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Morfologia da Língua Portuguesa: Estudo de Neologismos e Relação com Outras Áreas da Linguística

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MORFOLOGIA DA LÍNGUA 
PORTUGUESA
2021
3ª edição
Rosangela Marçolla
GABARITO DAS 
AUTOATIVIDADES
2
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
TÓPICO 1
1 (ENADE, 2010) Para preservar a língua, é preciso o cuidado 
de falar de acordo com a norma padrão. Uma dica para o bom 
desempenho linguístico é seguir o modelo de escrita dos clássicos. 
Isso não significa negar o papel da gramática normativa; trata-se 
apenas de ilustrar o modelo dado por ela. A escola é um lugar 
privilegiado de limpeza dos vícios de fala, pois oferece inúmeros 
recursos para o domínio da norma padrão e consequente 
distância da não-padrão. Esse domínio é o que levará o sujeito 
a desempenhar competentemente as práticas sociais; trata-se do 
legado mais importante da humanidade.
PORQUE
 A linguagem dá ao homem uma possibilidade de criar mundos, 
de criar realidades, de evocar realidades não presentes. E a 
língua é uma forma particular dessa faculdade [a linguagem] de 
criar mundos. A língua, nesse sentido, é a concretização de uma 
experiência histórica. Ela está radicalmente presa à sociedade.
XAVIER, A. C.; CORTEZ, S. (Orgs.). Conversas com Linguistas: virtudes e controvérsias 
da Linguística. Rio de Janeiro: Parábola Editorial, 2005, p. 72-73 (com adaptações).
Analisando a relação proposta entre as duas asserções acima, 
assinale a opção correta:
a) ( ) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é 
uma justificativa correta da primeira.
b) ( ) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda 
não é uma justificativa correta da primeira.
c) ( ) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda 
é uma proposição falsa.
d) (X) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é 
uma proposição verdadeira.
e) ( ) As duas asserções são proposições falsas.
UNIDADE 1
3
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
2 Leia o trecho a seguir:
[...] Mas D. Pequitibota bancava milionários trens de vida ante a 
crise começada para fazendeiros comprometidos [...] Enquanto nos 
casarões ramazevedos das avenidas, despeitadas solitárias metiam 
ronca nas de morfino viver que parisiavam aventuras com velhos 
meninos domésticos e outros. [...]
ANDRADE, O. Memórias Sentimentais de João Miramar, 2001
O autor utilizou a palavra “parisiavam” no texto. Essa palavra 
corresponde a um(a):
a) ( ) Estrangeirismo: uso de termos emprestados de outra língua 
para designar termos que não existem na nossa própria língua, 
como exemplo: parisiar.
b) (X) Neologismo: criação de termos novos na língua, usando o 
verbo “parisiar”, que deriva do nome próprio “Paris”, para 
dar a ideia desse cenário rico e luxuoso.
c) ( ) Gíria: uma forma de colocar termos falados em uma 
comunidade para o entendimento da mensagem, como no 
caso de “parisiar”.
d) ( ) Regionalismo: uso de termos próprios de uma região 
geográfica, como por exemplo “parisiar”, utilizados apenas 
por essa população determinada. 
e) ( ) Termo técnico: uso de palavras definidas por determinada 
área específica de conhecimento, como exemplo: “parisiar”.
3 Nos estudos da linguagem, a morfologia destaca-se como uma 
das áreas da linguística que se detém mais especificamente sobre 
o estudo da forma das palavras. A partir dessa reflexão, é correto 
afirmar que:
a) ( ) Embora seja um campo de estudos da linguística, a morfologia 
prescinde de qualquer relação com outras áreas da linguagem.
b) ( ) Tendo sua origem etimológica no verbete grego "morphe", 
tal fato confere à morfologia um viés filosófico que a torna 
autônoma em relação aos outros estudos gramaticais.
4
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
c) ( ) Por ser uma área da linguística, a morfologia deve se 
relacionar com a dinâmica da própria língua que se modifica 
continuamente, embora jamais se modifiquem as estruturas 
das palavras.
d) (X) Ao refletir sobre as estruturas das palavras, os estudos de 
morfologia devem observar as modificações da linguagem 
relacionando a dinâmica das estruturas das palavras com 
outras áreas da linguística, como a sintaxe, a semântica e a 
fonologia.
4 (ENADE, 2017)
Esteticar (Estética do Plágio)
Tom Zé
Pense que eu sou um caboclo tolo boboca
Um tipo de mico cabeça-oca
Raquítico típico jeca-tatu
Um mero número zero um zé à esquerda
Pateta patético lesma lerda
Autômato pato panaca jacu
Penso dispenso a mula da sua ótica
Ora vá me lamber tradução interssemiótica
Se segura milord aí que o mulato baião
(tá se blacktaiando)
Smoka-se todo na estética do arrastão
[...]
Com base no trecho da letra da música, faça o que se pede nos itens 
a seguir.
a) Explique a formação dos neologismos “esteticar¨, ¨blacktaiando¨ 
e ¨smoka-se¨.
