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GRAMÁTICA 
Afinal, o que é gramática? 
A Gramática tem como principal função regular a linguagem e 
estabelecer padrões de escrita e fala para os falantes de uma 
língua. Graças à Gramática, a língua pode ser analisada e 
preservada, apresentando unidades e estruturas que permitem 
o bom uso da língua portuguesa. 
Uma boa Gramática deve ser capaz de extrapolar a visão 
reducionista que faz da língua um amontoado de regras 
prescritas pelos estudiosos do sistema linguístico, devendo ser 
capaz não apenas de prescrever o idioma, mas também de 
descrevê-lo, preservá-lo e, sobretudo, ter utilidade para os 
falantes. A Gramática apresenta as regras, mas quem 
movimenta e faz da língua um sistema vivo e mutável somos 
nós, agentes da comunicação. 
Por ser um sistema complexo e passível de diversas 
concepções, a Gramática apresenta abordagens diversas, sendo 
dividida, então, em tipos distintos: 
• Gramática Normativa: Bastante utilizada em sala de aula 
e para diversos fins didáticos, a Gramática Normativa 
busca a padronização da língua, indicando através de suas 
regras como devemos falar e escrever corretamente. Aqui 
a abordagem privilegia a prescrição de regras 
que devem ser seguidas, desconsiderando os fatores 
sociais, culturais e históricos aos quais estão sujeitos os 
falantes da língua. 
• Gramática Descritiva: A Gramática Descritiva analisa um 
conjunto de regras que são seguidas, considerando as 
variações linguísticas da língua ao investigar seus fatos, 
extrapolando os conceitos que definem o que é certo e 
errado em nosso sistema linguístico. 
• Gramática Histórica: Investiga a origem e a evolução de 
uma língua, representando os estudos diacrônicos. 
• Gramática Comparativa: Estabelece comparação da 
língua com outras línguas de uma mesma família. No caso 
de nossa língua portuguesa, as análises comparativas são 
feitas com as línguas românicas. 
A língua é um organismo vivo e, por esse motivo, é natural que 
exista um distanciamento entre o que é prescrito pelas normas 
e o que é efetivamente utilizado por seus falantes. Entretanto, 
não devemos desconsiderar a importância das regras que 
preservam este que é nosso maior patrimônio cultural: nossa 
língua portuguesa. 
A Gramática registra e descreve todos os aspectos das línguas. 
Como sabemos, esses aspectos são diversos e seu estudo é 
organizado em partes: Fonética e Fonologia, Morfologia e 
Sintaxe (morfossintaxe), Semântica e Estilística. 
 
FONÉTICA X FONOLOGIA 
• Fonética 
A Fonética é o estudo dos aspectos 
acústicos e fisiológicos dos sons efetivos (reais) dos atos de 
fala no que se refere à produção, articulação e variedades. Em 
outras palavras, a Fonética preocupa-se com os sons da fala em 
sua realização concreta. Quando um falante pronuncia a palavra 
'dia', à Fonética interessa de que forma a consoante /d/ é 
pronunciada: /d/ /i/ /a/ ou /dj/ /i/ /a/. 
• Fonologia 
A Fonologia é o estudo dos Fonemas (os sons) de uma língua. 
Para a Fonologia, o fonema é uma unidade acústica que não é 
dotada de significado. Isso significa que os fonemas são os 
diferentes sons que produzimos para exprimir nossas ideias, 
sentimentos e emoções a partir da junção de unidades distintas. 
Essas unidades, juntas, formam as sílabas e as palavras. 
A palavra 'Fonema' tem origem grega (fono = som + emas = 
unidades distintas) e representa as menores unidades 
sonoras que formam as palavras. As palavras são a unidade 
básica da interação verbal e são criadas pela junção de unidades 
menores: as sílabas e os sons, na fala, ou as sílabas e letras, na 
escrita. 
Os fonemas são classificados 
em vogais, semivogais e consoantes. Essa classificação existe em 
virtude dos diferentes tipos de sons produzidos pela corrente de 
ar que sai dos nossos pulmões e é liberada, com ou sem 
obstáculos, pela boca e/ou pelo nariz. 
 
