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Modelo do trabalho final- 27/07 Instruções aos autores para preparação do artigo CATEGORIA DE ARTIGOS: Artigos originais Artigos - são contribuições destinadas a divulgar resultados de pesquisa empírica inédita, que possam ser replicados e/ou generalizados. Devem ter no máximo 6.000 palavras e cinco ilustrações (tabelas e/ou figuras, dentre outras). AUTORIA - O número máximo de autores para cada artigo é limitado a cinco. Acima disso haverá necessidade de ser apresentada uma justificativa, que será examinada pelo Editor. - O conceito de autoria está baseado na contribuição substancial de cada uma das pessoas listadas como autores, no que se refere sobretudo à concepção e planejamento do projeto de pesquisa, obtenção ou análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica. - Não se justifica a inclusão de nome de autores cuja contribuição não se enquadre nos critérios anteriores, podendo, neste caso, figurar na seção "Agradecimentos". - Todas as pessoas designadas como autores devem responder pela autoria dos manuscritos e ter participado suficientemente do trabalho para assumir responsabilidade pública pelo seu conteúdo. PREPARAÇÃO DO MANUSCRITO Layout - Papel: formato A4, páginas numeradas no ângulo superior direito a partir da página de identificação; margens laterais 3 cm, superiores e inferiores de 2,5 cm cada. - O trabalho deve ser digitado em word espaçamento 1,5 em todo o corpo do texto, utilizando fonte Arial ou Times, tamanho 12; enumerando-se todas as páginas no canto superior direito. DA ESTRUTURA: Os manuscritos enviados devem ser redigidos de acordo com a ortografia e a gramática oficiais, e obedecendo à estrutura formal abaixo: a) Página de rosto - deve conter: - Título do artigo que deve ser centralizado, em caixa alta, conciso e completo, com, no máximo, 20 palavras. - Versão exata do título para o idioma inglês; - Abaixo do título, centralizado: Nome completo do (s) autor (es), titulação e instituição a que pertence (m); b) Resumos e descritores - Devem ser apresentados dois resumos, sendo um em português e outro em inglês (abstract). Deve possuir no máximo 250 palavras. c) Texto- o texto de estudos experimentais ou observacionais deve conter as seguintes seções, cada uma com seu respectivo subtítulo: - Introdução (deve ser breve, definir claramente o problema estudado, destacando sua importância e as lacunas do conhecimento, fornecendo referências estritamente pertinentes). - Métodos (deve descrever de forma objetiva e completa os métodos empregados, a população estudada, a fonte de dados e os critérios de seleção). - Resultados (deve descrever os resultados encontrados sem incluir interpretações ou comparações e o texto deve complementar e não repetir o que está descrito em tabelas e figuras), - Discussão (deve conter comparação dos resultados com a literatura, as limitações da pesquisa e a interpretação dos autores, enfatizando os aspectos novos e importantes do estudo). - Conclusões (relacionar as conclusões com os objetivos do trabalho, evitando assertivas não apoiadas pelos achados e incluindo recomendações, quando pertinentes), - Tabelas e figuras - as tabelas e figuras deverão ser apresentadas inseridas no texto, tituladas corretamente, numeradas consecutivamente com algarismos arábicos na ordem em que foram citadas no texto e construídas para sua reprodução direta sempre que possível. e) Agradecimentos - devem ser breves e objetivos, somente para as pessoas ou instituições que contribuíram significativamente para o estudo, mas que não tenham preenchido os critérios de autoria, desde que haja permissão expressa dos nomeados. Podem constar agradecimentos a instituições pelo apoio econômico, material e outros. f) Citações - identificar as referências no texto por números arábicos sequenciais (iniciando pelo 1) e sobrescritos -VANCOUVER Medidas de ocorrência e indicadores de saúde - 27/07 INFORMAÇÃO EM SAÚDE - É um produto obtido a partir de uma determinada combinação de dados e da avaliação e do juízo que fazemos sobre determinada situação; servindo para apoiar o processo de tomada de decisão, de execução e de avaliação das ações [de saúde] desencadeadas (FERREIRA, 1998,p.74). Informação em saúde são os dados processados INFORMAÇÃO - o conhecimento obtido a partir dos dados - o dado trabalhado - o resultado da análise e combinação de vários dados INFORMAÇÃO EM SAÚDE ''Informação em Saúde deve ser entendida como um instrumento de apoio decisório para o conhecimento da realidade socioeconômica, demográfica e epidemiológica para o planejamento, gestão, organização e avaliação nos vários níveis que constituem o Sistema Único de Saúde" INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS - Contribuem para o estabelecimento de prioridades; - Identifica fatores etiológicos e eventos que determinam a situação de saúde. Ex.: COVID não sabia qual o agente a princípio. Depois que começou aparecer começou fazer pesquisas. EM QUE SE BASEIA A EPIDEMIOLOGIA? - Dados e informações dos serviços de saúde - Informações clínico-laboratoriais - Ciências básicas da saúde - Demografia - Estatística - Ciências sociais e ciências humanas - Política, administração e gestão de serviços - Informática e tecnologia da informação VARIÁVEIS EPIDEMIOLÓGICAS - Variável é a característica de interesse (o'que é avaliado) que é medida em cada elemento da amostra ou população. Como o nome diz, seus valores variam de elemento para elemento. As variáveis podem ter valores numéricos ou não numéricos - Características da população: idade, sexo, religião, peso, estatura, nascimentos - Morbidade e Mortalidade - Determinantes socioeconômicos: educação, saneamento, habitação, emprego, transporte, cultura, organização social e política. MEDIDAS EM SAÚDE COLETIVA - A gestão da saúde se processa em três atividades cíclicas básicas: 1. A avaliação (identifica o problema, variáveis) 2. O planejamento (planeja ação dependendo do que foi identificado) 3. A execução de ações que se seguem em nova avaliação