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Problema 3 – “É tosse feia, é mancha dormente! ” 
Arnaldo, 45 anos, tabagista (cerca de 35 cigarros/dia há 25 anos) e etilista crônico, procurou a 
emergência na UPA com queixa de tosse com expectoração amarelada há ± 2 meses, acompanhada de febre 
baixa, diária, vespertina, perda de peso, sudorese noturna, astenia e dor torácica. Mora num barraco 
pequeno, de um único cômodo, sem condições sanitárias e sem ventilação com outras nove pessoas. Ao 
exame físico apresentava com REG, hidratado, anictérico, acianótico, hipocorado (+/4+), febril (37,8°C). À 
ausculta o murmúrio vesicular estava reduzido no terço superior do pulmão direito com crepitações nesta 
mesma região. O hemograma mostrou: hemácias = 3.500.000/microL; hemoglobina = 11 g%; hematócrito = 
32%; leucócitos = 8.300/mm3. A radiografia de tórax em PA/Perfil evidenciou condensação em lobo 
superior direito. 
Foi encaminhado ao Hospital Municipal onde o médico assistente solicitou pesquisa de BAAR no 
escarro, Reação de Mantoux (PPD) e Sorologia Anti-HIV. Após análise dos exames, foi feito notificação 
compulsória do caso, educação sanitária e instituído o esquema terapêutico para o paciente que ainda 
recebeu orientação sobre sua doença para si e seus familiares. 
Na mesma casa residia Maria Elizabeth, 25 anos, do lar, que resolveu procurar atendimento na UBS 
queixando-se do aparecimento de manchas claras e anestésicas no abdome há 6 meses. Ao exame físico, 
presença de placas hipocrômicas, de contorno mal definido em região paravertebral lombar direita e abdome 
anterior, bem como infiltração nos lobos auriculares e madarose bilateral. Perda da sensibilidade tátil 
(monofilamentos), térmica (calor e frio) e dolorosa no local das manchas. Presença de espessamento à 
palpação de nervo ulnar à direita. Chamou a atenção do médico a presença de lesões cicatriciais de 
queimadura em dorso dos antebraços que, segundo a paciente, ocorreram durante o trabalho doméstico, 
principalmente na preparação dos alimentos. 
Após iniciado tratamento, a paciente refere que há 2 meses vem apresentando adinamia e 
emagrecimento progressivo de aproximadamente 3 Kg. Há 15 dias vem apresentando febre moderada 
(38ºC), sem calafrios ou sudorese de predomínio vespertino. Neste mesmo período, notou aparecimento de 
caroços avermelhados em membros inferiores. 
 
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: 
Tuberculose 
1. Identificar e explicar o meio de transmissão, epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico (quadro clínico, exame bacteriológico, 
exame radiológico e prova tuberculínica) da tuberculose. 2. Discutir o tratamento da tuberculose segundo o MS, como é realizado 
o controle de contatos de pacientes com tuberculose e seus aspectos psicossociais. 
Meio de transmissão 
A transmissão de TB ocorre a partir de indivíduos infectados com doença pulmonar (e raramente laríngea). 
A infecção resulta da inalação de gotículas de aerossóis contendo a bactéria. A probabilidade de transmissão 
depende da infectividade do caso de origem (por exemplo, estado do esfregaço e extensão da cavitação na 
radiografia torácica), do grau de exposição ao paciente (por exemplo, proximidade, ventilação e duração da 
exposição) e da suscetibilidade do indivíduo em contato com um paciente infectado. Indivíduos infectados 
por vírus da imunodeficiência humana (HIV) apresentam maior risco de reativação e de evolução para TB 
primária. Outros grupos com aumento do risco para o desenvolvimento da TB ativa incluem indivíduos com 
conversão recente do teste tuberculínico, desabrigados, usuários de drogas injetáveis, tabagistas e indivíduos 
com imunocomprometimento (por exemplo, indivíduos com diabetes, em corticoterapia prolongada, com 
doença renal em estágio terminal, com desnutrição ou neoplasias hematológicas). 
 
