas estabelecem um caminho a ser seguido, indicam onde 
devemos chegar em 2030, e exibem novos mercados e 
oportunidades para empresas em todo o mundo. Contudo, o sucesso 
da agenda está vinculado às políticas e programas de 
desenvolvimento de cada nação signatária. 
 
 
Figura 1. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
O progresso das iniciativas e as ações dos ODS e suas metas são 
monitoradas e revisados, ao nível global, usando o conjunto de 
indicadores globais, definidos pela Comissão de Estatística da ONU. 
Além disso, os governos desenvolveram indicadores nacionais 
objetivando monitorar o progresso ao nível local. Os objetivos 
equilibram as dimensões econômica, social e ambiental do 
desenvolvimento sustentável, para que sejam alcançados, deve cada 
um, governos, sociedade civil, setor público e privado, etc., faça sua 
parte. Inclusive você cidadão, estudante, profissional, conscientize-se 
e priorize práticas sustentáveis. 
 
5 – Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho 
(PNSST) 
O Decreto nº 7.602 de 7 de novembro de 2011 instituiu a Política 
Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador (PNSST), que tem 
como objetivos e princípios: 
I – [...] a promoção da saúde e a melhoria da 
qualidade de vida do trabalhador e a 
prevenção de acidentes e de danos à saúde 
advindos, relacionados ao trabalho ou que 
ocorram no curso dele, por meio da 
eliminação ou redução dos riscos nos 
ambientes de trabalho. (BRASIL, 2011). 
 
Para alcançar seu objetivo a PNSST deverá ser praticada em 
articulação contínua com as ações de governo na área das relações 
de trabalho, produção, consumo, ambiente e saúde, com a adesão 
voluntária das organizações representativas de trabalhadores e 
empregadores, conforme Art. III do Decreto nº 7.602/2011. (BRASIL, 
2011). Sobre as ações, no âmbito da PNSST, consta no Art. IV que 
estas devem estar presentes no Plano Nacional de Segurança e 
Saúde no Trabalho (Brasil, 2011). Sobre as responsabilidades no 
âmbito do PNSST, constata-se, Decreto nº 7.602/2011, no “Art. V -
São responsáveis pela implementação e execução da PNSST os 
Ministérios do Trabalho e Emprego, da Saúde e da Previdência 
Social, sem prejuízo da participação de outros órgãos e instituições 
que atuem na área” (BRASIL, 2011). 
Em 2012 foi criado o Plano Nacional de Segurança e Saúde no 
Trabalho (PNSST) em resposta às orientações da Organização 
Internacional do Trabalho (OIT),quanto à saúde e segurança do 
trabalho. A Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho, 
composta por membros representantes do governo, de trabalhadores 
e empregadores, elaborou o projeto do PNSST. A coordenadoria do 
projeto é de responsabilidade dos representantes do governo, com 
rodízio anual. 
Entre as ações propostas pelo PNSST, destacam-se como as 
principais: promover a saúde e a qualidade de vida dos 
colaboradores; prevenir acidentes e doenças ocupacionais; evitar 
óbitos; e eliminar e mitigar os riscos à saúde presentes nos 
ambientes de trabalho; e, ainda, prestar auxílio aos acidentados. Por 
isso, é importante promover ações cotidianas que contribuam com o 
melhor desempenho na área de Saúde e Segurança do Trabalho nas 
organizações. 
Para isso, é preciso que as organizações se comprometam com o 
compromisso e promovam ações em suas estratégias de negócio 
objetivando atender e promover os ODS, especialmente, aqueles que 
possuem relação com a Saúde Ocupacional e Segurança do 
Trabalho. A Agenda 2030 é um convite para que cada um (governos, 
sociedade civil, setor público e privado, você, eu, etc.) desenvolva 
ações preventivas que permitam mitigar a exposição aos riscos 
ambientais, de modo a reduzir os acidentes de trabalho e as doenças 
ocupacionais com o objetivo de melhorar a qualidade e a vida dos 
cidadãos, na atualidade e no futuro. 
Em relação ao objetivo do trabalho seguro que aborda a Saúde e 
Segurança do Trabalho, constata-se a integração do PNSST à 
Agenda 2030 ou os ODS. Nesse contexto, deixamos uma questão 
para reflexão. Quais ações ou estratégias você, profissional, tem 
realizado para promover os ODS, no âmbito da organização que 
atua, especialmente aqueles relacionados a qualidade de vida e 
saúde ocupacional dos colaboradores? 
01 
A Agenda 2030 é um plano de ação mundial para as pessoas que indica os 17 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), qual deles tem relação 
direta com a Segurança e Saúde do Trabalho? Assinale a opção correta: 
a-) Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 8 - Trabalho Decente e 
Crescimento Econômico 
02 
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, reconhecida como Rio-92 ou ECO-92, foi realizada no Rio 
de Janeiro, em 1992. A conferência foi palco de um balanço das dificuldades 
existentes e os avanços atingidos, e culminou na elaboração de importantes 
documentos que ainda são referências nas discussões ambientais. Escolha a 
alternativa correta sobre os principais resultados produzidos na Rio-92. 
b-) Agenda 21 e Carta da Terra 
03 
O Desenvolvimento sustentável tem um conceito sistêmico, composto para 
fazer alusão ao meio ambiente e à conservação dos recursos naturais.O termo 
Desenvolvimento Sustentável, foi concebido e formalizado em 1987, quando 
ocorreu a elaboração do Relatório “Nosso Futuro Comum”, ou Relatório 
Brundtland, produzido pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento e pela Comissão Mundial sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento, após intensas discussões globais. Assinale a 
alternativa que melhor descreve as intenções do conceito de Desenvolvimento 
Sustentável: 
e-) Garantir que atenda às necessidades do presente, sem comprometer a 
capacidade das gerações futuras de atender às suas necessidades 
04 
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão descritos na 
Agenda 2030, da ONU e estão entre as mais recentes realizações básicas em 
sustentabilidade no mundo, produzido na Conferência das Nações Unidas 
sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Os ODS são um convite 
universal da ONU como ação para: 
c-) Erradicar a pobreza, resguardar o planeta e assegurar que todas as pessoas 
tenham paz e prosperidade 
05 
A partir do compromisso assumido pelo Brasil na Conferência das Nações 
Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Agenda 21 Brasileira, 
foi elaborada em parceria entre governo e diferentes setores da sociedade 
brasileira. Seu preparo ocorreu entre 1996 e 2002, e implementada em 2003, 
num processo de elaboração conduzido pela Comissão de Políticas de 
Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 Brasileira (CPDS). A Agenda 21 
nacional estabelece cinco temas básicos, assinale a alternativa correta: 
d-)A economia da poupança na sociedade do conhecimento; Inclusão social 
para uma sociedade solidária; Estratégia para a sustentabilidade urbana e rural; 
Recursos naturais estratégicos: água, biodiversidade e florestas; e Governança 
e ética para a promoção da sustentabilidade 
06 
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão descritos na 
Agenda 2030, da ONU e estão entre as mais recentes realizações básicas em 
sustentabilidade no mundo. Foi pela união de esforços para compreensão e 
síntese, que a Cúpula Mundial do Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10 
(2002) encontrou um caminho para descrever que o DS tem sua base formada 
por três pilares e um objetivo essencial. Assinale a alternativa correta: 
b-) econômico, social e ambiental; e erradicar a pobreza 
Meio Ambiente 
Para a proteção do meio ambiente no Brasil existem legislações 
específicas voltadas à conservação e preservação ambiental. O país 
apresenta considerável gama de leis. Essa amplitude é pouco 
observada em outros países. Todavia apesar de ter uma das 
legislações ambientais mais rigorosas do mundo, falha na aplicação e 
cumprimento das mesmas. 
Conforme discutido em aulas anteriores, a conservação do meio 
ambiente é presente na Constituição Federal de 1988. A constituição 
traz no artigo 255 diversas ações que promovem essa proteção. No 
cenário nacional, existem outras leis que são de extrema relevância 
para a manutenção de um ambiente ecologicamente equilibrado. 
Dentre as principais, é possível listar de forma cronológica a Lei 6.938 
de 1981, que aborda a Política Nacional do Meio Ambiente. Nesta 
política é apresentado no Art 6º o Sistema Nacional do Meio 
Ambiente (SISNAMA), que por sua vez, descreve os órgãos e 
entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, e dos 
Municípios, assim como suas funções instituídas pelo Poder Público, 
buscando a proteção e o melhoramento da qualidade ambiental 
(BRASIL, 1981) (Figura 1). 
 
 
Figura 1 – Estrutura hierárquica do SISNAMA e responsáveis de cada órgão 
Na sequência, temos a Lei 9.433 de 1997 que Institui a Política 
Nacional de Recursos Hídricos, e cria o Sistema Nacional de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos. De acordo com o Art. 2º da 
presente lei são objetivos da Política: 
 
I - Assegurar à atual e às futuras gerações a 
necessária disponibilidade de água, em padrões 
de qualidade adequados aos respectivos usos; II - 
a utilização racional e integrada dos recursos 
hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com 
vistas ao desenvolvimento sustentável; 
III - a prevenção e a defesa contra eventos 
hidrológicos críticos de origem natural ou 
decorrentes do uso inadequado dos recursos 
naturais. IV - Incentivar e promover a captação, a 
preservação e o aproveitamento de águas pluviais. 
(Brasil, 1997) 
 
Essa política conhecida como Leis das Águas, apresenta aspectos 
relevantes para o uso adequado deste recurso. Por exemplo, 
destinando como uso prioritário em períodos de estiagem para seres 
humanos e dessedentação de animais. 
No ano de 2007, apresenta-se a Lei 11.445 que institui a Política 
Nacional de Saneamento Básico. O Art. 1º afirma que a “[...] Lei 
estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a 
política federal de saneamento básico”. 
Em 2010 surge a Lei 12.305 que traz a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos. No Art. 4º é apresentado que 
 
[...] a Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne 
o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, 
diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo 
Federal, isoladamente ou em regime de 
cooperação com Estados, DistritoFederal, 
Municípios ou particulares, com vistas à gestão 
integrada e ao gerenciamento ambientalmente 
adequado dos resíduos sólidos. (Brasil, 2010) 
 
Essa legislação apresenta as principais condutas que auxiliam de 
forma a organizar a destilação dos resíduos com o intuito de 
minimizar os impactos ambientais. 
 No quesito ambiental uma das leis mais recentes é de 2012, 
popularmente conhecido como Novo Código Florestal Brasileiro, lei 
12.651, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa. Como 
objetivo o novo código apresenta: 
 
Art. 1º-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre 
a proteção da vegetação, áreas de Preservação 
Permanente e as áreas de Reserva Legal; a 
exploração florestal, o suprimento de matéria-
prima florestal, o controle da origem dos produtos 
florestais e o controle e prevenção dos incêndios 
florestais, e prevê instrumentos econômicos e 
financeiros para o alcance de seus objetivos 
(Brasil, 2012). 
 
A lei 12.621 apresenta normas para a proteção das vegetações que 
margeiam rios e nascentes. Proporcionando melhora na qualidade 
da água ao conservar essas localidades, bem como melhora o fluxo 
gênico de espécies locais. 
 
A relação das normas regulamentadoras e o meio ambiente. 
 
Conforme descrito anteriormente, no Brasil existem várias leis que 
auxiliam na proteção ambiental. No ambiente de trabalho temos as 
normas regulamentadoras (NRs). No total existem 36 normas e 
destas algumas têm ampla afinidade com os aspectos ambientais. 
Uma delas é a NR 09 que apresenta a avaliação e controle das 
exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos. 
Essa norma estabelece os requisitos para a avaliação das 
exposições ocupacionais a estes agentes. Em outras palavras 
estabelece os requisitos para avaliar as exposições dos 
trabalhadores a agentes físicos, químicos e biológicos quando 
identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) 
apresentado na NR 01. Tendo como meta a preservação da saúde e 
da integridade dos trabalhadores (NRs 09). Vale destacar que além 
desta, outras NRs incorporam o meio ambiente em suas análises. 
 
 
Meio ambiente do trabalho 
 
Conforme observado, nós seres vivos estamos dentro do meio 
ambiente. E isso não seria diferente no local de trabalho, no qual os 
trabalhadores interagem diretamente com os fatores ambientais. Por 
isso, é muito comum encontrar a expressão meio ambiente do 
trabalho. De acordo com Fernandes (2006, p.04 apud GIONGO, 
GIONGO, 2009, p. 120): 
 
“O meio ambiente de trabalho é, na verdade, o 
local de trabalho do trabalhador, podendo ocorrer 
em um meio ambiente artificial ou construído, ou 
mesmo em um ambiente natural, embora sua 
ocorrência seja menos frequente, haja vista a 
existência de alguma intervenção humana que 
possibilite a sua fruição”. 
 
Assim, podemos afirmar que o meio ambiente do trabalho é uma 
dimensão do ambiente. Por isso, os princípios do direito ambiental, 
dentre eles precaução, prevenção e o poluidor-pagador também são 
aplicáveis neste local. Desta forma, para melhor qualidade de 
trabalho aplicam-se as leis descritas no início deste resumo. 
01 
Não é considerado como um dos princípios da lei 12.305 referente a Política 
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) a opção: 
d-) Visão unilateral dentro da gestão dos resíduos sólidos 
02 
A lei 12.651 de 2012 apresenta o Novo Código Florestal. Nesta lei, são 
estabelecidos indicativos do tamanho das Áreas de Preservação Permanente 
(APPs) levando em consideração o tamanho do corpo hídrico na qual essa 
área margeia. Além de melhorar a conservação ambiental e a qualidade das 
águas, as APPs devem ser preservadas, pois caso sejam utilizadas para 
ocupações humanas podem causar riscos à saúde das populações. Um dos 
motivos que podem potencializar esses riscos é apresentado na opção: 
a-) A região de APP de rios pode naturalmente ser inundada em eventos de 
cheia 
03 
De acordo com a Constituição Federal de 1988 é apresentado que todos os 
brasileiros têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Para 
assegurar esse direito, incumbe ao Poder Público, exceto a opção: 
d-) Promover ações que estimulem explorar de forma consciente a flora e a 
fauna como recursos econômicos 
 
04 
Qual opção abaixo define da melhor forma a finalidade do Programa de 
Gerenciamento de Riscos (PGR): 
a-) Estabelecer medidas com a finalidade de eliminar, reduzir ou controlar os 
riscos, com vistas a obter a preservação da integridade física e mental do 
trabalhador e a proteção ambiental 
05 
De acordo com o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) o 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
(IBAMA) é considerado um órgão: 
a-) Executor 
06 
(ENADE) A Norma Regulamentadora (NR 09) estabelece como 
obrigatoriedade a avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos, 
químicos e biológicos quando apresentados no Programa de Gerenciamento 
de Riscos (PGR), por parte dos empregadores e instituições que admitem 
trabalhadores como empregados (NR 09). Com o objetivo de preservar a 
saúde e a integridade dos trabalhadores o PGR deverá incluir durante a sua 
construção: 
I - Reconhecimento dos riscos existentes no ambiente de trabalho. 
II – Avaliação da exposição dos trabalhadores aos riscos. 
III - Monitoramento das exposições. 
IV – Divulgação dos dados obtidos durante seu desenvolvimento. 
É correto apenas o que se afirma em: 
d-) I, II, III e IV 
Licenciamento Ambiental 
1– Introdução 
Bem-vindo ao nosso estudo sobre Licenciamento Ambiental. Este 
estudo ajudará você a conhecer mais sobre o licenciamento 
ambiental, uma ferramenta empregada no território brasileiro, tem por 
objetivo exercer o controle prévio e acompanhar o curso de 
atividades que utilizam recursos naturais, que tenham potencial ou 
sejam poluidoras, ou ainda, possam causar degradação do meio 
ambiente, conforme a Lei n.º 6.938 de 1981 (BRASIL, 1981) que trata 
da Política Nacional de Meio Ambiente. Sobre a definição de 
licenciamento ambiental o Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(Conama), na Resolução n.º 237, de 1997, Art. 1.º, destaca: 
I - Licenciamento Ambiental: procedimento 
administrativo pelo qual o órgão ambiental 
competente licencia a localização, instalação, 
ampliação e a operação de empreendimentos e 
atividades utilizadoras de recursos ambientais, 
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras 
ou daquelas que, sob qualquer forma, possam 
causar degradação ambiental, considerando as 
disposições legais e regulamentares e as normas 
técnicas aplicáveis ao caso. 
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual 
o órgão ambiental competente, estabelece as 
condições, restrições e medidas de controle 
ambiental que deverão ser obedecidas pelo 
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para 
localizar, instalar, ampliar e operar 
empreendimentos ou atividades utilizadoras dos 
recursos ambientais consideradas efetiva ou 
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob 
qualquer forma, possam causar degradação 
ambiental. (BRASIL, 1997). 
 
