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OPERAÇÕES UNITÁRIAS IP VOLUME OPERAÇÕES COM SISTEMAS SÓLIDOS GRANULARES R E Y N A L D O G O M I D E “ Advanced Chemical Engjneer” e “ Master o f Science in Chemical Engineering Practice“ pelo Mas$achu$etts Institute o f Technology. Engenheiro Químico e Civil pela Escola Politécnica da Universidade de Sâo Paulo. Engenheiro consultor industrial. Diretor da Eterg Engenharia Ltda. Professor titular da FELFaculdade de Engenharia Industrial. E D I Ç Ã O D O A U T O R São Paulo 1983 Desenhos: José Apaiecido PaixSo Capa: In ter Studio C om posição: Taicano A rtes Gráf»cas L tda. Imprcssdo e A cabam ento: FEI GráHca F o to h to s: Yangucr Estúdio G ráfico Ltda. CiP-Brasil. CataiogaçSo-na«PubUcaçao Câmara Brasileira do Livro, SP Gomide, Reinaldo, 1924 — G6210 Operações unitárias / Rcynaldo Gomide. — São Paulo; R. Go- v .i;5 mide, 1 9 8 0 - Bibliografia. Conteúdo: v .l. Operações com sistemas sólidos granutaies. 1983. —V.3. Separações mecânicas. 1980. 1. Engenharia química 2. Química industrial 1, T ítulo . II. T ítulo: Operações com sistemas sólidos granulares. in. Título: Separações mecânicas. 83-0657 CDD-660.2 .660 índices para catálogo sistemático: 1. Engenharia qu única 660.2 2. Química industrial: Tecnologia 660 TODOS OS D IREITOS RESERVADOS nos term os da Lei que r e t a r d a ú s direitos autorais: é proibida a rcproduçSo to ta l ou parcial desta pubhcação, de qualquer form a ou po r qualquer m elo, sem pennissSo por escrito do A utor. REYNAUX) GOMIDE Av. Dr. Alberto Penteado, 740 Tels. 61*5323. 241-2883 - Sâo Paulo - SP - CEP 05678 CONTEÚDO página Prefácio...................................................................................................................... IX CAPITULO I — Operações U nitárias.......................................................................... I Engenharia Química e Operações Unitárias................................................ 2 Princípios utilizados...................................................................................... 3 ClassifícaçSo das Operações U n itá ria s ........................................................ 4 Revisões aconselhadas......................................................... Questões p ro p o s ta s ...................................................................................... 6 Referências bibliográficas........................................................................... 12 CAPITULO II “ Propriedades dos sólidos particulados.......................................... 13 Caracterização granulom étrica.................................................................... 13 Materiais com partículas uniform es....................................................... 14 Materiais heterogêneos........................................................................... 17 Apresentação dos re su ltad o s ............................................................ 20 Cálculos baseados nas análises granulom êtricas............................. 2S Propriedades dos sólidos granularcs........................................................... 36 Questões p ro p o s ta s ..................................................................................... 43 Referências bibliográficas........................................................................... 43 CAPÍTULO III — Fragmentação de sólidos........................................................ 45 Mecanismo da fragm entação ...................................................................... 46 Equipamento empregado na fragm entação............................................... 47 Classificação dos eq u ipam en tos............................................................ 48 Relação de fragm en tação ...................................................................... 50 Características gerais do equipam ento ................................................. 50 V I CONTEÚDO página Brítadorcs primários..................................................................................... 50 De m and ibu las........................................................................................ 50 G ira tó rio .................................................................................................. 57 Britadores secundários................................................................................ 61 De m arte lo s .......................................................................................... 61 De p in o s ............................................................................................... 62 De barras ou g a io la ............................................................................. 64 De rolos................................................................................................. 65 Outros tipos............................................................................................. 68 C ô n ic o ..................................................................................................... 70 De discos.................................................................................................. 72 M oenda..................................................................................................... 73 R otatório.................................................................................................. 74 Moinhos finos............................................................................................... 74 Centrífugos dc a t r i to .............................................................................. 74 R e b o lo ..................................................................................................... 79 De rolos d e n tad o s ................................................................................ 79 Dc b o la s ............................................................................................... 80 De energia flu ida.................................................................................. 87 Moinhos co lo idâis........................................................................................ 88 Operações de m o ag em ................................................................................ 89 Consumo de energia.................................................................................. 90 Lei de K i c k .......................................................................................... 92 Lei de Rittinger..................................................................................... 93 Lei de B o n d .......................................................................................... 96 Questões p ro p o s ta s .................................................................................. 104 Referências bibliográficas.......................................................................... 106 CAPITULO IV — Transporte de só lidos.................................................................. 109 Importância do transporte de sólidos........................................................ 109 Especificação do equipam ento.................................................................. 110 Classificação do eq u ip a m e n to .................................................................. 111 Dispositivos carregadores.......................................................................... 112 Transportador de correia...................................................................... 112 Transportador dc esteira...................................................................... 128 Transportador dc corrente................................................................... 133 Transportador de c a ç a m b a ................................................................ 133 Transportador vibratório.......................................................................136 Transportador por g rav idade................................................................ 139 CX)NTEODO vn página Dispositivos arrastadores.......................................................................... 139 T ran^o rtado r de calha........................................................................ 140 T ransportador heücoidal..................................................................... 144 Dispositivos elevadores............................................................................. 153 Elevador h e lico id a i............................................................................. 153 Elevador de canecas............................................................................. 154 Dispositivos a lim en tado rcs ..................................................................... 161 Dispositivos p n eu m ático s ........................................................................ 164 Questões p ro p o s ta s .................................................................................. 182 Referências bibliográficas........................................................................ 185 C APrrULO V — Penciramento............................................................................... 187 A opeiaçSo de peneiram ento ................................................................... 187 Cálculos relativos ao peneiram ento........................................................ 190 Quantidades p roduz idas..................................................................... 190 Efíciência do peneiram ento................................................................ 192 Dimensionamento de um a p e n e ir a ................................................... 193 Teoria c prática do peneiram ento ........................................................... 