As medidas de saúde coletiva servem para o monitoramento de informações e se dividem em duas categorias: medidas de saúde e medidas de vida - As medidas em saúde coletiva contemplam duas categorias de índices: - Índices de prevalência: descrevem o que existe numa população (em um determinado tempo: dengue em 2010, antes não importa). - Medidas de incidência: descrevem o que ocorre nessa população ( novos casos —> 2 avaliações para saber dengue entre 2015 e 2020. Então avalia os antigos e depois os do período). PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO —> Condições de vida e Situação de saúde INDICADORES DE SAÚDE - São valores quantitativos utilizados para medir o estado ou nível de saúde de uma coletividade, portanto, expressam numericamente o estado da saúde de uma população, em um determinado momento. - São utilizados diante de inúmeras dificuldades para se mensurar a saúde da população - O que se faz é quantificar e descrever a ocorrência de determinados agravos à saúde (morbidade), doença (natalidade) ou morte (mortalidade) TIPOS DE VALORES NUMÉRICOS 1.1 Número absoluto 1.2 índice 1.2.1 Razão 1.2.2 Proporção 1.3 Coeficiente ou taxa - 1.1 Número absoluto: é o resultado da contagem de um determinado evento; expressa a frequência com que o evento ocorre Ex: número de nascidos vivos de uma determinada localidade - 1.2 índice: é um número que permite a comparação de valores. Pode ser uma razão ou proporção. - 1.2.1 Razão: é o termo utilizado para designar um valor comparativo instituído por fatos ou medidas. Pode ser conceituada como uma relaçãoentre dois valores, não necessariamente da mesma unidade. (Não precisa ser subconjunto) Ex: número de consultas/médicos/mês número de médicos/habitantes - 1.2.2 Proporção: é uma relação entre dois valores de modo que o numerador é sempre um subconjunto do denominador, portanto são eventos citados na mesma unidade. É obtida por uma divisão e expressa em porcentagem, porque o número resultante é decimal, dificultando a leitura ou percepção do resultado. Ex: proporção de óbitos de pessoas acima de 50 anos: óbitos acima de 50 anos/ óbitos x 100. - 1.3 Coeficiente ou taxa: é uma relação entre dois números, obtida por divisão, e que sempre expressa um risco (probabilidade de ocorrência), pois mostra a relação entre eventos reais e potenciais, ou seja, os valores do denominador estão sujeitos ao que ocorre no numerador - Um coeficiente é sempre calculado para um período de tempo especificado e para uma área delimitada MEDIDAS EM SAÚDE COLETIVA Nos estudos tradicionais de saúde, identificam-se como medidas de vida observações de três naturezas de ocorrências principais usadas para caracterização da vida: 1. Eventos ligados a nascimentos (natalidade) 2. Eventos ligados a doenças (morbidade) 3. Eventos ligados a óbitos (mortalidade) INDICADORES DE SAÚDE - A incidência representa a frequência com que surgem novos casos de uma determinada doença em um intervalo de tempo - A prevalência representa a proporção de indivíduos de uma população que é acometida por uma determinada doença ou agravo em um determinado momento, sendo análoga a uma fotografia. MEDIDA DE PREVALÊNCIA - Casos que já existem e a soma dos casos novos diagnosticados desde a data da computação anterior - Taxa de Prevalência = n° de casos conhecidos de uma dada doença / População (P) X 100 Exemplo: 31/06/2020 - 30 casos de dengue Em Julho - diminuíram 5 casos + 10 casos novos P=30-5+10 = 35 no dia 31/08/2020 Variação depende - n° excluídos (cura, óbito ou emigração) quantitativo dos incorporados (casos novos+imigrantes doentes) Diminui prevalência: morte, imigração, cura. Reduz prevalência MEDIDA DE INCIDÊNCIA - Taxa de Incidência = n° de casos novos de uma doença em determinada comunidade em certo período de tempo/ n° de pessoas expostas ao risco de adquirir a doença x 10x Exemplo:1991 - 2.103 casos novos de cólera no Brasil numa população 146.825.475 milhões Incidência = 1,43 por 100.000 habitantes por ano Bom desempenho da vigilância epidemiológica e as campanhas maciças de controle de cólera. MEDIDAS DE MORBIDADE - A morbidade é um dos importantes indicadores de saúde. E um termo genérico usado para designar o conjunto de casos de uma dada doença que atinge um grupo de indivíduos. Coeficientes de morbidade = n° de casos de uma doença/ população x 10x INDICADORES DE NATALIDADE - Coeficiente geral de natalidade: É a relação entre o número de nascidos vivos e o número de habitantes. Em geral é multiplicado por 1.000 e a unidade de referência é habitante Coeficiente geral de natalidade = n° de nascidos vivos em um determinado local e ano / população total desse local no meio do ano x 1000 - Coeficiente de fecundidade global ou geral: É a relação entre o número de nascidos vivos e a população feminina em idade fértil. O resultado é multiplicado por 1.000 e a unidade de referência é mulher de 15 a 49 anos Coeficiente de fecundidade geral = n° de nascidos vivos em um determinado local e ano / população feminina de 15 a 49 anos desse local no meio do ano x 1000 INDICADORES DEMOGRÁFICOS E DE MORTALIDADE Mortalidade: variável característica das comunidades denseres vivos, refere-se ao conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo de tempo. Permite verificar quais os grupos populacionais de maior risco ou quais os agravos de maior gravidade ou de predominância entre determinada coletividade MORTALIDADE - Coeficientes de mortalidade: Relação entre a frequência absoluta de óbitos e o número dos expostos ao risco de morrer. Pode ser geral, quando inclui todos os óbitos e toda a população da área em estudo, pode ser especifico por idade, sexo, ocupação, causa, etc.. - Coeficiente geral de mortalidade: Expressa o risco de morrer de uma população. A base utilizada, nesse coeficiente, é por convenção 1.000 (103) e a unidade de referência é habitante CGM= n° total de óbitos de uma população em um determinado ano / Total de habitantes ajustado para o meio do ano x 1000 - Coeficiente de mortalidade infantil: Mede o risco das crianças