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DISTÚRBIOS 
ESTÉTICOS
Caroline de Araujo 
Barroco
Fisiopatologia 
facial: melasma
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer os melanócitos, os melanossomos e a síntese de melanina.
  Descrever a fisiopatologia do melasma.
  Classificar e avaliar os diferentes tipos de melasma.
Introdução
Um acometimento facial bastante comum é o melasma. Ele surge princi-
palmente em mulheres e, por consistir em manchas escurecidas na pele, 
leva à desaprovação estética. O tom hiperpigmentado é gerado pela 
grande produção e pelo depósito concentrado de melanina no local. Esse 
pigmento é produzido pelas células chamadas melanócitos. O fator mais 
associado ao grande volume de melanina que forma o melasma são os 
raios ultravioleta. Percebe-se que o uso de fotoprotetor é indispensável, 
sendo esse produto o protagonista da prevenção do melasma e um 
aliado para os cuidados continuados com a pele.
Neste capítulo, você vai estudar as células envolvidas no processo 
de formação da melanina, os detalhes da fisiopatologia do melasma e 
suas classificações.
A pele e a produção de melanina
A pele é constituída por duas camadas, chamadas epiderme e derme, e sua 
principal função é agir como barreira física, evitando a entrada de elementos 
indesejados no organismo, como os patógenos, e a saída de substâncias vitais, 
como a água. A estrutura da pele varia de acordo com a região do corpo; 
podemos perceber uma clara diferença entre a pele da pálpebra e a pele das 
sobrancelhas, quanto à maciez, à espessura e à produção de pelos. O tecido 
da pele é classifi cado como epitélio estratifi cado pavimentoso queratinizado; 
ele é constituído por células de diferentes tipos (Figura 1): os queratinócitos, 
os melanócitos, as células de Langerhans e as células de Merkel.
Os queratinócitos são a grande maioria da população celular da pele. Eles 
permanecem em constante descamação e, consequentemente, estão sempre no 
processo de renovação, no qual ocorre a mitose das células da camada basal 
da epiderme. Posteriormente, essas células vão migrando para a superfície, até 
serem descamadas. Os melanócitos são responsáveis pela produção de pigmento, 
conhecido como melanina. As células de Langerhans são parte do sistema fago-
cítico mononuclear; elas capturam e apresentam antígenos, auxiliando o restante 
do sistema imunológico. Seus precursores celulares advêm da medula óssea. 
As células de Merkel estão entre os queratinócitos; elas são neurossecretoras e 
estão associadas a terminações nervosas intraepidérmicas de nervos sensitivos, 
conforme Sampaio e Rivitti (2018) e Belda Junior, Chiacchio e Chiado (2010).
Figura 1. (a) Modelo de corte histológico da pele, em que se destacam os quatro tipos 
celulares; (b) Imagem de microscópio (1.000x) do tecido epitelial, que demonstra a disposição 
dos melanócitos na epiderme.
Fonte: (a) Designua/Shutterstock; (b) Miot et al. (2009).
Queratinócito
morto
Grânulos
lamelares
Células de
Langerhans
Queratinócito
Melanina
Melanócito 
Células
de Merkel
Lâmina
basal
Estrato
córneo
Camada
granulosa
Camada
espinhosa
Camada
basal(a)
(b)
Melanócitos
Os melanoblastos são células presentes no período embrionário, derivadas 
de células da crista neural que originam os melanócitos. Essa diferenciação 
celular tem como características principais o formato da célula, que passa de 
arredondado (melanoblasto) para alongado (melanócito), e a capacidade de 
formação de pigmento — a melanina — que o melanócito adquire. Ele não só 
produz a melanina, como também a distribui para outras células da epiderme, 
por meio dos seus prolongamentos dendríticos, ainda antes do nascimento 
Fisiopatologia facial: melasma2
do indivíduo (Figura 2). Esse tipo celular também está presente em mucosas, 
estruturas oculares, ouvidos e sistema nervoso central.
