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Alterações fisiológicas na gravidez

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - CAMPUS NORTE SHOPPING – RJ 
DISCIPLINA - FISIOLOGIA HUMANA - ARA0008 
DOCENTE: DAYSE LUCID BRASILEIRO 
TURMA: 3001 
GRUPO 07 
 
Makson Roberto da Silva Melo - 201801020736 - Fisioterapia 
Manoel de Jesus Pinheiro Nogueira Júnior - 201908328517 - Ed. Física 
Manuela Santos da Cruz - 201708276866 - Fisioterapia 
Marcela Marins Rosa Borges Santos - 202003445509 - Enfermagem 
Marcus Vinícius Vicente Pereira - 202003278904 - Enfermagem 
Mariana da Silva Jorge Vellozo - 202003274569 - Biomedicina 
Mariana Evaristo Guimarães - 201702247708 - Ciências Biológicas 
Marly de jesus Freitas Furtado - 202001211896 - Fisioterapia 
Mateus dos Santos Carneiro - 202008069882 - Enfermagem 
Matheus Moreira Quelha de Sá - 202003274011 - Fisioterapia 
Melissa Assis de Souza - 202002692782 - Enfermagem 
Michele da Silva Lima - 202002124083 - Enfermagem 
Monica Pinto Ferreira - 202004032216 - Enfermagem 
Natashe Castro Freire - 201902042018 - Nutrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações Fisiológicas na Gravidez 
 
 A gestação produz profundas alterações no organismo materno com o objetivo fundamental 
adequá-lo às necessidades orgânicas próprias do complexo materno-fetal e do parto. Inicialmente 
estas alterações se devem às ações hormonais provenientes do corpo lúteo e da placenta e a partir 
do segundo trimestre, também ao crescimento uterino. As principais modificações da fisiologia 
materna e ocorrem no sistema cardiocirculatório, respiratório e gastrintestinal, além das 
metabólicas e hematológicas. O conhecimento destas modificações é de fundamental importância 
para a equipe de profissionais que se propõe a dar atendimento durante o percorrer de uma 
gestação. 
 
 
HORMÔNIOS DA GRAVIDEZ 
 
 Os hormônios desempenham um papel muito importante na gravidez . A maior parte desses 
hormônios é secretada pela própria placenta . Dois desses hormônios são o estrogênio e a 
progesterona, os dois hormônios sexuais femininos que são secretados pelos ovários durante o ciclo 
menstrual feminino normal. Entretanto dois outros hormônios também importantes e, até mesmo 
necessários para a gravidez são a gonadotropina coriônica e a somatomamotropina coriônica 
humana. Esses hormônios atuam tanto sobre a mãe quanto sobre o feto. Na mãe ajuda a controlar 
as alterações do útero e das mamas que são necessárias para assegurar a vida fetal até seu 
desenvolvimento e de promover a produção de leite. Também ajudam a regular o desenvolvimento 
do próprio feto, especialmente de seus órgãos sexuais. 
 
SECREÇÃO DE ESTROGÊNIO E PROGESTERONA DURANTE A GRAVIDEZ 
 
 As quantidades de estrogênio e progesterona secretadas pelo corpo lúteo aumentado, são em si 
mesmas, pequenas, quando comparadas às quantidades desses dois hormônios que serão 
secretadas pela própria placenta. A secreção placentária desses dois hormônios começa dentro de 
poucas semanas após o início da gravidez e aumenta, de forma especialmente rápida, após a décima 
sexta semana de gravidez, atingindo o seu máximo pouco antes do nascimento do feto. A secreção 
de estrogênio aumenta cerca de 30 vezes, e a de progesterona cerca de 10 vezes, em relação às 
quantidades secretadas durante o ciclo menstrual normal. 
 
Funções do estrogênio durante a gravidez 
 Na mãe provoca rápida proliferação da musculatura uterina, aumento muito acentuado do 
crescimento do sistema vascular para o útero, dilatação dos órgãos sexuais externos e do orifício 
vaginal, o que provê uma via adequadamente maior para a passagem do feto, e provavelmente 
também certo grau de relaxamento dos ligamentos pélvicos que permitem a dilatação do canal 
pélvico com passagem do feto. 
 