que nasceram vivas morrerem antes de completar um ano de idade. A base utilizada, é por convenção 1.000 (103) e a unidade de referência é nascido vivo CMI= n° de óbitos de menores de l ano de idade em uma localidade e ano / N° de nascidos vivos nessa localidade e ano x 1000 - Coeficiente de mortalidade neonatal (ou infantil precoce): Refere-se aos óbitos de crianças menores de 28 dias de vida. A base utilizada, é por convenção 1.000 (103) e a unidade de referência é nascido vivo CMN = n° de óbitos de menores de 28 dias em uma localidade e ano / N° de nascidos vivos nessa localidade e ano x 1000 - Coeficiente de mortalidade infantil tardia: Refere-se aos óbitos ocorridos com crianças de 28 ou mais dias de vida até imediatamente antes de completarem 1 ano. A base utilizada, é por convenção 1.000 (103) e a unidade de referência é nascido vivo CMIT= n° de óbitos de crianças com 28 dias até 11 meses de idade em uma localidade e ano / N° de nascidos vivos nessa localidade e ano x 1000 - A mortalidade infantil pode ser classificada da seguinte maneira: Alta (50 óbitos por mil ou mais nascidos vivos) Moderada (20 a 49 óbitos por mil ou mais nascidos vivos) Baixa (menos de 20 óbitos por mil ou mais nascidos vivos) - Coeficiente de mortalidade materna: Refere-se à relação entre o número de mortes por causas maternas em mulheres grávidas ou até 42 dias pós-parto e o número de nascidos vivos. A base utilizada, é por convenção 100.000 (105) e a unidade de referência é nascido vivo CMM= n° de óbitos por causas maternas durante a gestação ou até 42 dias Pós-parto em uma localidade e ano / N° de nascidos vivos nessa localidade e ano x100.000 - Coeficiente de mortalidade específico: Utilizados quando se deseja medir o risco de morrer por determinada causa ou por determinada idade ou por sexo. Por serem de baixa frequência em relação ao denominador, esses coeficientes são multiplicados por 105 e a unidade de referência é aquela utilizada no denominador. Ex: coeficiente de mortalidade por determinada causa ou doença n° de óbitos por determinada causa em uma população em determinado local e ano / População deste local no meio do ano x100.000 - Índice ou proporção para medir mortalidade: Diferentemente dos coeficientes, os índices não medem o risco e sim uma proporção do que se deseja analisar dentro de um universo maior. Expressos em porcentagem, dispensando a utilização de unidade de referência. - Indicador de Swaroop & Uemura (razão de mortalidade proporcional): Mostra a proporção de óbitos na faixa etária de 50 anos ou mais entre o total de óbitos, portanto, expressa apenas a frequência com que o evento ocorre dentro de um universo maior. O valor obtido é tanto melhor quanto mais próximo de 100%. n° de óbitos de 50 e mais anos em determinado local e ano / N° total de óbitos deste local e ano x 100 Indica se país é desenvolvido ou não. LETALIDADE - Entende-se como o maior ou menor poder que uma doença tem de provocar a morte das pessoas. - Obtém-se a letalidade calculando-se a relação entre o número de óbitos resultantes de determinada causae o número de pessoas que foram realmente acometidas pela doença, com o resultado expresso em percentual. - É um indicador útil para avaliar a virulência de um determinado bioagente. TAXA DE LETALIDADE mortes devido à doença "X" em determinada comunidade e tempo/ casos da doença "X" na mesma área e tempo X 100 Ex: A letalidade da escabiose é nula, e a da raiva é de 100%, havendo uma extensa gama de porções intermediárias entre esses extremos. CONSIDERAÇÕES FINAIS - Mortalidade: risco de morrer, indica gravidade - Morbidade: risco de adoecer - Deve-se compreender que os indicadores podem auxiliar a prática de trabalho, principalmente no campo da saúde. Conhecer a realidade de saúde onde se atua é fundamental para o sucesso das ações, para tanto, analisar os indicadores é primordial. REVISÃO DA INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA E INFERÊNCIA CAUSAL- 10/08 O QUE É EPIDEMIOLOGIA? - AVALIAÇÃO DAS MÉDIAS DE PROFILAXIA - VERIFICA A CONSISTÊNCIA DE HIPÓTESES DE CAUSALIDADE - FORNECE PISTAS PARA DIAGNOSE DE DOENÇAS TRANSMISSIVEIS E NÃO- TRANSMISSÍVEIS O QUE A EPIDEMIOLOGIA ESTUDA? A epidemiologia estuda: - Distribuição da morbidade e mortalidade - Realiza testes de eficácia e de inocuidade de vacinas - Desenvolve vigilância epidemiológica - Analisa fatores ambientais e socioeconômicos ligados às doenças e condições de saúde CONCEITO "É a Ciência que estuda o processo saúde- enfermidade na sociedade, (...) promoção ou recuperação da saúde individual e coletiva, produzindo informação e conhecimento para a tomada de decisão (...)" (ROUQUAYROL,2003 ARQUIVO: Segundo a Associação Internacional de Epidemiologia (1973), "O estudo dos fatores que determinam frequência a distribuição das doenças nas coletividades humanas" —> Analisando-se o significado da palavra através da sua nomenclatura Epidemiologia: "epi" = sobre; "demos" = povo; "logos"= a falar, reunir, organizar, estudar. Epidemiologia —> ciência do que ocorre (se abate) sobre o povo. Uma definição simples para epidemiologia: "Ciência que estuda a distribuição e os determinantes dos problemas de saude (e fenômenos e processos associados) em populações humanas". OBJETIVOS - Identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde; - Entender a causalidade dos agravos à saúde; - Definir os modos de transmissão; - Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde; - Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; - Estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde; - Estabelecer medidas preventivas; - Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; - Prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde, Se pensarmos no momento que vivenciamos, a aplicação da epidemiologia faz sentido na pandemia? AÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA HISTÓRICO - Grecia antiga • Hipócrates • Tensão entre a medicina coletiva e individual • Panaceia • Higeia Roma antiga Imperador Marco Aurélio, Registro compulsório de nascimentos e óbitos.