A tuberculose pulmonar (TB) é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Em 
muitos pacientes, o M tuberculosis torna-se latente antes de evoluir para uma TB ativa. A TB envolve mais 
comumente os pulmões e é transmissível dessa forma, mas pode afetar praticamente qualquer sistema de 
órgãos, incluindo linfonodos, sistema nervoso central, fígado, ossos, trato geniturinário e trato 
gastrointestinal. 
Epidemiologia 
De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a TB é uma entre as dez maiores causas 
de morte em todo o mundo e a principal causa de morte devida a um único agente infeccioso. Em 2018, 
estima-se que 10 milhões de pessoas desenvolveram TB e que houve 1.2 milhão de mortes por TB em 
pessoas HIV-negativas e 251,000 de mortes relacionadas à TB em pessoas HIV-positivas. Dois terços de 
todos os casos ocorreram em oito países: Índia (27%), China (9%), Indonésia (8%), Filipinas (6%), 
Paquistão (6%), Nigéria (4%), Bangladesh ( 4%) e África do Sul (3%). A maioria das mortes (85% das 
mortes por tuberculose em pessoas com HIV-negativo e HIV-positivo) ocorreram na Região Africana e na 
Região do Sudeste Asiático da OMS. A tuberculose é particularmente devastadora em áreas com alta 
prevalência de infecção por HIV. Os pulmões são o principal local de infecção pelo Mycobacterium 
tuberculosis. 
Nos EUA, estima-se que 12.4 milhões de pessoas apresentam infecção latente por TB. Em 2019, 8920 casos 
de tuberculose foram relatados, com uma incidência de 2.7 casos por 100,000 pessoas, um declínio de 1.6% 
em comparação ao ano anterior. A taxa de casos de tuberculose foi de 0.9 por 100,000 para as pessoas 
nascidas nos EUA e 14.1 para pessoas nascidas fora dos EUA. O percentual de casos ocorridos em 
indivíduos nascidos fora dos EUA aumentou para 70.9% do total de casos nacionais. Esse percentual tem 
aumentado de forma constante desde 1993. Indivíduos asiáticos continuaram a apresentar o índice mais 
elevado de casos (25.7 por 100,000 indivíduos) entre todos os grupos raciais ou étnicos nos EUA. 
 
Fisiopatologia 
A infecção por TB requer a inalação de núcleos goticulares. Após a deposição nos alvéolos, o 
Mycobacterium tuberculosis é envolvido pelos macrófagos alveolares, mas sobrevive e se multiplica dentro 
dos macrófagos. Os bacilos proliferantes matam os macrófagos e são liberados; esse evento acarreta uma 
resposta do sistema imunológico. A exposição pode causar a eliminação do M tuberculosis, uma infecção 
latente persistente ou a evolução para doença primária. 
O sucesso na contenção da TB depende do sistema imune celular, mediado principalmente pelas células T 
auxiliares (resposta TH1). As células T e os macrófagos formam um granuloma com um centro que contém 
material necrótico (centro caseoso), o M tuberculosis e tecido de granulação periférica, consistindo 
principalmente em macrófagos e linfócitos; o granuloma serve para prevenir crescimento adicional e a 
disseminação do M tuberculosis. Esses indivíduos não são infecciosos e apresentam infecção por TB latente; 
a maioria desses pacientes apresentará radiografia torácica normal e teste tuberculínico positivo. 
A TB ativa costuma ocorrer por meio de um processo de reativação. Aproximadamente 10% dos indivíduos 
com infecção latente evoluirão para a doença ativa ao longo de suas vidas. O maior risco é em até 2 anos 
após a aquisição inicial do M tuberculosis. Várias condições podem alterar esse risco, particularmente a 
infecção por HIV, na qual o risco anual de evolução para TB ativa é de 8% a 10%. Condições de 
imunocomprometimento e tratamentos com medicamentos imunossupressores, incluindo os corticosteroides 
sistêmicos e os antagonistas do fator de necrose tumoral alfa, também contribuem para a reativação. 
Diagnóstico 
Quadro clínico: 
 