Portanto, os procedimentos de licenciamento ambiental são emitidos 
pelo poder público, concebido por órgãos ambientais. Ao 
empreendedor compete a obrigatoriedade e responsabilidade de 
buscar o licenciamento ambiental, desde as etapas iniciais de 
planejamento até a efetivação da instalação e funcionamento, junto 
aos órgãos competentes. O licenciamento ambiental é uma exigência 
legal, tem prazo de validade determinado e regras a serem seguidas 
e configura-se uma importante ferramenta da Política Nacional de 
Meio Ambiente. 
Ao obter a licença, o empreendedor assume a responsabilidade e 
compromisso de conservar a qualidade ambiental do local onde está 
instalado, harmonizando o desenvolvimento econômico ao uso 
sustentável dos recursos naturais. Os licenciamentos possibilitam ao 
poderpúblico o controle das atividades que utilizam recursos naturais, 
especialmente aquelas com potencial de interferência na qualidade 
ambiental. 
 
2 – Tipos de licença e atividades sujeitas ao licenciamento 
A solicitação do licenciamento ambiental é o primeiro passo para 
comprovar o compromisso do empreendimento com a preservação 
ambiental e cumprimento da legislação vigente (Lei no 6.938/1981), 
bem como dar ciência ao poder público sobre a atividade proposta. 
Todas as empresas devem ter a licença ambiental para atuar, exceto 
aquelas que não estão listadas no Anexo I - Resolução Normativa 
Conama n° 237/1997, como: empresas que realizam atividades com 
baixíssimos impactos ambientais; ou ainda, aquelas que possuem 
comprovante de dispensa do licenciamento, por órgão competente 
(BRASIL, 1997). 
Conforme a Resolução Conama no 237/1997, em seu Art. 8.º, às três 
principais modalidades de licenciamento ambiental são: licença 
prévia (LP), licença de instalação (LI) e licença de operação (LO) 
(BRAISL, 1997). Essas três fases ou tipos de licenças diferem entre 
si, cada uma refere-se a uma etapa distinta do processo, e segue 
uma sequência lógica e ordenada de afazeres que possibilitam a 
empresa receber, dos órgãos fiscalizadores do meio ambiente, em 
âmbito municipal ou estadual, a concessão de operação. 
Quando ocorrer a solicitação de LI, ou licença de regularização de 
empreendimento em fase de instalação, ou ainda, LO que não possui 
a licença, o órgão ambiental deverá especificar os estudos 
ambientais que deverão ser realizados e apresentados como 
condição para a concessão de licença. Os estudos ambientais serão 
realizados com o objetivo de avaliar os aspectos do meio ambiente 
relacionados a localização, instalação, operação e ampliação de um 
empreendimento ou de uma atividade, elaborado com a finalidade de 
subsidiar a análise da licença requerida, conforme Resolução 
Conama 237/1997, Art. 1.º, III. (BRASIL, 1997). 
A eficiência do licenciamento ambiental está no conjunto de 
procedimentos adotados para o desenvolvimento do processo de 
levantamento das informações, pelo órgão licenciador, objetivando 
esgotar as informações e o conhecimento sobre o projeto, que lhe foi 
submetido. Diante dos dados, fatos e argumentos deverá ser tomada 
a decisão possibilite o menor impacto possível sobre o meio 
ambiente, considerando todos os elementos fornecidos pelo Estudo 
de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impactos Ambiental 
(RIMA), ou não. 
 
 3 – Estudo de Impacto Ambiental (EIA) 
As ações humanas tem potencial de gerar consequências 
ambientais. Para conter o potencial de danos e garantir a 
conservação ambiental e de seus recursos ecologicamente 
equilibrados, foram criadas diferentes leis e políticas ambientais. 
Neste cenário, o Estudo de Impactos Ambientais (EIA) é uma das 
ferramentas de controle preventivo para medir e avaliar as 
implicações e consequências ambientais resultantes de um 
determinado empreendimento, ação ou projeto. 
O EIA, de acordo com o estabelecido pela legislação ambiental 
brasileira – normatizado pela Resolução Conama n.º 001/1986, 
complementada, pela Resolução Conama n.º 237/1997 - é um 
documento de natureza técnica, direcionado à sustentabilidade, que 
visa apresentar, em detalhes, as informações sobre um conjunto de 
informações, levantadas por especialistas da área, referentes ao 
empreendimento e o meio ambiente local. 
A partir do EIA é possível fazer as recomendações sobre as 
condições de implementar a obra, com vistas a mitigar, compensar e, 
até mesmo, eliminar as causas potenciais de impactos ambientais e 
garantir o uso sustentável dos recursos naturais. No decorrer da 
primeira fase do processo de licenciamento ambiental a elaboração 
do EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) são 
obrigatórios, sobretudo, se o empreendimento apresentar potencial 
de degradação ou poluição ambiental. 
No decorrer do EIA são levantadas as informações pertinentes ao 
empreendimento ou projeto, que serão especificadas em sua 
magnitude e apresentadas no laudo ou relatório. 
 
4 – Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
O RIMA é estabelecido pela legislação ambiental brasileira – 
normatizado pela Resolução n.º 001/1986 do Conama e, 
complementarmente, pela Resolução n.º 237/1997 -, trata-se de 
documento ou relatório conclusivo do EIA. Este relatório faz a 
interação entre as etapas operacionais do empreendimento e o Meio 
Ambiente. Ele reflete as conclusões relativas ao levantamento de 
campo (EIA) para que o órgão responsável realize a análise com 
objetivo de aprovar o licenciamento ambiental do empreendimento ou 
projeto. 
Sempre que houver necessidade de produzir um EIA também haverá 
a necessidade de um RIMA. Desenvolver um relatório de Impacto 
Ambiental não significa fazer um resumo do EIA, nem poderia ser, 
pois, as demandas de ambos diferem, são dois documentos distintos 
e cada um tem a função de atender diferentes demandas e 
particularidades, mesmo que os objetivos sejam complementares. 
No caso do EIA, seu objeto é realizar o diagnóstico das 
potencialidades naturais e socioeconômicas, bem como identificar 
possíveis impactos do empreendimento e as prováveis medidas 
propostas para mitigar, compensar e controlar esses impactos. 
Enquanto ao RIMA compete apresentar as informações essenciais, 
de modo que a população tenha clareza e conhecimento das 
vantagens e desvantagens do empreendimento e as consequências 
ambientais de sua implementação. 
De modo geral, o EIA é um documento técnico, o Rima um relatório 
gerencial. Ambos, EIA/RIMA, são instrumentos presentes na 
avaliação de empreendimentos e projetos com maior potencial de 
danos ao meio ambiente. 
01 
Assinale a alternativa que representa às três principais modalidades de 
licenciamento ambiental, apresentadas no Art. 8.º, da Resolução Conama no 
237/1997. 
c-) Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação 
(LO) 
02 
Leia com atenção e assinale a alternativa correta. Trata-se de um documento 
que faz a interação entre as etapas operacionais do empreendimento e o Meio 
Ambiente. Ele reflete as conclusões relativas ao levantamento de campo 
(EIA) para que o órgão responsável realize a análise com objetivo de aprovar 
o licenciamento ambiental do empreendimento ou projeto. A que documento 
referem-se: 
b-) Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
03 
De acordo com a Resolução Conama 237/1997, Art. 1.º, inciso III, os estudos 
ambientais devem ser realizados com o objetivo de avaliar os aspectos do 
meio ambiente relacionados a localização, instalação, operação e ampliação 
de um empreendimento ou de uma atividade. Assinale a alternativa correta 
sobre a finalidade da elaboração dos estudos ambientais. 
e-) Subsidiar a análise da licença requerida 
04 
Assinale a alternativa correta. Qual é o documento de natureza técnica, 
direcionado à sustentabilidade, que visa apresentar, em detalhes, as 
informações sobre um conjunto de elementos, levantados por especialistas da 
área, referentes ao empreendimento e o meio ambiente local. 
a-) Estudo de Impacto Ambiental (EIA) 
05 
Preencha corretamente os espaços e assinale a alternativa correta. No decorrer 
da primeira fase do processo de licenciamento ambiental a elaboração do 
Estudo de impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto 
Ambiental (RIMA) são ___________, sobretudo, se o empreendimento 
apresentar potencial de _________ ou poluição ambiental. 
b-) Obrigatórios; degradação 
06 
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
(IBAMA) é o órgão brasileiro, responsável por realizar o licenciamento de 
atividades desenvolvidas em mais de um estado, em casos onde os impactos 
ambientais ultrapassam os limites territoriais; projetos que envolvem 
radioatividade; bem como empreendimentos que abrangem os bens da União.Assinale a alternativa correta sobre a esfera de abrangência do Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). 
d-) Esfera federal 
Gerenciamento de Riscos 
de Desastres 
Os desastres naturais e tecnológicos proporcionam grandes impactos 
na sociedade. Estes eventos, podem causar grave perturbação ao 
funcionamento de uma comunidade, provocando na sua grande 
maioria perdas e danos humanos, bem como nas esferas 
econômicas e ambientais (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO 
NACIONAL, 2012). No Brasil, ocorrem diferentes tipologias de 
desastres, em muitas localidades são comuns eventos de cheias, 
conhecidos como inundações graduais ou popularmente definidas 
como enchentes (Figura 1). 
 
Figura 1 – Evento de inundação 
Para compreender a concretização desses eventos, devemos 
conhecer como se originam os riscos de desastres. Para tanto, é 
importante definir a palavra risco. De acordo com Porto (2000) risco, 
no âmbito da segurança do trabalho, é apresentado como toda e 
qualquer possibilidade existente para que um elemento ou 
determinada circunstância, num dado processo e ambiente de 
trabalho, possa vir a causar danos à saúde. Esses danos podem ser 
originados por acidentes, doenças ou ainda através da própria 
poluição ambiental. 
No aspecto dos riscos de desastres, com base nesta mesma 
afirmação apresentada Porto (2000) de que os riscos podem ser 
definidos como uma probabilidade da ocorrência de um dano, temos 
a seguinte equação apresentada por Narváez, Lavell e Ortega 
(2009): 
 
Risco = Ameaça x Vulnerabilidade x Exposição. 
 
 Em outras palavras, podemos citar que para que um risco se 
consolide em um desastre, é necessário existir uma ameaça, uma 
vulnerabilidade e a presença da exposição humana interagindo entre 
si. 
Assim, a fórmula proposta por Narváez, Lavell e Ortega (2009), traz a 
seguinte situação: se em determinada região acontecer um elevado 
evento de precipitação e nessa localidade o relevo com solo exposto 
apresentar uma considerável inclinação. A saturação do solo devido 
à alta quantidade de água proveniente da chuva, pode ocasionar um 
deslocamento de massa e assim promover o movimento do solo. 
Causando impactos locais para as espécies daquela localidade. 
Neste caso, podemos constatar que a alta taxa de precipitação é 
considerada como uma ameaça, em virtude da inclinação do relevo, 
que configura uma vulnerabilidade. 
No aspecto do desastre natural, além destes fatores, os seres 
humanos devem estar presentes no sistema. Ou seja, se naquela 
região ocorrer em conjunto da precipitação elevada, relevo com solo 
exposto com considerável inclinação e a presença de humanos 
vivendo nas proximidades, que poderiam ser nas encostas, temos o 
elo final para a concretização desta cadeia de eventos. 
Caso a localidade venha a deslizar o impacto será direto na 
população humana. Com base nessa informação, podemos concluir 
que o desastre natural só se concretiza quando temos a exposição 
da população. 
Cabe enfatizar que no Brasil a Codificação Brasileira de Desastres 
COBRADE, define de acordo com a normativa nº 01, de 24 de 
agosto de 2012, os desastres de maneira ampla como resultado de 
eventos adversos, podendo ser naturais ou provocados pelos seres 
humanos sobre um cenário vulnerável (MINISTÉRIO DA 
INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2012). 
 Assim, os desastres podem ser classificados de acordo com a 
sua origem ou causa primária do agente causador. Podendo ser (1) 
desastres naturais, conforme descrito no texto anterior, aqueles 
deflagrados por processos ou fenômenos naturais. E (2) desastres 
tecnológicos, conceituados como aqueles desencadeados por 
condições tecnológicas ou industriais, incluindo neste grupo os 
acidentes, procedimentos perigosos, falhas na infraestrutura ou 
atividades humanas específicas, que podem gerar danos 
(MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2012). 
Por estarem presentes no cotidiano das sociedades, diferentes 
estratégias são apresentadas para contrapor a problemática dos 
desastres. Dentre elas temos as ações da gestão de riscos de 
desastres, que são organizadas por um conjunto de cinco medidas 
que podem ser realizadas em conjunto com à comunidade, sendo (1) 
prevenção, (2) mitigação, (3) preparação, (4) resposta e (5) 
reconstrução (BRASIL, 2012). De acordo com o decreto 10.593 de 
24 de dezembro de 2020, compreende-se como ações de (1) 
prevenção, medidas direcionadas para a otimização de ações que 
evitem a conversão de risco em desastre; (2) mitigação, medidas 
aplicadas para reduzir ou evitar os riscos de desastres; (3) 
preparação, medidas direcionadas a potencialização de ações de 
respostas, as quais proporcionem minimizar danos e perdas; (4) 
resposta, medidas emergenciais, empregadas durante ou após a 
ocorrência do desastre, com o objetivo de socorrer a população e (5) 
recuperação, medidas aplicadas após a passagem de desastre, com 
vistas a reestabelecer a normalidade no sistema impactado. 
 Além destas ações, que são descritas na PNPDEC, Lei 12.608 de 
2012, os autores Narváez, Lavell e Ortega (2009) comentam sobre 
uma sexta ação, definida como geração de conhecimento. Esta por 
sua vez, é importante ao promover conhecimentos por meio das 
experiências das demais ações descritas acima. 
Quais desses eventos são considerados desastres naturais? 
d-)Movimento de placas tectônicas causando terremoto e tsunami 
Quais desastres naturais não são comuns no Brasil? 
b-) Atividades vulcânicas e terremotos 
03 
Ao analisar os desastres naturais, seguindo as ações apresentadas na Política 
Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) lei 12.608, qual das 
estratégias abaixo seriam as mais indicadas para evitar ou no mínimo reduzir a 
conversão dos riscos de desastres? 
b-) Prevenção e mitigação 
04 
O risco de desastre pode ser apresentado como: 
a-) Uma probabilidade de um evento potencialmente danoso 
05 
Para a ocorrência de um desastre natural, existem diferentes fatores que 
devem estar interagindo, favorecendo para que o risco se consolide como um 
evento danoso. Na equação (Risco = Ameaça x Vulnerabilidade x Exposição) 
apresentada por Narváez, Lavell e Ortega (2009), qual variável representa a 
população humana? 
b-)Exposição 
06 
(ENADE) No Brasil, foram registrados grandes desastres tecnológicos. Entre 
os maiores, é possível citar o de Brumadinho em 2019 e o de Mariana em 
2015, ambas cidades do estado de Minas Gerais. Em Brumadinho o desastre 
causou 272 mortes e proporcionou grande rastro de degradação ambiental e 
social. 
Fonte: CNN / Adaptado – Disponível 
em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/01/25/brumadinho-tragedia-
faz-2-anos-sem-barragens-desativadas-e-com-disputa-juridica 
Como medidas preventivas, visando a redução de desastres tecnológicos, é 
possível trabalhar com o planejamento de contingência. Neste aspecto, é 
possível listar um conjunto de ações que podem minimizar os impactos 
causado pelos desastres tecnológicos e salvar vidas, entre elas: 
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/01/25/brumadinho-tragedia-faz-2-anos-sem-barragens-desativadas-e-com-disputa-juridica
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/01/25/brumadinho-tragedia-faz-2-anos-sem-barragens-desativadas-e-com-disputa-juridica
I – Acionamento de sistema de alerta e alarme. 
II – Isolamento da área afetada. 
III – Evacuação das pessoas em risco iminente. 
IV – Medidas para a remoção de equipamentos e documentos importantes. 
É correto apenas o que se afirma em: 
a-) I, II e III 
 
Poluição atmosferica 
1– Introdução 
Bem-vindo ao nosso estudo sobre Poluição Atmosférica ou do Ar. 
Este estudo ajudará você a conhecer mais sobre a poluição do ar, 
ocasionada pelo lançamento de alguma substância na atmosfera, 
pela sua concentração apresenta potencial de contaminação humana 
e ambiental. O homem que vive em sociedade, produz lixo 
continuamente, assim comooutros resíduos que poluem o meio 
ambiente, inclusive o ar. 
O termo poluição refere-se às alterações provocadas no meio 
ambiente, gerada por um ou mais fatores danosos, com capacidade 
de causar a degradação ambiental e perdas, ainda que relativas, da 
qualidade de vida em consequência de alterações no meio natural. 
De acordo com a Resolução nº 491/2018, Art. 2.º, a definição de 
poluente atmosférico é: 
I – [...] qualquer forma de matéria em quantidade, 
concentração, tempo ou outras características, que 
tornem ou possam tornar o ar impróprio ou nocivo 
à saúde, inconveniente ao bem-estar público, 
danoso aos materiais, à fauna e flora ou prejudicial 
à segurança, ao uso e gozo da propriedade ou às 
atividades normais da comunidade; (BRAIL, 2018). 
 