 
MORFOLOGIA 
A Morfologia trata do estudo da estrutura, da formação e da 
classificação das palavras da Língua Portuguesa. 
A Morfologia é o estudo a respeito 
da estrutura, formação e classificação das palavras. 
Estudar Morfologia significa estudar, isoladamente, as classes 
das palavras; diferentemente da sintaxe, que trata do estudo 
das funções das palavras na oração. 
Podemos dividir o estudo das classes morfológicas da seguinte 
forma: 
1) Processos de estrutura e formação das palavras: 
• Processos de derivação e composição das palavras. 
2) Substantivo 
• Classificação dos substantivos; substantivo e seus 
Coletivos; Formação dos Substantivos; Flexão dos 
Substantivos; Número de Substantivo; Grau do 
Substantivo. 
3) Adjetivo 
• Classificação dos Adjetivos; Adjetivos Pátrios; Locuções 
Adjetivas; Flexão dos Adjetivos. 
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4) Artigo 
• Classificação dos artigos. 
5) Numeral 
• Classificação dos numerais 
6) Pronome 
• Pronomes Pessoais 
• Pronome Oblíquo Átono 
• Pronome Oblíquo Tônico 
• Pronome de Tratamento 
• Pronomes Possessivos 
• Pronomes Demonstrativos 
• Pronomes Indefinidos 
• Pronomes Relativos 
• Pronomes Interrogativos 
7) Verbo 
• Classificação dos Verbos 
• Modos do Verbo 
• Tempos Verbais 
• Vozes do Verbo 
8) Advérbio 
• Classificação dos advérbios 
9) Preposição 
• Classificação das preposições 
10) Conjunção 
• Conjunções Coordenativas 
• Conjunções Subordinativas 
11) Interjeição 
• Locuções interjetivas 
 
 
SEMÂNTICA 
A semântica é o estudo do significado e de fenômenos 
gramaticais relacionados a esse tópico. Qual é a diferença entre 
palavras sinônimas e antônimas ou entre conotação e 
denotação? O que são parônimos? Quando ocorre ambiguidade? 
São essas questões que o estudo da semântica ajuda a entender. 
O que é semântica? 
A semântica é a área da linguística que estuda o significado e a 
sua relação com o significante. O significado está associado ao 
sentido e, portanto, ao conteúdo e ao contexto; o significante 
está associado à forma (de palavras ou de sinais, de grafia ou de 
som). 
https://www.portugues.com.br/gramatica/preposicoes.html
Dentro da semântica, há conceitos relacionando o uso e a 
estrutura do significado dentro de determinados contextos, bem 
como alguns fenômenos gramaticais a respeito do significado 
na língua. Vamos aprender melhor sobre esses conceitos a 
seguir. 
Sinonímia X antonímia 
A sinonímia refere-se a vocabulários diferentes com carga 
semântica (significado) semelhante, podendo ser usados um no 
lugar do outro dependendo do contexto. São os sinônimos. 
• Sinônimo de espaço: ambiente. 
• Sinônimo de carinhoso: afetuoso. 
• Sinônimo de apoiar: sustentar. 
A antonímia, por outro lado, refere-se a vocabulários diferentes 
com carga semântica (significado) com relação 
de oposição/contradição entre si. São os antônimos. 
• Antônimo de bonito: feio. 
• Antônimo de limpo: sujo. 
• Antônimo de bom: mau. 
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Hiponímia X hiperonímia 
Hiponímia e hiperonímia referem-se à relação de significado 
entre palavras. Hiperônimos são palavras com significado mais 
abrangente, que, por vezes, refere-se a uma “categoria” que 
engloba diversos outros termos mais específicos. Esses termos 
são conhecidos como hipônimos, pois têm significado mais 
específico dentro de outro mais abrangente. 
“Minha namorada adora ver esportes na 
televisão: futebol, vôlei, basquete, ela não perde nenhuma 
transmissão!” 
A palavra “esportes” é um hiperônimo por ter significado mais 
abrangente, englobando outros termos hipônimos, como 
“futebol”, “vôlei” e “basquete”. 
Paronímia 
A paronímia refere-se a palavras com significados diferentes, 
mas significantes (estrutura) parecidos. Os parônimos muitas 
vezes geram confusão nos falantes, que trocam o seu uso por 
conta da semelhança escrita e sonora entre essas palavras. Como 
exemplos de parônimos, temos: 
• comprimento e cumprimento, 
• soar e suar, 
• mandado e mandato, 
• cavaleiro ecavalheiro, 
• absolver e absorver, 
• eminente e iminente. 
Polissemia ou homonímia 
A homonímia é a relação entre diferentes palavras (ou 
expressões) que têm significantes iguais (forma igual na escrita, 
no som ou em ambos), mas significados distintos. 
• São (do verbo “ser”); são (santo); são (saudável). 
• Em cima (locução); encima (do verbo “encimar”). 
• Gosto (substantivo sinônimo de “sabor”); gosto (do verbo 
“gostar”). 
A polissemia é a propriedade de um mesmo significante ter mais 
de um significado, que pode ser entendido pelo contexto. 
• Pregar (um sermão); pregar (um botão na camiseta); pregar 
(um prego na parede). 
• Manga (fruta); manga (da camiseta). 
Conotação e denotação 
As palavras e os discursos podem ter sentido conotativo ou 
denotativo. A denotação refere-se ao uso de palavras ou de 
expressões com significado literal, real e dicionarizado. Já a 
conotação, ao contrário, refere-se ao uso dessas palavras ou 
expressões no sentido figurado, podendo 
ser metafórico, irônico ou para passar um significado que vai 
além (ou que é diferente) do literal. 
Uma gota fez o copo transbordar. 
Com sentido denotativo, “gota” tem o significado real de gota de 
algum líquido. No sentido conotativo, “gota” pode representar 
um evento ou uma ação que desencadeou uma série de 
consequências. 
 
