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<p>Apostila</p><p>SEED-PR</p><p>Secretário de Estado da Educação do Paraná</p><p>Conteúdo</p><p>+</p><p>Questões</p><p>Apostila elaborada conforme</p><p>edital 2024</p><p>versão 01 - 30/07/2024</p><p>Personalizada</p><p>e Humanizada</p><p>Conhecimentos Gerais</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente</p><p>Conhecimentos Didático</p><p>Conhecimentos Específicos</p><p>Pedagogo</p><p>Apresentação</p><p>Fazer parte do serviço público é o objetivo de muitas pessoas.</p><p>Nesse sentido, esta apostila reúne os conteúdos cobrado no edital de abertura do concurso.</p><p>A Tutoria tem o cuidado de selecionar as informações do conteúdo programático das</p><p>disciplinas abordadas. Toda essa disposição de assuntos foi pensada para auxiliar em uma</p><p>melhor compreensão e fixação do conteúdo de forma clara e eficaz.</p><p>A apostila que você tem em mãos é resultado da experiência e da competência da Tutoria,</p><p>que conta com especialistas em cada uma das disciplinas.</p><p>Ressaltamos a importância de fazer uma preparação focada e organizada para obter o</p><p>desempenho desejado. A apostila da Tutoria será o diferencial para o seu sucesso e na</p><p>realização do seu sonho.</p><p>Importante</p><p>O conteúdo desta apostila tem por objetivo atender às exigências do edital. Assim, recomendamos ampliar seus</p><p>conhecimentos em livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios, para sua melhor preparação.</p><p>Atualizações legislativas poderão ser encontradas nos sites governamentais.</p><p>A presente apostila não está vinculada à instituição pública e à empresa organizadora do concurso público a que</p><p>se destina, a sua aquisição não inclui a inscrição do candidato no concurso público e também não garante a sua</p><p>aprovação no concurso público.</p><p>Proteção de direitos</p><p>Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução</p><p>de qualquer parte deste material didático, sem autorização prévia expressa por escrito pela Tutoria.</p><p>Personalizada e Humanizada</p><p>34 9897-5262</p><p>tuttuttuttutororororia_eadia_eadia_eadia_ead</p><p>Como montar um cronograma</p><p>de estudos para concurso</p><p>Todo estudante sabe que o sucesso começa bem antes da prova e, sendo assim, é preciso ter um cronogra-</p><p>ma de estudos para ajudar a manter o foco, organização e rendimento. Confira as dicas.</p><p>Prestar um concurso exige muita dedicação, foco e tempo de estudos. Para conseguir ser bem-sucedido na caminha-</p><p>da, é preciso criar um cronograma de estudos para concurso eficaz que se encaixe na sua rotina e nos compromissos</p><p>que você tem.</p><p>Montar um plano vai te ajudar a se concentrar melhor nos seus afazeres e pode te deixar motivado para cumprir seu</p><p>objetivo de passar num concurso público.</p><p>Entender a rotina</p><p>O primeiro passo para montar um cronograma de estudos para concurso é compreender a sua rotina. É preciso</p><p>entender como você gasta as horas dos seus dias, quais atividades tomam mais tempo, quais são indispensáveis e</p><p>quando você realiza cada uma. Então, é hora do papel e caneta: anote!</p><p>Escreva detalhadamente o que você faz em cada dia da semana:</p><p>• Quando acorda;</p><p>• Horário de trabalho;</p><p>• Seus intervalos;</p><p>• Todas as refeições.</p><p>Definir horas de estudo</p><p>Agora que você já consegue ver sua rotina detalhada, calcule quantas horas você tem de sobra em cada dia.</p><p>Vale também calcular o tempo que pode ser retirado de atividades não tão importantes. Por exemplo, 15 minutos da</p><p>hora do almoço para estudar, mesmo que pareça pouco tempo, pode ser aproveitado com a técnica correta.</p><p>Outra dica é utilizar algum tempo à noite, talvez após o jantar para estudar mais. Mas faça isso apenas se você achar</p><p>que é possível! Dormir bem é imprescindível para manter o cérebro aguçado.</p><p>Existe uma técnica que consiste em focar 25 minutos seguidos em uma única atividade e tirar um intervalo de 5 a 15</p><p>minutos até a próxima tarefa. Se você conseguir deixar isso definido, seu cronograma de estudos para concurso ficará</p><p>ainda melhor. No entanto, é necessário lembrar que eventualmente acontecerão imprevistos e seus horários precisa-</p><p>rão ser reorganizados.</p><p>Definir o que estudar</p><p>Você já definiu os horários que terá para estudar, mas o que exatamente você pretende estudar? Para definir isso, é</p><p>preciso saber qual concurso você quer prestar. Coloque o nome da seleção como título da planilha.</p><p>Existem alguns fatores que precisam ser analisados na hora de priorizar disciplinas:</p><p>• Disciplinas que tem maior peso;</p><p>• Matérias que você tem mais dificuldade;</p><p>• Assuntos que você tem menos conhecimento;</p><p>• Recorrência dos temas.</p><p>Montar o cronograma de estudos para concurso</p><p>Com as disciplinas listadas por nível de prioridade e sabendo quanto tempo terá para estudar, você já pode montar</p><p>seu plano diário. Para isso, use um planner ou crie uma planilha no computador. Se o concurso já está marcado,</p><p>veja quanto tempo você tem até a data das provas. Novamente: você vai dividir cada disciplina, dessa vez com hora</p><p>marcada:</p><p>• Começo dos estudos;</p><p>• Intervalos;</p><p>• Hora de revisar;</p><p>• Fechar os cadernos.</p><p>Ter comprometimento e regularidade</p><p>Independentemente de como foi montado seu cronograma de estudos, é necessário ter comprometimento e regulari-</p><p>dade. Estudar todos os dias e intercalar as disciplinas sempre relembrando o que já foi estudado fazem parte de uma</p><p>metodologia eficaz. São pontos importantes:</p><p>• Não ficar muito tempo sem estudar determinada disciplina;</p><p>• Colocar mais tempo às disciplinas que tem mais dificuldade;</p><p>• Priorizar também as matérias de maior peso ou que se repetem nas provas;</p><p>• Revisar conteúdo de outro dia para não cair no esquecimento.</p><p>Conhecer técnicas de estudo</p><p>Existem algumas técnicas que você pode adotar no seu cronograma de estudo para aproveitar melhor o seu tempo,</p><p>como a criação de resumos e mapas mentais. Na primeira, você anota os pontos importantes que você compreendeu</p><p>sobre o assunto. A segunda técnica é quase como um resumo, mas ela é ainda mais simplificada: selecione a ideia</p><p>principal/geral e, a partir dela, puxe ramificações para assuntos mais específicos. Você pode também:</p><p>• Fazer marcações em textos: isso ajuda nos resumos e mapas mentais, bem como na revisão;</p><p>• Intercalar os estudos: num período de quatro horas, você estuda 45 minutos acerca de uma disciplina. Então, faz um</p><p>intervalo de 15 minutos e depois estuda mais 45 minutos de outra disciplina;</p><p>• Responder questões de provas anteriores e simulados: coloque seus conhecimentos em prática e veja o quanto você</p><p>consegue acertar.</p><p>Na questão de distribuição de tempo, uma técnica bacana é a de ciclo. Ela funciona da seguinte maneira: vamos</p><p>supor que você tenha 20 horas semanais disponíveis para estudar. Distribua este tempo de acordo com a prioridade</p><p>das disciplinas e siga seu cronograma normalmente. Caso algum imprevisto aconteça, como precisar ir ao médico, e</p><p>isso atrapalhar seu momento de estudo, na próxima oportunidade que tiver para estudar siga de onde você parou.</p><p>Não fique fixo ao sistema de escola: hoje é português, amanhã é matemática e toda sexta é Direito Administrativo.</p><p>Esse formato pode prejudicar seus estudos, porque se você simplesmente deixar de estudar uma disciplina na sema-</p><p>na, na próxima vez ficará atrasado. Já na técnica de ciclo, você pode se recuperar o conteúdo e flexibilizar o cronogra-</p><p>ma de estudos para concursos públicos.</p><p>Com o tempo, você vai ganhar confiança e internalizará os conteúdos mais rápido. Sendo assim, poderá acrescentar</p><p>outras disciplinas complementares ao seu calendário de estudos, bem como fazer outros ajustes possíveis e neces-</p><p>sários.</p><p>Cuidar com o físico e o psicológico</p><p>Estudar para concurso em pouco tempo pode ser um pouco complicado e talvez você até pense em usar seu tempo</p><p>de lazer para se focar. Bom, você pode até diminuir esse tempo e utilizar um pouco dele para estudar, mas não redu-</p><p>za seus momentos de prazer a zero. Seu corpo e seu cérebro precisam de descanso para conseguir assimilar tudo</p><p>que você estudou.</p><p>Você também pode assistir a um filme, ver uma série, ligar para um amigo, testar uma receita nova. Qualquer coisa</p><p>que te dê prazer e relaxe a mente.</p><p>C</p><p>ro</p><p>n</p><p>o</p><p>g</p><p>ra</p><p>m</p><p>a</p><p>d</p><p>e</p><p>es</p><p>tu</p><p>d</p><p>o</p><p>s</p><p>H</p><p>o</p><p>rá</p><p>ri</p><p>o</p><p>S</p><p>eg</p><p>u</p><p>– Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e</p><p>apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e cumprimento</p><p>(saudação).</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM.</p><p>As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para</p><p>valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re-</p><p>curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências</p><p>comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor-</p><p>nando-o poético.</p><p>As figuras de linguagem classificam-se em</p><p>– figuras de palavra;</p><p>– figuras de pensamento;</p><p>– figuras de construção ou sintaxe.</p><p>Figuras de palavra</p><p>Emprego de um termo com sentido diferente daquele conven-</p><p>cionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais ex-</p><p>pressivo na comunicação.</p><p>Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co-</p><p>nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente</p><p>vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.</p><p>Exemplos</p><p>...a vida é cigana</p><p>É caravana</p><p>É pedra de gelo ao sol.</p><p>(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença)</p><p>Encarnado e azul são as cores do meu desejo.</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Comparação: aproxima dois elementos que se identificam,</p><p>ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal</p><p>como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com-</p><p>paração: parecer, assemelhar-se e outros.</p><p>Exemplo</p><p>Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando</p><p>você entrou em mim como um sol no quintal.</p><p>(Belchior)</p><p>Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o</p><p>qual não existe uma designação apropriada.</p><p>Exemplos</p><p>– folha de papel</p><p>– braço de poltrona</p><p>– céu da boca</p><p>– pé da montanha</p><p>Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen-</p><p>tidos físicos.</p><p>Exemplo</p><p>Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva)</p><p>mecânica.</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste-</p><p>sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen-</p><p>ça gelada”.</p><p>Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade,</p><p>atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o.</p><p>Exemplos</p><p>O filósofo de Genebra (= Calvino).</p><p>O águia de Haia (= Rui Barbosa).</p><p>Língua Portuguesa</p><p>7</p><p>15</p><p>Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que</p><p>a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.</p><p>Exemplos</p><p>Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)</p><p>Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)</p><p>Tomei um Danone. (iogurte)</p><p>Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné-</p><p>doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural.</p><p>Exemplo</p><p>A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro</p><p>sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo</p><p>plural)</p><p>(José Cândido de Carvalho)</p><p>Figuras Sonoras</p><p>Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral-</p><p>mente em posição inicial da palavra.</p><p>Exemplo</p><p>Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve-</p><p>ladas.</p><p>(Cruz e Sousa)</p><p>Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um</p><p>verso ou poesia.</p><p>Exemplo</p><p>Sou Ana, da cama,</p><p>da cana, fulana, bacana</p><p>Sou Ana de Amsterdam.</p><p>(Chico Buarque)</p><p>Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou</p><p>na prosódia, mas diferentes no sentido.</p><p>Exemplo</p><p>Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu</p><p>[erro</p><p>quero que você ganhe que</p><p>[você me apanhe</p><p>sou o seu bezerro gritando</p><p>[mamãe.</p><p>(Caetano Veloso)</p><p>Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro-</p><p>duzido por seres animados e inanimados.</p><p>Exemplo</p><p>Vai o ouvido apurado</p><p>na trama do rumor suas nervuras</p><p>inseto múltiplo reunido</p><p>para compor o zanzineio surdo</p><p>circular opressivo</p><p>zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor</p><p>da noite em branco</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Observação: verbos que exprimem os sons são considerados</p><p>onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc.</p><p>Figuras de sintaxe ou de construção</p><p>Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os</p><p>termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.</p><p>Podem ser formadas por:</p><p>omissão: assíndeto, elipse e zeugma;</p><p>repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;</p><p>inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;</p><p>ruptura: anacoluto;</p><p>concordância ideológica: silepse.</p><p>Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período,</p><p>frase ou verso.</p><p>Exemplo</p><p>Dentro do tempo o universo</p><p>[na imensidão.</p><p>Dentro do sol o calor peculiar</p><p>[do verão.</p><p>Dentro da vida uma vida me</p><p>[conta uma estória que fala</p><p>[de mim.</p><p>Dentro de nós os mistérios</p><p>[do espaço sem fim!</p><p>(Toquinho/Mutinho)</p><p>Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam</p><p>vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por</p><p>vírgulas.</p><p>Exemplo</p><p>Não nos movemos, as mãos é</p><p>que se estenderam pouco a</p><p>pouco, todas quatro, pegando-se,</p><p>apertando-se, fundindo-se.</p><p>(Machado de Assis)</p><p>Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde-</p><p>nativa mais vezes do que exige a norma gramatical.</p><p>Exemplo</p><p>Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem</p><p>tuge, nem muge.</p><p>(Rubem Braga)</p><p>Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter-</p><p>mo já expresso.</p><p>Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres-</p><p>são, dando ênfase à mensagem.</p><p>Exemplos</p><p>Não os venci. Venceram-me</p><p>eles a mim.</p><p>(Rui Barbosa)</p><p>1616</p><p>Morrerás morte vil na mão de um forte.</p><p>(Gonçalves Dias)</p><p>Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia-</p><p>na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.</p><p>Exemplos</p><p>Ouvir com os ouvidos.</p><p>Rolar escadas abaixo.</p><p>Colaborar juntos.</p><p>Hemorragia de sangue.</p><p>Repetir de novo.</p><p>Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben-</p><p>tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-</p><p>junções, preposições e verbos.</p><p>Exemplos</p><p>Compareci ao Congresso. (eu)</p><p>Espero venhas logo. (eu, que, tu)</p><p>Ele dormiu duas horas. (durante)</p><p>No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)</p><p>(Camões)</p><p>Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior-</p><p>mente.</p><p>Exemplos</p><p>Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.</p><p>(Camilo Castelo Branco)</p><p>Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.</p><p>(Machado de Assis)</p><p>Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen-</p><p>tos na frase.</p><p>Exemplos</p><p>Passeiam, à tarde, as belas na avenida.</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Paciência tenho eu tido...</p><p>(Antônio Nobre)</p><p>Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a</p><p>frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do</p><p>período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem</p><p>função sintática definida.</p><p>Exemplos</p><p>E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.</p><p>(Manuel Bandeira)</p><p>Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-</p><p>tassem as mãos.</p><p>(José Lins do Rego)</p><p>Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que</p><p>pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).</p><p>Exemplo</p><p>...em cada olho um grito castanho de ódio.</p><p>(Dalton Trevisan)</p><p>...em cada olho castanho um grito de ódio)</p><p>Silepse</p><p>Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo</p><p>ou pronome com a pessoa a que se refere.</p><p>Exemplos</p><p>Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...</p><p>(Rachel de Queiroz)</p><p>V. Ex.a parece magoado...</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com</p><p>o sujeito da oração.</p><p>Exemplos</p><p>Os dois ora estais reunidos...</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.</p><p>(Machado de Assis)</p><p>Silepse de número: Não há concordância do número verbal</p><p>com o sujeito da oração.</p><p>Exemplo</p><p>Corria gente de todos os lados, e gritavam.</p><p>(Mário Barreto)</p><p>FONÉTICA, FONOLOGIA</p><p>— Definições Gerais</p><p>Fonética e Fonologia são ramos que integram a primeira parte</p><p>dos estudos da Gramática Descritiva e se dedicam ao estudo das</p><p>características e dos fenômenos físicos, fisiológicos e fônicos da</p><p>língua. Seus objetivos são a investigação e a classificação dos dos</p><p>sons da fala, que nada mais são do que os componentes mínimos da</p><p>linguagem articulada. A fonética concentra-se nos sons da fala em</p><p>sua realização efetiva, enquanto a fonologia volta-se para o sistema</p><p>de fonemas. Por seus objetos de estudo estarem estritamente</p><p>vinculados, essas áreas são compreendidas como complementares.</p><p>Fonética</p><p>Analisa as propriedades fisiológicas e acústicas dos sons reais</p><p>dos atos de fala, abrangendo a produção desses sons, bem como</p><p>suas articulações e variações. Em outros termos, procura investigar</p><p>a realização concreta dos sons das palavras.</p><p>Os sons e a formação das palavras: sempre que alguém profere</p><p>uma fala, sons são produzidos pela corrente de ar que é liberada dos</p><p>pulmões; esses sons associam-se para constituir palavras. Nesse</p><p>processo, o sentido das palavras pode ser modificado se houver</p><p>alguma alteração na geração do som.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>8</p><p>15</p><p>Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que</p><p>a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.</p><p>Exemplos</p><p>Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)</p><p>Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)</p><p>Tomei um Danone. (iogurte)</p><p>Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné-</p><p>doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural.</p><p>Exemplo</p><p>A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro</p><p>sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo</p><p>plural)</p><p>(José Cândido de Carvalho)</p><p>Figuras Sonoras</p><p>Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral-</p><p>mente em posição inicial da palavra.</p><p>Exemplo</p><p>Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve-</p><p>ladas.</p><p>(Cruz e Sousa)</p><p>Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um</p><p>verso ou poesia.</p><p>Exemplo</p><p>Sou Ana, da cama,</p><p>da cana, fulana, bacana</p><p>Sou Ana de Amsterdam.</p><p>(Chico Buarque)</p><p>Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou</p><p>na prosódia, mas diferentes no sentido.</p><p>Exemplo</p><p>Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu</p><p>[erro</p><p>quero que você ganhe que</p><p>[você me apanhe</p><p>sou o seu bezerro gritando</p><p>[mamãe.</p><p>(Caetano Veloso)</p><p>Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro-</p><p>duzido por seres animados e inanimados.</p><p>Exemplo</p><p>Vai o ouvido apurado</p><p>na trama do rumor suas nervuras</p><p>inseto múltiplo reunido</p><p>para compor o zanzineio surdo</p><p>circular opressivo</p><p>zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor</p><p>da noite em branco</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Observação: verbos que exprimem os sons são considerados</p><p>onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc.</p><p>Figuras de sintaxe ou de construção</p><p>Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os</p><p>termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.</p><p>Podem ser formadas por:</p><p>omissão: assíndeto, elipse e zeugma;</p><p>repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;</p><p>inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;</p><p>ruptura: anacoluto;</p><p>concordância ideológica: silepse.</p><p>Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período,</p><p>frase ou verso.</p><p>Exemplo</p><p>Dentro do tempo o universo</p><p>[na imensidão.</p><p>Dentro do sol o calor peculiar</p><p>[do verão.</p><p>Dentro da vida uma vida me</p><p>[conta uma estória que fala</p><p>[de mim.</p><p>Dentro de nós os mistérios</p><p>[do espaço sem fim!</p><p>(Toquinho/Mutinho)</p><p>Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam</p><p>vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por</p><p>vírgulas.</p><p>Exemplo</p><p>Não nos movemos, as mãos é</p><p>que se estenderam pouco a</p><p>pouco, todas quatro, pegando-se,</p><p>apertando-se, fundindo-se.</p><p>(Machado de Assis)</p><p>Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde-</p><p>nativa mais vezes do que exige a norma gramatical.</p><p>Exemplo</p><p>Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem</p><p>tuge, nem muge.</p><p>(Rubem Braga)</p><p>Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter-</p><p>mo já expresso.</p><p>Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres-</p><p>são, dando ênfase à mensagem.</p><p>Exemplos</p><p>Não os venci. Venceram-me</p><p>eles a mim.</p><p>(Rui Barbosa)</p><p>1616</p><p>Morrerás morte vil na mão de um forte.</p><p>(Gonçalves Dias)</p><p>Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia-</p><p>na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.</p><p>Exemplos</p><p>Ouvir com os ouvidos.</p><p>Rolar escadas abaixo.</p><p>Colaborar juntos.</p><p>Hemorragia de sangue.</p><p>Repetir de novo.</p><p>Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben-</p><p>tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-</p><p>junções, preposições e verbos.</p><p>Exemplos</p><p>Compareci ao Congresso. (eu)</p><p>Espero venhas logo. (eu, que, tu)</p><p>Ele dormiu duas horas. (durante)</p><p>No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)</p><p>(Camões)</p><p>Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior-</p><p>mente.</p><p>Exemplos</p><p>Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.</p><p>(Camilo Castelo Branco)</p><p>Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.</p><p>(Machado de Assis)</p><p>Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen-</p><p>tos na frase.</p><p>Exemplos</p><p>Passeiam, à tarde, as belas na avenida.</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Paciência tenho eu tido...</p><p>(Antônio Nobre)</p><p>Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a</p><p>frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do</p><p>período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem</p><p>função sintática definida.</p><p>Exemplos</p><p>E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.</p><p>(Manuel Bandeira)</p><p>Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-</p><p>tassem as mãos.</p><p>(José Lins do Rego)</p><p>Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que</p><p>pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).</p><p>Exemplo</p><p>...em cada olho um grito castanho de ódio.</p><p>(Dalton Trevisan)</p><p>...em cada olho castanho um grito de ódio)</p><p>Silepse</p><p>Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo</p><p>ou pronome com a pessoa a que se refere.</p><p>Exemplos</p><p>Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...</p><p>(Rachel de Queiroz)</p><p>V. Ex.a parece magoado...</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com</p><p>o sujeito da oração.</p><p>Exemplos</p><p>Os dois ora estais reunidos...</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.</p><p>(Machado de Assis)</p><p>Silepse de número: Não há concordância do número verbal</p><p>com o sujeito da oração.</p><p>Exemplo</p><p>Corria gente de todos os lados, e gritavam.</p><p>(Mário Barreto)</p><p>FONÉTICA, FONOLOGIA</p><p>— Definições Gerais</p><p>Fonética e Fonologia são ramos que integram a primeira parte</p><p>dos estudos da Gramática Descritiva e se dedicam ao estudo das</p><p>características e dos fenômenos físicos, fisiológicos e fônicos da</p><p>língua. Seus objetivos são a investigação e a classificação dos dos</p><p>sons da fala, que nada mais são do que os componentes mínimos da</p><p>linguagem articulada. A fonética concentra-se nos sons da fala em</p><p>sua realização efetiva, enquanto a fonologia volta-se para o sistema</p><p>de fonemas. Por seus objetos de estudo estarem estritamente</p><p>vinculados, essas áreas são compreendidas como complementares.</p><p>Fonética</p><p>Analisa as propriedades fisiológicas e acústicas dos sons reais</p><p>dos atos de fala, abrangendo a produção desses sons, bem como</p><p>suas articulações e variações. Em outros termos, procura investigar</p><p>a realização concreta dos sons das palavras.</p><p>Os sons e a formação das palavras: sempre que alguém profere</p><p>uma fala, sons são produzidos pela corrente de ar que é liberada dos</p><p>pulmões; esses sons associam-se para constituir palavras. Nesse</p><p>processo, o sentido das palavras pode ser modificado se houver</p><p>alguma alteração na geração do som.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>9</p><p>17</p><p>Exemplo: as palavras gado e gato possuem sons semelhantes, a</p><p>não ser pelo [d] e pelo [t]. Essa mínima diferença altera o significado</p><p>de cada uma dessas palavras.</p><p>Exemplo de análise fonética:</p><p>[a] = vogal baixa central</p><p>arredondada [b] = oclusiva bilabial vozeada</p><p>[e] = vogal média alta anterior</p><p>não arredondada</p><p>[p] = oclusiva bilabial</p><p>desvozeada/surda</p><p>[i] = vogal alta anterior não</p><p>arredondada [d] = oclusiva velar vozeada</p><p>[o] = vogal média alta posterior</p><p>arredondada</p><p>[t] = Oclusiva alveolar</p><p>desvozeada/surda</p><p>[u] = vogal alta posterior</p><p>arredondada</p><p>[tʃ] = Africada alveopalatal</p><p>desvozeada/surda</p><p>Fonologia</p><p>É o estudo dos sons (fonemas) de uma língua. Lembrando</p><p>que fonema consiste na representação sonora de uma letra ou de</p><p>um grupo de letras;</p><p>fonema é som. De acordo com a Fonologia, o</p><p>fonema é uma unidade acústica desprovida de significado, o que</p><p>quer dizer que esses componentes consistem nos distintos sons que</p><p>são produzidos que possamos manifestar nossas ideias, emoções e</p><p>sentimentos, em virtude da união de unidades diferenciadas. Tais</p><p>unidades, por sua vez, ao se juntarem, formam as palavras e as</p><p>sílabas.</p><p>– Palavras: constituem a unidade básica da interação verbal e</p><p>são formadas pela junção das sílabas.</p><p>– Sílabas: unidades menores que as palavras: na fala, temos</p><p>sílabas e sons; na escrita, sílabas e letras.</p><p>– Fonemas: com origem na junção dos termos gregos fono</p><p>(som) + emas (unidades distintas), os fonemas são as menores</p><p>unidades de som que compõem as palavras.</p><p>– Classificação dos fonemas: devido aos diversos tipos de sons</p><p>gerados pela corrente que parte dos pulmões em direção a órgãos</p><p>específicos, com ou sem obstrução, seja pela boca e/ou pelo nariz,</p><p>os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL,</p><p>— Definições</p><p>Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”,</p><p>“exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome</p><p>dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que</p><p>indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refere</p><p>às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como</p><p>adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortografia</p><p>são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas,</p><p>abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave);</p><p>os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e</p><p>decorrentes dessas funções, entre outros.</p><p>Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre</p><p>a qual recaem, para que palavras com grafia similar possam</p><p>ter leituras diferentes, e, por conseguinte, tenham significados</p><p>distintos. Resumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da</p><p>vogal mais aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz</p><p>com que o som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase).</p><p>O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão</p><p>estabelecidos os sinais gráficos e os sons representados por cada</p><p>um dos sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes.</p><p>As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras</p><p>foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português</p><p>brasileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico.</p><p>As possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente,</p><p>para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo:</p><p>– Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km</p><p>(quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma).</p><p>– Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus</p><p>derivados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova</p><p>York.</p><p>Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos</p><p>do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais</p><p>regras:</p><p>«ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos:</p><p>– Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum,</p><p>abacaxi.</p><p>– Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa.</p><p>– Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar.</p><p>– Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer,</p><p>mexerica.</p><p>s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:</p><p>– Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa,</p><p>verminose.</p><p>– Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjetivos.</p><p>Exemplo: amazonense, formosa, jocoso.</p><p>– Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título ou</p><p>nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holandesa,</p><p>burguês/burguesa.</p><p>– Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”.</p><p>Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar.</p><p>Porque, Por que, Porquê ou Por quê?</p><p>– Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja,</p><p>indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto,</p><p>toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de</p><p>que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu,</p><p>porque/pois nada está molhado.</p><p>– Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado</p><p>para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”,</p><p>para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração.</p><p>Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do</p><p>cancelamento do show.</p><p>– Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e,</p><p>por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome</p><p>ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento</p><p>do show.</p><p>– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao</p><p>fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente.</p><p>Por quê?</p><p>1818</p><p>Parônimos e homônimos</p><p>– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na</p><p>pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver</p><p>(perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e</p><p>apreender (capturar).</p><p>– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas</p><p>que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e</p><p>“gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome</p><p>demonstrativo).</p><p>ACENTUAÇÃO GRÁFICA</p><p>— Definição</p><p>A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas</p><p>palavras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas</p><p>regras da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras.</p><p>Isso quer dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba</p><p>tônica de uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo com</p><p>as regras gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na</p><p>língua portuguesa:</p><p>– Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som</p><p>aberto. Ex.: área, relógio, pássaro.</p><p>– Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e</p><p>“o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico,</p><p>âncora, avô.</p><p>– Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com</p><p>o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba</p><p>tônica!</p><p>– Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de</p><p>determinada palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a</p><p>sílaba tônica. Exemplo: a palavra órfã tem um acento agudo, que</p><p>indica que a sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til</p><p>(˜), que indica que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro</p><p>exemplo semelhante é a palavra bênção.</p><p>— Monossílabas Tônicas e Átonas</p><p>Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer</p><p>alteração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe</p><p>o substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração</p><p>da preposição “de” + artigo “o”). Ao comparar esses termos,</p><p>percebermos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja,</p><p>temos uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente.</p><p>Diante de palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica</p><p>(forte) ou fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como</p><p>abaixo:</p><p>“Sinto grande dó ao vê-la sofrer.”</p><p>“Finalmente encontrei a chave do carro.”</p><p>Recebem acento gráfico:</p><p>– As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s);</p><p>-e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs.</p><p>– As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis,</p><p>-éu, -ói. Ex: réis, véu, dói.</p><p>Não recebem acento gráfico:</p><p>– As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis.</p><p>– As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas</p><p>quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes do novo</p><p>acordo ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles</p><p>lêem leem.</p><p>Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos</p><p>terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”.</p><p>Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem →</p><p>Eles têm; Ele vem → Eles vêm.</p><p>Acentuação das palavras Oxítonas</p><p>As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas</p><p>as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e</p><p>-o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé,</p><p>vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”.</p><p>Ex.: caqui, urubu.</p><p>Acentuação das palavras</p><p>Paroxítonas</p><p>São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima</p><p>sílaba é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as</p><p>palavras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados</p><p>abaixo. Observe as exceções:</p><p>– Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis,</p><p>hóquei, jóquei, pônei, saudáveis.</p><p>– Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex,</p><p>esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax.</p><p>– Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis,</p><p>grátis, júri, lápis, oásis, táxi.</p><p>– Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus,</p><p>tônus.</p><p>– Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons.</p><p>– Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns,</p><p>quórum, quóruns.</p><p>– Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs,</p><p>órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos.</p><p>Acentuação das palavras Proparoxítonas</p><p>Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é</p><p>tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore,</p><p>bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro,</p><p>tática, trânsito.</p><p>Ditongos e Hiatos</p><p>Acentuam-se:</p><p>– Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”,</p><p>“_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói,</p><p>mausoléu, sóis, véus.</p><p>– As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de</p><p>um hiato e estejam isoladas ou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí</p><p>(ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú).</p><p>Não se acentuam:</p><p>– A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.:</p><p>moinho, rainha, bainha.</p><p>– As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.:</p><p>juuna, xiita. xiita.</p><p>– Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem,</p><p>enjoo, magoo.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>10</p><p>17</p><p>Exemplo: as palavras gado e gato possuem sons semelhantes, a</p><p>não ser pelo [d] e pelo [t]. Essa mínima diferença altera o significado</p><p>de cada uma dessas palavras.</p><p>Exemplo de análise fonética:</p><p>[a] = vogal baixa central</p><p>arredondada [b] = oclusiva bilabial vozeada</p><p>[e] = vogal média alta anterior</p><p>não arredondada</p><p>[p] = oclusiva bilabial</p><p>desvozeada/surda</p><p>[i] = vogal alta anterior não</p><p>arredondada [d] = oclusiva velar vozeada</p><p>[o] = vogal média alta posterior</p><p>arredondada</p><p>[t] = Oclusiva alveolar</p><p>desvozeada/surda</p><p>[u] = vogal alta posterior</p><p>arredondada</p><p>[tʃ] = Africada alveopalatal</p><p>desvozeada/surda</p><p>Fonologia</p><p>É o estudo dos sons (fonemas) de uma língua. Lembrando</p><p>que fonema consiste na representação sonora de uma letra ou de</p><p>um grupo de letras; fonema é som. De acordo com a Fonologia, o</p><p>fonema é uma unidade acústica desprovida de significado, o que</p><p>quer dizer que esses componentes consistem nos distintos sons que</p><p>são produzidos que possamos manifestar nossas ideias, emoções e</p><p>sentimentos, em virtude da união de unidades diferenciadas. Tais</p><p>unidades, por sua vez, ao se juntarem, formam as palavras e as</p><p>sílabas.</p><p>– Palavras: constituem a unidade básica da interação verbal e</p><p>são formadas pela junção das sílabas.</p><p>– Sílabas: unidades menores que as palavras: na fala, temos</p><p>sílabas e sons; na escrita, sílabas e letras.</p><p>– Fonemas: com origem na junção dos termos gregos fono</p><p>(som) + emas (unidades distintas), os fonemas são as menores</p><p>unidades de som que compõem as palavras.</p><p>– Classificação dos fonemas: devido aos diversos tipos de sons</p><p>gerados pela corrente que parte dos pulmões em direção a órgãos</p><p>específicos, com ou sem obstrução, seja pela boca e/ou pelo nariz,</p><p>os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes.</p><p>ORTOGRAFIA OFICIAL,</p><p>— Definições</p><p>Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”,</p><p>“exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome</p><p>dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que</p><p>indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refere</p><p>às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como</p><p>adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortografia</p><p>são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas,</p><p>abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave);</p><p>os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e</p><p>decorrentes dessas funções, entre outros.</p><p>Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre</p><p>a qual recaem, para que palavras com grafia similar possam</p><p>ter leituras diferentes, e, por conseguinte, tenham significados</p><p>distintos. Resumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da</p><p>vogal mais aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz</p><p>com que o som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase).</p><p>O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão</p><p>estabelecidos os sinais gráficos e os sons representados por cada</p><p>um dos sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes.</p><p>As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras</p><p>foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português</p><p>brasileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico.</p><p>As possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente,</p><p>para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo:</p><p>– Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km</p><p>(quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma).</p><p>– Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus</p><p>derivados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova</p><p>York.</p><p>Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos</p><p>do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais</p><p>regras:</p><p>«ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos:</p><p>– Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum,</p><p>abacaxi.</p><p>– Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa.</p><p>– Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar.</p><p>– Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer,</p><p>mexerica.</p><p>s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:</p><p>– Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa,</p><p>verminose.</p><p>– Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjetivos.</p><p>Exemplo: amazonense, formosa, jocoso.</p><p>– Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título ou</p><p>nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holandesa,</p><p>burguês/burguesa.</p><p>– Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”.</p><p>Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar.</p><p>Porque, Por que, Porquê ou Por quê?</p><p>– Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja,</p><p>indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto,</p><p>toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de</p><p>que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu,</p><p>porque/pois nada está molhado.</p><p>– Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado</p><p>para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”,</p><p>para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração.</p><p>Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do</p><p>cancelamento do show.</p><p>– Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e,</p><p>por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome</p><p>ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento</p><p>do show.</p><p>– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao</p><p>fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente.</p><p>Por quê?</p><p>1818</p><p>Parônimos e homônimos</p><p>– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na</p><p>pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver</p><p>(perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e</p><p>apreender (capturar).</p><p>– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas</p><p>que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e</p><p>“gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome</p><p>demonstrativo).</p><p>ACENTUAÇÃO GRÁFICA</p><p>— Definição</p><p>A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas</p><p>palavras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas</p><p>regras da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras.</p><p>Isso quer dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba</p><p>tônica de uma palavra ou</p><p>a pronúncia de uma vogal. De acordo com</p><p>as regras gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na</p><p>língua portuguesa:</p><p>– Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som</p><p>aberto. Ex.: área, relógio, pássaro.</p><p>– Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e</p><p>“o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico,</p><p>âncora, avô.</p><p>– Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com</p><p>o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba</p><p>tônica!</p><p>– Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de</p><p>determinada palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a</p><p>sílaba tônica. Exemplo: a palavra órfã tem um acento agudo, que</p><p>indica que a sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til</p><p>(˜), que indica que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro</p><p>exemplo semelhante é a palavra bênção.</p><p>— Monossílabas Tônicas e Átonas</p><p>Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer</p><p>alteração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe</p><p>o substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração</p><p>da preposição “de” + artigo “o”). Ao comparar esses termos,</p><p>percebermos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja,</p><p>temos uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente.</p><p>Diante de palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica</p><p>(forte) ou fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como</p><p>abaixo:</p><p>“Sinto grande dó ao vê-la sofrer.”</p><p>“Finalmente encontrei a chave do carro.”</p><p>Recebem acento gráfico:</p><p>– As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s);</p><p>-e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs.</p><p>– As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis,</p><p>-éu, -ói. Ex: réis, véu, dói.</p><p>Não recebem acento gráfico:</p><p>– As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis.</p><p>– As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas</p><p>quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes do novo</p><p>acordo ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles</p><p>lêem leem.</p><p>Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos</p><p>terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”.</p><p>Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem →</p><p>Eles têm; Ele vem → Eles vêm.</p><p>Acentuação das palavras Oxítonas</p><p>As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas</p><p>as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e</p><p>-o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé,</p><p>vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”.</p><p>Ex.: caqui, urubu.</p><p>Acentuação das palavras Paroxítonas</p><p>São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima</p><p>sílaba é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as</p><p>palavras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados</p><p>abaixo. Observe as exceções:</p><p>– Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis,</p><p>hóquei, jóquei, pônei, saudáveis.</p><p>– Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex,</p><p>esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax.</p><p>– Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis,</p><p>grátis, júri, lápis, oásis, táxi.</p><p>– Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus,</p><p>tônus.</p><p>– Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons.</p><p>– Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns,</p><p>quórum, quóruns.</p><p>– Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs,</p><p>órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos.</p><p>Acentuação das palavras Proparoxítonas</p><p>Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é</p><p>tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore,</p><p>bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro,</p><p>tática, trânsito.</p><p>Ditongos e Hiatos</p><p>Acentuam-se:</p><p>– Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”,</p><p>“_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói,</p><p>mausoléu, sóis, véus.</p><p>– As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de</p><p>um hiato e estejam isoladas ou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí</p><p>(ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú).</p><p>Não se acentuam:</p><p>– A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.:</p><p>moinho, rainha, bainha.</p><p>– As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.:</p><p>juuna, xiita. xiita.</p><p>– Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem,</p><p>enjoo, magoo.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>11</p><p>19</p><p>O Novo Acordo Ortográfico</p><p>Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem</p><p>acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou</p><p>em vigor em 2009:</p><p>1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas.</p><p>Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo;</p><p>vôo – voo; zôo – zoo.</p><p>2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas.</p><p>Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide</p><p>– alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide;</p><p>européia – europeia.</p><p>3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas.</p><p>Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo –</p><p>taoismo.</p><p>4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que</p><p>possuem -e tônico em hiato.</p><p>Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo</p><p>ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem;</p><p>revêem.</p><p>5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua</p><p>portuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue;</p><p>linguïça – linguiça.</p><p>6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma</p><p>grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo</p><p>PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo</p><p>“parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição</p><p>“para”.</p><p>Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim:</p><p>Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo /</p><p>preposição]</p><p>Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo /</p><p>preposição]</p><p>MORFOSSINTAXE: ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALA-</p><p>VRAS</p><p>As palavras são formadas por estruturas menores, com</p><p>significados próprios. Para isso, há vários processos que contribuem</p><p>para a formação das palavras.</p><p>Estrutura das palavras</p><p>As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas</p><p>menores - os morfemas, também chamados de elementos mórficos:</p><p>– radical e raiz;</p><p>– vogal temática;</p><p>– tema;</p><p>– desinências;</p><p>– afixos;</p><p>– vogais e consoantes de ligação.</p><p>Radical: Elemento que contém a base de significação do</p><p>vocábulo.</p><p>Exemplos</p><p>VENDer, PARTir, ALUNo, MAR.</p><p>Desinências: Elementos que indicam as flexões dos vocábulos.</p><p>Dividem-se em:</p><p>Nominais</p><p>Indicam flexões de gênero e número nos substantivos.</p><p>Exemplos</p><p>pequenO, pequenA, alunO, aluna.</p><p>pequenoS, pequenaS, alunoS, alunas.</p><p>Verbais</p><p>Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos verbos</p><p>Exemplos</p><p>vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo)</p><p>vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número)</p><p>Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem.</p><p>Exemplos</p><p>1ª conjugação: – A – cantAr</p><p>2ª conjugação: – E – fazEr</p><p>3ª conjugação: – I – sumIr</p><p>Observação</p><p>Nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não indica</p><p>oposição masculino/feminino.</p><p>Exemplos</p><p>livrO, dentE, paletó.</p><p>Tema: União do radical e a vogal temática.</p><p>Exemplos</p><p>CANTAr, CORREr, CONSUMIr.</p><p>Vogal e consoante de ligação: São os elementos que se</p><p>interpõem aos vocábulos por necessidade de eufonia.</p><p>Exemplos</p><p>chaLeira, cafeZal.</p><p>Visão geral: a formação de palavras que integram o léxico</p><p>da língua baseia-se em dois principais processos morfológicos</p><p>(combinação de morfemas): a derivação e a composição.</p><p>Derivação: é a formação de uma nova palavra (palavra</p><p>derivada) com base em uma outra que já existe na língua (palavra</p><p>primitiva ou radical).</p><p>1 – Prefixal por prefixação: um prefixo ou mais são adicionados</p><p>à palavra primitiva.</p><p>PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA PALAVRA DERIVADA</p><p>inf fiel infiel</p><p>sobre carga sobrecarga</p><p>2020</p><p>2 – Sufixal ou por sufixação: é a adição de sufixo à palavra</p><p>primitiva.</p><p>PALAVRA</p><p>PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA</p><p>gol leiro goleiro</p><p>feliz mente felizmente</p><p>3 – Prefixal e sufixal: nesse tipo, a presença do prefixo ou do</p><p>sufixo à palavra primitiva já é o suficiente</p><p>para formação de uma</p><p>nova palavra.</p><p>PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA</p><p>DERIVADA</p><p>inf feliz – Infeliz</p><p>– feliz mente Felizmente</p><p>des igual – desigual</p><p>– igual dade igualdade</p><p>4 – Parassintética: também consiste na adição de prefixo</p><p>e sufixo à palavra primitiva, porém, diferentemente do tipo</p><p>anterior, para existência da nova palavra, ambos os acréscimos são</p><p>obrigatórios. Esse processo parte de substantivos e adjetivos para</p><p>originar um verbo.