Em um corte histológico da pele submetido à microscopia de luz, obser-
vam-se os melanócitos entre os queratinócitos basais da epiderme, em uma 
proporção de 1:10; trata-se de células alongadas. A associação desses dois 
tipos celulares é denominada melanócito-queratinócito e consiste em uma 
unidade epidêmico-melânica. Em cada unidade, um melanócito produz e 
distribui melanina para 36 queratinócitos. A exposição de forma repetida à 
luz ultravioleta estimula o aumento da densidade de melanócitos; já o enve-
lhecimento contribui para a perda desse tipo celular — estima-se que a cada 
década, o prejuízo seja de 6% a 8%.
As diversas colorações que a pele pode assumir, de acordo com as raças 
dos indivíduos, não estão vinculadas ao número de melanócitos, mas, sim, à 
morfologia das organelas que participam do processo de síntese da melanina, 
denominadas melanossomos. A variação de cor também está associada à dis-
tribuição dos melanócitos entre os queratinócitos e à quantidade de melanina 
produzida e transferida aos queratinócitos, conforme Soutor e Hordinsky 
(2015) e Belda Junior, Chiacchio e Chiado (2010).
Figura 2. Melanócito.
Fonte: Adaptada de Designua/Shutterstock.com.
Grânulos
de melanina
Dendritos 
Melanossomas 
Aparelho de Golgi
Mitocôndria
Núcleo 
Retículo
endoplasmático
rugoso
3Fisiopatologia facial: melasma
Melanossomos
Os melanossomos são as organelas nas quais a melanina é sintetizada. No 
estágio I de desenvolvimento, elas se apresentam como vacúolos esféricos, 
contendo substância amorfa. Já no estágio II, assumem forma elipsoide, com 
lamelas e fi lamentos. A enzima tirosinase se torna ativa apenas no estágio III, 
quando a síntese de melanina é iniciada nas lamelas. O estágio IV é o último 
— nele, há intensa melanização. O Quadro 1 apresenta as características dos 
estágios do melanossomo.
 
Estágio do melanossomo Descrição de características morfológicas
I Célula esférica, sem pigmento melanina
II Torna-se oval, com grande atividade 
da tirosinase e filamentos paralelos
III Permanece oval, com grande atividade da 
tirosinase e deposição moderada de melanina
IV Permanece oval, com deposição intensa de 
melanina e pequena atividade da tirosinase
 Quadro 1. Estágios dos melanossomos 
Melanossomos maduros podem sofrer transferência para células de outras 
linhagens, como os queratinócitos (Figura 3). Essas organelas apresentam 
tamanho e disposição no tecido diferentes entre caucasoides e indivíduos de 
pele negra. Em caucasianos, os melanossomos são menores e estão agrupados 
(complexados), enquanto, no citoplasma de queratinócitos presentes em peles 
negras, os queratinócitos são ligeiramente maiores e estão dispersos (não 
complexados), conforme Sampaio e Rivitti (2018) e Belda Junior, Chiacchio 
e Chiado (2010).
Fisiopatologia facial: melasma4
Figura 3. Produção e distribuição de melanina na epiderme através das organelas mela-
nossomos que se originam do melanócito.
Fonte: Miot et al. (2009).
Melanina
A melanina é o pigmento endógeno produzido pelos melanócitos, de carac-
terística densa, acastanhada e granulosa. Este é o principal determinante da 
cor expressa na pele. Sua principal função é a proteção do organismo contra 
os raios ultravioleta emitidos pelo sol, que penetram na pele. Isso ocorre 
por meio da sua capacidade de absorver a faixa de radiação ultravioleta do 
espectro luminoso. Ela também age bloqueando radicais livres formados pela 
radiação solar (Figura 4).
No albinismo, não há a enzima tirosinase, ou ela apresenta-se deficiente; assim, a 
produção de melanina torna-se prejudicada. Os indivíduos acometidos sofrem com 
a falta de proteção contra radiações ultravioleta, estando mais susceptíveis ao desen-
volvimento precoce de carcinoma e melanoma.