Ambiguidade 
A ambiguidade ocorre quando um enunciado tem mais de uma 
interpretação possível devido à sua estrutura, muitas vezes 
gerando problemas de comunicação. Pode também ser usada 
como recurso estilístico para gerar humor ou na licença poética. 
Ele reencontrou a mãe em sua casa. 
A casa era de quem? Do filho ou da mãe? Esse é um exemplo 
comum de ambiguidade. Para saber mais sobre esse fenômeno 
linguístico, leia o texto: 
AMBIGUIDADE 
Na linguística, a ambiguidade ou anfibologia ocorre quando um 
trecho, uma sentença ou uma expressão linguística 
apresentam mais de um entendimento possível, gerando 
problemas de interpretação no enunciado e dificuldades de 
comunicação. A ambiguidade é um problema muito comum e 
presente em diversas construções textuais e orais, estando 
muitas vezes relacionada à escolha do léxico (escolha das 
palavras) e à sintaxe (disposição das palavras) da sentença. 
Ambiguidade como vício de linguagem 
A ambiguidade é vista como um vício de linguagem, isto é, como 
um desvio das normas padrão estabelecidas para a língua 
portuguesa. Embora seja aceitável na linguagem lírica e poética, 
devido à maior liberdade criativa nesse tipo de escrita, a 
ambiguidade é um vício que deve ser evitado em textos 
jornalísticos, acadêmicos e, mesmo, durante a comunicação 
informal enquanto troca de informações objetivas e precisas, já 
que causa problemas na interpretação dessas informações. 
Tipos de ambiguidade 
A língua portuguesa apresenta alguns tipos específicos de 
ambiguidade que ocorrem devido à maneira como o próprio 
idioma estabelece-se. Vamos conhecer esses tipos vendo 
exemplos e maneiras de evitá-los. 
Uso indevido de pronomes possessivos 
Costuma ocorrer quando há mais de um sujeito na sentença e 
qualquer pronome possessivo ou termo que indique posse, não 
ficando claro a qual sujeito se estabelece a relação de posse. 
Exemplo: 
Andréia pediu a Fabiano que pegasse sua mochila na sala. 
A mochila era de Andréia ou de Fabiano? Para evitar esse tipo de 
ambiguidade, evite usar o pronome seu ou sua nesses casos e 
use dele ou dela: 
Andréia pediu a Fabiano que pegasse a mochila dele/dela na 
sala. 
Colocação inadequada de palavras 
Ocorre quando a sintaxe da frase prejudica o entendimento. 
Exemplo: 
O garoto mal-humorado resmungou durante a prova. 
O garoto é sempre mal-humorado ou estava mal-humorado 
apenas durante a prova? A posição em que se coloca o 
termo mal-humorado pode definir isso, além de outras 
construções dando maiores detalhes sobre o garoto (nesse caso, 
deixaremos o termo explicativo entre vírgulas): 
• Mal-humorado, o garoto resmungou durante a prova. 
• O garoto, sempre mal-humorado, resmungou durante a prova. 
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Uso de forma indistinta entre o pronome relativo e a conjunção 
integrante 
Ocorre quando há uso indistinto de um termo que pode servir 
como pronome relativo (aquele que retoma um antecedente, 
representando-o no início de uma oração) ou como conjunção 
integrante (aquela que introduz orações substantivas) 