</p><p>PREFIXO PALAVRA</p><p>PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA</p><p>em pobre cer empobrecer</p><p>em trist ecer estristecer</p><p>5 – Regressiva: é a remoção da parte final de uma palavra</p><p>primitiva para, dessa forma, obter uma palavra derivada. Esse</p><p>origina substantivos a partir de formas verbais que expressam</p><p>uma ação. Essas novas palavras recebem o nome de deverbais. Tal</p><p>composição ocorre a partir da substituição da terminação verbal</p><p>formada pela vogal temática + desinência de infinitivo (“–ar” ou “–</p><p>er”) por uma das vogais temáticas nominais (-a, -e,-o).”</p><p>VERBO RADICAL DESINÊNCIA VOGAL</p><p>TEMÁTICA SUBSTANTIVO</p><p>debater debat er e debate</p><p>sustentar sustent ar o sustento</p><p>vender vend er a venda</p><p>6 – Imprópria (ou conversão): é o processo que resulta na</p><p>mudança da classe gramatical de uma palavra primitiva, mas não</p><p>modifica sua forma. Exemplo: a palavra jantar pode ser um verbo</p><p>na frase “Convidaram-me para jantar”, mas também pode ser um</p><p>substantivo na frase “O jantar estava maravilhoso”.</p><p>Composição: é o processo de formação de palavra a partir da</p><p>junção de dois ou mais radicais. A composição pode se realizar por</p><p>justaposição ou por aglutinação.</p><p>– Justaposição: na junção, não há modificação dos radicais.</p><p>Exemplo: passa + tempo - passatempo; gira + sol = girassol.</p><p>– Aglutinação: existe alteração dos radicais na sua junção.</p><p>Exemplo: em + boa + hora = embora; desta + arte = destarte.</p><p>FUNÇÕES DAS CLASSES DE PALAVRAS</p><p>— Definição</p><p>Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam</p><p>o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua</p><p>portuguesa condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida</p><p>em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades</p><p>de cada classe gramatical.</p><p>— Artigo</p><p>É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo,</p><p>podendo flexionar em número e em gênero.</p><p>A classificação dos artigos</p><p>Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou</p><p>para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou</p><p>por ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem</p><p>flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e</p><p>feminino).</p><p>Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência</p><p>inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento</p><p>não é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira</p><p>vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.</p><p>Observe:</p><p>NÚMERO/</p><p>GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS</p><p>Singular Um Uma</p><p>Preciso de um pedreiro.</p><p>Vi uma moça em frente</p><p>à casa.</p><p>Plural Umas Umas</p><p>Localizei uns documentos</p><p>antigos.</p><p>Joguei fora umas coisas</p><p>velhas.</p><p>Outras funções do artigo</p><p>Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de</p><p>transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do</p><p>emprego do artigo. Observe:</p><p>– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que</p><p>teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado.</p><p>Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco</p><p>ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de</p><p>posse. Por exemplo:</p><p>“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”</p><p>Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido</p><p>do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>12</p><p>19</p><p>O Novo Acordo Ortográfico</p><p>Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem</p><p>acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou</p><p>em vigor em 2009:</p><p>1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas.</p><p>Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo;</p><p>vôo – voo; zôo – zoo.</p><p>2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas.</p><p>Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide</p><p>– alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide;</p><p>européia – europeia.</p><p>3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas.</p><p>Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo –</p><p>taoismo.</p><p>4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que</p><p>possuem -e tônico em hiato.</p><p>Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo</p><p>ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem;</p><p>revêem.</p><p>5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua</p><p>portuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue;</p><p>linguïça – linguiça.</p><p>6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma</p><p>grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo</p><p>PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo</p><p>“parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição</p><p>“para”.</p><p>Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim:</p><p>Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo /</p><p>preposição]</p><p>Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo /</p><p>preposição]</p><p>MORFOSSINTAXE: ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALA-</p><p>VRAS</p><p>As palavras são formadas por estruturas menores, com</p><p>significados próprios. Para isso, há vários processos que contribuem</p><p>para a formação das palavras.</p><p>Estrutura das palavras</p><p>As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas</p><p>menores - os morfemas, também chamados de elementos mórficos:</p><p>– radical e raiz;</p><p>– vogal temática;</p><p>– tema;</p><p>– desinências;</p><p>– afixos;</p><p>– vogais e consoantes de ligação.</p><p>Radical: Elemento que contém a base de significação do</p><p>vocábulo.</p><p>Exemplos</p><p>VENDer, PARTir, ALUNo, MAR.</p><p>Desinências: Elementos que indicam as flexões dos vocábulos.</p><p>Dividem-se em:</p><p>Nominais</p><p>Indicam flexões de gênero e número nos substantivos.</p><p>Exemplos</p><p>pequenO, pequenA, alunO, aluna.</p><p>pequenoS, pequenaS, alunoS, alunas.</p><p>Verbais</p><p>Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos verbos</p><p>Exemplos</p><p>vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo)</p><p>vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número)</p><p>Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem.</p><p>Exemplos</p><p>1ª conjugação: – A – cantAr</p><p>2ª conjugação: – E – fazEr</p><p>3ª conjugação: – I – sumIr</p><p>Observação</p><p>Nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não indica</p><p>oposição masculino/feminino.</p><p>Exemplos</p><p>livrO, dentE, paletó.</p><p>Tema: União do radical e a vogal temática.</p><p>Exemplos</p><p>CANTAr, CORREr, CONSUMIr.</p><p>Vogal e consoante de ligação: São os elementos que se</p><p>interpõem aos vocábulos por necessidade de eufonia.</p><p>Exemplos</p><p>chaLeira, cafeZal.</p><p>Visão geral: a formação de palavras que integram o léxico</p><p>da língua baseia-se em dois principais processos morfológicos</p><p>(combinação de morfemas): a derivação e a composição.</p><p>Derivação: é a formação de uma nova palavra (palavra</p><p>derivada) com base em uma outra que já existe na língua (palavra</p><p>primitiva ou radical).</p><p>1 – Prefixal por prefixação: um prefixo ou mais são adicionados</p><p>à palavra primitiva.</p><p>PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA PALAVRA DERIVADA</p><p>inf fiel infiel</p><p>sobre carga sobrecarga</p><p>2020</p><p>2 – Sufixal ou por sufixação: é a adição de sufixo à palavra</p><p>primitiva.</p><p>PALAVRA</p><p>PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA</p><p>gol leiro goleiro</p><p>feliz mente felizmente</p><p>3 – Prefixal e sufixal: nesse tipo, a presença do prefixo ou do</p><p>sufixo à palavra primitiva já é o suficiente para formação de uma</p><p>nova palavra.</p><p>PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA</p><p>DERIVADA</p><p>inf feliz – Infeliz</p><p>– feliz mente Felizmente</p><p>des igual – desigual</p><p>– igual dade igualdade</p><p>4 – Parassintética: também consiste na adição de prefixo</p><p>e sufixo à palavra primitiva, porém, diferentemente do tipo</p><p>anterior, para existência da nova palavra, ambos os acréscimos são</p><p>obrigatórios. Esse processo parte de substantivos e adjetivos para</p><p>originar um verbo.</p><p>PREFIXO PALAVRA</p><p>PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA</p><p>em pobre cer empobrecer</p><p>em trist ecer estristecer</p><p>5 – Regressiva: é a remoção da parte final de uma palavra</p><p>primitiva para,</p><p>dessa forma, obter uma palavra derivada. Esse</p><p>origina substantivos a partir de formas verbais que expressam</p><p>uma ação. Essas novas palavras recebem o nome de deverbais. Tal</p><p>composição ocorre a partir da substituição da terminação verbal</p><p>formada pela vogal temática + desinência de infinitivo (“–ar” ou “–</p><p>er”) por uma das vogais temáticas nominais (-a, -e,-o).”</p><p>VERBO RADICAL DESINÊNCIA VOGAL</p><p>TEMÁTICA SUBSTANTIVO</p><p>debater debat er e debate</p><p>sustentar sustent ar o sustento</p><p>vender vend er a venda</p><p>6 – Imprópria (ou conversão): é o processo que resulta na</p><p>mudança da classe gramatical de uma palavra primitiva, mas não</p><p>modifica sua forma. Exemplo: a palavra jantar pode ser um verbo</p><p>na frase “Convidaram-me para jantar”, mas também pode ser um</p><p>substantivo na frase “O jantar estava maravilhoso”.</p><p>Composição: é o processo de formação de palavra a partir da</p><p>junção de dois ou mais radicais. A composição pode se realizar por</p><p>justaposição ou por aglutinação.</p><p>– Justaposição: na junção, não há modificação dos radicais.</p><p>Exemplo: passa + tempo - passatempo; gira + sol = girassol.</p><p>– Aglutinação: existe alteração dos radicais na sua junção.</p><p>Exemplo: em + boa + hora = embora; desta + arte = destarte.</p><p>FUNÇÕES DAS CLASSES DE PALAVRAS</p><p>— Definição</p><p>Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam</p><p>o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua</p><p>portuguesa condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida</p><p>em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades</p><p>de cada classe gramatical.</p><p>— Artigo</p><p>É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo,</p><p>podendo flexionar em número e em gênero.</p><p>A classificação dos artigos</p><p>Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou</p><p>para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou</p><p>por ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem</p><p>flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e</p><p>feminino).</p><p>Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência</p><p>inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento</p><p>não é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira</p><p>vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.</p><p>Observe:</p><p>NÚMERO/</p><p>GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS</p><p>Singular Um Uma</p><p>Preciso de um pedreiro.</p><p>Vi uma moça em frente</p><p>à casa.</p><p>Plural Umas Umas</p><p>Localizei uns documentos</p><p>antigos.</p><p>Joguei fora umas coisas</p><p>velhas.</p><p>Outras funções do artigo</p><p>Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de</p><p>transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do</p><p>emprego do artigo. Observe:</p><p>– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que</p><p>teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado.</p><p>Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco</p><p>ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de</p><p>posse. Por exemplo:</p><p>“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”</p><p>Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido</p><p>do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>13</p><p>21</p><p>Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor</p><p>aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e</p><p>“aproximadamente. Observe:</p><p>“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.”</p><p>“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.”</p><p>Contração de artigos com preposições</p><p>Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo</p><p>ocorre:</p><p>PREPOSIÇÃO</p><p>de em a per/por</p><p>ARTIGOS</p><p>DEFINIDOS</p><p>masculino</p><p>singular o do no ao pelo</p><p>plural os dos nos aos pelos</p><p>feminino</p><p>singular a da na à pela</p><p>plural as das nas às pelas</p><p>ARTIGOS</p><p>INDEFINIDOS</p><p>masculino</p><p>singular um dum num</p><p>plural uns duns nuns</p><p>feminino</p><p>singular uma duma numa</p><p>plural umas dumas numas</p><p>— Substantivo</p><p>Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substantivos</p><p>se subdividem em:</p><p>Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares</p><p>(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro).</p><p>Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra palavra,</p><p>é substantivo derivado (carruagem, planetário).</p><p>Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam</p><p>sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos.</p><p>Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de gado),</p><p>constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães).</p><p>— Adjetivo</p><p>É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma</p><p>qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou extensão à palavra, locução, oração, pronome, enfim, ao que quer</p><p>que seja nomeado.</p><p>Os tipos de adjetivos</p><p>Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples (bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um</p><p>radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-limão).</p><p>Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo,</p><p>substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: substantivo morte → adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo</p><p>lamentável).</p><p>Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino).</p><p>O gênero dos adjetivos</p><p>Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” /</p><p>“Ana é uma amiga leal.”</p><p>Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.” / “Menina</p><p>travessa”.</p><p>O número dos adjetivos</p><p>Por concordarem com o número do substantivo a que se referem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, a sua</p><p>composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa instruída → pessoas instruídas; campo formoso → campos formosos.</p><p>2222</p><p>O grau dos adjetivos</p><p>Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo</p><p>(compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades).</p><p>Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom</p><p>quanto o anterior.”</p><p>Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do</p><p>que Luciana.”</p><p>Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento</p><p>do que a equipe.”</p><p>Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo,</p><p>podendo ser:</p><p>– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.”</p><p>– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.”</p><p>Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de:</p><p>– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.”</p><p>– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.”</p><p>Pronome adjetivo</p><p>Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses</p><p>pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim,</p><p>esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer</p><p>concordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é</p><p>a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o</p><p>substantivo comum professora).</p><p>Locução adjetiva</p><p>Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras,</p><p>que, associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente,</p><p>consiste na união preposição + substantivo ou advérbio.</p><p>Exemplos:</p><p>– Criaturas da noite (criaturas noturnas).</p><p>– Paixão sem freio (paixão desenfreada).</p><p>– Associação de comércios (associação comercial).</p><p>— Verbo</p><p>É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo,</p><p>fenômeno da natureza e estado. Os verbos se subdividem</p><p>em:</p><p>Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não</p><p>têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do</p><p>verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação),</p><p>“-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação). Observe</p><p>o exemplo do verbo “nutrir”:</p><p>– Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu</p><p>significado).</p><p>– Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e,</p><p>tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singular</p><p>ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo</p><p>(pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse</p><p>no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações,</p><p>tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro;</p><p>tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem.</p><p>– Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos</p><p>regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou</p><p>têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma.</p><p>Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito</p><p>do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos;</p><p>vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda</p><p>conjugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar</p><p>duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer</p><p>fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo</p><p>seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram.</p><p>— Pronome</p><p>O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem</p><p>fala, com quem se fala e de quem se fala), a posse de um objeto</p><p>e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em</p><p>número e gênero. Os pronomes podem suplantar o substantivo</p><p>ou acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome</p><p>substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em:</p><p>pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e</p><p>relativos.</p><p>Pronomes pessoais</p><p>Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso</p><p>(pessoas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto</p><p>(desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos</p><p>(atuam como complemento), sendo que, para cada caso reto, existe</p><p>um correspondente oblíquo.</p><p>CASO RETO CASO OBLÍQUO</p><p>Eu Me, mim, comigo.</p><p>Tu Te, ti, contigo.</p><p>Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.</p><p>Nós Nos, conosco.</p><p>Vós Vos, convosco.</p><p>Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>– Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível</p><p>é do caso reto. Quem vai se casar? Maria.</p><p>– Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome</p><p>“o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? O forno.</p><p>Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las,</p><p>no, na nos, e nas desempenham apenas a função de objeto direto.</p><p>Pronomes possessivos</p><p>Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a</p><p>pessoa do discurso.</p><p>PESSOA DO DISCURSO PRONOME</p><p>1a pessoa – Eu Meu, minha, meus, minhas</p><p>2a pessoa – Tu Teu, tua, teus, tuas</p><p>3a pessoa– Seu, sua, seus, suas</p><p>Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o</p><p>objeto pertence à 1ª pessoa (nós).</p><p>Pronomes de tratamento</p><p>Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados</p><p>em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles</p><p>têm a função de promover uma referência direta do locutor para</p><p>interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme</p><p>Língua Portuguesa</p><p>14</p><p>21</p><p>Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor</p><p>aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e</p><p>“aproximadamente. Observe:</p><p>“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.”</p><p>“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.”</p><p>Contração de artigos com preposições</p><p>Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo</p><p>ocorre:</p><p>PREPOSIÇÃO</p><p>de em a per/por</p><p>ARTIGOS</p><p>DEFINIDOS</p><p>masculino</p><p>singular o do no ao pelo</p><p>plural os dos nos aos pelos</p><p>feminino</p><p>singular a da na à pela</p><p>plural as das nas às pelas</p><p>ARTIGOS</p><p>INDEFINIDOS</p><p>masculino</p><p>singular um dum num</p><p>plural uns duns nuns</p><p>feminino</p><p>singular uma duma numa</p><p>plural umas dumas numas</p><p>— Substantivo</p><p>Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substantivos</p><p>se subdividem em:</p><p>Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares</p><p>(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro).</p><p>Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra palavra,</p><p>é substantivo derivado (carruagem, planetário).</p><p>Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam</p><p>sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos.</p><p>Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de gado),</p><p>constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães).</p><p>— Adjetivo</p><p>É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma</p><p>qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou extensão à palavra, locução, oração, pronome, enfim, ao que quer</p><p>que seja nomeado.</p><p>Os tipos de adjetivos</p><p>Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples (bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um</p><p>radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-limão).</p><p>Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo,</p><p>substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: substantivo morte → adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo</p><p>lamentável).</p><p>Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino).</p><p>O gênero dos adjetivos</p><p>Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” /</p><p>“Ana é uma amiga leal.”</p><p>Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.” / “Menina</p><p>travessa”.</p><p>O número dos adjetivos</p><p>Por concordarem com o número do substantivo a que se referem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, a sua</p><p>composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa instruída → pessoas instruídas; campo formoso → campos formosos.</p><p>2222</p><p>O grau dos adjetivos</p><p>Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo</p><p>(compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades).</p><p>Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom</p><p>quanto o anterior.”</p><p>Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do</p><p>que Luciana.”</p><p>Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento</p><p>do que a equipe.”</p><p>Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo,</p><p>podendo ser:</p><p>– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.”</p><p>– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.”</p><p>Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de:</p><p>– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.”</p><p>– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.”</p><p>Pronome adjetivo</p><p>Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses</p><p>pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim,</p><p>esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer</p><p>concordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é</p><p>a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o</p><p>substantivo comum professora).</p><p>Locução adjetiva</p><p>Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras,</p><p>que,</p><p>associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente,</p><p>consiste na união preposição + substantivo ou advérbio.</p><p>Exemplos:</p><p>– Criaturas da noite (criaturas noturnas).</p><p>– Paixão sem freio (paixão desenfreada).</p><p>– Associação de comércios (associação comercial).</p><p>— Verbo</p><p>É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo,</p><p>fenômeno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em:</p><p>Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não</p><p>têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do</p><p>verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação),</p><p>“-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação). Observe</p><p>o exemplo do verbo “nutrir”:</p><p>– Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu</p><p>significado).</p><p>– Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e,</p><p>tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singular</p><p>ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo</p><p>(pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse</p><p>no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações,</p><p>tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro;</p><p>tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem.</p><p>– Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos</p><p>regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou</p><p>têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma.</p><p>Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito</p><p>do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos;</p><p>vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda</p><p>conjugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar</p><p>duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer</p><p>fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo</p><p>seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram.</p><p>— Pronome</p><p>O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem</p><p>fala, com quem se fala e de quem se fala), a posse de um objeto</p><p>e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em</p><p>número e gênero. Os pronomes podem suplantar o substantivo</p><p>ou acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome</p><p>substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em:</p><p>pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e</p><p>relativos.</p><p>Pronomes pessoais</p><p>Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso</p><p>(pessoas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto</p><p>(desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos</p><p>(atuam como complemento), sendo que, para cada caso reto, existe</p><p>um correspondente oblíquo.</p><p>CASO RETO CASO OBLÍQUO</p><p>Eu Me, mim, comigo.</p><p>Tu Te, ti, contigo.</p><p>Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.</p><p>Nós Nos, conosco.</p><p>Vós Vos, convosco.</p><p>Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>– Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível</p><p>é do caso reto. Quem vai se casar? Maria.</p><p>– Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome</p><p>“o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? O forno.</p><p>Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las,</p><p>no, na nos, e nas desempenham apenas a função de objeto direto.</p><p>Pronomes possessivos</p><p>Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a</p><p>pessoa do discurso.</p><p>PESSOA DO DISCURSO PRONOME</p><p>1a pessoa – Eu Meu, minha, meus, minhas</p><p>2a pessoa – Tu Teu, tua, teus, tuas</p><p>3a pessoa– Seu, sua, seus, suas</p><p>Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o</p><p>objeto pertence à 1ª pessoa (nós).</p><p>Pronomes de tratamento</p><p>Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados</p><p>em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles</p><p>têm a função de promover uma referência direta do locutor para</p><p>interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme</p><p>Língua Portuguesa</p><p>15</p><p>23</p><p>o nível de formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução</p><p>(diálogo), à qual seria adequado o emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os</p><p>verbos devem ser usados em 3a pessoa.</p><p>PRONOME USO ABREVIAÇÕES</p><p>Você situações informais V./VV</p><p>Senhor (es) e Senhora (s) pessoas mais velhas Sr. Sr.a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural)</p><p>Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas</p><p>Vossa Excelência altas autoridades, como Presidente da República, senadores,</p><p>deputados, embaixadores V. Ex.a/ V. Ex.as</p><p>Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as</p><p>Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural)</p><p>Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as</p><p>Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as</p><p>Vossa Santidade Papa V.S.</p><p>Pronomes demonstrativos</p><p>Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome</p><p>determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.</p><p>PESSOA DO DISCURSO PRONOMES POSIÇÃO</p><p>1a pessoa Este, esta, estes, estas, isto. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que fala.</p><p>2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com quem se fala.</p><p>3a pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Com quem se fala.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>“Esta caneta é sua?”</p><p>“Esse restaurante é bom e barato.”</p><p>Pronomes Indefinidos</p><p>Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes</p><p>indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:</p><p>– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada).</p><p>– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se</p><p>sabe de qual convidado se trata.</p><p>– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.</p><p>– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se</p><p>trata.</p><p>Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:</p><p>CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS</p><p>VARIÁVEIS Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quanto, bastante, vários, quantos, todo.</p><p>INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.</p><p>Pronomes relativos</p><p>Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, sendo importante, portanto, para</p><p>prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).</p><p>Observe os exemplos:</p><p>– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se</p><p>relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”).</p><p>– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormente</p><p>(“problemas”).</p><p>2424</p><p>CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS</p><p>VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.</p><p>INVARIÁVEIS Quem, que, onde.</p><p>Pronomes interrogativos</p><p>Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos:</p><p>“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta)</p><p>“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)</p><p>CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS</p><p>VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.</p><p>INVARIÁVEIS Quem, que.</p><p>— Advérbio</p><p>É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o objetivo de modificar ou</p><p>intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os advérbios</p><p>exprimem circunstâncias de tempo, modo,</p><p>lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprovação, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:</p><p>CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>MODO</p><p>Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar.</p><p>Grande parte das palavras terminam em “-mente”,</p><p>como cuidadosamente, calmamente, tristemente.</p><p>“Coloquei-o cuidadosamente no berço.”</p><p>“Andou depressa por causa da chuva”</p><p>ADVERBIO DE</p><p>LUGAR Perto, longe, dentro, fora, aqui, ali, lá e atrás.</p><p>“O carro está fora.”</p><p>“Foi bem no teste?”</p><p>“Demorou, mas chegou longe!”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>TEMPO</p><p>Antes, depois, hoje, ontem, amanhã sempre, nunca,</p><p>cedo e tarde.</p><p>“Sempre que precisar de algo, basta chamar-me.”</p><p>“Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>INTENSIDADE Muito, pouco, bastante, tão, demais, tanto.</p><p>“Eles formam um casal tão bonito!”</p><p>“Elas conversam demais”</p><p>“Você saiu muito depressa”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>AFIRMAÇÃO</p><p>Sim e decerto e palavras afirmativas com o sufixo</p><p>“-mente” (certamente, realmente). Palavras como</p><p>claro e positivo, podem ser advérbio, dependendo</p><p>do contexto.</p><p>“Decerto passaram por aqui”</p><p>“Claro que irei!”</p><p>“Entendi, sim.”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>NEGAÇÃO</p><p>Não e nem. Palavras como negativo, nenhum,</p><p>nunca, jamais, entre outras, podem ser advérbio de</p><p>negação, conforme o contexto.</p><p>“Jamais reatarei meu namoro com ele.”</p><p>“Sequer pensou para falar.”</p><p>“Não pediu ajuda.”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>DÚVIDA</p><p>Talvez, quiçá, porventura e palavras que expressem</p><p>dúvida acrescidas do sufixo “-mente”, como</p><p>possivelmente.</p><p>“Quiçá seremos recebidas.”</p><p>“Provavelmente sairei mais cedo.”</p><p>“Talvez eu saia cedo.”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>INTERROGAÇÃO</p><p>Quando, como, onde, aonde, donde, por que. Esse</p><p>advérbio pode indicar circunstâncias de modo,</p><p>tempo, lugar e causa. É usado somente em frases</p><p>interrogativas diretas ou indiretas.</p><p>“Por que vendeu o livro?” (oração interrogativa direta, que</p><p>indica causa)</p><p>“Quando posso sair?” (oração interrogativa direta, que</p><p>indica tempo)</p><p>“Explica como você fez isso.”</p><p>(oração interrogativa indireta, que indica modo).</p><p>— Conjunção</p><p>As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso,</p><p>estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos</p><p>conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras</p><p>palavras, as conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior mais clareza e precisão</p><p>ao enunciado.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>16</p><p>23</p><p>o nível de formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução</p><p>(diálogo), à qual seria adequado o emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os</p><p>verbos devem ser usados em 3a pessoa.</p><p>PRONOME USO ABREVIAÇÕES</p><p>Você situações informais V./VV</p><p>Senhor (es) e Senhora (s) pessoas mais velhas Sr. Sr.a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural)</p><p>Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas</p><p>Vossa Excelência altas autoridades, como Presidente da República, senadores,</p><p>deputados, embaixadores V. Ex.a/ V. Ex.as</p><p>Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as</p><p>Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural)</p><p>Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as</p><p>Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as</p><p>Vossa Santidade Papa V.S.</p><p>Pronomes demonstrativos</p><p>Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome</p><p>determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.</p><p>PESSOA DO DISCURSO PRONOMES POSIÇÃO</p><p>1a pessoa Este, esta, estes, estas, isto. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que fala.</p><p>2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com quem se fala.</p><p>3a pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Com quem se fala.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>“Esta caneta é sua?”</p><p>“Esse restaurante é bom e barato.”</p><p>Pronomes Indefinidos</p><p>Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes</p><p>indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:</p><p>– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada).</p><p>– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se</p><p>sabe de qual convidado se trata.</p><p>– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.</p><p>– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se</p><p>trata.</p><p>Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:</p><p>CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS</p><p>VARIÁVEIS Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quanto, bastante, vários, quantos, todo.</p><p>INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.</p><p>Pronomes relativos</p><p>Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, sendo importante, portanto, para</p><p>prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).</p><p>Observe os exemplos:</p><p>– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se</p><p>relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”).</p><p>– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormente</p><p>(“problemas”).</p><p>2424</p><p>CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS</p><p>VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.</p><p>INVARIÁVEIS Quem, que, onde.</p><p>Pronomes interrogativos</p><p>Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos:</p><p>“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta)</p><p>“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)</p><p>CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS</p><p>VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.</p><p>INVARIÁVEIS Quem, que.</p><p>— Advérbio</p><p>É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o objetivo de modificar ou</p><p>intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os advérbios exprimem circunstâncias de tempo, modo,</p><p>lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprovação, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:</p><p>CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>MODO</p><p>Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar.</p><p>Grande parte das palavras terminam em “-mente”,</p><p>como cuidadosamente, calmamente, tristemente.</p><p>“Coloquei-o cuidadosamente no berço.”</p><p>“Andou depressa por causa da chuva”</p><p>ADVERBIO DE</p><p>LUGAR Perto, longe, dentro, fora, aqui, ali, lá e atrás.</p><p>“O carro está fora.”</p><p>“Foi bem no teste?”</p><p>“Demorou, mas chegou longe!”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>TEMPO</p><p>Antes, depois, hoje, ontem, amanhã sempre, nunca,</p><p>cedo e tarde.</p><p>“Sempre que precisar de algo, basta chamar-me.”</p><p>“Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>INTENSIDADE Muito, pouco, bastante, tão, demais, tanto.</p><p>“Eles formam um casal tão bonito!”</p><p>“Elas conversam demais”</p><p>“Você saiu muito depressa”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>AFIRMAÇÃO</p><p>Sim e decerto e palavras afirmativas com o sufixo</p><p>“-mente” (certamente, realmente). Palavras como</p><p>claro e positivo, podem ser advérbio, dependendo</p><p>do contexto.</p><p>“Decerto passaram por aqui”</p><p>“Claro que irei!”</p><p>“Entendi, sim.”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>NEGAÇÃO</p><p>Não e nem. Palavras como negativo,</p><p>n</p><p>d</p><p>a</p><p>Te</p><p>rç</p><p>a</p><p>Q</p><p>u</p><p>ar</p><p>ta</p><p>Q</p><p>u</p><p>in</p><p>ta</p><p>S</p><p>ex</p><p>ta</p><p>S</p><p>áb</p><p>ad</p><p>o</p><p>D</p><p>o</p><p>m</p><p>in</p><p>g</p><p>o</p><p>Língua Portuguesa</p><p>1. Leitura, compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. .................................................................................... 3</p><p>2. Informações literais e inferências. ............................................................................................................................................. 4</p><p>3. Domínio da norma-padrão do português contemporâneo. ...................................................................................................... 4</p><p>4. Gêneros e tipologia textual. ....................................................................................................................................................... 5</p><p>5. Estruturação do texto e dos parágrafos. ................................................................................................................................... 6</p><p>6. Articulação textual: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais..Coerência textual, equivalência e</p><p>transformação de estruturas. Semântica: sentido e substituição de palavras e de expressões no texto .................................. 6</p><p>7. significação contextual de palavras e expressões; denotação e conotação; sinônimos, antônimos, polissemia, homônimos e</p><p>parônimos; ................................................................................................................................................................................. 7</p><p>8. figuras de linguagem. ................................................................................................................................................................. 8</p><p>9. Fonética, fonologia .................................................................................................................................................................... 10</p><p>10. ortografia oficial, ........................................................................................................................................................................ 11</p><p>11. acentuação gráfica ..................................................................................................................................................................... 12</p><p>12. Morfossintaxe: estrutura e formação de palavras ..................................................................................................................... 13</p><p>13. funções das classes de palavras ................................................................................................................................................. 14</p><p>14. emprego de tempos e modos verbais, flexão nominal e verbal ................................................................................................ 24</p><p>15. concordância nominal e verbal .................................................................................................................................................. 27</p><p>16. regência nominal e verbal, ........................................................................................................................................................ 28</p><p>17. emprego do sinal indicativo de crase ......................................................................................................................................... 30</p><p>18. processos de coordenação e subordinação. ............................................................................................................................. 31</p><p>19. Pontuação .................................................................................................................................................................................. 34</p><p>Língua Portuguesa</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>DE GÊNEROS VARIADOS.</p><p>Compreender um texto trata da análise e decodificação do que</p><p>de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-</p><p>pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao</p><p>conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha</p><p>com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.</p><p>Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-</p><p>quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia</p><p>principal. Compreender relações semânticas é uma competência</p><p>imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.</p><p>Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-</p><p>-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-</p><p>fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.</p><p>Busca de sentidos</p><p>Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo</p><p>os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na</p><p>apreensão do conteúdo exposto.</p><p>Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma</p><p>relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já</p><p>citadas ou apresentando novos conceitos.</p><p>Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-</p><p>tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder</p><p>espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas</p><p>entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer</p><p>que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-</p><p>damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.</p><p>Importância da interpretação</p><p>A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se</p><p>informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-</p><p>pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos</p><p>específicos, aprimora a escrita.</p><p>Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-</p><p>tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-</p><p>sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-</p><p>ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,</p><p>pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes</p><p>que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de</p><p>sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais</p><p>presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-</p><p>são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-</p><p>tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-</p><p>ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários,</p><p>estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido,</p><p>retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.</p><p>Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au-</p><p>tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para</p><p>divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas.</p><p>Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você</p><p>precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que</p><p>não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.</p><p>Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão,</p><p>assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.</p><p>Diferença entre compreensão e interpretação</p><p>A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do</p><p>texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-</p><p>ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O</p><p>leitor tira conclusões subjetivas do texto.</p><p>Gêneros Discursivos</p><p>Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso-</p><p>nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou</p><p>totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma</p><p>novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No</p><p>romance nós temos uma história central e várias histórias secun-</p><p>dárias.</p><p>Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente</p><p>imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-</p><p>nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única</p><p>ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações</p><p>encaminham-se diretamente para um desfecho.</p><p>Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia-</p><p>do por sua extensão. Ela fica entre o conto</p><p>nenhum,</p><p>nunca, jamais, entre outras, podem ser advérbio de</p><p>negação, conforme o contexto.</p><p>“Jamais reatarei meu namoro com ele.”</p><p>“Sequer pensou para falar.”</p><p>“Não pediu ajuda.”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>DÚVIDA</p><p>Talvez, quiçá, porventura e palavras que expressem</p><p>dúvida acrescidas do sufixo “-mente”, como</p><p>possivelmente.</p><p>“Quiçá seremos recebidas.”</p><p>“Provavelmente sairei mais cedo.”</p><p>“Talvez eu saia cedo.”</p><p>ADVÉRBIO DE</p><p>INTERROGAÇÃO</p><p>Quando, como, onde, aonde, donde, por que. Esse</p><p>advérbio pode indicar circunstâncias de modo,</p><p>tempo, lugar e causa. É usado somente em frases</p><p>interrogativas diretas ou indiretas.</p><p>“Por que vendeu o livro?” (oração interrogativa direta, que</p><p>indica causa)</p><p>“Quando posso sair?” (oração interrogativa direta, que</p><p>indica tempo)</p><p>“Explica como você fez isso.”</p><p>(oração interrogativa indireta, que indica modo).</p><p>— Conjunção</p><p>As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso,</p><p>estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos</p><p>conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras</p><p>palavras, as conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior mais clareza e precisão</p><p>ao enunciado.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>17</p><p>25</p><p>Conjunções coordenativas: observe o exemplo:</p><p>“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e chamaram o socorro.”</p><p>No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações em um mesmo período: além</p><p>de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que,</p><p>para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as</p><p>relaciona, como coordenativa.</p><p>Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:</p><p>“Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”</p><p>Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido</p><p>da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração</p><p>principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.</p><p>Classificação das conjunções</p><p>Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e subordinação), as conjunções</p><p>possuem subdivisões.</p><p>Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco subclassificações, em função o</p><p>sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco:</p><p>CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS</p><p>Conjunções coordenativas</p><p>aditivas</p><p>Estabelecer relação de adição (positiva</p><p>ou negativa). As principais conjunções</p><p>coordenativas aditivas são “e”, “nem” e</p><p>“também”.</p><p>“No safári, vimos girafas, leões e zebras.” /</p><p>“Ela ainda não chegou, nem sabemos quando vai</p><p>chegar.”</p><p>Conjunções coordenativas</p><p>adversativas</p><p>Estabelecer relação de oposição. As principais</p><p>conjunções coordenativas adversativas</p><p>são “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”,</p><p>“entretanto”.</p><p>“Havia flores no jardim, mas estavam murchando.” /</p><p>“Era inteligente e bom com palavras, entretanto,</p><p>estava nervoso na prova.”</p><p>Conjunções coordenativas</p><p>alternativas</p><p>Estabelecer relação de alternância. As principais</p><p>conjunções coordenativas alternativas são “ou”,</p><p>“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..</p><p>“Pode ser que o resultado saia amanhã ou depois.” /</p><p>“Ora queria viver ali para sempre, ora queria mudar</p><p>de país.”</p><p>Conjunções coordenativas</p><p>conclusivas</p><p>Estabelecer relação de conclusão. As principais</p><p>conjunções coordenativas conclusivas são</p><p>“portanto”, “então”, “assim”, “logo”.</p><p>“Não era bem remunerada, então decidi trocar de</p><p>emprego.” /</p><p>“Penso, logo existo.”</p><p>Conjunções coordenativas</p><p>explicativas</p><p>Estabelecer relação de explicação. As principais</p><p>conjunções coordenativas explicativas são</p><p>“porque”, “pois”, “porquanto”.</p><p>“Quisemos viajar porque não conseguiríamos</p><p>descansar aqui em casa.” /</p><p>“Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”</p><p>Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser</p><p>de dois subtipos:</p><p>1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,</p><p>complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos:</p><p>«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.”</p><p>“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”</p><p>2626</p><p>2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração</p><p>principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:</p><p>CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS</p><p>Conjunções Integrantes</p><p>São empregadas para introduzir a oração que</p><p>cumpre a função de sujeito, objeto direito,</p><p>objeto indireto, predicativo, complemento</p><p>nominal ou aposto de outra oração.</p><p>Que e se. Analise:</p><p>“É obrigatório que o senhor compareça na data</p><p>agendada.” e</p><p>“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”</p><p>Conjunções subornativas</p><p>causais</p><p>Introduzem uma oração subordinada que</p><p>denota causa.</p><p>Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto</p><p>que, que, porquanto.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>conformativas</p><p>Estabelecer relação de alternância. As principais</p><p>conjunções coordenativas alternativas são “ou”,</p><p>“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..</p><p>Conforme, segundo, como, consoante.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>condicionais</p><p>Introduzem uma oração subordinada em que é</p><p>indicada uma hipótese ou uma condição necessária</p><p>para que seja realizada ou não o fato principal.</p><p>Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado que, a</p><p>menos que, a não ser que.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>comparativas</p><p>Introduzem uma oração que expressa uma</p><p>comparação.</p><p>Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas de que</p><p>ou do que. Qual depois de tal. Quanto depois de tanto.</p><p>Como, assim como, como se, bem como, que nem.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>concessivas</p><p>Indicam uma oração em que se admite um</p><p>fato contrário à ação principal, mas incapaz de</p><p>impedí-la.</p><p>Por mais que, por menos que, apesar de que, embora,</p><p>conquanto, mesmo que, ainda que, se bem que.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>proporcionais</p><p>Introduzem uma oração, cujos acontecimentos</p><p>são simultâneos, concomitantes, ou seja,</p><p>ocorrem no mesmo espaço temporal daqueles</p><p>contidos na outra oração.