Há uma grande variedade de substâncias que podem causar a 
poluição atmosférica, desde gases e partículas sólidas ou líquidas, de 
origem natural (vulcões, neblina, grãos de pólen, decomposição e 
outros), ou artificial, resíduos das atividades antrópicas lançadas na 
atmosfera (queima de combustíveis fosseis, mineração, queimadas, 
uso de aerossóis, etc.), que podem ser nocivas à saúde humana e 
ambiental. Portanto, a poluição atmosférica é causada por múltiplos 
fatores e está entre os maiores riscos ambientais. Poluente 
atmosférico é, portanto, toda substância presente no ar com 
capacidade de torná-lo impróprio e prejudicial à saúde humana e 
ambiental. 
 
2 – Tipos de poluição do atmosférica 
 
O lançamento de substâncias na atmosfera ocasiona a poluição do ar 
pelos chamados poluentes atmosféricos. Eles existem em forma de 
gases ou partículas originárias, e podem ser classificadas em fontes 
naturais (grãos de pólen) ou fontes artificiais, originadas pelas 
atividades antrópicas (queimadas, gás metano resultante do 
processo digestivo de animais). 
Sobre as formas de dispersão da poluição, elas dividem-se em duas 
formas: fontes fixas ou estacionárias e fontes móveis ou difusas. As 
fontes fixas produzem cargas pontuais e concentradas de poluentes, 
em local fixos. As fontes de poluição móveis, compostas por 
processos naturais ou artificiais em movimento, emitem cargas 
difusas na atmosfera. 
Entre as fontes mais significativas de poluentes atmosféricos 
encontra-se o material particulado, originado pela queima de 
biomassa, com procedência animal e vegetal, bem como a queima 
de combustíveis fosseis, petróleo e derivados, por veículos 
automotores e as indústrias presentes nos grandes centros urbanos. 
A poluição atmosférica pode ocorrer em diferentes escalas, desde 
microambientes, por exemplo, residências, e pode estender-se em 
diferentes proporções até chegar a escala global, como é o caso do 
efeito estufa e redução da camada de ozônio. Oportuno salientar que 
a dimensão do consumo humano, na sociedade moderna, predispõe 
as condições de ampliar a emissão de poluentes atmosféricos com 
possibilidades de causar outros efeitos danosos, em todos os níveis, 
inclusive globais. 
 
3 – Classificação dos poluentes atmosféricos 
 
A variedade de substâncias poluentes que podem ser encontradas 
na atmosfera é vasta, condição que dificulta a possibilidade de 
compor uma classificação (ESPIRITO SANTO, 2006). Os agentes 
poluidores do ar podem ser divididos ou classificados em poluentes 
primários e secundários, também são classificados por sua 
composição (orgânicos e inorgânicos) e seu estado físico (material 
particulado, gases e vapores. 
Os poluentes primários são aqueles emitidos e lançados diretamente 
por uma fonte de poluição (veículos). Já os poluentes secundários 
formam-se na atmosfera, onde passam por reações químicas, ou 
seja, são formados a partir da interação do meio com o poluente 
primário, portanto, constituintes naturais da atmosfera. 
Os poluentes atmosféricos orgânicos, tem como principal elemento 
de sua composição o carbono (por exemplo, os hidrocarbonetos 
compostos somente de carbono e hidrogênio). Em relação ao estado 
físico, os gases, em condições normais de temperatura e pressão, 
não sofrem condensação e são encontrados no estado gasoso. 
Em condições normais de pressão e temperatura, os vapores têm 
possibilidade de condensação. Partículas, em estado sólido ou 
líquido, formam uma complexa mistura denominada material 
particulado que pode ser formado na atmosfera ou por fontes 
poluidoras primárias. Para quantificar o nível de poluição atmosférica, 
é necessário seguir a classificação das substâncias usualmente 
consideradas poluidoras. 
Quando se determina a concentração de um 
poluente na atmosfera, mede-se o grau de 
exposição dos receptores (seres humanos, outros 
animais, plantas, materiais) como resultado final do 
processo de lançamento deste poluente na 
atmosfera a partir de suas fontes de emissão e 
suas interações na atmosfera, do ponto de vista 
físico (diluição) e químico (reações químicas) 
(ESPIRITO SANTO, 2006, p. 13). 
 
Portanto, as substâncias consideradas poluentes não são as únicas a 
ser consideradas no processo de contaminação atmosférica, é 
necessário considerar outros parâmetros, também relevantes, como: 
as fontes de emissão, o grau de exposição dos receptores, e a 
concentração dos poluentes e sua interação. 
 
4 – Padrões de qualidade do Ar 
 
Os padrões de qualidade do ar referem-se a uma normatização ou 
regulamento que estabelece as formas de gerenciar a qualidade do 
ar, definindo a concentração máxima permitida de cada poluente 
atmosférico. São esses valores de concentração que estipulam os 
padrões de qualidade ideias para a preservação da saúde humana e 
ambiental, devido os riscos da poluição. 
Cada nação tem seus padrões de regulamentação da qualidade do 
ar. O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) é órgão 
responsável pela regulamentação dos padrões de qualidade do ar 
brasileiro. Compete ao Conama, cuidar da preservação ambiental e 
dos recursos naturais, criando normas, regulamentar e determinar os 
padrões de qualidade do ar, zelando pela significativa qualidade de 
vida humana e ambiental. 
A poluição atmosférica é assunto de longa data. No Brasil, a 
Resolução Conama no 05 de 15 de junho de 1989, dispõe sobre o 
Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar (PRONAR) com a 
estratégia de “[...] limitar, a nível nacional, as emissões por tipologia 
de fontes e poluentes prioritários, reservando o uso dos padrões de 
qualidade do ar como ação complementar de controle.” (BRASIL, 
1989). A Resolução no 491/2018, é complementar à Resolução 
no 05/1989, e define em seu Art. 2º: 
II - padrão de qualidade do ar: um dos 
instrumentos de gestão da qualidade do ar, 
determinado como valor de concentração de um 
poluente específico na atmosfera, associado a um 
intervalo de tempo de exposição, para que o meio 
ambiente e a saúde da população sejam 
preservados em relação aos riscos de danos 
causados pela poluição atmosférica; [...]. (BRASIL, 
2018). 
 
A qualidade do ar é avaliada pelo Conama, por medições realizadas 
no ambiente para identificar seu índice qualitativo. O levantamento 
quantifica a presença ou não de substâncias poluidoras. São sete 
substâncias, classificadas entre agentes poluidoras primárias e 
secundárias, consideradas as principais poluentes ao meio ambiente, 
denominadas indicadores. As substâncias agentes poluidoras são: 
partículas inaláveis (PM10) e partículas totais em suspensão (PTS); 
bem como fumaça; dióxido de enxofre (SO2); monóxido de carbono 
(CO); e Dióxido de Nitrogênio (NO2); além do Ozônio (O3). 
Esse grupo de poluentes é usado como referência da qualidade do 
ar, pois seus malefícios à saúde humana são comprovados e com 
base nesses parâmetros, são realizadas medidas que objetivam 
monitorar a qualidade atmosférica. Caso uma das sete substâncias, 
consideradas indicadoras, ultrapassarem o limite de concentração 
permitidade poluente, estará causando agravos à saúde pública, 
pois estarão em risco à integridade humana e ambiental. 
Vale lembrar que a qualidade atmosférica é resultado dos processos 
dinâmicos e interativos do sistema atmosférico, um complexo 
conjunto de fatores com destaque a dimensão das emissões, 
topografia, relevo e meteorologia, condições que interferem na 
dispersão das substâncias. 
 
5 – Efeitos da poluição atmosférica na saúde humana e 
ambiental 
 
A poluição atmosférica está entre os principais fatores de risco à 
saúde, principalmente pela expansão dos grandes centros urbanos e 
o crescimento populacional, o que contribui, e muito, para a má 
qualidade do ar. É fato, todas as populações estão exposta aos 
poluentes atmosféricos, em menor ou maior proporção, dependendo 
do local que habita. 
A interação entre as fontes de poluição e a atmosfera vão definir o 
nível de qualidade do ar, responsável pelo aparecimento de efeitos 
adversos da poluição atmosférica sobre os receptores (seres vivos e 
materiais). Diversos estudos que abordam a poluição atmosférica e 
seus efeitos na saúde humana e ambiental comprovam que, as 
substâncias poluentes causam consequências aos organismos vivos, 
ainda que as concentrações estejam em níveis inferiores aos 
determinados pela legislação. Entre as substâncias poluentes, o 
material particulado destaca-se, está entre os principais, é 
extremamente nocivo à saúde humana. 
Oportuno lembrar que, a exposição humana e ambiental aos 
poluentes atmosféricos tem implicações acentuadas e plurais quanto 
à sua abrangência. Essa condição é global, está presente em países 
em desenvolvimento ou desenvolvidos, e a população, doentes ou 
não, sofre as consequências, que podem levar a morte, devido os 
efeitos da poluição atmosférica no organismo. Entre as implicações à 
saúde estão, principalmente, doenças pulmonares crônicas, 
enfisemas, cardiovasculares, além de câncer. 
Diante do cenário que envolve a poluição atmosférica e seus 
impactos à saúde humana e ambiental, devido a exposição contínua, 
constata-se a necessidade urgente de ações e práticas preventivas 
como economia de energia e otimização da estrutura energética; 
sensibilização, conscientização e capacitação humana; 
monitoramento contínuo dos níveis de poluentes do ar; e gerar novas 
tecnologias a fim de evitar o agravamento da situação. 
 01 
Analise e assinale a alternativa correta. O termo poluição refere-se a alterações 
que podem ocorrer no meio ambiente, a partir de um ou mais fatores danosos, 
e tem potencial de causar a degradação ambiental e prejuízos à saúde humana. 
Entre as consequências à saúde humana, provenientes da poluição 
atmosférica, estão: 
a-)doenças pulmonares, cardiovasculares e câncer 
02 
A poluição atmosférica está entre os principais fatores de risco à saúde, 
principalmente pela expansão dos grandes centros urbanos e o crescimento 
populacional, o que contribui, e muito, para a má qualidade do ar. Assinale a 
única alternativa incorreta sobre a forma de diminuir a poluição atmosférica e 
seus impactos à saúde humana e ambiental. 
d-)Promover o desflorestamento das áreas preservadas 
Qualquer forma de matéria em quantidade, concentração, tempo ou outras 
características, que tornem ou possam tornar o ar impróprio ou nocivo à 
saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e 
flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade ou às atividades 
normais da comunidade Assinale a alternativa correta. 
 c-)Poluente Atmosférico 
04 
Cada nação tem seus padrões de regulamentação da qualidade do ar. No 
Brasil, qual é órgão responsável pela regulamentação dos padrões de 
qualidade do ar. Bem como da criação de normas, regulamentação e 
determinação dos padrões de qualidade do ar, zelando pela significativa 
qualidade de vida humana e ambiental. Identifique e assinale a alternativa 
correta 
c-)Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) 
05 
A qualidade do ar é avaliada pelo Conama, por medições realizadas no 
ambiente para identificar seu índice qualitativo. O levantamento quantifica a 
presença ou não de substâncias poluidoras. São sete substâncias, classificadas 
entre agentes poluidoras primárias e secundárias, consideradas as principais 
poluentes ao meio ambiente, denominadas indicadores. As agentes poluidoras 
são: partículas inaláveis (PM10) e partículas totais em suspensão (PTS); bem 
como fumaça; dióxido de enxofre (SO2); monóxido de carbono (CO); 
Dióxido de Nitrogênio (NO2); e Ozônio (O3). As sete substâncias 
denominadas de agentes poluidoras estão classificadas entre agentes primárias 
e secundárias. Assinale a alternativa que corresponde a uma agente poluente 
secundária. 
c-)Ozônio (O3) 
06 
Assinale a alternativa correta. Os agentes poluidores também são classificados 
em dois grupos, os primários e os secundários. Os poluentes primários são 
emitidos em uma única fonte emissora e saem diretamente para a atmosfera. 
Tem potencial para contaminar o ambiente natural e pode concentrar-se, 
exponencialmente, ao longo do tempo. Entre os poluentes primários mais 
comuns são encontrados os clorofluorcarbonetos, compostos orgânicos 
voláteis, óxido de nitrogênio, dióxido de carbono, dióxido de enxofre e outros. 
A emissões desses poluentes atinge à atmosfera devido a ação humana ou 
causas naturais, como: 
d-)queima de combustível fóssil 
Poluição do solo 
Osolo é um dos bens mais preciosos para a manutenção da vida na Terra 
(Figura 1). Muitos seres vivos dependem exclusivamente deste recurso. Por 
isso, manter esse meio equilibrado é fundamental para a manutenção da 
qualidade da vida. 
 
Um dos maiores problemas está na poluição deste ambiente, que causa 
consequências desastrosas, com impactos diretos na vida das populações 
humanas. Para minimizar essas ações, algumas leis surgiram no Brasil com 
intuito de priorizar a manutenção da qualidade dos solos. 
 
Em 1975 surge a lei nº 6.225 que entre seus objetivos, descreve que algumas 
terras somente poderão ser cultivadas ou utilizadas para fins econômicos 
mediante a aplicação de planos de proteção ao solo, especialmente no que 
tange o combate à erosão (BRASIL, 1975). 
 
Atualmente o que vigora na proteção dos solos é o Programa Nacional de 
Microbacias Hidrográficas (PNMH). Este programa é supervisionado pelo 
Ministério da Agricultura. Seu objetivo visa promover o aproveitamento 
agropecuário, por meio da adoção de práticas que favoreçam o uso racional 
dos recursos naturais renováveis. Buscando evitar a sua degradação e ao 
mesmo tempo favorecer o aumento sustentável da produção e produtividade 
agropecuárias (BRASIL, 1987). 
 
Figura 1 – Solo sendo preparado para o plantio. 
Figura 1 – Solo sendo preparado para o plantio. 
 
Das atividades desenvolvidas no Brasil que impactam diretamente o solo, 
conforme discutido anteriormente, uma delas é a agropecuária. Na agricultura 
alguns fertilizantes e pesticidas são utilizados para melhoramento das 
produções. Todavia, esses produtos trazem consequências desastrosas, pois 
alguns elementos químicos podem ficar contidos no solo ou serem carregados 
pela água. 
 
Um dos principais efeitos é o acúmulo de metais pesados no solo, que podem 
ficar na área por anos ou podem ser bioacumulados por organismos dentro de 
uma cadeia alimentar. Geralmente apresentando-se em maiores concentrações 
nos organismos do topo da cadeia alimentar (predarores). Esses elementos 
podem interagir de diferentes formas com os indivíduos, e no aspecto mais 
complexo podem causar graves danos que levam a morte. 
 