—> "estatísticas vitais". —> Clínica: medicina moderna deixa de ver a doença como manifestação religiosa e passa a vê- la como algo com causas e consequências naturais. - Thomas Sydenham - fundador da medicina clínica e precursor da epidemiologia para os anglo-saxões. - Louis Pasteur e sua teoria microbiana. —> Estatística: ferramenta que permitia investigação racional das doenças. - Aparição do Estado (contagem do povo); - William Petty (Aritmética politica) e John Graunt (Registros populacionais): Precursores da Demografia, da Estatística e da Epidemiologia; - Alexandre Louis (médico e matemático) considerado um dos fundadores da Epidemiologia e precursor da avaliação da eficácia dos tratamentos clínicos. Clínica, Estatística + Medicina Social. —›Medicina social: princípio de que a saúde é uma questão social e política. - Politica como medicina da sociedade e a medicina como prática politica (1830-1850); - "Medicina Social" (Guérin, 1838) - Modos de tomar coletivamente a questão da saúde; - John Snow, pai-fundador da Epidemiologia por pautar a nascente metodologia epidemiológica. Com suas pesquisas sobre a cólera (1850) antecipou a teoria microbiana antes de Pasteur. Frente a uma epidemia médico-social de cólera em um bairro de Londres (500 casos em 10 dias numa área de 12,5 hectares, em 1854), tratou o problema com a abordagem científica da epidemiologia. Atualmente a que passo está a epidemiologia? HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA (HND) O QUE É HND? "conjunto de processos interativos que cria o estímulo patológico no meio ambiente, passando pela resposta do homem ao estímulo, até às alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte". DOENÇA SE DETERMINA EM DOIS DOMÍNIOS: - Externo: são os fatores exteriores de natureza física, biológica, psicológica, sócio política- cultural. - Interno: são os fatores hereditários ou congênitos, defesas específicas, alterações orgânicas já existentes etc. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA CORONARIANA Medidas preventivas (1ª,2° e 3°) Definição: As doenças coronarianas são distúrbios que envolvem a circulação das artérias coronarianas e consequentemente afetam a irrigação do miocárdio. Este tipo de distúrbio caracteriza-se pelo estreitamento progressivo, agudo ou crônico, devido ao depósito de substâncias gordurosas na parede dessas artérias. Consequentemente pode ocorrer infarto agudo do miocárdio, complicando ainda mais a sobrevida do individuo, quando não este episódio não leva a morte. As doenças coronarianas se enquadram nos agravos a saúde não transmissiveis DOENÇAS CORONARIANAS DEFINIÇÃO: É um estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos que transportam sangue e oxigênio ao coração, resultado da formação de uma placa de gordura, chamada de aterosclerose, que pode levar ao infarto. Angina Pectoris: Angina instável; Infarto DOENÇA CARDÍACA CORONARIANA Hospedeiro (Susceptivel) Agente Meio Ambiente Doenças Transmissíveis Homem Biopsicosocial Fatores Causais Meio de vida e comportamento Agravos à saúde não transmissíveis Susceptível (Homem Biopsicossocial) Fatores de risco Meio ambiente (modo de vida e comportamento) Doença Coronariana = Agravo não transmissível 1. Suscetível (ser humano) 2.Meio ambiente - Estresse, sedentarismo, fumo e álcool - Alimentação rica em GAS-obesidade 3.Fatores de risco p/ a aterosclerose - Herança genética (histórico de DC na familia) -idade (maioria acima 40 anos); sexo masculino - Hipertensão; diabetes; colesterol elevado DOENÇAS CORONARIANAS PREVENCÃO PRIMARIA Promoção da Saúde Proteção Especifica PREVENÇÃO SECUNDARIA diagnóstico e Tratamento Precoce Limitação da Invalidez PREVENCÃO TERCIARIA Reabilitação PREVENÇÃO PRIMÁRIA Nivel 1 - PROMOÇÃO DA SAÚDE Educação sanitária (conhecer a HND) "CONS- CIÊNCIA" Alimentação e nutrição adequadas - baixa ingesta de GAS (Gordura, Açúcar e Sal) e maior ingestão de fibras (legumes, folhagem, frutas...) Habitação adequada Empregos e salários adequados Condições para satisfação das necessidades básicas do indivíduo (segurança, sono, lazer...) Permitir acesso das pessoas a meios eficazes para prevenção e detecção precoce da doença Nível 2 - PROTEÇÃO ESPECÍFICA Não fumar cigarro Bebida alcoólica com moderação (1 taça de vinho/dia) Manter o Índice de massa corporal- IMC p/a idade Praticar exercício físico aeróbica frequência/intensidade...) PREVENÇÃO SECUNDÁRIA Nivel 3 - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE Participar em campanhas de rastreamento/ inquérito na população Permitir acesso das pessoas a meios eficazes para prevenção detecção precoce da doença Realizar exames específicos periódicos e aferir a pressão arterial Nível 4 - LIMITAÇÃO DO DANO Mudança de hábitos de vida como: A prática de atividade física, comer menos GAS pode baixar os níveis de pressão arterial Abolir o fumo e consumo de bebida alcoólica Perder peso pode ajudar no: - controle de açúcar no sangue em casos de diabetes - controle da pressão arterial - controle do colesterol Aderir ao tratamento e orientações: Permitir acesso das pessoas a meios eficazes para, cura e reabilitação Usar corretamente a medicação prescrita ( não se automedicar nem suspender a droga antes de falar com o médico) Entrar num programa de apoio multidisciplinar para o controle e monitoramento da PA, DM, colesterol e IMC; e realização dos exames periódicos Praticar exercício físico e abolição do fumo e bebida. PREVENÇÃO TERCIÁRIA (reabilitação) Nível 5 - REABILITAÇÃO permitir acesso das pessoas a meios eficazes para cura e reabilitação biopsicossocial. Cirurgia para a estabilização das alterações anatômicas e fisiológicas; (revascularização/ponte safena/ uso de prótese) Reabilitação: Fisioterapia e terapia ocupacional para utilização máxima das capacidades preservadas; Re-inserção no mercado de trabalho/sociedade; Educação do público para aceitação do deficiente Desenhos pesquisa em epidemiologia: estudos descritivos e analíticos- 17/08 PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA - EXIGE