</p><p>À proporção que, ao passo que, à medida que, à</p><p>proporção que.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>temporais</p><p>Introduzem uma oração subordinada indicadora</p><p>de circunstância de tempo.</p><p>Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas as</p><p>vezes que, antes que, sempre que, logo que, mal, quando.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>consecutivas</p><p>Introduzem uma oração na qual é indicada a</p><p>consequência do que foi declarado na oração</p><p>anterior.</p><p>Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida pelo</p><p>que em outra oração). De maneira que, de forma que,</p><p>de sorte que, de modo que.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>finais</p><p>Introduzem uma oração indicando a finalidade</p><p>da oração principal. A fim de que, para que.</p><p>— Numeral</p><p>É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma sequência. Os</p><p>numerais podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos</p><p>(dobro, triplo, quádruplo). Antes de nos aprofundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais, que tem três principais finalidades:</p><p>1 – Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados os</p><p>numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10 (Parágrafo 10).</p><p>2 – Indicar os dias</p><p>do mês: nessas situações, empregam-se os numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do primeiro</p><p>dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal. Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto.</p><p>3 – Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o substantivo emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o décimo</p><p>utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV (quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis).</p><p>Os tipos de numerais</p><p>Cardinais: são os números em sua forma fundamental e exprimem quantidades.</p><p>Exemplos: um dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil.</p><p>– Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, quinhentos/quinhentas).</p><p>– Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante.</p><p>– Apalavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio e Pedro fizeram o teste,</p><p>mas os dois/ambos foram reprovados.</p><p>Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segundo, décimo, centésimo, milésimo…), isto é, apresentam a ordem de</p><p>sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>18</p><p>25</p><p>Conjunções coordenativas: observe o exemplo:</p><p>“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e chamaram o socorro.”</p><p>No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações em um mesmo período: além</p><p>de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que,</p><p>para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as</p><p>relaciona, como coordenativa.</p><p>Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:</p><p>“Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”</p><p>Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido</p><p>da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração</p><p>principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.</p><p>Classificação das conjunções</p><p>Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e subordinação), as conjunções</p><p>possuem subdivisões.</p><p>Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco subclassificações, em função o</p><p>sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco:</p><p>CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS</p><p>Conjunções coordenativas</p><p>aditivas</p><p>Estabelecer relação de adição (positiva</p><p>ou negativa). As principais conjunções</p><p>coordenativas aditivas são “e”, “nem” e</p><p>“também”.</p><p>“No safári, vimos girafas, leões e zebras.” /</p><p>“Ela ainda não chegou, nem sabemos quando vai</p><p>chegar.”</p><p>Conjunções coordenativas</p><p>adversativas</p><p>Estabelecer relação de oposição. As principais</p><p>conjunções coordenativas adversativas</p><p>são “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”,</p><p>“entretanto”.</p><p>“Havia flores no jardim, mas estavam murchando.” /</p><p>“Era inteligente e bom com palavras, entretanto,</p><p>estava nervoso na prova.”</p><p>Conjunções coordenativas</p><p>alternativas</p><p>Estabelecer relação de alternância. As principais</p><p>conjunções coordenativas alternativas são “ou”,</p><p>“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..</p><p>“Pode ser que o resultado saia amanhã ou depois.” /</p><p>“Ora queria viver ali para sempre, ora queria mudar</p><p>de país.”</p><p>Conjunções coordenativas</p><p>conclusivas</p><p>Estabelecer relação de conclusão. As principais</p><p>conjunções coordenativas conclusivas são</p><p>“portanto”, “então”, “assim”, “logo”.</p><p>“Não era bem remunerada, então decidi trocar de</p><p>emprego.” /</p><p>“Penso, logo existo.”</p><p>Conjunções coordenativas</p><p>explicativas</p><p>Estabelecer relação de explicação. As principais</p><p>conjunções coordenativas explicativas são</p><p>“porque”, “pois”, “porquanto”.</p><p>“Quisemos viajar porque não conseguiríamos</p><p>descansar aqui em casa.” /</p><p>“Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”</p><p>Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser</p><p>de dois subtipos:</p><p>1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,</p><p>complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos:</p><p>«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.”</p><p>“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”</p><p>2626</p><p>2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração</p><p>principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:</p><p>CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS</p><p>Conjunções Integrantes</p><p>São empregadas para introduzir a oração que</p><p>cumpre a função de sujeito, objeto direito,</p><p>objeto indireto, predicativo, complemento</p><p>nominal ou aposto de outra oração.</p><p>Que e se. Analise:</p><p>“É obrigatório que o senhor compareça na data</p><p>agendada.” e</p><p>“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”</p><p>Conjunções subornativas</p><p>causais</p><p>Introduzem uma oração subordinada que</p><p>denota causa.</p><p>Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto</p><p>que, que, porquanto.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>conformativas</p><p>Estabelecer relação de alternância. As principais</p><p>conjunções coordenativas alternativas são “ou”,</p><p>“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..</p><p>Conforme, segundo, como, consoante.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>condicionais</p><p>Introduzem uma oração subordinada em que é</p><p>indicada uma hipótese ou uma condição necessária</p><p>para que seja realizada ou não o fato principal.</p><p>Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado que, a</p><p>menos que, a não ser que.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>comparativas</p><p>Introduzem uma oração que expressa uma</p><p>comparação.</p><p>Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas de que</p><p>ou do que. Qual depois de tal. Quanto depois de tanto.</p><p>Como, assim como, como se, bem como, que nem.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>concessivas</p><p>Indicam uma oração em que se admite um</p><p>fato contrário à ação principal, mas incapaz de</p><p>impedí-la.</p><p>Por mais que, por menos que, apesar de que, embora,</p><p>conquanto, mesmo que, ainda que, se bem que.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>proporcionais</p><p>Introduzem uma oração, cujos acontecimentos</p><p>são simultâneos, concomitantes, ou seja,</p><p>ocorrem no mesmo espaço temporal daqueles</p><p>contidos na outra oração.</p><p>À proporção que, ao passo que, à medida que, à</p><p>proporção que.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>temporais</p><p>Introduzem uma oração subordinada indicadora</p><p>de circunstância de tempo.</p><p>Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas as</p><p>vezes que, antes que, sempre que, logo que, mal, quando.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>consecutivas</p><p>Introduzem uma oração na qual é indicada a</p><p>consequência do que foi declarado na oração</p><p>anterior.</p><p>Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida pelo</p><p>que em outra oração). De maneira que, de forma que,</p><p>de sorte que, de modo que.</p><p>Conjunções subornativas</p><p>finais</p><p>Introduzem uma oração indicando a finalidade</p><p>da oração principal. A fim de que, para que.</p><p>— Numeral</p><p>É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma sequência. Os</p><p>numerais podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos</p><p>(dobro, triplo, quádruplo). Antes de nos aprofundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais, que tem três principais finalidades:</p><p>1 – Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados os</p><p>numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10 (Parágrafo 10).</p><p>2 – Indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do primeiro</p><p>dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal.</p><p>Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto.</p><p>3 – Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o substantivo emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o décimo</p><p>utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV (quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis).</p><p>Os tipos de numerais</p><p>Cardinais: são os números em sua forma fundamental e exprimem quantidades.</p><p>Exemplos: um dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil.</p><p>– Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, quinhentos/quinhentas).</p><p>– Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante.</p><p>– Apalavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio e Pedro fizeram o teste,</p><p>mas os dois/ambos foram reprovados.</p><p>Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segundo, décimo, centésimo, milésimo…), isto é, apresentam a ordem de</p><p>sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>19</p><p>27</p><p>– Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e</p><p>feminino) e número (singular e plural). Exemplos: primeiro/</p><p>primeira, primeiros/primeiras, décimo/décimos, décima/décimas,</p><p>trigésimo/trigésimos, trigésima/trigésimas.</p><p>– Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo.</p><p>Exemplo: A carne de segunda está na promoção.</p><p>Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas</p><p>reduzidas, ou seja, para representar uma parte de um todo.</p><p>Exemplos: meio ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três</p><p>quartos (¾), 1/12 avos.</p><p>– Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino</p><p>e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: meio copo de</p><p>leite, meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo.</p><p>Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre</p><p>um grupo, seja de coisas ou objetos ou coisas, ao atribuir-lhes uma</p><p>característica que determina o aumento por meio dos múltiplos.</p><p>Exemplos: dobro, triplo, undécuplo, doze vezes, cêntuplo.</p><p>– Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando</p><p>atuam como adjetivo, pois, nesse caso, passam a flexionar número</p><p>e gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios,</p><p>duplos sentidos.</p><p>Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem</p><p>quantidades precisas, como dezena (10 unidades) ou dúzia (12</p><p>unidades).</p><p>– Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/</p><p>unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas.</p><p>— Preposição</p><p>Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações</p><p>gramaticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e</p><p>advérbios) exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas</p><p>relações entre as unidades linguísticas dentro do enunciado,</p><p>as preposições não possuem significado próprio se isoladas no</p><p>discurso. Em razão disso, as preposições são consideradas classe</p><p>gramatical dependente, ou seja, sua função gramatical (organização</p><p>e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico, que</p><p>gera significado e sentido, esteja presente, possui um valor menor.</p><p>Classificação das preposições</p><p>Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua</p><p>propriamente como preposições, sem outra função. São elas: a,</p><p>antes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante,</p><p>por (ou per, em dadas variantes geográficas ou históricas), sem,</p><p>sob, sobre, trás.</p><p>Exemplo 1 – ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em</p><p>ambas as sentenças, a preposição de manteve-se sempre sendo</p><p>preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades</p><p>linguísticas diferentes, garantindo-lhes classificações distintas</p><p>conforme o contexto.</p><p>Exemplo 2 – “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Finalizei</p><p>o quadro com textura.” Perceba que nas duas fases, a mesma</p><p>preposição tem significados distintos: na primeira, indica recurso/</p><p>instrumento; na segunda, exprime companhia. Por isso, afirma-se</p><p>que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao</p><p>valor estrutural (gramática).</p><p>Classificação das preposições</p><p>Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não</p><p>apresentam função de preposição, porém, a depender do contexto,</p><p>podem assumir essa atribuição. São elas: afora, como, conforme,</p><p>durante, exceto, feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre</p><p>outras.</p><p>Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do</p><p>suspeito apresentaram contradições.” A palavra “segundo”, que,</p><p>normalmente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao</p><p>ser inserida nesse contexto, passou a ser uma preposição acidental,</p><p>por tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”.</p><p>Locuções prepositivas</p><p>Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e</p><p>emprego de uma preposição. As principais locuções prepositivas</p><p>são constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da</p><p>preposição de, a ou com. Confira algumas das principais locuções</p><p>prepositivas.</p><p>abaixo de de acordo junto a</p><p>acerca de debaixo de junto de</p><p>acima de de modo a não obstante</p><p>a fim de dentro de para com</p><p>à frente de diante de por debaixo de</p><p>antes de embaixo de por cima de</p><p>a respeito de em cima de por dentro de</p><p>atrás de em frente de por detrás de</p><p>através de em razão de quanto a</p><p>com respeito a fora de sem embargo de</p><p>— Interjeição</p><p>É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que</p><p>manifestam por parte do emissor do enunciado uma surpresa, uma</p><p>hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc.,</p><p>por parte do emissor do enunciado. São as chamadas unidades</p><p>autônomas, que usufruem de independência em relação aos demais</p><p>elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas</p><p>também para chamar exigir algo ou para chamar a atenção do</p><p>interlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como:</p><p>– Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras</p><p>que, associadas, assumem o valor de interjeição. Exemplos: “Ai de</p><p>mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”.</p><p>– Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!”</p><p>– Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!»</p><p>2828</p><p>Os tipos de interjeição</p><p>De acordo com as reações que expressam, as interjeições</p><p>podem ser de:</p><p>ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!”</p><p>ALÍVIO “Ah!, “Ufa!”</p><p>ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!”</p><p>APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!”</p><p>APLAUSO “Bravo!”, “Bis!”</p><p>DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!”</p><p>DESEJO “Tomara!”</p><p>DOR “Ai!”, “Ui!”</p><p>DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!”</p><p>ESPANTO “Eita!”, “Ué!”</p><p>IMPACIÊNCIA</p><p>(FRUSTRAÇÃO) “Puxa!”</p><p>IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!”</p><p>SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!”</p><p>SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!”</p><p>EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS, FLEXÃO NOMI-</p><p>NAL E VERBAL</p><p>É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo,</p><p>fenômeno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em:</p><p>Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não</p><p>têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do</p><p>verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação),</p><p>“-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação). Observe</p><p>o exemplo do verbo “nutrir”:</p><p>– Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu</p><p>significado).</p><p>– Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e,</p><p>tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singular</p><p>ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo</p><p>(pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse</p><p>no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações,</p><p>tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro;</p><p>tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem.</p><p>– Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos</p><p>regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou</p><p>têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma.</p><p>Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito</p><p>do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos;</p><p>vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda</p><p>conjugação (-er) tem seu radical,</p><p>diz, alterado, além de apresentar</p><p>duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer</p><p>fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo</p><p>seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram.</p><p>1) Número: singular ou plural</p><p>Ex.: ando, andas, anda → singular</p><p>andamos, andais, andam → plural</p><p>2) Pessoas: são três.</p><p>a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes eu</p><p>(singular) e nós (plural).</p><p>Ex.: escreverei, escreveremos.</p><p>b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos pro-</p><p>nomes tu (singular) e vós (plural).</p><p>Ex.: escreverás, escrevereis.</p><p>c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde aos</p><p>pronomes ele ou ela (singular) e eles ou elas (plural).</p><p>Ex.: escreverá, escreverão.</p><p>3) Modos: são três.</p><p>a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva, indu-</p><p>bitável. Ex.: vendo.</p><p>b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira duvidosa, hi-</p><p>potética. Ex.: que eu venda.</p><p>c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma or-</p><p>dem. Ex.: venda!</p><p>4) Tempos: são três.</p><p>a) Presente: falo</p><p>b) Pretérito:</p><p>- Perfeito: falei</p><p>- Imperfeito: falava</p><p>- Mais-que-perfeito: falara</p><p>Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o imperfei-</p><p>to, uma ação que se prolongava num determinado ponto do pas-</p><p>sado; o mais-que-perfeito, uma ação passada em relação a outra</p><p>ação, também passada. Ex.:</p><p>Eu cantei aquela música. (perfeito)</p><p>Eu cantava aquela música. (imperfeito)</p><p>Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito)</p><p>c) Futuro:</p><p>- Do presente: estudaremos</p><p>- Do pretérito: estudaríamos</p><p>Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos simples,</p><p>temos apenas o presente, o pretérito imperfeito e o futuro (sem</p><p>divisão). Os tempos compostos serão estudados mais adiante.</p><p>5) Vozes: são três.</p><p>a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal.</p><p>Ex.: O carro derrubou o poste.</p><p>b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal.</p><p>- Analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar.</p><p>Ex.: O poste foi derrubado pelo carro.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>20</p><p>27</p><p>– Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e</p><p>feminino) e número (singular e plural). Exemplos: primeiro/</p><p>primeira, primeiros/primeiras, décimo/décimos, décima/décimas,</p><p>trigésimo/trigésimos, trigésima/trigésimas.</p><p>– Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo.</p><p>Exemplo: A carne de segunda está na promoção.</p><p>Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas</p><p>reduzidas, ou seja, para representar uma parte de um todo.</p><p>Exemplos: meio ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três</p><p>quartos (¾), 1/12 avos.</p><p>– Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino</p><p>e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: meio copo de</p><p>leite, meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo.</p><p>Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre</p><p>um grupo, seja de coisas ou objetos ou coisas, ao atribuir-lhes uma</p><p>característica que determina o aumento por meio dos múltiplos.</p><p>Exemplos: dobro, triplo, undécuplo, doze vezes, cêntuplo.</p><p>– Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando</p><p>atuam como adjetivo, pois, nesse caso, passam a flexionar número</p><p>e gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios,</p><p>duplos sentidos.</p><p>Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem</p><p>quantidades precisas, como dezena (10 unidades) ou dúzia (12</p><p>unidades).</p><p>– Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/</p><p>unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas.</p><p>— Preposição</p><p>Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações</p><p>gramaticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e</p><p>advérbios) exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas</p><p>relações entre as unidades linguísticas dentro do enunciado,</p><p>as preposições não possuem significado próprio se isoladas no</p><p>discurso. Em razão disso, as preposições são consideradas classe</p><p>gramatical dependente, ou seja, sua função gramatical (organização</p><p>e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico, que</p><p>gera significado e sentido, esteja presente, possui um valor menor.</p><p>Classificação das preposições</p><p>Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua</p><p>propriamente como preposições, sem outra função. São elas: a,</p><p>antes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante,</p><p>por (ou per, em dadas variantes geográficas ou históricas), sem,</p><p>sob, sobre, trás.</p><p>Exemplo 1 – ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em</p><p>ambas as sentenças, a preposição de manteve-se sempre sendo</p><p>preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades</p><p>linguísticas diferentes, garantindo-lhes classificações distintas</p><p>conforme o contexto.</p><p>Exemplo 2 – “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Finalizei</p><p>o quadro com textura.” Perceba que nas duas fases, a mesma</p><p>preposição tem significados distintos: na primeira, indica recurso/</p><p>instrumento; na segunda, exprime companhia. Por isso, afirma-se</p><p>que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao</p><p>valor estrutural (gramática).</p><p>Classificação das preposições</p><p>Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não</p><p>apresentam função de preposição, porém, a depender do contexto,</p><p>podem assumir essa atribuição. São elas: afora, como, conforme,</p><p>durante, exceto, feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre</p><p>outras.</p><p>Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do</p><p>suspeito apresentaram contradições.” A palavra “segundo”, que,</p><p>normalmente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao</p><p>ser inserida nesse contexto, passou a ser uma preposição acidental,</p><p>por tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”.</p><p>Locuções prepositivas</p><p>Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e</p><p>emprego de uma preposição. As principais locuções prepositivas</p><p>são constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da</p><p>preposição de, a ou com. Confira algumas das principais locuções</p><p>prepositivas.</p><p>abaixo de de acordo junto a</p><p>acerca de debaixo de junto de</p><p>acima de de modo a não obstante</p><p>a fim de dentro de para com</p><p>à frente de diante de por debaixo de</p><p>antes de embaixo de por cima de</p><p>a respeito de em cima de por dentro de</p><p>atrás de em frente de por detrás de</p><p>através de em razão de quanto a</p><p>com respeito a fora de sem embargo de</p><p>— Interjeição</p><p>É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que</p><p>manifestam por parte do emissor do enunciado uma surpresa, uma</p><p>hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc.,</p><p>por parte do emissor do enunciado. São as chamadas unidades</p><p>autônomas, que usufruem de independência em relação aos demais</p><p>elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas</p><p>também para chamar exigir algo ou para chamar a atenção do</p><p>interlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como:</p><p>– Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras</p><p>que, associadas, assumem o valor de interjeição. Exemplos: “Ai de</p><p>mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”.</p><p>– Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!”</p><p>– Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!»</p><p>2828</p><p>Os tipos de interjeição</p><p>De acordo com as reações que expressam, as interjeições</p><p>podem ser de:</p><p>ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!”</p><p>ALÍVIO “Ah!, “Ufa!”</p><p>ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!”</p><p>APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!”</p><p>APLAUSO “Bravo!”, “Bis!”</p><p>DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!”</p><p>DESEJO “Tomara!”</p><p>DOR “Ai!”, “Ui!”</p><p>DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!”</p><p>ESPANTO “Eita!”, “Ué!”</p><p>IMPACIÊNCIA</p><p>(FRUSTRAÇÃO) “Puxa!”</p><p>IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!”</p><p>SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!”</p><p>SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!”</p><p>EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS, FLEXÃO NOMI-</p><p>NAL E VERBAL</p><p>É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo,</p><p>fenômeno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em:</p><p>Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não</p><p>têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do</p><p>verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação),</p><p>“-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação). Observe</p><p>o exemplo do verbo “nutrir”:</p><p>– Radical: nutr (a parte</p><p>principal da palavra, onde reside seu</p><p>significado).</p><p>– Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e,</p><p>tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singular</p><p>ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo</p><p>(pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse</p><p>no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações,</p><p>tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro;</p><p>tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem.</p><p>– Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos</p><p>regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou</p><p>têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma.</p><p>Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito</p><p>do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos;</p><p>vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda</p><p>conjugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar</p><p>duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer</p><p>fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo</p><p>seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram.</p><p>1) Número: singular ou plural</p><p>Ex.: ando, andas, anda → singular</p><p>andamos, andais, andam → plural</p><p>2) Pessoas: são três.</p><p>a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes eu</p><p>(singular) e nós (plural).</p><p>Ex.: escreverei, escreveremos.</p><p>b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos pro-</p><p>nomes tu (singular) e vós (plural).</p><p>Ex.: escreverás, escrevereis.</p><p>c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde aos</p><p>pronomes ele ou ela (singular) e eles ou elas (plural).</p><p>Ex.: escreverá, escreverão.</p><p>3) Modos: são três.</p><p>a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva, indu-</p><p>bitável. Ex.: vendo.</p><p>b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira duvidosa, hi-</p><p>potética. Ex.: que eu venda.</p><p>c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma or-</p><p>dem. Ex.: venda!</p><p>4) Tempos: são três.</p><p>a) Presente: falo</p><p>b) Pretérito:</p><p>- Perfeito: falei</p><p>- Imperfeito: falava</p><p>- Mais-que-perfeito: falara</p><p>Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o imperfei-</p><p>to, uma ação que se prolongava num determinado ponto do pas-</p><p>sado; o mais-que-perfeito, uma ação passada em relação a outra</p><p>ação, também passada. Ex.:</p><p>Eu cantei aquela música. (perfeito)</p><p>Eu cantava aquela música. (imperfeito)</p><p>Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito)</p><p>c) Futuro:</p><p>- Do presente: estudaremos</p><p>- Do pretérito: estudaríamos</p><p>Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos simples,</p><p>temos apenas o presente, o pretérito imperfeito e o futuro (sem</p><p>divisão). Os tempos compostos serão estudados mais adiante.</p><p>5) Vozes: são três.</p><p>a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal.</p><p>Ex.: O carro derrubou o poste.</p><p>b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal.</p><p>- Analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar.</p><p>Ex.: O poste foi derrubado pelo carro.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>21</p><p>29</p><p>- Sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se.</p><p>Ex.: Derrubou-se o poste.</p><p>Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou partícula</p><p>apassivadora) na sétima lição: concordância verbal.</p><p>c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece um</p><p>pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machucou.</p><p>Formação do Imperativo</p><p>1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo menos a</p><p>letra s; você, nós e vocês, do presente do subjuntivo.</p><p>Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber</p><p>Bebo → beba</p><p>bebes → bebe (tu) bebas</p><p>bebe beba → beba (você)</p><p>bebemos bebamos → bebamos (nós)</p><p>bebeis → bebei (vós) bebais</p><p>bebem bebam → bebam (vocês)</p><p>Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam.</p><p>2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra não.</p><p>Ex.: beba</p><p>bebas → não bebas (tu)</p><p>beba → não beba (você)</p><p>bebamos → não bebamos (nós)</p><p>bebais → não bebais (vós)</p><p>bebam → não bebam (vocês)</p><p>Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não bebais,</p><p>não bebam.</p><p>Observações:</p><p>a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular, eu; a</p><p>terceira pessoa é você.</p><p>b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do pre-</p><p>sente do indicativo. Eis o seu imperativo:</p><p>- Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam.</p><p>- Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não</p><p>sejam.</p><p>c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode</p><p>mudar. Se começamos a tratar a pessoa por você, não podemos</p><p>passar para tu, e vice-versa.</p><p>Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu)</p><p>Peça agora a sua comida. (tratamento: você)</p><p>d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo afir-</p><p>mativo, perder também a letra e que aparece antes da desinência s.</p><p>Ex.: faze (tu) ou faz (tu)</p><p>dize (tu) ou diz (tu)</p><p>e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego do</p><p>imperativo. É assunto muito cobrado em concursos públicos.</p><p>Tempos Primitivos e Tempos Derivados</p><p>1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira pes-</p><p>soa do singular sai todo o presente do subjuntivo.</p><p>Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc.</p><p>dizes</p><p>diz</p><p>Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que não</p><p>apresentam a desinência o na primeira pessoa do singular.</p><p>Ex.: eu sou → que eu seja.</p><p>eu sei → que eu saiba.</p><p>2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda pessoa</p><p>do singular saem:</p><p>a) o mais-que-perfeito.</p><p>Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos,</p><p>coubéreis, couberam.</p><p>b) o imperfeito do subjuntivo.</p><p>Ex.: coubeste → coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos,</p><p>coubésseis, coubessem.</p><p>c) o futuro do subjuntivo.</p><p>Ex.: coubeste → couber, couberes, couber, coubermos, couber-</p><p>des, couberem.</p><p>3) Do infinitivo impessoal derivam:</p><p>a) o imperfeito do indicativo.</p><p>Ex.: caber → cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam.</p><p>b) o futuro do presente.</p><p>Ex.: caber → caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis,</p><p>caberão.</p><p>c) o futuro do pretérito.</p><p>Ex.: caber → caberia, caberias, caberia, caberíamos, caberíeis,</p><p>caberiam.</p><p>d) o infinitivo pessoal.</p><p>Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes, cabe-</p><p>rem.</p><p>e) o gerúndio.</p><p>Ex.: caber → cabendo.</p><p>f) o particípio.</p><p>Ex.: caber → cabido.</p><p>Tempos Compostos</p><p>Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter ou</p><p>haver) mais o particípio do verbo que se quer conjugar.</p><p>1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais particí-</p><p>pio do verbo principal.</p><p>Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do indica-</p><p>tivo tenha falado ou haja falado → perfeito composto do subjuntivo.</p><p>3030</p><p>2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar mais</p><p>particípio do principal.</p><p>Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do indicativo.</p><p>tivesse falado → mais-que-perfeito composto do subjuntivo.</p><p>3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar.</p><p>Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é futuro</p><p>do presente).</p><p>Verbos Irregulares Comuns em Concursos</p><p>É importante saber a conjugação dos verbos que seguem. Eles</p><p>estão conjugados apenas nas pessoas, tempos e modos mais pro-</p><p>blemáticos.</p><p>1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem integral-</p><p>mente o verbo pôr.</p><p>Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc.</p><p>pus → compus, repus, expus etc.</p><p>2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente o</p><p>verbo ter.</p><p>Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc.</p><p>tiveste → retiveste, mantiveste etc.</p><p>3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem integralmente o</p><p>verbo vir.</p><p>Ex.: vierem → intervierem, provierem etc.</p><p>vim → intervim, convim etc.</p><p>4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o verbo</p><p>ver.</p><p>Ex.: vi → revi, previ etc.</p><p>víssemos → prevíssemos, antevíssemos etc.</p><p>Observações:</p><p>- Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado se-</p><p>gue a conjugação do seu primitivo. Basta conjugar o verbo primitivo</p><p>e recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão origem a verbos</p><p>derivados. Por exemplo, dizer, haver e fazer. Para eles, vale a mesma</p><p>regra explicada acima.</p><p>Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente se</p><p>fala por aí).</p><p>- Requerer e prover não seguem integralmente os verbos que-</p><p>rer e ver.</p><p>Eles serão mostrados mais adiante.</p><p>5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu, cre-</p><p>mos, crestes, creram.</p><p>6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo fe-</p><p>chado em todos os tempos, inclusive o presente do indicativo. Ex.: A</p><p>bomba estoura. (e não estóra, como normalmente se diz).</p><p>7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir, expe-</p><p>lir, repelir:</p><p>a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, ade-</p><p>rimos, aderem.</p><p>b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, adi-</p><p>rais, adiram.</p><p>Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na primeira</p><p>pessoa do singular do presente do indicativo e em todas do presen-</p><p>te do subjuntivo.</p><p>8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar:</p><p>a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo, enxá-</p><p>guas, enxágua.</p><p>b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue, enxá-</p><p>gues, enxágue.</p><p>9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi, argui-</p><p>mos, arguis, argúem.</p><p>10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do subjuntivo:</p><p>apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos, apazigueis, apazi-</p><p>gúem.</p><p>11) Mobiliar:</p><p>a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília, mobilia-</p><p>mos, mobiliais, mobíliam.</p><p>b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie, mobilie-</p><p>mos, mobilieis, mobíliem.</p><p>12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos,</p><p>polis, pulem.</p><p>13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros termina-</p><p>dos em ear)</p><p>a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia, passea-</p><p>mos, passeais, passeiam.</p><p>b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie, passee-</p><p>mos, passeeis, passeiem.</p><p>Observações:</p><p>- Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o diton-</p><p>go ei nas formas rizotônicas, mas apenas nos dois presentes.</p><p>- Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto.</p><p>Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia.</p><p>14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares.</p><p>Ex.: confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam.</p><p>Observações:</p><p>- Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas rizotônicas.</p><p>- Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar, ape-</p><p>sar de terminarem em iar, apresentam o ditongo ei.</p><p>Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, medeiam,</p><p>medeie, medeies, medeie, mediemos, medieis, medeiem.</p><p>15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do pre-</p><p>sente do indicativo e, consequentemente, em todo o presente do</p><p>subjuntivo.</p><p>Ex.: requeiro, requeres, requer</p><p>requeira, requeiras, requeira</p><p>requeri, requereste, requereu</p><p>Língua Portuguesa</p><p>22</p><p>29</p><p>- Sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se.</p><p>Ex.: Derrubou-se o poste.</p><p>Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou partícula</p><p>apassivadora) na sétima lição: concordância verbal.</p><p>c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece um</p><p>pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machucou.</p><p>Formação do Imperativo</p><p>1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo menos a</p><p>letra s; você, nós e vocês, do presente do subjuntivo.</p><p>Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber</p><p>Bebo → beba</p><p>bebes → bebe (tu) bebas</p><p>bebe beba → beba (você)</p><p>bebemos bebamos → bebamos (nós)</p><p>bebeis → bebei (vós) bebais</p><p>bebem bebam → bebam (vocês)</p><p>Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam.</p><p>2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra não.</p><p>Ex.: beba</p><p>bebas → não bebas (tu)</p><p>beba → não beba (você)</p><p>bebamos → não bebamos (nós)</p><p>bebais → não bebais (vós)</p><p>bebam → não bebam (vocês)</p><p>Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não bebais,</p><p>não bebam.</p><p>Observações:</p><p>a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular, eu; a</p><p>terceira pessoa é você.</p><p>b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do pre-</p><p>sente do indicativo. Eis o seu imperativo:</p><p>- Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam.</p><p>- Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não</p><p>sejam.</p><p>c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode</p><p>mudar. Se começamos a tratar a pessoa por você, não podemos</p><p>passar para tu, e vice-versa.</p><p>Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu)</p><p>Peça agora a sua comida. (tratamento: você)</p><p>d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo afir-</p><p>mativo, perder também a letra e que aparece antes da desinência s.</p><p>Ex.: faze (tu) ou faz (tu)</p><p>dize (tu) ou diz (tu)</p><p>e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego do</p><p>imperativo. É assunto muito cobrado em concursos públicos.</p><p>Tempos Primitivos e Tempos Derivados</p><p>1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira pes-</p><p>soa do singular sai todo o presente do subjuntivo.</p><p>Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc.</p><p>dizes</p><p>diz</p><p>Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que não</p><p>apresentam a desinência o na primeira pessoa do singular.</p><p>Ex.: eu sou → que eu seja.</p><p>eu sei → que eu saiba.</p><p>2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda pessoa</p><p>do singular saem:</p><p>a) o mais-que-perfeito.</p><p>Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos,</p><p>coubéreis, couberam.</p><p>b) o imperfeito do subjuntivo.</p><p>Ex.: coubeste → coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos,</p><p>coubésseis, coubessem.</p><p>c) o futuro do subjuntivo.</p><p>Ex.: coubeste → couber, couberes, couber, coubermos, couber-</p><p>des, couberem.</p><p>3) Do infinitivo impessoal derivam:</p><p>a) o imperfeito do indicativo.</p><p>Ex.: caber → cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam.</p><p>b) o futuro do presente.</p><p>Ex.: caber → caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis,</p><p>caberão.</p><p>c) o futuro do pretérito.</p><p>Ex.: caber → caberia, caberias, caberia, caberíamos, caberíeis,</p><p>caberiam.</p><p>d) o infinitivo pessoal.</p><p>Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes, cabe-</p><p>rem.</p><p>e) o gerúndio.</p><p>Ex.: caber → cabendo.</p><p>f) o particípio.</p><p>Ex.: caber → cabido.</p><p>Tempos Compostos</p><p>Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter ou</p><p>haver) mais o particípio do verbo que se quer conjugar.</p><p>1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais particí-</p><p>pio do verbo principal.</p><p>Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do indica-</p><p>tivo tenha falado ou haja falado → perfeito composto do subjuntivo.</p><p>3030</p><p>2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar mais</p><p>particípio do principal.</p><p>Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do indicativo.</p><p>tivesse falado → mais-que-perfeito composto do subjuntivo.</p><p>3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar.</p><p>Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é futuro</p><p>do presente).</p><p>Verbos Irregulares Comuns em Concursos</p><p>É importante saber a conjugação dos verbos que seguem. Eles</p><p>estão conjugados apenas nas pessoas, tempos e modos mais pro-</p><p>blemáticos.</p><p>1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem integral-</p><p>mente o verbo pôr.</p><p>Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc.</p><p>pus → compus, repus, expus etc.</p><p>2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente o</p><p>verbo ter.</p><p>Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc.</p><p>tiveste → retiveste, mantiveste etc.</p><p>3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem integralmente o</p><p>verbo vir.</p><p>Ex.: vierem → intervierem, provierem etc.</p><p>vim → intervim, convim etc.</p><p>4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o verbo</p><p>ver.</p><p>Ex.: vi → revi, previ etc.</p><p>víssemos → prevíssemos, antevíssemos etc.</p><p>Observações:</p><p>- Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado se-</p><p>gue a conjugação do seu primitivo. Basta conjugar o verbo primitivo</p><p>e recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão origem a verbos</p><p>derivados. Por exemplo, dizer, haver e fazer. Para eles, vale a mesma</p><p>regra explicada acima.</p><p>Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente se</p><p>fala por aí).</p><p>- Requerer e prover não seguem integralmente os verbos que-</p><p>rer e ver. Eles serão mostrados mais adiante.</p><p>5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu, cre-</p><p>mos, crestes, creram.</p><p>6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo fe-</p><p>chado em todos os tempos, inclusive o presente do indicativo. Ex.: A</p><p>bomba estoura. (e não estóra, como normalmente se diz).</p><p>7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir,</p><p>impelir, expe-</p><p>lir, repelir:</p><p>a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, ade-</p><p>rimos, aderem.</p><p>b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, adi-</p><p>rais, adiram.</p><p>Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na primeira</p><p>pessoa do singular do presente do indicativo e em todas do presen-</p><p>te do subjuntivo.</p><p>8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar:</p><p>a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo, enxá-</p><p>guas, enxágua.</p><p>b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue, enxá-</p><p>gues, enxágue.</p><p>9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi, argui-</p><p>mos, arguis, argúem.</p><p>10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do subjuntivo:</p><p>apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos, apazigueis, apazi-</p><p>gúem.</p><p>11) Mobiliar:</p><p>a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília, mobilia-</p><p>mos, mobiliais, mobíliam.</p><p>b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie, mobilie-</p><p>mos, mobilieis, mobíliem.</p><p>12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos,</p><p>polis, pulem.</p><p>13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros termina-</p><p>dos em ear)</p><p>a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia, passea-</p><p>mos, passeais, passeiam.</p><p>b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie, passee-</p><p>mos, passeeis, passeiem.</p><p>Observações:</p><p>- Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o diton-</p><p>go ei nas formas rizotônicas, mas apenas nos dois presentes.</p><p>- Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto.</p><p>Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia.</p><p>14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares.</p><p>Ex.: confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam.</p><p>Observações:</p><p>- Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas rizotônicas.</p><p>- Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar, ape-</p><p>sar de terminarem em iar, apresentam o ditongo ei.</p><p>Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, medeiam,</p><p>medeie, medeies, medeie, mediemos, medieis, medeiem.</p><p>15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do pre-</p><p>sente do indicativo e, consequentemente, em todo o presente do</p><p>subjuntivo.</p><p>Ex.: requeiro, requeres, requer</p><p>requeira, requeiras, requeira</p><p>requeri, requereste, requereu</p><p>Língua Portuguesa</p><p>23</p><p>31</p><p>16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito perfei-</p><p>to, no mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo, no futuro do</p><p>subjuntivo e no particípio; nos demais tempos, acompanha o verbo</p><p>ver.</p><p>Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; pro-</p><p>vesse, provesses, provesse etc.</p><p>provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei, prove-</p><p>rás, proverá etc.</p><p>17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir, colorir, res-</p><p>sarcir, demolir, acontecer, doer são verbos defectivos. Estude o que</p><p>falamos sobre eles na lição anterior, no item sobre a classificação</p><p>dos verbos. Ex.: Reaver, no presente do indicativo: reavemos, rea-</p><p>veis.</p><p>CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL</p><p>Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal</p><p>estudam a sintonia entre os componentes de uma oração.</p><p>– Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao</p><p>sujeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar</p><p>em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a,</p><p>2a, ou 3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é</p><p>flexionado para concordar com o sujeito.</p><p>– Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero</p><p>(flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes</p><p>da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos</p><p>e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas</p><p>formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal</p><p>concordância ocorre em gênero e pessoa</p><p>Casos específicos de concordância verbal</p><p>Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três</p><p>situações em que o verbo no infinitivo é flexionado:</p><p>I – Quando houver um sujeito definido;</p><p>II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;</p><p>III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração</p><p>forem distintos.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>“Eu pedir para eles fazerem a solicitação.”</p><p>“Isto é para nós solicitarmos.”</p><p>Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão</p><p>verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito</p><p>da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo</p><p>em locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos</p><p>imperativos.</p><p>Exemplos:</p><p>“Os membros conseguiram fazer a solicitação.”</p><p>“Foram proibidos de realizar o atendimento.”</p><p>Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos,</p><p>verbo ficará sempre em concordância com a 3a pessoa do singular,</p><p>tendo em vista que não existe um sujeito.</p><p>Observe os casos a seguir:</p><p>– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer,</p><p>nevar, amanhecer.</p><p>Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.»</p><p>– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas</p><p>professoras vigiando as crianças.”</p><p>– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz</p><p>duas horas que estamos esperando.”</p><p>Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes</p><p>tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, há concordância</p><p>verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer</p><p>no singular ou no plural:</p><p>– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.”</p><p>– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos</p><p>do que ocorreria.”</p><p>Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo,</p><p>ou faz concordância com o termo precedente ao pronome, ou</p><p>permanece na 3a pessoa do singular:</p><p>– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.»</p><p>Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo</p><p>concorda com o termo que antecede o pronome:</p><p>– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.»</p><p>– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.»</p><p>Concordância verbal com a partícula de indeterminação do</p><p>sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa do</p><p>singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos</p><p>ou por verbos transitivos indiretos:</p><p>– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.”</p><p>Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo</p><p>concorda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito</p><p>paciente, podendo aparecer no singular ou no plural:</p><p>– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.”</p><p>Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria,</p><p>a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com</p><p>a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode</p><p>ser empregada:</p><p>– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos</p><p>entraram.”</p><p>– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das</p><p>pessoas entenderam.”</p><p>Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve</p><p>concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo,</p><p>mas também concordar com a forma no masculino plural:</p><p>– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”</p><p>– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.”</p><p>Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo</p><p>concorda em gênero e número com os pronomes pessoais:</p><p>– “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”</p><p>– “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”</p><p>3232</p><p>Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular, se</p><p>houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o substantivo deve estar no plural:</p><p>– “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o xadrez.”</p><p>– “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e xadrez.”