Como estudar direito Penal - crimes em espécie

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DIREITO
PENAL
C O M O E S T U D A R
Guia de Estudos dos Crimes em
Espécie
Por Thiago Wenzel e Leilane Verga
Se você tem dificuldade com o estudo das
centenas de crimes em espécie do Direito
Penal ou, ainda, não sabe nem como se
organizar para estudar o assunto, esse e-
book é para você!
Neste e-book você irá aprender:
Compreendendo os Crimes em Espécie
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COMO ESTUDAR DIREITO PENAL
O que são os crimes em espécie;
Como são cobrados em prova;
Como estudar;
Se precisa decorar as penas;
E várias outras informações que vão agilizar seus
estudos!
Os crimes em espécie são, grosso modo, os crimes que se
encontram na segunda parte Código Penal (Parte Especial) e
nas legislações penais extravagantes (que possuem a mesma
“força” do Código Penal, mas estão espalhados em leis
diversas).
 
Basicamente, são expostos da seguinte forma:
 
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
AFINAL, O QUE SÃO OS CRIMES EM ESPÉCIE?
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Para montar seu material de estudos,
procure sempre a legislação compilada,
que mostra apenas os textos em vigor
atualmente; do contrário, você verá um
monte de texto “riscado” que
correspondem aos trechos revogados ou
alterados (não estão mais em vigor).
DICA PARA ESTUDO:
COMO ESTUDAR DIREITO PENAL
Os crimes em espécie podem ser cobrados de diversas maneiras, mas as
principais estão elencadas abaixo:
 
Letra seca da lei: pede-se literalmente o texto do Código Penal ou da
legislação específica.
 
Dá-se uma situação (contam uma “historinha” de um delito efetuado) e
pede-se a tipificação dele: assinalar em qual crime ou artigo do Código
Penal, dentre os indicados na questão, a situação contada se encaixa. A
lei seca e situação são as formas mais comuns de cobrança em provas
para Perito Criminal.
 
Classificações dos crimes: existem diversas classificações
acerca dos delitos. Pede-se para realizar essa classificação
(pode parecer difícil no começo, mas depois de entender essas
classificações, uma análise do crime na hora da prova não é
difícil. Sem “decorebas” aqui). Ou seja, é mais fácil entender
essas classificações em si do que serem decoradas.
COMO É COBRADO ESSE ASSUNTO?
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Para a área Pericial e policial, são
recorrentes alguns modelos de questões
quando crimes em espécie são cobrados,
geralmente focados na letra seca da lei e
em situações hipotéticas, pedindo-se a
tipificação do crime. 
 
É essencial resolver milhares de questões
do cargo e da banca pretendidos, para se
ter uma visão mais certeira de como os
crimes em espécie costumam ser cobrados
na sua prova.
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É muito importante que seu material de revisão contenha a lei seca dos
crimes em espécie. As explicações extensas de livros e aulas servem
mais para entendimento da matéria.
 
Outra forma de estudar que acreditamos ser eficaz e “estanque” aqui é a
de montagem de tabelas para cada “tipo” de crime do edital ou,
alternativamente, uma tabela gigante com todos os crimes estudados (o
que não aconselho).
 
Por exemplo, ao estudar “Crimes contra a Administração Pública”,
pode-se criar uma tabela à mão ou digitalmente. Para “Crimes contra a
Vida”, outra tabela.
 
As linhas podem ser os nomes dos crimes e as colunas seu
detalhamento (tipo objetivo, elemento subjetivo, se é possível
tentativa, qual o bem jurídico tutelado, causas de aumento de pena se
houver, etc).
 
Para deixa-las o menos poluídas possível, indicamos deixar o
que é a “regra”, sem marcar nada na tabela. Somente anotar as
exceções e de preferência em cor diferente.
COMO ESTUDAR ESSE ASSUNTO?
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Por exemplo: a “regra” é todo crime ser doloso. Somente quando
explicitado na norma, é aceito um crime com o elemento
subjetivo culposo. Portanto, anotar em cada crime “doloso” poluirá a
tabela e não trará o enfoque necessário para os culposos (lembre-se:
estudar as exceções sempre é uma maneira boa de estudo. Estuda-se
elas e, quanto aos demais, assume-se que fazem parte da regra).
 
Outro exemplo: “regra” - crime ser comum (pode ser realizado por
qualquer pessoa). Quando não for, salienta-se isso na dada coluna.
 
Segue uma de ideia do que colocar nas colunas:
 
Importante salientar que para total compreensão dos itens apontados
acima, é preciso ter uma boa base da teoria do crime (tipicidade +
ilicitude + culpabilidade), em que todos esses elementos são estudados.
COMO ESTUDAR ESSE ASSUNTO?
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Nome do delito
Sujeito ativo -> é comum? Se não for, por quem?
Sujeito passivo
Tipo objetivo
Elemento subjetivo
Consumação Material \ Formal \ de Mera Conduta
Tentativa é possível?
Casos de aumento/redução de pena X qualificadoras (muito
importante!!)
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EXEMPLO:
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É muito importante utilizar o máximo possível de recursos
visuais na sua tabela, que te ajudem a lembrar de cada crime.
Vale utilizar tamanhos de letra diferentes, cores diferentes,
marca texto, imagens e mnemônicos. O foco dos estudos
deve ser na lei seca, ou seja, no texto encontrado no próprio
Código Penal ou na legislação específica. 
 