 Além desses efeitos sobre os órgãos reprodutivos , o estrogênio também promove o crescimento 
rápido das mamas. Em especial os ductos ficam muito aumentados e as células glandulares 
aumentam de número. Finalmente o estrogênio promove a deposição, nas mamas de quantidade 
adicional de gordura, em torno de meio quilo. 
 
 
 
 
O PRIMEIRO TRIMESTRE 
 
 Os trimestres são um meio conveniente de medir a gravidez. Entretanto , eles têm durações 
desiguais, e o terceiro trimestre varia de acordo com o tempo total da gravidez. O corpo da mulher 
faz um grande esforça durante o primeiro trimestre (1-12 semanas) para se adaptar ao embrião e à 
placenta em desenvolvimento. 
 
A taxa metabólica aumenta em 10-25%, de modo que o corpo acelera todas as suas funções. 
 
• O ritmo cardíaco aumenta e o ritmo respiratório também aumenta à medida que mais 
oxigênio tem que ser levado ao feto e que mais dióxido de carbono é exalado. 
• As fibras musculares do útero ficam, rapidamente maiores e mais grossas, e o útero em 
expansão tende a pressionar a bexiga, aumentando a vontade de urinar. 
• O tamanho e peso dos seios aumentam rapidamente. 
• Os seios tornam-se mais sensíveis logo nas primeiras semanas de gravidez. 
• Surgem novos ductos lactíferos. 
• As auréolas dos seios escurecem, e as glândulas nelas situados, chamadas tubérculos de 
Montgomery, aumentam em número e tornam-se mais salientes. 
• Com o aumento do envio de sangue para os seios, as veias se tornam mais visíveis. 
 
 
O SEGUNDO TRIMESTRE 
 
 Vai da 13ª à 18ª semana. No início desse trimestre, o útero em expansão ultrapassa a borda da 
pelve o que resulta na perda gradual de cintura. 
 
• A musculatura do trato intestinal relaxa, provocando diminuição das secreções gástricas; a 
comida fica mais tempo no estômago. 
• Há menos evacuação pois o músculo intestinal está mais relaxado que o habitual. 
• Os seios podem formigar e ficar doloridos. 
• A pigmentação da pele tende a aumentar principalmente em áreas já pigmentadas como 
sardas, pintas, mamilos. 
• Pode aparecer a linea nigra. 
• As gengivas podem se tornar um tanto esponjosas devido à ação aumentada dos hormônios 
da gravidez. 
• O refluxo do esôfago pode provocar azia, devido ao relaxamento do esfíncter no alto do 
estômago. 
• O coração trabalha duas vezes mais do que o de uma mulher não grávida, e faz circular 6 
litros de sangue por minuto. 
• O útero precisa de mais 50% de sangue que habitualmente. 
• Os rins precisam de mais 25%de sangue do que habitualmente. 
 
O TERCEIRO TRIMESTRE 
 
Durante este trimestre (da 29ª semana em diante), o feto em crescimento pressiona e restringe o 
diafragma. Por isso a mulher grávida respira mais rápida e profundamente, aspirando mais ar com 
cada inalação, o que aumenta o consumo de oxigênio. 
 
• A taxa de ventilação aumenta cerca de 40%, passando dos 7 litros de ar por minuto da 
mulher não - grávida para 10 litros por minuto, enquanto o consumo de oxigênio aumenta 
apenas 20%. A maior sensibilidade das vias respiratórias aos elevados níveis de dióxido de 
carbono no sangue pode resultar em falta de ar. 
• À medida que o feto cresce e o abdome aumenta de tamanho, as costelas inferiores da 
mulher são empurradas para fora. 
• Os ligamentos inclusive da pelve e dos quadris, ficam distendidos, o que pode causar 
desconforto ao caminhar. 
• Mãos e pés inchados, além de causarem desconforto, podem ser um sinal de pré-eclâmpsia. 
• Podem ocorrer dores nas costas, causadas pela mudança do centro de gravidade do corpo e 
por um ligeiro relaxamento das articulações pélvicas. 
• Os mamilos podem secretar colostro. 
• Aumenta a frequência e a vontade de urinar. 
• Aumenta a necessidade de repousar e dormir. 
 