</p><p>Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que</p><p>houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino singular:</p><p>– “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É proibido circulação de pessoas não identificadas.”</p><p>– “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada de crianças acompanhadas.”</p><p>Concordância nominal com menos: a palavra menos</p><p>permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela advérbio ou</p><p>adjetivo:</p><p>– “Menos pessoas / menos pessoas”.</p><p>– “Menos problema /menos problemas.”</p><p>Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em gênero e</p><p>número com o substantivo quando exercem função de adjetivo:</p><p>– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”</p><p>– “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.</p><p>– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.”</p><p>REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL,</p><p>Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou</p><p>oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses</p><p>termos denominamos regência.</p><p>— Regência Nominal</p><p>É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo ou um</p><p>advérbio e será o termo determinante.</p><p>O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>“A nova entrada é acessível a cadeirantes.”</p><p>“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”</p><p>“Ele é perito em investigações como esta.”</p><p>Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os</p><p>substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus</p><p>sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição</p><p>para que seu sentido seja completo.</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A</p><p>acessível a cego a fiel a nocivo a</p><p>agradável a cheiro a grato a oposto a</p><p>alheio a comum a horror a perpendicular a</p><p>análogo a contrário a idêntico a posterior a</p><p>anterior a desatento a inacessível a prestes a</p><p>apto a equivalente a indiferente a surdo a</p><p>atento a estranho a inerente a visível a</p><p>avesso a favorável a necessário a</p><p>Língua Portuguesa</p><p>24</p><p>31</p><p>16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito perfei-</p><p>to, no mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo, no futuro do</p><p>subjuntivo e no particípio; nos demais tempos, acompanha o verbo</p><p>ver.</p><p>Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; pro-</p><p>vesse, provesses, provesse etc.</p><p>provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei, prove-</p><p>rás, proverá etc.</p><p>17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir, colorir, res-</p><p>sarcir, demolir, acontecer, doer são verbos defectivos. Estude o que</p><p>falamos sobre eles na lição anterior, no item sobre a classificação</p><p>dos verbos. Ex.: Reaver, no presente do indicativo: reavemos, rea-</p><p>veis.</p><p>CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL</p><p>Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal</p><p>estudam a sintonia entre os componentes de uma oração.</p><p>– Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao</p><p>sujeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar</p><p>em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a,</p><p>2a, ou 3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é</p><p>flexionado para concordar com o sujeito.</p><p>– Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero</p><p>(flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes</p><p>da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos</p><p>e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas</p><p>formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal</p><p>concordância ocorre em gênero e pessoa</p><p>Casos específicos de concordância verbal</p><p>Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três</p><p>situações em que o verbo no infinitivo é flexionado:</p><p>I – Quando houver um sujeito definido;</p><p>II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;</p><p>III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração</p><p>forem distintos.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>“Eu pedir para eles fazerem a solicitação.”</p><p>“Isto é para nós solicitarmos.”</p><p>Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão</p><p>verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito</p><p>da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo</p><p>em locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos</p><p>imperativos.</p><p>Exemplos:</p><p>“Os membros conseguiram fazer a solicitação.”</p><p>“Foram proibidos de realizar o atendimento.”</p><p>Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos,</p><p>verbo ficará sempre em concordância com a 3a pessoa do singular,</p><p>tendo em vista que não existe um sujeito.</p><p>Observe os casos a seguir:</p><p>– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer,</p><p>nevar, amanhecer.</p><p>Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.»</p><p>– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas</p><p>professoras vigiando as crianças.”</p><p>– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz</p><p>duas horas que estamos esperando.”</p><p>Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes</p><p>tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, há concordância</p><p>verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer</p><p>no singular ou no plural:</p><p>– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.”</p><p>– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos</p><p>do que ocorreria.”</p><p>Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo,</p><p>ou faz concordância com o termo precedente ao pronome, ou</p><p>permanece na 3a pessoa do singular:</p><p>– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.»</p><p>Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo</p><p>concorda com o termo que antecede o pronome:</p><p>– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.»</p><p>– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.»</p><p>Concordância verbal com a partícula de indeterminação do</p><p>sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa do</p><p>singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos</p><p>ou por verbos transitivos indiretos:</p><p>– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.”</p><p>Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo</p><p>concorda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito</p><p>paciente, podendo aparecer no singular ou no plural:</p><p>– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.”</p><p>Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria,</p><p>a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com</p><p>a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode</p><p>ser empregada:</p><p>– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos</p><p>entraram.”</p><p>– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das</p><p>pessoas entenderam.”</p><p>Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve</p><p>concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo,</p><p>mas também concordar com a forma no masculino plural:</p><p>– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”</p><p>– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.”</p><p>Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo</p><p>concorda em gênero e número com os pronomes pessoais:</p><p>– “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”</p><p>– “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”</p><p>3232</p><p>Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular, se</p><p>houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o substantivo deve estar no plural:</p><p>– “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o xadrez.”</p><p>– “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e xadrez.”</p><p>Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que</p><p>houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino singular:</p><p>– “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É proibido circulação de pessoas não identificadas.”</p><p>– “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada de crianças acompanhadas.”</p><p>Concordância nominal com menos: a palavra menos permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela advérbio ou</p><p>adjetivo:</p><p>– “Menos</p><p>pessoas / menos pessoas”.</p><p>– “Menos problema /menos problemas.”</p><p>Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em gênero e</p><p>número com o substantivo quando exercem função de adjetivo:</p><p>– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”</p><p>– “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.</p><p>– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.”</p><p>REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL,</p><p>Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou</p><p>oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses</p><p>termos denominamos regência.</p><p>— Regência Nominal</p><p>É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo ou um</p><p>advérbio e será o termo determinante.</p><p>O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>“A nova entrada é acessível a cadeirantes.”</p><p>“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”</p><p>“Ele é perito em investigações como esta.”</p><p>Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os</p><p>substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus</p><p>sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição</p><p>para que seu sentido seja completo.</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A</p><p>acessível a cego a fiel a nocivo a</p><p>agradável a cheiro a grato a oposto a</p><p>alheio a comum a horror a perpendicular a</p><p>análogo a contrário a idêntico a posterior a</p><p>anterior a desatento a inacessível a prestes a</p><p>apto a equivalente a indiferente a surdo a</p><p>atento a estranho a inerente a visível a</p><p>avesso a favorável a necessário a</p><p>Língua Portuguesa</p><p>25</p><p>33</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR</p><p>admiração por devoção por responsável por</p><p>ansioso por respeito por</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE</p><p>amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de sedento</p><p>de</p><p>amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de</p><p>ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de</p><p>capaz de diferente de impossível de louco de passível de</p><p>cheio de difícil de incapaz de maior de possível de</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM</p><p>doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em</p><p>exato em incessante em lento em parco em versado em</p><p>firme em indeciso em morador em perito em</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA</p><p>apto para essencial para mau para</p><p>bastante para impróprio para pronto para</p><p>bom para inútil para próprio para</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM</p><p>amoroso com compatível com descontente com intolerante com</p><p>aparentado com cruel com furioso com liberal com</p><p>caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com</p><p>— Regência Verbal</p><p>Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo</p><p>possui a mesma regência do nome do qual deriva.</p><p>Observe as duas frases:</p><p>I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica como verbo transitivo direto;</p><p>“ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento.</p><p>II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum lugar), portanto, é verbo</p><p>transitivo indireto.</p><p>VERBO No sentido de / pela transitividade REGE</p><p>PREPOSIÇÃO? EXEMPLO</p><p>Assistir</p><p>ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”</p><p>ver SIM “Você assistiu ao jogo?”</p><p>pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de protestar.”</p><p>Custar</p><p>valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”</p><p>desafio, dano, peso moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.”</p><p>Proceder</p><p>fundamento / verbo instransitivo NÃO “Isso não procede.”</p><p>origem SIM “Essa conclusão procede de muito vivência.”</p><p>3434</p><p>Visar</p><p>finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”</p><p>avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”</p><p>Querer</p><p>desejo NÃO “Queremos sair cedo.”</p><p>estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”</p><p>Aspirar</p><p>pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”</p><p>absorção ou respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.”</p><p>Implicar</p><p>consequência / verbo transitivo</p><p>direto NÃO “A sua solicitação implicará alteração do meu trajeto.”</p><p>insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”</p><p>Chamar</p><p>convocação NÃO “Chame todos!”</p><p>apelido Rege complemento, com</p><p>e sem preposição</p><p>“Chamo a Talita de Tatá.”</p><p>“Chamo Talita de Tatá.”</p><p>“Chamo a Talita Tatá.”</p><p>“Chamo Talita Tatá.”</p><p>Pagar</p><p>o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”</p><p>a quem se paga SIM “Pague ao credor.”</p><p>Chegar quem chega, chega a algum lugar /</p><p>verbo transitivo indireto SIM “Quando chegar ao local, espere.”</p><p>Obedecer quem obedece a algo / alguém /</p><p>transitivo indireto SIM “Obedeçam às regras.”</p><p>Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”</p><p>Informar verbo transitivo direito e indireto,</p><p>portanto...</p><p>... exige um</p><p>complemento sem e</p><p>outro com preposição</p><p>“Informe o ocorrido ao gerente.”</p><p>Ir quem vai vai a algum lugar / verbo</p><p>transitivo indireto SIM “Vamos ao teatro.”</p><p>Morar Quem mora em algum lugar</p><p>(verbo transitivo indireto) SIM “Eles moram no interior.”</p><p>(Preposição “em” + artigo “o”).</p><p>Namorar verbo transitivio direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.”</p><p>Preferir verbo bi transitivo (direto e</p><p>indireto) SIM “Prefira assados a frituras.”</p><p>Simpatizar</p><p>quem simpatiza simpatiza com</p><p>algo/ alguém/ verbo transitivo</p><p>indireto</p><p>SIM “Simpatizei-me com todos.”</p><p>EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE</p><p>Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou “contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial, em</p><p>palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a (preposição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela (pronome</p><p>demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) + aquilo (pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção das vogais, a</p><p>crase, como regra geral, ocorre diante de palavras femininas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos aquilo e aquele, que</p><p>recebem a crase por terem “a” como sua vogal inicial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno de união representado</p><p>pelo acento grave.</p><p>A crase pode ser a contração da preposição a com:</p><p>– O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não assistiu às aulas.”</p><p>– O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.”</p><p>– Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: “Retorne àquele mesmo local.”</p><p>– O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às quais devemos o maior respeito e consideração”.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>26</p><p>33</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR</p><p>admiração por devoção por responsável por</p><p>ansioso por respeito por</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE</p><p>amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de sedento</p><p>de</p><p>amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de</p><p>ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de</p><p>capaz de diferente de impossível de louco de passível de</p><p>cheio de difícil de incapaz de maior de possível de</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM</p><p>doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em</p><p>exato em incessante em lento em parco em versado em</p><p>firme em indeciso em morador em perito em</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA</p><p>apto para essencial para mau para</p><p>bastante para impróprio para pronto para</p><p>bom para inútil para próprio para</p><p>REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM</p><p>amoroso com compatível com descontente com intolerante com</p><p>aparentado com cruel com furioso com liberal com</p><p>caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com</p><p>— Regência Verbal</p><p>Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo</p><p>possui a mesma regência do nome do qual deriva.</p><p>Observe as duas frases:</p><p>I – “Eles irão</p><p>ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica como verbo transitivo direto;</p><p>“ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento.</p><p>II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum lugar), portanto, é verbo</p><p>transitivo indireto.</p><p>VERBO No sentido de / pela transitividade REGE</p><p>PREPOSIÇÃO? EXEMPLO</p><p>Assistir</p><p>ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”</p><p>ver SIM “Você assistiu ao jogo?”</p><p>pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de protestar.”</p><p>Custar</p><p>valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”</p><p>desafio, dano, peso moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.”</p><p>Proceder</p><p>fundamento / verbo instransitivo NÃO “Isso não procede.”</p><p>origem SIM “Essa conclusão procede de muito vivência.”</p><p>3434</p><p>Visar</p><p>finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”</p><p>avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”</p><p>Querer</p><p>desejo NÃO “Queremos sair cedo.”</p><p>estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”</p><p>Aspirar</p><p>pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”</p><p>absorção ou respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.”</p><p>Implicar</p><p>consequência / verbo transitivo</p><p>direto NÃO “A sua solicitação implicará alteração do meu trajeto.”</p><p>insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”</p><p>Chamar</p><p>convocação NÃO “Chame todos!”</p><p>apelido Rege complemento, com</p><p>e sem preposição</p><p>“Chamo a Talita de Tatá.”</p><p>“Chamo Talita de Tatá.”</p><p>“Chamo a Talita Tatá.”</p><p>“Chamo Talita Tatá.”</p><p>Pagar</p><p>o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”</p><p>a quem se paga SIM “Pague ao credor.”</p><p>Chegar quem chega, chega a algum lugar /</p><p>verbo transitivo indireto SIM “Quando chegar ao local, espere.”</p><p>Obedecer quem obedece a algo / alguém /</p><p>transitivo indireto SIM “Obedeçam às regras.”</p><p>Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”</p><p>Informar verbo transitivo direito e indireto,</p><p>portanto...</p><p>... exige um</p><p>complemento sem e</p><p>outro com preposição</p><p>“Informe o ocorrido ao gerente.”</p><p>Ir quem vai vai a algum lugar / verbo</p><p>transitivo indireto SIM “Vamos ao teatro.”</p><p>Morar Quem mora em algum lugar</p><p>(verbo transitivo indireto) SIM “Eles moram no interior.”</p><p>(Preposição “em” + artigo “o”).</p><p>Namorar verbo transitivio direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.”</p><p>Preferir verbo bi transitivo (direto e</p><p>indireto) SIM “Prefira assados a frituras.”</p><p>Simpatizar</p><p>quem simpatiza simpatiza com</p><p>algo/ alguém/ verbo transitivo</p><p>indireto</p><p>SIM “Simpatizei-me com todos.”</p><p>EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE</p><p>Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou “contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial, em</p><p>palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a (preposição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela (pronome</p><p>demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) + aquilo (pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção das vogais, a</p><p>crase, como regra geral, ocorre diante de palavras femininas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos aquilo e aquele, que</p><p>recebem a crase por terem “a” como sua vogal inicial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno de união representado</p><p>pelo acento grave.</p><p>A crase pode ser a contração da preposição a com:</p><p>– O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não assistiu às aulas.”</p><p>– O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.”</p><p>– Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: “Retorne àquele mesmo local.”</p><p>– O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às quais devemos o maior respeito e consideração”.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>27</p><p>35</p><p>Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de</p><p>duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na</p><p>construção sintática.</p><p>Técnicas para o emprego da crase</p><p>1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe</p><p>semelhante. Se a combinação ao aparecer, ocorrerá crase diante da</p><p>palavra feminina.</p><p>Exemplos:</p><p>“Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.”</p><p>“Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.”</p><p>“Comprei o carro / a moto.”</p><p>“Irei ao evento / à festa.”</p><p>2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir,</p><p>chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da,</p><p>ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não</p><p>deve ser empregado.</p><p>Exemplos:</p><p>“Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.”</p><p>“Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.”</p><p>“Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”</p><p>3 – Troque o termo regente da preposição a por um que</p><p>estabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não</p><p>se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas</p><p>pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá.</p><p>Exemplos:</p><p>“Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta</p><p>de estudar / Insiste em estudar.”</p><p>“Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua filha</p><p>/ Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.”</p><p>“Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você /</p><p>Gosto de você / Penso em você.”</p><p>4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que</p><p>expressam uma única ideia, a crase somente deve ser empregada</p><p>se a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como</p><p>núcleo uma palavra feminina, ocorrerá crase.</p><p>Exemplos:</p><p>“Tudo às avessas.”</p><p>“Barcos à deriva.”</p><p>5 – Outros casos envolvendo locuções e crase:</p><p>Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão</p><p>“moda de”, ficando somente o à explícito.</p><p>Exemplos:</p><p>“Arroz à (moda) grega.”</p><p>“Bife à (moda) parmegiana.”</p><p>Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso</p><p>de horas especificadas e definidas: Exemplos:</p><p>“À uma hora.”</p><p>“Às cinco e quinze”.</p><p>PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO.</p><p>Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao estudo</p><p>da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um discurso</p><p>e também da coerência (relação lógica) que estabelecem entre si.</p><p>Sempre que uma frase é construída, é fundamental que ela contenha</p><p>algum sentido para que possa ser compreendida pelo receptor. Por</p><p>fazer a mediação da combinação entre palavras e orações, a sintaxe</p><p>é essencial para que essa compreensão se efetive. Para que se possa</p><p>compreender a análise sintática, é importante retomarmos alguns</p><p>conceitos, como o de frase, oração e período. Vejamos:</p><p>Frase</p><p>Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo</p><p>que possui sentido integral, podendo ser constituída por somente</p><p>uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou não</p><p>(frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, apelos</p><p>ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu discurso.”,</p><p>“Atenção!”, “Que horror!”.</p><p>A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada, a</p><p>disposição das palavras na frase também é fundamental para a</p><p>compreensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da</p><p>Língua Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.”</p><p>Pode ser modificada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” ,</p><p>sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a</p><p>já professora vai.” , apesar da combinação das palavras, não poderá</p><p>ser compreendida pelo interlocutor.</p><p>Oração</p><p>É uma unidade sintática que se estrutura em redor de um</p><p>verbo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração,</p><p>desde que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem</p><p>sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O</p><p>importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem.</p><p>Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é.</p><p>1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não</p><p>contém verbo.</p><p>2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase</p><p>como oração.</p><p>Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma</p><p>oração é formada por cada um dos termos, que, por sua vez,</p><p>estabelecem relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No</p><p>exemplo supracitado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras</p><p>“Eu” e “silêncio” para que o receptor compreenda a mensagem.</p><p>Dessa</p><p>e o romance, e tem a</p><p>história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O</p><p>tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-</p><p>finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um</p><p>ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais</p><p>curto.</p><p>Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que</p><p>nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para</p><p>mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não</p><p>é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos</p><p>como horas ou mesmo minutos.</p><p>Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-</p><p>guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento,</p><p>a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de</p><p>imagens.</p><p>Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a</p><p>opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto</p><p>que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-</p><p>vencer o leitor a concordar com ele.</p><p>Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um</p><p>entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.</p><p>Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas</p><p>de destaque sobre algum assunto de interesse.</p><p>Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-</p><p>za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as</p><p>crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando</p><p>os professores a identificar o nível de alfabetização delas.</p><p>Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo</p><p>de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-</p><p>berdade para quem recebe a informação.</p><p>INFORMAÇÕES LITERAIS E INFERÊNCIAS.</p><p>Definição</p><p>Ao contrário das informações explícitas, que são expressadas</p><p>pelo autor no texto, as informações implícitas não são expressadas</p><p>da mesma forma. Em muitos casos, para que se faça uma leitura</p><p>eficiente, é necessário que se vá além do que está mencionado,</p><p>sendo necessário preciso inferir as informações de um texto, ou</p><p>seja, decifrar suas entrelinhas.</p><p>Inferência: quer dizer concluir alguma coisa com base em</p><p>outra já conhecida. Fazer inferências é uma habilidade essencial</p><p>para a interpretação correta dos enunciados e dos textos. As</p><p>principais informações que podem ser inferidas recebem o nome</p><p>de subtendidas e pressupostas.</p><p>Informação pressuposta: é aquela cujo enunciado depende</p><p>para fazer que consiga gerar sentido. Analise o seguinte exemplo:</p><p>“Arnaldo retornará para casa?”, O enunciado, nesse caso, somente</p><p>fará sentido se for levada em consideração que Arnaldo saiu de casa,</p><p>pelo menos provisoriamente – e essa é a informação pressuposta.</p><p>O fato de Arnaldo se encontrar em casa invalidará o enunciado.</p><p>Observe que as informações pressupostas estão assinaladas por</p><p>meio de termos e expressões expostos no próprio enunciado e</p><p>implicam de um critério lógico. Desse modo, no enunciado “Arnaldo</p><p>ainda não retornou para casa”, o termo “ainda” aponta que o</p><p>retorno de Arnaldo para casa é dado como certo pelos enunciados.</p><p>Informação subtendida: diversamente à informação</p><p>pressupostas, a subentendida não é assinalada no enunciado,</p><p>sendo, portanto, apenas uma sugestão, isto é, pode ser percebida</p><p>como insinuações. O emprego de subentendidos “camufla” o</p><p>enunciado por trás de uma declaração, pois, nesse caso, ele não</p><p>quer se comprometer com ela. Em razão disso, pode-se afirmar</p><p>que as informações são de responsabilidade do receptor da fala,</p><p>ao passo que as pressupostas são comuns tanto aos falantes</p><p>quanto aos receptores. As informações subentendidas circundam</p><p>nosso dia-a-dia nas as anedotas e na publicidade por exemplo;</p><p>enquanto a primeira consiste em um gênero textual cujos sentido</p><p>está profundamente submetido à ruptura dos subentendidos, a</p><p>segunda se baseia nos pensamentos e comportamentos sociais</p><p>para produzir informações subentendidas.</p><p>DOMÍNIO DA NORMA-PADRÃO DO PORTUGUÊS CONTEM-</p><p>PORÂNEO.</p><p>A Linguagem Culta ou Padrão</p><p>É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências</p><p>em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas</p><p>pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se</p><p>pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada</p><p>na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É</p><p>mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente</p><p>nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações</p><p>científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.</p><p>Ouvindo e lendo é que você aprenderá a falar e a escrever bem.</p><p>Procure ler muito, ler bons autores, para redigir bem.</p><p>A aprendizagem da língua inicia-se em casa, no contexto fa-</p><p>miliar, que é o primeiro círculo social para uma criança. A criança</p><p>imita o que ouve e aprende, aos poucos, o vocabulário e as leis</p><p>combinatórias da língua. Um falante ao entrar em contato com ou-</p><p>tras pessoas em diferentes ambientes sociais como a rua, a escola</p><p>e etc., começa a perceber que nem todos falam da mesma forma.</p><p>Há pessoas que falam de forma diferente por pertencerem a outras</p><p>cidades ou regiões do país, ou por fazerem parte de outro grupo</p><p>ou classe social. Essas diferenças no uso da língua constituem as</p><p>variedades linguísticas.</p><p>Certas palavras e construções que empregamos acabam de-</p><p>nunciando quem somos socialmente, ou seja, em que região do</p><p>país nascemos, qual nosso nível social e escolar, nossa formação e,</p><p>às vezes, até nossos valores, círculo de amizades e hobbies. O uso</p><p>da língua também pode informar nossa timidez, sobre nossa capa-</p><p>cidade de nos adaptarmos às situações novas e nossa insegurança.</p><p>A norma culta é a variedade linguística ensinada nas escolas,</p><p>contida na maior parte dos livros, registros escritos, nas mídias te-</p><p>levisivas, entre outros. Como variantes da norma padrão aparecem:</p><p>a linguagem regional, a gíria, a linguagem específica de grupos ou</p><p>profissões. O ensino da língua culta na escola não tem a finalidade</p><p>de condenar ou eliminar a língua que falamos em nossa família ou</p><p>em nossa comunidade. O domínio da língua culta, somado ao do-</p><p>mínio de outras variedades linguísticas, torna-nos mais preparados</p><p>para nos comunicarmos nos diferentes contextos lingísticos, já que</p><p>a linguagem utilizada em reuniões de trabalho não deve ser a mes-</p><p>ma utilizada em uma reunião de amigos no final de semana.</p><p>Portanto, saber usar bem uma língua equivale a saber empre-</p><p>gá-la de modo adequado às mais diferentes situações sociais de que</p><p>participamos.</p><p>A norma culta é responsável por representar as práticas lin-</p><p>guísticas embasadas nos modelos de uso encontrados em textos</p><p>formais. É o modelo que deve ser utilizado na escrita, sobretudo</p><p>nos textos não literários, pois segue rigidamente as regras gramati-</p><p>cais. A norma culta conta com maior prestígio social e normalmente</p><p>é associada ao nível cultural do falante: quanto maior a escolariza-</p><p>ção, maior a adequação com a língua padrão.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>2</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS</p><p>DE GÊNEROS VARIADOS.</p><p>Compreender um texto trata da análise e decodificação do que</p><p>de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-</p><p>pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao</p><p>conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha</p><p>com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.</p><p>Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-</p><p>quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia</p><p>principal. Compreender relações semânticas é uma competência</p><p>imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.</p><p>Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-</p><p>-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-</p><p>fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.</p><p>Busca de sentidos</p><p>Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo</p><p>os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na</p><p>apreensão do conteúdo exposto.</p><p>Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem</p><p>forma, cada palavra desta oração recebe o nome de termo ou</p><p>unidade sintática, desempenhando, cada qual, uma função sintática</p><p>diferente.</p><p>Classificação das orações: as orações podem ser simples ou</p><p>compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as</p><p>compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração.</p><p>Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem</p><p>duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido.</p><p>– Oração simples: “Eu quero silêncio.”</p><p>– Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o</p><p>noticiário”.</p><p>3636</p><p>Período</p><p>É a construção composta por uma ou mais orações, sempre com</p><p>sentido completo. Assim como as orações, o período também pode</p><p>ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do número</p><p>de orações que apresenta: o período simples contém apenas uma</p><p>oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é uma</p><p>frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quanto à</p><p>classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase.</p><p>– Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” -</p><p>apresenta apenas um verbo.</p><p>– Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou</p><p>ficarei preocupada.” - contém dois verbos.</p><p>— Análise Sintática</p><p>É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a</p><p>estrutura de um período e das orações que compõem um período.</p><p>Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem</p><p>sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o</p><p>que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais</p><p>se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe</p><p>a seguir as especificidades de cada tipo.</p><p>1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração</p><p>Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual</p><p>se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por</p><p>isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos</p><p>respectivos exemplos a seguir:</p><p>Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”,</p><p>que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração</p><p>sobre o sujeito).</p><p>Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto),</p><p>podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após</p><p>o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos</p><p>respectivos casos:</p><p>“Fred fez um lindo discurso.”</p><p>“Um lindo discurso Fred fez.”</p><p>“Fez um lindo discurso, Fred.”</p><p>– Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela</p><p>concordância verbal.</p><p>– Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo</p><p>ligado ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”.</p><p>– Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos.</p><p>Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.”</p><p>– Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na</p><p>oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no</p><p>teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a</p><p>concordância do verbo o destaca de forma indireta.</p><p>– Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração</p><p>e, diferente do caso anterior, não há concordância verbal para</p><p>determiná-lo.</p><p>Esse sujeito pode aparecer com:</p><p>– Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”.</p><p>– Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se</p><p>padeiro.”».</p><p>– Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você</p><p>estiver lá.”</p><p>– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado,</p><p>e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal.</p><p>Essas orações podem ter verbos que constituam fenômenos da</p><p>natureza, ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos</p><p>de fenômeno meteorológico ou tempo. Observe os exemplos:</p><p>“Choveu muito ontem”.</p><p>“Era uma hora e quinze”.</p><p>– Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e</p><p>verbo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez,</p><p>também recebem sua classificação, conforme abaixo:</p><p>– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adiante</p><p>para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o verbo</p><p>que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa</p><p>compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser</p><p>direto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e</p><p>complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e</p><p>complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.”</p><p>– Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de</p><p>sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar,</p><p>cair, mergulhar, correr.</p><p>– Verbo de ligação: servem para expressar características de</p><p>estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”),</p><p>estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação</p><p>(“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro continua</p><p>esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”).</p><p>– Predicados nominais: são aqueles que têm um nome</p><p>(substantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração.</p><p>Ademais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade,</p><p>e é composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito.</p><p>– Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características</p><p>ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: em “Marta é</p><p>inteligente.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja,</p><p>é sua característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo</p><p>“ser” (é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica</p><p>atual. Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo,</p><p>mas pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou</p><p>palavra substantivada.</p><p>– Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre</p><p>um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acrescida</p><p>de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo da</p><p>aula. Por isso, estavam contentes.</p><p>O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair”</p><p>e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o</p><p>predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”.</p><p>2 – Termos integrantes da oração</p><p>Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma</p><p>oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos</p><p>verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva.</p><p>– Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos</p><p>completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma:</p><p>– Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não</p><p>exigindo preposição.</p><p>– Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos,</p><p>isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido</p><p>seja compreendido.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>28</p><p>35</p><p>Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de</p><p>duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na</p><p>construção sintática.</p><p>Técnicas para o emprego da crase</p><p>1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe</p><p>semelhante. Se a combinação ao aparecer, ocorrerá crase diante da</p><p>palavra feminina.</p><p>Exemplos:</p><p>“Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.”</p><p>“Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.”</p><p>“Comprei o carro / a moto.”</p><p>“Irei ao evento / à festa.”</p><p>2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir,</p><p>chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da,</p><p>ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não</p><p>deve ser empregado.</p><p>Exemplos:</p><p>“Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.”</p><p>“Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.”</p><p>“Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”</p><p>3 – Troque o termo regente da preposição a por um que</p><p>estabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não</p><p>se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas</p><p>pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá.</p><p>Exemplos:</p><p>“Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta</p><p>de estudar / Insiste em estudar.”</p><p>“Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua filha</p><p>/ Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.”</p><p>“Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você /</p><p>Gosto de você / Penso em você.”</p><p>4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que</p><p>expressam uma única ideia, a crase</p><p>somente deve ser empregada</p><p>se a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como</p><p>núcleo uma palavra feminina, ocorrerá crase.</p><p>Exemplos:</p><p>“Tudo às avessas.”</p><p>“Barcos à deriva.”</p><p>5 – Outros casos envolvendo locuções e crase:</p><p>Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão</p><p>“moda de”, ficando somente o à explícito.</p><p>Exemplos:</p><p>“Arroz à (moda) grega.”</p><p>“Bife à (moda) parmegiana.”</p><p>Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso</p><p>de horas especificadas e definidas: Exemplos:</p><p>“À uma hora.”</p><p>“Às cinco e quinze”.</p><p>PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO.</p><p>Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao estudo</p><p>da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um discurso</p><p>e também da coerência (relação lógica) que estabelecem entre si.</p><p>Sempre que uma frase é construída, é fundamental que ela contenha</p><p>algum sentido para que possa ser compreendida pelo receptor. Por</p><p>fazer a mediação da combinação entre palavras e orações, a sintaxe</p><p>é essencial para que essa compreensão se efetive. Para que se possa</p><p>compreender a análise sintática, é importante retomarmos alguns</p><p>conceitos, como o de frase, oração e período. Vejamos:</p><p>Frase</p><p>Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo</p><p>que possui sentido integral, podendo ser constituída por somente</p><p>uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou não</p><p>(frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, apelos</p><p>ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu discurso.”,</p><p>“Atenção!”, “Que horror!”.</p><p>A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada, a</p><p>disposição das palavras na frase também é fundamental para a</p><p>compreensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da</p><p>Língua Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.”</p><p>Pode ser modificada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” ,</p><p>sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a</p><p>já professora vai.” , apesar da combinação das palavras, não poderá</p><p>ser compreendida pelo interlocutor.</p><p>Oração</p><p>É uma unidade sintática que se estrutura em redor de um</p><p>verbo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração,</p><p>desde que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem</p><p>sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O</p><p>importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem.</p><p>Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é.</p><p>1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não</p><p>contém verbo.</p><p>2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase</p><p>como oração.</p><p>Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma</p><p>oração é formada por cada um dos termos, que, por sua vez,</p><p>estabelecem relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No</p><p>exemplo supracitado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras</p><p>“Eu” e “silêncio” para que o receptor compreenda a mensagem.</p><p>Dessa forma, cada palavra desta oração recebe o nome de termo ou</p><p>unidade sintática, desempenhando, cada qual, uma função sintática</p><p>diferente.</p><p>Classificação das orações: as orações podem ser simples ou</p><p>compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as</p><p>compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração.</p><p>Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem</p><p>duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido.</p><p>– Oração simples: “Eu quero silêncio.”</p><p>– Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o</p><p>noticiário”.</p><p>3636</p><p>Período</p><p>É a construção composta por uma ou mais orações, sempre com</p><p>sentido completo. Assim como as orações, o período também pode</p><p>ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do número</p><p>de orações que apresenta: o período simples contém apenas uma</p><p>oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é uma</p><p>frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quanto à</p><p>classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase.</p><p>– Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” -</p><p>apresenta apenas um verbo.</p><p>– Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou</p><p>ficarei preocupada.” - contém dois verbos.</p><p>— Análise Sintática</p><p>É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a</p><p>estrutura de um período e das orações que compõem um período.</p><p>Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem</p><p>sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o</p><p>que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais</p><p>se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe</p><p>a seguir as especificidades de cada tipo.</p><p>1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração</p><p>Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual</p><p>se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por</p><p>isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos</p><p>respectivos exemplos a seguir:</p><p>Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”,</p><p>que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração</p><p>sobre o sujeito).</p><p>Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto),</p><p>podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após</p><p>o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos</p><p>respectivos casos:</p><p>“Fred fez um lindo discurso.”</p><p>“Um lindo discurso Fred fez.”</p><p>“Fez um lindo discurso, Fred.”</p><p>– Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela</p><p>concordância verbal.</p><p>– Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo</p><p>ligado ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”.</p><p>– Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos.</p><p>Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.”</p><p>– Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na</p><p>oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no</p><p>teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a</p><p>concordância do verbo o destaca de forma indireta.</p><p>– Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração</p><p>e, diferente do caso anterior, não há concordância verbal para</p><p>determiná-lo.</p><p>Esse sujeito pode aparecer com:</p><p>– Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”.</p><p>– Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se</p><p>padeiro.”».</p><p>– Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você</p><p>estiver lá.”</p><p>– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado,</p><p>e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal.</p><p>Essas orações podem ter verbos que constituam fenômenos da</p><p>natureza, ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos</p><p>de fenômeno meteorológico ou tempo. Observe os exemplos:</p><p>“Choveu muito ontem”.</p><p>“Era uma hora e quinze”.</p><p>– Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e</p><p>verbo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez,</p><p>também recebem sua classificação, conforme abaixo:</p><p>– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adiante</p><p>para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o verbo</p><p>que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa</p><p>compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser</p><p>direto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e</p><p>complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e</p><p>complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.”</p><p>– Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de</p><p>sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar,</p><p>cair, mergulhar, correr.</p><p>– Verbo de ligação: servem para expressar características de</p><p>estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”),</p><p>estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação</p><p>(“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro continua</p><p>esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”).</p><p>– Predicados nominais: são aqueles que têm um nome</p><p>(substantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração.</p><p>Ademais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade,</p><p>e é composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito.</p><p>– Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características</p><p>ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo:</p><p>em “Marta é</p><p>inteligente.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja,</p><p>é sua característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo</p><p>“ser” (é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica</p><p>atual. Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo,</p><p>mas pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou</p><p>palavra substantivada.</p><p>– Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre</p><p>um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acrescida</p><p>de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo da</p><p>aula. Por isso, estavam contentes.</p><p>O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair”</p><p>e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o</p><p>predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”.</p><p>2 – Termos integrantes da oração</p><p>Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma</p><p>oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos</p><p>verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva.</p><p>– Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos</p><p>completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma:</p><p>– Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não</p><p>exigindo preposição.</p><p>– Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos,</p><p>isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido</p><p>seja compreendido.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>29</p><p>37</p><p>Quanto ao objeto direto, podemos ter:</p><p>– Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.”</p><p>– Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o</p><p>acontecido.”</p><p>– Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou</p><p>os aparelhos.»</p><p>– Complementos Nominais: esses termos completam o sentido</p><p>de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos,</p><p>adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe</p><p>os exemplos:</p><p>– “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que</p><p>“satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complemento</p><p>nominal.</p><p>– “O entregador atravessou rapidamente pela viela. –</p><p>“rapidamente” é advérbio de modo.</p><p>– “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um</p><p>substantivo.</p><p>– Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que praticam</p><p>a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva. Assim,</p><p>estão normalmente acompanhados pelas preposições de e por.