CONHECIMENTOS AVANÇADOS DE MÉTODOS DE PESQUISA - COMPROMISSO ÉTICO ( respaldar/ resguardar a identidade de quem participou) - COMPROMISSO CIENTÍFICO (devolver o que pesquisou para comunidade) - CAPACIDADE "SENSITIVA" PERCEBER NUANCES CLÍNICAS PARA CARACTERIZAÇÃO E DEFINIÇÃO DOS PROBLEMAS DE PESQUISA PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CONSIDERADO COMPLEXO EM TERMOS DE APRENDIZAGEM ETAPAS: A) DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA B) DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS DOS ESTUDOS C) CONSTRUÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS D) DELINEAMENTO (metodologia) E) POPULAÇÃO ALVO -AMOSTRA- AMOSTRAGEM (população- 5º período, amostra- uma parte da turma/população) F) COLETA E ANÁLISE DE DADOS: por meio de software ou cálculo manual Tipos de estudos epidemiológicos Estudos Observacionais—> Descritivos ( Relato de caso ou Serie de casos) OU Analíticos ( Transversal, Caso-controle, Coorte ou Ecológico) Estudos Experimentais —> Ensaio Clinico Randomizado, Ensaio de campo ou Ensaio comunitário DELINEAMENTO Papel Passivo - observador Papel Ativo - aplicar intervenção QUESTÃO DE PESQUISA - PRIMEIRO PASSO - MAIS IMPORTANTE - DEVE SER ELABORADA PARA POSSIBILITAR DESFECHO DAS POSSÍVEIS VARIÁVEIS, DA POPULAÇÃO ALVO E DO DELINEAMENTO ADEQUADO PARA RESPONDER. - SE O EPIDEMIOLOGISTA NÃO DEFINIR CLARAMENTE A QUESTÃO TODAS ETAPAS ESTÃO COMPROMETIDAS Identifica o problema —> faz questão de pesquisa para responder (grande maioria dos idosos de Goianésia tem HAS?) Desafios PROBLEMAS ENFRENTADOS POR EPIDEMILOGISTAS AO ELABORAR SUA QUESTÃO DE PESQUISA: - AMPLITUDE DA QUESTÃO (ABRANGÊNCIA) - FALTA DE HABILIDADE COM MÉTODOS DE PESQUISA/ TECNOLOGIAS CIENTÍFICAS - CUSTOS - PROBLEMAS ÉTICOS Soluções possíveis - Redução de variáveis - Revisão da questão - Critérios de inclusão e exclusão - Busca de colaboradores; especialistas VARIÁVEIS DO ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO São as características da população-alvo que devem ser mensuradas com objetivo de se responder a questão proposta - desfecho de interesse: variável de desfecho ou dependente (precisa de outra variável pra fazer sentido—> questão nutricional relacionada a fator econômico na periferia) - e os possíveis fatores que explicam a ocorrência deste: variáveis explanatórias, independentes ou preditoras IMPORTANTE: FORMA COMO CADA VARIÁVEL SERÁ MENSURADA TIPOS DE VARIÁVEIS Categórica (qualitativa) —> Dicotômica ou binária OU Politômica —> nominal (se é fumante ou não: variável categórica qualitativa nominal dicotômica) ou ordinal (pesquisa hospital de queimados: quantas teve de cada grau- ordinal porque pergunta do grau e politimica porque tem mais de 2 opções) Numérica (quantitativa) —> Discreta (números inteiros) OU Contínua (números reais, com vírgula) MENSURAÇÃO VARIÁVEIS DO ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO MENSURAÇÃO ÓBVIA: SEXO - F e M: mensurado pela proporção de homens e mulheres que participam do estudo. —> Dicotômica MENSURAÇÃO COMPLEXA - DOR - Variável dicotômica (2): relato de dor (presença ou ausência) - Variável categórica: usando escala de Likert 1/ausência de dor; 2/dor leve; 3/dor moderada; 4/dor forte; 5/dor insuportável - Utilização de escala analógica (escala de faces) - Variável contínua: medida da dor extraída entre a distância em cm da ausência de dor até o ponto marcado - representa uma medida contínua. COMO DEVERÍAMOS MENSURAR A DOR DO INDIVÍDUO? Resposta não é simples nem direta! DEPENDE! O ideal é usar escala que proporciona maior informação a respeito da variável em questão. Sempre que possível: - usar escalas contínuas - mensurar números inteiros (variáveis quantitativas discretas) - apresentar em ordem subjacente (variáveis ordinais) - categorização: que pode ser dicotômica (2 categorias) ou politômica (mais que 2 categorias). INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS - AGRUPAMENTO DE TODAS AS VARIÁVEIS ENVOLVIDAS NO ESTUDO DE MODO A OPERACIONALIZAR O REGISTRO DELAS. - EX: ROTEIROS, QUESTIONÁRIOS, ENTREVISTAS. A ESCOLHA DO TIPO DE INSTRUMENTO DEPENDE DA QUESTÃO DE PESQUISA E POR ÚLTIMO DAS VARIÁVEIS A SEREM REGISTRADAS - Questões divididas por grupos temáticos - Inserir cabeçalhos em cada seção - Redação clara e precisa - evitar registro de dados dúbios - Evitar juízo de valores - Uso de questões abertas (subjetividade- qualitativa) e fechadas - Rápidas e simples Evitar: uso de instrumentos de coleta de dados não validados (PASQUALI,2010) DELINEAMENTOS EM PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA —> ESTUDOS DESCRITIVOS: ESTUDO DE CASO OU SÉRIE DE CASOS ESTUDO DE CASO - Baseia-se em um ÚNICO paciente; doenças RARAS - análise de modo detalhado de um caso individual que explica a dinâmica e a patologia de uma doença dada. - é adotado na investigação de fenômenos das mais diversas áreas do conhecimento, podendo ser visto como caso clínico, metodologia didática ou modalidade de pesquisa. - Casos individuais são raros e de interesse público Metodologia ou a escolha de um objeto de estudo definido pelo interesse em casos individuais. Visa à investigação de um caso específico, bem delimitado, contextualizado em tempo e lugar para que se possa realizar uma busca circunstanciada de informações. Vantagens: - Fácil de realizar e baixo custo - Acompanhar pacientes durante anos - maior detalhamento dos aspectos evolutivos - Observação intensiva Desvantagens: - Conclusões se baseiam em poucos casos - Não possuem amostragem representativa - Não é possível estabelecer uma relação causal - Pouca base para generalização Estrutura de um Estudo de caso: 1. Identificação do Caso: o que pesquisar e quem será pesquisado 2. Motivo do Estudo: evidências não esclarecidas adequadamente 3. Dados recolhidos: entrevistas, laudos, atestados. 