5
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
R.: Trata-se de estrangeirismo utilizado como forma de comunicação 
atual, pois os termos em inglês são conhecidos pelas pessoas 
também aqui do nosso país.
b) Explique o modo como a formação dos neologismos contribui 
para a construção de sentidos na letra da música. 
R.: Discute, por meio da letra da música, a questão do cidadão 
marginalizado da sociedade, aquele que não participa do 
mundo moderno, e, ainda, mostra a questão cultural popular 
menosprezada.
5 Leia o texto a seguir, explique a evolução dos estudos de 
Morfologia, a partir dos estudos do estruturalismo em face das 
novas abordagens sobre a morfologia gerativa.
“No início do século XX, surge uma nova corrente linguística – o 
estruturalismo. As bases sistemáticas e objetivas dessa nova corrente 
foram fornecidas por Saussure (1916), que rejeita a precedência da 
língua escrita sobre a língua falada e a relação língua/pensamento, 
distingue a gramática normativa da gramática descritiva e assume 
a primazia da Linguística sincrônica sobre a diacrônica. Apesar da 
ampla aceitação desses princípios defendidos no âmbito da obra 
saussuriana, surgem várias escolas estruturalistas (ou, como tem 
sido referido na literatura mais recente, vários estruturalismos), 
entre as quais se destaca o descritivismo americano – a escola 
contra a qual surge, então, na década de 50, a Gramática Gerativa” 
(NICOLAU; LEE, 2004, p. 122-123).
Sugestão de resposta: 
 
 Uma das preocupações fundamentais dos estruturalistas – 
a explicação dos termos por meio da Fonologia – torna-se 
problemática, pois a sequência da fala é constituída da conexão de 
vogais e consoantes e, para ser entendida, requer mais do que o 
conhecimento das unidades fonológicas, ou seja, exige informações 
gramaticais que são elementos constituintes mais altos do que 
os fonemas. E o modelo-padrão da Gramática Gerativa trata a 
6
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
maior parte da morfologia relacionada à ligação dos morfemas 
no componente fonológico e inclui a Hipótese Transformacional, 
segundo a qual os elementos derivados e/ou flexionados resultam de 
transformação, de modo que não reserva um lugar específico para a 
formação de palavras – nesse modelo, tanto a flexão (concordância 
verbal e nominal) quanto a derivação são entendidos, portanto, 
como processos da Sintaxe (Adaptado de NICOLAU; LEE, 2004).
TÓPICO 2
1 A morfologia, antes de se debruçar sobre o estudo das dez classes 
gramaticais, dedica-se sobretudo ao estudo das menores unidades 
de sentido, que vão gerar as palavras e as classes gramaticais. A 
partir dessa reflexão, é correto afirmar que:
a) ( ) Para a morfologia, a menor unidade de sentido é a palavra, 
visto que as frases são compostas pelo agrupamento de 
diversas palavras.
b) (X) Para a morfologia, a menor unidade de sentido é o morfema, 
que constitui a estrutura de todas as palavras.
c) ( ) Para a morfologia, as menores unidades de sentido são o 
substantivo e o verbo, em torno dos quais gravitam as outras 
classes gramaticais.
d) ( ) Para a morfologia, a menor unidade de sentido é o poema, que 
constitui a estrutura de todas as palavras literárias.
2 Quanto à estrutura mórfica, indicando as afirmações que se 
relacionam ao verbo desdobrar, assinale a alternativa CORRETA: 
I- Desdobravam decompõe em:
 des + dobr +a + va + m.
7
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
II- Esses elementos mórficos são:
 prefixo + radical + vogal temática + desinência modo-temporal + 
desinência número-pessoal.
III- É, pois, um verbo da primeira conjugação, flexionado no 
pretérito imperfeito do indicativo, terceira pessoa do plural.
a) ( ) Estão corretas I e II.
b) ( ) Estão corretas II e III.
c) ( ) Estão corretas I e III.
d) (X) Todas estão corretas.
3 A alternativa que apresenta os elementos mórficos, destacados na 
palavra, com correção gramatical, é:
a) ( ) pareciam: parec-: radical; -ia: vogal temática; parecia-: tema; 
-m: desinência modo-temporal.
b) (X) sopravam: sopr-: radical; -a: vogal temática; sopra-: tema; 
-va-: desinência modo-temporal; -m: desinência número-
pessoal.
c) ( ) mergulhando: mergulha-: radical; -n-: consoante de ligação; 
-do: desinência modo-temporal.
d) ( ) caía: caí-: radical; -a: vogal temática; caía: tema.
e) ( ) estava: est-: radical; -a: vogal de ligação; -va: desinência modo-
temporal.
 
4 Há elementos da Morfologia da língua portuguesa que estudamos 
para o conhecimento e a compreensão das palavras. Defina esses 
termos:
Radical: Radical é o elemento comum a todos os vocábulos, 
permanecendo igual sempre.
Afixos: Afixos são os elementos que se juntam ao radical, 
transformando-o e formando assim novas unidades significativas: 
prefixo ou sufixo.
8
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
Vogal temática: Vogal temática é representada por um morfema que 
se junta ao radical no intuito de formar uma base à qual se ligam as 
desinências.