</p><p>Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz</p><p>passiva:</p><p>– “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.”</p><p>– “O cachorro foi alvo do meu medo.”</p><p>– “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.”</p><p>3 – Termos acessórios da oração</p><p>Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos</p><p>acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem</p><p>para complementar a informação, exprimindo circunstância,</p><p>determinando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira</p><p>abaixo quais são eles:</p><p>– Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido</p><p>do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos:</p><p>“Dormimos muito.”</p><p>O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”.</p><p>“Ele ficou pouco animado com a notícia.”</p><p>O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado”</p><p>“Maria escreve bastante bem.”</p><p>O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”.</p><p>Os adjuntos adverbiais podem ser:</p><p>– Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc.</p><p>– Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc.</p><p>– Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de</p><p>tempo).</p><p>– Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo,</p><p>com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado</p><p>por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou</p><p>pronomes adjetivos. Analise o exemplo:</p><p>“O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega</p><p>de escola.”</p><p>– Sujeito: “jovem apaixonado”</p><p>– Núcleo do predicado verbal: “presenteou”</p><p>– Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê”</p><p>– Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais:</p><p>no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam</p><p>o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo”</p><p>fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração</p><p>da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os</p><p>adjuntos adnominais de “colega”.</p><p>– Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para</p><p>caracterizá-lo, contribuindo para a complementação uma</p><p>informação já completa. Observe os exemplos:</p><p>“Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.”</p><p>“Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.”</p><p>– Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem</p><p>com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento</p><p>ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa</p><p>do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a</p><p>quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de</p><p>apelo. Observe:</p><p>“Ei, moça! Seu documento está pronto!”</p><p>“Senhor, tenha misericórdia de nós!”</p><p>“Vista o casaco, filha!”</p><p>— Estudo da relação entre as orações</p><p>Os períodos compostos são formados por várias orações.</p><p>As orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de</p><p>subordinação.</p><p>– Período composto por coordenação: é formado por</p><p>orações independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções</p><p>ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas</p><p>individualmente porque apresentam sentidos completos.</p><p>Acompanhe a seguir a classificação das orações coordenadas:</p><p>– Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os</p><p>doces.”</p><p>– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não</p><p>preparei os doces.”</p><p>– Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou</p><p>preparo os doces.”</p><p>– Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante,</p><p>logo, passou no exame.”</p><p>– Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame</p><p>porque estudou bastante.”</p><p>– Período composto por subordinação: são constituídos por</p><p>orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas</p><p>apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas</p><p>de forma separada. As orações subordinadas são divididas em</p><p>substantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos:</p><p>– Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado</p><p>que o suspeito era realmente o culpado.”</p><p>– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não</p><p>queria que isso acontecesse.”</p><p>– Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É</p><p>obrigatório de que todos os estudantes sejam assíduos.”</p><p>– Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho</p><p>expectativa de que os planos serão melhores em breve!”</p><p>– Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa</p><p>é que meus pais são saudáveis.”</p><p>3838</p><p>– Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba</p><p>disto: que tudo esteja organizado quando eu voltar!”</p><p>– Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me</p><p>demorar porque tenho hora marcada na psicóloga.”</p><p>– Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão</p><p>felizes que pulamos de alegria.”</p><p>– Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando</p><p>para que nós chegássemos a casa em segurança.”</p><p>– Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu</p><p>cheguei, eles iniciaram o trabalho.”</p><p>– Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo,</p><p>espero por você.»</p><p>– Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que</p><p>estivesse cansado, concluiu a maratona.”</p><p>– Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia</p><p>como se ainda vivesse no interior.”</p><p>– Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme</p><p>combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.”</p><p>– Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais</p><p>me exercito, mais tenho disposição.”</p><p>– Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que</p><p>passou no concurso, mudou-se para o interior.”</p><p>– Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve</p><p>enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>— Visão Geral</p><p>O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais</p><p>gráficos que, em um período sintático,</p><p>têm a função primordial</p><p>de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas</p><p>e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias)</p><p>em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os</p><p>gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a</p><p>compreensão da frase.</p><p>O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades:</p><p>– Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos</p><p>tipos textuais;</p><p>– Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;</p><p>– Demarcar das unidades de um texto;</p><p>– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.</p><p>— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um</p><p>enunciado</p><p>Vírgula</p><p>De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado</p><p>para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem</p><p>da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas,</p><p>se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes</p><p>não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo</p><p>tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em</p><p>outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser</p><p>empregada:</p><p>• No interior da sentença</p><p>1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:</p><p>ENUMERAÇÃO</p><p>Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.</p><p>Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.</p><p>REPETIÇÃO</p><p>Os arranjos estão lindos, lindos!</p><p>Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.</p><p>2 – Isolar o vocativo</p><p>“Crianças, venham almoçar!”</p><p>“Quando será a prova, professora?”</p><p>3 – Separar apostos</p><p>“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.”</p><p>4 – Isolar expressões explicativas:</p><p>“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi</p><p>responsabilizado.”</p><p>5 – Separar conjunções intercaladas</p><p>“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.”</p><p>6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado:</p><p>“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários</p><p>do setor.”</p><p>“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.”</p><p>7 – Separar o complemento pleonástico antecipado:</p><p>“Estas alegações, não as considero legítimas.”</p><p>8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas</p><p>por conjunções)</p><p>“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.”</p><p>9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas:</p><p>“São Paulo, 16 de outubro de 2022”.</p><p>10 – Marcar a omissão de um termo:</p><p>“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo</p><p>“fazer”).</p><p>• Entre as sentenças</p><p>1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas</p><p>“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.”</p><p>2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e</p><p>assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”:</p><p>“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos</p><p>ajudasse.”</p><p>3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a</p><p>principal:</p><p>“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.”</p><p>Língua Portuguesa</p><p>30</p><p>37</p><p>Quanto ao objeto direto, podemos ter:</p><p>– Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.”</p><p>– Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o</p><p>acontecido.”</p><p>– Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou</p><p>os aparelhos.»</p><p>– Complementos Nominais: esses termos completam o sentido</p><p>de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos,</p><p>adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe</p><p>os exemplos:</p><p>– “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que</p><p>“satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complemento</p><p>nominal.</p><p>– “O entregador atravessou rapidamente pela viela. –</p><p>“rapidamente” é advérbio de modo.</p><p>– “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um</p><p>substantivo.</p><p>– Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que praticam</p><p>a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva. Assim,</p><p>estão normalmente acompanhados pelas preposições de e por.</p><p>Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz</p><p>passiva:</p><p>– “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.”</p><p>– “O cachorro foi alvo do meu medo.”</p><p>– “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.”</p><p>3 – Termos acessórios da oração</p><p>Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos</p><p>acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem</p><p>para complementar a informação, exprimindo circunstância,</p><p>determinando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira</p><p>abaixo quais são eles:</p><p>– Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido</p><p>do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos:</p><p>“Dormimos muito.”</p><p>O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”.</p><p>“Ele ficou pouco animado com a notícia.”</p><p>O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado”</p><p>“Maria escreve bastante bem.”</p><p>O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”.</p><p>Os adjuntos adverbiais podem ser:</p><p>– Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc.</p><p>– Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc.</p><p>– Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de</p><p>tempo).</p><p>– Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo,</p><p>com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado</p><p>por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou</p><p>pronomes adjetivos. Analise o exemplo:</p><p>“O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega</p><p>de escola.”</p><p>– Sujeito: “jovem apaixonado”</p><p>– Núcleo do predicado verbal: “presenteou”</p><p>– Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê”</p><p>– Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais:</p><p>no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam</p><p>o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo”</p><p>fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração</p><p>da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os</p><p>adjuntos adnominais de “colega”.</p><p>– Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para</p><p>caracterizá-lo, contribuindo para a complementação uma</p><p>informação já completa. Observe os exemplos:</p><p>“Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.”</p><p>“Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.”</p><p>– Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem</p><p>com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento</p><p>ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa</p><p>do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a</p><p>quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de</p><p>apelo. Observe:</p><p>“Ei, moça! Seu documento está pronto!”</p><p>“Senhor, tenha misericórdia de nós!”</p><p>“Vista o casaco, filha!”</p><p>— Estudo da relação entre as orações</p><p>Os períodos compostos são formados por várias orações.</p><p>As orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de</p><p>subordinação.</p><p>– Período composto por coordenação: é formado por</p><p>orações independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções</p><p>ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas</p><p>individualmente porque apresentam sentidos completos.</p><p>Acompanhe a seguir a classificação das orações coordenadas:</p><p>– Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os</p><p>doces.”</p><p>– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não</p><p>preparei os doces.”</p><p>– Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou</p><p>preparo os doces.”</p><p>– Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante,</p><p>logo, passou no exame.”</p><p>– Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame</p><p>porque estudou bastante.”</p><p>– Período composto por subordinação: são constituídos por</p><p>orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas</p><p>apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas</p><p>de forma separada. As orações subordinadas são divididas em</p><p>substantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos:</p><p>– Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado</p><p>que o suspeito era realmente o culpado.”</p><p>– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não</p><p>queria que isso acontecesse.”</p><p>– Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É</p><p>obrigatório de que todos os estudantes sejam assíduos.”</p><p>– Oração</p><p>subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho</p><p>expectativa de que os planos serão melhores em breve!”</p><p>– Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa</p><p>é que meus pais são saudáveis.”</p><p>3838</p><p>– Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba</p><p>disto: que tudo esteja organizado quando eu voltar!”</p><p>– Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me</p><p>demorar porque tenho hora marcada na psicóloga.”</p><p>– Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão</p><p>felizes que pulamos de alegria.”</p><p>– Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando</p><p>para que nós chegássemos a casa em segurança.”</p><p>– Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu</p><p>cheguei, eles iniciaram o trabalho.”</p><p>– Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo,</p><p>espero por você.»</p><p>– Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que</p><p>estivesse cansado, concluiu a maratona.”</p><p>– Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia</p><p>como se ainda vivesse no interior.”</p><p>– Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme</p><p>combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.”</p><p>– Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais</p><p>me exercito, mais tenho disposição.”</p><p>– Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que</p><p>passou no concurso, mudou-se para o interior.”</p><p>– Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve</p><p>enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>— Visão Geral</p><p>O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais</p><p>gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial</p><p>de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas</p><p>e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias)</p><p>em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os</p><p>gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a</p><p>compreensão da frase.</p><p>O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades:</p><p>– Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos</p><p>tipos textuais;</p><p>– Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;</p><p>– Demarcar das unidades de um texto;</p><p>– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.</p><p>— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um</p><p>enunciado</p><p>Vírgula</p><p>De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado</p><p>para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem</p><p>da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas,</p><p>se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes</p><p>não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo</p><p>tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em</p><p>outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser</p><p>empregada:</p><p>• No interior da sentença</p><p>1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:</p><p>ENUMERAÇÃO</p><p>Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.</p><p>Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.</p><p>REPETIÇÃO</p><p>Os arranjos estão lindos, lindos!</p><p>Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.</p><p>2 – Isolar o vocativo</p><p>“Crianças, venham almoçar!”</p><p>“Quando será a prova, professora?”</p><p>3 – Separar apostos</p><p>“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.”</p><p>4 – Isolar expressões explicativas:</p><p>“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi</p><p>responsabilizado.”</p><p>5 – Separar conjunções intercaladas</p><p>“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.”</p><p>6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado:</p><p>“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários</p><p>do setor.”</p><p>“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.”</p><p>7 – Separar o complemento pleonástico antecipado:</p><p>“Estas alegações, não as considero legítimas.”</p><p>8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas</p><p>por conjunções)</p><p>“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.”</p><p>9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas:</p><p>“São Paulo, 16 de outubro de 2022”.</p><p>10 – Marcar a omissão de um termo:</p><p>“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo</p><p>“fazer”).</p><p>• Entre as sentenças</p><p>1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas</p><p>“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.”</p><p>2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e</p><p>assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”:</p><p>“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos</p><p>ajudasse.”</p><p>3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a</p><p>principal:</p><p>“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.”</p><p>Língua Portuguesa</p><p>31</p><p>39</p><p>4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas</p><p>ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal:</p><p>Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção!</p><p>Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção!</p><p>5 – Separar as sentenças intercaladas:</p><p>“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu</p><p>leito, até que você se recupere por completo.”</p><p>• Antes da conjunção “e”</p><p>1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire</p><p>valores que não expressam adição, como consequência ou</p><p>diversidade, por exemplo.</p><p>“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.”</p><p>2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre</p><p>que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar</p><p>alguma ideia, por exemplo:</p><p>“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede;</p><p>e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o</p><p>esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)</p><p>3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas</p><p>apresentam sujeitos distintos, por exemplo:</p><p>“A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”</p><p>O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito</p><p>e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome</p><p>e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração</p><p>substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja</p><p>apositiva nem se apresente inversamente).</p><p>Ponto</p><p>1 – Para indicar final de frase declarativa:</p><p>“O almoço está pronto e será servido.”</p><p>2 – Abrevia palavras:</p><p>– “p.” (página)</p><p>– “V. Sra.” (Vossa Senhoria)</p><p>– “Dr.” (Doutor)</p><p>3 – Para separar períodos:</p><p>“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”</p><p>Ponto e Vírgula</p><p>1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou</p><p>orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:</p><p>“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG;</p><p>nossa amiga, de praticar esportes.”</p><p>2 – Para separar os itens de uma sequência de itens:</p><p>“Os planetas que compõem o Sistema Solar são:</p><p>Mercúrio;</p><p>Vênus;</p><p>Terra;</p><p>Marte;</p><p>Júpiter;</p><p>Saturno;</p><p>Urano;</p><p>Netuno.”</p><p>Dois Pontos</p><p>1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas,</p><p>enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem</p><p>ideias anteriores.</p><p>“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.”</p><p>“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela</p><p>grande ofensa.”</p><p>2 – Para introduzirem citação direta:</p><p>“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente</p><p>muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’.”</p><p>3 – Para iniciar fala de personagens:</p><p>“Ele gritava repetidamente:</p><p>– Sou inocente!”</p><p>Reticências</p><p>1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta</p><p>sintaticamente:</p><p>“Quem sabe um dia...”</p><p>2 – Para indicar hesitação ou dúvida:</p><p>“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar</p><p>ainda.”</p><p>3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o</p><p>objetivo de prolongar o raciocínio:</p><p>“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas</p><p>faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar).</p><p>4 – Suprimem palavras em uma transcrição:</p><p>“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros -</p><p>Raimundo Fagner).</p><p>Ponto de Interrogação</p><p>1 – Para perguntas diretas:</p><p>“Quando você pode comparecer?”</p><p>2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para</p><p>destacar o enunciado:</p><p>“Não brinca, é sério?!”</p><p>Ponto de Exclamação</p><p>1 – Após interjeição:</p><p>“Nossa Que legal!”</p><p>2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva</p><p>“Infelizmente!”</p><p>4040</p><p>3 – Após vocativo</p><p>“Ana, boa tarde!”</p><p>4 –</p><p>Para fechar de frases imperativas:</p><p>“Entre já!”</p><p>Parênteses</p><p>a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases</p><p>intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou</p><p>a vírgula:</p><p>“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre)</p><p>quem seria promovido.”</p><p>Travessão</p><p>1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto:</p><p>“O rapaz perguntou ao padre:</p><p>— Amar demais é pecado?”</p><p>2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:</p><p>“— Vou partir em breve.</p><p>— Vá com Deus!”</p><p>3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários:</p><p>“Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”</p><p>4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:</p><p>“Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.”</p><p>Aspas</p><p>1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta,</p><p>como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos,</p><p>arcaísmos, palavrões, e neologismos.</p><p>“Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.”</p><p>“A reunião será feita ‘online’.”</p><p>2 – Para indicar uma citação direta:</p><p>“A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de</p><p>Assis)</p><p>QUESTÕES</p><p>1. PREFEITURA DE LUZIÂNIA-GO – PROFESSOR I – AROEIRA –</p><p>2021</p><p>Nos enunciados abaixo, pode-se observar a presença de</p><p>diferentes tipologias textuais como base dos gêneros materializados</p><p>nas sequências enunciativas. Numere os parênteses conforme o</p><p>código de cada tipologia.</p><p>( ) 1 - --- Não; é casada. --- Com quem? --- Com um estancieiro</p><p>do Rio grande. --- Chama-se? --- Ele? Fonseca, ela, Maria Cora. --- O</p><p>marido não veio com ela? --- Está no Rio Grande. (ASSIS, Machado</p><p>de Assis.Maria Cora.)</p><p>( ) 2 - Ao acertar os seis números na loteria, Paulo foi para casa,</p><p>entrou calado no quarto e dormiu.</p><p>( ) 3 - Incorpore em sua vida quatro sentimentos positivos: a</p><p>compaixão, a generosidade, a alegria e o otimismo.</p><p>( ) 4 - No meu ponto de vista, a mulher ideal deve ter como</p><p>características físicas o cabelo liso, pele macia, olhos claros, nariz</p><p>fino. Ser amiga, compreensiva e, acima de tudo, ser fiel. (ALVES,</p><p>André, Escola. Estadual Pereira Barreto. Texto adaptado.)</p><p>( ) 5 - As palavras mal empregadas podem ter efeitos mais</p><p>negativos do que os traumas físicos.</p><p>( 1 ) narrativa;</p><p>( 2 ) dialogal;</p><p>( 3 ) argumentativa;</p><p>( 4 ) injuntiva;</p><p>( 5 ) descritiva.</p><p>Está correta a alternativa:</p><p>(A) 1 - 2 - 3 - 4 - 5.</p><p>(B) 1 - 3 - 2 - 4 - 5.</p><p>(C) 2 - 1 - 4 - 5 - 3.</p><p>(D) 4 - 3 - 2 - 5 - 1.</p><p>2. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Biblio-</p><p>teconomia- O rio de minha terra é um deus estranho.</p><p>Ele tem braços, dentes, corpo, coração,</p><p>muitas vezes homicida,</p><p>foi ele quem levou o meu irmão.</p><p>É muito calmo o rio de minha terra.</p><p>Suas águas são feitas de argila e de mistérios.</p><p>Nas solidões das noites enluaradas</p><p>a maldição de Crispim desce</p><p>sobre as águas encrespadas.</p><p>O rio de minha terra é um deus estranho.</p><p>Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole</p><p>para subir as poucas rampas do seu cais.</p><p>Foi conhecendo o movimento da cidade,</p><p>a pobreza residente nas taperas marginais.</p><p>Pois tão irado e tão potente fez-se o rio</p><p>que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.</p><p>Mas ele prosseguiu indiferente,</p><p>carregando no seu dorso bois e gente,</p><p>até roçados de arroz e de feijão.</p><p>Na sua obstinada e galopante caminhada,</p><p>destruiu paredes, casas, barricadas,</p><p>deixando no percurso mágoa e dor.</p><p>Depois subiu os degraus da igreja santa</p><p>e postou-se horas sob os pés do Criador.</p><p>E desceu devagarinho, até deitar-se</p><p>novamente no seu leito.</p><p>Mas toda noite o seu olhar de rio</p><p>fica boiando sob as luzes da cidade.</p><p>(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha terra. Disponível</p><p>em: https://www.escritas.org)</p><p>Língua Portuguesa</p><p>32</p><p>39</p><p>4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas</p><p>ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal:</p><p>Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção!</p><p>Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção!</p><p>5 – Separar as sentenças intercaladas:</p><p>“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu</p><p>leito, até que você se recupere por completo.”</p><p>• Antes da conjunção “e”</p><p>1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire</p><p>valores que não expressam adição, como consequência ou</p><p>diversidade, por exemplo.</p><p>“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.”</p><p>2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre</p><p>que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar</p><p>alguma ideia, por exemplo:</p><p>“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede;</p><p>e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o</p><p>esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)</p><p>3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas</p><p>apresentam sujeitos distintos, por exemplo:</p><p>“A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”</p><p>O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito</p><p>e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome</p><p>e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração</p><p>substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja</p><p>apositiva nem se apresente inversamente).</p><p>Ponto</p><p>1 – Para indicar final de frase declarativa:</p><p>“O almoço está pronto e será servido.”</p><p>2 – Abrevia palavras:</p><p>– “p.” (página)</p><p>– “V. Sra.” (Vossa Senhoria)</p><p>– “Dr.” (Doutor)</p><p>3 – Para separar períodos:</p><p>“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”</p><p>Ponto e Vírgula</p><p>1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou</p><p>orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:</p><p>“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG;</p><p>nossa amiga, de praticar esportes.”</p><p>2 – Para separar os itens de uma sequência de itens:</p><p>“Os planetas que compõem o Sistema Solar são:</p><p>Mercúrio;</p><p>Vênus;</p><p>Terra;</p><p>Marte;</p><p>Júpiter;</p><p>Saturno;</p><p>Urano;</p><p>Netuno.”</p><p>Dois Pontos</p><p>1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas,</p><p>enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem</p><p>ideias anteriores.</p><p>“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.”</p><p>“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela</p><p>grande ofensa.”</p><p>2 – Para introduzirem citação direta:</p><p>“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente</p><p>muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’.”</p><p>3 – Para iniciar fala de personagens:</p><p>“Ele gritava repetidamente:</p><p>– Sou inocente!”</p><p>Reticências</p><p>1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta</p><p>sintaticamente:</p><p>“Quem sabe um dia...”</p><p>2 – Para indicar hesitação ou dúvida:</p><p>“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar</p><p>ainda.”</p><p>3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o</p><p>objetivo de prolongar o raciocínio:</p><p>“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas</p><p>faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar).</p><p>4 – Suprimem palavras em uma transcrição:</p><p>“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros -</p><p>Raimundo Fagner).</p><p>Ponto de Interrogação</p><p>1 – Para perguntas diretas:</p><p>“Quando você pode comparecer?”</p><p>2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para</p><p>destacar o enunciado:</p><p>“Não brinca, é sério?!”</p><p>Ponto de Exclamação</p><p>1 – Após interjeição:</p><p>“Nossa Que legal!”</p><p>2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva</p><p>“Infelizmente!”</p><p>4040</p><p>3 – Após vocativo</p><p>“Ana, boa tarde!”</p><p>4 – Para fechar de frases imperativas:</p><p>“Entre já!”</p><p>Parênteses</p><p>a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases</p><p>intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou</p><p>a vírgula:</p><p>“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre)</p><p>quem seria promovido.”</p><p>Travessão</p><p>1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto:</p><p>“O rapaz perguntou ao padre:</p><p>— Amar demais é pecado?”</p><p>2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:</p><p>“— Vou partir em breve.</p><p>— Vá com Deus!”</p><p>3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários:</p><p>“Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”</p><p>4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:</p><p>“Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.”</p><p>Aspas</p><p>1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta,</p><p>como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos,</p><p>arcaísmos, palavrões, e neologismos.</p><p>“Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.”</p><p>“A reunião será feita ‘online’.”</p><p>2 – Para indicar uma citação direta:</p><p>“A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de</p><p>Assis)</p><p>QUESTÕES</p><p>1. PREFEITURA DE LUZIÂNIA-GO – PROFESSOR I – AROEIRA –</p><p>2021</p><p>Nos enunciados abaixo, pode-se observar a presença de</p><p>diferentes tipologias textuais como base dos gêneros materializados</p><p>nas sequências enunciativas. Numere os parênteses conforme o</p><p>código de cada tipologia.</p><p>( ) 1 - --- Não; é casada. --- Com quem? --- Com um estancieiro</p><p>do Rio grande. --- Chama-se? --- Ele? Fonseca, ela, Maria Cora. --- O</p><p>marido não veio com ela? --- Está no Rio Grande. (ASSIS, Machado</p><p>de Assis.Maria Cora.)</p><p>( ) 2 - Ao acertar os seis números na loteria, Paulo foi para casa,</p><p>entrou calado no quarto e dormiu.</p><p>( ) 3 - Incorpore em sua vida quatro sentimentos positivos: a</p><p>compaixão, a generosidade, a alegria e o otimismo.</p><p>( ) 4 - No meu ponto de vista, a mulher ideal deve ter como</p><p>características físicas o cabelo liso, pele macia, olhos claros, nariz</p><p>fino. Ser amiga, compreensiva e, acima de tudo, ser fiel. (ALVES,</p><p>André, Escola. Estadual Pereira Barreto. Texto adaptado.)</p><p>( ) 5 - As palavras mal empregadas podem ter efeitos mais</p><p>negativos do que os traumas físicos.</p><p>( 1 ) narrativa;</p><p>( 2 ) dialogal;</p><p>( 3 ) argumentativa;</p><p>( 4 ) injuntiva;</p><p>( 5 ) descritiva.</p><p>Está correta a alternativa:</p><p>(A) 1 - 2 - 3 - 4 - 5.</p><p>(B) 1 - 3 - 2 - 4 - 5.</p><p>(C) 2 - 1 - 4 - 5 - 3.</p><p>(D) 4 - 3 - 2 - 5 - 1.</p><p>2. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Biblio-</p><p>teconomia- O rio de minha terra é um deus estranho.</p><p>Ele tem braços, dentes, corpo, coração,</p><p>muitas vezes homicida,</p><p>foi ele quem levou o meu irmão.</p><p>É muito calmo o rio de minha terra.</p><p>Suas águas são feitas de argila e de mistérios.</p><p>Nas solidões das noites enluaradas</p><p>a maldição de Crispim desce</p><p>sobre as águas encrespadas.</p><p>O rio de minha terra é um deus estranho.</p><p>Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole</p><p>para subir as poucas rampas do seu cais.</p><p>Foi conhecendo o movimento da cidade,</p><p>a pobreza residente nas taperas marginais.</p><p>Pois tão irado e tão potente fez-se o rio</p><p>que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.</p><p>Mas ele prosseguiu indiferente,</p><p>carregando no seu dorso bois e gente,</p><p>até roçados de arroz e de feijão.</p><p>Na sua obstinada e galopante caminhada,</p><p>destruiu paredes, casas, barricadas,</p><p>deixando no percurso mágoa e dor.</p><p>Depois subiu os degraus da igreja santa</p><p>e postou-se horas sob os pés do Criador.</p><p>E desceu devagarinho, até deitar-se</p><p>novamente no seu leito.</p><p>Mas toda noite o seu olhar de rio</p><p>fica boiando sob as luzes da cidade.</p><p>(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha terra. Disponível</p><p>em: https://www.escritas.org)</p><p>Língua Portuguesa</p><p>33</p><p>41</p><p>No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” classifica-se como</p><p>(A) pronome.</p><p>(B) preposição.</p><p>(C) artigo.</p><p>(D) advérbio.</p><p>(E) conjunção.</p><p>3. INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.</p><p>Texto 01</p><p>Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/38102601. Acesso em: 18 set. 2022.</p><p>De acordo com o texto, “[...] sair de um acidente em alta velocidade pelo vidro da frente” indica uma</p><p>(A) solução.</p><p>(B) alternativa.</p><p>(C) prevenção.</p><p>(D) consequência.</p><p>(E) precaução.</p><p>4. FGV - 2022 - TJ-DFT - Oficial de Justiça Avaliador Federal- “Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento dos fatos,</p><p>às vezes chega-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores.” O raciocínio abaixo que deve ser considerado como indutivo é:</p><p>(A) Os funcionários públicos folgam amanhã, por isso meu marido ficará em casa;</p><p>(B) Todos os juízes procuram julgar corretamente, por isso é o que ele também procura;</p><p>(C) Nos dias de semana os mercados abrem, por isso deixarei para comprar isso amanhã;</p><p>(D) No inverno, chove todos os dias, por isso vou comprar um guarda-chuva;</p><p>(E) Ontem nevou bastante, por isso as estradas devem estar intransitáveis.</p><p>5. FGV - 2022 - TJ-DFT - Analista Judiciário - Segurança da Informação- “Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo</p><p>menos do que com a vida. Apenas um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas também adoro a estrada, um</p><p>dicionário muito mais maravilhoso.”</p><p>Depreende-se desse pensamento que seu autor:</p><p>(A) nada aprende com os livros, com exceção do dicionário;</p><p>(B) deve tudo que conhece ao dicionário;</p><p>(C) adquire conhecimentos com as viagens que realiza;</p><p>(D) conhece o mundo por meio da experiência de vida;</p><p>(E)constatou que os dicionários registram o melhor da vida.</p><p>4242</p><p>6. COTEC - 2022 - Prefeitura de Paracatu - MG - Técnico Higiene Dental - INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para</p><p>responder à questão que a ele se refere.</p><p>Texto 01</p><p>Disponível em: http://bichinhosdejardim.com/triste-fim-relacoes-afetivas/. Acesso em: 18 set. 2022.</p><p>A vírgula, na fala do primeiro quadro, foi usada de acordo com a norma para separar um</p><p>(A) vocativo.</p><p>(B) aposto explicativo.</p><p>(C) expressão adverbial.</p><p>(D) oração coordenada.</p><p>(E) predicativo.</p><p>7. CESPE / CEBRASPE - 2022 - Prefeitura de Maringá - PR - Médico Texto CG1A1</p><p>Por muitos séculos, pessoas surdas ao redor do mundo eram consideradas incapazes de aprender simplesmente por possuírem uma</p><p>deficiência. No Brasil, infelizmente, isso não era diferente. Essa visão capacitista só começou a mudar a partir do século XVI, com trans-</p><p>formações que ocorreram, num primeiro momento, na Europa, quando educadores, por conta própria, começaram a se preocupar com</p><p>esse grupo.</p><p>Um dos educadores mais marcantes na luta pela educação dos surdos foi Ernest Huet, ou Eduard Huet, como também era conheci-</p><p>do. Huet, acometido por uma doença, perdeu a audição ainda aos 12 anos; contudo, como era membro de uma família nobre da França,</p><p>teve, desde cedo, acesso à melhor educação possível de sua época e, assim, aprendeu a língua de sinais francesa no Instituto Nacional</p><p>de Surdos-Mudos de Paris. No Brasil, tomando-se como inspiração a iniciativa de Huet, fundouse, em 26 de setembro de 1856, o Impe-</p><p>rial Instituto de SurdosMudos, instituição de caráter privado. No seu percurso, o instituto recebeu diversos nomes, mas a mudança mais</p><p>significativa se deu em 1957, quando foi denominado Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, que está em funcionamento até</p><p>hoje! Essa mudança refletia o princípio de modernização da década de 1950, pelo qual se guiava o instituto, com suas discussões sobre</p><p>educação de surdos.</p><p>Dessa forma, Huet e a língua de sinais francesa tiveram grande influência na língua brasileira de sinais, a Libras, que foi ganhando espa-</p><p>ço aos poucos e logo passou a ser utilizada pelos surdos brasileiros. Contudo, nesse mesmo período, muitos educadores ainda defendiam</p><p>a ideia de que a melhor maneira de ensinar era pelo método oralizado, ou seja, pessoas surdas seriam educadas por meio de línguas orais.</p><p>Nesse caso, a comunicação acontecia nas modalidades de escrita, leitura, leitura labial e também oral. No Congresso de Milão, em 11 de</p><p>setembro de 1880, muitos educadores votaram pela proibição da utilização da língua de sinais por não acreditarem na efetividade desse</p><p>método na educação das pessoas surdas.</p><p>Essa decisão prejudicou consideravelmente o ensino da Língua Brasileira de Sinais, mas, mesmo diante dessa proibição, a Libras conti-</p><p>nuou sendo utilizada devido à persistência dos surdos. Posteriormente, buscou-se a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais, e os surdos</p><p>continuaram lutando pelo seu reconhecimento e regulamentação por meio de um projeto de lei escrito em 1993. Porém, apenas em 2002,</p><p>foi aprovada a Lei 10.436/2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão no país.</p><p>Internet:: <www.ufmg.br>(com adaptações)</p><p>Língua Portuguesa</p><p>34</p><p>41</p><p>No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” classifica-se como</p><p>(A) pronome.</p><p>(B) preposição.</p><p>(C) artigo.</p><p>(D) advérbio.</p><p>(E) conjunção.</p><p>3. INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.</p><p>Texto 01</p><p>Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/38102601. Acesso em: 18 set. 2022.</p><p>De acordo com o texto, “[...] sair de um acidente em alta velocidade pelo vidro da frente” indica uma</p><p>(A) solução.</p><p>(B) alternativa.</p><p>(C) prevenção.</p><p>(D) consequência.</p><p>(E) precaução.</p><p>4. FGV - 2022 - TJ-DFT - Oficial de Justiça Avaliador Federal- “Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento dos fatos,</p><p>às vezes chega-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores.” O raciocínio abaixo que deve ser considerado como indutivo é:</p><p>(A) Os funcionários públicos folgam amanhã, por isso meu marido ficará em casa;</p><p>(B) Todos os juízes procuram julgar corretamente, por isso é o que ele também procura;</p><p>(C) Nos dias de semana os mercados abrem, por isso deixarei para comprar isso amanhã;</p><p>(D) No inverno, chove todos os dias, por isso vou comprar um guarda-chuva;</p><p>(E) Ontem nevou bastante, por isso as estradas devem estar intransitáveis.</p><p>5. FGV - 2022 - TJ-DFT - Analista Judiciário - Segurança da Informação- “Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo</p><p>menos do que com a vida. Apenas um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas também adoro a estrada, um</p><p>dicionário muito mais maravilhoso.”</p><p>Depreende-se desse pensamento que seu autor:</p><p>(A) nada aprende com os livros, com exceção do dicionário;</p><p>(B) deve tudo que conhece ao dicionário;</p><p>(C) adquire conhecimentos com as viagens que realiza;</p><p>(D) conhece o mundo por meio da experiência de vida;</p><p>(E)constatou que os dicionários registram o melhor da vida.</p><p>4242</p><p>6. COTEC - 2022 - Prefeitura de Paracatu - MG - Técnico Higiene Dental - INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para</p><p>responder à questão que a ele se refere.</p><p>Texto 01</p><p>Disponível em: http://bichinhosdejardim.com/triste-fim-relacoes-afetivas/. Acesso em: 18 set. 2022.</p><p>A vírgula, na fala do primeiro quadro, foi usada de acordo com a norma para separar um</p><p>(A) vocativo.</p><p>(B) aposto explicativo.</p><p>(C) expressão adverbial.</p><p>(D) oração coordenada.</p><p>(E) predicativo.</p><p>7. CESPE / CEBRASPE - 2022 - Prefeitura de Maringá - PR - Médico Texto CG1A1</p><p>Por muitos séculos, pessoas surdas ao redor do mundo eram consideradas incapazes de aprender simplesmente por possuírem uma</p><p>deficiência. No Brasil, infelizmente, isso não era diferente. Essa visão capacitista só começou a mudar a partir do século XVI, com trans-</p><p>formações que ocorreram, num primeiro momento, na Europa, quando educadores, por conta própria, começaram a se preocupar com</p><p>esse grupo.</p><p>Um dos educadores mais marcantes na luta pela educação dos surdos foi Ernest Huet, ou Eduard Huet, como também era conheci-</p><p>do. Huet, acometido por uma doença, perdeu a audição ainda aos 12 anos; contudo, como era membro de uma família nobre da França,</p><p>teve, desde cedo, acesso à melhor educação possível de sua época e, assim, aprendeu a língua de sinais francesa no Instituto Nacional</p><p>de Surdos-Mudos de Paris. No Brasil, tomando-se como inspiração a iniciativa de Huet, fundouse, em 26 de setembro de 1856, o Impe-</p><p>rial Instituto de SurdosMudos, instituição de caráter privado. No seu percurso, o instituto recebeu diversos nomes, mas a mudança mais</p><p>significativa se deu em 1957, quando foi denominado Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, que está em funcionamento até</p><p>hoje! Essa mudança refletia o princípio de modernização da década de 1950, pelo qual se guiava o instituto, com suas discussões sobre</p><p>educação de surdos.</p><p>Dessa forma, Huet e a língua de sinais francesa tiveram grande influência na língua brasileira de sinais, a Libras, que foi ganhando espa-</p><p>ço aos poucos e logo passou a ser utilizada pelos surdos brasileiros. Contudo, nesse mesmo período, muitos educadores ainda defendiam</p><p>a ideia de que a melhor maneira de ensinar era pelo método oralizado, ou seja, pessoas surdas seriam educadas por meio de línguas orais.</p><p>Nesse caso, a comunicação acontecia nas modalidades de escrita, leitura, leitura labial e também oral. No Congresso de Milão, em 11 de</p><p>setembro de 1880, muitos educadores votaram pela proibição da utilização da língua de sinais por não acreditarem na efetividade desse</p><p>método na educação das pessoas surdas.</p><p>Essa decisão prejudicou consideravelmente o ensino da Língua Brasileira de Sinais, mas, mesmo diante dessa proibição, a Libras conti-</p><p>nuou sendo utilizada devido à persistência dos surdos. Posteriormente, buscou-se a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais, e os surdos</p><p>continuaram lutando pelo seu reconhecimento e regulamentação por meio de um projeto de lei escrito em 1993. Porém, apenas em 2002,</p><p>foi aprovada a Lei 10.436/2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão no país.</p><p>Internet:: <www.ufmg.br>(com adaptações)</p><p>Língua Portuguesa</p><p>35</p><p>43</p><p>Assinale a opção correta a respeito do emprego das formas ver-</p><p>bais e dos sinais de pontuação no texto CG1A1.</p><p>(A) A correção gramatical e a coerência do texto seriam preser-</p><p>vadas, caso a vírgula empregada logo após o vocábulo “mas”</p><p>(primeiro período do quarto parágrafo) fosse eliminada.</p><p>(B) A forma verbal “tiveram” (primeiro período do terceiro pa-</p><p>rágrafo) poderia ser substituída por “obtiveram” sem prejuízo</p><p>aos sentidos e à correção gramatical do texto.</p><p>(C) A forma verbal “continuou” (primeiro período do quarto</p><p>parágrafo) está flexionada no singular para concordar com o</p><p>artigo definido “a”, mas poderia ser substituída, sem prejuízo</p><p>à correção gramatical, pela forma verbal “continuaram”, que</p><p>estabeleceria concordância com o termo “Libras”.</p><p>(D) A forma verbal “acreditarem” (quarto período do terceiro</p><p>parágrafo) concorda com “educadores” e por isso está flexio-</p><p>nada no plural.</p><p>(E) No primeiro período do terceiro parágrafo do texto, é facul-</p><p>tativo o emprego da vírgula imediatamente após “Libras”.</p><p>8. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário -</p><p>Área Judiciária- A chama é bela</p><p>Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma bela la-</p><p>reira, e para meus filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do fogo,</p><p>da brasa que arde, da chama, era um fenômeno absolutamente</p><p>novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles deixavam a</p><p>televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qualquer</p><p>programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas fixos</p><p>como um programa televisivo.</p><p>O fogo também se faz metáfora de muitas pulsões, do infla-</p><p>mar-se de ódio ao fogo da paixão amorosa. E o fogo pode ser a luz</p><p>ofuscante que os olhos não podem fixar, como não podem encarar</p><p>o Sol (o calor do fogo remete ao calor do Sol), mas devidamente</p><p>amestrado, quando se transforma em luz de vela, permite jogos de</p><p>claro-escuro, vigílias noturnas nas quais uma chama solitária nos</p><p>obriga a imaginar coisas sem nome...</p><p>O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância</p><p>cada vez mais leve e aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à</p><p>chama branca do ápice, até desmaiar em fumaça... Nesse sentido,</p><p>a natureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência e,</p><p>contudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no cora-</p><p>ção da Terra, é também símbolo de profundidades infernais. É vida,</p><p>mas é também experiência de seu apagar-se e de sua contínua fra-</p><p>gilidade.</p><p>(Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janeiro:</p><p>Record, 2021, p. 54-55)</p><p>Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:</p><p>(A) Os filhos do autor diante da lareira, não deixaram de se es-</p><p>pantar, com o espetáculo inédito daquelas chamas bruxulean-</p><p>tes.</p><p>(B) Como metáfora, o fogo por conta de seus inúmeros atribu-</p><p>tos, chega mesmo a propiciar expansões, simbólicas e metafó-</p><p>ricas.</p><p>(C) Tanto como a do Sol, a luz do fogo, uma vez expandida,</p><p>pode ofuscar os olhos de quem, imprudente, ouse enfrentá-la.</p><p>(D) O autor do texto em momentos descritivos, não deixa de</p><p>insinuar sua atração, pela magia dos poderes e do espetáculo</p><p>do fogo.</p><p>(E) Disponíveis</p><p>metáforas, parecem se desenvolver quando,</p><p>por amor ou por ódio extremos somos tomados por paixões</p><p>incendiárias.</p><p>9. AGIRH - 2022 - Prefeitura de Roseira - SP - Enfermeiro 36</p><p>horas - Assinale o item que contém erro de ortografia.</p><p>(A) Na cultura japonesa, fica desprestigiado para sempre quem</p><p>inflinge as regras da lealdade.</p><p>(B) Não conseguindo prever o resultado a que chegariam, sen-</p><p>tiu-se frustrado.</p><p>(C) Desgostos indescritíveis, porventura, seriam rememorados</p><p>durante a sessão de terapia.</p><p>(D) Ao reverso de outros, trazia consigo autoconhecimento e</p><p>autoafirmação.</p><p>10. Unoesc - 2022 - Prefeitura de Maravilha - SC - Agente Admi-</p><p>nistrativo - Edital nº 2- Considerando a acentuação tônica, assinale</p><p>as alternativas abaixo com (V) verdadeiro ou (F) falso.</p><p>( ) As palavras “gramática” e “partir” são, respectivamente,</p><p>proparoxítona e oxítona.</p><p>( ) “Nós” é uma palavra oxítona.</p><p>( ) “César” não é proparoxítona, tampouco oxítona.</p><p>( ) “Despretensiosamente” é uma palavra proparoxítona.</p><p>( ) “Café” é uma palavra paroxítona.</p><p>A sequência correta de cima para baixo é:</p><p>(A) F, V, V, F, V.</p><p>(B) V, V, F, V, F.</p><p>(C) V, F, V, F, V.</p><p>(D) V, V, V, F, F.</p><p>11. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TCE-PB - Médico- Texto CB1A1-I</p><p>A história da saúde não é a história da medicina, pois apenas</p><p>de 10% a 20% da saúde são determinados pela medicina, e essa</p><p>porcentagem era ainda menor nos séculos anteriores. Os outros</p><p>três determinantes da saúde são o comportamento, o ambiente e a</p><p>biologia – idade, sexo e genética. As histórias da medicina centradas</p><p>no atendimento à saúde não permitem uma compreensão global</p><p>da melhoria da saúde humana. A história dessa melhoria é uma his-</p><p>tória de superação. Antes dos primeiros progressos, a saúde huma-</p><p>na estava totalmente estagnada. Da Revolução Neolítica, há 12 mil</p><p>anos, até meados do século XVIII, a expectativa de vida dos seres</p><p>humanos ocidentais não evoluíra de modo significativo. Estava pa-</p><p>ralisada na faixa dos 25-30 anos. Foi somente a partir de 1750 que</p><p>o equilíbrio histórico se modificou positivamente. Vários elementos</p><p>alteraram esse contexto, provocando um aumento praticamente</p><p>contínuo da longevidade. Há 200 anos, as suecas detinham o re-</p><p>4444</p><p>corde mundial com uma longevidade de 46 anos. Em 2019, eram as</p><p>japonesas que ocupavam o primeiro lugar, com uma duração média</p><p>de vida de 88 anos. Mesmo sem alcançar esse recorde, as popula-</p><p>ções dos países industrializados podem esperar viver atualmente</p><p>ao menos 80 anos. Desde 1750, cada geração vive um pouco mais</p><p>do que a anterior e prepara a seguinte para viver ainda mais tempo.</p><p>Jean-David Zeitoun. História da saúde humana: vamos viver cada vez</p><p>mais?</p><p>Tradução Patrícia Reuillard. São Paulo: Contexto, 2022, p. 10-11 (com</p><p>adaptações).</p><p>No que se refere a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, jul-</p><p>gue o item seguinte.</p><p>A inserção de uma vírgula imediatamente após o termo “au-</p><p>mento” (nono período) prejudicaria a correção gramatical e o sen-</p><p>tido original do texto.</p><p>( )CERTO</p><p>( )ERRADO</p><p>12. FGV - 2022 - SEAD-AP - Cuidador Uma das marcas da textu-</p><p>alidade é a coerência. Entre as frases abaixo, assinale aquela que se</p><p>mostra coerente.</p><p>(A) Avise-me se você não receber esta carta.</p><p>(B) Só uma coisa a vida ensina: a vida nada ensina.</p><p>(C) Quantos sofrimentos nos custaram os males que nunca</p><p>ocorreram.</p><p>(D) Todos os casos são únicos e iguais a outros.</p><p>(E) Como eu disse antes, eu nunca me repito.</p><p>13. OBJETIVA - 2022 - Prefeitura de Dezesseis de Novembro -</p><p>RS - Controlador Interno- Considerando-se a concordância nominal,</p><p>marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assi-</p><p>nalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:</p><p>( ) Agora que tudo passou, sinto que tenho menas tristezas na</p><p>minha vida.