201 Previsões teóricas....................................................................................... 201 Conduçio prática da operação ................................................................ 202 Equipamento utilizado............................................................................. 203 Peneiras estacionárias........................................................................... 204 Peneiras rotativas.................................................................................. 205 Peneiras a ^ ta d a s .................................................................................. 208 Peneiras v ib ra tó ria s ............................................................................. 210 Questões p ro p o s ta s .................................................................................. 212 Referências bibliográficas........................................................................ 215 c a p i t u l o VI - Mistura de só ü d o s ..................................................................... 217 Tipos de operação ..................................................................................... 217 Equipamento u tilizado ............................................................................. 217 Controle da operação................................................................................ 221 Velocidade de o p e ra ç ã o .......................................................................... 222 Referências bibliográficas........................................................................ 224 CAPITULO v i i — Armazenamento de sólidos...................................................... 225 Propriedades dos sólidos arm azenados................................................... 226 Tipos de arm azenam ento ........................................................................ 227 Esforços em leitos granularcs soltos........................................................ 228 vm CONTEÚDO página Esforços em silos e depósitos................................................................... 231 Esvaziamento de süos e depósitos........................................................... 233 Referências bibliográficas........................................................................ 236 CAPIYULO v i u - Fluídização dc só lid o s ........................................................... 237 Técnicas de contato sólido-fluido........................................................... 237 F lu id ízâção ............................................................................................... 238 Condiçóes de fluidizaçáo.......................................................................... 241 Propriedades dos leitos fluidizados e cálculos relativos à fluidizaçáo . 244 Porosidade............................................................................................ 245 Velocidade de fluídização................................................................... 245 Densidade do sólido............................................................................. 245 Densidade do fluido............................................................................. 245 Densidade do leito fluidizado.............................................................. 245 Altura do l e i t o ..................................................................................... 246 RelaçOes entre densidade, porosidade e a ltu ra ................................. 247 Perda dc carga....................................................................................... 248 Velocidade crítica de flu íd ização ...................................................... 257 Efíciéncia de fluídização..................................................................... 260 Início da fluidização co n tín u a ........................................................... 263 Transferência de calor em leitos flu id izados.................................... 267 Transferência de massa em leitos fluidizados.................................... 268 Vantagens da técnica de leito fluidizado................................................. 269 Desvantagens da técnica de leitos f lu id izad o s ...................................... 270 Aplicações da técnica de leito f lu id izad o .............................................. 271 Questões p ro p o s ta s .................................................................................. 277 Referências bibliográficas........................................................................ 281 APÊNDICE A. I — Séries padronizadas de peneiras................................................... 285 A .I.l — S érieT yler........................................................................ 285 A.1.2 — Peneiras B S ..................................................................... 286 A. U — Peneiras IM M ................................................................... 287 A .I .4 - S é r ie ASTM ...................................................................... 288 A.2 — Conversões de un idades................................................................ 289 PREFACIO De presença t?o viva em nossa memória, engenheiros como Lewis, McAdams, Güliland, Whitney, Hottc), Weber, Meissner, Mickley e tantos outros com os quais convivemos no MIT, induziram>nos espirítualmente a incentivar, também em nosso meio, a arte da Engenharia Química. O trabalho que estamos lançando é modesto apenas quanto ao seu valor técnico- científico, porque o tem po e o esforço empregados, as difículdades técnicas e os in vestimentos para a sua realização estiveram m uito longe disso. Lamentavelmente o trabalho criativo tem essa característica frustrante: a cada momento de inspiração se guem-se horas ou dias de elaboração. Quantificando: 5% de genialidade, 95% de suor. Gratificantes, todavia, são as referências de colegas aos trabalhos que já publi camos, o que na verdade constitui o agente propulsor desta nossa atividade nada atraentesob o aspecto financeiro, mas que tanto nos motiva. Na verdade estamos sendo cobrados pelos que , tendo tom ado conhecimento de nosso trabalho, manifes taram-nos pessoalmente o seu agrado ou tém escrito de outros estados e até do exte rior. ansiosos pelas raras publicações no campo da engenharia química escritas e produzidas com os nossos recursos próprios. Não podemos esquecer a expectativa dos alunos que enfrentam as dificuldades de seus cursos profissionais sem os livros técnicos em português de que necessitam. A todos entregamos o produto de nosso esforço e entusiasmo. O novo leitor julgará simultaneamente a obra e a força pro pulsora que nos moveu. Neste primeiro volume apresentamos as Operações Unitárias envolvendo o ma nuseio de sistemas sólidos particulados: fragmentação, transporte, armazenamento, peneiramento, mistura e fluidização. Tanto a profundidade, como a extensão dos diversos capítulos, tiveram que ser cuidadosamente controladas para que o conteú do do livro pudesse ser intcgralmente ministrado com um bom número de aplica ções numéricas num semestre letivo com quatro aulas semanais. Boa parte do mate- X P R E F Â aO ríal das notas dc aula originais foi sendo cortada aos poucos durante a preparação do manuscrito para conseguirmos atlngjr esse objetivo. Para nós o tex to ainda está incompleto, mas é preciso nSo perdermos de vista a sua finalidade didática. Quase todo o material quantitativo (correlaçóos, tabelas, gráficos e abacos) é apresentado em unidades métricas. Não por sermos contra as unidades inglesas ou porque as julguemos impróprias ou ultrapassadas, mas pela inexistência de correla ções desse tipo com os parâmetros em nossas unidades. A tarefa não foi fácil, pois gráficos e príncipalmcnte ábacos, não podem ser apenas traduzidos para ficarem imediatamente nas unidades mais convenientes. Tivemos que obter a correlação que serviu de base para o trabalho original antes de podermos preparar o novo desenho. O custo de uma figura desse tipo em unidades métricas resulta proibitivo quando nossas horas de dedicação são computadas à base dos serviços de consultoria. Mas há também o lado positivo e que na verdade resultou numa originalidade do traba lho, pois decidimos apresentar as equações empíricas que obtivemos a partir dos ába cos e tabelas intermináveis de origem e que foram utilizadas para desenhar os gráfi cos do texto. Estas equações são m uito convenientes para acelerar os cálculos com as atuais máquinas programáveis. Outra particularidade gráfica deste volume é a adequação dos desenhos dos equi pamentos às reais necessidades do engenheiro químico. Todos sabemos que as figu ras em planta, elevações, cortes e detalhes são extrememente impróprias para fins didáticos, além de inviabilizarem o custo da obra. Por outro lado. um corte ou uma planta isoladamente quase nunca é suficiente. Como o engenheiro químico está mais interessado no princípio de funcionamento do que nos detalhes, optamos qua se sempre pelas figuras simplificadas, feitas em perspectiva. Outras vezes só um es quema é apresentado. Imperfeições técnicas das notas de aula que deram origem a este volume foram mantidas porque a sua ocorrência na literatura técnica ainda é generalizada. O sím bolos õK, /í, HP, RPM, CV, mCA e mmCA, por exemplo, continuam sendo usados ao invés de K, ^ m , hp, rpm , cv, mea e mmea. Os termos micron c microns também são empregados normalmente e porisso continuam aparecendo em nosso livro. Para imperfeições semelhantes o leitor tem desde já a nossa justificativa. As ilustrações práticas e questões propostas vem sendo utilizadas em nossas aulas há tan to tempo que já nem podemos distinguir as que vieram de cursos no