Este é um dos motivos pelos quais os solos devem ser conservados, mantendo 
suas características naturais. Portanto, é necessário que sejam observados 
diferentes indicadores para averiguar a qualidade do solo. Entre eles os 
principais são os biológicos, físicos e químicos. Com base nestes indicadoresé possível observar a atual qualidade do solo e procurar realizar alterações 
necessárias para melhorá-la. 
 
Um exemplo da grave consequência que a contaminação neste ambiente pode 
causar em um local de trabalho, está na poluição provocada pela falta de 
saneamento básico. Partículas orgânicas ao serem lançadas diretamente sobre 
o solo sem ter o devido tratamento, podem provocar o acúmulo de 
microrganismos nocivos à saúde humana. Com as chuvas, o efeito da 
percolação e lixiviação da água, promove que esses microrganismos como as 
bactérias Escherichia coli possam ser levadas até lençóis freáticos e rios 
causando a contaminação destes recursos. 
 
Eventualmente se a água for utilizada para a irrigação de plantas ou para 
consumo, não sendo previamente tradadas, podem causar a contaminação de 
trabalhadores provocando consequências graves, como infecções intestinais e 
urinárias. 
 
Além da problemática da poluição do solo, que causam consequências diretas 
a saúde humana. Outro desafio está na manutenção da qualidade do solo. 
Muitas atividades humanas estão constantemente causando impactos que 
promovem a destruição do solo. Dentre elas os desmatamentos e queimadas, 
que possibilitam a desertificação. Bem como a aplicação de técnicas de 
agricultura insustentáveis que promovem as escassezes de recursos, 
impossibilitam a manutenção do cultivo de algumas espécies vegetais. Apesar 
de não serem consideradas formas de poluição essa degradação do solo 
promove impactos na qualidade de vida dos trabalhadores. 
 
01 
O Brasil é um país rico em diferentes tipos de solo. Por esse motivo a 
agricultura avança com rapidez, contudo muitas práticas estão promovendo a 
poluição deste recurso tão valoroso. Qual opção abaixo representa uma prática 
que polui o solo: 
 
a-) Uso de defensivos agrícolas 
 
02 
No aspecto da segurança do trabalho, funcionários podem estar expostos a 
riscos de contaminação presente no solo poluídos. Qual dos exemplos abaixo 
não é considerado uma forma de contaminação do solo: 
 
b-)Desertificação 
 
03 
No Brasil por muitos anos os resíduos foram armazenados nos conhecidos 
lixões a céu aberto. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei nº 12.305 de 
2010 apresentou como meta a eliminação e recuperação destes lixões. 
Contudo, após mais de 10 anos da sua publicação, em muitas localidades do 
país ainda é comum observar esse tipo de armazenamento incorreto. Assinale 
a opção que revela um dos principais impactos que podem ser ocasionados 
por esse armazenamento inapropriado dos resíduos sólidos: 
 
a-) A contaminações dos lençóis freáticos 
 
04 
A erosão pode potencializar os problemas de assoreamento em rios. Esse 
acúmulo de matreiras, pode proporcionar consideráveis perdas econômicas. 
Um exemplo de dano causado por esse processo derivado da ação erosiva que 
traz consequência econômica é: 
 
d-)Acúmulo de sedimentos em portos. 
 
05 
O despejo inadequado de esgoto sobre o solo pode potencializar o surgimento 
de doenças. São exemplos de doenças causada em humanos pelo contato com 
o solo contaminado: 
 
e-)Ancilostomose (Amarelão) e Tétano. 
 
06 
(ENADE) O solo utilizado na agricultura está sofrendo constantes 
modificações em suas composições, principalmente em decorrência das 
alterações causadas pelos humanos. Um dos fatores que promovem a 
poluição dos solos são a aplicação de fertilizantes, que acrescentam em 
demasia grandes quantidades de nitratos e fosfatos. 
Com o efeito das chuvas esses elementos podem ser carregados para os 
ambientes aquáticos causando a eutrofização. O que proporciona o aumento 
da quantidade de nutrientes na água e em decorrência um considerável 
crescimento de algas e plantas aquáticas. Conforme esses organismos 
morrem, durante o processo de decomposição, uma grande parte do oxigênio 
é removido do corpo hídrico causando a morte de outros organismos. 
Em 2018 decorrentes de chuvas e ventos uma considerável parcela destes 
elementos químicos, provenientes das ações da agricultura chegaram até o 
Rio Tietê, causando um aumento considerável na população de aguapés. 
(Figura 1) 
 
Figura 1 – Águas do rio Tietê em São Paulo em tom verde divo a quantidade 
de aguapés 
Figura 1 – Águas do rio Tietê em São Paulo em tom verde divo a quantidade 
de aguapés 
 
Abaixo são apresentadas soluções que podem ser adotadas para minimizar os 
impactos causados pelo uso de fertilizantes na agricultura: 
 
I – Correto dimensionamento da adubação. 
II – Controle de erosão e manejo do solo. 
III – Uso de fertilizantes de liberação retardada. 
IV – Melhora no processo de escoamento superficial do solo. 
 
É correto apenas o que se afirma em 
 
c-) I, II e III 
 
 
Poluição hídrica 
1 – Introdução 
 
Bem-vindo ao nosso estudo sobre Poluição Hídrica ou da água. Este estudo 
ajudará você a conhecer mais sobre as questões relativas à poluição hídrica. O 
ciclo hídrico é essencial para os organismos vivos, garante a circulação 
fechada da água entre a superfície terrestre e a atmosfera, tendo a energia solar 
como principal impulsionador, associada à gravitação e rotação da Terra. 
 
O conceito de ciclo hidrológico, fazer referência ao movimento e à troca 
contínua de água, nos distintos estados físicos, que se dá na Hidrosfera, entre a 
água presente na atmosfera, no solo, na flora, e as águas superficiais e 
subterrâneas. 
 
O contínuo fluxo de troca de água está diretamente relacionado ao sol. Ele 
fornece energia para o transporte da água presente na superfície terrestre para 
a atmosfera, processo denominado evaporação, e à gravidade, cujo processo 
faz com que a água condensada precipite, ao atingir a superfície terrestre, 
escoa até os córregos, rios e oceanos; ou ainda, pode infiltrar ou percolar no 
solo até atingir as águas subterrâneas. Contudo, uma parte da água que 
precipita não chega ao solo, fica retida na vegetação e irá evaporar. 
 
A água que infiltra no solo poderá evaporar diretamente para a atmosfera e ser 
absorvida pela vegetação e, posteriormente, devolvida a atmosfera pela 
transpiração, processo denominado evapotranspiração, que ocorre em áreas 
onde o ar e a água dividem espaços com as partículas do solo. Além disso, 
parte da água infiltrada poderá atingir a zona saturada, entrar na circulação 
subterrânea, recarregar os aquíferos e contribuir com o aumento da água 
armazenada. 
 
 
 
2 – Poluição Hídrica 
 
Água, um recurso natural renovável, essencial à vida, em abundância na 
natureza, entretanto, a parte disponível para consumo humano e uso comum é 
muito pequena. Assim, a Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, 
conhecida como Lei das Águas, instituiu a Política Nacional de Recursos 
Hídricos, criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e 
classificou a água como bem de domínio público, um recurso natural limitado 
e dotado de valor econômico (art.1º, I e II). Ainda, é oportuno mencionar que 
esse recurso (água) também é essencial para o desenvolvimento 
socioeconômico e produção de energia, contudo, enfrentamos um enorme 
desafio: a poluição desse recurso natural. 
 
As ações antrópicas ocasionam contaminação e poluição dos recursos 
hídricos de forma desordenada, principalmente nas últimas décadas. Sperling 
(1993, p. 54) destaca que “As contaminações são originárias, principalmente 
do lançamento de águas residuais domésticas e industriais em rios e lagos. A 
poluição em um ambiente aquático envolve, processos de ordem física, 
química e biológica”. Portanto, a água torna-se poluída quando sofre 
alterações em sua composição e torna-se inutilizada, sem serventia para o 
consumo humano e demais atividades essenciais. 
 
Neste sentido, andamos na contramão das prerrogativas da Declaração 
Universal dos Direitos da Água, que destaca em seu “Art. 7º. A água não deve 
ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada.” Organização dasNações 
Unidas – ONU (1992). Significa dizer que a água deve ser utilizada com 
consciência e discernimento, preservando-a de modo a manter a qualidade das 
águas disponíveis para que todos possam usufruir dela. 
 
O percalço está nas ações e atividades humanas, pois a poluição da água está 
diretamente relacionada às formas de uso e ocupação do solo, a urbanização, a 
geração de efluentes[1] domésticos e industriais, aos processos produtivos da 
pecuária e agricultura. A relação das atividades desenvolvidas na área de 
abrangência de uma bacia hidrográfica estão relacionadas a risco de poluição, 
pois tudo que é gerado neste espaço acaba escoando para o leito do rio. 
 
Entre os poluentes mais comuns dos recursos hídricos estão, principalmente, 
bactérias, vírus, parasitas, fertilizantes, agrotóxicos, medicamentos, nitratos, 
fosfatos, plásticos, resíduos fecais e metais pesados. Por vezes, esses 
elementos podem ser invisível ou inodoros, portanto, não modificam a 
coloração ou sabor da água. Por isso, é importante realizar o 
biomonitoramento, uma ferramenta de avaliação da saúde dos ecossistemas 
de rios, que fornecerá elementos para uma análise integrada da qualidade 
hídrica. Os dados físicos, químicos e biológicos obtidos no diagnóstico 
possibilitam conhecer a qualidade das águas das bacias hidrográficas, em 
geral, usadas para o abastecimento humano e demais usos essenciais. 
 
As causas da poluição da água podem ocorrer por fatores naturais, por 
exemplo, a filtração de mercúrio presente na crosta terrestre, com capacidade 
de contaminar córregos, rios, lagoas, barragens, lençóis freáticos e oceanos. Já 
os fatores artificiais ou antrópicos, mais comuns, ocorrem devido às ações 
humanas no meio ambiente, trazem consequências negativas à saúde humana, 
ambiental e econômica, por exemplo, perda dos recursos hídricos para o 
abastecimento humano e demais usos essenciais, perda de habitat de 
diferentes espécies, algumas em risco de extinção, entre outros. 
 
Nesse sentido, Luz (2010, p. 43) destaca que “[...] o homem demanda água de 
qualidade e produz efluentes poluídos e poluidores que são lançados em 
corpos de água como rios, mar e lagos, incapazes, muitas vezes, de processar 
e purificar naturalmente esta carga excedente de poluição”. Esse é um dos 
percalços, o despejo cotidiano de lixo e esgotos, não tratados, nos leitos dos 
rios, é responsável por uma fatia significativa da poluição das águas 
superficiais, além de que o lançamento desses produtos, nos cursos d’água, 
aumentam a quantidade de nutrientes provenientes de materiais orgânicos e 
causa a eutrofização, em geral, responsável pela morte de muitos organismos 
vivos. 
 
Os ecossistemas naturais têm capacidade de decompor, até certo limite, a 
matéria orgânica gerada pelas atividades humana. Porém, quando a entrada de 
efluentes orgânicos (industriais, domésticos e outros que podem ser líquidos 
ou gasosos) resultantes da ação artificial ou antrópica, são maiores que a 
capacidade de decomposição que ecossistema aquático possui, surgem as 
transformações negativas e as consequências no meio ambiente. 
 
A água é o recurso mais importante para a vida na Terra, por isso, é essencial 
evitar a sua poluição que se constitui em um grave problema socioambiental e 
econômico, logo, demanda de ações imediatas, das esferas governamentais e 
de toda população. 
 
 
 
3 – Efeitos da poluição hídrica na saúde humana e ambiental 
 
Atualmente, a sustentabilidade dos recursos hídricos é um grande desafios à 
humanidade. O desenvolvimento humano e suas ações, são responsáveis pela 
maior parcela de degradação dos recursos hídricos, seja pelo aumento da 
concentração humana ou devido ao crescimento das atividades econômicas. 
Essa condição constitui-se em um sério problema ambiental e de saúde 
pública, ocasiona à escassez de água e limita o desenvolvimento econômico. 
 
Com o crescimento da população humana e suas tecnologias, os impactos 
gerados nos recursos hídricos aumentaram e passaram por diversificação, 
desde a produção e lançamento de esgotos domésticos e industriais, a erosão 
dos solos pelos processos agrícolas e urbanização, a edificação de obras como 
usinas hidrelétricas, desassoreamento de rios, drenagem, canalização e 
produtos químicos tóxicos, além de outros processos que alteram a qualidade 
da água. 
 
Esses processos, originários da ação humana, andam a passos largos, e tem 
trazido consequências para o próprio homem, como: águas contaminadas e 
poluídas, escassez e aumento nas doenças e produção de alimentos, além do 
gravame das doenças à população, comprometendo a saúde e o bem-estar 
físico. Para Ribeiro (2014) os principais problemas de saúde estão associados 
a qualidade da água disponível à população, aliados a outros fatores. Nesse 
sentido, as iniciativas e articulações para integrar as questões ambientais à 
saúde, são de longa data, “[...] como é o caso de mobilizações da sociedade 
frente à poluição das águas e à exposição humana decorrente da contaminação 
química ambiental [...]”. (BRASIL, 2007, p. 19). 
 
Há mecanismos de transmissão de doenças relacionados a qualidade da água, 
dentre eles está “[...] a ingestão, por meio do qual um indivíduo sadio ingere 
água que contenha componente nocivo à saúde e a presença desse 
componente no organismo humano provoca o aparecimento de doença.” 
(BRASIL, 2007, p.24). Além disso, “Um segundo mecanismo refere-se à 
quantidade insuficiente de água, gerando hábitos higiênicos insatisfatórios e 
daí doenças relacionadas à inadequada higiene – dos utensílios de cozinha, do 
corpo, do ambiente domiciliar.” BRASIL, 2007, p. 24). Ainda, “Outro 
mecanismo compreende a situação da água no ambiente físico, 
proporcionando condições propícias à vida e à reprodução de vetores ou 
reservatórios de doenças.” (BRASIL, 2007, p. 24). 
 
Os problemas causados, ao homem, por organismos presentes em mananciais 
hídricos, em sua maioria, são micro-organismos como vírus, bactérias, 
protozoários e helmintos (vermes intestinais), responsáveis por causar 
enfermidades a partir da ingestão da água contaminada, condição que pode ser 
mitigada a partir do tratamento adequado de saneamento. Em relação à falta 
de água para higiene pessoal, pode ser sanada pelo abastecimento de água 
potável. Portanto, existe a necessidade de proteger o meio ambiente, 
especificamente, os recursos hídricos, para tal, é necessário, no mínimo, 
atender os parâmetros de qualidade da água, conforme os limites 
estabelecidos pela legislação vigente. 
 
Diante do contexto, pode-se constatar que o homem pode ser acometimento 
de doenças provenientes da falta de qualidade e quantidade de água 
disponível. Além de que é na água poluída que estão os maiores riscos à saúde 
humana, afinal, não é possível ter qualidade de vida sem consumir água de 
boa qualidade. Muitas doenças que afetam a população tem origem ou são 
transmitidas pela água de qualidade insatisfatória, principalmente em áreas, 
locais ou regiões onde a infraestrutura é precária, por exemplo, em países em 
desenvolvimento. 
 
De modo geral, os efeitos da poluição dos recursos hídricos causam danos à 
saúde humana e ambiental, desde o empobrecimento dos ecossistemas 
aquáticos à contaminação da cadeia alimentar, além de doenças e mortalidade 
dos seres vivos, em geral. Ainda, aliada aos riscos da poluição hídrica tem-se a 
falta de conhecimento e informação, que também tem relação com a 
persistência de doenças infecciosas. Verifica-se, no contexto, que são 
necessárias ações que possibilitem melhorias na qualidade da água e nas 
condições de saúde à população, para tal, é importante que os órgãos 
governamentais criem estratégias e, em conjunto com a sociedade, as coloque 
em prática, efetivando melhores resultados. 
 