- Presença de fatores de risco (comum): os principais fatores de risco incluem a exposição à infecção, 
imunossupressão, silicose, malignidade, nascimento em país endêmico e vírus da imunodeficiência humana 
(HIV) em áreas adequadas. 
- Tosse (comum): duração de 2 a 3 semanas;inicialmente seca e, mais tarde, produtiva. Estudos 
ambulatoriais revelaram que apenas 50% dos pacientes apresentaram tosse durante 2 semanas. 
- Febre (comum): a febre geralmente é baixa. Até 20% dos pacientes podem não apresentar febre. A febre é 
menos comum em idosos. 
- Anorexia (comum): pode ser observada em pacientes com outros sintomas sugestivos. 
- Perda de peso (comum): pode ser observada em pacientes com outros sintomas sugestivos. 
- Mal-estar (comum): pode ser notado apenas tardiamente, após o tratamento. 
- Sudorese noturna (comum): caso presente; geralmente em grande volume. 
- Dor torácica pleurítica (incomum): pode sugerir envolvimento pleurítico. 
- Hemoptise (incomum): presente em <10% dos pacientes (tipicamente com a doença avançada). Pode ser 
resultante de sequelas (por exemplo, bronquiectasia) e não representar doença ativa. 
- Sintomas psicológicos (incomum): podem incluir depressão ou hipomania. 
- Ausculta torácica anormal (incomum): exame do tórax pode ser normal na doenca leve/moderada. 
Achados possíveis incluem estertores, murmúrios brônquicos ou sopros anfóricos (murmúrios vesiculares 
ocos distantes ouvidos através das cavidades). 
- Assintomático (incomum): o paciente pode ser assintomático e o diagnóstico, realizado por achados 
coincidentes ou rastreamento 
- Dispneia (incomum): achado tardio no contexto de destruição pulmonar extensa ou derrame. 
- Baqueteamento digital (incomum): apenas na doença de longa duração. 
- Eritema nodoso e eritema induratum (incomum): nódulos eritematosos elevados e doloridos na região 
pré-tibial ou nas panturrilhas. 
Exame bacteriológico: 
Cultura de escarro 
- O exame mais sensível e específico. Deve ser sempre realizado, pois ele é necessário para a identificação 
precisa e para teste de sensibilidade ao medicamento. 
- O crescimento em meio sólido pode demorar 4 a 8 semanas; o crescimento em meio líquido pode ser 
detectado em 1 a 3 semanas. O crescimento em meio sólido, caso positivo, é descrito pela escala de 
quantificação (1+ a 4+) 
- Enquanto em tratamento, o paciente deve realizar culturas de escarro pelo menos uma vez ao mês, até que 
2 culturas consecutivas sejam negativas. 
- Resultado: positiva; sem crescimento; ou outras micobactérias 
Exame radiológico: 
Radiografia torácica 
- Teste de primeira linha. 
- Em indivíduos imunocompetentes é quase sempre anormal. Apresenta-se tipicamente como opacidades 
fibronodulares nos lobos superiores com ou sem cavitação. O padrão atípico inclui opacidades nos lobos 
médio e inferior, linfadenopatia hilar ou paratraqueal e/ou derrame pleural. 
 
- Estudos indicam que uma radiografia torácica atípica reflete um estado de imunossupressão, e não 
tuberculose primária. 
- A sorologia para HIV está associada a linfadenopatia, derrame, comprometimento de zonas pulmonares 
inferiores e padrão miliar; lesões cavitárias são menos frequentemente observadas. Pacientes com HIV 
avançado podem apresentar uma radiografia torácica normal. 
- Resultado: anormal típico para tuberculose (TB); anormal atípico para TB; ou normal 
Prova tuberculínica 
Baciloscopia do escarro para detecção de bacilos álcool-ácido resistentes 
- O escarro pode ser espontaneamente expectorado ou induzido (com precauções adequadas para se evitar 
transmissão), devendo-se coletar 3 amostras (com intervalo mínimo de 8 horas, incluindo uma amostra no 
início da manhã, que é a melhor para detectar o Mycobacterium tuberculosis). 
- O médico examinador procura por bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) (o corante da coloração 
permanece mesmo após exposição a meio ácido) condizente com M tuberculosis. Outros organismos, 
principalmente micobactérias não tuberculosas (por exemplo, Mycobacterium kansasii e Mycobacterium 
avium), são positivos à coloração para pesquisa de BAAR. Portanto, um esfregaço BAAR positivo não é 
específico nas populações com baixa prevalência de TB. 
- Se o escarro for positivo para BAAR, o resultado será graduado de 1+ a 3+ ou 4+, dependendo do número 
de organismos observados e da escala de graduação. A positividade do esfregaço e sua graduação podem 
auxiliar na avaliação do grau de infectividade e carga da TB. Nos EUA, a sensibilidade é de 50% a 60%. 
- Resultado: positiva para BAAR 
Tratamento 
- Esquema básico para adultos e adolescentes (EB) (2RHZE/4RH) Indicação: 
- a) casos novos adultos e adolescentes (> 10 anos), de todas as formas de tuberculose pulmonar e 
extrapulmonar (exceto a forma meningoencefálica), infectados ou não por HIV; e 
- b) retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episódio) ou retorno após 
abandono com doença ativa em adultos e adolescentes (> 10 anos), exceto a forma meningoencefálica. 
2 meses de fase intensiva: Rifampicina, isoniazida, pirazinamida e Etambutol. RIPE 
4 meses de manutenção: rifampicina e isoniazida. RI 
 