dependendo de onde ele é encaixado na frase. Exemplo: 
A mãe avisou à filha que estava terminando o serviço. 
Quem terminava o serviço: a mãe ou a filha? Novamente, é 
possível solucionar esse problema mudando a posição das 
orações. 
• À filha, a mãe avisou que estava terminando o serviço. 
• A mãe avisou à filha, que estava terminando o serviço. 
Uso indevido de formas nominais 
Ocorre quando a ambiguidade aparece em contextos de uso de 
verbos na forma nominal (gerúndio, particípio ou infinitivo). 
Exemplo: 
A garota viu o vizinho correndo. 
Quem estava correndo: a garota ou o vizinho? Mudando a 
posição das orações, temos o seguinte: 
▪ Correndo, a garota viu o vizinho. 
▪ A garota viu o vizinho, que estava correndo. 
Ambiguidade e polissemia 
A polissemia diz respeito às palavras que apresentam mais de 
um significado, variando de acordo com o contexto. Assim, o 
gramático Evanildo Bechara define que a polissemia é um fato da 
língua, isto é, ela é uma ocorrência natural do nosso idioma. 
Embora possam estar relacionadas, a polissemia não deve ser 
confundida com a ambiguidade. 
A palavra “pregar” pode corresponder a “pregar um sermão”, 
“pregar um prego” ou “preguear um tecido”. A palavra isolada 
pode gerar dúvidas quanto ao seu verdadeiro significado, porém, 
quando aplicada na sentença, o contexto não deixará dúvidas e 
o falante do idioma poderá identificar o que se quis dizer. 
A palavra “ponto” é outro bom exemplo, podendo tratar-se de 
um ponto no espaço (em geometria), do ponto final que é um 
sinal de pontuação (em gramática), do ponto que é auxiliar de 
atores (no teatro) ou de um ponto de ônibus ou de táxi. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figuras de linguagem: resumo e exemplos 
Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de estilo, 
são recursos estilísticos usados para dar maior ênfase à 
comunicação e torná-la mais bonita. 
Dependendo da sua função, elas são classificadas em: 
• Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao 
significado das palavras. Exemplos: metáfora, comparação, 
metonímia, catacrese, sinestesia e perífrase. 
• Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de 
ideias e pensamentos. Exemplos: hipérbole, eufemismo, 
litote, ironia, personificação, antítese, paradoxo, gradação 
e apóstrofe. 
• Figuras de sintaxe ou construção: interferem na estrutura 
gramatical da frase. Exemplos: elipse, zeugma, hipérbato, 
polissíndeto, assíndeto, anacoluto, pleonasmo, silepse e 
anáfora. 
• Figuras de som ou harmonia: estão associadas à 
sonoridade das palavras. Exemplos: aliteração, 
paronomásia, assonância e onomatopeia. 
Figuras de palavras 
As figuras de palavras são usadas para tornar os textos mais 
bonitos ou expressivos através da utilização das palavras e dos 
seus significados. 
Metáfora 
A metáfora representa uma comparação de palavras com 
significados diferentes e cujo conectivo de comparação (como, 
tal qual) fica subentendido na frase. 
Exemplos: 
A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que 
voa.) 
 
