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PALEONTOLOGIA

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UEPB - CAMPUS V
DISCIPLINA: PALEONTOLOGIA
PROFESSOR: WEMERSON SILVA 
ALUNA: RAISSA DE FÁTIMA -132511924
Métodos de datação absoluta.
Geocronologia foi usado por Williams para reunir as diferentes formas de investigação da escala de tempo em anos aplicáveis tanto à evolução da Terra, como também à evolução de todas as formas de vida, portanto é necessário um relógio geológico para essas determinações. A radiotividade foi o primórdio para o nascimento da Geocronologia, pela datação radiométrica. Na Geologia, o único processo que ocorre a uma taxa estatisticamente previsível e estável é a desintegração radioativa.
Existem diversos métodos de datação absoluta, com destaque nos seguintes métodos:
1. O Método Rubídio-Estrôncio 
Este método permite a datação de rochas muito antigas, incluindo amostras de rochas lunares até rochas com poucos milhões de anos. O Rb não é um elemento comum na natureza e não forma mineral isolado, ou seja, ocorre como impureza em minerais de K, aos quais se associa devido à semelhança de raios atômicos. O isótopo radioativo Rb desintegra-se para o isótopo Sr, em um único passo e com meia-vida de aproximadamente 48,8 Ga. Encontra-se Rb em minerais potássicos como as micas, feldspatos potássicos, piroxênios, anfibólios e olivinas, entre outros. Nesses minerais também ocorre Sr em sua forma original, não radioativa, o qual deverá ser precisamente determinado como parte do processo de datação. Essa quantidade será subtraída quando do cálculo final da idade da amostra, para evitar erros, uma vez que não foi originada pela desintegração do Rb contido.
O Sr original sempre contém Sr não-radiogênico, que é facilmente detectado. Inicialmente, a análise de uma amostra pobre em Rb permite determinar a razão 87Sr/86Sr que se mantém no material a ser datado; uma vez que a quantidade de 86Sr na amostra não muda com o passar do tempo, procura- se em seguida uma amostra rica em Rb pois precisamos conhecer o valor do 86Sr. Conhecendo-se a relação inicial 87Sr/86Sr da amostra, podemos determinar a quantidade de 87Sr que é original e aquela que é proveniente da desintegração do 87Rb. A idade é então calculada pela relação filho/pai radioativo. É uma idade convencional, ideal para rochas com minerais excepcionalmente ricos em Rb. Como isto nem sempre é possível ou surgem dúvidas quanto ao real valor do 87Sr, original, procura- se utilizar o Método da Isócrona. Para aplicação são necessárias várias amostras de rochas cogenéticas que contenham diferentes teores de Rb. Com isto torna-se possível a montagem da isócrona. Supõe-se que, no tempo em que as amostras cogenéticas foram formadas (tempo zero inicial), as razões 87Sr/86Sr eram as mesmas para todas, mas era variável o conteúdo em Rb. Com o passar do tempo, o conteúdo de 87Rb deve decrescer gradualmente, pois é transformado em 87Sr, o qual deverá aumentar proporcionalmente nas amostras.
2. Urânio-Chumbo em zircões
Os minerais que contêm U como componente principal são raros na natureza, porém minerais que contêm este elemento em quantidades-traço são comuns, o que os torna particularmente indicados para aplicação do Método U-Pb. O mineral mais indicado neste caso é o zircão (silicato de zircônio, ZrSiO4) que contém aproximadamente 0,1% em urânio e ocorre em rochas de diferentes idades, sempre em pequenas quantidades. Todo Urânio de ocorrência natural contém não só o 238U radioativo mas também o 235U, sempre numa relação de 138:1. O 238U se desintegra para o 206Pb e o 235U para o 207Pb. Os dois elementos são utilizados para determinação de idades geológicas; no entanto, em função da alta mobilidade química do U em ambientes oxidantes, análises em amostras de rocha total efetuadas com o Método U-Pb são problemáticas. 
Os minerais com urânio e que se prestam para aplicação do Método U-Pb, em geral, também contêm chumbo original, de tal forma que a idade radiométrica poderá exceder a idade real. O 204Pb não é produzido pela desintegração radioativa, sendo então um elemento-chave para a detecção da quantidade de chumbo original. Se é detectado no mineral o 204Pb, que constitui uma fração do chumbo presente, então os outros isótopos como o 206Pb e o 207Pb também deveriam estar presentes quando da formação do mineral. A composição isotópica do chumbo comum pode ser obtida a partir de amostras que sejam pobres em urânio, à semelhança do que é feito no Método Rb-Sr. Assim, a quantidade do 204Pb pode ser utilizada para calcular as quantidades de 206Pb e do 207Pb originais, de forma que possam ser subtraídos quando do cálculo da idade radiométrica. Depois deste procedimento, as idades obtidas pelas razões 235U/207Pb e 238U/206Pb devem concordar, mostrando que o mineral comportou-se como um sistema fechado. São chamadas idades concordantes e o valor que elas indicam é a idade radiométrica verdadeira.