 
 
Meningoencefálica ou óssea: 2 meses intensiva e 10 meses de manutenção 
 
 
Controle de contatos de pacientes com tuberculose e seus aspectos psicossociais. 
Os indivíduos que foram submetidos a uma exposição significativa nos últimos 1-2 anos devem ser 
avaliados para TB ativa e infecção latente por TB (ITBL). Recomenda-se a repetição do exame para ITBL 
(prova tuberculínica ou testes de liberação de gamainterferona) 8-10 semanas depois da exposição mais 
recente, se a avaliação inicial tiver sido realizada antes da exposição mais recente e se o teste inicial tiver 
sido negativo. A decisão de realizar o tratamento depende da duração, da proximidade e do ambiente de 
exposição, além da condição de imunidade dos contatos expostos. 
Para pacientes com ITBL que se presume serem suscetíveis à isoniazida ou rifampicina, as diretrizes da 
OMS recomendam os seguintes regimes, independentemente da sorologia para HIV: 6 ou 9 meses de 
isoniazida diária, 3 meses de rifapentina semanal associada a isoniazida ou 3 meses de isoniazida diária 
associada a rifampicina. Um mês de rifapentina diária associada a isoniazida ou 4 meses de rifampicina 
diária são regimes alternativos. Isoniazida e rifampicina são opções para uso em gestantes com ou sem HIV 
que são elegíveis para tratamento preventivo. As rifamicinas só devem ser usadas se não houver interações 
significativas com outros medicamentos (por exemplo a terapia antirretroviral). 
A neuropatia periférica é um efeito adverso comum da isoniazida devido ao antagonismo da piridoxina. A 
suplementação de piridoxina deve, portanto, ser considerada para prevenção de neuropatia periférica em 
pacientes com infecção latente tomando isoniazida, particularmente para aqueles nos quais a neuropatia é 
comum (por exemplo, diabetes, uremia, alcoolismo, desnutrição, infecção por HIV), para gestantes ou para 
pacientes com transtorno convulsivo. 
Para pacientes com ITBL presumivelmente devido ao contato com um paciente infeccioso com TB 
resistente a múltiplos medicamentos, as diretrizes dos EUA recomendam o tratamento com 6-12 meses de 
uma fluoroquinolona (por exemplo, levofloxacino ou moxifloxacino) isolada ou em combinação com um 
segunda agente. Deve-se consultar um especialista, sobretudo para o tratamento de pacientes grávidas. As 
diretrizes da OMS recomendam que, em determinados contactantes domiciliares de alto risco de pacientes 
com TB multirresistente, considere-se o tratamento preventivo com base em uma avaliação de risco 
individualizada e em uma justificativa clínica fundamentada. 
 
Hanseníase 
 
3. Definir a epidemiologia e o quadro clínico (pauci e multibacilar) da Hanseníase. 4. Explicar a fisiopatogenia das lesões 
(cutâneas e neurais, os mecanismos de agressão do bacilo de Hansen), a resposta imunológica, os mecanismos envolvidos na 
gênese das reações (do tipo reversa – Tipo I e eritema nodoso – Tipo II) na Hanseníase. 5. Descrevero tratamento proposto pelo 
Ministério da Saúde para as diferentes formas de Hanseníase e seus aspectos psicossociais. 
Epidemiologia 
 
 
Quadro clínico (pauci e multibacilar) 
 
Fisiopatogenia das lesões 
Cutâneas 
Neurais 
Mecanismos de agressão do bacilo de Hansen 
 
 
 Resposta imunológica 
 
 
Mecanismos envolvidos na gênese das reações 
Tipo reversa – Tipo I: 
Eritema nodoso – Tipo II 
 
Tratamento e aspectos psicossociais. 
Objetivo: eliminar Mycobacterium leprae, não transmita mais  quem mais desempenha é a rifampicina; e 
prevenção e reabilitação das capacidades físicas. 
 