Vogais e consoantes de ligação (infixos): Vogais e consoantes de liga-
ção (infixos) são elementos que facilitam a pronúncia das palavras ao 
serem inseridas na função de ligação. A sua presença nestes vocábu-
los se dá por necessidade fonética.
 
5 Observe os versos de Cecília Meireles (1986) e indique as formas livres, 
formas presas e dependentes, lembrando que entendemos por forma 
livre: morfema que, por si só, pode constituir uma palavra; forma presa: 
morfema que, por si só, não pode constituir uma palavra, sendo apenas 
um constituinte de palavra e forma dependente: forma não autônoma 
cujo significante se associa a outras formas dependentes ou livres.
“Eu vi a rosa do deserto 
Ainda de estrelas orvalhada
Era a alvorada”
Sugestão de resposta: 
 Os vocábulos: eu, vi, deserto, ainda, estrelas, orvalhada, era e alvorada 
são exemplos de formas livres. 
 Os artigos a, o e a preposição de são formas dependentes. 
 As vogais temáticas –a (rosa, alvorada) e –o (deserto); o sufixo –ada 
(orvalhada) são formas presas.
TÓPICO 3
1 (ENADE, 2011) Quero pedir permissão à língua portuguesa para 
usar duas palavras que, na verdade, são inexistentes oficialmen-
te, quais sejam: crackudo e vacilão. Crackudo é originário do 
termo crack.
9
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
 A palavra foi recentemente criada para identificar o indivíduo 
que é usuário dessa droga, ou seja, crackudo nada mais é do que 
o consumidor do crack. Quanto a vacilão, tal palavra é originada 
do verbo vacilar, que significa não estar firme, cambalear, 
enfraquecer, oscilar. Vacilão, na linguagem popular, nada mais é 
do que o indivíduo que não mede as consequências dos seus atos 
e sempre ingressa em algo que não é bom para si e que só lhe traz 
malefícios ou aborrecimentos. E, em assim sendo, o crackudo é 
um vacilão!
FONTE: <www2.forumseguranca.org.br/node/22783>. Acesso em: 12 ago. 2011. 
 O sufixo [-ão] opera como uma desinência formadora de 
aumentativos, superlativos e agentivos em português, como 
indicado no exemplo apresentado no texto acima. Tem-se, também, 
o sufixo [-udo], que indica grande quantidade de X; em seu uso 
mais típico, X é igual à parte aumentada (orelhudo, narigudo, 
beiçudo, barrigudo etc). Considerando essas informações e o texto 
acima, conclui-se que o vocábulo “vacilão” possui um sufixo:
a) ( ) Agentivo, como o que se observa em “caminhão”, e que, 
no caso do sufixo [-udo] em “crackudo”, ocorre a mesma 
motivação semântica existente em “beiçudo”.
b) ( ) Agentivo, como o que se observa em “mijão”, e que o 
sufixo [-udo] em “crackudo” apresenta a mesma motivação 
semântica existente em “orelhudo” e “narigudo”.
c) (X) Agentivo, assim como o vocábulo “resmungão”, e que o uso 
do sufixo [-udo] em “crackudo” resulta em uma formação 
vocabular incomum na língua portuguesa.
d) ( ) Aumentativo, como o que se observa em “macarrão”, e que, 
no caso do sufixo [-udo] em “crackudo”, se observa a mesma 
motivação semântica existente nos vocábulos “orelhudo” e 
“sisudo”.
e) ( ) Aumentativo, como o observado em “panelão”, e que, no caso 
do sufixo [-udo] em “crackudo”, se observa uma construção 
incomum na língua portuguesa, dada a produtividade baixa 
do referido sufixo.
10
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
2 Indique as mudanças ocorridas nas classes gramaticais das 
palavras destacadas formadas por derivação imprópria.
I. O conceito de belo é objeto de estudo da história da arte. 
II. O Museu de Paris é muito belo. 
III. O jantar de ontem estava ótimo. 
IV. Quero jantar em um restaurante italiano. 
V. Mário é o mais alto dos alunos. 
VI. Minha vizinha falava muito alto. 
a) ( ) I e II: adjetivo e substantivo; III e IV: substantivo e verbo; V e 
VI: adjetivo e advérbio.
b) ( ) I e II: substantivo e adjetivo; III e IV: verbo e substantivo; V e 
VI: adjetivo e advérbio.
c) ( ) I e II: substantivo e adjetivo; III e IV: verbo e substantivo; V e 
VI: advérbio e adjetivo.
d) ( ) I e II: adjetivo e substantivo; III e IV: verbo e substantivo; V e 
VI: advérbio e adjetivo.
e) (X) I e II: substantivo e adjetivo; III e IV: substantivo e verbo; V 
e VI: adjetivo e advérbio.
3 Indique os processos de formação das palavras destacadas:
“Vou-me embora para Pasárgada”
“Ela tem um quê misterioso” 
Como você conseguiu emagrecer assim tanto? 
Gosto de pular de paraquedas aos sábados. 
Estou muito orgulhoso do meu desempenho acadêmico. 
a) ( ) Derivação sufixal, aglutinação, justaposição, derivação 
imprópria, parassíntese.
b) ( ) Aglutinação, parassíntese, justaposição, derivação sufixal, 
derivação imprópria.