Na tirinha acima, "uma caravana de rosas vagando num deserto 
inefável" é uma metáfora do amor. 
Comparação 
Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, 
neste caso são utilizados conectivos de comparação (como, 
assim, tal qual). 
Exemplos: 
Seus olhos são como jabuticabas. 
 
Na tirinha acima, o amor é comparado a uma flor e a um motor. 
Neste caso foi utilizado o conectivo "como": "o amor é como 
uma flor"e "o amor é como o motor do carro". 
Metonímia 
A metonímia é a transposição de significados considerando parte 
pelo todo, autor pela obra. 
Exemplos: 
Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras 
de Shakespeare.) 
 
Na tirinha acima, uma parte (cabeças de gado) tem o significado 
do todo (boi). 
Catacrese 
A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por 
não existir outra mais específica. 
Exemplo: 
Embarcou há pouco no avião. (Embarcar é colocar-se a bordo de 
um barco, mas como não há um termo específico para o avião, 
embarcar é o utilizado.) 
 
Na charge acima, ocorre a catacrese, porque foi usada a 
expressão "bala perdida" por não haver outra mais específica. 
Sinestesia 
A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos 
de sentidos diferentes. 
Exemplos: 
Com aqueles olhos frios, disse que não gostava mais da 
namorada. (A frieza está associada ao tato e não à visão.) 
 
Na tirinha acima, a expressão "olhar frio" é um exemplo de 
sinestesia. 
Perífrase 
A perífrase, também chamada de antonomásia, é a substituição 
de uma ou mais palavras por outra que a identifique. 
Exemplos: 
O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 
quilômetros. (O rugido do leão é ouvido a uma distância de 8 
quilômetros.) 
 
Na charge acima, foi usada a perífrase, uma vez que "Terra da 
Garoa" é uma forma de identificar a "cidade de São Paulo". 
Figuras de pensamento 
As figuras de pensamento são usadas para tornar os textos mais 
bonitos ou expressivos através da utilização de ideias e 
pensamentos. 
Hipérbole 
A hipérbole corresponde ao exagero de uma ideia feito de 
maneira intencional. 
Exemplos: 
Quase morri de estudar. 
 
Na tirinha acima, a expressão "morrendo de inveja" é uma 
hipérbole. 
Eufemismo 
O eufemismo é utilizado para suavizar o discurso. 
Exemplos: 
Entregou a alma a Deus. (Nesta frase está sendo informada a 
morte de alguém.) 
 
Na charge acima, "produtora de biografias orais não autorizadas" 
foi uma forma delicada de dizer que a mulher é, na verdade, uma 
fofoqueira. 
Litote 
O litote representa uma forma de suavizar uma ideia. Neste 
sentido, assemelha-se ao eufemismo, bem como é a oposição da 
hipérbole. 
Exemplos: 
— Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe. 
(Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias 
não serem más, também não são boas.) 
 
Na tirinha acima, nota-se o uso do litote por meio da expressão 
"acho que você deveria aperfeiçoar essa técnica". 
Ironia 
A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma. 
Exemplos: 
É tão inteligente que não acerta nada. 
 
Nota-se o uso da ironia na charge acima. O personagem está 
zangado com alguém, a quem ele chama de "inteligente" de 
maneira irônica. 
Personificação 
A personificação ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e 
sentimentos humanos a objetos ou aos seres irracionais. 
Exemplos: 
O jardim olhava as crianças sem dizer nada. 
 