4. O estudo propriamente dito: coordenador - dados e as pessoas Exemplos: Ginecologia - Endometriose. Uso daTalidomida em gestante para enjoos Indica que é estudo de caso: somente uma pessoa/ doença relativamente rara e pouco relatada na literatura global SÉRIE DE CASOS - Consiste na análise de um conjunto de casos que pode ocorrer em curto período (comunidade); 3 ou mais casos - Detecção de epidemias, descrição de características de novas doenças, formulação de hipóteses sobre possíveis causas para doenças, descrição de resultados de terapias propostas para doenças raras e de efeitos adversos raros em doenças comuns. - Exemplo: Em nosso meio, o primeiro relato de tratamento de câncer de colo uterino por via laparoscópica com linfadenectomia no Brasil foi publicado na revista Femina na década de 1990. A etiologia da metaplasia óssea endometrial foi descrita num estudo de série, o que mostra que há lugar para publicações de alto nível com o uso desses estudos. Vantagens: - Fácil de realizar e baixo custo - Acompanhar pacientes durante anos - maior detalhamento dos aspectos evolutivos - Observação intensiva Desvantagens: - Conclusões baseiam-se em poucos casos - não possuem amostragem representativa e metodologia capaz de validar associação causal - não hámgrupo controle para comparação - não quantifica a prevalência na população e - a metodologia de diagnóstico não é padronizada (formas de diagnóstico diferente) Identifica: doença nova, mais de 1 pessoa DELINEAMENTOS EM PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA —> ESTUDOS ANALÍTICOS —> ESTUDOS TRANVERSAIS —> COORTE —> CASO CONTROLE —> ECOLÓGICOS ESTUDOS TRANSVERSAIS ESTUDOS QUE BUSCAM DELIMITAR PARÂMETROS E ESTABELECER HIPÓTESES SOBRE POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE VARIÁVEIS DEPENDENTES E INDEPENDENTES (FLETCHER & FLETCHER,2006) Tem um padrão de tempo delimitado. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS: a) mensurações são feitas num único momento b) são úteis para quando se quer descrever variáveis e seus padrões de distribuição c) é um desenho que possibilita identificar a prevalência de um fenômeno - IDEIA BÁSICA: VERIFICAR NUMA AMOSTRA AS POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE A VARIÁVEL QUE REPRESENTA O DESFECHO E AS VARIÁVEIS QUE SUPOSTAMENTE ESTÃO ASSOCIADAS A ELE. - Medir frequência de doenças. EX: Prevalência de diabetes em adultos de Pelotas - Descrever a distribuição das doenças conforme fatores de risco conhecido. EX: Desnutrição infantil conforme classe social - Medir a frequência e características de fatores de risco conhecidos. Ex: Prevalência de sedentarismo em crianças DADOS - POPULAÇÃO DELIMITADA - ESTABELECE PERFIL CLÍNICO VANTAGENS - BAIXO CUSTO - MENOS RISCO DE PERDA - POUCA DEMANDA (NÃO NECESSITA ACOMPANHAMENTO) - FORNECE UMA ESTIMATIVA DA PREVALÊNCIA DOS FENÔMENOS Estudos transversais têm baixo poder para estabelecer relações causais Identifica que é transversal: prevalência e o período da investigação. Variáveis do pesquisador. ESTUDOS DE CASO-CONTROLE - COMPARAÇÃO DE UM GRUPO QUE APRESENTA O DESFECHO DE INTERESSE COM O GRUPO QUE NÃO APRESENTA - ESTUDAM A ASSOCIAÇÃO ENTRE FATORES DE RISCO E AGRAVOS À SAÚDE PARTINDO DO EFEITO (DEPENDENTE) PARA ELUCIDAR AS CAUSAS (INDEPENDENTE). (Do presente para o passado) RESTROSPECTIVOS: constituição dos grupos é baseada na ocorrência do desfecho, e a partir dessa caracterização, busca-se identificar diferenças existentes entre esses grupos, as quais possam explicar tal ocorrência. - Usados em fenômenos raros ou de longa duração (crônico) - Tamanho da amostra tende a ser menor PARTE DA PESSOA DOENTE!! - Não permitem estimar prevalência, incidência ou risco - Odds ratio: aproximação da medida de risco relativo (razão de chances ou razão de possibilidades) - Estuda um desfecho por vez - Questão de pesquisa e hipótese devem estar claras - Critérios de inclusão e exclusão bem definidos - Definição clara do tipo de exposição a ser estudado - após o início do estudo os fatores de risco podem gerar uma análise tendenciosa - Ex: a ocorrência de câncer de faringe está associada ao uso prolongado de cigarro? Ex: um estudo de caso-controle iniciado para estudar a relação entre furo texuasição) e câncer de pulmão (desfecho) poderia começar pela seleção de 80 casos de câncer de pulmão e 100 controles (sem câncer de pulmão). Em seguida, os casos e controles seriam questionados para determinar quais deles eram fumantes, o tempo de exposição e a média de cigarros/dia. Então, seriam estabelecidas 4 categorias: a) fumantes com câncer, b) não fumantes com câncer, c) fumantes sem câncer d) não fumantes sem câncer. Vantagens: - Fácil de executar - Curta duração - Baixo custo - Análise de vários fatores Inconvenientes: - Dificuldade de formar o grupo controle aceitável - No caso de enfermidades raras, escolher os que existem - Documentação incompleta - Estudo de uma única doença - Diagnóstico não preciso (diagnósticos diferentes) VIÉS EM ESTUDOS CASO-CONTROLE (tendência para o erro) - Viés de seleção: associado à separação inicial entre casos e controles (dificuldade de separar caso e controle) - Viés de memória: associado ao fato de indivíduos com o desfecho de interesse tenderem a exagerar em suas lembranças sobre a presença de fatores de risco - Viés de registro: associado à inexatidão, incompletude ou mesmo à padronização dos registros Identifica: 2 grupos, chance (odds), variáveis. Do presente para o passado ESTUDOS DE COORTE UMA COORTE SE REFERE A UM GRUPO DE INDIVIDUOS PERTENCENTES A UMA MESMA POPULAÇÃO, QUE É ACOMPANHADO DURANTE CERTO PERIODO COM VISTAS A ESTUDAR A OCORRÊNCIA DE UM OU MAIS DESFECHOS (GREENBERG et al., 2005). - LONGITUDINAL: período de acompanhamento. (Até anos para verificar o surgimento de uma doença) - Parte da observação de dois grupos, inicialmente isentos dos desfechos, extraídos de uma mesma população, diferindo apenas na exposição a um fator de risco de interesse. - Esses grupos são avaliados ao longo do tempo e depois avaliados quanto a ocorrência do desfecho. - Baseiam-se na análise de dados de incidência - PODEM SER CLASSIFICADOS DE ACORDO COM SEUS PROPÓSITOS (FLETCHER & FLETCHER, 2006) - COORTE DE IDADE: avaliar o efeito dessa variável sobre um desfecho de interesse. Ex.: expectativa