11
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
c) (X) Aglutinação, derivação imprópria, parassíntese, justaposição, 
derivação sufixal.
d) ( ) Derivação imprópria, derivação sufixal, aglutinação, 
justaposição, parassíntese.
e) ( ) Parassíntese, justaposição, derivação sufixal, derivação 
imprópria, aglutinação.
4 Defina os tipos de derivação:
Prefixal: ocorre quando há acréscimo de um prefixo a um radical.
 
Sufixal: ocorre quando há acréscimo de um sufixo a um radical. 
Parassintética: ocorre quando há acréscimo simultâneo, isto é, ao 
mesmo tempo, de um prefixo e de um sufixo a um radical. 
Prefixal e sufixal: ocorre quando há acréscimos não simultaneamente 
de um prefixo e de um sufixo a um radical. 
Regressiva: ocorre quando a palavra surge a partir de uma redução 
(ou regressão).
Imprópria: é o que ocorre com palavras que são homônimos perfeitos, 
ou seja, são escritas e pronunciadas da mesma forma, mas ocupam 
classes gramaticais diferentes.
5 Qual é o processo de formação das palavras: engordar, espairecer, 
desalmado e descamisado.
R.: Parassíntese, pois é caracterizada pela aglutinação de um prefixo 
e um sufixo simultaneamente ao radical da base.
12
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 Observe as frases e assinale a alternativa correta em relação 
à análise morfológica e sintática da palavra doce, quanto à 
classificação e função que exercem:
I. O doce de goiaba está muito bom. (substantivo e sujeito).
II. Este café está muito doce. (adjetivo e predicativo do sujeito).
III. Essa moça é um doce. (substantivo e predicativo do sujeito).
IV. A fruta doce é ótima para digestão. (adjetivo e adjunto adnominal).
a) ( ) I e II erradas.
b) ( ) II e IV erradas.
c) ( ) III correta e IV errada.
d) ( ) I correta e II errada.
e) (X) Todas estão corretas.
2 Leia as frases e assinalea alternativa que aponta o que ocorre 
com os termos sublinhados, no que diz respeito ao sentido que 
expressam e suas respectivas funções.
 Maria chegou rápido, foi direto à reunião e falou macio com todos. 
Foram comemorar em um bar e pediram Skol, “a cerveja que desce 
redondo”.
a) ( ) Adjetivo substantivado.
b) (X) Adjetivo adverbializado.
c) ( ) Substantivo adjetivado.
d) ( ) Advérbio substantivado.
e) ( ) Substantivo adverbializado.
13
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
3 (ENADE – 2011) Nos excertos I e II a seguir, encontram-se algumas 
atividades propostas em livros didáticos de língua portuguesa. 
Excerto I 
Atividade com trecho do poema O operário em construção, de 
Vinícius de Moraes. 
Proposta: 
[...] 
2. Aponte todos os substantivos presentes no texto. 
3. Aponte um substantivo abstrato presente no texto. 
4. Aponte um substantivo concreto presente no texto. 
5. Qual é o único substantivo presente no texto que admite uma forma 
para o masculino e outra para o feminino? 
6. Há, no texto, algum substantivo próprio? Em caso afirmativo, 
aponte-o.
Excerto II 
Atividade com o poema Os dias felizes, de Cecília Meireles. 
Proposta: 
1. Reescreva os versos substituindo as palavras destacadas por suas 
formas plurais. 
a) “A doçura maior da vida/flui na luz do sol” b) “formigas ávidas 
devoram/ a albumina do pássaro frustrado”. 
FONTE: AZEVEDO, D. G. Palavra e criação: língua portuguesa. São Paulo: FTD, 
1996. v. 8, p. 102 (com adaptações). 
As atividades em I e II:
a) ( ) Enfatizam a relação lúdica do leitor com o poema, o que 
permite o aprofundamento da leitura. 
b) (X) Usam os poemas como recurso e pretexto para trabalhar com 
os alunos tópicos de gramática, ignorando aspectos mais 
relevantes. 
c) ( ) São coerentes com os Parâmetros Curriculares Nacionais, prin-
cipalmente por obedecerem ao princípio de que não se formam 
bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos. 
14
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
d) ( ) Exploram o sentido dos poemas, a partir de tópicos de gramá-
tica, o que está em consonância com os Parâmetros Curricu-
lares Nacionais, que propõem, para o ensino fundamental, o 
desenvolvimento das habilidades linguísticas básicas. 
e) ( ) Permitem a aproximação do aluno com a linguagem de po-
ema, atendendo, assim, a um dos objetivos dos Parâmetros 
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o de co-
nhecer e analisar criticamente os usos da língua como veículo 
de valores e preconceitos de classe, credo, gênero ou etnia.
 
4 A palavra “velho” aparece três vezes no texto. Identifique-os 
morfológica (classificação) e sintaticamente (funções), de acordo 
como se expressam no texto a seguir:
 Era um velho que estava na família há noventa e nove anos, há 
mais tempo que os velhos móveis, há mais tempo que o velho 
relógio de pêndulo (Mário Quintana).