</p><p>( ) Posso pedir teu bloco e tua caneta emprestada?</p><p>( ) É proibido a entrada de animais na praia.</p><p>(A) C - E - C.</p><p>(B) C - E - E.</p><p>(C) E - E - C.</p><p>(D) E - C - E.</p><p>14. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário</p><p>- Área Judiciária</p><p>O meu ofício</p><p>O meu ofício é escrever, e sei bem disso há muito tempo. Espe-</p><p>ro não ser mal-entendida: não sei nada sobre o valor daquilo que</p><p>posso escrever. Quando me ponho a escrever, sinto-me extraordi-</p><p>nariamente à vontade e me movo num elemento que tenho a im-</p><p>pressão de conhecer extraordinariamente bem: utilizo instrumen-</p><p>tos que me são conhecidos e familiares e os sinto bem firmes em</p><p>minhas mãos. Se faço qualquer outra coisa, se estudo uma língua</p><p>estrangeira, se tento aprender história ou geografia, ou tricotar</p><p>uma malha, ou viajar, sofro e me pergunto como é que os outros</p><p>conseguem fazer essas coisas. E tenho a impressão de ser cega e</p><p>surda como uma náusea dentro de mim.</p><p>Já quando escrevo nunca penso que talvez haja um modo mais</p><p>correto, do qual os outros escritores se servem. Não me importa nada</p><p>o modo dos outros escritores. O fato é que só sei escrever histórias. Se</p><p>tento escrever um ensaio de crítica ou um artigo sob encomenda para</p><p>um jornal, a coisa sai bem ruim. O que escrevo nesses casos tenho de ir</p><p>buscar fora de mim. E sempre tenho a sensação de enganar o próximo</p><p>com palavras tomadas de empréstimo ou furtadas aqui e ali.</p><p>Quando escrevo histórias, sou como alguém que está em seu país,</p><p>nas ruas que conhece desde a infância, entre as árvores e os muros</p><p>que são seus. Este é o meu ofício, e o farei até a morte. Entre os cinco</p><p>e dez anos ainda tinha dúvidas e às vezes imaginava que podia pintar,</p><p>ou conquistar países a cavalo, ou inventar uma nova máquina. Mas a</p><p>primeira coisa séria que fiz foi escrever um conto, um conto curto, de</p><p>cinco ou seis páginas: saiu de mim como um milagre, numa noite, e</p><p>quando finalmente fui dormir estava exausta, atônita, estupefata.</p><p>(Adaptado de: GINZBURG, Natalia. As pequenas virtudes. Trad. Maurício</p><p>Santana Dias. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p, 72-77, passim)</p><p>As normas de concordância verbal encontram-se plenamente ob-</p><p>servadas em:</p><p>(A) As palavras que a alguém ocorrem deitar no papel acabam por</p><p>identificar o estilo mesmo de quem as escreveu.</p><p>(B) Gaba-se a autora de que às palavras a que recorre nunca falta</p><p>a espontaneidade dos bons escritos.</p><p>(C) Faltam às tarefas outras de que poderiam se incumbir a facili-</p><p>dade que encontra ela em escrever seus textos.</p><p>(D) Os possíveis entraves para escrever um conto, revela a autora,</p><p>logo se dissipou em sua primeira tentativa.</p><p>(E) Não haveria de surgir impulsos mais fortes, para essa escritora,</p><p>do que os que a levaram a imaginar histórias.</p><p>15. SELECON - 2019 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Técnico em Nutri-</p><p>ção Escolar- Considerando a regência nominal e o emprego do acento</p><p>grave, o trecho destacado em “inerentes a esta festa” está corretamen-</p><p>te substituído em:</p><p>(A) inerentes à determinado momento</p><p>(B) inerentes à regras de convivência</p><p>(C) inerentes à regulamentos anteriores</p><p>(D) inerentes à evidência de incorreções</p><p>16. Assinale a frase com desvio de regência verbal.</p><p>(A) Informei-lhe o bloqueio do financiamento de pesquisas.</p><p>(B) Avisaram-no a liberação de recursos para ciência e tecnologia.</p><p>(C) Os acadêmicos obedecem ao planejamento estratégico.</p><p>(D) Todos os homens, por natureza, aspiram ao saber.</p><p>(E) Assistimos ao filme que apresentou a obra daquele grande</p><p>cientista.</p><p>17. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital nº</p><p>007- Sendo (C) para as assertivas corretas e (E) para as erradas, assinale</p><p>a alternativa com a sequência certa considerando a observância das</p><p>normas da língua portuguesa:</p><p>( ) O futebol é um esporte de que o povo gosta.</p><p>( ) Visitei a cidade onde você nasceu.</p><p>( ) É perigoso o local a que você se dirige.</p><p>( ) Tenho uma coleção de quadros pela qual já me ofereceram mi-</p><p>lhões.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>36</p><p>43</p><p>Assinale a opção correta a respeito do emprego das formas ver-</p><p>bais e dos sinais de pontuação no texto CG1A1.</p><p>(A) A correção gramatical e a coerência do texto seriam preser-</p><p>vadas, caso a vírgula empregada logo após o vocábulo “mas”</p><p>(primeiro período do quarto parágrafo) fosse eliminada.</p><p>(B) A forma verbal “tiveram” (primeiro período do terceiro pa-</p><p>rágrafo)</p><p>poderia ser substituída por “obtiveram” sem prejuízo</p><p>aos sentidos e à correção gramatical do texto.</p><p>(C) A forma verbal “continuou” (primeiro período do quarto</p><p>parágrafo) está flexionada no singular para concordar com o</p><p>artigo definido “a”, mas poderia ser substituída, sem prejuízo</p><p>à correção gramatical, pela forma verbal “continuaram”, que</p><p>estabeleceria concordância com o termo “Libras”.</p><p>(D) A forma verbal “acreditarem” (quarto período do terceiro</p><p>parágrafo) concorda com “educadores” e por isso está flexio-</p><p>nada no plural.</p><p>(E) No primeiro período do terceiro parágrafo do texto, é facul-</p><p>tativo o emprego da vírgula imediatamente após “Libras”.</p><p>8. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário -</p><p>Área Judiciária- A chama é bela</p><p>Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma bela la-</p><p>reira, e para meus filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do fogo,</p><p>da brasa que arde, da chama, era um fenômeno absolutamente</p><p>novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles deixavam a</p><p>televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qualquer</p><p>programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas fixos</p><p>como um programa televisivo.</p><p>O fogo também se faz metáfora de muitas pulsões, do infla-</p><p>mar-se de ódio ao fogo da paixão amorosa. E o fogo pode ser a luz</p><p>ofuscante que os olhos não podem fixar, como não podem encarar</p><p>o Sol (o calor do fogo remete ao calor do Sol), mas devidamente</p><p>amestrado, quando se transforma em luz de vela, permite jogos de</p><p>claro-escuro, vigílias noturnas nas quais uma chama solitária nos</p><p>obriga a imaginar coisas sem nome...</p><p>O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância</p><p>cada vez mais leve e aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à</p><p>chama branca do ápice, até desmaiar em fumaça... Nesse sentido,</p><p>a natureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência e,</p><p>contudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no cora-</p><p>ção da Terra, é também símbolo de profundidades infernais. É vida,</p><p>mas é também experiência de seu apagar-se e de sua contínua fra-</p><p>gilidade.</p><p>(Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janeiro:</p><p>Record, 2021, p. 54-55)</p><p>Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:</p><p>(A) Os filhos do autor diante da lareira, não deixaram de se es-</p><p>pantar, com o espetáculo inédito daquelas chamas bruxulean-</p><p>tes.</p><p>(B) Como metáfora, o fogo por conta de seus inúmeros atribu-</p><p>tos, chega mesmo a propiciar expansões, simbólicas e metafó-</p><p>ricas.</p><p>(C) Tanto como a do Sol, a luz do fogo, uma vez expandida,</p><p>pode ofuscar os olhos de quem, imprudente, ouse enfrentá-la.</p><p>(D) O autor do texto em momentos descritivos, não deixa de</p><p>insinuar sua atração, pela magia dos poderes e do espetáculo</p><p>do fogo.</p><p>(E) Disponíveis metáforas, parecem se desenvolver quando,</p><p>por amor ou por ódio extremos somos tomados por paixões</p><p>incendiárias.</p><p>9. AGIRH - 2022 - Prefeitura de Roseira - SP - Enfermeiro 36</p><p>horas - Assinale o item que contém erro de ortografia.</p><p>(A) Na cultura japonesa, fica desprestigiado para sempre quem</p><p>inflinge as regras da lealdade.</p><p>(B) Não conseguindo prever o resultado a que chegariam, sen-</p><p>tiu-se frustrado.</p><p>(C) Desgostos indescritíveis, porventura, seriam rememorados</p><p>durante a sessão de terapia.</p><p>(D) Ao reverso de outros, trazia consigo autoconhecimento e</p><p>autoafirmação.</p><p>10. Unoesc - 2022 - Prefeitura de Maravilha - SC - Agente Admi-</p><p>nistrativo - Edital nº 2- Considerando a acentuação tônica, assinale</p><p>as alternativas abaixo com (V) verdadeiro ou (F) falso.</p><p>( ) As palavras “gramática” e “partir” são, respectivamente,</p><p>proparoxítona e oxítona.</p><p>( ) “Nós” é uma palavra oxítona.</p><p>( ) “César” não é proparoxítona, tampouco oxítona.</p><p>( ) “Despretensiosamente” é uma palavra proparoxítona.</p><p>( ) “Café” é uma palavra paroxítona.</p><p>A sequência correta de cima para baixo é:</p><p>(A) F, V, V, F, V.</p><p>(B) V, V, F, V, F.</p><p>(C) V, F, V, F, V.</p><p>(D) V, V, V, F, F.</p><p>11. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TCE-PB - Médico- Texto CB1A1-I</p><p>A história da saúde não é a história da medicina, pois apenas</p><p>de 10% a 20% da saúde são determinados pela medicina, e essa</p><p>porcentagem era ainda menor nos séculos anteriores. Os outros</p><p>três determinantes da saúde são o comportamento, o ambiente e a</p><p>biologia – idade, sexo e genética. As histórias da medicina centradas</p><p>no atendimento à saúde não permitem uma compreensão global</p><p>da melhoria da saúde humana. A história dessa melhoria é uma his-</p><p>tória de superação. Antes dos primeiros progressos, a saúde huma-</p><p>na estava totalmente estagnada. Da Revolução Neolítica, há 12 mil</p><p>anos, até meados do século XVIII, a expectativa de vida dos seres</p><p>humanos ocidentais não evoluíra de modo significativo. Estava pa-</p><p>ralisada na faixa dos 25-30 anos. Foi somente a partir de 1750 que</p><p>o equilíbrio histórico se modificou positivamente. Vários elementos</p><p>alteraram esse contexto, provocando um aumento praticamente</p><p>contínuo da longevidade. Há 200 anos, as suecas detinham o re-</p><p>4444</p><p>corde mundial com uma longevidade de 46 anos. Em 2019, eram as</p><p>japonesas que ocupavam o primeiro lugar, com uma duração média</p><p>de vida de 88 anos. Mesmo sem alcançar esse recorde, as popula-</p><p>ções dos países industrializados podem esperar viver atualmente</p><p>ao menos 80 anos. Desde 1750, cada geração vive um pouco mais</p><p>do que a anterior e prepara a seguinte para viver ainda mais tempo.</p><p>Jean-David Zeitoun. História da saúde humana: vamos viver cada vez</p><p>mais?</p><p>Tradução Patrícia Reuillard. São Paulo: Contexto, 2022, p. 10-11 (com</p><p>adaptações).</p><p>No que se refere a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, jul-</p><p>gue o item seguinte.</p><p>A inserção de uma vírgula imediatamente após o termo “au-</p><p>mento” (nono período) prejudicaria a correção gramatical e o sen-</p><p>tido original do texto.</p><p>( )CERTO</p><p>( )ERRADO</p><p>12. FGV - 2022 - SEAD-AP - Cuidador Uma das marcas da textu-</p><p>alidade é a coerência. Entre as frases abaixo, assinale aquela que se</p><p>mostra coerente.</p><p>(A) Avise-me se você não receber esta carta.</p><p>(B) Só uma coisa a vida ensina: a vida nada ensina.</p><p>(C) Quantos sofrimentos nos custaram os males que nunca</p><p>ocorreram.</p><p>(D) Todos os casos são únicos e iguais a outros.</p><p>(E) Como eu disse antes, eu nunca me repito.</p><p>13. OBJETIVA - 2022 - Prefeitura de Dezesseis de Novembro -</p><p>RS - Controlador Interno- Considerando-se a concordância nominal,</p><p>marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assi-</p><p>nalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:</p><p>( ) Agora que tudo passou, sinto que tenho menas tristezas na</p><p>minha vida.</p><p>( ) Posso pedir teu bloco e tua caneta emprestada?</p><p>( ) É proibido a entrada de animais na praia.</p><p>(A) C - E - C.</p><p>(B) C - E - E.</p><p>(C) E - E - C.</p><p>(D) E - C - E.</p><p>14. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário</p><p>- Área Judiciária</p><p>O meu ofício</p><p>O meu ofício é escrever, e sei bem disso há muito tempo. Espe-</p><p>ro não ser mal-entendida: não sei nada sobre o valor daquilo que</p><p>posso escrever. Quando me ponho a escrever, sinto-me extraordi-</p><p>nariamente à vontade e me movo num elemento que tenho a im-</p><p>pressão de conhecer extraordinariamente bem: utilizo instrumen-</p><p>tos que me são conhecidos e familiares e os sinto bem firmes em</p><p>minhas mãos. Se faço qualquer outra coisa, se estudo uma língua</p><p>estrangeira, se tento aprender história ou geografia, ou tricotar</p><p>uma malha, ou viajar, sofro e me pergunto como é que os outros</p><p>conseguem fazer essas coisas. E tenho a impressão de ser cega e</p><p>surda como uma náusea dentro de mim.</p><p>Já quando escrevo nunca penso que talvez haja um modo mais</p><p>correto, do qual os outros escritores se servem. Não me importa nada</p><p>o modo dos outros escritores. O fato é que só sei escrever histórias. Se</p><p>tento escrever um ensaio de crítica ou um artigo sob encomenda para</p><p>um jornal, a coisa sai bem ruim. O que escrevo nesses casos tenho de ir</p><p>buscar fora de mim. E sempre tenho a sensação de enganar o próximo</p><p>com palavras tomadas de empréstimo ou furtadas aqui e ali.</p><p>Quando escrevo histórias, sou como alguém que está em seu país,</p><p>nas ruas que conhece desde a infância, entre as árvores e os muros</p><p>que são seus. Este é o meu ofício,</p><p>uma</p><p>relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já</p><p>citadas ou apresentando novos conceitos.</p><p>Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-</p><p>tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder</p><p>espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas</p><p>entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer</p><p>que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-</p><p>damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.</p><p>Importância da interpretação</p><p>A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se</p><p>informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-</p><p>pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos</p><p>específicos, aprimora a escrita.</p><p>Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-</p><p>tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-</p><p>sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-</p><p>ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,</p><p>pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes</p><p>que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de</p><p>sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais</p><p>presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-</p><p>são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-</p><p>tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-</p><p>ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários,</p><p>estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido,</p><p>retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.</p><p>Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au-</p><p>tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para</p><p>divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas.</p><p>Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você</p><p>precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que</p><p>não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.</p><p>Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão,</p><p>assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.</p><p>Diferença entre compreensão e interpretação</p><p>A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do</p><p>texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-</p><p>ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O</p><p>leitor tira conclusões subjetivas do texto.</p><p>Gêneros Discursivos</p><p>Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso-</p><p>nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou</p><p>totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma</p><p>novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No</p><p>romance nós temos uma história central e várias histórias secun-</p><p>dárias.</p><p>Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente</p><p>imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-</p><p>nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única</p><p>ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações</p><p>encaminham-se diretamente para um desfecho.</p><p>Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia-</p><p>do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a</p><p>história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O</p><p>tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-</p><p>finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um</p><p>ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais</p><p>curto.</p><p>Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que</p><p>nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para</p><p>mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não</p><p>é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos</p><p>como horas ou mesmo minutos.</p><p>Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-</p><p>guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento,</p><p>a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de</p><p>imagens.</p><p>Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a</p><p>opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto</p><p>que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-</p><p>vencer o leitor a concordar com ele.</p><p>Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um</p><p>entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.</p><p>Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas</p><p>de destaque sobre algum assunto de interesse.</p><p>Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-</p><p>za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as</p><p>crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando</p><p>os professores a identificar o nível de alfabetização delas.</p><p>Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo</p><p>de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-</p><p>berdade para quem recebe a informação.</p><p>INFORMAÇÕES LITERAIS E INFERÊNCIAS.</p><p>Definição</p><p>Ao contrário das informações explícitas, que são expressadas</p><p>pelo autor no texto, as informações implícitas não são expressadas</p><p>da mesma forma. Em muitos casos, para que se faça uma leitura</p><p>eficiente, é necessário que se vá além do que está mencionado,</p><p>sendo necessário preciso inferir as informações de um texto, ou</p><p>seja, decifrar suas entrelinhas.</p><p>Inferência: quer dizer concluir alguma coisa com base em</p><p>outra já conhecida. Fazer inferências é uma habilidade essencial</p><p>para a interpretação correta dos enunciados e dos textos. As</p><p>principais informações que podem ser inferidas recebem o nome</p><p>de subtendidas e pressupostas.</p><p>Informação pressuposta: é aquela cujo enunciado depende</p><p>para fazer que consiga gerar sentido. Analise o seguinte exemplo:</p><p>“Arnaldo retornará para casa?”, O enunciado, nesse caso, somente</p><p>fará sentido se for levada em consideração que Arnaldo saiu de casa,</p><p>pelo menos provisoriamente – e essa é a informação pressuposta.</p><p>O fato de Arnaldo se encontrar em casa invalidará o enunciado.</p><p>Observe que as informações pressupostas estão assinaladas por</p><p>meio de termos e expressões expostos no próprio enunciado e</p><p>implicam de um critério lógico. Desse modo, no enunciado “Arnaldo</p><p>ainda não retornou para casa”, o termo “ainda” aponta que o</p><p>retorno de Arnaldo para casa é dado como certo pelos enunciados.</p><p>Informação subtendida: diversamente à informação</p><p>pressupostas, a subentendida não é assinalada no enunciado,</p><p>sendo, portanto, apenas uma sugestão, isto é, pode ser percebida</p><p>como insinuações. O emprego de subentendidos “camufla” o</p><p>enunciado por trás de uma declaração, pois, nesse caso, ele não</p><p>quer se comprometer com ela. Em razão disso, pode-se afirmar</p><p>que as informações são de responsabilidade do receptor da fala,</p><p>ao passo que as pressupostas são comuns tanto aos falantes</p><p>quanto aos receptores. As informações subentendidas circundam</p><p>nosso dia-a-dia nas as anedotas e na publicidade por exemplo;</p><p>enquanto a primeira consiste em um gênero textual cujos sentido</p><p>está profundamente submetido à ruptura dos subentendidos, a</p><p>segunda se baseia nos pensamentos e comportamentos sociais</p><p>para produzir informações subentendidas.</p><p>DOMÍNIO DA NORMA-PADRÃO DO PORTUGUÊS CONTEM-</p><p>PORÂNEO.</p><p>A Linguagem Culta ou Padrão</p><p>É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências</p><p>em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas</p><p>pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se</p><p>pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada</p><p>na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É</p><p>mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente</p><p>nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações</p><p>científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.</p><p>Ouvindo e lendo é que você aprenderá a falar e a escrever bem.</p><p>Procure ler muito, ler bons autores, para redigir bem.</p><p>A aprendizagem da língua inicia-se em casa, no contexto fa-</p><p>miliar, que é o primeiro círculo social para uma criança. A criança</p><p>imita o que ouve e aprende, aos poucos, o vocabulário e as leis</p><p>combinatórias</p><p>e o farei até a morte. Entre os cinco</p><p>e dez anos ainda tinha dúvidas e às vezes imaginava que podia pintar,</p><p>ou conquistar países a cavalo, ou inventar uma nova máquina. Mas a</p><p>primeira coisa séria que fiz foi escrever um conto, um conto curto, de</p><p>cinco ou seis páginas: saiu de mim como um milagre, numa noite, e</p><p>quando finalmente fui dormir estava exausta, atônita, estupefata.</p><p>(Adaptado de: GINZBURG, Natalia. As pequenas virtudes. Trad. Maurício</p><p>Santana Dias. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p, 72-77, passim)</p><p>As normas de concordância verbal encontram-se plenamente ob-</p><p>servadas em:</p><p>(A) As palavras que a alguém ocorrem deitar no papel acabam por</p><p>identificar o estilo mesmo de quem as escreveu.</p><p>(B) Gaba-se a autora de que às palavras a que recorre nunca falta</p><p>a espontaneidade dos bons escritos.</p><p>(C) Faltam às tarefas outras de que poderiam se incumbir a facili-</p><p>dade que encontra ela em escrever seus textos.</p><p>(D) Os possíveis entraves para escrever um conto, revela a autora,</p><p>logo se dissipou em sua primeira tentativa.</p><p>(E) Não haveria de surgir impulsos mais fortes, para essa escritora,</p><p>do que os que a levaram a imaginar histórias.</p><p>15. SELECON - 2019 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Técnico em Nutri-</p><p>ção Escolar- Considerando a regência nominal e o emprego do acento</p><p>grave, o trecho destacado em “inerentes a esta festa” está corretamen-</p><p>te substituído em:</p><p>(A) inerentes à determinado momento</p><p>(B) inerentes à regras de convivência</p><p>(C) inerentes à regulamentos anteriores</p><p>(D) inerentes à evidência de incorreções</p><p>16. Assinale a frase com desvio de regência verbal.</p><p>(A) Informei-lhe o bloqueio do financiamento de pesquisas.</p><p>(B) Avisaram-no a liberação de recursos para ciência e tecnologia.</p><p>(C) Os acadêmicos obedecem ao planejamento estratégico.</p><p>(D) Todos os homens, por natureza, aspiram ao saber.</p><p>(E) Assistimos ao filme que apresentou a obra daquele grande</p><p>cientista.</p><p>17. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital nº</p><p>007- Sendo (C) para as assertivas corretas e (E) para as erradas, assinale</p><p>a alternativa com a sequência certa considerando a observância das</p><p>normas da língua portuguesa:</p><p>( ) O futebol é um esporte de que o povo gosta.</p><p>( ) Visitei a cidade onde você nasceu.</p><p>( ) É perigoso o local a que você se dirige.</p><p>( ) Tenho uma coleção de quadros pela qual já me ofereceram mi-</p><p>lhões.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>37</p><p>45</p><p>(A) E – E – E – C</p><p>(B) C – C – C – E</p><p>(C) C – E – E – E</p><p>(D) C – C – C – C</p><p>18. FADCT - 2022 - Prefeitura de Ibema - PR - Assistente Admi-</p><p>nistrativo- A frase “ O estudante foi convidado para assistir os deba-</p><p>tes políticos.” apresenta, de acordo com a norma padrão da Língua</p><p>portuguesa, um desvio de:</p><p>(A) Concordância nominal.</p><p>(B) Concordância verbal.</p><p>(C) Regência verbal.</p><p>(D) Regência nominal</p><p>19. FUNCERN - 2019 - Prefeitura de Apodi - RN - Professor de</p><p>Ensino Fundamental I ( 1º ao 5º ano)-</p><p>Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno de aciden-</p><p>tes</p><p>Luciano Melo</p><p>O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu</p><p>carro e atravessar o cruzamento. Olha para os lados que atravessará</p><p>e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela</p><p>via transversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a ou-</p><p>tro a vigiar a pista quase livre. Finalmente não avista mais nenhum</p><p>veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de</p><p>dirigir, mas, no meio da travessia, ele é surpreendido por uma grave</p><p>colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.</p><p>Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproxi-</p><p>mar. Presumo que vários dos leitores já passaram por situação se-</p><p>melhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria</p><p>a motocicleta, eu o convido a assistir a um vídeo que existe sobre</p><p>isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que de repente</p><p>somem ou aparecem em uma cena.</p><p>Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de</p><p>perceber certas mudanças. Claro que notamos muitas alterações à</p><p>nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modi-</p><p>ficação no momento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixa-</p><p>mente para uma janela cheia de vasos de flores, poderemos assistir</p><p>à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos</p><p>da janela, justamente no momento do tombo, é possível que nem</p><p>notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira para</p><p>mudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente</p><p>entre uma olhada e outra.</p><p>No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por</p><p>uma série de movimentos. Se esses movimentos superam um limiar</p><p>atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consi-</p><p>derada dominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam</p><p>o limiar não provocarão divergência da atenção e serão ignoradas.</p><p>Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de</p><p>termos visão nítida, rica e bem detalhada do mundo que se estende</p><p>por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não</p><p>é limitada, mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo</p><p>são. Não somos capazes de memorizar tudo instantaneamente à</p><p>nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa in-</p><p>trospecção da grandiosidade de nossa experiência visual confronta</p><p>com nossas limitações perceptivas práticas e cria uma vivência rica,</p><p>porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um</p><p>gradiente entre o que é real e o que se presume, algo que favorece</p><p>os acidentes de trânsito.</p><p>Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do</p><p>texto se deu porque o motorista convergiu sua atenção às partes</p><p>centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam</p><p>sob velocidade mais ou menos previsível. Assim que o último carro</p><p>passou, ficou fácil pressupor que o centro da pista permaneceria</p><p>vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As late-</p><p>rais da pista, locais em que motocicletas geralmente trafegam, não</p><p>tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava no</p><p>padrão esperado.</p><p>O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e</p><p>nossos cérebros têm que coletar e reter alguns deles para que pos-</p><p>samos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobre-</p><p>vivência. Mas essas informações são salpicadas, incompletas e mu-</p><p>táveis. Traçar uma linha que contextualize todos esses dados não é</p><p>simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria</p><p>armadilha para nós mesmos, pois por vezes um ponto que deveria</p><p>ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo.</p><p>E outro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menospreza-</p><p>do, pois à primeira vista não atendeu a um pressuposto.</p><p>Essas interpretações podem provocar outras tragédias além</p><p>de acidentes de carro.</p><p>Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 20 abr.</p><p>2019. (texto adaptado)</p><p>No trecho “[...]poderemos assistir à queda de um deles.”, a</p><p>ocorrência do acento grave é justificada</p><p>(A) pela exigência de artigo do termo regente, que é um ver-</p><p>bo, e pela exigência de preposição do termo regido, que é um</p><p>nome.</p><p>(B) pela exigência de preposição do termo regente, que é um</p><p>nome, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um</p><p>verbo.</p><p>(C) pela exigência de artigo do termo regente, que é um nome,</p><p>e pela exigência de artigo do termo regido, que é um verbo.</p><p>(D) pela exigência de preposição do termo regente, que é um</p><p>verbo, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um</p><p>nome.</p><p>20. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital</p><p>nº 006</p><p>A importância dos debates</p><p>É promissor que os candidatos ao governo gaúcho venham</p><p>dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo de inte-</p><p>resse específico dos eleitores</p><p>O primeiro confronto direto entre os candidatos Eduardo Leite</p><p>(PSDB) e José Ivo Sartori (MDB), que disputam o governo do Estado</p><p>em segundo turno, reafirmou a importância dessa alternativa de-</p><p>mocrática para ajudar os eleitores a fazer suas escolhas. Uma das</p><p>vantagens do sistema de votação em dois turnos, instituído pela</p><p>Constituição de 1988, é justamente</p><p>a de propiciar um maior de-</p><p>talhamento dos programas de governo dos dois candidatos mais</p><p>votados na primeira etapa.</p><p>Foi justamente o que ocorreu ontem entre os postulantes ao</p><p>Palácio Piratini. Colocados frente a frente nos microfones da Rá-</p><p>dio Gaúcha, ambos tiveram a oportunidade de enfrentar questões</p><p>importantes ligadas ao cotidiano dos eleitores. A viabilidade de as</p><p>4646</p><p>principais demandas dos gaúchos serem contempladas vai depen-</p><p>der acima de tudo da estratégia de cada um para enfrentar a crise</p><p>das finanças públicas.</p><p>Diferentemente do que os eleitores estão habituados a assistir</p><p>no horário eleitoral obrigatório e a acompanhar por postagens dos</p><p>candidatos nas redes sociais, debates se prestam menos para pro-</p><p>paganda pessoal, estratégias de marketing e para a disseminação</p><p>de informações inconfiáveis e notícias falsas, neste ano usadas lar-</p><p>gamente em campanhas. Além disso, têm a vantagem de desafiar</p><p>os candidatos com questionamentos de jornalistas e do público. As</p><p>respostas, inclusive, podem ser conferidas por profissionais de im-</p><p>prensa, com divulgação posterior, o que facilita o discernimento por</p><p>parte de eleitores sobre o que corresponde ou não à verdade.</p><p>O Rio Grande do Sul enfrenta uma crise fiscal no setor público</p><p>que, se não contar com uma perspectiva de solução imediata, pra-</p><p>ticamente vai inviabilizar a implantação de qualquer plano de go-</p><p>verno. Por isso, é promissor que, enquanto em outros Estados pre-</p><p>dominam denúncias e acusações, os candidatos ao governo gaúcho</p><p>venham dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo</p><p>de interesse específico dos eleitores.</p><p>Democracia se faz com diálogo e transparência. Sem discus-</p><p>sões amplas, perdem os cidadãos, que ficam privados de informa-</p><p>ções essenciais para fazer suas escolhas com mais objetividade e</p><p>menos passionalismo.</p><p>(A IMPORTÂNCIA dos debates. GaúchaZH, 17 de outubro de 2018. Dis-</p><p>ponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 30 de agosto</p><p>de 2022)</p><p>No segundo parágrafo do texto, há a frase: “Colocados frente</p><p>a frente nos microfones da Rádio Gaúcha, ambos tiveram a oportu-</p><p>nidade de enfrentar questões importantes ligadas ao cotidiano dos</p><p>eleitores.” Conforme se observa, na expressão em destaque, não há</p><p>ocorrência da crase.</p><p>Assim, seguindo a regra gramatical acerca da crase, assinale a</p><p>alternativa em que há o emprego da crase indevidamente:</p><p>(A) cara a cara; às ocultas; à procura.</p><p>(B) face a face; às pressas; à deriva.</p><p>(C) à frente; à direita; às vezes.</p><p>(D) à tarde; à sombra de; a exceção de.</p><p>GABARITO</p><p>1 C</p><p>2 D</p><p>3 D</p><p>4 E</p><p>5 D</p><p>6 A</p><p>7 D</p><p>8 C</p><p>9 A</p><p>10 D</p><p>11 CERTO</p><p>12 B</p><p>13 D</p><p>14 B</p><p>15 D</p><p>16 B</p><p>17 D</p><p>18 C</p><p>19 D</p><p>20 D</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>_____________________________________________________</p><p>_____________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>Língua Portuguesa</p><p>38</p><p>45</p><p>(A) E – E – E – C</p><p>(B) C – C – C – E</p><p>(C) C – E – E – E</p><p>(D) C – C – C – C</p><p>18. FADCT - 2022 - Prefeitura de Ibema - PR - Assistente Admi-</p><p>nistrativo- A frase “ O estudante foi convidado para assistir os deba-</p><p>tes políticos.” apresenta, de acordo com a norma padrão da Língua</p><p>portuguesa, um desvio de:</p><p>(A) Concordância nominal.</p><p>(B) Concordância verbal.</p><p>(C) Regência verbal.</p><p>(D) Regência nominal</p><p>19. FUNCERN - 2019 - Prefeitura de Apodi - RN - Professor de</p><p>Ensino Fundamental I ( 1º ao 5º ano)-</p><p>Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno de aciden-</p><p>tes</p><p>Luciano Melo</p><p>O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu</p><p>carro e atravessar o cruzamento. Olha para os lados que atravessará</p><p>e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela</p><p>via transversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a ou-</p><p>tro a vigiar a pista quase livre. Finalmente não avista mais nenhum</p><p>veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de</p><p>dirigir, mas, no meio da travessia, ele é surpreendido por uma grave</p><p>colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.</p><p>Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproxi-</p><p>mar. Presumo que vários dos leitores já passaram por situação se-</p><p>melhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria</p><p>a motocicleta, eu o convido a assistir a um vídeo que existe sobre</p><p>isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que de repente</p><p>somem ou aparecem em uma cena.</p><p>Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de</p><p>perceber certas mudanças. Claro que notamos muitas alterações à</p><p>nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modi-</p><p>ficação no momento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixa-</p><p>mente para uma janela cheia de vasos de flores, poderemos assistir</p><p>à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos</p><p>da janela, justamente no momento do tombo, é possível que nem</p><p>notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira para</p><p>mudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente</p><p>entre uma olhada e outra.</p><p>No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por</p><p>uma série de movimentos. Se esses movimentos superam um limiar</p><p>atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consi-</p><p>derada dominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam</p><p>o limiar não provocarão divergência da atenção e serão ignoradas.</p><p>Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de</p><p>termos visão nítida, rica e bem detalhada do mundo que se estende</p><p>por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não</p><p>é limitada, mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo</p><p>são. Não somos capazes de memorizar tudo instantaneamente à</p><p>nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa in-</p><p>trospecção da grandiosidade de nossa experiência visual confronta</p><p>com nossas limitações perceptivas práticas e cria uma vivência rica,</p><p>porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um</p><p>gradiente entre o que é real e o que se presume, algo que favorece</p><p>os acidentes de trânsito.</p><p>Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do</p><p>texto se deu porque o motorista convergiu sua atenção às partes</p><p>centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam</p><p>sob velocidade mais ou menos previsível. Assim que o último carro</p><p>passou, ficou fácil pressupor que o centro da pista permaneceria</p><p>vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As late-</p><p>rais da pista, locais em que motocicletas geralmente trafegam, não</p><p>tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava no</p><p>padrão esperado.</p><p>O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e</p><p>nossos cérebros têm que coletar e reter alguns deles para que pos-</p><p>samos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobre-</p><p>vivência. Mas essas informações são salpicadas, incompletas e mu-</p><p>táveis. Traçar uma linha que contextualize todos esses dados não é</p><p>simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria</p><p>armadilha para nós mesmos, pois por vezes um ponto que deveria</p><p>ser descartado</p><p>é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo.</p><p>E outro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menospreza-</p><p>do, pois à primeira vista não atendeu a um pressuposto.</p><p>Essas interpretações podem provocar outras tragédias além</p><p>de acidentes de carro.</p><p>Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 20 abr.</p><p>2019. (texto adaptado)</p><p>No trecho “[...]poderemos assistir à queda de um deles.”, a</p><p>ocorrência do acento grave é justificada</p><p>(A) pela exigência de artigo do termo regente, que é um ver-</p><p>bo, e pela exigência de preposição do termo regido, que é um</p><p>nome.</p><p>(B) pela exigência de preposição do termo regente, que é um</p><p>nome, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um</p><p>verbo.</p><p>(C) pela exigência de artigo do termo regente, que é um nome,</p><p>e pela exigência de artigo do termo regido, que é um verbo.</p><p>(D) pela exigência de preposição do termo regente, que é um</p><p>verbo, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um</p><p>nome.</p><p>20. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital</p><p>nº 006</p><p>A importância dos debates</p><p>É promissor que os candidatos ao governo gaúcho venham</p><p>dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo de inte-</p><p>resse específico dos eleitores</p><p>O primeiro confronto direto entre os candidatos Eduardo Leite</p><p>(PSDB) e José Ivo Sartori (MDB), que disputam o governo do Estado</p><p>em segundo turno, reafirmou a importância dessa alternativa de-</p><p>mocrática para ajudar os eleitores a fazer suas escolhas. Uma das</p><p>vantagens do sistema de votação em dois turnos, instituído pela</p><p>Constituição de 1988, é justamente a de propiciar um maior de-</p><p>talhamento dos programas de governo dos dois candidatos mais</p><p>votados na primeira etapa.</p><p>Foi justamente o que ocorreu ontem entre os postulantes ao</p><p>Palácio Piratini. Colocados frente a frente nos microfones da Rá-</p><p>dio Gaúcha, ambos tiveram a oportunidade de enfrentar questões</p><p>importantes ligadas ao cotidiano dos eleitores. A viabilidade de as</p><p>4646</p><p>principais demandas dos gaúchos serem contempladas vai depen-</p><p>der acima de tudo da estratégia de cada um para enfrentar a crise</p><p>das finanças públicas.</p><p>Diferentemente do que os eleitores estão habituados a assistir</p><p>no horário eleitoral obrigatório e a acompanhar por postagens dos</p><p>candidatos nas redes sociais, debates se prestam menos para pro-</p><p>paganda pessoal, estratégias de marketing e para a disseminação</p><p>de informações inconfiáveis e notícias falsas, neste ano usadas lar-</p><p>gamente em campanhas. Além disso, têm a vantagem de desafiar</p><p>os candidatos com questionamentos de jornalistas e do público. As</p><p>respostas, inclusive, podem ser conferidas por profissionais de im-</p><p>prensa, com divulgação posterior, o que facilita o discernimento por</p><p>parte de eleitores sobre o que corresponde ou não à verdade.</p><p>O Rio Grande do Sul enfrenta uma crise fiscal no setor público</p><p>que, se não contar com uma perspectiva de solução imediata, pra-</p><p>ticamente vai inviabilizar a implantação de qualquer plano de go-</p><p>verno. Por isso, é promissor que, enquanto em outros Estados pre-</p><p>dominam denúncias e acusações, os candidatos ao governo gaúcho</p><p>venham dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo</p><p>de interesse específico dos eleitores.</p><p>Democracia se faz com diálogo e transparência. Sem discus-</p><p>sões amplas, perdem os cidadãos, que ficam privados de informa-</p><p>ções essenciais para fazer suas escolhas com mais objetividade e</p><p>menos passionalismo.</p><p>(A IMPORTÂNCIA dos debates. GaúchaZH, 17 de outubro de 2018. Dis-</p><p>ponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 30 de agosto</p><p>de 2022)</p><p>No segundo parágrafo do texto, há a frase: “Colocados frente</p><p>a frente nos microfones da Rádio Gaúcha, ambos tiveram a oportu-</p><p>nidade de enfrentar questões importantes ligadas ao cotidiano dos</p><p>eleitores.” Conforme se observa, na expressão em destaque, não há</p><p>ocorrência da crase.</p><p>Assim, seguindo a regra gramatical acerca da crase, assinale a</p><p>alternativa em que há o emprego da crase indevidamente:</p><p>(A) cara a cara; às ocultas; à procura.</p><p>(B) face a face; às pressas; à deriva.</p><p>(C) à frente; à direita; às vezes.</p><p>(D) à tarde; à sombra de; a exceção de.</p><p>GABARITO</p><p>1 C</p><p>2 D</p><p>3 D</p><p>4 E</p><p>5 D</p><p>6 A</p><p>7 D</p><p>8 C</p><p>9 A</p><p>10 D</p><p>11 CERTO</p><p>12 B</p><p>13 D</p><p>14 B</p><p>15 D</p><p>16 B</p><p>17 D</p><p>18 C</p><p>19 D</p><p>20 D</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>_____________________________________________________</p><p>_____________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>Língua Portuguesa</p><p>39</p><p>LEGISLAÇÃO / ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO</p><p>109</p><p>III - desenvolver currículos e programas específicos, neles in-</p><p>cluindo os conteúdos culturais correspondentes às respectivas co-</p><p>munidades;</p><p>IV - elaborar e publicar sistematicamente material didático es-</p><p>pecífico e diferenciado.</p><p>§ 3º No que se refere à educação superior, sem prejuízo de</p><p>outras ações, o atendimento aos povos indígenas efetivar-se-á, nas</p><p>universidades públicas e privadas, mediante a oferta de ensino e</p><p>de assistência estudantil, assim como de estímulo à pesquisa e de-</p><p>senvolvimento de programas especiais. (Incluído pela Lei nº</p><p>12.416, de 2011)</p><p>Art. 79-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.639, de</p><p>9.1.2003)</p><p>Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro</p><p>como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’. (Incluído pela Lei</p><p>nº 10.639, de 9.1.2003)</p><p>Art. 79-C. A União apoiará técnica e financeiramente os siste-</p><p>mas de ensino no provimento da educação bilíngue e intercultural</p><p>às comunidades surdas, com desenvolvimento de programas inte-</p><p>grados de ensino e pesquisa. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021)</p><p>§ 1º Os programas serão planejados com participação das</p><p>comunidades surdas, de instituições de ensino superior e de en-</p><p>tidades representativas das pessoas surdas. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.191, de 2021)</p><p>§ 2º Os programas a que se refere este artigo, incluídos no Pla-</p><p>no Nacional de Educação, terão os seguintes objetivos: (Incluído</p><p>pela Lei nº 14.191, de 2021)</p><p>I - fortalecer as práticas socioculturais dos surdos e a Língua</p><p>Brasileira de Sinais; (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021)</p><p>II - manter programas de formação de pessoal especializado,</p><p>destinados à educação bilíngue escolar dos surdos, surdo-cegos,</p><p>com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades</p><p>ou superdotação ou com outras deficiências associadas; (Incluído</p><p>pela Lei nº 14.191, de 2021)</p><p>III - desenvolver currículos, métodos, formação e programas</p><p>específicos, neles incluídos os conteúdos culturais correspondentes</p><p>aos surdos; (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021)</p><p>IV - elaborar e publicar sistematicamente material didático</p><p>bilíngue, específico e diferenciado. (Incluído pela Lei nº 14.191,</p><p>de 2021)</p><p>§ 3º Na educação superior, sem prejuízo de outras ações, o</p><p>atendimento aos estudantes surdos, surdo-cegos, com deficiência</p><p>auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdota-</p><p>ção ou com outras deficiências associadas efetivar-se-á mediante</p><p>a oferta de ensino bilíngue e de assistência estudantil, assim como</p><p>de estímulo à</p><p>pesquisa e desenvolvimento de programas especiais.</p><p>(Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021)</p><p>Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a vei-</p><p>culação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e</p><p>modalidades de ensino, e de educação continuada. (Regula-</p><p>mento) (Regulamento)</p><p>§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime</p><p>especiais, será oferecida por instituições especificamente creden-</p><p>ciadas pela União.</p><p>§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de</p><p>exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a dis-</p><p>tância.</p><p>§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de progra-</p><p>mas de educação a distância e a autorização para sua implemen-</p><p>tação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver</p><p>cooperação e integração entre os diferentes sistemas. (Regula-</p><p>mento)</p><p>§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado,</p><p>que incluirá:</p><p>I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de</p><p>radiodifusão sonora e de sons e imagens e em outros meios de co-</p><p>municação que sejam explorados mediante autorização, concessão</p><p>ou permissão do poder público; (Redação dada pela Lei nº</p><p>12.603, de 2012)</p><p>II - concessão de canais com finalidades exclusivamente edu-</p><p>cativas;</p><p>III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público,</p><p>pelos concessionários de canais comerciais.</p><p>Art. 81. É permitida a organização de cursos ou instituições de</p><p>ensino experimentais, desde que obedecidas as disposições desta</p><p>Lei.</p><p>Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de rea-</p><p>lização de estágio em sua jurisdição, observada a lei federal sobre a</p><p>matéria. (Redação dada pela Lei nº 11.788, de 2008)</p><p>Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº</p><p>11.788, de 2008)</p><p>Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica, admitida</p><p>a equivalência de estudos, de acordo com as normas fixadas pelos</p><p>sistemas de ensino.</p><p>Art. 84. Os discentes da educação superior poderão ser apro-</p><p>veitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas institui-</p><p>ções, exercendo funções de monitoria, de acordo com seu rendi-</p><p>mento e seu plano de estudos.</p><p>Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titulação própria</p><p>poderá exigir a abertura de concurso público de provas e títulos para</p><p>cargo de docente de instituição pública de ensino que estiver sen-</p><p>do ocupado por professor não concursado, por mais de seis anos,</p><p>ressalvados os direitos assegurados pelos arts. 41 da Constituição</p><p>Federal e 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.</p><p>Art. 86. As instituições de educação superior constituídas como</p><p>universidades integrar-se-ão, também, na sua condição de institui-</p><p>ções de pesquisa, ao Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, nos</p><p>termos da legislação específica.</p><p>TÍTULO IX</p><p>DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS</p><p>Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano</p><p>a partir da publicação desta Lei.</p><p>§ 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação des-</p><p>ta Lei, encaminhará, ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de</p><p>Educação, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em</p><p>sintonia com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos.</p><p>§ 2º (Revogado). (Redação dada pela lei nº 12.796, de</p><p>2013)</p><p>§ 3º O Distrito Federal, cada Estado e Município, e, supletiva-</p><p>mente, a União, devem: (Redação dada pela Lei nº 11.330,</p><p>de 2006)</p><p>I - (revogado); (Redação dada pela lei nº 12.796, de</p><p>2013)</p><p>a) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de</p><p>2006)</p><p>LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990</p><p>ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE</p><p>LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.</p><p>Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá ou-</p><p>tras providências.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Na-</p><p>cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:</p><p>TÍTULO I</p><p>DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES</p><p>Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao</p><p>adolescente.</p><p>Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa</p><p>até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre</p><p>doze e dezoito anos de idade.</p><p>Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excep-</p><p>cionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um</p><p>anos de idade.</p><p>Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos</p><p>fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da prote-</p><p>ção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou</p><p>por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de</p><p>lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e</p><p>social, em condições de liberdade e de dignidade.</p><p>Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a</p><p>todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento,</p><p>situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença,</p><p>deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem,</p><p>condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou</p><p>outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comuni-</p><p>dade em que vivem. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)</p><p>Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em</p><p>geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efe-</p><p>tivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à edu-</p><p>cação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignida-</p><p>de, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.</p><p>Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:</p><p>a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer cir-</p><p>cunstâncias;</p><p>b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de re-</p><p>levância pública;</p><p>c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais</p><p>públicas;</p><p>d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas rela-</p><p>cionadas com a proteção à infância e à juventude.</p><p>Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qual-</p><p>quer forma de negligência, discriminação, exploração, violência,</p><p>crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado,</p><p>por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.</p><p>Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins</p><p>sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos</p><p>e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e</p><p>do adolescente como pessoas em desenvolvimento.</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA</p><p>1</p><p>Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino funda-</p><p>mental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:</p><p>I - maus-tratos envolvendo seus alunos;</p><p>II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgo-</p><p>tados os recursos escolares;</p><p>III - elevados níveis de repetência.</p><p>Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade,</p><p>guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento:</p><p>Pena - detenção de seis meses a dois anos.