MIT e na Politécnica, ou que foram retiradas de livros, das que são de nossa autoria ou fazem parte de projetos que executamos ao longo do tempo. Perdoe-nos porisso quem in voluntariamente deixou de ser citado. Estamos certos da utilidade deste livro para os que participam do aprendizado da engenharia química em nosso país, bem como aos profíssíonais do ramo. O autor. São Paulo, maio de 1983 CAPITULO 1 O perações u n itá r ia s 0 engenheiro químico tem como campo de açâo a indústria de processo quí mico. Este grupo de indústrias não se restringe às centralizadas numa ou mais reações químicas, como pode parecer, estendendo-se igualmente a muitas ou tras que, embora sejam de caráter essencialmente físico, visam obter como pro duto principal, um ou mais compostos químicos de importância industrial. E 0 caso da indústria do sal que, apesar de só envolver operações físicas, produz o cloreto de sódio, um com posto químico de uso industriai generalizado. Hm regra, todavia, as indústrias de processo químico incluem ao menos uma etapa química. Através de uma série de operações físicas as matérias primas são pre paradas para as reações às quais se destinam e, depois, o produto é purificado ou separado dos sub-produtos e reagentás não utilizados. Compreender o projeto t a construção das indústrias de processo químico é a essência da engenharia química. Para que se possa partir da concepção ori ginal do processo e chegar a uma unidade comercial de larga escala será neces sário, sem dúvida, dominar todos os princípios físicos e químicos envolvidos na fabricação, mas o sucesso do empreendimento depende, acima de tudo, de um com pleto dom ínio dos problemas de engenharia relacionados com o pro jeto . É 0 estudo das operações unitárias que deverá proporcionar ao futuro en genheiro 0 treinamento suficiente para atingir este objetivo. Também à produção interessa o estudo das operações unitárias. Na verdade só se pode tirar o máximo proveito de qualquer unidade processual se os prin- CAPI*rULO 1 cipk>s que governam o seu funcionamento forem perfeitamente compreendi dos pelo profissional responsável pela sua operaçáo. Ao iniciarmos o estudo das operações unitárias que, como podemos con cluir, se identificam á própria engenharia química, desejamos tom ar bem claro um ponto im portante: engenharia química é ciência e arte. Nas áreas de ativida de complctamente cobertas pela teoria a engenharia química é ciência. Em ou tras, no entanto, a análise teórica ainda é de pouca utilidade para o engenheiro. Nestas áreas a engenharia química é uma arte e o engenheiro qu to ico deve pro je ta r as instalações ou operações envolvidas com base na experiência e no julga m ento profissional próprios. A teoria ê apenas o guia prático do engenheiro. Porisso, ao estudar operações unitárias, o futuro engenheiro químico deve exer citar e procurar desenvolver ao máximo o seu julgamento profíssional, deci dindo pela opçáo que lhe pareça a melhor ao selecionar ou projetar cada equi pamento, ou definindo com acerto, em cada situação que se lhe apresente, as variáveis que controlam a operaçáo em estudo. ENGENHARIA QUIMICA E OPERAÇOES UNITÁRIAS O engenheiro quhnico foi criado para preencher a lacuna existente entre o químico que estuda o processo em aparelhagem de vidro no laboratório, e os engenheiros mecânicos c eletricistas que constroem e montam o$ equipamen tos. Um profissional bem preparado deve estar em condições de entender bem a descriçâTo básica do processo fornecido pelo químico dc laboratório e proje tar os equipamentos de modo a fornecer aos demais engenheiros, documentos que tom em possível a realizaçáo prática do processo em larga escala. Os primeiros esforços visando sistematizar o ensino da engenharia química, na época de sua criaçáo, fizeram com que se reconhecesse que todos os proces sos industriais têm em comum certas técnicas c operações baseadas nos mesmos princípios científicos. A separaçáo dos sólidos de uma suspensão por meio de filtros, a separaçáo de líquidos por destilaçfo ou a secagem de sólidos, por exemplo, sJo operações comuns a um grande número dc indústrias.O proble ma de se projetar um destilador para fabricar álcool, refinar petróleo ou produ zir medicamentos é basicamente o mesmo. As diferenças estSo nos detalhes construtivos do equipamento utilizado, sendo muitas vezes ditadas mais pela capacidade ou escala de operaçáo do que propriamente pelo tipo de indústria. O mesmo ocorre com os transportes de fluidos ou sólidos, com os aquecimen tos e resfriamentos, as secagens, as misturas e as separações em geral. O conceito de operações unitárias foi a crístalizaçáo destas idéias. O térm o é descritivo no sentido de que toda indústria qu única é na realidade uma série coordenada de operações individuais que integram a fabrícaçáo. O modo mais eficiente de estudá^as é em conjunto e sem partícuiarizar o tipo de indústria o p e r a ç õ e s u n i t á r i a s 3 onde $e aplicam, para nSo se ter que penetrar desnecessariamente nas particu- iarídades dos processos envolvidos. O estabelecimento deste ponto de vista, fei to em 1915 por Artur D. Little num relatório formal à corporaçS? do MIT, unífícou e fortaleceu sobremaneira o estudo da cn^nharia química. As operações unitárias sáo fundamentalmcnte operações físicas, embora pos sam envolver excepcionalmente reações químicas, como acontece na absor- çáo de gases ácidos em soluções alcalinas. Entre muitas outras finalidades, as operações unitárias visam reduzir o tam anho dos sólidos a processar, transpor tá-los, separar componentes de misturas ou aquecer e resfriar sólidos e fluidos. Sáo exemplos o britam ento, a fíltraçáo, a secagem, a evaporação, a destilaçáo. a absorção e a extração. PRINCd»IOS UTILIZADOS O estudo das operações unitárias baseia-se nos princípios físicos e físico-quí- micos de dom ínio geral dos estudantes de engenharia química. Para facilitar o seu uso. estes princípios costumam ser reunidos em quatro grupos de generali dade e precisão decrescentes. A técnica necessária para utilizá-los é objeto da Estequiometria Industrial e inclui a prática de balanços materiais, balanços de energia, relações de equilíbrio e equações de velocidade. Para as operações uni tárias mecânicas os balanços de força também são importantes. O escoamento de fluidos e a fragmentação de sólidos são exemplos de operações unitárias que envolvem equações deduzidas com base em balanços dc forças. Convém ressdtar o fato de que reside nas equações de velocidade o princi pal interesse durante o estudo das operações unitárias, pois são elas que permi tem calcular as dimensões dos equipamentos requeridos. E é isso precisamente 0 que se espera do engenheiro químico de processo. Assim sendo, a determ ina ção dos fatores que influem díretamente na velocidade de cada tipo de opera ção deverá ser permanentemente o foco de nossas atenções no assunto que va mos apresentar. 0$ detalhes construtivos dos equipamentos utilizados, princi palmente os mecânicos, são geralmente secundários sob o ponto de vista do en genheiro de processo. Os equipamentos das indústrias de processo químico geralmente operam mal, ou não funcionam, mais por erros de dimensionamen- to processual ou de concepção, do que por deficiências de soldas ou parafusos. Estes detalhes são importantes para construir e m ontar os equipamentos, mas não interferem fundamentalmente com o seu desempenho processual. As di mensões de um tanque, a área de um trocador de calor, a altura e o diâmetro de uma coluna de destilação, o tamanho de um decantador ou a velocidade de um agitador são grandezas m uito mais importantes, sob o ponto de vista do pro cesso em si, do que os detalhes mecânicos, por mais soílsticados que possam ser. 4 CAP íTULO 1 CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS A ordem em que as operações unitárias são estudadas é arbitrária. Todavia, uma classificação é sempre útil, porque simplifica e abrevia o seu estudo em conjunto. Uma classificação lógica das operações unitárias pode gerídmente ser feita com base no seu mecanismo ou, se houver vários mecanismos envolvi dos, naquele que controla a velocidade global da operação. Assim é que há ope rações de transferência de calor ou de massa e operações mecânicas. Um exem plo de operação que envolve diversos mecanismos é a evaporação de uma solu* ção com o fim de produzir cristais. Esta operação podería ser classificada indi* ferentemente como: 19) separação do soluto da solução; 29) vaporízação do so* luto; 39) operação de transferência de massa entre a fase líquida e o vapor; 49) transferência de massa entre as fases líquida e sólida; 59) operação de transfe rência de calor para a solução. Contudo, é a transferência de calor que contro la a operação e, por esta razão, o equipamento utilizado é fundamentalmente um trocador de calor. Porisso esta operação deverá ser incluída entre as de tro ca de calor. Já no caso da secagem, é a transferência de massa que controla a operação e por este motivo ela deve ser incluída no grupo de operações que en globa a destilação, a absorção, a cristalização, a extração líquido-Iíquido e a ele- ' trodiálise. Com base neste critério mecanismo as operações unitárias são classi ficadas em quatro grupos; operações mecânicas, operações de transferência de calor, operações de transferência de massa e operações de transferência de quantidade de movimento. Uma classificação das operações unitárias pelo tipo de sistema também pode ser feita. Muito embora haja concordância entre as duas classificações, a ante rior, baseada no mecanismo, é mais consistente sob o ponto de vista teórico, mas o estudo ccmjunto de operações características de um determinado tipo de sistema também tem as suas vantagens. Optamos