A dose supervisionada (algum profissional da saúde precisa ver) é a que tem rifampicina (quebra a 
transmissão). 
 
 
 
 
Primeira linha: poliquimioterapia é preconizada pelo ministério da saúde 
 
Medicações: rifampicina (dose supervisionada), daxona e clofaxilina  são as mesmas medicações. 
PB: 6 meses direto 
MB: 12 meses direto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Irat- questões 
Questão 01 - A tuberculose é uma doença que 
ainda permanece presente principalmente nos 
países em desenvolvimento. Em relação a esta 
patologia, julgue os itens: 
a) A tuberculose pulmonar (TB) é uma doença 
infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae. 
FALSA – A tuberculose pulmonar (TB) é uma doença 
infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis. 
b) A transmissão da bactéria ocorre por aerossóis. 
VERDADEIRA – A infecção resulta da inalação de 
gotículas de aerossóis contendo a bactéria 
 
c) O sistema imunológico não tem importância no 
desenvolvimento da tuberculose e sua 
fisiopatologia. 
FALSA – A infecção por TB requer a inalação de núcleos 
goticulares. Após a deposição nos alvéolos, o 
Mycobacterium tuberculosis é envolvido pelos macrófagos 
alveolares, mas sobrevive e se multiplica dentro dos 
macrófagos. Os bacilos proliferantes matam os macrófagos e 
são liberados; esse evento acarreta uma resposta do sistema 
imunológico. A exposição pode causar a eliminação do M 
tuberculosis, uma infecção latente persistente ou a evolução 
para doença primária. O sucesso na contenção da TB 
depende do sistema imune celular, mediado principalmente 
pelas células T auxiliares (resposta TH1). 
 