</p><p>CAPÍTULO II</p><p>DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS</p><p>Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por esta-</p><p>belecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-es-</p><p>cola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de</p><p>que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de</p><p>maus-tratos contra criança ou adolescente:</p><p>Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se</p><p>o dob o em caso de reincidência.</p><p>Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres ine-</p><p>rentes ao pátrio poder poder familiar ou decorrente de tutela ou</p><p>guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou Con-</p><p>selho Tutelar: (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)</p><p>Vigência</p><p>Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se</p><p>o dobro em caso de reincidência.</p><p>CONHECIMENTOS</p><p>DIDÁTICOS</p><p>SUMÁRIO</p><p>CONHECIMENTOS DIDÁTICOS......................................................................................9</p><p>A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR ........................................................................... 9</p><p>DOCUMENTOS CURRICULARES DO PARANÁ E O SEU QUADRO ORGANIZADOR .........................................9</p><p>PLANO DE AULA, RELAÇÃO ENTRE O</p><p>PLANEJAMENTO DA AULA E O ATENDIMENTO DOS</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGENS, AS ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO</p><p>PROFESSOR E A AVALIAÇÃO ...........................................................................................................................9</p><p>RELAÇÃO ENTRE O DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS GERAIS E ESPECÍFICAS ........................10</p><p>A METODOLOGIA VIABILIZANDO A APRENDIZAGEM................................................................... 12</p><p>AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO, SUA CORRELAÇÃO COM OS RECURSOS DIDÁTICOS ................................12</p><p>OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA: ESTRATÉGIAS DE CONSTRUÇÃO DE PARCERIA</p><p>COM O PEDAGOGO...........................................................................................................................................13</p><p>A IMPORTÂNCIA DAS METODOLOGIAS ATIVAS ...........................................................................................14</p><p>PLATAFORMAS EDUCACIONAIS COMO MEIO PARA DESENVOLVER HABILIDADES .................................15</p><p>A GESTÃO DE SALA DE AULA ........................................................................................................... 15</p><p>A IMPORTÂNCIA DO TRIPÉ..............................................................................................................................15</p><p>Organização da Coletividade .......................................................................................................................... 15</p><p>Cuidado com as Relações Interpessoais....................................................................................................... 16</p><p>Mediação do Conhecimento ........................................................................................................................... 16</p><p>ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DO TEMPO E DA APRENDIZAGEM.....................................................................16</p><p>A IMPORTÂNCIA DO CLIMA ESCOLAR PARA A CONSTRUÇÃO DO RESPEITO E DE UM</p><p>AMBIENTE ACOLHEDOR PARA A FORMAÇÃO DO ESTUDANTE................................................... 16</p><p>A AVALIAÇÃO E A RECUPERAÇÃO DA APRENDIZAGEM............................................................... 17</p><p>AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA, AVALIAÇÃO FORMATIVA E AVALIAÇÃO SOMATIVA.....................................17</p><p>RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E REAVALIAÇÃO; CRITÉRIOS, INSTRUMENTOS E</p><p>INTENCIONALIDADE DA AVALIAÇÃO ESCOLAR............................................................................................17</p><p>ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ...................................................23</p><p>LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 1990 E SUAS ALTERAÇÕES (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO</p><p>ADOLESCENTE): ARTS. 56, 232 E 245 ........................................................................................................23</p><p>CONHECIMENTOS DIDÁTICOS</p><p>2</p><p>9</p><p>CONHECIMENTOS</p><p>DIDÁTICOS</p><p>A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO</p><p>ESCOLAR</p><p>DOCUMENTOS CURRICULARES DO PARANÁ E O</p><p>SEU QUADRO ORGANIZADOR</p><p>Os documentos curriculares do Paraná são uma</p><p>série de documentos que orientam a prática pedagógi-</p><p>ca nas escolas paranaenses. Esses documentos foram</p><p>elaborados pela Secretaria de Estado da Educação do</p><p>Paraná e têm como objetivo promover uma educação</p><p>de qualidade, que atenda às necessidades dos estu-</p><p>dantes e da sociedade em geral.</p><p>O quadro organizador dos documentos curricu-</p><p>lares do Paraná é composto por três documentos</p><p>principais:</p><p>Referencial Curricular do Paraná</p><p>Esse documento é o núcleo básico dos documentos</p><p>curriculares do Paraná. Ele estabelece as competên-</p><p>cias e habilidades que devem ser desenvolvidas pelos</p><p>estudantes em cada nível de ensino, além de orientar</p><p>a elaboração dos currículos das escolas.</p><p>Diretrizes Curriculares do Paraná</p><p>As Diretrizes Curriculares são documentos que</p><p>detalham o Referencial Curricular, fornecendo infor-</p><p>mações sobre os conteúdos que devem ser trabalha-</p><p>dos em cada disciplina e as estratégias pedagógicas</p><p>que podem ser utilizadas para desenvolver as compe-</p><p>tências e habilidades previstas.</p><p>Matrizes Curriculares do Paraná</p><p>As Matrizes Curriculares são documentos que</p><p>apresentam os conteúdos e as habilidades que devem</p><p>ser desenvolvidas em cada disciplina, em cada ano</p><p>escolar. Elas servem como um guia para os professo-</p><p>res na elaboração do plano de ensino e das atividades</p><p>pedagógicas.</p><p>Além desses três documentos principais, o quadro</p><p>organizador dos documentos curriculares do Paraná</p><p>também inclui outros documentos complementares,</p><p>como as orientações pedagógicas para a educação</p><p>inclusiva e a educação em tempo integral.</p><p>É importante destacar que esses documentos não</p><p>são prescritivos e não devem ser seguidos de forma</p><p>rígida e inflexível. Eles servem como um guia para</p><p>orientar a prática pedagógica, mas cada escola e cada</p><p>professor têm a liberdade de adaptá-los às necessida-</p><p>des e características específicas dos seus estudantes.</p><p>PLANO DE AULA, RELAÇÃO ENTRE O</p><p>PLANEJAMENTO DA AULA E O ATENDIMENTO</p><p>DOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGENS, AS</p><p>ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO</p><p>PROFESSOR E A AVALIAÇÃO</p><p>Um Plano de Aula bem estruturado é fundamental</p><p>para que se atinja com êxito as proposições para os pro-</p><p>cessos de ensino–aprendizagem com nossos discentes.</p><p>Quando a estrutura não é montada corretamente,</p><p>ou pior, quando é inexistente, perdemos de vista nos-</p><p>so alvo maior e trabalhamos só na prática do impro-</p><p>viso, o que gera lições monótonas e desorganizadas, o</p><p>que desencadeia o desinteresse dos estudantes.</p><p>Sabemos que o dia a dia em sala de aula está</p><p>recheado de imprevistos. Imprevisibilidade é, prova-</p><p>velmente, uma das maiores marcas da rotina docente,</p><p>e por isso, defendemos sempre que todas as esferas do</p><p>planejamento da ação educativa devem ser flexíveis.</p><p>Porém, ser flexível é bem diferente de usar do impro-</p><p>viso. Não se pode esquecer dos objetivos que estão por</p><p>trás das ações, o que se deseja alcançar no final do traba-</p><p>lho e, mesmo que ajustes e mudanças sejam necessários</p><p>no caminho, o propósito final deve continuar o mesmo:</p><p>garantir a aquisição de conhecimento dos alunos.</p><p>Libâneo, em sua obra “Didática”, informa que a</p><p>aula é a principal forma de organização do processo</p><p>de ensino e aprendizagem e que é nesse momento</p><p>que organizamos e criamos nossas práticas enquan-</p><p>to docentes; ou seja, é quando criamos as condições</p><p>favoráveis para o aprendizado.</p><p>O Plano de Aula é um detalhamento minucioso do</p><p>Plano de Ensino, no qual cada tópico de conteúdos que</p><p>escolhemos será transformado em uma situação real,</p><p>através da transposição didática, para ser trabalhado.</p><p>Libâneo também defende que, durante a construção</p><p>do Plano de Aula, devemos considerar alguns critérios</p><p>importantes. O primeiro deles é o tempo variável que</p><p>precisamos para trabalhar determinado tema. Dificil-</p><p>mente uma única hora-aula, com duração de 45 ou 50</p><p>minutos, será suficiente para realizarmos todas as eta-</p><p>pas necessárias para o desenvolvimento de um tópico.</p><p>Precisamos, ainda, considerar que o processo de</p><p>ensino e aprendizagem acontece em uma sequência</p><p>de fases, em que primeiro apresentamos os objetivos</p><p>e os conteúdos, depois desenvolvemos a matéria, con-</p><p>solidamos através de exercícios ou outras aplicações</p><p>e, por fim, avaliamos os resultados alcançados.</p><p>Levando em conta esses aspectos, podemos com-</p><p>preender que o Plano não abarcará apenas o tempo</p><p>de uma hora-aula.</p><p>Além dessas características mais práticas, não</p><p>podemos nos esquecer que esse planejamento deve</p><p>ser uma tarefa reflexiva e, portanto, é necessário que</p><p>o professor considere outros pontos.</p><p>Em primeiro lugar, é essencial que o educador tenha</p><p>clareza do intuito daquela aula e para com os estudantes</p><p>na proposição exercícios elencados no Plano. É neces-</p><p>sário, também, articular teoria e prática, utilizar meto-</p><p>dologias diversificadas e avaliar se as atividades estão</p><p>considerando a realidade sociocultural dos alunos.</p><p>Por fim, como em outras esferas, a esquematiza-</p><p>ção de aula, para ser efetiva, deve ter caráter reflexi-</p><p>vo e flexível, permitindo adequações, atualizações e</p><p>mudanças sempre que preciso.</p><p>Ao olharmos para o esquema de aula, é fácil com-</p><p>preender que as escolhas metodológicas realizadas</p><p>pelo professor serão essenciais nesse processo de</p><p>ensino e aprendizagem. Libâneo aponta algumas</p><p>metodologias que podem e devem estar presentes na</p><p>nossa prática rotineira:</p><p>CONHECIMENTOS DIDÁTICOS</p><p>3</p><p>10</p><p>Aula Expositiva</p><p>A aula expositiva é a mais antiga e tradicional forma</p><p>de se organizar o trabalho docente. Nesse modelo, o pro-</p><p>fessor está no centro do processo e irá expor (daí a ori-</p><p>gem do nome) os conteúdos a serem trabalhados. Essa</p><p>exposição poderá ser feita por meio da fala, de ilustra-</p><p>ções, exemplificações e, até mesmo, de demonstrações.</p><p>Mesmo sendo um método tradicional e que colo-</p><p>ca o professor no centro, não deve ser menosprezado</p><p>ou desconsiderado. Se bem aplicado, tem um grande</p><p>valor nos processos de ensino e aprendizagem.</p><p>Trabalho Independente</p><p>São os momentos em que o professor delega aos</p><p>alunos determinadas tarefas para realizarem sozi-</p><p>nhos, sem a orientação direta do docente, como por</p><p>exemplo: momentos de leitura silenciosa, estudo</p><p>dirigido sobre um tema, estudo com gráficos, entre</p><p>outros. O ponto forte dessa atividade é o favorecimen-</p><p>to da autonomia dos discentes.</p><p>Método de Elaboração Conjunta</p><p>Momentos em que os alunos estudam sobre um</p><p>tópico e fazem perguntas, discutem e respondem per-</p><p>guntas em conjunto. Esse modelo de atividade privi-</p><p>legia o desenvolvimento do pensamento crítico e o</p><p>diálogo entre os estudantes.</p><p>Método do Trabalho em Grupo</p><p>Após distribuir questões de estudo para grupos</p><p>escolhidos, preferencialmente, pelo professor, os alu-</p><p>nos deverão desenvolver atividades específicas. São</p><p>exemplos dessa metodologia os seminários, as apresen-</p><p>tações, as escritas coletivas e os momentos de avaliação</p><p>em grupo. Trabalhar dentro desse modelo privilegia a</p><p>capacidade de cooperação e a autonomia dos discentes.</p><p>Atividades Especiais</p><p>São aquelas que englobam estudos do meio (visita</p><p>a museus, indústrias, estações de tratamento do lixo e</p><p>da água etc.), a elaboração de eventos como feira de</p><p>ciências, a criação do jornal escolar, os momentos de</p><p>apresentação artística, entre outros.</p><p>Aulas Práticas</p><p>São aquelas em que os alunos têm a oportunidade</p><p>de colocar em prática o que foi aprendido na teoria,</p><p>através de situações que simulam a realidade. Exem-</p><p>plos disso são as atividades realizadas em laboratório.</p><p>Aulas de Exercícios</p><p>São também momentos de colocar em prática o</p><p>que foi aprendido na teoria e servem como avaliação:</p><p>se o aluno não consegue realizar as atividades, tal-</p><p>vez seja o momento de retomar conceitos e trabalhar</p><p>novamente alguns conteúdos.</p><p>Aulas de Recapitulação</p><p>São aqueles momentos em que, ao observar a</p><p>necessidade, o professor retoma a explicação de</p><p>algum assunto, conceito ou tema. Pode ser no formato</p><p>de aula expositiva ou, por exemplo, através de ativida-</p><p>des dirigidas em grupos.</p><p>Atividades de Avaliação</p><p>Devem ser previstos momentos para realização de</p><p>atividades avaliativas em três pontos: no começo do</p><p>trabalho, com a finalidade de avaliar os conhecimentos</p><p>prévios dos estudantes; no meio, para o professor veri-</p><p>ficar se está no caminho correto ou se serão necessários</p><p>ajustes no seu planejamento; e no final, para avaliar se</p><p>as metas de aprendizagem foram alcançadas.</p><p>Finalizando este bloco, vamos relembrar alguns</p><p>aspectos importantes sobre planificação do docente:</p><p>Em todas as suas esferas, o plano deve ser flexível,</p><p>adequado à realidade da escola e em consonância com</p><p>nosso ideal de educação e de formação de pessoas.</p><p>RELAÇÃO ENTRE O DESENVOLVIMENTO DAS</p><p>COMPETÊNCIAS GERAIS E ESPECÍFICAS</p><p>A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um</p><p>documento que</p><p>[...] normatiza e define um conjunto de competên-</p><p>cias, habilidades e aprendizagens essenciais que os</p><p>educandos devem desenvolver durante cada etapa</p><p>da Educação Básica. (CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>Assim sendo, a implementação da BNCC nas esco-</p><p>las figura uma política educacional que interfere na</p><p>construção do currículo escolar. Isso porque o currí-</p><p>culo precisa estar articulado ao desenvolvimento das</p><p>competências gerais e específicas que serão trabalha-</p><p>das na escola.</p><p>Esta política educacional compreende cinco áreas</p><p>do conhecimento: linguagens, matemática, ciências</p><p>da natureza, ciências humanas e ensino religioso. Por-</p><p>tanto, a elaboração de um currículo na perspectiva</p><p>das competências precisa estar pautada nessas áreas</p><p>do conhecimento.</p><p>Nessa direção, o currículo é construído com base</p><p>em “um conjunto de competências e habilidades que</p><p>é considerado necessário para todos os educandos do</p><p>país” (BRASIL, 2017 apud CONCEIÇÃO et al., 2022,</p><p>n.p.). Para tanto, considera-se que:</p><p>Isso implica em reformulações na estrutura da edu-</p><p>cação que abrangem: a formação docente inicial e</p><p>continuada, a avaliação interna e externa, o currí-</p><p>culo, o material didático e a infraestrutura básica</p><p>de todo o âmbito da educação nacional. E por isso,</p><p>debates no campo educacional que envolvem essa</p><p>temática vem ganhando cada vez mais espaços,</p><p>principalmente por causa de seu impacto no fazer</p><p>pedagógico docente. (MASCARELLO, 2019 apud</p><p>CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>Nessa perspectiva de construção do currículo, pon-</p><p>tua-se que:</p><p>Se torna imprescindível, no entanto, que os pro-</p><p>fissionais da educação assumam uma abordagem</p><p>crítica e praxiológica (que envolve um ciclo entre</p><p>CONHECIMENTOS DIDÁTICOS</p><p>4</p><p>11</p><p>reflexão - ação - reflexão) no desenvolvimento das</p><p>proposições planificadas na BNCC, a fim de evi-</p><p>tar um fazer pedagógico mecânico, pragmático</p><p>e imbuído de uma abordagem técnica. Refutando</p><p>nesse sentido, um desdobramento de (re) formu-</p><p>lação curricular hermética em que os professores</p><p>apenas executam um conjunto de tarefas prontas e</p><p>acabadas (MASCARELLO, 2019 apud CONCEIÇÃO</p><p>et al., 2022, n.p.).</p><p>De acordo com Cericato (2018, p. 139), a BNCC elen-</p><p>ca dez competências gerais objetivando orientar os</p><p>currículos das escolas de Educação Básica do Brasil.</p><p>São elas:</p><p>- conhecimento;</p><p>- pensamento científico,</p><p>- crítico e criativo; senso estético;</p><p>- comunicação;</p><p>- argumentação;</p><p>- cultura digital;</p><p>- autogestão;</p><p>- autoconhecimento e autocuidado;</p><p>- empatia e cooperação;</p><p>- autonomia.</p><p>Para tanto, os currículos orientados pela perspec-</p><p>tiva do desenvolvimento das competências gerais e</p><p>específicas visam processos de ensino e aprendizagem</p><p>que possibilitem aos estudantes construírem conhe-</p><p>cimentos que os auxiliem na resolução de situações</p><p>reais do cotidiano social. Logo, os problemas da vida</p><p>cotidiana são considerados nos currículos norteados</p><p>por essa perspectiva.</p><p>Nessa perspectiva de currículo, o conhecimento é</p><p>construído de modo a considerar sua utilidade prática</p><p>na contemporaneidade. Desse modo, nota-se que:</p><p>A concepção do processo de ensino e aprendizagem</p><p>migra para uma dimensão que possui como linha</p><p>a primazia da produção de conhecimentos consi-</p><p>derados úteis para a contemporaneidade. Isto é,</p><p>que “[...] levem ao desenvolvimento das capacida-</p><p>des humanas voltadas para o exercício profissio-</p><p>nal correspondentes aos atuais desafios colocados</p><p>pelas relações entre capital e trabalho, própria da</p><p>sociedade contemporânea.” (MASCARELLO, 2019,</p><p>p. 68 apud CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>Isso significa que o currículo é pensado de modo a</p><p>direcionar a construção de conhecimentos que sejam</p><p>úteis à vida dos estudantes. Assim, são promovidos pro-</p><p>cessos de ensino e aprendizagem significativos aos estu-</p><p>dantes, que serão aplicados nos contextos sociais destes.</p><p>Nessa direção, é importante salientar que a cons-</p><p>trução do currículo escolar nessa perspectiva requer</p><p>o seguinte:</p><p>Compreende-se que o modelo educacional funda-</p><p>mentado nas competências exige do professor uma</p><p>transposição conceitual das metodologias de ensino.</p><p>Passando de detentor do saber para mediador entre</p><p>o saber e o educando. (CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>Posto isso, compreende-se que um currículo pau-</p><p>tado nas competências gerais e específicas requer que</p><p>o docente seja o mediador entre o educando que os</p><p>diferentes saberes.</p><p>Assim, as metodologias de ensino</p><p>precisam ser pensadas de modo que se torne possível</p><p>a construção conceitual por parte dos estudantes.</p><p>A respeito do conceito de competência, Mascarello</p><p>(2019 apud CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.) sinaliza que</p><p>há ideais como: saber fazer; contexto prático; conhe-</p><p>cimento útil ou aplicável; operacionalização; desem-</p><p>penho; resultado; capacitação. Portanto, trata-se de</p><p>uma percepção em que o estudante reúne diferentes</p><p>habilidades em detrimento de elencar soluções para</p><p>problemas da vida real.</p><p>Cumpre assinalar as especificidades de cada uma</p><p>das dez competências gerais determinadas pela BNCC:</p><p>z Conhecimento: o documento da BNCC propõe</p><p>acerca desta competência:</p><p>[...] valorizar e utilizar os conhecimentos historica-</p><p>mente construídos sobre o mundo físico, social, cul-</p><p>tural e digital para entender e explicar a realidade,</p><p>continuar aprendendo e colaborar para a construção</p><p>de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. (BRA-</p><p>SIL, 2017, p. 9 apud CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>z Pensamento científico: “Esta competência trata</p><p>do desenvolvimento do raciocínio que deve ser cons-</p><p>truído por meio de várias estratégias didáticas”</p><p>(CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.). Assim sendo,</p><p>[...] espera-se, para tanto, que o educando se tor-</p><p>ne capaz de elaborar hipóteses, validar ou refutar</p><p>possibilidades, modificar ideias, construir o senso</p><p>crítico de modo a atingir os objetivos pré-definidos.</p><p>(CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>z Repertório cultural: afirma-se que se deve “valorizar</p><p>e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais,</p><p>das locais às mundiais, e também participar de práticas</p><p>diversificadas da produção artístico-cultural” (BRASIL,</p><p>2017, p. 9 apud CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.);</p><p>z Comunicação:</p><p>Espera-se, a partir da primeira tônica desta com-</p><p>petência, que o educando tenha a capacidade de</p><p>praticar o diálogo – expressando em diferentes lin-</p><p>guagens suas ideias, opiniões, emoções e sentimen-</p><p>tos – com o outro, respeitando-o ora nas opiniões</p><p>convergentes, ora nas opiniões divergentes. (CON-</p><p>CEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>z Cultura digital: a respeito desta competência,</p><p>reforça-se a importância da utilização das tecno-</p><p>logias digitais/recursos tecnológicos para o desen-</p><p>volvimento dos estudantes. Isso implica que:</p><p>Essa inserção da tecnologia digital na sociedade, por</p><p>consequência, promove “[...] uma relação de inter-</p><p>dependência entre a tecnologia e desenvolvimento</p><p>econômico, cuja finalidade é a manutenção das ati-</p><p>vidades de mercado” (GONÇALVES; DEITOS, 2020b,</p><p>p. 426). Logo, possuir habilidades sobre o mundo</p><p>tecnológico se tornam, também, necessárias para o</p><p>sujeito contemporâneo que está imerso na lógica de</p><p>mercado. (CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>z Trabalho e projeto de vida (autogestão): nesta</p><p>competência, indica-se:</p><p>Valorizar a diversidade de saberes e vivências</p><p>culturais e apropriar-se de conhecimentos e expe-</p><p>riências que lhe possibilitem entender as relações</p><p>CONHECIMENTOS DIDÁTICOS</p><p>5</p><p>12</p><p>próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas</p><p>alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu pro-</p><p>jeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência</p><p>crítica e responsabilidade. (BRASIL, 2017, p. 9 apud</p><p>CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>z Argumentação:</p><p>[...] espera-se por meio desta competência, que</p><p>o educando tenha capacidade de elaborar argu-</p><p>mentos em defesa daquilo que acredita e possa se</p><p>posicionar - baseado em fatos - sobre questões espe-</p><p>cíficas que englobam o direito humano e a consciên-</p><p>cia socioambiental. (CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>z Autoconhecimento e autocuidado:</p><p>[...] o educando deverá “Conhecer-se, apreciar-se e</p><p>cuidar de sua saúde física e emocional, compreen-</p><p>dendo-se na diversidade humana e reconhecendo</p><p>suas emoções e as dos outros, com autocrítica e</p><p>capacidade para lidar com elas”. (BRASIL, 2017, p.</p><p>10 apud CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>z Empatia e cooperação: esta competência trata de:</p><p>Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de con-</p><p>flitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promo-</p><p>vendo o respeito ao outro e aos direitos humanos,</p><p>com acolhimento e valorização da diversidade de</p><p>indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identi-</p><p>dades, culturas e potencialidades, sem preconceitos</p><p>de qualquer natureza. (BRASIL, 2017, p. 10 apud</p><p>CONCEIÇÃO et al., 2022, n.p.)</p><p>z Responsabilidade e cidadania:</p><p>[...] requer do educando “agir pessoal e coletiva-</p><p>mente com autonomia, responsabilidade, flexibili-</p><p>dade, resiliência e determinação, tomando decisões</p><p>com base em princípios éticos, democráticos, inclu-</p><p>sivos, sustentáveis e solidários. (BRASIL, 2017, p.</p><p>10 apud CONCEIÇÃO et al. 2022, n.p.)</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>CERICATO, L. A formação de professores e as novas</p><p>competências gerais propostas pela BNCC. Revis-</p><p>ta Veras, São Paulo, v. 8, n. 2, p. 137-149, julho/</p><p>dezembro, 2018. Disponível em: http://www.lauri-</p><p>cericato.com.br/wp-content/uploads/2019/02/Lau-</p><p>riCericato.pdf. Acesso em: 21 dez. 2022.</p><p>CONCEIÇÃO, J. L. M. da; EÇA, J. L. M. de; PEDRO, J.</p><p>B. de S. Base Nacional Comum Curricular - BNCC:</p><p>uma análise das competências gerais. Revista</p><p>Cocar, v. 16, n. 34/2022 p. 1-21. Disponível em:</p><p>https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/</p><p>view/5056. Acesso em: 21 dez. 2022.</p><p>A METODOLOGIA VIABILIZANDO A</p><p>APRENDIZAGEM</p><p>AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO, SUA CORRELAÇÃO</p><p>COM OS RECURSOS DIDÁTICOS</p><p>A didática é um ramo da pedagogia que pode ser</p><p>compreendido como as técnicas e formas de ensinar</p><p>destinadas a colocar em prática as diretrizes pedagó-</p><p>gicas. O termo didática vem do grego technédidaktiké</p><p>e significa “a arte de ensinar”.</p><p>A obra “Didática” (2013), do professor José Carlos</p><p>Libâneo, é um livro fundamental na formação e no</p><p>aperfeiçoamento de professores de todos os níveis,</p><p>além de uma principal referência para quem pre-</p><p>tende gabaritar a temática. Pontuamos os principais</p><p>tópicos que representam muito bem a didática na</p><p>formação do professor na perspectiva do autor. Para</p><p>compreender o assunto, é importante entender a dife-</p><p>rença entre os conceitos de pedagogia e didática:</p><p>É a ciência que investiga</p><p>a teoria e a prática da</p><p>educação nos seus</p><p>vínculos com a prática</p><p>social global</p><p>PEDAGOGIA DIDÁTICA</p><p>É um dos ramos de estudo</p><p>da pedagogia e tem</p><p>por objeto de estudo o</p><p>processo de ensino</p><p>Fonte: Libâneo (2013, p. 13). Adaptado.</p><p>Importante!</p><p>É bastante comum, no espaço concreto das rela-</p><p>ções escolares, uma certa confusão epistemoló-</p><p>gica sobre o entendimento e as diferenças entre</p><p>aquilo que é considerado didática e aquilo que é</p><p>considerado pedagogia.</p><p>Objeto da Didática: Instrução e Ensino</p><p>Para Libâneo (2013), a didática é o principal ramo</p><p>de estudo da pedagogia. Ela investiga os fundamentos,</p><p>as condições e os modos de realização da instrução</p><p>e do ensino. A ela cabe converter objetivos sociopo-</p><p>líticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecio-</p><p>nar conteúdos e métodos em função desses objetivos.</p><p>Vejamos a diferença entre os dois termos grifados:</p><p>z Instrução: refere-se ao processo e ao resultado da</p><p>assimilação sólida de conhecimentos sistematizados</p><p>e ao desenvolvimento de capacidades cognitivas. O</p><p>núcleo da instrução são os conteúdos das matérias1;</p><p>z Ensino: consiste no planejamento, na organização,</p><p>direção e avaliação da atividade didática, concre-</p><p>tizando as tarefas da instrução. O ensino inclui</p><p>tanto o trabalho do professor como a direção da</p><p>atividade de estudos do aluno.2</p><p>1 LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2013, p. 54.</p><p>2 LIBÂNEO, 2013, p. 54.</p><p>CONHECIMENTOS DIDÁTICOS</p><p>6</p><p>13</p><p>A Didática e a Formação Profissional do Professor</p><p>Libâneo define a didática como a mediação entre</p><p>as dimensões teórico-científica e a prática docente.</p><p>Nesse sentido, a formação do professor abrange, pois,</p><p>duas dimensões:</p><p>z Formação teórico-científica: incluindo a forma-</p><p>ção acadêmica específica nas disciplinas em que</p><p>o docente vai se especializar e a formação peda-</p><p>gógica, que envolve os conhecimentos de filosofia,</p><p>sociologia, história e educação e da própria peda-</p><p>gogia que contribuem para o esclarecimento do</p><p>fenômeno educativo no contexto</p><p>histórico-social3;</p><p>z Formação técnica: prática visando à preparação</p><p>profissional específica para a docência, incluindo a</p><p>didática, as metodologias específicas das matérias,</p><p>a psicologia da educação, a pesquisa educacional</p><p>e outras4.</p><p>A Didática e as Tarefas do Professor</p><p>No trabalho docente entendido como atividade</p><p>pedagógica do professor, buscam-se os seguintes obje-</p><p>tivos primordiais5:</p><p>z assegurar aos alunos o domínio mais seguro e</p><p>duradouro possível dos conhecimentos científicos;</p><p>z criar as condições e os meios para que os alunos</p><p>desenvolvam capacidades e habilidades intelec-</p><p>tuais de modo que dominem métodos de estudo e</p><p>de trabalho intelectual, visando à sua autonomia</p><p>no processo de ensino e aprendizagem e indepen-</p><p>dência de pensamento;</p><p>z orientar as tarefas de ensino para os objetivos</p><p>educativos de formação da personalidade, isto é,</p><p>ajudar os alunos a escolher um caminho na vida, a</p><p>ter atitudes e convicções que norteiem suas opções</p><p>diante dos problemas e das situações da vida real.</p><p>Os itens elencados integram-se entre si, pois a</p><p>aprendizagem é um processo. Em seguida, Libâneo</p><p>define que o ensino e a aprendizagem requerem os</p><p>seguintes procedimentos do professor:</p><p>z conhecimento das funções didáticas;</p><p>z compatibilizar princípios gerais com conteúdo e</p><p>métodos da disciplina;</p><p>z domínio dos métodos e de recursos auxiliares;</p><p>z habilidade de expressar ideias com clareza;</p><p>z tornar os conteúdos reais;</p><p>z saber formular perguntas e problemas;</p><p>z conhecimento das habilidades reais dos alunos;</p><p>z oferecer métodos que valorizem o trabalho inte-</p><p>lectual independente;</p><p>z ter uma linha de conduta de relacionamento com</p><p>os alunos;</p><p>z estimular o interesse pelo estudo.</p><p>Esses são alguns requisitos que definem que o</p><p>ensino e a aprendizagem requerem procedimentos</p><p>do professor. Por isso, a didática oferece contribuição</p><p>indispensável à formação dos professores, sintetizan-</p><p>do no seu conteúdo a contribuição de conhecimento</p><p>3 LIBÂNEO, 2013, p. 27.</p><p>4 LIBÂNEO, 2013, p. 27.</p><p>5 LIBÂNEO, 2013, p. 71.</p><p>6 LIBÂNEO, 2013, p. 74.</p><p>7 Dica retirada da questão CESPE/SEDF/2017.</p><p>de outras disciplinas que convergem para os esclare-</p><p>cimentos dos fatores condicionantes do processo de</p><p>instrução e ensino, intimamente vinculado com a edu-</p><p>cação e, ao mesmo tempo, provendo os conhecimen-</p><p>tos necessários para o exercício das tarefas docentes6.</p><p>Dica</p><p>Na formação docente, a didática subsidia a com-</p><p>preensão a respeito dos seguintes aspectos do</p><p>fazer pedagógico: o quê, como e para quê7.</p><p>A partir deste resumo, compreende-se que a didática</p><p>está em constante mudança e que ela é indispensável</p><p>para a formação do professor, sempre levando em consi-</p><p>deração as necessidades das pessoas envolvidas, profes-</p><p>sor e aluno, e o contexto em que está sendo trabalhada.</p><p>OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA: ESTRATÉGIAS DE</p><p>CONSTRUÇÃO DE PARCERIA COM O PEDAGOGO</p><p>O pedagogo, quando atuando na coordenação</p><p>pedagógica, tem como uma das principais atribuições</p><p>auxiliar na evolução da atuação do corpo docente</p><p>como um todo. Desta maneira, para que o pedago-</p><p>go possa realizar essa ação fundamental, é de suma</p><p>importância que haja a observação da sala de aula.</p><p>Contudo, essa observação pode ocasionar uma pres-</p><p>são em cima do docente, uma vez que tal pode ser</p><p>encarada como uma avaliação da ação do professor.</p><p>Assim, faz-se necessário que o docente e o peda-</p><p>gogo tenham uma relação de parceria para entender</p><p>que o pedagogo não está ali para qualificar e quantifi-</p><p>car o trabalho do docente, mas sim para auxiliar para</p><p>que o processo de ensino-aprendizagem se torne cada</p><p>vez mais efetivo e eficaz. Entende-se também que o</p><p>pedagogo deve entrar em sala de aula para observar</p><p>pensando primeiramente no processo de ensino-</p><p>-aprendizagem dos alunos, mas também em acompa-</p><p>nhar o docente, acrescentar e favorecer a prática dele,</p><p>não em julgar as suas ações.</p><p>Para que essa observação seja bem-sucedida,</p><p>entende-se que há três etapas fundamentais que</p><p>envolvem o desenvolvimento de uma parceria entre</p><p>pedagogo e professor. Vejamos um pouco mais sobre</p><p>essas etapas.</p><p>Pré-Observação</p><p>Neste ponto inicial, o pedagogo precisa enten-</p><p>der que a observação é pautada no aprendizado dos</p><p>estudantes, então deverá perceber pontos a serem</p><p>mudados a fim de que o estudante tenha um melhor</p><p>aprendizado. É necessário ainda que o pedagogo ali-</p><p>nhe datas com o professor e explique os motivos da</p><p>observação da aula, evitando um clima de desconforto.</p><p>Observação</p><p>Durante a observação, o pedagogo deve ser discre-</p><p>to, buscando não interferir na aula e na dinâmica já</p><p>existente em sala de aula. Caso haja observações em</p><p>relação à aula, é preciso que elas sejam feitas após a</p><p>observação e não durante a aula.</p><p>CONHECIMENTOS DIDÁTICOS</p><p>7</p><p>14</p><p>Pós-Observação</p><p>Após observar a aula, o pedagogo deve dar um fee-</p><p>dback para o professor, sempre com caráter constru-</p><p>tivo, esclarecendo os tópicos que foram pontuados e</p><p>refletindo a prática juntamente com o professor, mas</p><p>também dando autonomia por meio de perguntas</p><p>reflexivas sobre a prática observada.</p><p>A IMPORTÂNCIA DAS METODOLOGIAS ATIVAS</p><p>Vivemos em um mundo tecnológico. Os estudantes</p><p>que atendemos hoje em sala de aula são nativos digitais</p><p>e apresentam uma grande facilidade no trabalho com</p><p>tecnologias de aprendizagem. O mundo mudou e, con-</p><p>siderando esses aspectos inegáveis, precisamos conside-</p><p>rar que a metodologia e os recursos utilizados na escola</p><p>precisam também ser atualizados e modernizados.</p><p>As tecnologias de informação e comunicação</p><p>mudaram a forma como nos relacionamos com o</p><p>mundo, como trabalhamos e como estudamos. O uso</p><p>de metodologias ativas de aprendizagem pode ser</p><p>uma forma interessante de tornar as aulas mais atra-</p><p>tivas e de favorecer um maior engajamento, desenvol-</p><p>vimento e aprendizagem dos nossos estudantes.</p><p>As metodologias ativas de aprendizagem são algu-</p><p>mas técnicas pedagógicas que se baseiam em ativida-</p><p>des instrucionais, que têm como principal objetivo</p><p>engajar os estudantes nas tarefas propostas em sala</p><p>de aula, garantindo que eles se tornem protagonistas</p><p>de seu próprio desenvolvimento.</p><p>No trabalho com as metodologias ativas, o profes-</p><p>sor assume o papel de mediador e orientador, auxi-</p><p>liando os estudantes a resolver problemas e construir</p><p>suas aprendizagens.</p><p>Veremos, a seguir, algumas das possíveis aborda-</p><p>gens com metodologias ativas.</p><p>Gamificação</p><p>É um dos principais métodos usados hoje e, de for-</p><p>ma resumida, consiste em trazer elementos que são</p><p>comuns nos videogames (os desafios, as regras e nar-</p><p>rativas presentes nesses jogos, por exemplo) para a</p><p>sala de aula regular.</p><p>Com a gamificação, é possível apresentar aos alu-</p><p>nos problemas baseados em diferentes situações, dis-</p><p>ponibilizando recursos diferenciados para que eles</p><p>sejam capazes de colocar em prática suas competên-</p><p>cias e habilidades para resolver os problemas de for-</p><p>ma criativa, seja de forma individual, em duplas ou</p><p>em pequenos grupos.</p><p>O ideal é que as atividades com gamificação possi-</p><p>bilitem o desenvolvimento das habilidades de obser-</p><p>vação, da capacidade de elaboração de hipóteses, da</p><p>identificação de padrões e de singularidades, da orga-</p><p>nização da informação para tomada de decisão.</p><p>A gamificação pode ser entendida como um “jogo</p><p>de detetive”, no qual os estudantes devem colher pistas</p><p>para desvendar o mistério. Ou seja, para responder uma</p><p>questão, os estudantes vão precisar criar modelos de</p><p>explicação e testá-los, até encontrar a solução correta.</p><p>Vamos para um exemplo prático?</p><p>Existem alguns sites, como o QR Code Generator,</p><p>por exemplo, em que é possível gerar códigos de QR</p><p>Code gratuitamente. É possível o professor, então,</p><p>criar QR Code que indique pistas para os alunos a res-</p><p>peito de um determinado assunto que está sendo tra-</p><p>balhado em sala de aula.</p><p>Para trabalhar com a gamificação é recomendado</p><p>que o professor:</p><p>z defina o objetivo da aula, o que ele pretende alcan-</p><p>çar com aquela atividade;</p><p>z valorize a interdisciplinaridade e a possibilidade</p><p>de os estudantes trabalharem em grupos;</p><p>z crie personagens ou avatares com os</p><p>estudantes;</p><p>z estabeleça um roteiro a ser cumprido e missões a</p><p>serem desvendadas pelos estudantes.</p><p>Convém lembrar que atividades como essa promo-</p><p>vem maior participação dos estudantes, valorizando a</p><p>autonomia e o protagonismo dos nossos alunos.</p><p>Design Thinking</p><p>O design thinking tem como foco as pessoas e o</p><p>grande objetivo é inovar para criar uma solução efi-</p><p>ciente e criativa para resolução de um problema com-</p><p>plexo. Apesar de habitualmente estar ligado à criação</p><p>de um produto tangível, é possível trabalhar essa</p><p>metodologia sem essa criação concreta.</p><p>O trabalho com essa metodologia não conta como</p><p>um modelo preestabelecido de atividades, mas procu-</p><p>ra passar por etapas que são necessárias para a reso-</p><p>lução de um problema.</p><p>O design thinking possui 5 etapas:</p><p>z descoberta;</p><p>z interpretação;</p><p>z ideação;</p><p>z experimentação;</p><p>z evolução.</p><p>As etapas da descoberta e da interpretação são</p><p>compostas por desafios a serem enfrentados pelos</p><p>estudantes. O principal objetivo, ao propor tais desa-</p><p>fios, é aguçar a curiosidade.</p><p>Na fase de criação, o professor deve abrir espaço</p><p>para uma “chuva de ideias” (brainstorm), em que os</p><p>estudantes fiquem completamente livres para criar</p><p>conjecturas ou hipóteses para a resolução dos desafios</p><p>apresentados anteriormente.</p><p>Depois, partimos para a etapa da experimentação,</p><p>em que essas ideias serão testadas e os estudantes pode-</p><p>rão verificar se suas hipóteses estavam ou não corretas.</p><p>Por fim, temos a etapa da evolução, que é o desen-</p><p>volvimento do trabalho em si. Essa fase exige o plane-</p><p>jamento dos próximos passos e o compartilhamento</p><p>dos resultados obtidos.</p><p>Cultura Maker</p><p>A ideia da cultura maker é a de “colocar a mão na</p><p>massa” ou a de “faça você mesmo”. Portanto, quan-</p><p>do falamos em utilizar aspectos da cultura maker na</p><p>educação, estamos falando de criar recursos para</p><p>resolver problemas propostos, de maneira intuitiva,</p><p>colocando em prática conhecimentos aprendidos pre-</p><p>viamente em sala de aula.</p><p>Uma possibilidade de trabalhar dentro da pers-</p><p>pectiva da cultura maker, ou seja, de colocar a mão</p><p>na massa, está em cozinhar com as crianças, mesmo</p><p>porque essa atividade, geralmente, já faz parte da</p><p>rotina com as crianças nas escolas. Outro exemplo de</p><p>atividade a ser realizada com os estudantes está na</p><p>possibilidade de construir jogos de tabuleiro na sala</p><p>de aula, em pequenos grupos.</p><p>CONHECIMENTOS DIDÁTICOS</p><p>8</p><p>15</p><p>Aprendizagem Baseada em Projetos</p><p>A ideia é que sejam apresentados aos alunos pro-</p><p>blemas complexos, em que não exista uma resposta</p><p>objetiva e única, mas, sim, que exija um processo mais</p><p>profundo de reflexão sobre a tarefa.</p><p>O trabalho com essa metodologia ativa conta com</p><p>alguns passos essenciais que norteiam o trabalho da</p><p>turma e do professor:</p><p>z o ponto de partida deve ser uma questão dispa-</p><p>radora, uma situação-problema contextualizada</p><p>com a vida cotidiana dos estudantes;</p><p>z o professor deve propô-la visando mobilizar</p><p>alguns conhecimentos específicos, para desenvol-</p><p>ver habilidades e competências específicas;</p><p>z o trabalho é construído passo a passo junto com os</p><p>estudantes;</p><p>z os estudantes começam a levantar hipóteses para</p><p>a resolução dos problemas apresentados;</p><p>z o trabalho deverá ser organizado em grupos;</p><p>z é necessário definir um produto final do projeto,</p><p>as metas e os prazos;</p><p>z os estudantes devem pesquisar conceitos, teorias e</p><p>aplicações que se relacionem com o tema;</p><p>z as etapas intermediárias do projeto podem seguir</p><p>inúmeros caminhos diferentes;</p><p>z será construído por cada grupo um produto final,</p><p>que pode ser, por exemplo, um objeto concreto ou</p><p>um portfólio, um vídeo, um podcast etc.</p><p>z Sala de Aula Invertida</p><p>A sala de aula invertida é tratada com uma ante-</p><p>cipação do conteúdo, que pode acontecer através do</p><p>apoio da tecnologia. A ideia é que, antes de começar a</p><p>tratar um tema em sala de aula, os estudantes tenham</p><p>acesso ao conteúdo que será trabalhado por meio de</p><p>plataformas digitais, por exemplo. Em seguida, ao</p><p>retornar para o ensino presencial na sala de aula, o</p><p>tempo pode ser direcionado para debates e discussões</p><p>sobre o tema, ao invés de ser ocupado pela aula expo-</p><p>sitiva focada na transmissão do conteúdo.</p><p>Vamos pensar em um exemplo prático?</p><p>Imagine que um professor pretende começar a traba-</p><p>lhar o sistema solar com seus estudantes. Ele pode, como</p><p>um primeiro passo, solicitar que os estudantes assistam</p><p>em casa um vídeo sobre o tema disponível em alguma</p><p>plataforma (durante a pandemia, a maioria das redes</p><p>públicas começaram a utilizar o Google Classroom).</p><p>Depois, na próxima aula, assumindo que todos</p><p>assistiram ao vídeo, ele pode organizar a turma em</p><p>pequenos grupos e propor a construção de uma</p><p>maquete do sistema solar. Enquanto produzem, os</p><p>estudantes aproveitam para tirar dúvidas com o pro-</p><p>fessor sobre a temática.</p><p>z Laboratório Rotacional</p><p>O professor divide a sala em “estações” de traba-</p><p>lho, cada uma correspondendo a uma etapa específica</p><p>de um projeto a ser desenvolvido pela turma. Dentro</p><p>dessa proposta, parte da turma realiza atividades</p><p>mediadas pelo professor na sala de aula, enquanto</p><p>uma outra parte da turma está realizando atividades</p><p>mais autônomas, em especial através do uso de recur-</p><p>sos digitais disponíveis na escola.</p><p>PLATAFORMAS EDUCACIONAIS COMO MEIO PARA</p><p>DESENVOLVER HABILIDADES</p><p>Vivemos em uma era digital, deparamo-nos cons-</p><p>tantemente com novas tecnologias e os estudantes</p><p>atuais também estão inseridos neste meio. Por isso,</p><p>integrar o uso das tecnologias no processo de ensino-</p><p>-aprendizagem pode ser muito favorável.</p><p>Pensando nestas tecnologias, as plataformas digi-</p><p>tais educacionais, além de agregarem na eficiência</p><p>das aulas, permitem que haja um ensino online sem</p><p>perder algumas características intrínsecas da sala de</p><p>aula, como por exemplo a interação.</p><p>Há algumas classificações para as plataformas</p><p>digitais. Vejamos três delas:</p><p>Software Livre</p><p>O desenvolvedor do software deixa disponível o</p><p>código para que qualquer pessoa possa instalar sem a</p><p>necessidade de pagar pela utilização.</p><p>Desenvolvidas</p><p>Quando uma plataforma é desenvolvida especial-</p><p>mente para uma rede de ensino ou até mesmo para</p><p>uma instituição.</p><p>Plataformas para IES</p><p>Há algumas plataformas no mercado específicas</p><p>para as Instituições de Ensino Superior (IES), uma vez</p><p>que as necessidades das IES são muito similares.</p><p>Há uma infinidade de plataformas digitais educa-</p><p>cionais que podem ser utilizadas no cotidiano escolar,</p><p>contudo, é necessário estar sempre atento à forma</p><p>que essas plataformas estão sendo utilizadas, para</p><p>que se torne propício o desenvolvimento de habilida-</p><p>des dos alunos, sejam essas relacionadas ao currículo</p><p>escolar ou não.</p><p>A GESTÃO DE SALA DE AULA</p><p>A IMPORTÂNCIA DO TRIPÉ</p><p>Entende-se que há um tripé de suma importância</p><p>no que tange ao processo de ensino aprendizagem.</p><p>Esse tripé envolve a organização da coletividade, o</p><p>cuidado com as relações interpessoais e a mediação</p><p>do conhecimento. Vejamos um pouco mais sobre cada</p><p>uma das partes deste tripé:</p><p>Organização da Coletividade</p><p>A sala de aula é um espaço social e, por isso, é</p><p>de suma importância que a coletividade esteja devi-</p><p>damente organizada para que o ambiente se torne</p><p>propício para que ocorra o processo de ensino apren-</p><p>dizagem, ou seja, é necessário que o ambiente seja</p><p>colaborativo, interativo e participativo, mas sempre</p><p>com respeito ao próximo e mantendo os limites entre</p><p>liberdade e disciplina.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para William Rezende - 611.768.506-87, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua</p><p>reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>CONHECIMENTOS DIDÁTICOS</p><p>9</p><p>16</p><p>Cuidado com as Relações Interpessoais</p><p>Como dito no tópico anterior, a sala de aula é um</p><p>espaço social, então é comum que haja conflitos por</p><p>abrigar pessoas extremamente diferentes ou extrema-</p><p>mente parecidas. Contudo, mesmo que haja o conflito,</p><p>é necessário que as relações sejam de muito respeito,</p><p>seja entre alunos ou nas relações entre alunos e</p><p>pro-</p><p>fessor. É com esse cuidado nas relações interpessoais</p><p>que a organização da coletividade vai se efetivar.</p><p>Mediação do Conhecimento</p><p>O educador é responsável por fazer a mediação</p><p>entre conhecimento e aluno, ou seja, o aluno é res-</p><p>ponsável por apreender-se do conteúdo, enquanto o</p><p>professor o auxilia nesse processo. Para auxiliar na</p><p>mediação, o professor deve estar atento às demandas</p><p>dos alunos e a sua prática docente, sempre planejando</p><p>e replanejando suas metodologias.</p><p>ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DO TEMPO E DA</p><p>APRENDIZAGEM</p><p>Tempo Escolar</p><p>O modelo organizativo da instituição escolar, de</p><p>repartição e de distribuição dos tempos e dos espaços,</p><p>converte-se na representação dos modos de estrutura-</p><p>ção do ensino aprendizagem e da mediação dos saberes.</p><p>A relação entre idade, domínios de determinados</p><p>conhecimentos e o período em anos a serem percor-</p><p>ridos define aspectos temporais do social, atuan-</p><p>do na configuração dos tempos individuais. Sendo</p><p>assim, o tempo e o espaço, ou os modos pelos quais</p><p>estão organizados, influenciam a atitude mental e o</p><p>modo de vida das pessoas.</p><p>Se fizéssemos a pergunta “o que é tempo escolar?”</p><p>para diretores, professores e alunos, não teríamos</p><p>uma única resposta, uma vez que o termo tempo esco-</p><p>lar abarca diversas compreensões: número de horas</p><p>de atividades; tempo no qual o professor é respon-</p><p>sável pela criança na escola (previsto pelos horários</p><p>oficiais de ensino); tempo para recreação; tempo de</p><p>duração do curso/série; tempo de transcurso de uma</p><p>aula e de sua preparação.</p><p>De acordo com Caccia e Sue (2005), tempo escolar</p><p>é uma maneira de se dirigir aos conteúdos, de eleger</p><p>as preferências e prioridades, de projetar uma nova</p><p>organização escolar e de definir escolhas políticas. Essa</p><p>concepção de tempo escolar indica o fato de a esco-</p><p>la ser um lugar de disputa entre diferentes agentes</p><p>sociais os quais nem sempre têm os mesmos interesses,</p><p>como políticos, administradores, supervisores, gesto-</p><p>res, professores, pais e alunos. Avaliar o tempo escolar</p><p>é considerar outros aspectos que também estruturam o</p><p>trabalho pedagógico, como as compreensões de méto-</p><p>dos de ensino e do próprio currículo escolar, embora</p><p>desperte inúmeras possibilidades analíticas.</p><p>Não é exagero apontar que o tempo escolar,</p><p>enquanto tempo social, não é natural dos sujeitos e</p><p>das organizações sociais. Frago (1995) entende-o como</p><p>múltiplo, pessoal e institucional, individual e coletivo,</p><p>pela coexistência de tempos que o envolve: os alunos,</p><p>os professores, a gestão e a lei. O autor afirma que foi</p><p>um longo processo até a efetivação do tempo em qua-</p><p>dros de anos ou séries e horários. Para Frago, o tempo e</p><p>o espaço organizam e definem a cultura escolar.</p><p>Espaço Escolar</p><p>Assim como o tempo, o espaço jamais é neutro e</p><p>também se apresenta como ambiente de disputa, já</p><p>que leva em sua composição signos, símbolos e ves-</p><p>tígios da condição e das relações entre aqueles que</p><p>o frequentam. Destacamos que “o espaço comunica;</p><p>mostra, a quem sabe ler, o emprego que o ser humano</p><p>faz dele mesmo” (FRAGO; ESCOLANO, 1998, p. 64).</p><p>O espaço que socializa, educa, situa e ordena com</p><p>finalidades definidas, influencia diretamente nas estru-</p><p>turas mentais das crianças, adolescentes e jovens de</p><p>presença frequente nesse ambiente. Frago e Escolano</p><p>(1998) compreendem espaço escolar como instituição</p><p>escolar e ensino como elementos construídos, plane-</p><p>jados, localizados e realizados em lugares e períodos</p><p>específicos direcionados exclusivamente para um fim.</p><p>A organização do espaço e sua configuração como</p><p>lugar incidem em um aspecto significativo do currí-</p><p>culo, seja isso consciente ou não para quem o ocupa.</p><p>Isso porque tal organização, intencionalmente ou não,</p><p>sugere certa estruturação e delegação, entre várias</p><p>perspectivas, de atribuições e usos de alguns espaços</p><p>também determinados.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>CACCIA, M. F., SUE, R. Autres temps, autre éco-</p><p>le: impacts et enjeux des rythmes scolaires. Paris:</p><p>Retz, 2005.</p><p>ESCOLANO, A.; FRAGO, A. V. Currículo, Espaço e</p><p>Subjetividade - a arquitetura como programa. Trad:</p><p>Alfredo Veiga Neto. Rio de Janeiro: DP S.A, 1998.</p><p>FRAGO, A. V. Historia de la educación e historia</p><p>cultural. Revista Brasileira de Educação. ANPED,</p><p>n. 0, p. 63-82, Set-Dez/1995.</p><p>A IMPORTÂNCIA DO CLIMA ESCOLAR PARA A</p><p>CONSTRUÇÃO DO RESPEITO E DE UM AMBIENTE</p><p>ACOLHEDOR PARA A FORMAÇÃO DO ESTUDANTE</p><p>Clima escolar diz respeito às percepções subjetivas</p><p>de cada componente da comunidade escolar acerca</p><p>dos acontecimentos cotidianos que ocorrem na insti-</p><p>tuição, ou seja, clima escolar é como a escola é enxer-</p><p>gada pelos alunos, professores, funcionários e pela</p><p>família dos estudantes, seja essa uma visão positiva</p><p>ou negativa. Cada pessoa que faz parte da comunida-</p><p>de escolar tem seu próprio clima escolar baseado nas</p><p>suas vivências coletivas e individuais dentro daquela</p><p>instituição.</p><p>Desta maneira, entende-se que o clima escolar é</p><p>de grande importância para que a instituição escolar</p><p>se torne um ambiente acolhedor e consequentemente</p><p>um ambiente propício para uma formação integral e</p><p>efetiva de cada um de seus estudantes.</p><p>Tratando especificamente de como o clima esco-</p><p>lar afeta os estudantes, é notório que ele está dire-</p><p>tamente atrelado com a socialização dos estudantes</p><p>com seus pares, então caso o clima escolar não seja</p><p>favorável, pode haver um déficit no desenvolvimento</p><p>social e emocional dos alunos. De mesmo modo, o cli-</p><p>ma influencia o professo de aprendizagem dos alunos,</p><p>uma vez que pode-se inferir que, quanto mais posi-</p><p>tivo o clima escolar, os alunos estarão mais motiva-</p><p>dos a aprender e consequentemente terão uma maior</p><p>autoestima intelectual.</p><p>CONHECIMENTOS DIDÁTICOS</p><p>10</p><p>17</p><p>Vale ressaltar que, para melhorar o clima escolar,</p><p>é necessário que o corpo gestor tome atitudes para</p><p>tal, como exemplo implementar códigos de conduta</p><p>para os professores saberem lidar com determinadas</p><p>situações, como exemplo o bullying e outras violên-</p><p>cias escolares.</p><p>Isso posto, pode-se concluir que um clima escolar</p><p>positivo é de suma importância para a construção</p><p>de um ambiente acolhedor e respeitoso com seus</p><p>estudantes, favorecendo o desenvolvimento integral</p><p>deles, isto é, desde o desenvolvimento acadêmico, até</p><p>o desenvolvimento social.</p><p>A AVALIAÇÃO E A RECUPERAÇÃO DA</p><p>APRENDIZAGEM</p><p>AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA, AVALIAÇÃO</p><p>FORMATIVA E AVALIAÇÃO SOMATIVA</p><p>Avaliação Diagnóstica</p><p>Deve ser realizada antes de começar o estudo de</p><p>um novo objeto do conhecimento. Ela tem como prin-</p><p>cipal função levantar os conhecimentos prévios dos</p><p>estudantes, ou seja, mostrar aquilo que os alunos já</p><p>sabem sobre um determinado tema ou conteúdo.