pela combinação dos dois critérios, classificando as operações unitárias como passamos a expor. Operações Mecânicas Operações envolvendo sistemas sólidos granulares Fragmentação Transporte Peneiramento Mistura Armazenamento Operações envolvendo sistemas fluidos Escoamento de fluidos Bombeamento de líquidos Movimentação e compressão de gases Mistura e agitação de líquidos o p e r a ç Oe s u n i t á r i a s 5 Operações com sistemas sólido - fluido Fluidízaçâo de sóIídos(*) Separações mecânicas sólidos de sólidos sólidos de líquidos sólidos e/ou líquidos de gases líquidos de líquidos Operações de transferência de calor Transferência de calor por condução em sólidos, sem e com geração interna, em regime permanente ou transíente. Aquecimento e resfriamento de fluidos Condensação Ebulição Evaporação UofiUzação Transferencia de calor por radiação Operações de transferência de massa Destilação Absorção e “ stripping” de gases Adsorção Extração líquido-Iíquido Uxiviação Secagem e umidifícação de gases Condicionamento de gases Secagem de sólidos Diáiise e eletrodiâlise Cristalização Troca íônica RJEVISÕES ACONSELHADAS Para obter resultado positivo com o estudo das Operações Unitárias^ reco menda-se a revisão prévia de alguns assuntos fundamentais relativos à engenharia (*) Em nosso trabalho decidimos antecipar a fluidização de sólidos, apresentando esta ope ração jun tam ente com as operações realizadas com sistem as sólidos, isolando neste gru p o ^ n a s as separações mecânicas. c a p i t u l o 1 química. Convém que o leitor esteja perfeitamente familiarizado com o que se gue: 1. Técnicas de Estequiometría Industrial. 2. Domínio prático e teórico da Termodinâmica Técnica. 3. Métodos de cálculo gráfico e numérico, o que, por sua vez, envolve práti ca no uso de papéis mUimetrados comuns, logdog e semi-log, prática de iníegraçffo e diferenciação gráficas e numéricas. 4 . Tratamento estatístico de dados e, em particular, precisão de medidas. Cálculo de erros, médias, desvios e limites de confiabilidade de resultados. 5. Prática no uso de equipamentos técnicos de cálculo, como computado res e calculadoras eletrônicas. A fim de servir como roteiropara estas revisões, apresentamos a seguir algu mas questões típicas que servirão também para o estudante conferir o estado atual de seus conhecimentos práticos nestes assuntos. Ao encontrar dificulda de num determinado problema, recomenda-se uma revisão do assunto tratado. QUESTÕES PROPOSTASl' > Paia resolver os problem as de Esiequiom etria Industrial consulte a lefeiência 2. 1.1 A s^u çS o aquosa de um sal, de concen traçãoC , kg/m ’ , é alim entada em vazãocons- tan tc (a m*/h) a partir dc um tanque de grande capacidade, a um o u tro m unido de agita dor. Este encerra 250 6 de á ^ a pura n o início da g e ra ç ã o . À m edida que a sedução sali n a escoa para o tanque a ^ ta d o à razão dea m ’ /h , a m istura resultante é tam bém red ra da à mesma razSo, indo paia o processo onde deverá ser utilizada. Na saída do prim eiro tanque há um a válvula de regulação autom ática de vazão e o segundo tanque é equipado com um legulador de nível que a tu a o u tra válvula autom ática na saída desse tanque, m an ten d o constan te o nível da m istura n o tanque. Pede-se: a) relacionar a concen traçãoC da sedução alim entada ao processo num dado instante com o tem po d decorrido desde o in í c io da operação (ado tar o = 5 0 fi/A); b) o tem po necessário para ser ob tida solução de con centração igual à m etade do valor C , ; c) com o se poderá to m ar duas vezes m aior o tem po calculado em b? 1.2. U m a reação cata lítica en tre os leagentes gasosos A c B p a ia .fornecer o p ro d u to gasoso A B i deve ser realizada em processo con tínuo . Em vim ide da baixa conversão po r passe no reator, que é dc 33,3%, e d o elevado custo dos reagentes, deddiu-se operar com reciclo da m istura que sai d o reator, após separação d o p ro d u to form ado, po r absorção num solven te não-volátil. Os reagentes não são absorvidos de m odo apreciável durante a recuperação do p rodu to , porem a recuperação deste não é total. A m istura gasosa a ser reciclada en cerra 1 mol % d o p ro d u to ao sair do sistema de absorção. A m istura alim entada en cerra os reagentes na p rc^o içâo estequiom étrica e mais um por cento d o m aterial inerte C, que tam bém não é absorvido em proporção apreciável durante a recuperação do produ to form ado n o reator. A fim de e rita r o acúm ulo deste m aterial inerte no sistema, o que vi ría prejudicar a conversão dos reagentes em p ro d u to , deve-se purgar um a parte dos gases que saem da e d u n a de absorção de m odo a m anter abaixo de 3% o teor de inerte n o reci c lo. Por 100 kmoi de alimentação, calcule: a) a purga necessária para m anter as condições impostas: b) a quantidade da A form ada; c) o rendim ento global d o processo; d) o reciclo; e) a porcentagem de C na entrada do reator. OPERAÇÕES UNITÁRIAS 1.3. 1.4. 1.5. 1.6 . Um fom o experim ental queim a m etano com a quantidade teórica de ar. Devido a defeitos de construção e m á operação d o fom o. a reação não se com plem enta integralmente. Dez p o r cen to d o cari>ono queim ado form am CO, o restante passa a CO^ e não se form a fult* gem, nem alcatrão. O m etano c alim entado a 25®C e o ar, com 30% de um idade, é pré- aquecido a 8 0 ^ . 0 $ fum os saem do fom o a 4 5 0 ^ . Calcular a porcentagem d o m etano alim entado que se queim a n o fom o. Quais são as suas recom endações para corrigir ou me lho rar a operação d o fom o? Na hipótese de se poder m elhorar em 20% a queim a do m eta n o , dé sua estim ativa da nova tem peratura dos fumos. Dados: pressão de vapor da á ^ a a 80<)C, 355 m m de Hg; pressão barom étrica. 700 mm de Hg; enialpia-padrão de com bustão d o m etano, dando água I fq u id a e C O j, 212798 cal/ m<ri; entalpia de vaporização da água liqu ida a 1 8 ^ , 584 kcal/kg; com posição volumétri- ca d o ar, 21% de oxigênio e 79% de nitrogênio. Uma bolsa de gás natural acha-se inicialmentc à pressão de 260 atm e 6 5 ^ . O fa to r de com prcssibilidade do gás nestas condições foi avaliado em 0,80. Após produzir trin ta e cin co milhões de m etros cúbicos de gás, m edidos a 2 0 ^ e 1 atm . a pressão caiu para 170 atm e . a tem peratura, para 6 4 ^ . O fa to r de cwnpressibilidade nestas novas condições é avalia do em 0,85. Calcular a quantidade, em m etros cúbicos norm ais, de gás natural inicialmen- te presente na bolsa. A seguinte análise de O rsat foi ob tida para os gases de escape dc um m o to r funcionando com um a p s d t n a paraTmica de densidade API igual a 6 0 ^ e p o n to de ebulição m édio (ba se molar) de 120°C : C O j 13%, CO 0.3%, O j 0.5%. (}ual é a sua estim ativa da massa m<^e- cular da gastdina empregada? N um a instalação que produz ácido nftrico pela destilação de um a m istura de n itra to de só d io e ácido sulfúrico, a destilação teve o c u n o descrito pela tabela que se segue, onde $ t o tem po em horas m edido a partir d o im eio da o ^ ra ç ã o , C é a concentração d o destilado que se condensa no instante $ (expressa cm porcentagem de HNO3 em peso) e m a massa total do destilado recolhido desde 0 in icio da operação até 0 instante 6: $ (hotas) C(% ) m (k g ) 0 0 0 1/4 30 ,0 100 1/2 60,0 190 3/4 75,5 290 1 83.0 380 1,5 93.0 570 2 97,0 860 3 95,5 1150 4 94,2 1530 5 92,5 1910 6 91.0 2290 7 89.0 2680 8 86,7 3060 9 84,2 3440 10 81.3 3820 11 77.6 4210 12 73.0 4590 13 67,7 4970 14 60 ,0 5350 15 42 .0 5740 15,167 (fina!) 35,0 5800 8 CAK TULO 1 a) Prepare um gráfíco m ostrando a concentração d o ácido que resultaria da coleta con tin u a e m istura num tanque, de to d o o condensado em fu n ç lo da quantidade r e c ^ i d a . b) QuaJ c o peso m áxim o de ácido de 90,0% em peso, que se poderia o b te r num proces so que envolvesse tâo-som entc a segregação d o condensado à m edida que este se forma? 1.7, A vazão d o p ro d u to form ado num processo qu ím ico é m edida e registrada continuam cntc durante a operação. O gráfíco ob tido é fornecido na fíg. 1.1. Derermine o volum e to ta l pro duzido num período de vinte e q u atro horas (entre meia noite de um dia e m eia no ite do dia seguinte). Fi$. I.I - V ariação da vazão com o tem po. 1.8. D urante os trabalhos para verificar o funciemamento de um processo quím ico industrial tom ou-se necessário determ inar a velocidade média de escoam ento da água num a das tubu lações. O m eio mads conveniente para isso é um m étodo ind iie to n o qual se m ede a massa m de água que sai d o tubo p o r um p o n to conveniente a ser escd h id o , durante um certo intervalo de tem po 6. De posse da m edida d o diâm etro D da tubulação e do valor da den sidade p obtida de m anuús, calcula-se a velocidade média 4 m í p A ntes de levar avante as determ inações o engenheiro encarregado d o ensaio decidiu calcu la r a incerteza dos resultados a serem obtídoe com a equação acima. Para tan to , fez as se guintes estimativas, tan to dos prováveis valores das variáveis, com o das respectivas incerte zas das medidas: 1. A água a ser coletada será da ordem de 100 kg, um a vez que as balanças disponfveis na fábrica têm essa capacidade. Por o u tro lado, observando o m au estado de conservação das mesmas, julga que um a estim ativa conservativa da incerteza da m edida é de e 5 kg. 2. O tem po de coleta da am ostra será da ordem de 70 segundos, de acordo com infor mações que obteve. Um re ló ^ o elétrico será utilizado para m edir o tem po e o engenheiro acha que os erros pessoais e d o relógio com binados não excederão ± 1 s. o p e r a ç O e s u n i t á r i a s 1.9. 3. O diâm etro nominal d o tu b o é l" . Levando em conta um pouco de ovalizaçlo, erros de calíbração e inciustaçòcs, fez um a estim ativa de q ue o erro da m edida d o diâm etro não excederá ± 0 ,03” . 