A personificação é expressa na última parte do quadrinho, onde 
o Zé Lelé afirma que o espelho está lhe olhando. Assim, utilizou-
se uma característica dos seres vivos (olhar) em um ser 
inanimado (o espelho). 
Antítese 
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos. 
Exemplos: 
Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz. 
 
Na tirinha acima, há várias antíteses, ou seja, termos que têm 
sentidos opostos: positivo, negativo; mal, bem; paz e guerra. 
Paradoxo 
O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos 
opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese). 
Exemplos: 
Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom. (Como é possível 
alguém estar cego e ver?) 
 
Na tirinha acima, as ideias com sentidos opostos (certeza e 
relativa) é um exemplo de paradoxo. 
Gradação 
A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma 
crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax). 
Exemplos: 
Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de 
total nervosismo. (Neste exemplo, acompanhamos a progressão 
da tranquilidade até o nervosismo.) 
 
Na tirinha acima, o personagem foi explicando de forma 
crescente como foi trazida pela cegonha (decolou; fizemos uma 
escala; trocaram uma pena; finalmente ela me deixou aqui). 
Apóstrofe 
A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase. 
Exemplos: 
Ó céus, é preciso chover mais? 
 
Na tirinha acima, notamos a ênfase no segundo quadrinho: "Ai 
meu Deus!!! Ele vai me matar! O que faço!? É o fim!" 
Figuras de sintaxe 
As figuras de sintaxe são usadas para tornar os textos mais 
bonitos ou expressivos através da construção gramatical das 
frases e orações. 
Elipse 
A elipse é a omissão de uma palavra que se identifica de forma 
fácil. 
Exemplos: 
Tomara você me entenda. (Tomara que você me entenda.) 
 
Na segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da elipse: 
"depois (ele começou) a comer sanduíches entre as refeições...". 
Zeugma 
A zeugma é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido 
usada antes. 
Exemplos: 
Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a 
conclusão.) 
 
A zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos quadrinhos: 
"(você é) um descongestionante nasal para o meu nariz"; (você 
é) um antiácido para meu estômago!". 
Hipérbato 
O hipérbato é a alteração da ordem direta da oração. 
Exemplos: 
São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como 
uns anjos.) 
 
A charge acima é um exemplo de hipérbato, porque se tivesse 
sido escrito na ordem direta, o nosso hino começaria assim: "As 
margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de 
um povo heroico". 
Polissíndeto 
O polissíndeto é o uso repetido de conectivos (e, ou, nem). 
Exemplos: 
As crianças falavam e cantavam e riam felizes. 
 
A charge acima é um exemplo de polissíndeto, porque o 
conectivo "se for" está sendo repetido muitas vezes ("se for 
eleitor", "se for deputado", "se for assessor). 
Assíndeto 
O assíndeto representa a omissão de conectivos, sendo o 
contrário do polissíndeto. 
Exemplos: 
Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios. 
 
Anacoluto 
O anacoluto é a mudança repentina na estrutura da frase. 
Exemplos: 
Eu, parece que estou ficando zonzo. (A estrutura normal da frase 
é: Parece que eu estou ficando zonzo.) 
Magali, comer é o que ela mais gosta de fazer. (A estrutura 
normal da frase é: O que a Magali mais gosta de fazer é comer.) 
 
Pleonasmo 
Pleonasmo é a repetição da palavra ou da ideia contida nela para 
intensificar o significado. 
Exemplos: 
A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está 
errado.) 
 
Na tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma vez 
que o verbo "sair" já significa "para fora". 
Silepse 
A silepse é a concordância com a ideia que se pretende 
transmitir, e não com o que está implícito. Ela é classificada em: 
silepse de gênero, de número e de pessoa. 
Exemplos: 
Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: 
Vivemos na bonita e agitada cidade de São Paulo.) 
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. 
(silepse de número: A maioria dos clientes ficou insatisfeita com 
o produto.) 
Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso 
concordância conosco, em vez de eles: Todos terminaram os 
exercícios.) 
 