5Fisiopatologia facial: melasma
Há dois tipos principais de melanina sintetizados em peles de mamíferos: 
a eumelanina (coloração marrom-escuro a negra) e a feomelanina (coloração 
amarela a marrom-avermelhada). A dopaquinona é a substância precursora 
dos dois tipos de melanina; ela é formada a partir da oxidação da l-tirosina 
pela ação da tirosinase. Esseprecursor pode sofrer ciclização, formando 
ciclodopa, originando o dopacromo que, de forma espontânea, torna-se 5,6 
di-hidroxiindol, quando há oxidação; com a polimerização dessas moléculas, 
forma-se a eumelanina. Caso haja cisteína no processo, é formada a cistei-
nildopa, que, quando oxidada com a dopoquinona, origina a feomelanina.
A melanogênese é afetada pela ação hormonal. O estrógeno e a progeste-
rona têm ação melanogênica — são melano-estimulantes — pois induzem a 
síntese de melanina. Esses hormônios aumentam a síntese de tirosinase, por 
inibir a atividade adenil-ciclase. Com uma maior quantidade de tirosinase 
nos melanócitos, a produção de melanina é intensificada, conforme Soutor e 
Hordinsky (2015) e Belda Junior, Chiacchio e Chiado (2010).
Figura 4. Produção e distribuição de melanina pelos melanócitos, agindo como fator 
protetor da pele contra raios solares.
Fonte: Adaptada de CHEN I CHUN/Shutterstock.com.
Fisiopatologia facial: melasma6
Fisiopatologia do melasma
O que é melasma?
O melasma, também chamado de cloasma, é uma condição observada princi-
palmente na face, porém, também pode surgir nos braços, no pescoço e no colo. 
Ele se caracteriza por placas hiperpigmentadas (manchas escurecidas) na pele 
e afeta frequentemente mulheres jovens, com fototipo IV, V e VI, hispânicos e 
asiáticos (Figura 5). A doença pode surgir em qualquer idade, fototipo, etnia e 
sexo, porém, apenas 10% dos casos acometem homens. Melasma é um termo 
derivado do grego melas, que se traduz como “preto”.
Trata-se de uma hipermelanose adquirida que surge em porções da pele que 
são expostas ao sol. A causa do surgimento dessas manchas de pigmentação 
escura não está definida e, na grande maioria dos casos, pode se associar à 
gravidez e ao uso de anticoncepcionais femininos — fatores hormonais —, 
à exposição ao sol e à predisposição genética. O principal agente relacionado 
ao melasma é a exposição aos raios solares. A exibição tanto à luz ultravioleta 
quanto à luz visível pode ser o fator que desencadeia o processo de formação 
da mancha. O profissional mais indicado para avaliar, diagnosticar e tratar 
essa condição é o médico dermatologista, conforme apontam Sampaio e Rivitti 
(2018) e Belda Junior, Chiacchio e Chiado (2010).
Figura 5. (a) Melasma facial localizado na testa; (b) melasma facial localizado na maçã do 
rosto; (c) melasma facial localizado na bochecha e no lábio superior.
Fonte: (a) Sociedade Brasileira de Dermatologia (2017, documento on-line); (b) Dunbar et al. (2016); Wolff, 
Johnson; (c) Saavedra (2014, p. 294).
7Fisiopatologia facial: melasma
Como o melasma é formado?
Mesmo sem uma causa exata conhecida, o melasma é acentuado com a exposi-
ção solar, e seu esmaecimento pode ocorrer quando esse estímulo é suprimido, 
principalmente no inverno. Acredita-se que a exposição da pele à radiação 
solar estimule excessivamente a produção de melanina pelos melanócitos 
hiperfuncionantes, fazendo com que essas células produzam uma quantidade 
exacerbada de melanina; essa substância em excesso pigmenta intensamente 
a pele. Assim, formam-se as manchas escuras irregulares características do 
melasma (Figura 6).
Há fatores genéticos que estão associados à formação do melasma, assim 
como fatores hormonais, principalmente para gestantes e mulheres que fazem 
uso de anticoncepcionais orais e de terapias hormonais, como vimos anterior-
mente. A disfunção da glândula tireoide e alguns cosméticos e medicamentos 
anticonvulsivantes podem ser fatores agravantes dessa condição dermatológica, 
conforme apontam Wolff, Johnson e Saavedra (2015) e Belda Junior, Chiacchio 
e Chiado (2010).
Figura 6. Modelo histopatológico do melasma, mostrando os depósitos de melanina.
Fonte: Meldau (2010, documento on-line).