 
 
4 – Proteção dos recursos hídricos 
 
O tema é proteção dos recursos hídricos é relevantee está intimamente 
relacionado com a preservação e manutenção da vida na Terra. É fato, os 
organismos vivos dependem da água, com relação direta com a saúde e esta 
faz conexão com a qualidade do recurso hídrico. Diante da relevante 
importância da água, bem natural de uso comum, contudo não entendido mais 
como infinito e em abundância, entende-se o destaque dado à proteção do 
meio ambiente no texto constitucional, Art. 225, no caput consta: “Todos têm 
direito ao ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo 
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações.” (BRASIL, 1988). 
 
Cerca de uma década após, em 1997, foi criada a lei no 9.433 que instituiu a 
Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) possibilitando a criação de 
instrumentos legais para efetivar a proteção, estabelecendo a efetiva atuação 
do Poder Público. Assim, fica explicito que, no Brasil, existem águas de 
propriedade particular, e bem de domínio público (lei no 9.433/1997). 
 
A legislação evidencia que a água é pública e, principalmente a água doce, por 
ser escassa, em consequência ao uso e poluição irracional ao nível global, 
possibilita realizar uma tutela mais rígida em relação à preservação e proteção 
desse recurso, em âmbito nacional, sendo essencial conservar desse recurso 
natural e finito com qualidade para os usos comuns das gerações atuais e 
futuras, visando a manutenção da vida em todas as suas formas. 
 
É fundamental a proteção dos recursos hídricos em todos os setores da 
sociedade, os seres humanos e animais dependem da água para as 
necessidades vitais, como dessedentação, higienização, saúde e qualidade de 
vida. A indústria, agricultura e pecuária necessitam da água para a produção 
da matéria-prima e produtos, sem a disponibilidade desse recurso haverá 
consequências como: aumento dos preços dos produtos e desemprego. Tanto 
a sociedade, quanto a economia e a natureza são afetadas negativamente, caso 
haja escassez ou falta de água. 
 
Em suma, existe a necessidade de aplicar rigorosamente todos os 
instrumentos legais de proteção dos recursos hídricos, bem como sensibilizar 
e conscientizar a população acerca da importância dos recursos hídricos e sua 
preservação, essencial para garantir a manutenção dos cursos d’água e dos 
ecossistemas, para podermos, no futuro, ter qualidade de vida. 
 
 
 
[1] Efluentes são os resíduos líquidos e gasosos resultantes das atividades 
humanas. 
 
01 
Assinale a alternativa correta. O ciclo hidrológico é o fenômeno global de 
circulação fechada de água entre a superfície terrestre e a atmosfera, 
impulsionada principalmente por qual tipo de energia? 
 
b-)energia solar 
 
02 
Assinale a alternativa correta. O contínuo fluxo de troca de água está 
diretamente relacionado ao sol. Ele fornece energia para o transporte da água 
presente na superfície terrestre para a atmosfera, processo denominado 
evaporação, e à gravidade, cujo processo faz com que a água condensada 
precipite, ao atingir a superfície terrestre, escoa até os córregos, rios e oceanos; 
ou ainda, pode infiltrar ou percolar no solo até atingir quais águas? 
 
d-)Águas subterrâneas 
 
03 
O Brasil criou uma lei específica que trata da Política Nacional de Recursos 
Hídricos (PNRH), em 1997, a qual instituiu a possibilitando a criação de 
instrumentos legais para efetivar a proteção, estabelecendo a efetiva atuação 
do Poder Público. Assinale a alternativa correta sobre o número da lei da 
PNRH, denominada Lei da Águas. 
 
a-)Lei no 9.433 
 
04 
Assinale a alternativa correta. A poluição hídrica é um sério problema 
ambiental, enfrentado por muitas cidades no mundo atual. Quando os recursos 
hídricos se tornam impróprios para o consumo humano e prejudiciais ao 
organismo dos seres vivos, eles são devastadores e causam: 
 
c-)malefícios ao meio ambiente e à saúde humana 
 
05 
Assinale a alternativa correta. Atualmente, a sustentabilidade dos recursos 
hídricos é um grande desafios à humanidade. O desenvolvimento humano e 
suas ações, são responsáveis pela maior parcela de degradação dos recursos 
hídricos, seja pelo aumento da concentração humana ou devido ao 
crescimento das atividades econômicas. Essa condição constitui-se em um 
sério problema ambiental e de saúde pública, limita o desenvolvimento 
econômico e ocasiona o que? 
 
a-)escassez de água 
 
06 
Assinale a alternativa correta. Nós, humanos, precisamos de água com 
qualidade pra suprir as necessidades do organismo, em contrapartida 
produzimos efluentes poluídos e poluidores que lançamos no meio ambiente, 
principalmente em corpos de água como rios, mar e lagos, incapazes, muitas 
vezes, de processar e purificar naturalmente esta carga excedente de poluição. 
O despejo cotidiano de lixo e esgotos, não tratados, nos leitos dos rios, é 
responsável por uma fatia significativa da poluição das águas superficiais, 
além de que o lançamentos desses produtos nos cursos d´água aumentam a 
quantidade de nutrientes provenientes do materiais orgânicos, em geral, 
responsável pela morte de muitos organismos vivos. Como é denominado 
esse processo? 
 
c-) eutrofização 
Biossegurança 
No ambiente de trabalho existem diversos riscos pelos quais os seres 
humanos podem estar expostos. Muitas vezes, esses eventos não 
são observados, pois alguns trabalhadores não possuem a 
percepção de que esses riscos podem causar situações que 
provocam danos diretos às suas vidas (Figura 1). 
 
Figura 1 – Funcionário desenvolvendo atividade com elevado risco 
Uma área que trabalha com esses potenciais riscos e apresenta 
estratégias para preveni-los ou minimizá-los é a área da 
biossegurança. De acordo com o Ministério da Saúde (2010), a 
biossegurança compreende um conjunto de ações destinadas à 
prevenção, controle, mitigação de riscos e a atividades que possam 
interferir ou comprometer a qualidade de vida e a saúde 
humana. Segundo a norma Técnica de Biossegurança para 
Laboratórios de Saúde Pública (Portaria Nº 3.204, de 20 de outubro 
de 2010) biossegurança é definida como: 
[...] condição de segurança alcançada por um 
conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, 
reduzir ou eliminar os fatores de risco inerentes às 
atividades que possam comprometer a saúde 
humana, animal e vegetal, o meio ambiente e a 
qualidade do trabalho realizado (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2010). 
Em outras palavras, é possível enfatizar que a biossegurança 
possibilita utilizar estratégias para prevenir eventuais riscos que 
trazem consequência negativas aos seres humanos. Vale destacar, 
que indiferente do ambiente em que estiver trabalhando, o 
profissional estará exposto a fatores, que podem ocasionar danos. 
Assim, temos a definição dos riscos ocupacionais, que são todos os 
riscos pelos quais os profissionais estão expostos em seu ambiente 
de trabalho. 
Existem cinco grupos de riscos ocupacionais. Dentre eles temos os 
riscos físicos, biológicos, de acidentes, químicos e ergonômicos. No 
ambiente de trabalho é muito importante realizar o mapeamento 
desses riscos. Uma estratégia para isso é a elaboração de mapas de 
risco, conforme estabelecido na NR 05, por meio da Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes, popularmente conhecida como 
CIPA. Esse mapa, expresso de forma gráfica, possibilita apresentar 
aos trabalhadores,de forma simples, os principais riscos e o seu grau, 
aos quais eles estão expostos. 
Quando não é possível realizar a neutralização desses riscos no 
ambiente de trabalho, é relevante que sejam utilizados equipamentos 
de proteção. Dentre eles temos duas categorias, uma descrita como 
EPCs, os Equipamentos de Proteção Coletiva e outra descrita como 
EPIs, os populares Equipamentos de Proteção Individual. 
Vale destacar, que o uso do EPI é indispensável nos ambientes emque o risco não pode ser neutralizado. O empregador deve estar 
ciente e comunicar sobre o uso desses equipamentos aos seus 
funcionários. Somente com o uso adequado desses recursos será 
possível evitar inúmeros problemas que podem ocasionar danos ou 
até mesmo a perda de vidas humanas. 
Um exemplo prático das observações destes riscos, são as 
atividades realizadas na agricultura. Nesta área, os funcionários estão 
expostos a inúmeros fatores, dentre eles podemos citar, riscos 
mecânicos, químicos e biológicos. Portanto, o uso adequado desses 
equipamentos de proteção pode proporcionar maior segurança para 
o desenvolvimento destas atividades. 
Além do uso dos equipamentos, para promover melhores condições 
de trabalho aos funcionários, algumas normas podem ser utilizadas, 
entre elas temos a NR 31, que apresenta a segurança e saúde no 
trabalho na agricultura, pecuária silvicultura, exploração florestal e 
aquicultura. O Brasil é um país que apresenta grande expansão do 
setor agropecuário. Nesse ramo temos a agricultura. Uma das 
atividades que mais poluem o solo. Todavia, apesar de saber deste 
fato, um dos principais problemas está na segurança da qualidade de 
vida dos funcionários ao realizarem a aplicação de agrotóxicos. 
Portanto o empregador deve fornecer capacitações que possibilitem 
ao empregado noções de percepção dos potenciais riscos ao 
manipular esses elementos. 
Cabe enfatizar que no Brasil existe a Lei n° 7.802 de julho de 1989 
que dispõem dentre outras informações, sobre a embalagem e 
rotulagem de agrotóxicos. Apresentando as principais informações 
que devem estar presentes nas embalagens para evitar potenciais 
riscos à saúde humana, e de demais seres vivos. Todavia 
informações relacionadas especialmente aos impactos provocados 
dentro das cadeias alimentares, ou seja, nas interações 
ecossistêmicas, não são obrigatórias de estarem apresentadas nas 
embalagens. E descrito na lei a impotência de mencionar os efeitos 
prejudiciais sobre a saúde do homem, dos animais e sobre o meio 
ambiente. Contudo é relevante salientar que as substâncias 
constituintes dos agrotóxicos ao serem absorvidas por organismos 
vivos, podem ser transferidas por meio das interações entre as 
espécies, impactando toda uma cadeia de seres dependentes deste 
fluxo de energia. 
01 
Qual a finalidade dos EPCs? 
a-) Eliminar ou neutralizar os riscos no ambiente de trabalho 
02 
De acordo com a NR 05 a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
(CIPA) tem a atribuição de elaborar os mapas de risco. Com base nisso, em 
um laboratório de análises clínicas, qual seriam os principais riscos que a 
CIPA identificaria aos quais os funcionários estariam expostos? Nesse ramo 
de trabalha-se é comum a presença principalmente de fluidos corporais, 
equipamentos cortantes e produtos químicos. Cite a opção correta que 
apresenta respectivamente a classificação destes principais riscos: 
c-) Riscos biológico, de acidente e químico 
03 
Selecione a opção que apresenta respectivamente um risco químico, 
biológico, ergonômico, físico e de acidente: 
d- )Névoas, fungos, imposição de ritmos excessivos, umidade e animais 
peçonhentos 
04 
A Lei n° 7.802 de julho de 1989 apresenta em seu artigo 7 as informações 
necessárias para que os agrotóxicos sejam vendidos ou expostos à venda em 
todo o território nacional. Sendo obrigado nestes produtos exibir rótulos 
próprios e bulas, contendo, exceto a opção: 
e-) indicações sobre os possíveis impactos causados dentro das cadeias 
alimentares 
05 
A lavagem correta das mãos é uma técnica importante para diminuir os riscos 
de contágios por diferentes agentes infecciosos. Em qual momento a assepsia 
completa da mão por meio da água e sabão não é obrigatória, sendo indicada 
ser substituída por outra técnica de assepsia: 
e-) Após realizar contato com objetos inanimados e superfícies localizadas 
próximas ao paciente 
06 
(ENADE) Conforme evidenciado na NR 31 referente às atividades na 
agropecuária, o empregador deve proporcionar aos seus funcionários, para a 
realização de atividade em campo e consequentemente diminuindo os riscos 
aos quais eles estão expostos: 
I - Ferramentas adequadas, sem ônus para o empregado. 
II - Capacitações para a aplicação e manipulação dos agrotóxicos. 
III - Capacitações sobre o uso de equipamentos, apresentando os valores para 
a obtenção desses recursos. 
IV – Ferramentas seguras e eficientes aplicáveis nas atividades realizadas. 
É correto apenas o que se afirma em 
e-)I, II e IV 
 
Saneamento Básico 
1 – Introdução 
Bem-vindo ao nosso estudo sobre Saneamento Básico. Este estudo 
ajudará você a conhecer mais sobre as questões relativas ao 
Saneamento Básico. O desenvolvimento do saneamento remontam 
às mais antigas culturas, é assunto de interesse da sociedade, visto 
que impacta diretamente na vida dos cidadãos. Essas ações têm 
como objetivo alcançar a salubridade e, em decorrência, saúde da 
população. As atividades relativas aos serviços de saneamento são 
essenciais e com características de universalidade. 
Saneamento básico é definido pelo Plano Nacional de Saneamento 
Básico (PLANSAB) como “conjunto de serviços, infraestrutura e 
instalações operacionais de: abastecimento de água potável [...]; 
esgotamento sanitário [...]; limpeza urbana e manejo de resíduos 
sólidos [...]; drenagem e manejo de águas pluviais urbanas [...]” 
(BRASIL, 2019, p. 24). O intuito, conforme o conjunto de serviços, é 
preservar ou transformar as condições do meio ambiente com a 
intenção de prevenir enfermidades e promover a saúde, proporcionar 
melhorias na qualidade de vida da população, e à produtividade do 
indivíduo, bem como facilitar a atividade econômica. 
A importância do saneamento básico nos remete aos Objetivos do 
Desenvolvimento Sustentável (ODS), adotados pelo Brasil e pelos 
países-membro da Organização das Nações Unidas (ONU). Os ODS 
cotem 17 objetivos e 169 metas a serem alcançados até o ano de 
2030, com especificidade, o ODS 6 visa, “Garantir a disponibilidade e 
manejo sustentável da água e saneamento para todos.” (BRASIL, 
2021), esse objetivo está diretamente relacionado ao tema 
saneamento básico, contudo, outros também tem aderência ao tema. 
O ODS 6, tem como proposito assegurar que todos tenham acesso à 
água potável e saneamento, independente da condição social, 
econômica e cultural, conforme destacam a meta 1 – “Até 2030, 
alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e segura para 
todos”, e meta 6.2 – “Até 2030, alcançar o acesso a saneamento e 
higiene adequados e equitativos para todos, e acabar com a 
defecação a céu aberto, com especial atenção para as necessidades 
das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade”. 
(BRASIL, 2021). 
O ODS 6, reforça um direito já assegurado a população brasileira na 
Constituição Federal (1988), e reafirmado no Novo Marco Legal do 
Saneamento Básico, lei no 14.026, de 15 de julho de 2020 que 
regulamenta o serviço de saneamento básico no Brasil, que alterou e 
revogou a lei nº 11.445/2007, entre outras. 
De acordo com o Novo Marco Legal do Saneamento Básico (lei 
no 14.026/ 2020), Art. 3º: 
“I - saneamento básico: conjunto de serviços 
públicos, infraestruturas e instalações operacionais 
de: a) abastecimento de água potável [...]; b) 
esgotamento sanitário [...]; c) limpeza urbana e 
manejo de resíduos sólidos [...]; d) drenagem e 
manejo pluvial das águas urbanas [...];” (BRASIL, 
2020). 
 