Certifique-se de que seu material contém esse texto de lei,
que é muito prevalente em provas! A depender da
necessidade do seu cargo, você irá acrescentar no seu
material as informações de classificação dos crimes,
jurisprudência, súmulas etc. 
 
Dentro da nossa mentoria, ressaltamos essa importância de
se manter uma fonte única de material. Ou seja, um material
único que deve ser complementado – nada de revisar por
mais de um livro, ou por mais de um resumo!
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A doutrina, muito citada em diversas explicações sobre termos e
funcionalidades do direito, nada mais é do que a produção acadêmica
de estudiosos e pesquisadores da área. Isso quer dizer que a doutrina
representa a visão de autores a respeito de determinada questão que
envolve o direito.
 
A jurisprudência é, de forma resumida, o histórico de decisões dentro
do direito a respeito de determinada questão. A jurisprudência tem
valor argumentativo em ações em andamento e é um grande indexador
de decisões semelhantes.
 
Geralmente os livros de Direito e vários materiais de cursinhos trazem
amplas explicações envolvendo jurisprudência e doutrina, acerca dos
crimes em espécie. Como regra geral, esse tipo de aprofundamento não
é cobrado em provas para Perito. A maioria das bancas limita-se a
cobrar a lei seca ou interpretação de uma situação hipotética
(tipificação). No entanto, outras bancas já têm perfil de aprofundar
mais nesse sentido (como a CESPE) - nesses casos, é essencial saber
pelo menos os principais julgados relativos aos crimes.
 
Não se prenda aos inúmeros julgados e divergências da doutrina!
PRECISO SABER JURISPRUDÊNCIA E
DOUTRINA? O QUE É ISSO?
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Não é aconselhável nem necessário decorar as penas!! Raramente
cai (prova da Polícia Civil do DF de 2016, por exemplo). Porém, é um
esforço alto decorar isso, com possibilidade baixa de cair e, se cair,
poucos acertarão. Lembre-se sempre: o objetivo é acertar o maior
número de questões, não gabaritar a prova!
Outras formas de estudo são possíveis, obviamente. Faça sempre o que
melhor se adequar a você!Atenção: caso seja uma forma de cobrança do
seu concurso, excepcionalmente, utilize fichas e tabelas para memorizar
as penas. 
Utilize ao máximo os recursos visuais, além de fazer associações lógicas
com a gravidade do crime.Exemplode recurso visual para alguns crimes
do Código de Trânsito Brasileiro:
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PRECISO SABER AS PENAS?
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Não!!!!
Primeiro filtro: pontos especificados no edital. Para Perito, os títulos
mais comuns são: crimes contra a pessoa, crimes contra o patrimônio e
crimes contra a administração pública.
 
Ainda dentro de cada título, não são todos os crimes que caem com a
mesma frequência. Faça uma análise da banca ou das provas
anteriores do cargo para ver quais crimes são mais prevalentes. 
 
O ideal é ler e compreender todos, mas memorizar mais detalhes
apenas dos mais importantes. Isso você conseguirá discriminar de
duas formas: a) análise de provas anteriores e b) resolução de
exercícios. Naturalmente, filtrando questões dentro por um tópico
maior (ex.: crimes contra a pessoa), você naturalmente resolverá mais
questões dos assuntos que caem mais.
PRECISO SABER TODOS OS CRIMES
ELENCADOS NA PARTE ESPECIAL?
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Capítulos I e II – MUITO IMPORTANTE! Representam a maioria
absoluta das questões em prova; crimes mais prevalentes em
prova: peculato, concussão, corrupção passiva, corrupção ativa,
prevaricação, condescendência criminosa e advocacia
administrativa. Nesses casos, é suficiente saber o tipo penal, causas
de aumento e de diminuição de pena.
Pegadinha comum de prova: existe crime contra a administração
pública na modalidade culposa? Se sim, qual?
Atenção às palavras-chave "patognomônicas" de cada tipo penal;
exemplo: concussão - EXIGIR!
Capítulos IIA e IV – pouquíssima relevância, mas é preciso saber pelo
menos da existência dos tipos penais;
Capítulo III – relevância pequena, no entanto, saber diferenciar
denunciação caluniosa de comunicação falsa de crime ou
contravenção; diferenciar favorecimento pessoal de favorecimento
real;
UM EXEMPLO DE ANÁLISE DENTRO DOS
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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Outras formas de estudo são possíveis, claro. Faça sempre o que melhor
se adequar a você!
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Foco na lei seca – os textos de lei devem ser reforçados
por meio de revisões periódicas e treino (muitas
questões!);
Primeiro o mais importante – nesse caso, o mais
importante é a lei seca; uma vez dominada essa parte,
comece a aprofundar em doutrina e jurisprudência;
Estude a banca e as formas de cobrança prevalentes
para o cargo;
Mantenha seu material atualizado – fique atento às
novidades legislativas, novos entendimentos da
jurisprudência e súmulas;
Caso você esteja procurando por um direcionamento
mais específico, não deixe de conhecer nossos planos de
estudo, em que fazemos para os alunos estudos
aprofundados das formas de cobrança das matérias.
MAIS ALGUMAS DICAS...
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Para fechar o assunto, vamos reforçar alguns pontos sobre o estudo dos
crimes em espécie:
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ESPERAMOS QUE TENHA GOSTADO DO
MATERIAL!
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