R.: Era um velho (substantivo e sujeito) que estava na família há 
noventa e nove anos, há mais tempo que os velhos (adjetivo e 
adjunto adnominal) móveis, há mais tempo que o velho (adjetivo 
e adjunto adnominal) relógio de pêndulo. (Mário Quintana).
5 Explique o que ocorre, morfológica (classificações) e sintatica-
mente (funções), nas frases a seguir em relação aos termos fator 
– inflação – índice – desemprego. Perceba que se trata de substan-
tivos completos e incompletos.
O fator inflação preocupa os brasileiros.
O índice de desemprego aumentou assustadoramente.
R.: Nos dois casos, o substantivo completa o sentido de outro subs-
tantivo. A justificativa é que há substantivos de valor semântico 
incompleto, que apenas servem de base e exigem um complemen-
to para dar sentido, como é o caso de índice, fator etc.
15
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
TÓPICO 2
1 (ENADE 2011) No meio do meu descanso, toca o telefone: “Boa 
tarde, senhor. Aqui é da Mega Plus International, que, por sua 
boa relação como cliente, vai estar disponibilizando, totalmente 
grátis, sem nenhum custo adicional, o Ultra Mega Plus Card, com 
todas as vantagens do programa especial Mega Plus Services. Vai 
estar também oferecendo...” Pronto, já me perdi no gerúndio des-
necessário dela. Respondo: “Obrigado pela oferta, mas não vou 
estar querendo, já tenho outro” “Mas, senhor...”, insiste a aten-
dente, “que vantagens o seu cartão já oferece?” Respondo: “Não 
oferece vantagem nenhuma, mas o que rola entre a gente é uma 
relação sem interesse, é só amor mesmo...sabe aquele não querer 
mais que bem querer de Camões. A atendente de telemarketing 
se despede, mas não sem antes rir do outro lado da linha.
FONTE: Adaptado de <www.sacodefilo.com>. Acesso em: 3 ago. 2011.
Em casos como o do texto citado, o uso do gerúndio constitui mais 
o que a descrição tradicional chamaria de vício de linguagem do 
que propriamente uso incorreto do ponto de vista da norma padrão. 
Dessa forma, esse uso fere mais aspectos estilísticos que estruturais 
da norma. Nessa perspectiva, assinale a opção em que o enunciado 
apresenta o mesmo tipo de inadequação linguística. 
a) (X) O Mário, ele vive dizendo que não gosta de ir ao cinema. 
b) ( ) Você sabe que tenho ainda todas as tuas anotações do caso. 
c) ( ) Eu, naquele momento de susto, se senti confuso e atordoado. 
d) ( ) Pediu para que seje visto o caso com maior atenção possível. 
e) ( ) A vítima do estrupo deu queixas na delegacia de sua cidade.
2 (ENADE 2011) Atendente: Vou passar seu pedido ao gerente. 
Assim que ele dispuser de tempo e poder tratar do seu caso, 
faremos contato com o senhor. Nessa fala:
16
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
a) (X) verifica-se uma regra de variação sintática. 
b) ( ) o atendente demonstra familiaridade com seu interlocutor. 
c) ( ) a alternância no uso da primeira pessoa do singular e da 
primeira do plural deve-se a questão de referência. 
d) ( ) ocorre paralelismo sintático, pois a segunda forma verbal 
subjuntiva sofre influência da anterior no que diz respeito à 
prescrição gramatical. 
e) ( ) constata-se adequação às exigências do estilo monitorado que 
o atendente adquiriu por força de suas tarefas comunicativas.
3 Leia a letra da música com atenção:
Super Homem
Um dia 
Vivi a ilusão de que ser homem bastaria 
Que o mundo masculino tudo me daria 
Do que eu quisesse ter
Que nada 
Minha porção mulher, que até então se resguardara 
É a porção melhor que trago em mim agora 
É que me faz viver
Quem dera 
Pudesse todo homem compreender, oh mãe, quem dera 
Ser o verão o apogeu da primavera 
E só por ela ser
Quem sabe 
O super-homem venha nos restituir a glória 
Mudando como um deus o curso da história 
Por causa da mulher
Na música de Gilberto Gil, o emprego da forma verbal grifada 
denota, considerando-se o contexto:
a) ( ) Ação real, a ser obtida no futuro, em relação a outra, no presente. 
b) ( ) Condição passível de ser realizada, até mesmo no presente. 
17
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
c) ( ) Incerteza da realização de uma ação num futuro próximo. 
d) ( ) Possibilidade futura, que depende de uma condição anterior. 
e) (X) Fato passado em relação a outro, também passado.
4 Às vezes, a forma de particípio funciona como nome (substantivo 
ou adjetivo). Observe como se apresentam as palavras em 
destaque e explique, morfologicamente, cada uma delas.
A criança tem amado sua mãe cada dia mais. 
A pessoa mais amada do mundo é a mãe. 
A amada foi embora de uma vez.
R.: A criança tem amado sua mãe cada dia mais. (VERBO)
 A pessoa mais amada do mundo é a mãe. (ADJETIVO)
 A amada foi embora de uma vez. (SUBSTANTIVO)
 A forma em que se apresenta a palavra amado/amada são 
diferentes. Quando é nome (substantivo ou adjetivo), a palavra 
“amado” é uma forma derivada de amar e apresenta flexão de 
gênero e número: o amado, a amada, os amados, as amadas; 
quando é verbo, não há derivação, mas sim flexão. 