 O peso do útero aumenta cerca de 20 vezes durante a gravidez, de cerca de 60 g , antes da 
gestação, para cerca de 1000 g, ao termo, e aumenta de tamanho de cinco a seis vezes. Ao fim da 
gravidez o útero tem de 30 a 35 cm de comprimento, de 20 a 25 cm de largura e cerca de 22 cm de 
profundidade. Sua capacidade terá aumentado de 700 a 1000 vezes, de aproximadamente 4 ml para 
de 4000 a 5000 ml. 
 
 Durante a gravidez o suprimento sanguíneo uterino aumenta de 20 a 40 vezes. As artérias uterinas, 
que são a principal fonte do suprimento uterino, são ramos das ilíacas internas; passam para dentro 
e ao longo dos ligamentoslargos e penetram no útero aproximadamente ao nível do orifício interno 
do colo. Sobem então por cada lado do útero e formam uma rede de arteríolas espirais que 
fornecem um amplo suprimento de sangue. 
 
 As alterações dos vasos sanguíneos revertem rapidamente após o parto. Uma semana após, os 
vasos já retornaram ao seu tamanho primitivo. 
 
Modificações acentuadas ocorrem nas mamas durante a gravidez, devido ao desenvolvimento de 
tecido glandular quiescente. As mamas aumentam de tamanho e firmeza, e ficam nodulares. 
Frequentemente aparecem estriações na pele. O aumento é perceptível algumas semanas após a 
concepção e continua por toda a gestação. Há também um aumento considerável na vascularização 
das mamas no início da gravidez, e as veias superficiais ficam mais proeminentes. Essas alterações 
são frequentemente acompanhadas por uma sensação de dor, formigamento e peso nas mamas, no 
início da gestação, e são considerados sinais presuntivos de gravidez. 
 
• Os mamilos ficam mais móveis, e será mais fácil para o bebê apreendê-los para mamar. As 
glândulas de Montgomery ficam maiores. 
• Há uma grande variação individual no aumento do tamanho das mamas, mas o aumento 
médio é de cerca de 700 g para cada mama. 
• Uma alteração considerável ocorre dentro do próprio tecido mamário: 
 
1. há proliferação do tecido glandular; 
2. as células alveolares diferenciam-se, tornando-se secretoras. À medida que ocorrem 
as modificações proliferativas, os ductos intramamários se alongam e ramificam. 
Alvéolos e lóbulos desenvolvem-se nas pontas de muitos dos ramos, até, 
finalmente, haver uma grande glândula composta de cada mama, com muitos 
lóbulos e alvéolos. 
 
 Há uma proliferação progressiva do tecido glandular durante a gravidez. Os dutos alongam-se muito 
e os alvéolos e lóbulos desenvolvem-se nas extremidades de muitos dos ramos. Com o aumento da 
atividade secretória ao fim da gravidez, os alvéolos e dutos ficam distendidos pelo colostro. Na 
mama em lactação os alvéolos e dutos ficam distendidos por leite. 
 Após um certo estágio de proliferação do tecido glandular durante o primeiro trimestre, as células 
alveolares começam a diferenciar-se no segundo. Muitas dessas células tornar-se-ão secretórias e 
serão capazes de secretar leite. Pelo fim do segundo trimestre, uma pequena quantidade de líquido 
fino e amarelado, chamado colostro é secretado para os dutos. 
O abdômen modifica de contorno à medida que o Útero em crescimento estende-se para dentro da 
cavidade abdominal, ocupando-a cada vez mais, ata que o feto contido pelo útero fica 
completamente dentro dela. Os músculos abdominais sustentam grande parte do peso do feto. 
 
 Durante a última parte da gravidez, estrias ondulares, irregulares e discretamente deprimidas se 
desenvolvem frequentemente na pele do abdome e, às vezes, também na das mamas, quadris e 
parte superior das coxas. Essas estrias são chamadas de estrias gravídicas. As recentes são de 
coloração rosa pálido ou azuladas. Após o parto adquirem o aspecto prateado brilhante de tecido 
cicatricial. Em uma mulher que tenha tido filhos poderá haver estrias novas e antigas, sendo as 
resultantes da primeiras gestações prateadas e brilhantes, e chamadas de estriae albicantes, ao 
passo que as novas são rosadas ou azuladas. 
 
