Aula 02 - O Processo de Fossilização

Prévia do material em texto

O Processo de 
Fossilização 
Aula 2 - Paleontologia 
Tafonomia 
 Ramo da Paleontologia que estuda todos os processos 
que ocorrem desde a morte do organismo até a sua 
fossilização 
 Se o paleontólogo é um detetive, a tafonomia seria a ciência 
forense 
 A tafonomia se ocupa da qualidade do registro fóssil e quais são 
os fatores que influenciam o processo de fossilização 
 
Preservação dos fósseis 
 Quando um organismo morre é provável 
que ele não termine como um fóssil 
 Todos os fósseis que foram encontrados 
hoje passaram por uma série de etapas 
sucessivas 
 Estas etapas necessitam de condições 
específicas, que tornam o processo 
extremamente raro 
 
 
Morte 
Desarticulação 
Decomposição 
Soterramento 
Diagênese 
Soerguimento 
Preservação dos fósseis 
 Os fósseis são geralmente restos de partes duras dos 
organismos 
 Conchas 
 Ossos 
 Madeira 
 Restos das atividades dos organismos como tocas e 
rastros também ficaram registrados 
 Os restos do corpos dos organismos são chamados de corpos 
fósseis ou simplesmente fósseis 
 Os vestígios das atividades dos organismos são chamados de 
traços fósseis 
 
Preservação dos fósseis 
 Os materiais duros dos organismos 
passíveis de fossilização podem ser 
inorgânicos ou orgânicos 
Materiais inorgânicos 
 Carbonato de cálcio 
(conchas, algumas esponjas, corais, briozoários, 
equinodermos) 
 Sílica 
(radiolários e a maioria das esponjas) 
 Fosfatos e óxidos de Ferro 
(ossos, conodontes, braquiópodes e vermes) 
 
Preservação dos fósseis 
Materiais orgânicos 
Vegetal 
 Lignina 
 Celulose 
 Esporopoleína 
Animal 
 Quitina 
 Colágeno 
 Queratina 
Preservação dos fósseis 
 A probabilidade de fossilização varia em função do 
tempo até o soterramento e o tipo de material 
Preservação dos fósseis 
 A probabilidade de fossilização varia em função do 
tempo até o soterramento e o tipo de material 
Preservação dos fósseis 
Morte e desarticulação 
 Após a morte do organismo, quanto mais tempo ele fica 
exposto menor a chance de fossilização 
 
Predadores 
Carniceros de 
grande porte 
(mamíferos e aves) 
Carniceiros de 
pequeno porte 
(insetos e outros 
invertebrados) 
 Quanto maior exposição, maior tempo para ação de organismos 
 Estes organismos podem se alimentar dos tecidos conectivos e 
desarticular os esqueletos 
 
Preservação dos fósseis 
Decomposição 
 Processo de degradação de partes do organismo por 
bactérias e fungos 
 Dias após a morte do animal o processo de decomposição já está 
atuando 
 A decomposição remove principalmente tecidos moles, mas 
tecidos duros também são afetados 
 
 
Preservação dos fósseis 
Decomposição 
 Quatro fatores influenciam na velocidade de decomposição 
de um organismo 
 Fornecimento de oxigênio 
(ambientes ricos em oxigênio favorecem a decomposição) 
 Temperatura 
(temperaturas elevadas favorecem a decomposição) 
 pH 
(pH próximo do neutro favorece a decomposição) 
 Natureza do carbono orgânico disponível 
(moléculas orgânicas mais voláteis e refratárias à decomposição) 
Preservação dos fósseis 
Quebras e transporte 
 Antes do soterramento o material em decomposição 
pode ser transportado ou sofrer quebras 
 As quebras podem ter causas físicas e químicas 
Causas físicas 
 Desarticulação 
 Fragmentação 
 Abrasão 
Causas químicas 
 Bioerosão 
 Corrosão 
 Dissolução 
Preservação dos fósseis 
Preservação dos fósseis 
Soterramento 
 Com o passar do tempo sedimentos vão sendo 
depositados sobre os restos do organismo 
 Durante e após o soterramento, os restos passam por 
por mudanças físicas e químicas 
Preservação dos fósseis 
Soterramento 
Mudanças físicas 
 Achatamento 
 O peso das camadas de sedimento pressiona o corpo podendo levar a 
fragmentação 
 A integridade do corpo varia em função da sua rigidez 
 Distorções da forma 
 Corpos de tecidos mais flexíveis apenas distorcem sem sofrer fraturas 
 
Preservação dos fósseis 
Mudanças químicas – Diagênese 
 O material do corpo soterrado pode sofrer modificações 
químicas 
 Estas alterações químicas podem ser rápidas ou muito lentas 
 Neste processo materiais presentes no sedimento substitui ou 
reage com o material soterrado levando à mineralização 
 Após muitos anos de processo todo o material orgânico se 
transforma numa rocha 
 
Preservação dos fósseis 
Soerguimento 
 Quanto mais antigo é o fóssil, mais camadas de 
sedimento foram adicionadas sobre ele 
 A descoberta de organismos fósseis só é possível porque as 
rochas sofrem processos de soerguimento 
 Neste processo, devido a movimentos tectônicos, camadas de 
rochas contendo fósseis são elevadas 
 Este processo pode destruir corpos fósseis, tornando-os mais 
raros ainda 
Fossilização 
Preservação dos fósseis 
 Podemos identificar “filtros” que restringem uma maior 
formação de fósseis 
 Filtros anatômicos 
(normalmente apenas partes duras fossilizam-se) 
 Filtros biológicos 
(quem morre mais, fossiliza mais) 
 Filtros ecológicos 
(quem vive em ambientes mais propícios à fossilização tem mais chances) 
 Filtros sedimentares 
(certas regiões do planeta são mais favoráveis a formação de rochas 
sedimentares) 
Preservação dos fósseis 
 Filtros de preservação 
(as condições químicas do sedimento tem de ser favoráveis) 
 Filtros diagenéticos 
(alguns minerais que penetram no corpo fóssil pode degradar o material) 
 Filtros metamórficos 
(a rocha contendo o fóssil pode ser submetida a temperaturas e pressões que 
destroem o fóssil) 
 Filtros de soerguimento 
(se a rocha que contém o fóssil não sofrer soerguimento, não conseguiremos 
coletá-lo) 
 Filtros humanos 
(depois de tudo isso alguém ainda tem que achar o fóssil) 
O que estamos vendo? 
 
 O nosso conhecimento dos fósseis? 
 
 O que realmente existe no registro fóssil? 
 
 O que realmente viveu no passado?