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AULA 4 - DIFTERIA

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PROFª ELCIANA DE OLIVEIRA EMERICK COELHO 
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DIFTERIA 
OCORRE 
 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Pode afetar todas as pessoas não imunizadas, de qualquer idade, 
raça ou sexo. 
MAIOR INCIDÊNCIA 
OUTONO 
INVERNO 
Maiores ocorrências de infecções respiratórias principalmente, 
em aglomeração e ambientes fechados, que facilita a transmissão 
do bacilo. 
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É uma doença infecciosa de importância nos países do Terceiro 
Mundo, sendo rara quando coberturas vacinais homogêneas 
são obtidas em mais de 80% da população. 
 
É mais frequente a ocorrência da doença em áreas com baixas 
condições socioeconômicas e sanitárias, onde a aglomeração de 
pessoas é maior. 
 
Comumente, estas áreas apresentam baixa cobertura vacinal e, 
portanto, não é obtido impacto no controle da transmissão da 
doença. 
 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS 
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• Doença transmissível aguda, toxiinfecciosa, imunoprevenível, 
causada por bacilo toxigênico, que frequentemente se aloja nas 
amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras 
mucosas e na pele. É caracterizada por placas pseudomembranosas 
típicas. 
CID 10: A 36 
D
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SINONÍMIA 
Crupe 
AGENTE ETIOLÓGICO 
Corynebacterium diphtheriae, bacilo gram-
positivo, produtor da toxina diftérica. 
RESERVATÓRIO 
O principal reservatório é o próprio doente ou o portador, sendo 
esse último mais importante na disseminação do bacilo, por sua 
maior frequência na comunidade e por ser assintomático. A via 
respiratória superior e a pele são locais habitualmente colonizados 
pela bactéria. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
1 a 6 dias podendo ser mais longo. 
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MODO DE TRANSMISSÃO 
1. Transmissão pelo contato direto de pessoa doente através de 
gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, 
espirro ou ao falar. 
2. Pode ocorrer a transmissão indireta, através de objetos que 
tenham sido contaminados recentemente pelas secreções de 
orofaringe ou de lesões em outras localizações. 
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE 
Em média, até 2 semanas após o início dos sintomas. A 
antibioticoterapia adequada erradica o bacilo diftérico da 
orofaringe, de 24 a 48 horas após a sua introdução, na maioria 
dos casos. 
O portador pode eliminar o bacilo por 6 meses 
ou mais, motivo pelo qual se torna 
extremamente importante na disseminação da 
difteria. 
IMPORTANTE 
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MANIFESTAÇÃO CLÍNICA TÍPICA 
Presença de placas pseudomembranosas branco-
acinzentadas, aderentes, que se instalam nas amígdalas e 
invadem estruturas vizinhas. 
 
 
 
 
 
 
 
Essas placas podem se localizar na faringe, 
laringe e fossas nasais. 
 
Menos comuns: conjuntiva, pele, conduto 
auditivo, vulva, pênis e cordão umbilical. 
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CLINICAMENTE 
A doença manifesta-se por comprometimento do estado 
geral do paciente, que pode apresentar-se prostrado e 
pálido; a dor de garganta é discreta, independentemente 
da localização ou quantidade de placas existentes, e a febre 
normalmente não é muito elevada, variando entre 37,5ºC a 
38,5°C, embora temperaturas mais altas não afastem o 
diagnóstico. 
 
 
 
 
 
 
CASOS GRAVES 
Intenso edema do pescoço, com 
grande aumento dos gânglios 
linfáticos dessa área (pescoço 
taurino) e edema submandibular. 
Pode haver asfixia mecânica aguda 
pela obstrução causada pela placa. 
 
 
 
 
 
 
 
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Essas placas estendem-se pelas amígdalas, recobrindo-as, invadem 
as estruturas vizinhas, podendo ser observadas nos pilares 
anteriores, úvula, palato mole e faringe, adquirindo aspecto 
necrótico. 
 