4 . A densidade da água a 1 6 ^ (tem peratura da m edição) 6 0 ,999 kg/C. A incertezana m edida da tem peratura é dc ± l^ C . correspondendo a um a variação de densidade m enor do que 0,1%. U m a vez que a incerteza na densidade é um a ordem de grandeza m enor do que as dem ús. seu e fe ito será desprezado. a) Faça um a previsão do erro provável da m edição final. b) ( ^ e precísões das medidas parciais serão necessárias para dar um erro provável na m edição final inferioi a 2%? Uma sáríe de experiências foi realizada com a finalidade de se determ inar a variação com a tem peratura da capacidade calorffica d o glicol etilénteo a pressão constante. Cada ensaio consistiu no aquecim ento de um a quantidade previam ente conhecida de ^ ic o l en tre limi* tes de tem peratura pré*fíxados, conform e indicado na tabela que segue. O calor fornecido a pressão constante foi determ inado em cada caso pelo consum o de energia elétrica de um a resistência im ersa no glicol. Intervalo de tem peratura (OC) Calor transferido (kcal/kg) 0 - 2 0 11.3 2 0 - 40 11.8 4 0 - 6 0 12,2 6 0 - 80 12.7 80 - 100 13.1 1 0 0 - 1 2 0 13,6 1 2 0 - 140 14.0 1 4 0 - 1 6 0 14,5 1 6 0 - 1 8 0 15.0 180 - 200 15,4 I.IO. O btenha a expressão em pírica que relaciona a capacidade catorífica específica d o ísobuta* noi, a pressão constante, com a tem peratura, a partir dos seguintes dados experim entais: r ( o c ) 0 10 20 30 40 50 Cp (caI/g®C) 0.505 0,537 0,570 0,607 0,642 0,675 Ti9C) 60 70 80 90 100 Cp (cal/goC) 0,705 0,737 0.770 0 ,808 0,840 Calcule a variação de entalpia de 3 kg desse álcool entre 2 0 ^ e 9 0 ^ : a) graficam ente; b) analiticamente. 1.11. Com base em princípios fundam entais chegou-se à conclusão de q ue a viscosidade de um líqu ido podería ser relacionada com a tem peratura através dc um a expressão do tipo; li^ a e 10 C A P m jL O 1 Nessa expressão, que é válida para pequenos intervalos de tem peratura. M = viscosidade em cP T = tem peratura em K a,b = constantes em pm cas Qual é a expressão para o ic tracloreto de carbono? O s dados experim entais disponíveis são os seguintes: r ( o c ) 20 30 40 50 60 70 80 P icP) 0,969 0,843 0,739 0.651 0,585 0,524 0,468 1.12. A viscosidade de um gás £ aproxim adam ente p ro p o rc io n a à tem peratura absoluta elevada a alguma potência p. D eterm inar p a partir dos seguintes dados p a ta o C O j a l atm c com pare 0 resultado ob tido graficam ente com o o b tid o p o r m étodos analíticos. r(O K ) 288 293 303 313 372 455 u(cp) 0.01457 0,01480 0,0153 0,0157 0,0186 0,0222 r(O K ) 575 763 958 1123 1325 u (cp) 0.0268 0.0330 0,0380 0.0436 0,0479 1 .1 3 .0 coeficiente de película (h) para transmissão dc calor p o r convecção é relacionado com a velocidade de escoam ento d o fluido (10 pela equação h D eterm ine as constantes a t b i p a rtir dos seguintes dados experim entais: V(ft/stg) 1 3 5 7 9 12 150 370 565 750 920 1160 1.14. D urante um a fü tração a pressão constante, o veriume de fü tração recolhido variou com o tem po de fü tração segundo um a equação d o tipo V’ =K. e « onde; e tem po (m inutos) V e volume de filtrado (litros) K = constante em pírica. D eterm ine K p o r diferenciação gráfica, a partir dos seguintes dados experim entais: 0 (m in) 0 2 4 5 7 9 12 15 20 0 180 254 284 337 380 440 490 570 1.15.Com o aux ílio da expressão deduzida a partir da 1? lei da term odinâmica; 2fV^dL —vdP^ dW vc* * ydV/gc + g c^ (v e volum e específico, F s pressão to ta l. H^vc ~ trabalho fornecido ao volume de co n tro le, X B altura n o p o n to considerado, V ^ velocidade de escoam ento, / « fa to r de fricção da equação de Fanning, gc « fa to r de c<msi$tència). Explique o que actm tece quando: a) um líqu ido que circula po r um a tubulação horizontal passa p o r um estreitam ento bm sco (orifíc io ou válvula parcialm ente aberta), esclarecendo o que o co n e quando o es- o p e r a ç Oe s u n i t á r i a s 11 tie itam en to se to m a progiessivamente mais im portante e justificando todas as hipóteses fotm uladas; b) um $á$ perfeito circula po r um a tubu laç lo horizontal com velocidade de massa constan te G. Sendo L o tiech o de tubulação po r onde o gás escoa com queda de pressão m oderada, calcular a perda de p ressio nesse tiecho , justificando as hipóteses adotadas para os cálculos. 1.16. Agua a 4 0 ^ 0 está escoando através de um tubo longo dc 4*’ de d iâm etro nom inal, Schedu* Ic 4 0 , a uma vazão de 5 0 fi/min. Calcule: a ) a velocidade da água no cen tro d o tu b o ;b ) a perda de carga p o r 100 m de tubo ; c) a leitura num m anôm etro em U, co n tendo tetraclo* re to de carbono com o liqu ido mancm téuíco e cujos ram os e s t io ligados a tom adas de pres são nos flanges de um orifício de 5 cm de diâm etro; d) a perda de carga n o pon to onde o tu b o se une a um o u tro de 6 ” : e) o diâm etro econôm ico d o tubo. 1.17. Na fíg. 1-2 acha-se representado um tanque elevado, do qual saí um a tubulação de aço<ar- bono Schedule 80 com os diâm etros nominais indicados. Peto sistem a circula xiiol a 6(KO. A pressão no tanque é 1 atm . Qual deverá sc ra altura X do xilol no tanque para que a vazão através da tubulação seja de 500 t/m in ? Se um trecho adicional de tubo com 30 m de extensão for acrescentado, qual será a nova vazão? Fig. 1.2 • Esquem a da instalação d o problem a 1.17. I . lS .P ro ^ te um orifício com tom adas de pressão nos flanges, para m edir a vazão de CH4 a 5 atm e 3 0 ^ num tubo de 6 ” . Schedule 80. São dados: 1. V azão aproxim ada d o gás: 0 ,8 7 0 m ^ /s nas condições de escoam ento. 2. O m anôm etto disponfvel 6 do tipo U, com 30 cm dc cem prim ento. 3. O fluido m anom étzico a ser u tilizado é um a gasolina colorida, com densidade 0,875 g/mL 12 c a p i t u l o I M 9 .D o is mil quilos dc ácido residual de um processo de nitração encerrando 26% de HNO3, 27% de H2SO4 e 37% de H jO a 40<*C são fortiftcados com 120 kg de ácido sulfúrico a 92% em peso c 85 kg de ácido n itrico de 60% em peso , ambos a 18<>C. Calcule a tempera* tura máxima que a m istura poderá atingir e o calor a ser rem ovido para lesfríar a mistura até 1 0 ^ . Utilize a fíg. 1*3 ob tida com os dados adaptados de McKinley e B row ni^i. áouo «uK úh^pafo -6 0 1 l ' r * 1 . 1 1 — \ 90 1 > 1 1 I T m : } i i •7t> ■eo to 20 30 40 50 6 0 70 60 90 too % õm peso oe Ò O » tetoi (hno^ + h^ ) Fig. 1.3 - Diagrama entalpia-conccnuação para 0 problem a 1.19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (1) Comíde, R.t “ Manual dc O perações Unitárias*’, C enpro Leda. - Editores, Sâo Pauto, 1969. (2) G om ide. R.: “ Estequiom etria Industrial” , 2? edição, ed. d o au tor. Sâo Paulo, 1979. (3 ) McKinley e Brown: Chenj. Met. Eng., 4 9 (1 9 4 2 ) . CAPITULO 2 P ro p ried ad es d o s só lidos p a rticu lad o s 0 conhecimento das propriedades dos sólidos particulados c fundamental para o estudo de muitas operaçóes unitárias como a fragmentação, o peneiia- m ento, a fluidizaçSo, a mistura, o armazenamento, as separações mecânicas, o escoamento de fluidos através de leitos ^anulares e a ad so i^ o . De um modo geral as propriedades são de duas categorias: as que só depen* dem da natureza das partículas e as que se associam com todo o sistema. Do primeiro tipo são a forma, a dureza, a densidade, o calor especifico e a condu- tividade das partfculas. As da segunda categoria são a densidade aparente, a área especifica, as condutividades, a permeabilidade e o ângulo de repouso na tural. Neste segundo caso a propriedade pzssa a ser uma caracterfstica do con jun to (ou da amostra) e não mais do s<Mido em si. 0 que se tem verificado é que as propriedades da segunda categoria, ou seja, as propriedades do leito poroso constituído das partículas sólidas separadas umas das outras na amostra, dependem principalmente da porosidade do leito, que por sua vez está associada com a distribuição granulométricadas partícu las, além de outros fatores. CARACTERIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA Tanto a especificação da fínura desejada, como o cálculo da energia necessá ria para realizar uma operação de fragmentação requerem a definição prévia do que se entende por tamanho das partículas do material. A determinação de ou- 14 c a p i t u l o 2 tras características do produto m oído também exige o conhecimento prévio da granulometría e geometria das partículas que o constituem. O assunto interessa igualmente a outras operações unitárias, como a mistura, as separações inerciais e a adsorçSo, além de ser im portante em processos como a catáiise heterogênea. Muitas vezes as propriedades sofrem a influência marcante do grau de sub-divi- são. A toxidés de certas poeiras depende da distribuição granulométrica, além da composição quím icad 1. Di$tinguem*se pelo tam anho cinco tipos de sólidos particulados. Apesar de não ser m uito nítida, esta classificação é útil por ser descritiva: — pós, com partículas de 1 m até 0,5 mm sólidos granulares, cujas partículas têm 0,5 a 10 mm — blocos pequenos: 1 a 5 cm — b locosm éd ios:5a 15cm — blocos grandes; maiores do que 15 cm Consideraremos inicialmente os materiais com partículas de mesmo tama nho, para depois tratarm os do caso ^ ra l de amostras com partículas de tama nhos variados. MATERIAIS COM PARTÍCULAS UNIFORMES Quando as partículas do material são todas iguais, o problema da determina ção de seu núm ero, volume e superfície externa é bastante simples. Considere mos uma partícula isolada. Seu tamanho poderá ser definido pela dimensão li near de maior importância, como o diâmetro, no caso de partícula esférica, ou o comprimento da aresta, se ela fôr cúbica. No caso de partículas de outras for mas geométricas ou irregulaibs, uma dimensão deverá ser arbitrâriamente esco lhida. Geralmente a dimensão imediatamente abaixo da maior é a preferida, porque é a que mais se aproxima do tam anho obtido experimentalmente.