5 Note a conjugação do verbo no subjuntivo da seguinte frase: 
Você quer que eu te ajude nessa resposta?
 Esse modo verbal é comum nas orações coordenadas ou subordi-
nadas. Por quê?
R.:Esse modo verbal aparece nas orações subordinadas, ligadas pelas 
conjunções que, se, quando. 
 O modo subjuntivo serve para enfatizar a ideia de desejo, dúvida, 
probabilidade etc. expressa na oração principal.
18
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
TÓPICO 3
1 A palavra meio pode ter vários sentidos e isso depende do 
contexto em que se apresenta. Assinale a alternativa em que o 
termo destacado tem valor de advérbio. 
a) (X) Achei-o meio triste, com o ar abatido. 
b) ( ) Não há meio mais fácil de estudar. 
c) ( ) Só preciso de meio metro dessa renda. 
d) ( ) Encarou-nos, esboçando um meio sorriso. 
e) ( ) Ela caiu bem no meio do jardim.
2 Leia a frase: “Mais de cem anos depois, graças aos avanços nas 
pesquisas arqueológicas, foram encontradas múmias no Egito”.
 A vírgula que vem depois de “Mais de cem anos depois...” 
justifica-se por que é: 
a) ( ) Um adjunto adverbial intercalado. 
b) (X) Um adjunto adverbial deslocado. 
c) ( ) Uma oração adverbial temporal deslocada. 
d) ( ) Um adjunto adnominal com valor de advérbio e está deslocado. 
e) ( ) Um advérbio em forma de oração e está deslocado.
3 Indique o sentido das palavras ou expressões destacadas em cada 
frase, apesar de sua classificação. A resposta deve apontar para a 
ideia que as palavras grifadas expressam nas frases a seguir:
I. Certamente Maria passará na prova. 
II. Dançar conforme a música. 
III. Possivelmente, ele nos encontrará amanhã. 
IV. Só andamos a pé. 
a) (X) afirmação, conformidade, dúvida, meio.
b) ( ) certeza, modo, dúvida, exclusão.
c) ( ) modo, afirmação, modo, instrumento.
d) ( ) afirmação, tempo, lugar, modo.
e) ( ) modo, modo, tempo, conformidade.
19
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
4 Na frase: “O músico toca seu instrumento incessantemente”, 
qual seria a classificação correta do advérbio incessantemente? 
Justifique sua resposta.
R.: O advérbio incessantemente dá a ideia de tempo (qual a duração 
da ação de tocar?) e também de modo (como ele toca o instrumen-
to?) Portanto, depende da mensagem que o emissor quer expres-
sar, o advérbio assume sua função no texto.
5 Explique: “Estudar a classe dos advérbios é, segundo Bagno 
(2012), um território visado por processos de gramaticalização 
pela amplitude de seu campo semântico, que seria o mais amplo 
que existe”.
Sugestão de resposta:
 Gramatização é um processo linguístico, que ocorre com a mudança 
de termos dentro de uma frase, podendo ser mudança de posição 
gramatical ou de categoria sintática. O advérbio se enquadra nesse 
processo, pois apresenta sentidos diferentes em cada contexto, 
dificultando a sua classificação em um só tipo e, além disso, 
empresta palavras para dar sentido ao adjetivo, ao verbo ao a ele 
próprio, como nesse caso: O menino fala alto e o menino é alto.
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 Em qual das frases a seguir o artigo está substantivando uma 
palavra, em função do sentido dessas palavras consideradas 
nominais?
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MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
a) ( ) Joana não se sentou à mesa.
b) ( ) A saída do cinema está fechada.
c) ( ) A viagem foi adiada por causa da pandemia.
d) (X) Eu quero entender o porquê da queda dos juros bancários.
e) ( ) Luiz chorou com a morte da amiga porque a queria muito. 
2 Leia o poema de Clarice Lispector:
Abro o jogo!
Só não conto os fatos de minha vida:
sou secreta por natureza.
Há verdades que nem a Deus eu
contei. E nem a mim mesma. Sou
um segredo fechado a sete chaves.
Por favor me poupem.
No poema há palavras com o sentido de artigo definido, em qual 
das frases abaixo é possível reconhecê-lo?
I- No verso “Há verdades que nem a Deus eu contei...” 
II- No verso “Sou um segredo fechado a sete chaves...” 
III- No verso “Só conto os fatos de minha vida...” 
IV- No verso “E nem a mim mesma”
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) As sentenças III e IV estão corretas.
c) ( ) As sentenças I e IV estão corretas.
d) (X) As sentenças II e III estão corretas.
e) ( ) Todas as sentenças estão corretas.
3 De acordo com o sentido, o numeral que se apresenta no lugar de 
um substantivo, pode exercer a função sintática de:
a) ( ) Os dois estavam estudando na sala (sujeito).
b) ( ) Encontramos os três na rua (objeto direto). 