Portanto, o setor de saneamento básico é responsável pelos serviços 
de abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgotos, 
bem como a efetivar a limpeza e manejo de resíduos sólidos (lixo), 
com vistas a atender toda a população brasileira, como explicitado 
nas metas do Novo Marco Legal do Saneamento Básico. A lei 
no 14.026/2020, define em seu Art. 11B, a universalização do 
fornecimento de água potável para99% da população e atender 90% 
da população com coleta e tratamento de esgoto, além de garantir a 
intermitência do abastecimento, até o final de 2033 (BRASIL, 2020). 
As atividades de saneamento básico são essenciais e no Brasil ainda 
há muito o que avançar para atingir as metas propostas pelo Novo 
Marco Legal. 
A falta de saneamento básico causa diferentes impactos à saúde 
humana e ao ambiente natural, seus serviços são essenciais para o 
desenvolvimento global e local, o que possibilita melhorar a qualidade 
de vida das pessoas. Sua universalização e aperfeiçoamento tem 
potencial para contribuir com a área da saúde, por exemplo, na 
redução de doenças, mortalidade de vulneráveis, principalmente 
crianças e idosos; educação, empregabilidade e o turismo. Ainda, 
será benéfico para o meio natural, pois, serão mitigados os prejuízos 
à fauna e à flora. Portanto, os impactos e as agressões, tanto ao 
homem, quanto ao meio ambiente, serão reduzidos, além das 
possibilidades de ampliar os benefícios que contribuem na melhoria 
da qualidade de vida. 
No nosso cotidiano, por vezes, não nos damos conta da relevância 
do saneamento básico, tampouco de sua presença em nossa vida. 
Porém, é por meio dele que ocorrem os serviços de tratamento e 
distribuição da água que recebemos em nossa residência, a qual 
passa por processo de tratamento físico e químico, tornando-a 
segura para o uso e consumo. 
Ele (saneamento básico) é responsável pela coleta, tratamento e 
distribuição da água, assim como a coleta e tratamento de esgotos 
gerados nas indústrias, residências e outros imóveis, mantendo-os 
distantes da população e tratando-os para evitar que polua os 
recursos hídricos e prejudique o ecossistema aquático e terrestre. 
Ainda, é responsável pelo manejo da água pluvial (chuva) que é 
drenada e transportada até os mananciais hídricos, por meio das 
galerias, o que evita alagamentos; e também pela coleta de resíduos 
sólidos em todos os imóveis, com o objetivo de manter o ambiente 
limpo, os quais podem ser destinados para a reciclagem, aterro 
sanitário ou usados na produção de energia elétrica. 
No Brasil, as atividades deste setor remontam à década de 1970, 
quando o serviço era prestado por órgãos públicos. No ano de 1971, 
o governo federal criou o Plano Nacional de Saneamento 
(PLANASA). Mais de três décadas depois, em 2007, foi aprovada a 
lei de Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico n° 
11.445/2007, que regulamentou e estabeleceu diretrizes para o 
saneamento básico brasileiro, com o estabelecimento de metas e 
ações para atingir a universalização do saneamento até 2033. 
Atualmente, os próprios municípios são responsáveis por elaborar 
seu Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), apresentando 
as políticas públicas, planos e metas a serem aplicadas no serviço 
setor. Eles são fiscalizados pelas Agências Reguladores e pelo 
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), a partir 
de dados disponibilizados pelos prestadores de serviço. 
O desenvolvimento do saneamento básico, no Brasil, atualmente 
enfrenta diversos fatores limitantes, entre os problemas está, 
principalmente, a relação entre a carência de saneamento básico e a 
saúde, que tem como consequência o crescimento de doenças 
relacionadas à falta de água potável e deficiência nos serviços de 
esgoto. Por ser um serviço que depende da administração pública, 
sofre com a carência de investimento financeiro, logo, apresenta 
crescimento lento, o que impacta na universalização dos serviços até 
2033, conforme objetivo estabelecido pelo PLANSAB. Por isso, deve 
haver investimentos públicos e privados no setor, para poder 
desenvolver-se e beneficiar todos os brasileiros. 
 
2 – Higiene e segurança do trabalho no saneamento 
Higiene e segurança do trabalho visam oferecer um ambiente de 
trabalho seguro e, assim, garantir a saúde dos indivíduos 
trabalhadores. Nesse sentido, a saúde do trabalhador é norteada 
pelos princípios do Direito Ambiental e, principalmente, pelo princípio 
da prevenção expressa no art. 225 da Constituição Federal do Brasil 
(1988), e regulamentada na Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), capítulo V, seção I, que trata da Segurança e da Medicina do 
Trabalho (BRASIL, 2017). 
Para suprir as demandas relativas a esta temática, foram criadas as 
Normas Regulamentadoras - NR, atualmente existem 37 NR’s 
aprovadas pelo Ministério do Trabalho, bem como a Política Nacional 
de Saúde e Segurança do Trabalho (PNSST), aprovada pela 
comissão tripartite de saúde e segurança, com foco nas ações de 
promoção, proteção e prevenção acerca de acidentes e doenças do 
trabalho (BRASIL, 2011). Todas as NR’s focam na saúde e 
segurança do trabalho, obrigatoriamente, devem ser observadas e 
seguidas, tanto por empresas privadas e públicas, órgãos públicos da 
administração direta e indireta, e órgãos dos Poderes Legislativo e 
Judiciário, que tiverem empregados regidos pela CLT. 
É obrigação do empregador cumprir as disposições legais e 
regulamentares referente a segurança e medicina do trabalho, do 
contrário, está sujeito a aplicação das penalidades previstas na 
legislação pertinente. Ao empregado também compete o 
cumprimento de suas obrigações relativas à segurança do trabalho, 
sob pena de falta grave, exceto com recusa justificada. 
Para intender melhor, higiene e segurança do trabalho possuem o 
mesmo objetivo, por isso, são tratadas como sinônimos, mas têm 
diferentes definições e funções. O termo higiene remete as condições 
ou hábitos de limpeza que conduz ao bem-estar e à saúde; na área 
médica visa à preservação da saúde, ao estabelecimento de normas 
para prevenir doenças. (DICIO, s/d). 
A higiene ocupacional ou do trabalho está relacionada aos estudos 
dos ambientes de trabalho e doenças ocasionadas por ele. Ela é 
definida como “[...] a ciência e arte que se dedica ao reconhecimento, 
avaliação e controle dos riscos ambientais (químicos, físicos, 
biológicos, ergonômicos) presentes nos locais de trabalho.” 
(PEIXOTO, 2012, p. 16). Vale destacar que, no ambiente de trabalho, 
também estão presentes os riscos ergonômicos e mecânicos ou de 
acidentes, os quais tem relação com as atividades, instalações e 
equipamentos ou máquinas. 
A higiene e segurança do trabalho referem-se a prevenção dos 
riscos, e objetivam agir nos ambientes de trabalho para identificar 
agentes nocivos, quantificar a magnitude e propor as necessárias 
medidas de controle, assegurando condições seguras para a 
realização do trabalho e considerando impactos às comunidades e 
meio ambiente (PEIXOTO, 2012). Problemas com higiene ou falta de 
saneamento básico podem ocasionar, como mencionado 
anteriormente, muitas doenças, inclusive fatais. 
A avaliação e controle de riscos ocupacionais não se restringe ao 
ambiente de trabalho, relaciona-se com toda a sociedade. Os 
resultados das ações de prevenção aos riscos ocupacionais refletem 
no meio ambiente. No caso do saneamento, um promotor de saúde, 
suas intervenções no ambiente são multidimensionais (física, social, 
econômica, cultural) e intersetoriais. Diversas são as NR’s que 
podem ser aplicadas, mas a ênfase está nas normas que seguem. A 
NR 7 - Programa de Controle de Saúde Ocupacional (PCMSO) que 
objetiva monitorar cada trabalhador exposto a agentes físicos, 
químicos e biológicos, os quais são definidos pela NR – 9 – 
Programa de Prevenção a Riscos Ambientais (PPRA), com vistas a 
preservar e promover saúde ao conjunto de colaboradores. 
A NR -9, torna obrigatória, aos empregadores, a elaboração e 
implementação do PPRA, com a finalidade de preservar a saúde e 
integridade dos colaboradores frente aos riscos ambientais, 
existentes ou futuros, no ambiente de trabalho, além de considerar a 
proteção dos recursos naturais e do meio ambiente, em sua 
totalidade. Além disso, essas ações visam garantir a higiene e 
segurança dos colaboradores,mas que refletem na sociedade, pois 
os riscos inerentes a atividade podem extrapolar para o meio, 
afetando a sociedade e o recursos naturais. 
Se a aplicação das normas de higiene ocupacional forem seguidas 
com rigor, poderá contribuir significativamente na proteção humana e 
ambiental, preservando a saúde dos colaboradores e dos recursos 
naturais, promovendo o desenvolvimento socioeconômico e 
sustentável. O profissional de segurança do trabalho deve estar 
legalmente instrumentado e pautar suas ações nas normas 
regulamentadoras para apresentar bom desempenho profissional. 
01 
Assinale a alternativa correta. O Brasil e os países-membro da Organização 
das Nações Unidas (ONU), adotaram os Objetivos do Desenvolvimento 
Sustentável (ODS). Ao todo são 17 objetivos e 169 metas a serem alcançados 
até o ano de 2030. Qual dos 17 objetivos da ODS trata especificamente do 
saneamento básico e da água potável? 
c-) ODS 6 
02 
De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 
2017, o Brasil ocupou o 117º lugar quanto ao percentual da população com 
acesso a saneamento básico. O Sistema Nacional de Informações sobre 
Saneamento no Brasil (SNIS, 2019) indicou que a população brasileira é 
superior a 210 milhões de habitantes e apresentou dados referente a coleta e 
tratamento de esgoto. Assinale a alternativa correta sobre qual o índice (%) de 
tratamento de tratado no Brasil? 
c-) 49,1% foi tratado 
03 
A higiene ocupacional é ciência e arte que se dedica ao reconhecimento, 
avaliação e controle dos riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho. 
Assinale a alternativa que representa os cinco principais riscos ambientais. 
e-)químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos. 
 
04 
Assinale a alternativa correta. O Brasil está entre as 10 maiores economias do 
mundo, conforme estatísticas do Sistema Nacional de Informações sobre 
Saneamento no Brasil, (SNIS, 2019), a população brasileira é superior a 210 
milhões de habitantes. Deste montante, 35 milhões de brasileiros não têm 
acesso à água tratada e oito milhões não têm acesso ao manejo de resíduos 
sólidos. Quantos milhões de cidadãos brasileiros não possuem serviço de 
saneamento, que também é essencial? 
a-)100 milhões de habitantes 
05 
O setor de saneamento básico é responsável pelos serviços de abastecimento 
de água potável, coleta e tratamento de esgotos, bem como a realização de 
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (lixo), com vistas a atender toda 
a população brasileira, como explicitado nas metas do Novo Marco Legal do 
Saneamento Básico. A lei no 14.026/2020, define em seu Art. 11B, a 
universalização do fornecimento de água potável para 99% da população e 
atender 90% da população com coleta e tratamento de esgoto, além de 
garantir a intermitência do abastecimento. Qual é o prazo (qual ano) para o 
cumprimento da meta de universalização, equidade e intermitência? 
d-)2033 
06 
Assinale a alternativa correta. O lixo (resíduos sólidos) das casas e das 
atividades de limpeza urbana é coletado e transportado até locais próprios para 
reutilização (reciclagem) ou destinação final ambientalmente correta (aterros 
sanitários). Conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre 
Saneamento no Brasil (SNIS, 2019), qual a quantidade de lixo (em 
quilogramas) que cada cidadão produz por dia no Brasil? 
b-)0,99 kg/hab./dia 
disciplina: Tópicos em 
engenharia de segurança 
do trabalho 
 
Conceituação em 
Segurança do Trabalho 
Contextualização 
Com o advento da Revolução Industrial, todo tipo de acidente grave, 
mutilante e fatal, incluindo intoxicações agudas e outros danos à 
saúde atingiram os trabalhadores em maior número, 
independentemente do sexo ou idade. As máquinas não possuíam 
nenhum tipo de proteção, eram movidas a engrenagens e correias 
expostas, e emitiam ruídos altíssimos. Não havia limite para as horas 
trabalhadas e a iluminação era precária. Os ambientes eram 
fechados e possuíam pouca ventilação. Em 1802 foi aprovada, na 
Inglaterra, a primeira lei de proteção aos trabalhadores, a Lei de 
Saúde e Moral dos Trabalhadores. Nela foram estabelecidos: a carga 
horária diária máxima de 12h, a proibição do trabalho noturno, a 
obrigação de que as paredes das unidades fabris fossem lavadas ao 
menos duas vezes por ano, e que passasse a haver ventilação nas 
mesmas. Desde então surgiram novas Leis para proteção da saúde e 
integridade física do trabalhador, mas muito ainda precisa ser feito. 
Em 2017, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) registrou a 
ocorrência de 2,78 milhões de acidentes de trabalho fatais e 374 
milhões de casos de ferimentos e doenças não fatais que se somam 
a cada ano. No Brasil ocorrem anualmente 700 mil acidentes de 
trabalho (ABNT, 2020). Esses números evidenciam a relevância da 
Segurança do Trabalho no contexto organizacional e o quanto ainda 
precisa ser feito para a proteção do ser humano. 
 
O que é Segurança do Trabalho? 
Aprofundando um pouco mais nosso conhecimento, vamos começar 
a entender o que é e para o quê serve a Segurança do Trabalho. É a 
ciência que estuda as possíveis causas de acidentes, doenças 
ocupacionais e outras formas de agravos à saúde do trabalhador, 
que ocorrem ao longo da consecução da atividade laboral, e tem 
como objetivo principal, consequentemente, a prevenção destas, a 
fim de que ambos, contratado e contratante, desfrutem de um 
ambiente de trabalho saudável e seguro. 
Sendo assim, cabe à Segurança do Trabalho identificar os riscos, 
avaliar os possíveis efeitos dos riscos identificados e propor medidas 
técnicas que minimizem a ocorrência de acidentes e doenças 
ocupacionais nos ambientes de trabalho, tendo em mente que um 
acidente de trabalho deve ser pensado de forma holística, pois não 
tem origem única e exclusiva. Isso significa que o acidente ocorre 
devido à interação simultânea de diversos fatores, na qual um 
desencadeia o outro e assim sucessivamente, até que o acidente 
ocorra. Logo, pode-se afirmar que todo acidente de trabalho é fruto 
de várias causas, levando a Segurança do Trabalho a focar em duas 
abordagens complementares: a reducionista e a sistêmica. Enquanto 
a abordagem reducionista considera em detalhes fatores de ordem 
física, biológica, psicológica, social e cultural, a abordagem sistêmica 
explora a interação desses fatores no processo que ocasionou o 
acidente. 
A Segurança do Trabalho, portanto, desenvolve estratégias de 
conscientização, para que os trabalhadores adotem atitudes 
conscientes de segurança ao desempenhar suas tarefas, e busca 
implementar os preceitos e valores da segurança na produção e 
controle dos custos organizacionais, de forma integrada à qualidade e 
ao ambiente de trabalho. A redução dos níveis de risco e a maior 
proteção dos trabalhadores contribui para o aumento da 
produtividade e permite que as organizações sejam mais 
competitivas. 
 
O que é a Engenharia de Segurança do Trabalho? 
O Prevencionismo é o estudo dos ambientes de trabalho e 
comportamentos dos trabalhadores em suas atividades. Seu objetivo 
não é prevenir que um acidente ocorra através da criação de 
mecanismos e procedimentos com base nas causas que levaram à 
ocorrência de um acidente anterior, e sim eliminar qualquer 
possibilidade de acidente ou incidente de trabalho, impedindo que os 
mesmos ocorram. 
Há, atualmente, algumas abordagens de Segurança do Trabalho 
que, apesar de compartilharem os objetivos de controle e prevenção 
dos danos no ambiente, se diferenciam em alguns de seus 
fundamentos mais básicos. Enquanto o Controle de Danos e o 
Controle Total de Perdas priorizam a ação administrativa de 
prevenção e controle dos riscos ocupacionais, ou seja, daqueles 
associados à atividade laboral, a Engenharia de Segurança de 
Sistemas foca em soluções mais técnicas, através do 
reconhecimento, avaliação e controle, com a adoçãode ferramentas 
dos diversos ramos da engenharia e proposta de técnicas e ações 
inovadoras para a preservação dos recursos humanos e dos 
sistemas produtivos. Na América Latina, a Engenharia de Segurança 
de Sistemas foi introduzida com a denominação de Engenharia de 
Prevenção de Perdas. 
Essa abordagem mais técnica da Engenharia de Segurança do 
Trabalho surgiu em 1972, com Willie Hammer, em seus estudos 
voltados para a força aérea e os programas espaciais dos Estados 
Unidos da América, o que justifica a forte influência da engenharia 
aeroespacial nas técnicas utilizadas na Engenharia de Segurança do 
Trabalho. 
Essa nova abordagem permitiu uma melhor compreensão dos erros 
humanos, evidenciando que muitos deles ocorreram devido à 
deficiência de projetos ou materiais, e não a ação do trabalhador. 
Os mecanismos tradicionais de segurança do trabalho são relevantes 
na medida em que a coleta de dados durante a investigação dos 
acidentes de trabalho contribui significativamente para o 
reconhecimento e identificação das causas destes. O tratamento 
estatístico dos dados coletados constitui um instrumento importante 
para a criação e programação da prevenção de acidentes. 
A Engenharia de Segurança do Trabalho, portanto, consiste no uso 
de ferramentas da engenharia para garantir a segurança e bem estar 
do trabalhador. 
 