de vida da população - CORTE DE EXPOSICÃO: avaliar o efeito de fatores de risco. Ex: incidência do câncer entre fumantes - COORTE DE INTERVENÇÃO: avaliam o efeito preventivo de uma ação já utilizada na prática profissional. Ex.: redução da incidência da Gripe A após vacinação específica VIÉS EM ESTUDOS DE COORTE - Viés de amostragem: ocorre na seleção dos grupos. - viés de migração: ocorre quando alguns pacientes abandonam o estudo durante o seguimento e são sistematicamente diferentes daqueles que permanecem. - Viés de aferição: está presente quando os membros da coorte não são todos avaliados para o desfecho da mesma forma. (Formas diferentes de verificar o resultado —> Investigar da mesma forma grupos diferentes) Identifica: parte do presente para o futuro: avalia surgimento da doença. Doença por causa do trabalho ???? ESTUDOS ECOLÓGICOS ESTUDOS AGREGADOSQUE ABORDAM ÁREAS GEOGRÁFICAS OU BLOCOS POPULACIONAIS BEM DELIMITADOS, ANALISANDO COMPARATIVAMENTE VARIÁVEIS GLOBAIS, QUASE SEMPRE POR MEIO DA CORRELAÇÃO ENTRE INDICADORES DE CONDIÇÕES DE VIDA E INDICADORES DE SITUAÇÃO DE SAÚDE. - Usa-se grupos: ausência de dados individuais. Utiliza dados disponíveis em sistemas de informações Usa-se: - medidas agregadas: taxas, indicadores, proporções, médias-medidas ambientais: características entorno do grupo, condições climáticas, geológicas, geográficas - medidas globais: características sociais, densidade populacional Estuda a população e a relação com questões ambientais EX: qual influência da adoção de leis antitabaco sobre as taxas de câncer de pulmão na comunidade brasileira? EX: qual a relação temporal entre níveis de dióxido de carbono dancidade de SP e as taxas de tratamento do aparelho respiratório? - É perceptível que essas questões referem-se a agrupamentos e não a indivíduos - DESVANTAGEM DO ESTUDO: suscetibilidade a vieses (confundir grupos com indivíduos) - FALÁCIA ECOLÓGICA "Viés que pode ocorrer devido à uma associação observada entre variáveis que existem em nível individual") - DE ACORDO COM OS OBJETIVOS PODEM SER CLASSIFICADOS: - Estudos de comparação múltipla entre grupos: comparação entre 2 grupo ou mais com relação a suas taxas, índices- dados pontuais - Estudos de tendência temporal: descrição ao longo de um dado período de um grupo específico ou a comparação temporal das taxas entre 2 ou mais grupos - dados longitudinais Identifica: unidades federativas (vários estados), tempo, questões socioeconômicas. Análise bem específica. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. Desenhos de Pesquisa em Epidemiologia. In Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 2009,121-132p. Prova: fala característica do estudo e tem que falar qual estudo é. Epidemiologia clínica- 24/08 Experimentais: pesquisador vai intervir Ensaio clínico randomizado Ensaio de campo Ensaio comunitário Epidemiologia clínica —> Primeira menção na literatura médica foi em 1938, sendo definida como: "Uma nova ciência básica para a medicina preventiva, na qual a exploração de aspectos relevantes da ecologia humana e da saúde pública começaria com o estudo de pacientes individuais" (PAUL. 1938). —> Epidemiologia tradicional: estudava o coletivo, o processo saúde-doença na comunidade —> Epidemiologia clínica: procurava entender e tratar a doença, focalizando em pacientes individuais Questões surgidas no contexto do trabalho dos clínicos —> Passaram a ser respondidas por meio de pesquisas bem estruturadas, delineadas, utilizando-se de métodos objetivos e análise adequada —> Grande impacto na prática da Medicina —> Internacionalização da epidemiologia clínica Forneceu ferramentas metodológicas para melhorar as pesquisas clínicas Papel central em 5 processos necessários à tomada de decisões em saude: Geração de evidências Busca das evidências Avaliação críticas das evidências Aplicação das evidências Síntese das evidências MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS: NOVA ABORDAGEM PARA A PRÁTICA E ENSINO DA MEDICINA É a ciência básica da medicina clínica, que estuda eventos clínicos em um grupo de pacientes similares, utilizando-se de métodos científicos rigorosos e adequados, com o objetivo de produzir informações válidas e acuradas, necessárias ao cuidado dos pacientes. Questão de pesquisa clínica - É a incerteza que o pesquisador pretende resolver sobre algum aspecto de uma doença na população, estudando uma amostra de sujeitos. - Ex: o uso contínuo de suplementação de cálcio aumenta o risco de infarto agudo do miocárdio? - A heparina de baixo peso molecular é melhor que a heparina não fracionada no tratamento da trombose venosa profunda? Existem várias categorias de questões possíveis, relacionadas a: › Causa › Risco › Prevenção › Diagnóstico › Tratamento › Prognóstico da doença Uma boa questão de pesquisa deve ser: › Factível › Interessante › Inovadora › Ética › Relevante A formulação de uma questão clínica deve levar em consideração 4 elementos: › Pacientes (Patients) › Intervenção (Intervention) › Comparação (Comparision group) › Desfechos (Outcomes) Exemplo › Diante de um paciente com trombose venosa profunda, a heparina de baixo peso molecular reduz mais recorrência de tromboembolismo venoso e reduz o risco de sangramento do que a heparina não fracionada? P= paciente I= heparina C= heparina fracionada com a não fracionada O= reduz tromboembolismo venoso ESTUDOS EXPERIMENTAIS: ENSAIOS CLÍNICOS Enquanto nos estudos observacionais o investigador apenas observa a evolução dos grupos de sujeitos diferentes quanto ao fator em estudo. nos ensaios clínicos o investigador introduz uma intervenção e observa o efeito dessa nova variável nos desfechos clínicos. A intervenção pode ser: - Medicação - Cirurgia - Vacina - Programa educativo ou fisioterapêutico Ensaio clínico São indicados para avaliar a segurança e eficácia de: › Um novo produto › Uma nova formulação de um mesmo produto ou associação de produtos já em uso › Uma nova indicação clínica de um produto já aprovado O desenho do protocolo e documentação clínica dos estudos devem seguir