</p><p>Convém lembrar que, quando falamos em avalia-</p><p>ção diagnóstica não estamos falando, necessariamen-</p><p>te, de uma prova. Um estudo dirigido, uma questão</p><p>desafio, debates ou mesmo uma roda de conversa</p><p>antes do início do estudo podem ser eficientes for-</p><p>mas de avaliação diagnóstica. Em leitura e escrita e</p><p>em matemática, as atividades de sondagem também</p><p>são consideradas formas de avaliação diagnóstica a</p><p>serem realizadas nos anos iniciais.</p><p>O professor deve utilizar as informações colhidas</p><p>nessa avaliação para compreender qual seu ponto de</p><p>partida ao trabalhar aquele conteúdo com aquela tur-</p><p>ma. Saber o que os estudantes já conhecem ajuda a</p><p>criação de um planejamento mais sólido e que garan-</p><p>ta a aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes.</p><p>Avaliação Formativa</p><p>A avaliação processual, também conhecida como</p><p>avaliação processual é aquela que acontece no</p><p>decorrer do estudo de um determinado objeto do</p><p>conhecimento, é aquela avaliação feita constantemen-</p><p>te durante todo o processo de aprendizagem.</p><p>Esse tipo de avaliação serve como um feedback, um</p><p>retorno, em relação ao aprendizado do aluno e, também,</p><p>em relação ao trabalho do professor, uma vez que se</p><p>entende que se não há aprendizado, não houve ensino.</p><p>Uma das principais funções desse modelo avaliati-</p><p>vo é oferecer aos professores dados essenciais para que</p><p>ele possa adequar e redimensionar o seu planejamen-</p><p>to, verificando</p><p>da língua. Um falante ao entrar em contato com ou-</p><p>tras pessoas em diferentes ambientes sociais como a rua, a escola</p><p>e etc., começa a perceber que nem todos falam da mesma forma.</p><p>Há pessoas que falam de forma diferente por pertencerem a outras</p><p>cidades ou regiões do país, ou por fazerem parte de outro grupo</p><p>ou classe social. Essas diferenças no uso da língua constituem as</p><p>variedades linguísticas.</p><p>Certas palavras e construções que empregamos acabam de-</p><p>nunciando quem somos socialmente, ou seja, em que região do</p><p>país nascemos, qual nosso nível social e escolar, nossa formação e,</p><p>às vezes, até nossos valores, círculo de amizades e hobbies. O uso</p><p>da língua também pode informar nossa timidez, sobre nossa capa-</p><p>cidade de nos adaptarmos às situações novas e nossa insegurança.</p><p>A norma culta é a variedade linguística ensinada nas escolas,</p><p>contida na maior parte dos livros, registros escritos, nas mídias te-</p><p>levisivas, entre outros. Como variantes da norma padrão aparecem:</p><p>a linguagem regional, a gíria, a linguagem específica de grupos ou</p><p>profissões. O ensino da língua culta na escola não tem a finalidade</p><p>de condenar ou eliminar a língua que falamos em nossa família ou</p><p>em nossa comunidade. O domínio da língua culta, somado ao do-</p><p>mínio de outras variedades linguísticas, torna-nos mais preparados</p><p>para nos comunicarmos nos diferentes contextos lingísticos, já que</p><p>a linguagem utilizada em reuniões de trabalho não deve ser a mes-</p><p>ma utilizada em uma reunião de amigos no final de semana.</p><p>Portanto, saber usar bem uma língua equivale a saber empre-</p><p>gá-la de modo adequado às mais diferentes situações sociais de que</p><p>participamos.</p><p>A norma culta é responsável por representar as práticas lin-</p><p>guísticas embasadas nos modelos de uso encontrados em textos</p><p>formais. É o modelo que deve ser utilizado na escrita, sobretudo</p><p>nos textos não literários, pois segue rigidamente as regras gramati-</p><p>cais. A norma culta conta com maior prestígio social e normalmente</p><p>é associada ao nível cultural do falante: quanto maior a escolariza-</p><p>ção, maior a adequação com a língua padrão.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>3</p><p>Exemplo:</p><p>Venho solicitar a atenção de Vossa Excelência para que seja</p><p>conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima</p><p>da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao</p><p>movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças,</p><p>atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem</p><p>se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte</p><p>violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico de suas fun-</p><p>ções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe.</p><p>A Linguagem Popular ou Coloquial</p><p>É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-</p><p>se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de</p><p>vícios de linguagem (solecismo – erros de regência e concordância;</p><p>barbarismo – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade;</p><p>cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência</p><p>pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua.</p><p>A linguagem popular está presente nas conversas familiares ou</p><p>entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV e</p><p>auditório, novelas, na expressão dos esta dos emocionais etc.</p><p>Dúvidas mais comuns da norma culta</p><p>Perca ou perda</p><p>Isto é uma perda de tempo ou uma perca de tempo? Tomara</p><p>que ele não perca o ônibus ou não perda o ônibus? Quais são as fra-</p><p>ses corretas com perda e perca? Certo: Isto é uma perda de tempo.</p><p>Embaixo ou em baixo</p><p>O gato está embaixo da mesa ou em baixo da mesa? Continu-</p><p>arei falando em baixo tom de voz ou embaixo tom de voz? Quais</p><p>são as frases corretas com embaixo e em baixo? Certo: O gato está</p><p>embaixo da cama</p><p>Ver ou vir</p><p>A dúvida no uso de ver e vir ocorre nas seguintes construções:</p><p>Se eu ver ou se eu vir? Quando eu ver ou quando eu vir? Qual das</p><p>frases com ver ou vir está correta? Se eu vir você lá fora, você vai</p><p>ficar de castigo!</p><p>Onde ou aonde</p><p>Os advérbios onde e aonde indicam lugar: Onde você está?</p><p>Aonde você vai? Qual é a diferença entre onde e aonde? Onde indi-</p><p>ca permanência. É sinônimo de em que lugar. Onde, Em que lugar</p><p>Fica?</p><p>Como escrever o dinheiro por extenso?</p><p>Os valores monetários, regra geral, devem ser escritos com al-</p><p>garismos: R$ 1,00 ou R$ 1 R$ 15,00 ou R$ 15 R$ 100,00 ou R$ 100</p><p>R$ 1400,00 ou R$ 1400.</p><p>Obrigado ou obrigada</p><p>Segundo a gramática tradicional e a norma culta, o homem ao</p><p>agradecer deve dizer obrigado. A mulher ao agradecer deve dizer</p><p>obrigada.</p><p>Mal ou mau</p><p>Como essas duas palavras são, maioritariamente, pronunciadas</p><p>da mesma forma, são facilmente confundidas pelos falantes. Qual a</p><p>diferença entre mal e mau? Mal é um advérbio, antônimo de bem.</p><p>Mau é o adjetivo contrário de bom.</p><p>“Vir”, “Ver” e “Vier”</p><p>A conjugação desses verbos pode causar confusão em algumas</p><p>situações, como por exemplo no futuro do subjuntivo. O correto é,</p><p>por exemplo, “quando você o vir”, e não “quando você o ver”.</p><p>Já no caso do verbo “ir”, a conjugação correta deste tempo ver-</p><p>bal é “quando eu vier”, e não “quando eu vir”.</p><p>“Ao invés de” ou “em vez de”</p><p>“Ao invés de” significa “ao contrário” e deve ser usado apenas</p><p>para expressar oposição.</p><p>Por exemplo: Ao invés de virar à direita, virei à esquerda.</p><p>Já “em vez de” tem um significado mais abrangente e é usado</p><p>principalmente como a expressão “no lugar de”. Mas ele também</p><p>pode ser usado para exprimir oposição. Por isso, os linguistas reco-</p><p>mendam usar “em vez de” caso esteja na dúvida.</p><p>GÊNEROS E TIPOLOGIA TEXTUAL.</p><p>Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais</p><p>são dois conceitos distintos, cada qual com sua própria linguagem</p><p>e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão</p><p>da estrutura linguística, enquanto os gêneros textuais têm sua</p><p>classificação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros</p><p>são variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos</p><p>dos tipos textuais. A definição de um gênero textual é feita a partir</p><p>dos conteúdos temáticos que apresentam sua estrutura específica.</p><p>Logo, para cada tipo de texto, existem gêneros característicos.</p><p>Como se classificam os tipos e os gêneros textuais</p><p>As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças</p><p>e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance,</p><p>conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio</p><p>de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos</p><p>tipos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto</p><p>com base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais</p><p>são: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo.</p><p>Resumindo, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto</p><p>as tipologias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe</p><p>abaixo os principais gêneros textuais inseridos e como eles se</p><p>inserem em cada tipo textual:</p><p>Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresentação,</p><p>desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracterizam</p><p>pela apresentação das ações de personagens em um tempo e</p><p>espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem</p><p>ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas</p><p>e fábulas.</p><p>Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem</p><p>lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de</p><p>texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e,</p><p>em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de</p><p>restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc.</p><p>1212</p><p>Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmitir</p><p>ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição,</p><p>conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias,</p><p>jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos</p><p>expositivos.</p><p>Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o objetivo</p><p>de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto é,</p><p>caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é</p><p>composta por introdução, desenvolvimento e conclusão.</p><p>se suas estratégias e metodologias estão</p><p>conseguindo fazer com que os estudantes avancem.</p><p>Se, por exemplo, o professor perceber que a maior</p><p>parte da turma não tem avançado na aprendizagem</p><p>de um determinado tema, o professor pode perceber</p><p>que deve readequar suas estratégias para o ensino</p><p>daquele ponto, talvez revendo os recursos ou a meto-</p><p>dologia quem tem buscado utilizar. Dessa forma, o</p><p>aprendizado dos estudantes consegue avançar.</p><p>A avaliação, apesar de trazer importantes dados</p><p>sobre o rendimento dos estudantes, fornece pistas</p><p>aos professores sobre como seu trabalho tem sido</p><p>desenvolvido. O resultado das avaliações diz mui-</p><p>to sobre o trabalho do professor: provavelmente, as</p><p>fragilidades da turma demonstram as fragilidades do</p><p>trabalho docente e, dessa forma, auxiliam o professor</p><p>a ir além, redimensionando seu planejamento e suas</p><p>ações, resultando na aprendizagem de todos.</p><p>Alguns exemplos de avaliações formativas que</p><p>podemos encontrar no cotidiano escolar são: traba-</p><p>lhos para casa, autoavaliação, simulados, trabalhos</p><p>em grupo etc.</p><p>Avaliação Somativa</p><p>Esse tipo de avaliação visa observar se os objetivos</p><p>do planejamento, feitos no início do ciclo de ensino-</p><p>-aprendizagem, foram alcançados, sendo assim feita</p><p>ao final de cada ciclo. Enquanto a avaliação formativa</p><p>e a diagnóstica possuem um foco qualitativo, a avalia-</p><p>ção somativa tem um foco quantitativo, isto é, a nota</p><p>que o aluno, e a turma como um todo, atinge nessa</p><p>avaliação é mais importante do que o trabalho que foi</p><p>desenvolvido durante o processo.</p><p>Assim, entende que a avaliação somativa tem um</p><p>caráter classificatório e comparativo, já que a nota</p><p>obtida em tal avaliação é comumente utilizada para</p><p>reprovar ou aprovar o aluno. Podemos considerar</p><p>ela como um diagnóstico final do aluno nesse ciclo de</p><p>aprendizagem. Alguns exemplos de avaliações soma-</p><p>tivas são: testes, estudos dirigidos, provas finais e tra-</p><p>balhos finais.</p><p>Pensando na Educação Infantil e nos anos iniciais</p><p>do Ensino Fundamental, a avaliação somativa tende</p><p>a não ser feita com base em notas, mas sim em con-</p><p>ceitos, já que essa etapa da educação básica se propõe</p><p>a não classificar as crianças, então ela serviria como</p><p>uma descrição geral do desenvolvimento.</p><p>RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E REAVALIAÇÃO;</p><p>CRITÉRIOS, INSTRUMENTOS E INTENCIONALIDADE</p><p>DA AVALIAÇÃO ESCOLAR</p><p>Sabemos que os estudantes têm ritmos diferentes</p><p>de aprendizagem e é habitual que alguns necessitem</p><p>de um apoio um pouco maior para consolidar suas</p><p>aprendizagens. Assim, é importante que a escola pre-</p><p>veja situações de recuperação. Em geral, existem duas</p><p>formas de recuperação: a contínua e a paralela.</p><p>A recuperação contínua é aquela que acontece</p><p>dentro da sala de aula, durante o horário normal de</p><p>aulas, sendo oferecida pelo próprio professor da tur-</p><p>ma. Ou seja, quando falamos em recuperação contí-</p><p>nua, estamos englobando as atividades adaptadas que</p><p>o professor trabalha com determinado aluno ou com</p><p>determinado grupo de alunos, que têm como objeti-</p><p>vo desenvolver algum aspecto específico do conteúdo</p><p>que o restante da turma já se apropriou. A recupera-</p><p>ção contínua é permanente, deve fazer parte do traba-</p><p>lho do professor na sala regular.</p><p>Já a recuperação paralela é aquela que acontece</p><p>fora do horário regular de aula, em espaço específico</p><p>para trabalhar com conteúdos que o estudante preci-</p><p>sa recuperar. Em regra, ela é ofertada quando apenas</p><p>a recuperação contínua não tem sido suficiente para</p><p>a apropriação do conhecimento por parte do aluno.</p><p>CONHECIMENTOS DIDÁTICOS</p><p>11</p><p>18</p><p>O ideal é que aconteça no contraturno, imediata-</p><p>mente antes ou imediatamente após o horário regular</p><p>de aula, em grupos reduzidos e que possam ser agru-</p><p>pados considerando as mais diversas características.</p><p>Hoje, compreendemos que aquele modelo de recu-</p><p>peração que acontece só por uma semana, ao final do</p><p>semestre ou ao final do ano, não é efetivo e em quase</p><p>nada auxilia os avanços de aprendizagem dos estudan-</p><p>tes. Portanto, compreendemos que esse modelo de recu-</p><p>peração de aprendizagem contínua e paralela é o ideal a</p><p>ser trabalhado pelas escolas e pelos sistemas de ensino.</p><p>Por fim, discutiremos um pouco mais sobre como</p><p>fazer, na prática, essa rotina de estudos e de recupera-</p><p>ção de aprendizagens.</p><p>Precisamos ter em mente que o planejamento do</p><p>professor é um processo constante, está sempre sendo</p><p>revisitado e reconstruído, de acordo com os resulta-</p><p>dos em cada uma das avaliações que vão sendo reali-</p><p>zadas. Assim, o processo de avaliação é um ciclo, sem</p><p>começo, meio e fim, mas sim um processo contínuo.</p><p>O ideal, sempre antes de começar a trabalhar com</p><p>um novo conteúdo, é a realização de uma avaliação</p><p>diagnóstica, para que possamos identificar o que os</p><p>estudantes já conhecem sobre um determinado tema.</p><p>A partir disso, o professor inicia seu planejamento.</p><p>No decorrer do trabalho dentro daquela temáti-</p><p>ca, novos momentos voltados para a avaliação vão</p><p>acontecendo e seus resultados fornecem dados para</p><p>que o professor revisite seu planejamento, fazendo as</p><p>adequações necessárias para avançar no processo de</p><p>ensino e aprendizagem com seus estudantes.</p><p>Ao final do trabalho, também precisamos pre-</p><p>ver novos momentos de avaliação, para verificar se</p><p>é necessário readequar o planejamento e retomar a</p><p>temática ou se podemos avançar, caminhando para</p><p>um novo trabalho.</p><p>Avaliação Diagnóstica</p><p>(levantamento de conhecimentos</p><p>prévios)</p><p>Avaliação</p><p>Ação Ação</p><p>Replanejamento Avaliação</p><p>Planejamento</p><p>Inicial</p><p>A avaliação sempre caminha nesse processo cícli-</p><p>co, fornecendo dados para replanejamento, que se</p><p>desdobra em novas ações e novos momentos avaliati-</p><p>vos. Hoje, já compreendemos que o trabalho pensado</p><p>em uma avaliação final, realizada só no fim do proces-</p><p>so, com único objetivo de classificar os estudantes e</p><p>promover retenção ou aprovação não é eficiente.</p><p>É necessário que a escola estruture seu processo</p><p>de avaliação pautado nessa tripla dimensão avaliati-</p><p>va: diagnóstica, formativa e processual, com possibi-</p><p>lidades concretas de recuperação das aprendizagens</p><p>durante todo o ano letivo, seja dentro da sala de aula</p><p>ou no contraturno.</p><p>QUESTÕES</p><p>1. (IBFC — 2017) A dificuldade de aprendizagem não se</p><p>refere a uma única causa, mas a uma ampla gama de</p><p>problemas que podem afetar qualquer área do desem-</p><p>penho da criança. Sobre esse contexto, assinale a</p><p>alternativa correta a seguir:</p><p>a) A dificuldade de aprendizagem é uma expressão que</p><p>se refere aos distúrbios da escrita e do raciocínio</p><p>b) A rotina escolar é um catalizador de dificuldades</p><p>e problemas que a criança passa na aquisição da</p><p>aprendizagem</p><p>c) A criança necessita de um amadurecimento intelec-</p><p>tual e emocional no desenvolvimento de estruturas</p><p>diversas no contexto educacional</p><p>d) Os problemas intercorrentes que fazem parte do</p><p>universo infantil apresentam processos acerca da</p><p>aprendizagem</p><p>e) É importante que a criança seja acompanhada por</p><p>um profissional adequado para que ela possa superar</p><p>as dificuldades da criança nas diferentes etapas de</p><p>evolução</p><p>2. (IBFC — 2017) Os instrumentos no processo de avalia-</p><p>ção auxiliam o professor acerca da aprendizagem das</p><p>crianças. Ao elaborar um instrumento de avaliação é</p><p>importante considerar:</p><p>a) Indicadores numéricos para verificar a aprendizagem</p><p>b) A linguagem subjetiva bem como o raciocínio</p><p>c) A responsabilidade particular na dinâmica escolar</p><p>d) O contexto daquilo que se investiga</p><p>e) A homogeneidade do currículo</p><p>3. (IBFC — 2017) Analise as afirmativas abaixo e assi-</p><p>nale a alternativa correta. As figuras de promoção e</p><p>classificação fundamentam-se na orientação de que</p><p>a verificação do rendimento escolar observará alguns</p><p>critérios, sendo eles:</p><p>I. Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do</p><p>estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos</p><p>sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do</p><p>período sobre os de eventuais provas finais.</p><p>II. Possibilidade de aceleração de estudos para estudan-</p><p>tes com atraso escolar.</p><p>III. Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries</p><p>mediante verificação do aprendizado.</p><p>IV. Aproveitamento</p><p>Os textos</p><p>argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e</p><p>abaixo-assinado.</p><p>Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de</p><p>orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor</p><p>procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de</p><p>verbos no modo imperativo é sua característica principal. Pertencem</p><p>a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, manuais</p><p>de instruções, entre outros.</p><p>Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir</p><p>o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma,</p><p>impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele</p><p>siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de</p><p>texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos.</p><p>ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS.</p><p>Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si</p><p>ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do</p><p>texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as</p><p>ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto.</p><p>Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento</p><p>e o do leitor.</p><p>Parágrafo</p><p>O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é</p><p>desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma-</p><p>do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto</p><p>dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela-</p><p>cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre-</p><p>sentada na introdução.</p><p>Embora existam diferentes formas de organização de parágra-</p><p>fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís-</p><p>ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em</p><p>três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem</p><p>a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em</p><p>parágrafos curtos, é raro haver conclusão.</p><p>Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz</p><p>uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você</p><p>irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo</p><p>escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria</p><p>prova.</p><p>Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e</p><p>ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possível</p><p>usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até</p><p>citações de pessoas que tenham autoridade no assunto.</p><p>Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado</p><p>e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras</p><p>diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma</p><p>pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias</p><p>conclusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento.</p><p>Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto-</p><p>res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais</p><p>fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as</p><p>ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do perí-</p><p>odo, e o tópico que o antecede.</p><p>Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto</p><p>ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também</p><p>para a clareza do texto.</p><p>Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér-</p><p>bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas</p><p>vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro,</p><p>sem coerência.</p><p>Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta-</p><p>tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores.</p><p>Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-</p><p>trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento</p><p>mais direto.</p><p>ARTICULAÇÃO TEXTUAL: PRONOMES E EXPRESSÕES RE-</p><p>FERENCIAIS, NEXOS, OPERADORES SEQUENCIAIS..COE-</p><p>RÊNCIA TEXTUAL, EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE</p><p>ESTRUTURAS. SEMÂNTICA: SENTIDO E SUBSTITUIÇÃO DE</p><p>PALAVRAS E DE EXPRESSÕES NO TEXTO</p><p>— Definições e diferenciação</p><p>Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que um</p><p>texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em comum</p><p>entre os dois é o fato de constituírem mecanismos fundamentais</p><p>para uma produção textual satisfatória. Resumidamente, a coesão</p><p>textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na articulação</p><p>interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na articulação</p><p>externa da mensagem.</p><p>— Coesão Textual</p><p>Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado</p><p>das palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e</p><p>parágrafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se</p><p>realiza por meio de palavras denominadas conectivos.</p><p>As técnicas de coesão</p><p>A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos</p><p>principais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à</p><p>mensagem expressa no texto, esses recursos classificam-se como</p><p>endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora</p><p>o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual.</p><p>As regras de coesão</p><p>Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as</p><p>regras relacionadas abaixo sejam seguidas.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>4</p><p>Exemplo:</p><p>Venho solicitar a atenção de Vossa Excelência para que seja</p><p>conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima</p><p>da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao</p><p>movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças,</p><p>atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem</p><p>se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte</p><p>violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico de suas fun-</p><p>ções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe.</p><p>A Linguagem Popular ou Coloquial</p><p>É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-</p><p>se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de</p><p>vícios de linguagem (solecismo – erros de regência e concordância;</p><p>barbarismo – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade;</p><p>cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência</p><p>pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua.</p><p>A linguagem popular está presente nas conversas familiares ou</p><p>entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV e</p><p>auditório, novelas, na expressão dos esta dos emocionais etc.</p><p>Dúvidas mais comuns da norma culta</p><p>Perca ou perda</p><p>Isto é uma perda de tempo ou uma perca de tempo? Tomara</p><p>que ele não perca o ônibus ou não perda o ônibus? Quais são as fra-</p><p>ses corretas com perda e perca? Certo: Isto é uma perda de tempo.</p><p>Embaixo ou em baixo</p><p>O gato está embaixo da mesa ou em baixo da mesa? Continu-</p><p>arei falando em baixo tom de voz ou embaixo tom de voz? Quais</p><p>são as frases corretas com embaixo e em baixo? Certo: O gato está</p><p>embaixo da cama</p><p>Ver ou vir</p><p>A dúvida no uso de ver e vir ocorre nas seguintes construções:</p><p>Se eu ver ou se eu vir? Quando eu ver ou quando eu vir? Qual das</p><p>frases com ver ou vir está correta? Se eu vir você lá fora, você vai</p><p>ficar de castigo!</p><p>Onde ou aonde</p><p>Os advérbios onde e aonde indicam lugar: Onde você está?</p><p>Aonde você vai? Qual é a diferença entre onde e aonde? Onde indi-</p><p>ca permanência. É sinônimo de em que lugar. Onde, Em que lugar</p><p>Fica?</p><p>Como escrever o dinheiro por extenso?</p><p>Os valores monetários, regra geral, devem ser escritos com al-</p><p>garismos: R$ 1,00 ou R$ 1 R$ 15,00 ou R$ 15 R$ 100,00 ou R$ 100</p><p>R$ 1400,00 ou R$ 1400.</p><p>Obrigado ou obrigada</p><p>Segundo a gramática tradicional e a norma culta, o homem ao</p><p>agradecer deve dizer obrigado. A mulher ao agradecer deve dizer</p><p>obrigada.</p><p>Mal ou mau</p><p>Como essas duas palavras são, maioritariamente, pronunciadas</p><p>da mesma forma, são facilmente confundidas pelos falantes. Qual a</p><p>diferença entre mal e mau? Mal é um advérbio, antônimo de bem.</p><p>Mau é o adjetivo contrário de bom.</p><p>“Vir”, “Ver” e “Vier”</p><p>A conjugação desses verbos pode causar confusão em algumas</p><p>situações, como por exemplo no futuro do subjuntivo. O correto é,</p><p>por exemplo, “quando você o vir”, e não “quando você o ver”.</p><p>Já no caso do verbo “ir”, a conjugação correta deste tempo ver-</p><p>bal é “quando eu vier”, e não “quando eu vir”.</p><p>“Ao invés</p><p>de” ou “em vez de”</p><p>“Ao invés de” significa “ao contrário” e deve ser usado apenas</p><p>para expressar oposição.</p><p>Por exemplo: Ao invés de virar à direita, virei à esquerda.</p><p>Já “em vez de” tem um significado mais abrangente e é usado</p><p>principalmente como a expressão “no lugar de”. Mas ele também</p><p>pode ser usado para exprimir oposição. Por isso, os linguistas reco-</p><p>mendam usar “em vez de” caso esteja na dúvida.</p><p>GÊNEROS E TIPOLOGIA TEXTUAL.</p><p>Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais</p><p>são dois conceitos distintos, cada qual com sua própria linguagem</p><p>e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão</p><p>da estrutura linguística, enquanto os gêneros textuais têm sua</p><p>classificação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros</p><p>são variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos</p><p>dos tipos textuais. A definição de um gênero textual é feita a partir</p><p>dos conteúdos temáticos que apresentam sua estrutura específica.</p><p>Logo, para cada tipo de texto, existem gêneros característicos.</p><p>Como se classificam os tipos e os gêneros textuais</p><p>As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças</p><p>e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance,</p><p>conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio</p><p>de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos</p><p>tipos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto</p><p>com base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais</p><p>são: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo.</p><p>Resumindo, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto</p><p>as tipologias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe</p><p>abaixo os principais gêneros textuais inseridos e como eles se</p><p>inserem em cada tipo textual:</p><p>Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresentação,</p><p>desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracterizam</p><p>pela apresentação das ações de personagens em um tempo e</p><p>espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem</p><p>ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas</p><p>e fábulas.</p><p>Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem</p><p>lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de</p><p>texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e,</p><p>em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de</p><p>restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc.</p><p>1212</p><p>Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmitir</p><p>ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição,</p><p>conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias,</p><p>jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos</p><p>expositivos.</p><p>Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o objetivo</p><p>de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto é,</p><p>caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é</p><p>composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os textos</p><p>argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e</p><p>abaixo-assinado.</p><p>Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de</p><p>orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor</p><p>procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de</p><p>verbos no modo imperativo é sua característica principal. Pertencem</p><p>a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, manuais</p><p>de instruções, entre outros.</p><p>Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir</p><p>o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma,</p><p>impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele</p><p>siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de</p><p>texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos.</p><p>ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS.</p><p>Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si</p><p>ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do</p><p>texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as</p><p>ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto.</p><p>Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento</p><p>e o do leitor.</p><p>Parágrafo</p><p>O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é</p><p>desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma-</p><p>do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto</p><p>dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela-</p><p>cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre-</p><p>sentada na introdução.</p><p>Embora existam diferentes formas de organização de parágra-</p><p>fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís-</p><p>ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em</p><p>três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem</p><p>a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em</p><p>parágrafos curtos, é raro haver conclusão.</p><p>Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz</p><p>uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você</p><p>irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo</p><p>escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria</p><p>prova.</p><p>Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e</p><p>ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possível</p><p>usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até</p><p>citações de pessoas que tenham autoridade no assunto.</p><p>Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado</p><p>e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras</p><p>diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma</p><p>pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias</p><p>conclusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento.</p><p>Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto-</p><p>res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais</p><p>fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as</p><p>ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do perí-</p><p>odo, e o tópico que o antecede.</p><p>Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto</p><p>ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também</p><p>para a clareza do texto.</p><p>Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér-</p><p>bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas</p><p>vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro,</p><p>sem coerência.</p><p>Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta-</p><p>tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores.</p><p>Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-</p><p>trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento</p><p>mais direto.</p><p>ARTICULAÇÃO TEXTUAL: PRONOMES E EXPRESSÕES RE-</p><p>FERENCIAIS, NEXOS, OPERADORES SEQUENCIAIS..COE-</p><p>RÊNCIA TEXTUAL, EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE</p><p>ESTRUTURAS. SEMÂNTICA: SENTIDO E SUBSTITUIÇÃO DE</p><p>PALAVRAS E DE EXPRESSÕES NO TEXTO</p><p>— Definições e diferenciação</p><p>Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que um</p><p>texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em comum</p><p>entre os dois é o fato de constituírem mecanismos fundamentais</p><p>para uma produção textual satisfatória. Resumidamente, a coesão</p><p>textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na articulação</p><p>interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na articulação</p><p>externa da mensagem.</p><p>— Coesão Textual</p><p>Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado</p><p>das palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e</p><p>parágrafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se</p><p>realiza por meio de palavras denominadas conectivos.</p><p>As técnicas de coesão</p><p>A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos</p><p>principais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à</p><p>mensagem expressa no texto, esses recursos classificam-se como</p><p>endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora</p><p>o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual.</p><p>As regras de coesão</p><p>Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as</p><p>regras relacionadas abaixo sejam seguidas.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>5</p><p>13</p><p>Referência</p><p>– Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos.</p><p>Exemplo:</p><p>«Ana e Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de</p><p>departamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica</p><p>(retoma termo já mencionado).</p><p>– Comparativa: emprego de comparações com base em</p><p>semelhanças.</p><p>Exemplo:</p><p>“Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência</p><p>comparativa endofórica.</p><p>– Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes</p><p>demonstrativos.</p><p>Exemplo:</p><p>“Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.”</p><p>Temos uma referência demonstrativa catafórica.</p><p>– Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja</p><p>nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido.</p><p>Analise o exemplo:</p><p>“Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.”</p><p>Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é</p><p>evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao</p><p>texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o</p><p>pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar</p><p>quaisquer informações ao texto.</p><p>– Elipse: trata-se da omissão de um componente textual –</p><p>nominal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse.</p><p>Exemplo:</p><p>“Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que</p><p>proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica</p><p>ciente de que o locutor está procurando por Ana.</p><p>– Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as orações.</p><p>Exemplo:</p><p>“Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente</p><p>aconteceu.” Conjunção concessiva.</p><p>– Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem</p><p>parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido</p><p>aproximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos,</p><p>entre outros.</p><p>Exemplo:</p><p>“Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está</p><p>dando conta da demanda populacional.”</p><p>— Coerência Textual</p><p>A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto</p><p>que se origina da sua argumentação – consequência decorrente</p><p>dos saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto</p><p>redundante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não</p><p>apresentam conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência</p><p>prejudica a fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer</p><p>que a falta de coerência não consiste apenas na ignorância por parte</p><p>dos interlocutores com relação a um determinado assunto, mas da</p><p>emissão de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>“A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo</p><p>até o momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um</p><p>inacabado.</p><p>“Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos não</p><p>consomem produtos de origem animal.</p><p>Princípios Básicos da Coerência</p><p>– Relevância: as ideias têm que estar relacionadas.</p><p>– Não Contradição: as ideias não podem se contradizer.</p><p>– Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes.</p><p>Fatores de Coerência</p><p>– As inferências: se partimos do pressuposto que os</p><p>interlocutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências</p><p>podem simplificar as informações.</p><p>Exemplo:</p><p>“Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que</p><p>voltagem da lavadora é 220w”.</p><p>Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de</p><p>que existe um local adequado para ligar determinado aparelho.</p><p>– O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem</p><p>de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nossa</p><p>memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts</p><p>(roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo</p><p>com um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de</p><p>funcionamento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã,</p><p>sair para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc.</p><p>Exemplo:</p><p>“Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!”</p><p>O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na</p><p>frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os</p><p>chamados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e</p><p>nada têm a ver com o Natal.</p><p>SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E EXPRESSÕES;</p><p>DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO; SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS,</p><p>POLISSEMIA, HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS;</p><p>Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo</p><p>da semântica, a área da gramática que se dedica ao sentido das</p><p>palavras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas.</p><p>Denotação e conotação</p><p>Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das</p><p>palavras, enquanto a conotação diz respeito ao sentido figurado das</p><p>palavras. Exemplos:</p><p>“O gato é um animal doméstico.”</p><p>“Meu vizinho é um gato.”</p><p>No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro</p><p>sentido, indicando uma espécie real de animal. Na segunda frase, a</p><p>palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma</p><p>de dizer que ele é tão bonito quanto o bichano.</p><p>1414</p><p>Hiperonímia e hiponímia</p><p>Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo,</p><p>palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um</p><p>hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito.</p><p>Exemplos:</p><p>– Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia.</p><p>– Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho.</p><p>Polissemia e monossemia</p><p>A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra</p><p>apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com o</p><p>contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas</p><p>palavras apresentam apenas um significado. Exemplos:</p><p>– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma</p><p>ou um órgão do corpo, dependendo do contexto em que é inserida.</p><p>– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não</p><p>tem outro significado, por isso é uma palavra monossêmica.</p><p>Sinonímia e antonímia</p><p>A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem</p><p>semelhantes em significado. Já antonímia se refere aos significados</p><p>opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras</p><p>expressam proximidade e contrariedade.</p><p>Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido =</p><p>veloz.</p><p>Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x</p><p>atrasado.</p><p>Homonímia e paronímia</p><p>A homonímia diz respeito à propriedade das palavras</p><p>apresentarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas distinção de</p><p>sentido (palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas</p><p>distinção gráfica e de sentido (palavras homófonas) semelhanças</p><p>gráficas, mas distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas).</p><p>A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de</p><p>forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. Veja</p><p>os exemplos:</p><p>– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo</p><p>caminhar); morro (monte) e morro (verbo morrer).</p><p>– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar</p><p>(definir o preço); arrochar (apertar com força) e arroxar (tornar</p><p>roxo).</p><p>– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar);</p><p>boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro (pranto) e choro (verbo</p><p>chorar) .</p><p>– Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e</p><p>apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e cumprimento</p><p>(saudação).</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM.</p><p>As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para</p><p>valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re-</p><p>curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências</p><p>comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor-</p><p>nando-o poético.</p><p>As figuras de linguagem classificam-se em</p><p>– figuras de palavra;</p><p>– figuras de pensamento;</p><p>– figuras de construção ou sintaxe.</p><p>Figuras de palavra</p><p>Emprego de um termo com sentido diferente daquele conven-</p><p>cionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais ex-</p><p>pressivo na comunicação.</p><p>Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co-</p><p>nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente</p><p>vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.</p><p>Exemplos</p><p>...a vida é cigana</p><p>É caravana</p><p>É pedra de gelo ao sol.</p><p>(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença)</p><p>Encarnado e azul são as cores do meu desejo.</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Comparação:</p><p>aproxima dois elementos que se identificam,</p><p>ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal</p><p>como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com-</p><p>paração: parecer, assemelhar-se e outros.</p><p>Exemplo</p><p>Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando</p><p>você entrou em mim como um sol no quintal.</p><p>(Belchior)</p><p>Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o</p><p>qual não existe uma designação apropriada.</p><p>Exemplos</p><p>– folha de papel</p><p>– braço de poltrona</p><p>– céu da boca</p><p>– pé da montanha</p><p>Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen-</p><p>tidos físicos.</p><p>Exemplo</p><p>Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva)</p><p>mecânica.</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste-</p><p>sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen-</p><p>ça gelada”.</p><p>Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade,</p><p>atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o.</p><p>Exemplos</p><p>O filósofo de Genebra (= Calvino).</p><p>O águia de Haia (= Rui Barbosa).</p><p>Língua Portuguesa</p><p>6</p><p>13</p><p>Referência</p><p>– Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos.</p><p>Exemplo:</p><p>«Ana e Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de</p><p>departamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica</p><p>(retoma termo já mencionado).</p><p>– Comparativa: emprego de comparações com base em</p><p>semelhanças.</p><p>Exemplo:</p><p>“Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência</p><p>comparativa endofórica.</p><p>– Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes</p><p>demonstrativos.</p><p>Exemplo:</p><p>“Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.”</p><p>Temos uma referência demonstrativa catafórica.</p><p>– Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja</p><p>nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido.</p><p>Analise o exemplo:</p><p>“Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.”</p><p>Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é</p><p>evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao</p><p>texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o</p><p>pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar</p><p>quaisquer informações ao texto.</p><p>– Elipse: trata-se da omissão de um componente textual –</p><p>nominal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse.</p><p>Exemplo:</p><p>“Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que</p><p>proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica</p><p>ciente de que o locutor está procurando por Ana.</p><p>– Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as orações.</p><p>Exemplo:</p><p>“Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente</p><p>aconteceu.” Conjunção concessiva.</p><p>– Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem</p><p>parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido</p><p>aproximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos,</p><p>entre outros.</p><p>Exemplo:</p><p>“Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está</p><p>dando conta da demanda populacional.”</p><p>— Coerência Textual</p><p>A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto</p><p>que se origina da sua argumentação – consequência decorrente</p><p>dos saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto</p><p>redundante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não</p><p>apresentam conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência</p><p>prejudica a fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer</p><p>que a falta de coerência não consiste apenas na ignorância por parte</p><p>dos interlocutores com relação a um determinado assunto, mas da</p><p>emissão de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>“A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo</p><p>até o momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um</p><p>inacabado.</p><p>“Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos não</p><p>consomem produtos de origem animal.</p><p>Princípios Básicos da Coerência</p><p>– Relevância: as ideias têm que estar relacionadas.</p><p>– Não Contradição: as ideias não podem se contradizer.</p><p>– Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes.</p><p>Fatores de Coerência</p><p>– As inferências: se partimos do pressuposto que os</p><p>interlocutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências</p><p>podem simplificar as informações.</p><p>Exemplo:</p><p>“Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que</p><p>voltagem da lavadora é 220w”.</p><p>Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de</p><p>que existe um local adequado para ligar determinado aparelho.</p><p>– O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem</p><p>de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nossa</p><p>memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts</p><p>(roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo</p><p>com um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de</p><p>funcionamento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã,</p><p>sair para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc.</p><p>Exemplo:</p><p>“Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!”</p><p>O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na</p><p>frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os</p><p>chamados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e</p><p>nada têm a ver com o Natal.</p><p>SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E EXPRESSÕES;</p><p>DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO; SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS,</p><p>POLISSEMIA, HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS;</p><p>Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo</p><p>da semântica, a área da gramática que se dedica ao sentido das</p><p>palavras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas.</p><p>Denotação e conotação</p><p>Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das</p><p>palavras, enquanto a conotação diz respeito ao sentido figurado das</p><p>palavras. Exemplos:</p><p>“O gato é um animal doméstico.”</p><p>“Meu vizinho é um gato.”</p><p>No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro</p><p>sentido, indicando uma espécie real de animal. Na segunda frase, a</p><p>palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma</p><p>de dizer que ele é tão bonito quanto o bichano.</p><p>1414</p><p>Hiperonímia e hiponímia</p><p>Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo,</p><p>palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um</p><p>hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito.</p><p>Exemplos:</p><p>– Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia.</p><p>– Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho.</p><p>Polissemia e monossemia</p><p>A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra</p><p>apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com o</p><p>contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas</p><p>palavras apresentam apenas um significado. Exemplos:</p><p>– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma</p><p>ou um órgão do corpo, dependendo do contexto em que é inserida.</p><p>– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não</p><p>tem outro significado, por isso é uma palavra monossêmica.</p><p>Sinonímia e antonímia</p><p>A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem</p><p>semelhantes em significado. Já antonímia se refere aos significados</p><p>opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras</p><p>expressam proximidade e contrariedade.</p><p>Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido =</p><p>veloz.</p><p>Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x</p><p>atrasado.</p><p>Homonímia e paronímia</p><p>A homonímia diz respeito à propriedade das palavras</p><p>apresentarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas distinção de</p><p>sentido (palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas</p><p>distinção gráfica e de sentido (palavras homófonas) semelhanças</p><p>gráficas, mas distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas).</p><p>A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de</p><p>forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. Veja</p><p>os exemplos:</p><p>– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo</p><p>caminhar); morro (monte) e morro (verbo morrer).</p><p>– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar</p><p>(definir o preço); arrochar (apertar com força) e arroxar (tornar</p><p>roxo).</p><p>– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar);</p><p>boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro (pranto) e choro (verbo</p><p>chorar) .</p>