3. Samário-Neodímio
A meia-vida do 148Sm é muito curta (7 X 105 anos) para ter um significado geocronológico, mas o decaimento do 147Sm (1.06 X 1011 anos) permite que seja utilizado para datação. De forma análoga ao Método Rb-Sr, podem ser construídas isócronas com as relações 143Nd/144Nd e 147Sm/144Nd. Supõe se que, ao tempo da cristalização, amostras de rocha total cogenéticas a amostras de minerais com diferentes razões 147Sm/144Nd teriam o mesmo 143Nd/144Nd inicial (entre 0.506 e 0.516, de acordo com a idade da rocha). Amostras cogenéticas posicionam se em uma isócrona onde a inclinação é uma função da idade da amostra e onde a interceptação da isócrona no eixo .y. indica a razão inicial. 
O cálculo de idades-modelos Sm-Nd tem por base o fato de que pode ser definida uma linha de evolução uniforme para a relação 143Nd/144Nd para a área-fonte de amostras de rochas da crosta continental e basaltos alcalinos (De Paolo & Wasserburg 1976). Essa linha de evolução, que corresponde à do manto terrestre, tem por base a relação Sm-Nd que é idêntica com a do reservatório condrítico uniforme (CHUR13 ). Na verdade, se um magma é formado e separado a partir do CHUR em um determinado tempo, então sua razão 143Nd/144Nd (Ro) é igual à do RCHUR. Contudo, processos responsáveis pela formação do magma do manto ocasionam fracionamento químico do Sm e do Nd em relação à sua fonte. O fator de fracionamento é definido pela relação: ¦Sm/Nd = (Sm/Nd)amostra/(Sm/Nd)CHUR. Então ¦Sm/Nd = 1 para a linha de evolução CHUR. Para a maior parte das rochas curstais, este fator é inferior a 1, o que significa que o Nd está se enriquecendo em relação ao Sm na crosta durante o fracionamento e separação do manto. 
Contudo, a geração da crosta continental ocasiona depleção de elementos nesse reservatório. Material do manto depletado tem uma linha de evolução diferente do CHUR (De Paolo 1981) e assim quando idades modelos são calculadas, os parâmetros para o manto depletado devem ser utilizados aos níveis daqueles de evolução do CHUR. O modelo assume que a relação Sm/Nd somente será significativamente alterada por processos geológicos subseqüentes, como o metamorfismo ou processos ligados a erosão, desde que o sistema Sm/Nd tenha funcionado como um sistema fechado. Com isto torna-se possível o estabelecimento de uma linha a partir das razões atuais 143Nd/144Nd e 147Sm/144Nd que, ao interceptar-se com a linha de evolução do CHUR, indicará uma idade modelo para o tempo de diferenciação dessa rocha a partir do manto.
4. MÉTODO DO RADIOCARBONO
O 14C é produzido constantemente na atmosfera através do bombardeio de 14N por raios cósmicos (nêutrons). 14C é rapidamente oxidado formando 14CO2 - que se mistura com o CO2 inativo. Como o CO2 é consumido pelas plantas, toda as plantas são radioativas. Como os animais dependem das plantas para sobrevivência, todos os seres vivos são radioativos. Após a absorção, o 14C decai e reverte-se em 14N. No entanto, 14C é prontamente consumido e restabelecido nos seres vivos, de forma que se encontra em equilíbrio com aquele da atmosfera. Após a morte do organismo, o decaimento é constante, e o relógio radioativo passa a funcionar. 
Assumindo-se que a taxa de produçãode Carbono-14 (e, portanto, a quantidade de raios cósmicos que atingem a Terra) tenha sido constante durante os últimos 70.000 anos. Este limite relaciona-se ao fato de que, após a morte do organismo que incorporou 14C, este não é mais adquirido (Fig. 13) e, com o tempo, vai progressivamente sendo desintegrado para 14N. Como os valores são muito pequenos é quase impossível a medição direta dos isótopos. Neste caso, opta-se pela contagem da atividade de emissão beta do espécime a ser datado e sua comparação com um padrão cuja atividade seja muito bem conhecida. O número de emissões em um dado período de tempo é proporcional ao número de átomos do 14C ainda presentes na amostra; quanto mais antigo menor deve ser essa atividade, o que nos limita ao valor máximo datável de 50.000 anos. O Método 14C é utilizado para datação de matéria orgânica, madeira, carvão, ossos, turfa e artefatos como roupas e cerâmicas, além de conchas e calcários recentes.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
CARNEIRO, Celso Dal Ré; MIZUSAKI, Ana Maria Pimentel; DE ALMEIDA, Fernando Flávio Marques. A determinação da idade das rochas. Terrae Didatica, v. 1, p. 06-35, 2005.

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