O quê é acidente de trabalho? 
Segundo a Lei Nº 8.213, de 24/07/1991 (Capítulo II – Das prestações 
em geral, Seção I – Das espécies de prestações, Artigo 19), acidente 
de trabalho “é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de 
empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho 
dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando 
lesão corporal ou perpetuação funcional que cause a morte ou a 
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o 
trabalho”. 
O conceito de trabalho decente foi formalizado pela OIT em 1999 
com o intuito de “promover oportunidades para que homens e 
mulheres tenham um trabalho produtivo e de qualidade, em 
condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humanas, 
sendo considerado condição fundamental para a superação da 
pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da 
governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável” 
(BARSANO & BARBOSA, 2018). Nesse conceito há uma 
convergência dos objetivos estratégicos da OIT: liberdade sindical e 
efetivo direito de negociação coletiva; eliminação do trabalho forçado, 
do trabalho infantil e de todo tipo de discriminação no que tange ao 
emprego e ocupação; fortalecimento do trabalho produtivo e de 
qualidade; extensão da proteção social; e promoção do diálogo 
social. 
As convenções da OIT são relevantes para a Segurança e Saúde no 
Trabalho (SST) na medida em que servem de base para criação, 
modificação ou até exclusão de uma Norma Regulamentadora, como 
a Convenção Nº 182 da OIT sobre a Proibição das Piores Formas de 
Trabalho Infantil e Ação Imediata para sua Eliminação (1999), por 
exemplo. 
01 
Como vimos acima, com o advento da revolução industrial, todo tipo de 
acidente grave, mutilante e fatal, incluindo intoxicações agudas e outros danos 
à saúde atingiram os trabalhadores em maior número, independentemente do 
sexo ou idade. As máquinas não possuíam nenhum tipo de proteção, eram 
movidas a engrenagens e correias expostas, e emitiam ruídos altíssimos. Não 
havia limite para as horas trabalhadas e a iluminação era precária. Com base 
nesse texto, é correto afirmar que: 
b-)É importante estudar as possíveis causas de acidentes, doenças 
ocupacionais e outras formas de agravos à saúde do trabalhador, que ocorrem 
ao longo da consecução da atividade laboral, a fim de preveni-los 
02 
Por definição, a Segurança do Trabalho é a ciência que estuda as possíveis 
causas de acidentes, doenças ocupacionais e outras formas de agravos à saúde 
do trabalhador, que ocorrem ao longo da consecução da atividade laboral, e 
tem como objetivo principal, consequentemente, a prevenção destas, a fim de 
que ambos, contratado e contratante, desfrutem de um ambiente de trabalho 
saudável e seguro. A Empresa Veloz S.A. fornece o serviço de transporte 
marítimo para passageiros. Caso ocorra um acidente no momento do 
embarque de um passageiro no barco, como a quebra do tornozelo da Joana, 
que se desequilibrou por estar com salto alto: 
e-)O acidente não é de responsabilidade da Veloz, caso a mesma comprove 
ter adotado todas as medidas preventivas para impedir que o mesmo ocorra, 
mas deve ser registrado no Sistema de Gestão da Veloz como incidente, 
porque a Joana não é funcionária da Veloz 
03 
Com relação ao acidente de trabalho, está correto afirmar que: 
b-)É fruto de várias causas 
04 
Dentre as medidas abaixo selecione aquela que NÃO contribui para que a 
Engenharia de Segurança do Trabalho seja, de fato, efetiva: 
a-)Identificar a origem de todos os acidentes, que pode ser de ordem física, 
biológica, psicológica, social ou cultural e resolver o problema encontrado 
para que não haja mais acidentes do mesmo tipo. 
Normatização e 
Legislação 
1.Principais Entidades Relacionadas à Segurança do Trabalho 
no Brasil 
1.1. A OIT 
A criação da OIT – Organização Internacional do Trabalho, em 1919, 
ocorreu com o intuito de uniformizar, com base na justiça social, o 
tratamento dado às questões trabalhistas em um mundo globalizado. 
No momento de sua criação, a OIT já reconhecia que a miséria e as 
privações impostas pelas condições de trabalho existentes a um 
grande número de trabalhadores gera um descontentamento que 
coloca em risco a paz e a harmonia universal. Nas convenções da 
OIT são acordados Tratados Internacionais, de caráter normativo, os 
quais podem ser adotados por seus Estados-Membros que tenham 
interesse em fazê-lo. Uma vez que decida ratificar determinado 
Tratado, o Estado tem o prazo de 18 meses para submetê-lo à 
aprovação da autoridade competente, que, no caso do Brasil, é o 
Congresso Nacional. Uma vez aprovado, cabe ao Presidente da 
República homologá-lo para que seja incorporado automaticamente à 
legislação nacional e passe a ser cumprido. 
No Brasil, as principais entidades relacionadas à Segurança do 
Trabalho são: a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), o 
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST) da SIT, 
às Superintendências Regionais de Trabalho e Emprego (SRTEs), a 
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do 
Trabalho (FUNDACENTRO), o Instituto Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), e a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
 
1.2. A SIT 
A SIT é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Economia, 
que tem por objetivo “assegurar a todos os brasileiros o efetivo 
acesso ao direito social ao trabalho” (SIT, 2020). Segundo a 
Constituição da República Federativa do Brasil (1988), cabe à União 
“competência exclusiva para organizar, manter e executar a Inspeção 
do Trabalho” (SIT, 2020). 
 
1.3. O DSST 
O DSST é um departamento do SIT responsável pela gestão de 
todas as atividades relacionadas à Segurança e Saúde no Trabalho” 
(SIT, 2020). Assim sendo, cabe ao mesmo : “planejar, supervisionar, 
orientar, coordenar e controlar a execução das atividades de 
inspeção do trabalho na área de segurança e saúde, através da 
fiscalização dos ambientes e das condições de trabalho” (SIT, 2020). 
O órgão subsidia ainda “a formulação e a proposição das diretrizes e 
das normas de atuação da área de segurança e saúde no trabalho e 
das diretrizes para o aperfeiçoamento técnico-profissional e a 
gerência do pessoal da inspeção do trabalho na área de segurança e 
saúde no trabalho” (SIT, 2020). Ele coordena “ações integradas de 
cooperação técnico-científica com organismos internacionais e o 
desenvolvimento de programas” (SIT, 2020), além de ser o 
responsávelpor “planejar e coordenar a execução do Programa de 
Alimentação do Trabalhador – PAT e da Campanha Nacional de 
Prevenção de Acidentes do Trabalho – CANPAT” (SIT, 2020). 
 
1.4. As SRTEs 
As SRTEs, antigas Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs) 
vinculadas ao extinto Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, 
atualmente estão vinculadas à Secretaria Especial de Previdência e 
Trabalho, do Ministério da Economia. Segundo o Decreto Nº 41.478 
(1957), elas são responsáveis por “orientar, executar e fiscalizar, na 
esfera de sua jurisdição própria, o exato cumprimento das leis de 
proteção do trabalho, bem assim como outros encargos de órgãos do 
aludido Ministério, que lhes sejam legalmente conferidos”. Ainda 
segundo esse mesmo Decreto, as SRTEs são responsáveis por: 
“promover e presidir a inquéritos sociais acerca das condições do 
trabalhador, colhendo sugestões de entidades sindicais e 
encaminhando as propostas de solução ao Ministro do Trabalho, 
Indústria e Comércio; e adotar providências para a coordenação dos 
interesses econômicos e profissionais, o amparo dos trabalhadores e 
a harmonia social”. 
 
1.5. A FUNDACENTRO 
A FUNDACENTRO tem por objetivo “produzir e difundir 
conhecimento sobre Segurança e Saúde no Trabalho e Meio 
Ambiente, para fomentar, entre os parceiros sociais, a incorporação 
do tema na elaboração e gestão de políticas que visem o 
desenvolvimento sustentável com crescimento econômico, promoção 
da equidade social e proteção do meio ambiente laboral” 
(FUNDACENTRO, 2020). 
 
1.6. O INMETRO 
O INMETRO também é uma autarquia federal atualmente vinculada 
à Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, 
do Ministério da Economia. O órgão “atua como Secretaria Executiva 
do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial (Conmetro), colegiado interministerial, que é o órgão 
normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial (Sinmetro)” (INMETRO, 2020). Coube ao 
INMETRO substituir o antigo “Instituto Nacional de Pesos e Medidas 
(INPM) e ampliar significativamente o seu raio de atuação” 
(INMETRO, 2020). Atualmente o INMETRO tem por objetivo 
“fortalecer as empresas nacionais, aumentando sua produtividade por 
meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria da qualidade 
e da segurança de produtos e serviços” (INMETRO, 2020). 
 
1.7. A ABNT 
Por fim, a ABNT é uma entidade privada e sem fins lucrativos 
membro fundador da International Organization for Standardization 
(Organização Internacional de Normalização - ISO), da Comisión 
Panamericana de Normas Técnicas (Comissão Pan-Americana de 
Normas Técnicas - Copant) e da Asociación Mercosur de 
Normalización (Associação Mercosul de Normalização - AMN) e 
membro da International Electrotechnical Commission (Comissão 
Eletrotécnica Internacional - IEC). É o Foro Nacional de Normalização 
“responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (ABNT NBR), 
elaboradas por seus Comitês Brasileiros (ABNT/CB), Organismos de 
Normalização Setorial (ABNT/ONS) e Comissões de Estudo 
Especiais (ABNT/CEE)” (ABNT, 2020). Atua, também, “na avaliação 
da conformidade e dispõe de programas para certificação de 
produtos, sistemas e rotulagem ambiental” (ABNT, 2020) com base 
em “guias e princípios técnicos internacionalmente aceitos e 
alicerçada em uma estrutura técnica e de auditores multidisciplinares” 
(ABNT, 2020). 
 
2. Legislação federal, estadual e municipal 
Na esfera federal, temos as seguintes legislações: 
• Constituição da República Federativa do Brasil (1988), que trata 
da Segurança e Saúde dos Trabalhadores. 
• Lei Nº 8.213 (1991), que trata dos Planos de Benefícios da 
Previdência Social e outros assuntos, dentre os quais podemos 
destacar: acidente do trabalho, auxílio-acidente, auxílio-doença, 
CAT, habilitação e reabilitação profissional. 
• Decreto-Lei Nº 5.452 (1943), que é a Consolidação das Leis 
Trabalhistas (CLT). 
• Lei Nº 6.514 (1997), que modifica a CLT no que tange à 
Segurança e Medicina do Trabalho. 
• Portaria Nº 3.214 (1978), que aprovou as Normas 
Regulamentadoras (NRs) da CLT relativas à Segurança e 
Medicina do Trabalho. 
Nas esferas estadual e municipal, há todas as regulamentações 
como leis estaduais/municipais, decretos, regimentos, resoluções e 
instruções técnicas, para citar algumas. 
 
3. A ISO 45001, as NRs e as NBRs 
A ISO 45001:2018 é uma norma global para Sistemas de Gestão da 
Segurança e Saúde no Trabalho. Ela substituiu a OHSAS 18001. A 
norma traz os requisitos para um sistema de gestão de Saúde e 
Segurança Ocupacional (SSO) e orienta como utilizá-lo nas 
organizações, a fim de que se obtenha ambientes de trabalho mais 
seguros e saudáveis. Sua elaboração seguiu outras abordagens de 
sistemas de gestão, o que permitiu que a ISO 45001 fosse projetada 
para se integrar com outros padrões de sistemas de gerenciamento 
ISO, como as ISOs 14001 – Sistema de Gestão Ambiental e 9001 – 
Sistema de Gestão da Qualidade (ABNT, 2020), garantindo um alto 
nível de compatibilidade entre elas. 
Segundo a Escola Nacional de Inspeção do Trabalho (ENIT, 2020), 
as Normas Regulamentadoras (NRs) são disposições 
complementares à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que 
estabelecem as “obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos 
por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir 
trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e 
acidentes de trabalho”. A elaboração e revisão dessas Normas são 
realizadas conjuntamente por representantes do governo, de 
empregadores e de empregados. 
As NBRs são Normas Técnicas criadas pela ABNT para padronizar, 
organizar e qualificar a produção de documentos ou procedimentos 
empresariais de diversas áreas, dentre as quais podemos citar a 
NBR 5410, que trata de questões relacionadas à segurança dos 
trabalhadores que fazem instalações elétricas e aos padrões para 
essas instalações. As NBRs não são, em geral, obrigatórias, mas 
recomendadas. Aquelas que são obrigatórias são citadas em Lei 
específica que as definem como tal. 
 
01 
A OIT – Organização Internacional do Trabalho: 
d-)Promove Tratados Internacionais de caráter normativo, através de 
convenções, que podem ser adotados por seus Estados-Membros ou não. 
02 
Com relação às normas ISO descritas abaixo, NÃO podemos afirmar que: 
ISO 9001 – Sistemas de Gestão de Gestão da Qualidade 
ISO 14001 – Sistemas de Gestão de Gestão Ambiental 
ISO 45001 – Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional 
c-)A implementação da ISO 45001 dispensa a implementação das ISOs 9001 
e 14001. 
03 
Com relação à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), é correto afirmar 
que: 
a-)É uma autarquia federal criada para assegurar a todos os brasileiros o 
efetivo acesso ao direito social ao trabalho, responsável, dentre outras 
atribuições, por controlar a execução das atividades de inspeção do trabalho 
na área de segurança e saúde, através da fiscalização dos ambientes e das 
condições de trabalho. 
04 
O órgão que é uma autarquia federal atualmente vinculada à Secretaria 
Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da 
Economia e atua como Secretaria Executiva do Conselho Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro) é o(a): 
d-)Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(INMETRO) 
05 
O órgão responsável por “orientar, executar e fiscalizar, na esfera de sua 
jurisdição própria, o exato cumprimento das leis de proteção do trabalho é 
o(a): 
b-)Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE) 
06 
Sobre as Normas Regulamentadoras (NRs), é correto afirmar que: 
e-) São disposições complementares à Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), que estabelecem obrigações, direitos e deveres, e têm, portanto, força 
de Lei Federal, devendo ser cumpridas em todo o territóriobrasileiro, 
independentemente do Estado ou Município. 
Análise das estatísticas e 
Custos de Acidentes 
1. A prevenção e os danos à propriedade 
Heinrich, funcionário de uma empresa de seguros norte-americana, 
foi uma das primeiras pessoas a apontar, em 1926, que apenas 
reparar os danos sofridos pelos trabalhadores no desenvolvimento de 
suas atividades laborais não era suficiente. Era preciso realizar ações 
de prevenção, que fossem além de assegurar os riscos de acidente. 
Nesse contexto, ele diferenciou os custos diretos, que relacionou aos 
gastos da seguradora com a liquidação dos acidentes, dos custos 
indiretos, associados às perdas sofridas pela organização que 
resultam dos danos materiais e interferências na produção. Heinrich 
foi o primeiro a introduzir a ideia de acidente sem lesão, ou seja, 
aqueles que geram algum dano à propriedade. Segundo ele, todos 
os acidentes de trabalho decorriam da personalidade do trabalhador, 
da prática de atos inseguros ou da existência de condições inseguras 
nos ambientes de trabalho. 
Em 1964, as perdas com acidentes materiais relacionados a 
acidentes de trabalho alcançaram o montante de US $2,8 bilhões, 
equivalente a quase o dobro daquelas relativas aos danos materiais 
em acidentes de trânsito, que totalizaram US $1,5 bilhões. Em 1965, 
o Conselho Nacional de Segurança dos EUA identificou que as 
perdas com acidentes materiais relacionados a acidentes de trabalho 
chegaram, em 2 anos, a US $7,2 bilhões, praticamente igualando 
àquelas com acidentes pessoais, que foram de US $7,1 bilhões. 
 
