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CASO CLÍNICO Paciente masculino, 60 anos, hipertenso, diabético e dislipidêmico. Chega à sala de emergência com quadro de dor torácica típica há 1 hora. Exame físico: Geral: REG, AAA, fácies de dor, sudoreico, taquipneico. ACV: RCR em 2T BNF sem sopros TEC: 3s AP: MVU sem RA SAT 98% FC do paciente = 300/número de quadradinhos entre o intervalo RR = 100bpm QRS do paciente - estreito Ritmo do paciente - Presença e morfologia da onda P -> tem uma onda P precedendo cada complexo QRS e tem a mesma morfologia, sendo positiva em AVF, D3 e D2. É negativa em AVR, ou seja, essa onda P é sinusal. PACIENTE COM TAQUICARDIA SINUSAL QRS estreito ou largo? - Estreito → taquicardia supraventricular - Largo → taquicardia ventricular Ritmo regular ou irregular? Existe um mesmo intervalo entre QRS é regular Qual a conduta mais correta nesse momento? R: Observação, seriar ECG e troponina US. Paciente manteve quadro de dor torácica, sendo realizado novo ECG e dosado troponina US. PA MSD: 80x70 mmHg FC: 120 bpm Exame físico: Geral: REG, AAA, fácies de dor, taquipneico, sudoreico e extremidades frias. ACV: RCR EM 2T BNF SEM SOPROS TEC: 5s AP: MVU SEM RA SAT 98% Fizemos um NOVO ELETRO no paciente: Supra de parede inferior (D2, D3 e AVF), tem supra em V6 e infra D1 e AVL. Supra de parede inferior → Artéria coronariana direita é acometida. Supra de D3 > supra de D2 → sinal que é coronária direita. Infra de D1 e AVL → sinal que é coronária direita. Supra de D1 e AVL → sinal que é coronária circunflexa. OBS: Sempre que você evidenciar um IAM INFERIOR você PRECISA fazer as derivações de ventrículo direito (V3R e V4R) e de parede dorsal (V7, V8 e V9). Nosso caso clínico, a melhor conduta seria: - Nitrato → Contraindicado, paciente tem PAS < 100 mmHg. É vasodilatador, vai deixar o paciente mais hipotenso e chocado!! - Clopidogrel → Dose de ataque é de 300 - 600mg VO e 75mg é a dose de manutenção. → Se vai fazer fibrinólise → 300mg dose ataque → Se não vai fazer fibrinólise → 600mg dose ataque Conduta mais adequada para o paciente → Fazer reposição volêmica, 300 mg de AAS, 600mg de Clopidogrel e cateterismo imediato. → Se fosse paciente idoso, o clopidogrel seria 75 mg. Paciente realiza reposição volêmica e terapêutica medicamentosa para o IAM, evoluindo com estabilidade hemodinâmica, sendo encaminhado em seguida para o cateterismo cardíaco com angioplastia de artéria coronária direita com sucesso. Encaminhado a unidade coronariana, onde segue estável e em observação. SCA O que é a Síndrome Coronariana Aguda? R: Para entender sobre a SCA, é necessário entender sobre a formação da placa aterosclerótica. Os pacientes que desenvolvem a aterosclerose (doença inflamatória sistêmica) acabam evoluindo com uma disfunção endotelial que passa a entrar o colesterol ruim (LDL), essas moléculas começam a migrar para a camada íntima que é fagocitada por macrófagos que torna essa placa ainda mais inflamatória. Passando a fazer com que outras células inflamatórias passam a infiltrar essa camada íntima (camada cheia de colesterol). Quanto mais essa camada tiver isso, eles acabam sofrendo apoptose, gerando MAIS inflamação. Logo, essa placa é considerada INSTÁVEL tendo uma capacidade de rompimento. Quanto + células inflamatórias > chance de rompimento. Quando a placa se rompe → material lipídico é exposto ao sangue (esse material lipídico é trombogênico) → passa a formar um coágulo → obstrução da passagem de sangue no caso da SCACSST. SCACSST → Tenho a oclusão completa do lúmen arterial sendo visto no eletro um SUPRA ST → CATETERISMO IMEDIATO SCASSST → Ele é divido em 2: 1. IAMSSST → troponina elevada 2. Angina instável → troponina normal Os dois não vão ter a oclusão completa do lúmen arterial, por isso não tem supra st. O que fazer quando for uma SCASSST → Estratificação de risco! A melhor ferramenta é o escore de risco grace Baixo risco → pode mandar o paciente pra casa e fazer uma avaliação ambulatorial Alto risco → pacientes que podem ser que tenham indicação de um cateterismo de emergência. FASES NO ECG DA OCLUSÃO CORONARIANA Se o paciente tem dor torácica TÍPICA a CLÍNICA É SOBERANA!! Não o mande pra casa, ele precisa ficar internado, monitorizado, observado e seriando o eletro!! IAMSSST - Não tem supra - Até ⅓ dos casos, o eletro é NORMAL e depois as enzimas cardíacas podem vir estouradas.. - Seria eletro e seria troponina - O ECG pode vir com infra de ST ou alterações na onda T TRATAMENTO MEDICAMENTOSO MONABICH MORFINA OXIGÊNIO NITRATO AAS BETA BLOQUEADOR CLOPIDOGREL HEPARINA IECA/ESTATINA/ESPIRONOLACTONA Não deixe de dar o AAS para esse paciente!! AAS reduz mortalidade BETA BLOQ → tem algumas contraindicações → tendem a fazer depois de 24h porque em alguns casos ele pode levar a choque cardiogênico. O QUE MUDA NO IAM – VD? R: Morfina, nitrato e betabloqueador são CONTRAINDICADOS! → No IAMVD você tem que fazer VOLUME inicialmente. - TTO inicial → reposição volêmica → dobutamina se continuar com baixo débito cardíaco (aumenta a contratilidade do VD).
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