FARINGOAMIGDALIANA OU FARINGOTONSILAR 
É a forma clínica mais comum. 
PRIMEIRAS HORAS DA DOENÇA 
Observa-se discreto aumento de volume das amígdalas, além da 
hiperemia de toda a faringe. 
Ocorre a formação das pseudomembranas 
aderentes e invasivas, constituídas por placas 
esbranquiçadas ou amarelo-acinzentadas, de cor 
cinzento-escura ou negra, que se tornam 
espessas e com bordas bem definidas. 
EM SEGUIDA ... 
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Ocorre um aumento importante do volume dos gânglios da cadeia 
cervical, pouco doloroso à palpação, caracterizando o pescoço 
taurino. 
DIFTERIA HIPERTÓXICA - (DIFTERIA MALIGNA) 
Denominação dada aos casos graves, intensamente tóxicos, que, 
desde o início, apresentam importante comprometimento do 
estado geral. 
Presença de placas de aspecto necrótico, que 
ultrapassam os limites das amígdalas, 
comprometendo as estruturas vizinhas. 
OBSERVA-SE 
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NASAL - (RINITE DIFTÉRICA) 
É mais frequente em lactentes, sendo, na maioria das vezes, 
concomitante à angina diftérica. 
Ocorre secreção nasal serossanguinolenta desde do início, 
geralmente unilateral, podendo ser bilateral, que provoca lesões 
nas bordas do nariz e no lábio superior. 
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CUTÂNEA 
Apresenta-se sob a forma de úlcera arredondada, com exsudato 
purulento e bordas bem demarcadas, que, embora profunda, não 
alcança o tecido celular subcutâneo. 
Devido a pouca absorção da toxina pela pele, a lesão ulcerada 
pode tornar-se subaguda ou crônica e raramente é acompanhada 
de repercussões cutâneas. 
Seu portador constitui-se reservatório e disseminador do bacilo 
diftérico, daí sua importância na cadeia epidemiológica da doença. 
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LARÍNGEA (LARINGITE DIFTÉRICA) 
Na maioria dos casos a doença, inicia-se na região da orofaringe, 
progredindo até a laringe. 
Sintomas iniciais: 
Os mesmos vistos na faringe diftérica MAIS tosse, rouquidão, 
disfonia e dificuldade respiratória progressiva, podendo evoluir 
para insuficiência respiratória aguda. 
Em casos raros, pode haver comprometimento isolado da laringe, 
o que dificulta o diagnóstico da difteria. 
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A difteria pode acometer pessoas suscetíveis (não 
adequadamente vacinadas) de qualquer idade e não apenas as 
crianças como era mais comum antes da utilização sistemática 
da vacina. 
A única maneira efetiva de prevenir a difteria é a vacinação, pois a 
doença, em geral, não confere imunidade permanente, o que faz 
com que o doente deva continuar seu esquema de vacinação após 
a alta hospitalar. 
Crianças em idade pré-escolar são o grupo mais suscetível quando 
não imunizadas previamente com esquema básico da vacina 
combinada contra DTP e Hib. 
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O
 
O esquema básico de vacinação na infância é feito com três doses 
da vacina contra DTP e Hib, aos dois, quatro e seis meses de vida. 
O primeiro reforço é feito com a DTP aos 15 meses e o outro entre 
quatro e seis anos de idade. 
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/difteria-sintomas-transmissao-e-prevencao 
A vacina combinada de DTP e Hib é também 
chamada tetravalente, já que protege, ao mesmo tempo, 
contra difteria, tétano, pertussis (coqueluche) e infecções graves 
pelo Haemophilus influenzae tipo b. 
TR
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A medida terapêutica na difteria é a administração do soro 
antidiftérico (SAD), que deve ser feito em unidade hospitalar, 
cuja finalidade é inativar a toxina circulante o mais rapidamente 
possível e possibilitar a circulação de excesso de anticorpos, em 
quantidade suficiente para neutralizar a toxina produzida pelos 
bacilos. 
 
O soro antidiftérico não tem ação sobre 
a toxina já impregnada no tecido, por 
isso sua administração deve ser feita o 
mais precocemente possível, frente a 
uma suspeita clínica bem 
fundamentada. 
ATENÇÃO 
TR
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O soro antidiftérico tem origem heteróloga (soro heterólogo de 
cavalo), sua administração pode causar reações alérgicas. 
 
As doses do SAD não dependem do peso e da idade do 
paciente, e sim da gravidade e do tempo da doença. 
O SAD deve ser feito,preferencialmente, por via endovenosa 
(EV), diluído em 100ml de soro fisiológico, em dose única. 
 