as recomendações dos órgãos normativos e de vigilância de medicamentos do país, para que os resultados possam ser considerados válidos para aprovação do produto. Um novo produto só é levado à experimentação em seres humanos depois de conhecido seus aspectos químicos, farmacológicos, mecanismos de ação e toxicidade em provas pré-clínicas, in vitro ou em modelos experimentais quando disponíveis. › Estudos prospectivos utilizados para comparar determinada investigação com outra ou com placebo › Desenho considerado padrão- ouro para testar a eficácia de uma intervenção Aspectos éticos A experimentação envolve aspectos de natureza ética que requerem avaliação cuidadosa. Considerar: › Riscos da intervenção ou da não intervenção no grupo placebo › Benefícios potenciais do estudo › Princípios da voluntariedade e confidencialidade da informação › Documentar tudo no termo de consentimento Deve ser claramente determinado, especificando: › O produto › Dose › Forma de administração › Tipo de paciente a que se destina › Efeito esperado › Parâmetros que serão medidos Sempre estabelecer: definição de caso e Definição do efeito final Classificação dos ensaios clínicos A pesquisa de drogas pela indústria envolve ECRs em diferentes fases, que são basicamente quatro, variando de acordo com: › nível de complexidade › estágio de desenvolvimento do produto a ser testado › objetivo da avaliação. Fase l: entender se o medicamento é bem tolerado em um número pequeno de pessoas › Primeira etapa de avaliação de um produto químico/biológico em seres humanos › São precedidos de provas experimentais em animais › Devem ser conduzidos no país de produção da droga ou vacina › São realizados sob rigorosa supervisão médica, usualmente em hospitais, e envolvem um número limitado de voluntários sadios geralmente do sexo masculino ou pessoas com a doença especifica Fase Il: › São ensaios clínicos pilotos limitados a um pequeno número de participantes ou pacientes com objetivo de demonstrar atividade terapêutica (droga) ou atividade imunogênica (vacina) › Requerem grupo de comparação › Avalia a toxicidade, segurança e tolerabilidade › E fase de dose-resposta para encontrar a dose e esquema ótimo de administração do produto Fase Ill: › São os considerados críticos para o registro e aprovação de um produto farmacêutico › Envolvem grande número de participantes (estudos multicêntricos) › O objetivo é demonstrar a eficácia e inocuidade a curto e longol prazo › Devem ser delineados como estudos aleatorizados, duplo cego controlados Fase IV: › São os ensaios realizados após aprovação, registroecomercialização do produto farmacêutico › Visam, principalmente, avaliar a ocorrência de efeitos adversos raros ou desconhecidos na prática clínica com o uso na população geral Aleatorização (randomização) › É o processo de distribuição ao acaso de pacientes ou voluntários sadios às diferentes intervenções em comparação. Constitui um dos elementos fundamentais do desenho do ensaio clínico. Seu objetivo é garantir uma distribuição balanceada de participantes aos grupos de comparação reduzindo ou eliminando o viés de alocação de pacientes a uma determinada intervenção e a avaliação tendenciosa dos efeitos da intervenção. Ensaio clínico controlado randomizado › É randomizado quando a intervenção é alocada de maneira aleatória entre os sujeito da pesquisa › É bom para evitar viés › Tende a balancear fatores prognósticos entre os grupos de estudo › Cegamento dos participantes pode reduzir distorção na aferição de resultados Ensaios com amostras grandes, randomizados e cuidadosamente desenhados, conduzidos e analisados podemnpromovernumandas mais fortes e diretas evidências científicas acerca da eficácia de um tratamento A randomização implica em sortear, dentro de uma determinada metodologia, a intervenção que o paciente receberá, por isso, em certos casos, principalmente por questões éticas, esta não pode ou não deve ser realizada O estudo é chamado simples cego, duplo cego ou triplo cego, se somente o paciente, o médico e o paciente ou ainda o paciente, o médico e o responsável pela análise de dados, respectivamente, desconhecem qual paciente fez parte do grupo controle ou do grupo de estudo. - Muitas vezes não é possível encontrar o número suficiente de pacientes com a doença de interesse › Demorado › Custo elevado › Não adesão dos indivíduos às intervenções alocadas › Problemas éticos (exposição dos sujeitos e potenciais danos) Ensaios de campo › São semelhantes ao ensaio clínico, mas a população estudada não é formada por pacientes e sim pessoas livres de doenças e presumivelmente sob risco. › Os dados são coletados pela população em geral. › São mais caros e de maior duração de tempo. Ensaios comunitários › Envolve intervenção em comunidades ao invés de individuos › Usados para avaliar a eficácia e efetividade de intervenções que busquem a prevenção primária através da modificação dos fatores de risco numa população › São conduzidos dentro de um contexto socioeconômico de uma população naturalmente formada › Limitação: dificuldade de isolar uma comunidade ESTUDOS DE ACURÁCIA: TESTE DE ACURÁCIA Trata-se de um tipo de pesquisa utilizada para que determinado novo teste diagnóstico, que está sob estudo, garanta que seu resultado positivo indique, realmente, a presença de uma doença e que seja negativo na real ausência da mesma. › O controle, ou padrão de referência, dos resultados do novo estudo é representado por um teste ideal conhecido como padrão-ouro (gold standard) › Esse padrão ideal é "o método, procedimento ou medida que é amplamente aceito como sendo o melhor disponível, contra qual novas intervenções deveriam ser comparadas A validação consistirá se o novo teste tiver alta sensibilidade para diagnosticar a doença em questão, ou seja, se for positivo como se esperava para a maioria dos doentes, e se tiver alta especificidade, ou seja, se for negativo para a maioria das pessoas em que se esperava ser negativo, segundo o padrão-ouro.
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