* O tam anho da partícula pode ser obtido por diversos meios: diietamente ou com 0 auxilio de um microscópio, por peneiramento, decantação, elutriação ou centrifugação. Tanto a medida direta como a microscópica dispensam explica ção. Neste último caso o m étodo empregado é o de R osiw alU ),que consiste em ir virando a partícula sobre uma lâmina microscópica e quadriculada de modo a facilitar a medida. Tira-se a média de cem partículas e depois compara-se com a média de duzentas para verificar se os resultados são concordamos. O peneiramento consiste em fazer passar a partícula através de malhas pro- giessivamente menores, até que ela fique retida. O tam anho da partícula estará (* )E m algumas aplicações utiliza-se o diâm etro do círculo de mesma área dc secçáo trans versal que a partícu la em sua posição de máxima estabilidade. O utras medidas serâo tam bém apresentadas ao tra tannos de outras operações. PROPRIEDADES DOS SO U D O S PARTICULADOS 15 compreendido entre a medida da malha que a reteve e a da imediatamente an terior. A média aritmética das aberturas destas malhas servirá para caracterizar 0 tam anho da partícula. A decantação e a elutriação são métodos indiretos que se baseiam na medida da velocidade de decantação da partícula num fluido. Estando relacionada di retamente com as dimensões da partícula, esta velocidade permitirá o cálculo do tamanho, desde que se conheça a equação que descreve o fenômeno. No pri meiro caso, 0 material é posto em suspensão que se deixa em repouso durante um certo tem po, fmdo o qual o nível dos sólidt» decantados terá desddo de uma distância que se mede. A velocidade de decantação é obtida dividindo a distância pelo tempo e , a partir do valor achado, calcula-se o tamaitho da p a rtí cula. Na elutriação o princípio empregado é o mesmo, porém a suspensão é mantida em escoamento ascendente através de um tubo. Variando-se a veloci dade de escoamento, será fácil descobrir o valor necessário para evitar a decan tação das partículas. Esta será a velocidade de decantação do material. Muitas vezes a elutriação é feita com ar, sendo esta técnica particularmente im portan te para a determinação do tam anho de poeiras contaminantes. Um tipo de equi pam ento utilizado neste caso é o anaüsador R o lle rü ). a vantagem da elutria ção é que ela permite efetuar a medida instantânea do diâmetro. Representado por u a velocidade de decantação (cm/s) da partícula esférica de diâmetro D (microns) e densidade p (g/cm^) num fluido de densidade p* e viscosidade p (cP), a lei de Stokes será aplicável se a decantação ior re^izada em regime vis coso, podendo-se escrever: _ (p -O') I S x l Ot f p Esta expressão permite calcular diretamente o diâmetro da partícula: £> = 1355 . / V P - P ' Observa-se que o diâmetro assim calculado é o da esfera de mesma densidade e velocidade de decantação que a partícula considerada, pois a lei de Stokes é vá lida para partículas esféricas. O m étodo de centri/ugaçffo, também indireto, obedece ao mesmo princípio dos anteriores, porém a força gravitacíonal é substituída por uma força centrí fuga cujo valor pode ser bastante grande, à conveniência do operador. É útil principalmente quando as partículas são m uito pequenas, sendo porisso de de cantação natural m uito lenta. Seja D o tam anho característico da partícula, obtido por qualquer destes métodos. Esta dimensão será o diâmetro, mesmo que a partícula não seja esfé rica. As caractensticas importantes do material poderão ser calculadas em fun ção de Z) como segue: 1 6 CA P ItU L 0 2 l . Superfície externa da partícula (s) s =a D^ 0 valor do parâmetro a depende da forma da partícula. Para cubos, é igual a 6 e ,p ara esferas, vale n . 2. Volume da partícula (v) v = b D^ O parâmetro b também depende da forma, sendo igual a 1 para partículas cúbi* cas e 7t/6 para partículas esféricas. 3. Fator de forma ( \ ) A relação a X= ô será denominada fa tor de form a da partícula. É igual a 6,0 para cubos e esferas, sendo maior para partículas irregulares. Muitos produtos de operações de moa- gem têm X aproximadamente igual a 10,5(*). Para materiais pulverizados X va ria de 7 a 8 e, para partículas laminares de mica, é igual a S5(**). 4 . Número de partículas da amostra (N) Sendo Af a massa da amostra e p a densidade do sólido, o núm ero de partí culas será: v<^ume total da amostra M N ^ volume de cada partícula b p 5. Superfície externa (S) M XAÍ S = N $= — aD ^ = b D ^p D p 6. Superfície específica Ã7 " ~Op (* ) Vak>r calculado com base no inverso d o fa to r de form a deruúdo por G audini^l. (* * ) V alor baseado no tam anho da m aior aresta is). PROPRIEDADES D O SSO U D O S PARTICULADOS 17 A plicaçio 1 Uma am ostra de mica foi observada com um a lente e diversas plaquetas d o m aterial fo* ram exam inadas e m edidas, vcriftcando-$c que elas eram praticam ente do mesmo tam anho. Suas dimensões médias resultaram as seguintes: espessura 0,5 m m , largura 8 mm . com pri m en to 14 mm . Calcular o fa to r de form a das partfculas. Solução A dm itindo que as partfculas sejam paralelepfpedos retângulos e lem brando que neste caso D e 8 m m , resulta: í « s 2 ( 0 , 5 x 8 + 14 X8 + 0.5 X 1 4 ) « 2 4 6 = e .8 ’ a = 3,84 v = 0,5 x 8 X 14«= 56 = 0.8* ô = 0 , l 0 9 P ortan to 3,84 \ --------- = 3 5 ,3 0.109 MATERIAIS HETEROGÊNEOS Neste caso o material terá que ser separado em frações com partículas uni formes por qualquer dos m étodos de decantaçSo, elutriaçdo ou centriftigação anteriormente descritos. O meio mais prático, no entanto, consiste em passar 0 material através de uma série de peneiras com malhas progressivamente meno res, cada uma das quais retém uma parte da amostra. Esta operação, conhecida como análise granuloménica, é aplicável a partfculas de diâmetros compreendi dos entre 7 cm e 40 /;/. Abaixo deste valordeve-se recorrer a um dos métodos descritos anteriormente (*). , Todavia, abaixo de 80 o peneiramento já é insatisfatório. O material retido em cada peneira é pesado separadamente, sendo a sua quantidade relacionada com a abertura da malha que o reteve. A análise granulométrica é realizada com peneiras padronizadas quanto à abertura das malhas e â espessura dos fios de que sSo feitas. Há diversas séries de peneiras, sendo mais importantes as do British Standard (BS), do Institute o f Mining and M e ta l lu ^ (IMM), do National Bureau o f Standards e a série Ty* ler, que é a mais comumente utilizada no Brasil. Consta de catorze peneiras e tem como base uma peneira de 200 malhas por polegada (200 mesh), feita com fios de 0,053 mm de espessura, o que dá uma abertura livre de 0,074 mm. As demais peneiras da série e que sâo colocadas acima desta durante o ensaio, apre sentam 150. 100, 65, 48 , 35, 2 8 ,2 0 ,1 4 , 10, 8, 6 ,4 e 3 mesh respectivamente. Quando se passa de um a peneira pata a imediatamente superior (por exemplo da de 200 para a de 150 mesh, ou da de 8 para a de 6 mesh) a área da abertu ra é multiplicada por dois e, portanto, o lado da malha é multiplicado por ( • ) V er p o r exem plo Brown c associados p. 92Í4). 18 c a p i t u l o 2 \ /T T Quando se deseja a separação da amostra em frações de tamanhos mais próximos do que os consecutivos da série normal, utilizam-se peneiras interme diárias cujas aberturas guardam uma relação de 1: \Í2 com as adjacentes da série normal. As características das diversas peneiras da série normal Tyler acham-se na tabela II.1. A série completa e as séries BS, IMM e da ASTM en- contram-se no apêndice A-1. O ensaio consiste em colocar a amostra sobre a peneira mais grossa utiliza da no ensaio (poderá ser a peneira 3 da Tyler normal ou qualquer outra) e agi ta r em ensaio padronizado o conjunto de peneiras cdocadas umas sobre as ou tras na ordem decrescente da abertura das malhas. Abaixo da última peneira há uma panela que recolhe a fração contendo as partículas mais finas do material e que conseguem passar através de todas as peneiras da série. A fim de padronizar o ensaio, o conjunto poderá ser agitado ou vibrado mecanicamente. Um dos dispositivos que se costuma empregar, conhecido como Ro-Tap, obriga o con jun to de peneiras a descrever uma trajetória elitica sobre o plano horizontal. Ao fmal de cada volta, o conjunto recebe um golpe seco. Empregam-se também agitadores nos quais o conjunto fica sobre molas ou i^ndurado. O ensaio dura de 15 a 20 minutos. Algumas vezes a operação é realizada com a amostra em suspensão num líquido para facilitar a separação das partículas. Tabela II-J PENEIRAS DA SÉRIE TVLER PADRÃO Malha ■ Abertura livre Diâmetro do fio (mm)polegadas mm 3 0,263 6,680 1,78 4 0.185 4,699 1,65 6 0,131 3,327 0,914 8 0,093 2,362 0,813 10 0,065 1,651 0,889 14 0,046 1,168 0,635 20 0,0328 0,833 0,437 28 0,0232 0,589 0,318 35 0,0164 0,417 0,310 48 0,0116 0,295 0,234 65 0,0082 0,208 0,183 100 0,0058 0,147 0,107 150 0,0041 0,104 0,066 200 0,0029 0,074 0.053 PROPRIEDADES DOS SO U D O S PARTICULADOS 19 Terminado o ensaio, as quantidades retidas nas diversas peneiras e na panela sSo determinadas por pesagem e as diversas frações retidas podem ser calculadas dividindo as diversas massas retidas pela massa total da amostra. Se numerar mos em seqüéncia as peneiras utilizadas, começando pela de cima, e represen tarmos por m | a massa retida sobre a peneira i e Af a massa total da amostra, a fração retida nesta peneira será (fig. I I .1): mi Esta fração poderá ser caracterizada indiferentemente de dois modos: 19) Como a fração que passou pela peneira /—1 e ficou retida na peneira/. Se estas foiam as peneiras 14 e 20 respectivamente, será a fração 14/20 ou -1 4 + 20. JL*. A.