 
d) Indivíduos infectados pelo HIV apresentam 
maior risco de reativação e de evolução para TB 
primária. 
VERDADEIRA – Infecção pelo vírus da imunodeficiência 
humana (HIV): Aumenta o risco de evolução para doença 
primária e reativação da doença latente. O risco de 
reativação em um paciente HIV-positivo com infecção 
latente é de até 10% ao ano, em oposição ao risco de 10% ao 
longo da vida em pacientes HIV-negativos. Além disso, 
demonstrou-se que a TB ativa aumenta as cargas virais do 
HIV. 
Questão 02 - Em relação à tuberculose, julgue 
os itens: 
a) As principais formas de apresentação são a 
forma primária, a pós-primária (ou secundária) e a 
miliar. 
VERDADEIRA – classicamente, as principais formas de 
apresentação são a forma primária, a pós-primária (ou 
secundária) e a miliar. 
b) São sintomas clássicos da tuberculose: febre, 
tosse e perda de peso. 
VERDADEIRA – Os sintomas clássicos, como tosse 
persistente seca ou produtiva, febre vespertina, sudorese 
noturna e emagrecimento, podem ocorrer em qualquer das 
três apresentações. 
c) A pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente – 
BAAR, pelo método de Ziehl-Nielsen, é a técnica 
mais utilizada em nosso meio. 
VERDADEIRA – A baciloscopia constitui na técnica de 
identificação mais utilizada no mundo, por ser rápida e 
barata, após coloração específica que permite visualização 
do bacilo e permite detectar 60% a 80% dos casos de TB 
pulmonar. 
d) A radiografia de tórax auxilia no diagnóstico da 
tuberculose pulmonar. 
VERDADEIRA – radiografia de tórax é o teste de primeira 
linhas 
ps.: As investigações para infecção ativa incluem radiografia 
torácica, 3 amostras de escarro obtidas para teste de bacilos 
álcool-ácido resistentes (BAAR), teste de amplificação de 
ácido nucleico (NAAT), hemograma completo e eletrólitos 
(por exemplo, sódio) 
Questão 03 - Em relação ao tratamento da 
tuberculose, julgue os itens: 
a) A tuberculose é uma doença incurável, sendo 
considerada uma doença crônica necessitando de 
tratamento contínuo para o resto da vida. 
FALSA – A associação medicamentosa adequada, as doses 
corretas e o uso por tempo suficiente são os princípios 
básicos para o tratamento, evitando a persistência bacteriana 
e o desenvolvimento de resistência aos fármacos e, assim, 
assegurando a cura do paciente. A esses princípios soma-
se o TDO como estratégia fundamental para o sucesso do 
tratamento. 
b) Todo o tratamento da TB deve ser realizado em 
ambiente hospitalar em regime de internação, 
independentemente do grau de comprometimento 
do paciente. O regime ambulatorial não é 
preconizado no Brasil. 
FALSA – O tratamento será desenvolvido sob regime 
ambulatorial, diretamente observado (TDO – Tratamento 
diretamente observado). A hospitalização é recomendada em 
casos especiais e de acordo com as seguintes prioridades: 
• meningoencefalite tuberculosa; 
• intolerância aos medicamentos antiTB incontrolável em 
ambulatório; 
• estado geral que não permita tratamento em ambulatório; 
• intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas relacionadas ou não 
à TB que necessitem de tratamento e/ou procedimento em 
unidade hospitalar; e 
• casos em situação de vulnerabilidade social como ausência 
de residência fixa ou grupos com maior possibilidade de 
abandono, especialmente se for um caso de retratamento, 
falência ou multirresistência. 
O período de internação deve ser reduzido ao mínimo 
possível, limitando-se ao tempo suficiente para atender às 
razões que determinaram sua indicação. As orientações de 
biossegurança devem ser observadas 
c) O paciente com diagnóstico de tuberculose 
mantém a transmissibilidade por um período 
mínimo de 12 meses após início do tratamento. 
FALSA – A transmissibilidade está presente desde os 
primeiros sintomas respiratórios, caindo rapidamente após o 
início de tratamento efetivo. Durante muitos anos 
considerou-se que, após 15 dias de tratamento o paciente já 
não transmitia a doença. Na prática, quando o paciente não 
tem história de tratamento anterior nem outros riscos 
conhecidos de resistência, pode-se considerar que, após 15 
dias de tratamento e havendo melhora clínica, o paciente 
pode ser considerado não infectante. No entanto, com base 
em evidências de transmissão da tuberculose resistente às 
drogas, recomenda-se que seja também considerada a 
negativação da baciloscopia para que as precauções com o 
contágio sejam desmobilizadas, em especial para 
biossegurança nos serviços de saúde 
d) O tratamento inicial da TB, com o esquema 
padrão, é constituído pelos seguintes 
medicamentos: levofloxacino, rifampicina, 
pirazinamida e etambutol. 
FALSA – No Brasil, o esquema mais utilizado é o esquema 
básico, recomendado para todos os casos novos de qualquer 
 
forma de tuberculose, exceto meningite. Consiste no uso de 
rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol por 
dois meses na fase intensiva e de rifampicina e isoniazida 
por quatro meses na fase de manutenção 
Questão 04 - Sobre os aspectos relevantes da 
tuberculose, julgue os itens: 
a) Recém-nascidos (RN) expostos a casos de TB 
pulmonar podem ser infectados pelo M. 
tuberculosis (MTB) e desenvolver formas graves 
da doença. 
FALSA – Recém-nascidos (RN) expostos a casos de TB 
pulmonar ou laríngea podem ser infectados pelo M. 
tuberculosis (MTB) e desenvolver formas graves da doença. 
Nessas situações, recomenda- -se a prevenção da infecção 
pelo MTB. O RN não deverá ser vacinado com a BCG ao 
nascer. 
b) A atividade de controle de contatosdeve ser 
considerada como uma ferramenta importante 
para prevenir o adoecimento e diagnosticar 
precocemente casos de doença ativa nesta 
população. 
VERDADEIRA – A atividade de controle de contatos deve 
ser considerada uma ferramenta importante para prevenir o 
adoecimento e diagnosticar precocemente casos de doença 
ativa nesta população, e pode ser priorizada pelos programas 
de controle de TB. 
c) A transmissibilidade está presente desde os 
primeiros sintomas respiratórios, caindo 
rapidamente após o início de tratamento efetivo. 
VERDADEIRA – A transmissibilidade está presente desde 
os primeiros sintomas respiratórios, caindo rapidamente 
após o início de tratamento efetivo. 
d) O tratamento deve ser realizado por um período 
mínimo de 6 meses. 
VERDADEIRA – Deve ser realizado por um período 
mínimo de seis meses. 
Questão 05 - Em relação à Hanseníase, julgue 
os itens: 
a) A hanseníase multibacilar inclui os tipos 
indeterminados, tuberculoide e dimorfo 
tuberculoide. 
FALSA – classificação de Madri (1953): hanseníase 
indeterminada (PB), tuberculóide (PB), dimorfa (MB) e 
virchowiana (MB). 
 