21
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
c) ( ) Éramos seis (predicativo do sujeito).
d) ( ) O carro foi empurrado pelos quatro (agente da passiva).
e) (X) Os dois alunos estavam jogando bola na quadra (adjunto 
adnominal).
4 Responda como diferenciar o artigo um e o numeral um em uma 
frase, sendo que graficamente são iguais, mas podem ter sentidos 
e funções diferentes? 
R.: Para saber se um é artigo, coloque após o substantivo que ele 
acompanha a palavra qualquer. Exemplo: Estava andando pela rua 
e encontrei um cachorro.
 Para saber se um é numeral, coloque antes dele somente ou apenas. 
Exemplo: Todos os dias, leio um jornal para saber as notícias do 
mundo.
 Outra dica é substituir um por dois, para verificar se um expressa 
ideia de quantidade. Exemplo: Comprei um tablete de chocolate 
amargo.
5 Leia os exemplos a seguir e justifique a diferença que entre as 
frases: uma frase com a presença do artigo definido e a outra com 
a ausência do artigo.
Toda a escola estava arrumada para receber os alunos.
Toda escola deveria estar arrumada e preparada para receber os 
alunos.
R.: Após o pronome indefinido “todo”, recomenda-se o uso do artigo 
quando a ideia se referir à totalidade, no entanto, sem o uso dele o 
pronome passa a assumir a noção de “qualquer”.
22
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
TÓPICO 2
1 (ENADE – 2011) Comecei a fazer um tratamento com um 
medicamento muito forte à base de corticoide. Para quem nunca 
tomou medicamento mais forte que uma Aspirina ou um Tilenol, 
vocês podem imaginar como foi difícil para mim tomar esta 
medida. 
Considerando o texto apresentado e as restrições naturais ao 
emprego do pronome oblíquo “mim” em português, avalie as 
asserções que se seguem. 
Neste texto, o pronome oblíquo está colocado antes do verbo e 
empregado de acordo com a norma culta. 
PORQUE
O fato de o pronome “mim” estar em posição imediatamente anterior 
ao verbo não indica, necessariamente, que ele seja o seu sujeito da 
oração, como ocorre no texto apresentado. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção CORRETA:
a) (X) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda 
é uma justificativa correta da primeira. 
b) ( ) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda 
não é uma justificativa correta da primeira. 
c) ( ) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, 
uma proposição falsa. 
d) ( ) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma 
proposição verdadeira. 
e) ( ) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições 
falsas.
FONTE: <https://editora.pucrs.br/edipucrs/acessolivre/Ebooks//Pdf/978-85-397-
0301-2.pdf>. Acesso em: 10 set. 2021.
23
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
2 (ENADE – 2011) Alguns estudos sobre fenômenos de mudança 
no Português brasileiro mostram que a forma “a gente” se 
originou de um substantivo, “gente”, que, ao assumir, em certos 
contextos discursivos, determinados valores, passou a fazer parte 
de outra classe, a dos pronomes. Trata-se, pois, de um caso de 
gramaticalização, que, grosso modo, ocorre quando um item 
lexical se torna um item gramatical, ou quando itens gramaticais 
se tornam ainda mais gramaticais. Um desses estudos indica 
que, ao longo do tempo, o substantivo “gente” foi perdendo a 
especificação de número e de certas propriedades sintáticas e 
ganhando traços de pronome. 
Considere dois grupos de exemplos relativos aos traços de número 
e ao arranjo sintático. 
Grupo A 
1a. Quem viu o mundo como eu vi viu as gentes como eram. 
2a. E sua gente foi com ele. 
3a. Esta gente anda não se sabe para onde. 
4a. Todas as gentes da aldeia ficaram arrasadas. 
Grupo B 
1b. E hoje a gente mora junto, por assim dizer. 
2b. A gente pegou a estrada.3b. A gente vai mudar as nossas coisas para outro lugar. 
4b. O que a gente comia muito lá é sanduíche e sopa. 
Considerando o texto e os grupos de exemplos apresentados, 
assinale a opção CORRETA:
a) ( ) Quanto à flexão de número, os exemplos do grupo A não 
apresentam, com nitidez, a distinção pertinente a esse traço. 
b) (X) Quanto à flexão de número, os dados do grupo B não trazem 
casos de “gente” flexionados. 
c) ( ) Quanto ao arranjo sintático, nos exemplos do grupo A, a expressão 
“gente” ocorre sem modificadores, característica dos pronomes.
d) ( ) Quanto ao arranjo sintático, nos exemplos do grupo B, “a 
gente” ocorre com diferentes modificadores, o que indica seu 
caráter de substantivo comum. 
24
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
e) ( ) De acordo com as informações do texto, a ordem diacrônica 
do português deve ser evolução da gramática do grupo B para 
a do grupo A.
FONTE: <https://editora.pucrs.br/edipucrs/acessolivre/Ebooks//Pdf/978-85-397-
0301-2.pdf>. Acesso em: 10 set. 2021.
3 Observe a frase “Vi-o, assim chorando e gritando de dor”. O 
termo (o) destacado nessa frase pode ser classificado, morfológica 
e sintaticamente, como:
a) (X) Artigo e adjunto adnominal.
b) ( ) Artigo e objeto direto.
c) ( ) Pronome oblíquo e objeto direto.
d) ( ) Pronome oblíquo e adjunto adnominal.
e) ( ) Pronome oblíquo e objeto indireto.