Fisiopatologia facial: melasma8
Quais são os sintomas apresentados?
Surgem na face lesões escurecidas ou acastanhadas, que podem assumir 
diferentes formatos, com característica irregular e bem defi nida; ao observar 
sua apresentação, geralmente, percebe-se simetria entre os lados. As manchas 
podem apresentar-se de forma única ou múltipla; não há um padrão defi nido 
em relação ao número de lesões que o paciente pode desenvolver. As áreas 
em que normalmente aparecem são as maçãs do rosto (região malar), a testa, 
o nariz e a região entre o nariz e o lábio superior, conhecida como buço. Elas 
também podem surgir em outros locais, como antebraços, pescoço e colo. 
O diagnóstico do melasma é clínico, conforme apontam Wolff , Johnson e 
Saavedra (2015) e Belda Junior, Chiacchio e Chiado (2010).
Quais são os tratamentos disponíveis?
O protagonista da prevenção e do tratamento do melasma é a proteção contra os 
raios ultravioleta e a luz visível. Os diferentes tratamentos podem ser agrupados em 
medicamentos tópicos e procedimentos para o clareamento local; os mais comuns 
são peelings, lasers e luzes. O objetivo do tratamento é estabilizar o melasma, 
clarear a área na qual surgiu a mancha e evitar que o excesso de pigmentação volte. 
Ao tratar essa condição, o melasma pode desaparecer, clarear completamente ou 
suavizar sua aparência, fi cando menos escurecido e evidente (Figura 7), conforme 
Posnik (2016) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD, 2018).
Figura 7. Imagens de pacientes que apresentam melasma, antes e após o tratamento.
Fonte: Dunbar et al. (2017, documento on-line). 
A fotoproteção é indispensável; o filtro solar deve ter alto fator de prote-
ção solar (FPS) e apresentar ação de proteção física e química contra raios 
ultravioletas A (UVA) e ultravioleta B (UVB). Além de evitar que o melasma 
9Fisiopatologia facial: melasma
amplie sua proporção, a fotoproteção mantém os efeitos adquiridos ao longo 
do tratamento das manchas e também evita outros danos que a radiação 
solar e a luz visível podem trazer à pele. Outros recursos para manter a pele 
protegida dos raios solares são acessórios como boné, chapéu, roupas, óculos 
com proteção solar, sombrinhas e guarda-sóis, conforme aponta a SBD (2018).
O tratamento farmacológico utiliza agentes despigmentantes com diferentes 
mecanismos de ação, como inibição da atividade da tirosinase, inibição da 
síntese de DNA dentro dos melanócitos que possuem hiperatividade e redu-
ção da quantidade de melanina presente no tecido. Cremes à base de ácido 
glicólico, ácido retinoico, ácido azelaico e hidroquinona agem no processo 
de suavização ou remoção do melasma. Arbutin, ácido kójico, ácido fítico, 
ácido tranexâmico e ácido dioico também são ativos muito utilizados para esse 
fim. A eficiência do método e a escolha dos agentes químicos que compõem 
a formulação variam de acordo com a pele de cada paciente.
Outras formas de tratamento são o laser e a luz intensa pulsada. As fontes 
luminosas podem ser utilizadas para tratar essa condição, porém oferecem 
resultados imprevisíveis e devem ser aplicadas em pacientes de pele clara. O 
cuidado do profissional no momento da escolha da fonte e da intensidade deve 
ser redobrado, para que o resultado do clareamento seja efetivo e não sejam 
causados efeitos indesejados, como estimulação da hiperpigmentação local. 
O tratamento de melasma não é fácil, mas as terapias em conjunto costumam 
apresentar bons resultados, conforme apontam Posnik (2016), Belda Junior, 
Chiacchio e Chiado (2010) e a SBD (2018).
Associada a outros tratamentos ou utilizada sozinha, a camuflagem cos-
mética auxilia a uniformizar a pele; a maquiagem específica pode esconder 
ou suavizar as manchas escuras.
Tipos de melasma
O melasma pode ser classifi cado de acordo com a sua localização, pois pode 
surgir em diferentes regiões da face. Além disso, o acometimento do tecido 
da pele pode ser diferente; assim, cada mancha pode ser classifi cada de acordo 
com seu tipo histológico.