« •"V i-t / . t vlv, c - Fig. IJ.J - Frações recolhidas nas peneiras. 20 c a p i t u l o 2 29) Como a fração representada pelas partículas de diâmetro Df igual à média aritmética das aberturas das malhas das peneiras / c /—1. No caso que esta mos exemplificando, será a fração com partículas de tamanho _ 0.833 + 1.168 D{ = ■■ = 1,000 mm Apresentação dos resultados Os resultados de um a análise granulométiica poderão ser apresentados sob a forma de tabelas ou gráfícos. A tabela I!-2 é a análise granulométrica diferen- ciai (AGD) do material. As diversas frações retidas e os diâmetros das partículas (Õ/) figuram ao lado dos números das peneira$(t-l e 0 entre as quais acham-se retidas as frações correspondentes. Convém lembrar que é adotado igual à média aritmética das aberturas das malhas das peneiras i t r - 1 . Na reali dade as dimensões das partfcuias de cada fração recolhida variam desde D i^ j até Dl, que são as aberturas das peneiras entre as quais ficaram retidas, porém a aproximação feita não acarreta erros importantes, a não ser quando se trata da fração n retida na panela. O recurso neste caso é extrapolar os dados conforme será cüscutido adiante. Tabela II-2 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DIFERENCIAL Peneiras Aberturas Di (mm) Di fmm) Fração f - i / f 4 6 8 10 14 20 28 35 48 65 100 150 200 panela 4.699 3,327 2,362 1,651 i,168 0,833 0,589 0,417 0,295 0.208 0,147 0,104 0,074 <0 ,074 4,013 2,844 2 ,006 ' J ,4 1 0 1,000 0,711 0,503 0,356 0,252 0.178 0,126 0,089 <0 ,074 4/6 6/8 8/ 10 10/14 14/20 20/28 28/35 35/48 48/65 65/100 100/150 150/200 - 20 0 0,0251 0,1250 0,3207 0,2570 0,1590 0,0538 0,0210 0,0102 0,0077 0,0058 0,0041 0,0031 0,0072 Na tabela II-3 são apresentadas as análises granulométricas acumuladas do PROPRIEDADES DOS SO U D O S PARTICÜLADOS 21 Tabela IU3 ANÁLISES GRANULOMÉTRICAS ACUMULADAS Malhas Dl (mm) Fração acumulada retida (*^/) Fração acumulada de fmos (I 4 4,699 0,0000 1,0000 6 3,327 0,0251 0,9749 $ 2,362 0,1501 0.8499 10 1,651 0,4708 0,5291 14 1,168 0,7278 0,2721 20 0,833 0,8868 0,1131 28 0,589 0,9406 0,0594 35 0,417 0.9616 0,0384 48 0,295 0,9718 0,0282 65 0,208 0,9795 0,0205 100 0.147 0,9853 0,0143 150 0,104 0,9894 0,0106 200 0,074 0,9925 0,0075 -2 0 0 — 1,0000 0,0000 mesmo material. Há dois tipos de análise acumuladas: a primeira apresenta, em funçáo de cada D i (abertura da peneira i), a fração acumulada retida nessa peneira ou fração acumulada de grossos (< '̂) que se calcula somando à fração retida na peneira / as frações retidas cm todas as peneiras anteriores: 1 + Aipj + . . . + At^/ O valor (̂ * representa, assim, a fração da massa total da amostra que não conse gue passar através da peneira i. Se a peneira i fõr a 20, será a fração + 20. É evi dente que. para a mistura toda, tpi é igual a um. O segundo tipo de análise gra- miiocDétiica acumulada é o que relaciona Df com a fração acumulada que passa peü peneira i, ou seja, I - O valor 1 - çy representa a fração da massa total da amostra ensaiada que consegue passar pela peneira i, ou seja, a fração da massa to t^ que é formada de partículas mais ftnas do que D/. No caso da penei ra 20, será a fração - 20. O primeiro tipo de análise que acabamos de descre ver é a m álâe gnm hm étrica acumulada de grossos ou retidos (AGAR). O se- ê a arnUse gnnulométrica acumulada de finos (AGAF). 22 CA PItU LO 2 Ao Utilizar a análise granulométríca diferencial deve*se supor que todas as partículas de uma dada fração apresentam o mesmo tamanho, que é a média a rítm éü C 3 das aberturas das malhas das duas peneiras entre as quais a fração fi cou retida. Já o uso das análises acumuladas não requer esta hipótese. A relação entre t D é vista como uma função contfnua passível de tratam ento mate mático. Por esse motivo, a utilização das análises acumuladas conduz, em prin cipio, a resultados mais exatos do que os obtidos a partir da análise diferencial. Sob a forma gráfica, estes mesmos resultados são apresentados nas figuras 11-2,11-3 e 11-4,que representam respectivamente a análise diferencial, a a n á li se acumulada de retidos e a análise acumulada de finos. Na figura II-2 a curva continua foi traçada pelos pontos médios dos patamares e substitui a função em degrau obtida diretamente da análise granulométríca diferencial (tabela II-2). Essa curva representa a relação entre e Di. A figura IÍ-3 representa a análise granulométríca acumulada de retidos (i^' sob a forma de uma cur va continua. A figura II-4 apresenta a análise acumulada de fínos. F ig .lU Análise G ranulom étríca Diferencial. Fig. n .3 Ana'lí$e Granulome'trica A cumulada de Retidos. Fig. II.4 Análise G ranulom étríca A cumulada de Finos. A curva da figura H-2 dá uma idéia da distribuição de tam anho das partícu las na amostra. Indica, entre outras características do m ateri^ , o intervalo de variação dos diâmetros, bem como as dimensões predominantes na amostra. Um pico acentuado na curva caracteriza a predominância de determinado ta manho de partícula. A existência de dois picos numa curva (Fig. II-5) revela que a amostra é mistura de dois materiais de origens diferentes. A curva é, na realidade, a soma de duas curvas que representam as análises diferenciais dos dois materiais existentes na mistura. PROPRIEDADES DOS SO U D O S PARTICULADOS 23 Fig. lU Mistura dc dois materiais. A forma das curvas ÍI-3 e IÍ-4 também dá uma indicação da distribuição das partículas na amostra. Para maior clareza, são apresentadas na fig. 11-6 as carac terísticas mais importantes associadas com três curvas de aspectos diferentes. Contudo, é sempre mais difícil visualizar a distribuição dos diâmetros com au x ílio das análises acum ulad^ do que com as análises diferenciais. * paniajus gron^s .'aooTfs ao que Q,) ^ D ^oaomhio a« porriojios poqtMfios na amostro (monorés OoaueC^) OiStribviçóo (/nitorma Oe portioj- los na aifiostra Fig. 11.6 - C aiacterístícas da am ostra reveladas pela form a da análise granulom étríca de retidos. Ub u cursa de distribuição pode ser obtida por diferenciação gráfica da cur va representativa da análise acumulada de retidos. £ bastante construir a curva dos coeôoeates angulares das tangentes em cada ponto da curva da fíg. 11-3, em 24 CA PItU LO 2 funçáo da absctssa do ponto de tangéncia. O gráfico obtido encontra-se na fig. II-7. Uma vez que a derivada de «p -fi.D ) é negativa, o gráfico já foi construído diretamente com as quantidades positivas -d ^d D em função áeD. A área sob a curva entre e D -* ^ mede a probabilidade de se encontrar na amostra uma partícula com dimensão entre esses limites. Esta probabilidade é de 100%. De fato: D = «»(v5=0) -------d D ^ - f f i dD £) = 0 (v> *I) /■ Fig. II. 7 CUrva de disuibuiçáo dos tam anhos. « 1 'no Outros tipos de diagramas também podem ser utilizados para representar os resultados de uma análise granulométrica. Três merecem destaque: a análise di ferencial em papel mono-logarítimco, a mesma análise em papel log-Iog e a aná lise acumulada de finos em papel de probabilidade. O primeiro (AG Dem papel mono*log) é empregado para eliminar o inconveniente do acúmulo de pontos na região das partículas finas, responsável por enganos e imprecisOes de lei tura no gráfico. O segundo (AGD em papel log-log) permite extrapolar, na re gião dos finos, os resultados das análises granulométrícas de materiais moídos. Verifica-se que nesta região os pontos ficam sobre uma reta*. Finalmente, o gráfico em papel de probabilidade é útil para o tratam ento estatístico da amos tra**. ( *) A este assunto voltarem os adiante. (**) Para um a revisão d o assunto recom endam os um a consulta à ref. (6 ), Mickley, Sher- w ood c R ecd, p-61 c seguintes e tef. (7 ). Foust e associados, p . 534. PROPRIEDADES DOS SÓ U D O S PARTICULADOS 25 Cálculos baseados nas análises granulométricas A seguinte nomenclatura será adotada para deduzir as expressões a seguir: M - massa da amostra 5 = superfície externa total da amostra s = superfície externa de uma partícula N - número de partículas da amostra O = densidade das partículas (será admitido que todas as partículas apresen tam a mesma densidade) D = diâmetro das partículas (com índices que servirão para indicar a peneira sobre a qual estão retidas) D - (Üâmetro médio das partículas (com índices que servirão para indicar o tipo de média) = fração acumulada da massa da amostra que fica retida na peneira i. 1 - ^ 1 = fração da massa da amostra que passa pela peneira /. a,b = parâmetros que dependem da forma da partícula e que relacionam o diâmetro com a superfície externa e com o volume, respectivamente (admitiremos que a eb são os mesmos para todas as partículas). a ~~b n = - fator de forma das partículas (admitido constante para toda a amos tra) núm ero de frações obtidas (desde a primeira peneira utilizada até a pa nela). 1. Número de partículas da amostra O núm ero de partículas presentes na massa M da amostra é calculado soman do os números de partículas de todas as frações obtidas. Este cálculo poderá ser feito com os dados da análise granulométrica diferencial ou com a análise acu mulada de retidos. Utilizando os dados da análise diferencial, pode-se escrever: n N = 2 1 bfDi Pi Se b e p forem admitidos constantes para todas as frações da amostra, resulta: M N = — b p d } Au>i A somatória terá que ser obtida somando as parcelas ções da amostra, inclusive a presente na panela. para todas as fra- 26 CAPitULO 2 Com a análise acumulada de retidos obtém-se um resultado que, em princi pio, é mais preciso do que o obtido com a expressSo anterior. Quando n -»̂ oo esta últim a expressSo transfoima-se na seguinte: M f ' difi N = ----- / ^ b o Jo A integral poderá ser calculada graficamente a partir dos dados da análise acu mulada de retidos, sendo suficiente construir o gráfico de \/D^ em função de e calcular a área compreendida entre a curva, o eixo das abscissas e as ordena das levantadas por «p = 0 e <p = 1. É claro que as expressbes anteriores valem igualmente para uma parte da amostra, desde que mudemos os limites de integração ou da somatória. Por exemplo, para as frações retidas nas peneiras 6 a / : (inclusive) (frações retidas (pg e resulta: k Au>; M dip bp I B f ~ bp A Observe-se que a massa a utilizar continua sendo a massa total da amostra. 