Na tirinha acima, há silepse de pessoa em "mais da metade da 
população mundial somos crianças" e "as crianças, vamos ter o 
mundo nas mãos". 
Anáfora 
A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras de forma 
regular. 
Exemplos: 
Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se 
você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para você. 
 
A charge acima é um exemplo de anáfora, porque há várias 
repetições do termo "falta". 
Figuras de som 
As figuras de som são usadas para tornar os textos mais bonitos 
ou expressivos através da sonoridade das palavras.Aliteração 
A aliteração é a repetição de sons consonantais. 
Exemplos: 
"Chove chuva. 
Chove sem parar". (Jorge Ben Jor) 
 
Na tirinha acima, ocorre aliteração, porque a letra "r" é repetida 
muitas vezes em "O rato roeu a roupa do rei de Roma." 
Paronomásia 
Paronomásia é a repetição de palavras cujos sons são parecidos. 
Exemplos: 
O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = 
homem que anda a cavalo, cavalheiro = homem gentil) 
 
A charge acima contém paronomásia, porque foram usados 
termos que possuem sons parecidos: "grama" e "grana". 
Assonância 
A assonância é a repetição de sons vocálicos. 
Exemplos: 
"O que o vago e incógnito desejo 
de ser eu mesmo de meu ser me dei." (Fernando Pessoa) 
 
Na tirinha acima, o uso da assonância é expresso pela repetição 
das vogais "a" em: "massa", "salga", "amassa". 
Onomatopeia 
Onomatopeia é a inserção de palavras no discurso que imitam 
sons. 
Exemplos: 
Não aguento o tic-tac desse relógio. 
 
No primeiro e último quadrinho temos o uso da onomatopeia 
com "Bum, Bum, Bum" e "Buááá...; Buááá...". O primeiro 
expressa o som do tambor, e o segundo, o choro do Cebolinha. 
Resumo das figuras de linguagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTILÍSTICA 
A Estilística é parte dos estudos gramaticais que se dedica à 
expressividade da linguagem, diferindo erros e traços estilísticos. 
A Estilística está 
relacionada com a função expressiva, que pretende conferir 
emoção ao discurso através de recursos como as figuras de 
linguagem 
A Estilística é a parte dos estudos da linguagem que, como o 
próprio nome denota, preocupa-se com o estilo. Nela, a 
linguagem pode ser utilizada para fins estéticos, conferindo à 
palavra dados emotivos. 
A linguagem afetiva é representada por esse importante recurso, 
no qual podemos observar os processos de manipulação da 
linguagem utilizados para extrapolar a mera função de informar. 
Na Estilística há um interessante contraste entre o emocional e o 
intelectivo, estabelecendo uma relação de complementaridade 
entre seu estudo e o estudo da Gramática, que aborda a 
linguagem de uma maneira mais normativa e sistematizada. 
Muitas pessoas ainda associam o estilo a uma ideia de 
deformação da norma linguística, o que não é necessariamente 
uma verdade, visto que existe uma grande diferença entre traço 
estilístico e erro gramatical. O traço estilístico acontece quando 
há uma intenção estético-expressiva que justifique o desvio da 
norma gramatical. Já o erro gramatical não apresenta uma 
intenção estética, pois configura-se apenas como um 
desconhecimento das regras. 
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Existem, pois, os seguintes campos da Estilística: 
⇒ Estilística fônica; 
⇒ Estilística morfológica; 
⇒ Estilística sintática; 
⇒ Estilística semântica. 
Para auxiliar na organização das palavras, tanto na linguagem 
escrita como na linguagem oral, a Estilística ocupa-se do estudo 
dos elementos expressivos, abarcando assim a conceitualização e 
os diversos usos das figuras, vícios e funções de linguagem. A 
partir da leitura de nossos artigos, você poderá entender quão 
importante é a Estilística, um recurso amplamente utilizado em 
diversos gêneros, especialmente na linguagem poética e na 
linguagem publicitária. Bons estudos! 
 
	GRAMÁTICA

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