Classificação por distribuição
Há uma classifi cação do melasma em relação à área na qual ele surge (Figura 
8). Essa segregação é feita de acordo com a distribuição das lesões na face. 
Os padrões são:
Fisiopatologiafacial: melasma10
  Centro-facial: é o mais comum; as lesões se encontram na fronte, no 
arco zigomático, no nariz, no buço e no mento.
  Malar: as manchas se concentram na região malar e do nariz. Mesmo 
a ocorrência de melasma sendo muito menor em homens, deve-se sa-
lientar que o padrão malar é o mais comum entre eles, conforme aponta 
Vachiramon (2011).
  Mandibular: a área acometida é o ramo da mandíbula, conforme apontam 
Belda Junior, Chiacchio e Chiado (2010).
Figura 8. Padrões de distribuição de melasmas: a) padrão centro-facial; b) padrão malar; 
c) padrão mandibular.
Fonte: Adaptada de Belda Junior, Chiacchio e Criado (2010, p. 684).
(a)
(b)
(c)
11Fisiopatologia facial: melasma
Classificação histológica
A histopatologia do melasma demonstra, por meio de achados de microscopia, 
um grande depósito de melanina na epiderme e/ou na derme, além de um 
grande infi ltrado linfo-histiocitário perivascular. Os melanócitos se apresen-
tam aumentados e com ramifi cações dendríticas alargadas. Há um número 
elevado de melanófagos (células que contêm grande quantidade do pigmento 
melanina) presentes na derme. A quantidade de melanócitos na epiderme 
pode ser aumentada ou se manter na mesma quantidade em relação à pele 
perilesional, segundo avaliações de imuno-histoquímica. Já com a micros-
copia eletrônica, é possível perceber um número maior de melanossomos nos 
melanócitos e queratinócitos. No melasma também há uma maior expressão 
de fator de crescimento vascular endotelial; percebe-se o aumento do tamanho 
e da quantidade de vasos dérmicos presentes.
Pode-se distinguir o melasma por suas características histológicas, com o 
auxílio do exame com a lâmpada de Wood, ou luz de Wood. Ela emite uma 
luz de comprimento de onda entre 340 a 450nm. Essa radiação é obtida após 
a emissão de luz ultravioleta por um arco de mercúrio; ela é filtrada por uma 
chapa de vidro feita de bário e 9% de óxido de níquel. O exame é feito de 
forma manual, em ambiente escuro, colocando-se a lâmpada a cerca de 10 
cm de distância da pele do paciente. Uma das lesões muito bem evidenciadas 
pela luz de Wood é o vitiligo, bem como os diferentes tipos de micoses no 
couro cabeludo, conforme apontam Soutor e Hordinsky (2015) e Belda Junior, 
Chiacchio e Chiado (2010).
Teoricamente, esse exame diferencia os quatro tipos histológicos de me-
lasma; contudo, alguns estudos indicam que com a luz de Wood não é possível 
determinar com certeza a profundidade do pigmento presente na pele. Segundo 
Belda Junior, Chiacchio e Chiado (2010), os quatro tipos de melasmas são:
  Epidérmico: tipo de melasma mais comum na população; é o melasma 
que, em geral, atinge os melhores resultados terapêuticos. Ao observar 
com a luz, percebe-se uma pigmentação acentuada nas lesões; há grande 
quantidade de melanina nas camadas epidérmicas, e existem alguns 
melanófagos na derme papilar.
  Dérmico: ao colocar a luz, a pigmentação não aumenta; os melanófagos 
estão por toda a derme.
  Misto: apresenta um padrão misto; em alguns locais a pigmentação é 
acentuada com a luz e, em outros pontos, fica menos evidente. A me-
lanina está aumentada na epiderme, e existem melanófagos na derme.
Fisiopatologia facial: melasma12
  Indeterminado: o melasma não é visualizado com a luz de Wood; esse 
tipo de melasma ocorre em pacientes de fototipo VI.
BELDA JUNIOR, W.; CHIACCHIO, N. D.; CRIADO, P. R. Tratado de dermatologia. São Paulo: 
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Leituras recomendadas
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13Fisiopatologia facial: melasma
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