4 Na frase “Ninguém gosta de frio intenso, nem mesmo os que têm 
bons agasalhos consideram tal situação confortável”, como se 
classificam, morfologicamente, os termos em destaque? Observe 
o sentido que expressam na frase.
R.: Ninguém = pronome indefinido 
 Mesmo = pronome demonstrativo 
 Que = pronome relativo 
 Tal = pronome demonstrativo
5 Observe as frases a seguir e explique a presença dos pronomes 
substantivos e dos pronomes adjetivos em destaque.
a) Minha amiga estuda matemática todos os dias.
b) Comprei o sítio, mas ainda não o visitei.
Resposta:
25
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
a) Minha namorada estuda Letras. 
 Os pronomes adjetivos acompanham e atribuem características ao 
substantivo. 
 (O pronome adjetivo minha qualifica o substantivo comum 
namorada).
b) Comprei o sítio, mas ainda não o visitei.
 Os pronomes substantivos substituem o substantivo numa frase.
 (O “o” é um pronome substantivo, pois substitui o substantivo 
sítio).
TÓPICO 3
1 (ENADE – 2011)
FONTE: <http://www.laerte.com.br/>. Acesso em: 19 ago. 2011.
A conjunção é um fator indicativo da natureza das relações entre 
orações. Quando se trata de conjunções coordenadas, pode-se, 
então, falar não só de uma classificação sintática, mas de um valor 
semântico subjacente que estabelece o vínculo das orações. 
Dessa forma, é correto afirmar que a conjunção coordenativa 
presente no quadrinho:
 
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MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
a) ( ) funciona com valor de explicação e justifica o sentido tanto da 
primeira quanto da segunda oração. 
b) ( ) tem valor semântico de soma, pois agrega duas orações sem 
estabelecer relações semânticas entre elas. 
c) (X) funciona com valor adversativo nas ideias expressas na 
sentença e poderia ser substituída por uma conjunção dessa 
natureza. 
d) ( ) funciona com valor expletivo e pode ser extraída das sentenças 
sem alteração no modo de conexão sintática e semântica do 
período. 
e) ( ) funciona como elo conclusivo entre as ideias contidas 
nas orações e expressa a conclusão a que chegou um dos 
personagens do quadrinho.
2 Consideram-se as conjunções coordenativas e subordinativas 
como conectivos que dão sentido à mensagem. Analise as 
conjunções das orações a seguir e assinale a alternativa CORRETA:
I- A chuva foi forte, mas não alagou a rua.
II- Ele estudou muito e foi mal na prova.
a) ( ) I e II têm sentido de adição.
b) ( ) I tem sentido de adversidade e II de adição.
c) ( ) I tem sentido de adição e II de adversidade.
d) (X) I e II têm sentido de adversidade.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.
3 As interjeições dão o sentido da frase por meio de palavras ou 
expressões. Na música de Paulino da Viola, encontram-se alguns 
desses sentimentos:
Sinal fechado
- Olá! Como vai?
- Eu vou indo. E você, tudo bem?
27
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
- Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro… E 
você?
- Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo… Quem 
sabe?
- Quanto tempo!
- Pois é, quanto tempo!
- Me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios!
- Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
- Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
- Pra semana, prometo, talvez nos vejamos… Quem sabe?
- Quanto tempo!
- Pois é… Quanto tempo!
- Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas...
- Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
- Por favor, telefone! Eu preciso beber alguma coisa, rapidamente…
- Pra semana…
- O sinal…
- Eu procuro você…
- Vai abrir, vai abrir…
- Eu prometo, não esqueço, não esqueço…
- Por favor, não esqueça, não esqueça…
- Adeus!
- Adeus!
- Adeus!
Quais sentimentos podemos encontrar na música acima, 
considerando-se as interjeições presentes?
a) ( ) Agradecimento, espanto, saudação, tristeza.
b) (X) Chamamento, espanto, pedido, despedida.
c) ( ) Espanto, tristeza, desculpa, despedida.
d) ( ) Contrariedade, alívio, advertência.
e) ( ) Nenhuma das anteriores.
4 O termo “de” é classificado como preposição e serve para estabe-
lecer relações entre os elementos de um texto. Determine essas 
relações que os pronomes indicam nas frases a seguir:
28
MORFOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
a) João viajou de navio.
b) Clara morreu de tuberculose. 
c) A casa de Maria é confortável.
R.: a) João viajou de navio (relação de meio)
 b) Clara morreu de tuberculose. (relação de causa)
 c) A casa de Maria é confortável. (relação de posse)
5 Analise as duas orações subordinadas a seguir e indique a ideia 
que as conjunções subordinativas expressam em cada uma delas, 
de acordo com o sentido em cada uma delas. 
Desde que se casou não mandou mais notícias. 
Desde que se arrependa do que fez, pode sair de novo. 
R.: Desde que se casou não mandou mais notícias. (ideia de tempo)
 Desde que se arrependa do que fez, pode sair de novo. (ideia de 
condição)

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