2. Superfície externa das partículas Com as mesmas hipóteses anteriores pode-se escrever, com base na análise granulométrica diferencial: X A /,n 5 = ------2 ^ P 1 D / O mesmo resultado pode ser obtido com os dados da análise acumulada de reti dos: XAÍ dp L ~D~ Como no caso anterior, também esta integral poderá ser obtida graficamente construindo a curva \/D versus ip e calculando a área limitada pelo eixo das abs cissas e pelas ordenadas levantadas por - 0 e - 1. A área especfflca será dada por _ i = A r — M p Jo D As expressões anteriores valem igualmente para uma parte da amostra. A massa é a total M. Todavia, na expressão da área especifica comparece também a massa Mik correspondente à parte da amostra que se considera: _ X r'^k ^ P J . Dkfi,k ' n p r o p r i e d a d e s d o s s O u d o s p a r t i c u l a d o s 27 3. Diâmetros médios das partículas Vários tipos de média podem ser defínidos para um dado material constituí do de partículas irregtilares. De fato, a amostra ensaiada apresenta característi cas como a massa, o volume, a superfície externa e o número de partículas, que náo podem ser simultaneamente representadas pela mesma funçáo de uma dada dimensSo linear mécUa. Assim sendo, nSo é possível definir um diâmetro médio que, isoladamente, represente a mistura sob os diversos aspectos que a caracte rizam. Se, por exemplo, o diâmetro médio, ao ser multiplicado pelo número to tal de partículas da amostra, der como resultado a soma dos diâmetros de todas as partículas,é óbvio que esse mesmo diâmetro nSo servirá para calcular a su perfície externa total pela simples multiplicação da superfície externa da par tícula média pelo número total de partículas da amostra. Idêntico raciocínio aplica-se ao volume total e à massa. Apenas uma propriedade da mistura pode rá ser representada por um dado diâmetro médio. As demais teráo que ser re presentadas por outrem tantos diâmetros médios. Dos diferentes critérios que têm sido adotados para obter diâmetros médios, um que se tem revelado útil pela rapidez de determinação é o utilizado por Bond para avaliar a energia consumida na redução de tamanho. O diâmetro mé dio da amostra é adotado igual à abertura da peneira através da qual passam 80% do material. Em outras palavras.é o diâmetro correspondente a 0$ diâmetros médios utilizados em análises granulomótricas serão apresenta dos a seguirU K a) Diâmetro médio aritm ético (Da). £ o diâmetro da partícula de tamanho mé dio. É im portante no estudo da filtraçâo de partículas séáidas através de malhas ou tecidos. Multiplicando o diâmetro desta partícula pelo número total de par tículas obteremos a soma de todos os diâmetros da amostra. Sejam . Â 2 , . . . os números de partículas presentes nas diversas frações recolhidas durante a análise, dc tamanhos Z?j. D j , . . . respectivamente. O diâmetro médio aritmé tico será: p - ^ +...■*■ NrjDn /V| +/Vj + . . . + n _ £ N iD i 1 ~n £ Aíf 1 Utilizando os dados da análise granulométrica diferencial, resulta ^ J Ü È Í L n . 1 bO } ' n M òtfii £ — — 1 b D ^fi n àifi 1 D] 28 CAPTTULO 2 O mesmo resultado poúerá ser obtido por meio da análise granulométnca acu mulada de grossos; /■> dip ^ Jo T — Jo D dip b) Média linear dos diâmetros 0 ^ ) - se trata agora de um diâmetro médio, mas de uma grandeza estatística e que tem importância no estudo da evapora ção de gotículas no seio de gases, como na produção de fertilizantes ou café so lúvel. é a abscissa média do gráfico ò v s D á a fig. 11-8 semelhante ao da ACAR {}P vs D) e que permite substituir a área hachurada sob a curva pela do retângu lo pontilhado. A ordenada é a fração acumulada na peneira / (semelhante à fra ção acumulada das massas retidas <pf): 6j = A 6 j + + • • • + onde: A8/ s y v .õ ; - Fif. II.S Média linear dos diâm etros. É evidente que S * 0 quando >p-0, isto é, para D infinito e vale 1,0 quando o diâmetro é zero. De acordo com a definição, Dà é tal que isto é. Dà £ DdS D.d5 p r o p r i e d a d e s d o s SÕUDOS PARTICULAOOS 29 O cálculo poderá ser feito em funçáo dos dados da ACAR como segue: D (IN db = r D d N onde dN = Md-ç Substituindo e efetuando os cálculos, resulta 1 d\ç '0 D- Jo D Dâ = f 'A Ao mesmo resultado chepriam os por meio da AGD: 1 Di 1 D) c) Diâmetro médio superficial (0$). £ o diâmetro da partícula de superfície externa média, que é a ptrtícula cuja superfície externa, ao ser multiplicada pelo número de partículas da amostra, fornece a superfície externa total. Este diâmetro é im portante para caracterizar materiais como os adsorventes e cata lisadores sólidos, cuja atividade depende da superfície externa. £ também o diâmetro apropriado para o estudo do escoamento de fluidos através de leitos porosos e para calcular velocidades de dissolução, energia de moagem e difusão da luz. Pode ser calculado com os dados da AGO a partir da definição: N a D l = Í N í o D) i I ' O mesmo resultado poderá ser obtido utilizando a curva contínua da AGAR. As somatórias sâo substituídas por integrais que devem ser calculadas grafica m ente, a menos que a relaçSo matemática entre *peD seja conhecida: 3 0 c a p i t u l o 2 d) Média superficial dos diâmetros (D's)- £sta é uma grandeza estatística obti da com a superfície externa como critério. Utiliza-se uma curva ovs D seme lhante à da AGAR (fig. 11-9). A ordenada a é a fração acumulada da superfí cie externa. Para a peneira i: a /* A 0 i +A aa + . . .-►AO|- Ni Si onde A o /= -1 1 2 - n Z Ni Si A média superficial é a abscissa média D \q u e permite substituir a área hachu- rada pela do retângulo pontilhado: do= j Dda Jfi J fl Lembrando que do = '0 •'0 aD^dN L dN= N aD^dN 0 M d^ bD^p , resulta finalmente D ’̂ - [ ' é l K D Fig. II. 9 Média superficial dos diâm etros. PROPRIEDADES DOS SO U D O S PARTICULADOS 31 Ao mesmo resultado chegaremos com os dados da AGD: _ I ^s=- 1 Di e) Diâmetro médio volumétríco {Dy). £ o diâmetro da partícula de volume mé dio, isto é, multiplicando o volume desta partícula pelo número de partículas da amostra, obtém-se o volume total do sólido. Isto quer dizer que o volume desta partícula é a média aritmética dos volumes de todas as partículas da amostra. Como a densidade foi admitida igual para todas as partículas, se rá também o diâmetro médio ponderai. Pode ser calculado com os dados da AGD como segue: N b D l ^ S NibD] Efetuando os c^culos: Com os dados AGAR o cálculo pode ser feito pela expressão: 0 Média volumétrica dos diâmetros {D \). Esta média estatística é utilizada nas separações baseadas nas diferenças de densidade, no projeto dos s e c a d o re s inerciais, no estudo da distríbuiçSo de gotículas em nebulizadores e no cálcu lo da densidade máxima de leitos fluidizados. A abscissa média na figura II-IO é a média volumétrica dos diâmetros; \Dd o3 _ Jo r»- I Jo i : dw 32 CAPITULO 2 F(g. lU O - Média volum éiiica dos diâm etros. £ fácil verifícar que = hipótese de densidade constante: = • b D ^ d N bD^p f ' b D ^ d N í ' Jo Jo M d\fi = d>p bD ^ - 0 bD^p Portanto o ; = j ' ^ D d ^ Ao mesmo resultado chegaríamos com os dados da AGD; — n — Dy ~ Z Dl à*Pi 4. Distribuição dos finos da amostra Quando representadas em coordenadas regulares, as curvas de distríbuiçáo obtidas com os dados da análise diferencial $3o muitas vezes inadequadas para estudar a distribuiçái^ das partículas fmas da amostra, pois nesse trecho as cur vas s9o quase planas. 0 erro introduzido nos cálculos da superfície específi ca e dos diâmetros médios quando uma fração importante da amostra chega á panela é por vezes inaceitável. D aí a conveniência de se extrapolar os resulta dos das análises, visando relacionar ^ com D t^}. Obseiva-se que, para materiais m oídos de mesma estrutura cristalina, a aná lise granulométrica diferencial obtida com uma série padronizada de peneiras é praticamente uma reta na região das partículas fmas (—200 mesh), quando re presentada em escalas logarítmicas. Este fato pode ser utilizado com cautela pa ra extrapolar graficamente os resultados das análises granuiométrícas realizadas p r o p r i e d a d e s d o s SÓUDOS PARTICULADOS 33 com uma série de peneiras padronizadas. Um método de extrapolação bastante útU é o de Gaudinlio). Verífica-se que, na região de partículas pequenas, a cur va de distribuição de tamanhos é uma função de potência do diâmetro: - — = m D » dD { m t n constantes) Esta equação pode ser utilizada para extrapolar com boa precisão os dados da análise granulométrica, permitindo relacionar <pcom D. Os valores das constan tes m e n poderão ser obtidos como passaremos a descrever. Seja r > 1 a relação entre a abertura da malha de uma peneira qualquer da série e a da peneira imediatamente inferior. O m étodo só se aplica se r fôr cons tante para quaisquer dás duas peneiras consecutivas da série, como no sistema Tyler, para o qual r = 1,414. Para as peneiras consecutivas í - 1 e i, de aberturas £)/_i e , a equação acima pode ser integrada entre c : Sendo A '- l - f - O i , resulta — (d "* ,' - o " " ' ) n + 1 /“ l I ou onde K ~ - 1) n + 1 m (r - 1 ) ^fii = -------- ;-------D . ‘ n +1 ‘ é um aconstante. Assim sendo, em papel log-Iog a curva da análise diferencial é uma reta de coeficiente angular n-*-!. Este valor poderá ser obtido diretamente
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