 
FORMA CLÍNICA DOSAGEM 
Leve (nasal, cutânea, amigdaliana) 40 mil UI - EV 
Laríngea ou mista 60 mil a 80 mil UI - EV 
Graves ou tardias (4 dias de doença) 80 mil a 120 mil UI - EV 
ESQUEMA DE ADMINISTRAÇÃO DO SAD 
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 A administração do soro antidiftérico deve ser sempre precedida 
da prova intradérmica. 
O soro deverá ser administrado de acordo com as normas gerais 
do Manual para Utilização de Imunobilógicos Especiais. 
Caso a prova intradérmica seja POSITIVA, o soro deverá ser 
administrado com as mesmas precauções. São elas: 
Injetar um anti-histamínico 15 minutos antes da aplicação do soro: 1 
ampola de 2ml de prometazina/fenergan tem 50mg. Recomenda-se: 
Para crianças: 0,5mg/kg/dose, via intramuscular. 
Para adultos: 100 a 1.000mg/dia, via intramuscular. 
 
ADMINISTRAÇÃO DO SAD 
ATENÇÃO 
Manter sempre à mão adrenalina, injetando de 0,5 a 
1ml, via intramuscular, caso sobrevenham sintomas de 
choque anafilático (palidez, dispneia intensa, 
hipotensão, edema de glote, convulsões, etc.). 
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 O uso de antibiótico deve ser considerado como medida auxiliar 
da terapia específica, objetivando interromper a produção da 
toxina, pela destruição dos bacilos diftéricos e sua disseminação. 
Pode-se utilizar eritromicina ou penicilina G cristalina durante 14 
dias, conforme orientação a seguir: 
 
ERITROMICINA – deve ser administrada por via oral, na dose de 40 
a 50mg/kg/dia (dose máxima de 2g/dia). 
 
PENICILINA G CRISTALINA – deve ser administrada por via 
endovenosa, na dose de 100 mil a 150 mil UI/kg/dia, em frações 
iguais de 6 em 6 horas. 
ANTIBIOTICOTERAPIA 
FONTE: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/641-
secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/difteria/11209-tratamento 
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CONTROLE DA FONTE DE INFECÇÃO 
Medidas gerais para pacientes hospitalizados 
 
ISOLAMENTO – recomenda-se isolamento tipo respiratório por 
gotículas, durante 14 dias, após a introdução da 
antibioticoterapia. O ideal é suspender as medidas relativas às 
precauções respiratórias somente quando duas culturas de 
secreções obtidas da narina e da faringe, em meios específicos, 
forem negativas. 
 
QUARTO PRIVATIVO – o paciente com difteria deve ser mantido 
em aposento exclusivo ou compartilhado por mais de um 
paciente com o mesmo diagnóstico. A porta do quarto deve ser 
mantida fechada. 
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CONTROLE DA FONTE DE INFECÇÃO 
 
LAVAGEM DE MÃOS – deve ser feita antes e após o contato 
com o paciente, após o manuseio de materiais utilizados pelo 
mesmo e após retirada das luvas e máscara. 
 
USO DE MÁSCARA – recomenda-se o uso de máscara comum 
para todos os que entram no quarto. Após o uso, deve ser 
descartada em recipiente apropriado e o indivíduo deve lavar as 
mãos. 
 
LIMPEZA E DESINFECÇÃO – recomenda-se desinfecção 
concorrente e terminal dos objetos contaminados com as 
secreções nasofaringes. A solução indicada é o hipoclorito de 
sódio a 1%. Após a desinfecção, os objetos devem ser 
enxaguados em água corrente. Objetos de metal podem ser 
desinfetados com álcool etílico a 70%. 
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Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente, para 
desencadeamento da investigação e adoção das medidas de 
controle pertinentes, bem como incluído no Sistema de 
Informação de Agravos de Notificação (SINAN). 
 
As pessoas devem ser informadas quanto à importância da 
vacinação como medida de prevenção e controle da difteria. 
 
Deve-se dar ênfase à necessidade de administrar o número de 
doses preconizado pelo calendário vigente. 
 
Cabe ressaltar que toda população sob risco deve ser alertada 
para procurar os serviços de saúde, caso observe manifestações 
clínicas compatíveis com a definição de caso suspeito de 
difteria. 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Guia de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria 
de Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014 
 
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