 As estrias surgem nas áreas de distensão máxima: o abdome, as mamas e as coxas. A gordura 
subcutânea aumenta na gravidez, e distende a pele acima dela. Um considerável aumento de peso 
na gestação, a obesidade desde o início da gravidez, uma distensão incomum da pele abdominal e a 
retenção hídrica e o edema generalizado, todos esses fatores têm probabilidade de aumentar a 
distensão da pele. Algumas mulheres são muito mais susceptíveis do que outras à separação do 
tecido conjuntivo da pele; é por isso que têm muitas estrias, ao passo que outras, com distensão 
igual, têm poucas ou nenhuma. 
 
Conclusão 
 
O primeiro sinal de gestação e a razão principal pela qual as gestantes procuram o médico é o atraso 
menstrual. Para mulheres sexualmente ativas, em idade reprodutiva e com ciclos menstruais 
regulares, o ≥ 1 semana é uma evidência presumida de gestação. 
 
A gestação se define como os últimos 266 dias a partir da fecundação ou os 280 dias a partir do 
primeiro dia da última menstruação, se esta ocorrer em períodos regulares de 28 dias. A data do 
parto é estimada com base na última menstruação. O parto em até 2 semanas antes ou depois de 
sua data provável é considerado normal. Considera-se pré-termo o parto antes das 37 semanas de 
gestação; considera-se pós-termo o parto após 42 semanas de gestação. 
 
Toda gestante experimenta no transcorrer da gravidez uma série de alterações multissistêmicas em 
seu corpo. O conhecimento dessas alterações é fundamental, visando reconhecer quais são 
fisiológicas e quais são patológicas. As mudanças que ocorrem no organismo materno são 
decorrentes de reações ao concepto, alterações hormonais, modificações bioquímicas, e 
modificações anatômicas e mecânicas geradas pelo crescimento do feto ao longo da gravidez. 
Praticamente todos os sistemas apresentam mudanças funcionais ou estruturais com a evolução da 
gestação. 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
NEME, B. (Coord). Obstetrícia básica. 2ª ed. São Paulo: Sarvier, 2000. 
CHALMERS, B; MANGIATERRA, V; PORTER, R. Principles of perinatal care: the essential 
antenatal, perinatal and postpartum care course. WHO Birth, [s.l.], v. 28, n. 3, p. 202- 
207, 2001. 
http://www.aguaviva.mus.br/enfermateca/Artigos/FisiologiaDaGravidez.htm . Acesso em 
16/04/2021. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/abordagem-
%C3%A0-gestante-e-cuidados-pr%C3%A9-natais/fisiologia-da-
gesta%C3%A7%C3%A3o#:~:text=Ap%C3%B3s%209%20a%2010%20semanas,moderado%20aumento
%20de%20seu%20tamanho. Acesso em 17/04/2021. 
http://www.aguaviva.mus.br/enfermateca/Artigos/FisiologiaDaGravidez.htm
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/abordagem-%C3%A0-gestante-e-cuidados-pr%C3%A9-natais/fisiologia-da-gesta%C3%A7%C3%A3o#:~:text=Ap%C3%B3s%209%20a%2010%20semanas,moderado%20aumento%20de%20seu%20tamanho
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/abordagem-%C3%A0-gestante-e-cuidados-pr%C3%A9-natais/fisiologia-da-gesta%C3%A7%C3%A3o#:~:text=Ap%C3%B3s%209%20a%2010%20semanas,moderado%20aumento%20de%20seu%20tamanho
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/abordagem-%C3%A0-gestante-e-cuidados-pr%C3%A9-natais/fisiologia-da-gesta%C3%A7%C3%A3o#:~:text=Ap%C3%B3s%209%20a%2010%20semanas,moderado%20aumento%20de%20seu%20tamanho
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/abordagem-%C3%A0-gestante-e-cuidados-pr%C3%A9-natais/fisiologia-da-gesta%C3%A7%C3%A3o#:~:text=Ap%C3%B3s%209%20a%2010%20semanas,moderado%20aumento%20de%20seu%20tamanho

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