b) A hanseníase paucibacilar inclui os tipos 
lepromatoso, dimorfo-lepromatoso e 
dimorfodimorfo. 
FALSA – classificação de Madri (1953): hanseníase 
indeterminada (PB), tuberculóide (PB), dimorfa (MB) e 
virchowiana (MB). 
c) A hanseníase afeta principalmente os países 
desenvolvidos situados ao norte. 
FALSA – ela ainda é um grande problema de saúde pública 
mundial, principalmente em países em desenvolvimento. 
d) O mecanismo mais provável de transmissão é 
pelas vias respiratórias. 
VERDADEIRA – Caracteriza-se por ser uma doença 
infectocontagiosa de evolução crônica, com via de 
transmissão predominantemente respiratória, sendo o seu 
agente etiológico o Mycobacterium leprae (M. leprae). 
Questão 06 - Sobre a hanseníase julgue os 
itens: 
a) A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, 
de evolução crônica, causada pelo bacilo 
Mycobacterium leprae. 
VERDADEIRA – Caracteriza-se por ser uma doença 
infectocontagiosa de evolução crônica, com via de 
transmissão predominantemente respiratória, sendo o seu 
agente etiológico o Mycobacterium leprae (M. leprae). 
b) Afeta, principalmente, a pele e os nervos 
periféricos. 
VERDADEIRA – De acordo com Brasil (2001), se o M. 
leprae acometesse somente a pele, a hanseníase não teria a 
importância que tem em saúde pública. Somando-se as 
lesões da pele, o agente infectante apresenta predileção 
pelos nervos periféricos e se não tratada em tempo a doença 
pode proporcionar uma redução dos sentidos (sensibilidade 
térmica, dolorosa e tátil) comprometendo a atividade 
funcional, isolando o indivíduo doente, não permitindo a sua 
interação com o meio em que vive. 
c) Clinicamente define-se como Paucibacilar os 
casos com até cinco lesões cutâneas e/ou apenas 
um tronco nervoso acometido e Multibacilar os 
casos com mais de cinco lesões cutâneas e/ou 
mais de um tronco nervoso acometido. 
VERDADEIRA – 
Paucibacilares (PB): casos com ≤ 5 lesões de pele e ou 
apenas um tronco nervoso acometido; 
Multibacilares (MB): casos com > 5 lesões de pele e ou mais 
de um tronco nervoso acometido. 
 
d) As manifestações clínicas dependem mais da 
resposta imune celular do hospedeiro ao M. leprae 
do que da capacidade de penetração e de 
multiplicação bacilar. 
VERDADEIRA – 
Questão 07 - Em relação à fisiopatologia da 
hanseníase a suas diferentes formas de 
manifestação, julgue os itens: 
a) A hanseníase manifesta-se como um espectro 
clínico que se correlaciona com o nível de 
resposta imune ao Mycobacterium leprae. 
VERDADEIRA – 
b) A forma tuberculoide apresenta-se como uma 
doença localizada e as lesões são caracterizadas 
por citocinas Th1 (IFN-gamma, IL-2 e TNF-beta), 
indicativas de imunidade celular. 
 
 
c) A forma lepromatosa apresenta-se de forma 
mais disseminada e as lesões são caracterizadas 
pelas citocinas Th2 (IL-4, IL-5, IL-10), indicando 
uma resposta humoral. 
 