2. Controle de Danos 
Frank Bird Jr. iniciou, na década de 1960, um programa de Controle 
de Danos, cujo objetivo principal era reduzir as perdas corporativas 
com danos materiais relacionados à acidentes de trabalho, sem 
descuidar daqueles que geram danos pessoais, sendo o homem o 
fator preponderante de todo programa de engenharia de segurança. 
Os aspectos básicos do programa de Bird eram: informação, 
investigação, análise e revisão do processo. 
Segundo seus estudos, para cada acidente de trabalho com lesão 
incapacitante, ocorriam 100 menores, com lesão não impactante, e 
500 com danos à propriedade. Além disso, identificou também a 
proporção de 6,1 custos indiretos, que passaram a ser considerados 
os não-segurados, para cada custo direto, que, por sua vez, 
passaram a ser os segurados. Com seus estudos, ele consolidou o 
conceito de acidentes com danos à propriedade, além de danos 
pessoais. 
Os 3 passos para implementação de um programa de Controle de 
Danos são: 
• 1º Passo: fazer as verificações iniciais, ou seja, levantar o que já 
existe na organização em relação ao Controle de Danos, a fim 
de identificar a existência de problemas reais de ordem humana 
ou econômica, que justifiquem a implantação do programa. 
• 2º Passo: registrar as informações nos centros de controle, para 
obtenção objetiva e simples de controle concreto dos danos à 
propriedade pela manutenção. 
• 3º Passo: exame analítico dos danos. 
Com o tempo, o sistema de Controle de Danos se adapta e aprende, 
chegando à maturação e atingindo níveis mais avançados de 
eficiência. 
 
3. Controle Total de Perdas 
Em 1970 os estudos de Fletcher, que se seguiram aos de Bird, 
incorporaram outros conceitos, dentre os quais pode-se destacar a 
proteção ao meio ambiente, qualidade, projeto e confiabilidade. 
Fletcher propôs a implantação de programas de Controle Total de 
Perdas, nos quais os princípios do Controle de Perdas fossem 
aplicados a todos os acidentes com pessoas, máquinas, materiais e 
instalações, para citar alguns, os quais impactam diretamente no 
processo produtivo. Adicionalmente, Fletcher também propôs a 
adoção de ações preventivas para evitar a ocorrência de lesões. 
Sendo assim, o objetivo do Controle Total de Perdas consiste em 
reduzir ou até mesmo eliminar todos os acidentes capazes de 
interferir ou paralisar o sistema produtivo. 
O Controle Total de Perdas englobou tanto a tradicional Segurança e 
Medicina do Trabalho, quanto o Controle de Danos e outras perdas 
advindas de acidentes relacionados à outras questões, que 
englobam: a prevenção de lesões; o controle total de acidentes; a 
prevenção de incêndios; a segurança industrial; a higiene e saúde 
industrial; o controle de contaminação da água, ar e solo; e, por fim, a 
responsabilidade pelo produto. 
O Controle Total de Perdas também adotava uma implantação em 3 
passos, sendo eles: 
• 1º Passo: estabelecer o perfil dos atuais programas de 
prevenção existentes; 
• 2º Passo: estabelecer prioridades; 
• 3º Passo: implantar planos de ação para controle total das 
perdas reais e potenciais do sistema produtivo. 
 
4. Avaliação Total das Perdas do Processo 
As perdas que ocorrem num processo produtivo podem ser medidas 
em função da redução da produção em determinado período devido 
a ocorrência de um acidente, ou seja, fato negativo que não foi 
previsto e gera alguma lesão ao trabalhador, dano material ou perda 
de tempo, acarretando paralisação ou desvio do processo. 
O Fator de Eficiência da Produção (FEP) pode ser medido como a 
razão entre a Produção Final (PF) e a Produção Programada (PP). 
FEP = \dfrac{PF}{PP}FEP=PPPF 
 
4.1. Perdas Ocasionadas por Fator Humano 
Para entender essas perdas, precisamos entender primeiro o 
conceito de ausentismo. Ele é a ausência do trabalhador nas 
atividades em que estava previsto para trabalhar. 
O Fator de Utilização de Pessoal (FUP) é calculado dividindo-se a 
quantidade total de horas efetivamente trabalhadas (HH real) pela 
quantidade total de horas programadas para serem trabalhadas (HH 
programado). 
FUP =\dfrac{HH \space real}{HH \space 
programado}FUP=HH programadoHH real 
 
Um fator de utilização entre 0 e 1 significa que houve o ausentismo, 
ou seja, que foram trabalhadas menos horas do que o previsto e, 
consequentemente, houve perda de produção. 
 
A Produção Alcançada (PA), portanto, é o produto da Produção 
Programada (PP) pelo Fator de Utilização de Pessoal (FUP), ou 
Produção Programada (PP) menos a Perda Total (PT). Logo: 
PA = PP x FUP ou PA = PP - PT 
 
Com isso, temos a perda de produção por ausentismo, ou Perda por 
Fator Humano (PFH), que pode ser calculada como a Produção 
Programada (PP) multiplicada por um menos o Fator de Utilização de 
Pessoal (FUP): 
PFH = PP x (1 – FUP) 
 
4.2. Perdas Ocasionadas por Controle de Qualidade 
Se o controle de qualidade rejeita uma quantidade percentual da 
produção de X%, a Perda por Controle de Qualidade (PCQ) pode ser 
calculada como: 
PCQ = PP \space x\dfrac{X\%}{100}PCQ=PP x100X% 
 
4.3. Perdas Ocasionadas por Paralisação de Equipamento 
Considere t, o tempo de falha do equipamento, ou seja, o tempo que 
o equipamento ficou sem funcionar. E T, o tempo de execução 
padrão de determinada atividade e N o número de equipamentos 
utilizados no processo. 
A Perda ocasionada por Paralisação de Equipamento (PPE) pode 
ser calculada, então, como: 
PPE = \dfrac{PPxt}{TxN}PPE=TxNPPxt 
 
Caso haja vários processos sendo realizados em série, deve-se 
reduzir as perdas dos processos anteriores no processo que estiver 
sendo calculado, para cálculo da perda total ocasionada por 
paralisação de equipamento. 
 
4.4. Perda Total 
Com todas as perdas calculadas, podemos calcular a Perda Total 
(PT): 
PT = PFH + PCQ + PPE 
 
4.5. Exemplo 
Uma empresa programou produzir 1000 lotes, com 100 unidades 
cada, de vasilhas plásticas por dia. Em um determinado dia, um 
funcionário da linha de produção se acidentou e precisou ser 
socorrido pelos colegas de trabalho. Em virtude do acidente, das 
520h programadas, apenas 480h foram de fato trabalhadas. Dos 4 
equipamentos utilizados no processo de fabricação das vasilhas, dois 
ficaram parados, tendo o primeiro perdido 2h de produção e o 
segundo 6h de produção. Cada lote demora, em média,2h para ser 
fabricado. Nesse dia, o controle de qualidade rejeitou 0,5% dos lotes 
fabricados. 
Calcule a perda em quantidade de vasilhas plásticas que a empresa 
teve com o acidente. 
 
Desenvolvimento: 
Fator de Utilização de Pessoal 
FUP =\dfrac{HH \space real}{HH \space programado} = 
\dfrac{480}{520} =0,923FUP=HH programadoHH real
=520480=0,923 
 
Perda por Fator Humano: PFH = PP x (1 – FUP) = 1000 x (1 – 0,923) 
= 77 lotes 
 
Perda por Controle de Qualidade: 
PCQ=PP \space x\dfrac{x\%}{100} = 100\times \dfrac{0,5\% 
}{100}=0,5 \space lotesPCQ=PP x100x%=100×1000,5%
=0,5 lotes 
 
Perda ocasionada por Paralisação de Equipamento: 
PPE = \dfrac{PPxt}{TxN} = \dfrac{1000\times \left( 6-2\right) 
}{4\times 2}=1000PPE=TxNPPxt=4×21000×(6−2)=1000 
 
Perda Total: PT = PFH + PCQ + PPE = 77 + 0,5 + 1000 = 1077,5 
lotes 
 
Perda de vasilhas plásticas: 1077,5 x 100 = 107, 75 vasilhas 
plásticas. 
 
Resposta: A perda total com o acidente foi de aproximadamente 108 
vasilhas plásticas. 
 
01 
Marque, dentre as opções abaixo, aquela que NÃO representa uma evolução 
do trabalho de Heinrich para a Segurança e Saúde do Trabalho: 
d-)Os danos com perdas corporativas estavam associados a acidentes com 
pessoas, máquinas, materiais e instalações, dentre outros. 
02 
Marque a opção que apresenta os aspectos básicos do Controle de Danos, de 
Frank Bird Jr. 
c-)Informação, investigação, análise e revisão do processo. 
03 
Como visto na teoria, para cada acidente de trabalho com lesão incapacitante, 
Bird identificou que ocorriam outros 100 menores, com lesão não 
incapacitante, e 500 com dano à propriedade. Marque, dentre as opções 
abaixo, aquela que apresenta o principal motivo dessa constatação ser tão 
importante para a produtividade da empresa. 
c-)Os números mostram o quanto é importante fazer uma gestão preventiva 
dos riscos de acidentes, porque todos eles, de alguma forma, representam 
perda significativa de produtividade. 
04 
A maior evolução do Controle de Danos para o Controle Total de Perdas foi: 
a-)Implantar planos de ação para controle total das perdas reais e potenciais do 
sistema produtivo. 
05 
O objetivo do Controle Total de Perdas é: 
a-)Reduzir ou até mesmo eliminar todos os acidentes capazes de interferir ou 
paralisar o sistema produtivo. 
06 
Com relação à perda de produção ocasionada por fator humano, é correto 
afirmar que: 
b-)É a perda de produção em função da ausência do trabalhador nas atividades 
em que estava previsto para trabalhar. 
Análise das Estatísticas e 
Custos de Acidentes 
1.Análise das Estatísticas 
1.1. Um Panorama Mundial 
Apesar dos esforços envidados pelas organizações e órgãos 
reguladores no que tange à segurança e saúde do trabalhador, as 
estatísticas de acidentes de trabalho no Brasil ainda são alarmantes. 
Em média, no país, a cada 48 segundos ocorre um acidente de 
trabalho e a cada 3 horas e 38 minutos ocorre um acidente de 
trabalho fatal. Esses números colocam o Brasil em quarto lugar no 
ranking mundial de acidentes de trabalho (ANAMT, 2020). 
De acordo com o Anuário Brasileiro de Proteção 2019 (2020), o Brasil 
ocupa a 5ª posição em relação aos acidentes de trabalho, com 549 
mil ocorrências aproximadamente. Os EUA ocupam a 1ª posição 
(1.149 mil), seguidos de Alemanha (844 mil), França (731 mil) e 
México (563 mil). Quando consideradas as mortes por acidente de 
trabalho, o ranking é: China em 1º lugar com 66 mil ocorrências, 
seguida de EUA (5 mil), Brasil (2 mil), Índia (2 mil) e Bangladesh (1,6 
mil). 
Entretanto, considerar esses números ignorando o número de 
habitantes dos países analisados pode gerar uma visão um pouco 
distorcida. A fim de permitir uma análise mais realista, vamos analisar 
os números considerando as ocorrências por cada 100.000 
habitantes. Nesse caso, as 3 primeiras posições do ranking dos 
países com maior número de acidentes passam a ser ocupadas por: 
Costa Rica, em primeiro lugar, com 6 mil acidentes não fatais por 
100.000 habitantes, seguida por Holanda (4 mil) e Nova Caledônia 
(3,7 mil). O Brasil cai para a 25ª posição, com 612 acidentes não 
fatais por 100.000 habitantes. Quando analisamos o número de 
mortes por acidente de trabalho o novo ranking passa a ser formado 
por: Síria em 1º lugar, com 15,2 mortes por 100.000 habitantes, China 
em 2º lugar (8,5) e Argélia em 3º com (8,4). O Brasil ocupa a 36ª 
posição com 2,4 mortes por 100.000 habitantes. 
 
1.2. Uma Visão do Brasil 
Segundo os dados do Anuário Estatístico da Previdência Social 
(SPREV, 2017), os números de acidente de trabalho no Brasil 
apresentaram queda nos últimos 10 anos. Quando comparado o ano 
de 2017 (com aproximadamente 549 mil acidentes), em relação ao 
de 2016 (com aproximadamente 586 mil), constata-se uma queda de 
6,19% nesse número. O número de óbitos também apresentou 
redução da ordem de 8,39% (de 2.288 em 2016 para 2.096 em 
2017). Porém, conforme analistas da Previdência, suspeita-se que 
esta queda seja consequência da dificuldade existente para associar 
a doença ao trabalho e da emissão da CAT (Comunicação de 
Acidente do Trabalho) apenas depois do reconhecimento da 
associação, ou nexo, entre o agravo e o trabalho pelo órgão 
competente que, nesse caso, é o INSS. 
Estratificando um pouco esses números, porém ainda de forma 
consolidada, em relação ao ano de 2017 pode-se acrescentar que 
(SPREV, 2017): 
• O total de acidentes de trabalho registrados com CAT reduziu 
em 5,74%; 
• Desse total, os acidentes típicos corresponderam a 75,5%, os 
de trajeto a 22,3% e as doenças do trabalho a 2,2%, sendo a 
maioria sofrida por trabalhadores do sexo masculino, com 
percentuais correspondentes a: 68,9% dos acidentes típicos, 
60,1% dos acidentes de trajeto e 59,2% das doenças do 
trabalho; 
• A faixa etária com maior incidência de acidentes de trabalho 
típicos e de acidentes de trajeto foi de 25 a 34 anos, com 32,6% 
e 35,3%, respectivamente. Já com relação às doenças de 
trabalho, a faixa etária de maior incidência foi a de 35 a 44 
anos, com 34,5%; 
• Quanto ao setor de atividade econômica, após exclusão dos 
acidentes cuja atividade é “ignorada”, o de Agropecuária 
correspondeu a 3,4% dos acidentes registrados com CAT, o da 
Indústria a 37,2% e o de Serviços a 59,4%; 
• Dentre os 50 códigos de CID (Código Internacional de Doença) 
de maior incidência, os acidentes de trabalho que ocorreram 
em maior número foram o ferimento do punho e da mão (S61), 
com 9,5%, fratura ao nível do punho ou da mão (S62), com 
6,7%, e a luxação, entorse e distensão das articulações e dos 
ligamentos ao nível do tornozelo e do pé (S93), com 4,5%. 
• No que tange às doenças de trabalho, as com CID de maior 
incidência foram as lesões no ombro (M75), com 19,3%, a 
sinovite e tenossinovite (M65), com 10,8%, e a dorsalgia (M54), 
com 6,1% do total. 
Quando adotada uma abordagem regional, constata-se que a região 
com maior número de acidentes de trabalho foi a região Sudeste 
(53,3%), seguida das regiões Sul (22,7%), Nordeste (11,7%), Centro-
Oeste (8,0%) e Norte (4,3%). Em se tratando do número de óbitos 
por acidente de trabalho, a ordem de incidência nas regiões se 
mantém a mesma, ou seja, Sudeste (44,0%), Sul (22,1%), Nordeste 
(15,3%), Centro-Oeste (10,8%) e Norte (7,9%). Porém, é interessante 
observar que, quando se considera o número de óbitos por 1.000 
acidentes de trabalho, constata-se que a ordem se inverte, sendo 7 
para a região Norte, 6 para a Centro-Oeste e Nordeste, 4 para a Sul e 
3 para a Sudeste (SPREV, 2017). 
 
2. Custos com acidentes de trabalho 
Analisando os registros dos despachos de benefícios do Sistema 
Único de Benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social da 
Bahia, só neste estado, em 2000, foram concedidos 31.096 
benefícios por doenças ou agravos à saúde, dentre os quais 2.857 
(7,3%) correspondiam a acidentes de trabalho,

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