d) A reação hansênica do tipo 2 caracteriza-se 
pelo aparecimento de nódulos subcutâneos 
doloridos e eritematosos que podem ulcerar, febre, 
mal-estar, anorexia, artralgia, orquite, epididimite, 
irite e neurite. 
FALSO – O segundo tipo é tradicionalmente conhecido 
como Eritema Nodoso Hansênico (ENH), que ocorre em 
pacientes das formas VV e BV. Em alguns casos são 
observadas manifestações cutâneas e neurológicas e em 
outros, alterações sistêmicas. 
Questão 08 - Sobre os aspectos clínicos e 
diagnósticos da hanseníase, julgue os itens: 
a) Alopecia e anidrose nunca surgem nas lesões, já 
que não há desnervação dos anexos cutâneos, e 
espessamento de filete nervoso nas proximidades, 
além de hiperceratose e/ou ulceração nas áreas de 
compressão. 
FALSO – pode ter uma vez que a hanseníase acomete os 
nervos periféricos. 
b) As lesões cutâneas tendem a ser múltiplas e 
simétricas, caracterizando-se por máculas 
hipercrômicas, eritematosas ou acastanhadas 
brilhantes, com bordas mal definidas, nem sempre 
anestésicas. 
 
c) O grupo dimorfo apresenta manifestações 
clínicas diversas, devido aos graus variados da 
resposta imune celular ao M. leprae. 
 
d) Além do comprometimento das terminações 
nervosas livres dérmicas, que leva às alterações da 
sensibilidade nas lesões da pele, o M. leprae pode 
invadir troncos nervosos periféricos causando as 
neurites. 
VERDADEIRA – 
 
Questão 09 - Em relação ao tratamento da 
hanseníase, julgue os itens: 
a) De acordo com o esquema medicamentoso 
preconizado pelo MS e OMS, que é altamente 
eficaz, confere ao paciente um estado não 
infeccioso após a primeira dose. 
VERDADEIRA – 
b) As doses supervisionadas são recomendadas 
apenas na forma multibacilar e paucibacilar. 
FALSO – 
c) O tratamento da hanseníase é realizado através 
da associação de medicamentos 
(poliquimioterapia – PQT) conhecidos como 
Rifampicina, Dapsona e Clofazimina. 
VERDADEIRA – O tratamento da hanseníase é realizado 
através da associação de medicamentos (poliquimioterapia – 
PQT) conhecidos como Rifampicina, Dapsona e 
Clofazimina. 
d) Deve-se iniciar o tratamento já na primeira 
consulta após a definição do diagnóstico, se não 
houver contraindicações formais (alergia à sulfa 
ou à rifampicina). 
VERDADEIRA – Deve-se iniciar o tratamento já na 
primeira consulta, após a definição do diagnóstico, se não 
houver contraindicações formais (alergia à sulfa ou à 
rifampicina). 
Questão 10 - Em relação ao tratamento da 
hanseníase, julgue os itens: 
 
a) A transmissão da doença é interrompida com o 
início do tratamento. 
VERDADEIRA – logo no início do tratamento, a 
transmissão da doença é interrompida, e, sendo realizado 
de forma completa e correta, garante a cura da doença. 
b) Após a notificação do caso, as medicações são 
fornecidas gratuitamente ao paciente. 
VERDADEIRA – o tratamento é oferecido gratuitamente 
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser realizado 
em casa, com o apoio da família. 
c) A gravidez e o aleitamento não contraindicam o 
tratamento. 
VERDADEIRA – A gravidez e o aleitamento não 
contraindicam o tratamento PQT padrão. 
d) Para mulheres em idade fértil, a talidomida é 
contraindicada por causa do seu potencial 
teratogênico. 
VERDADEIRA – considerando os potenciais e graves 
riscos na liberação de medicamento com efeitos 
teratogênicos já comprovados para mulheres em idade fértil 
e estabelece que, sempre que for prescrito o medicamento 
talidomida, o paciente deverá receber com o medicamento, o 
“Termo de Esclarecimento”, bem como deverá ser 
preenchido e assinado um “Termo de Responsabilidade” 
pelo médico que prescreveu a talidomida, em duas vias, 
devendo uma via ser encaminhada à Coordenação Estadual 
do Programa, conforme legislação sanitária específica em 
vigor e a outra permanecerno prontuário do paciente.

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