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Regulaçã� d� �pressã� Gênic� Controle das etapas da expressão gênica, essas etapas que vão desde as alterações na estrutura da cromatina. Começando pela síntese do DNA, pelo processamento, síntese de proteínas, até a ativação da proteína. ✓ Controle das etapas da etapas da expressão gênica: Expressão espacial – histoespecífica: Determina o tipo celular; (Porque tecidos diferentes, produzem células diferentes, regulando a expressão dos seus genes e com isso ativando determinadas proteínas em algumas células, como também inativando outras em outro tipo de células. Por exemplo: Neurônios produzem neuropeptídeos, Linfócitos produzem anticorpos, células pancreáticas produzem insulina, as hemáceas serãos responsáveis por transportar gases no sangue - Portanto, é um tipo de expressão que nomeamos de permanente, as proteínas que determinada células estão expressando é que vai determinar o tipo de função daquela célula). - Durante o desenvolvimento embrionário: ocorre após a célula se diferenciar. Expressão temporal: Depende do momento fisiológico; (Regulação que é momentânea, que vai depender do momento fisiológico do organismo, ou seja, durante um determinado momento é necessário regular a quantidade daquele produto na célula ou adaptar a produção daquele produto/proteína. Por exemplo: Quando somos infectados por algum patógeno, as nossas células de defesa sofrem regulação na expressão de seus genes para produzir respostas ao contato com o agente patogênico, como, quando estamos fazendo um exercício físico e precisamos aumentar a síntese de proteínas contráteis que fortaleça o músculo e quando o estímulo é cessado as proteínas deixam de ser estimuladas). - Durante o desenvolvimento embrionário: ocorre até o momento em que a célula se diferencia. (formando a célula e determinar o destino celular - qual célula será um neurônio, hemácia, muscular… *Quando a célula se torna realmente diferenciada, na expressão gênica ela passa a ser espacial/histoespecífica, porque a célula já sabe quais as proteínas que ela vai expressar e quais as proteínas que vão determinar a sua função. ● Etapas: O gene pode ser ativado ou inativado, e como a expressão gênica pode ser regulada? - Existem vários mecanismos que regulam a expressão gênica e atuam em várias etapas. - O primeiro ponto de controle é a alteração na estrutura da cromatina, ela precisa estar descondensada (precisa estar na forma de eucromatina, para que a leitura do gene possa ocorrer, para que as proteínas da transcrição possam acessar esse gene. Se estiver condensada na forma de heterocromatina, a leitura do gene não será possível e isso vai inibir a expressão daquele gene). - Outro ponto de controle ocorre na transcrição, que é o controle transcricional, em que esse ponto vai decidir se o RNA vai ser produzido a partir da molécula de DNA, vai decidir se esse gene vai ser transcrito ou não. - Outro ponto de controle é no processamento do RNA, o RNA pode ser processado de várias formas gerando diferentes RNA’s mensageiros que vão codificar diferentes proteínas. - Há o controle do transporte e da localização, que dependendo do RNA, este RNA pode permanecer no núcleo ou ele pode ser exportado para o citosol. - Temos o controle da degradação do RNA mensageiro. Então a célula sintetiza RNA, transportou para o citoplasma, mas decidiu que esse RNA não vai ser traduzido em proteína, então esse RNA irá sofrer degradação. - Temos o controle na tradução, que podemos controlar a síntese da proteína no nível traducional e temos o nível de controle pós-traducional, ou seja, após a síntese da proteína. Portanto, não é porque a proteína foi produzida que ela ficará necessariamente ativa, existe esse último nível que vai determinar se aquela proteína vai ficar ativa ou inativa na célula. ➔ Alteraçã� d� estrutur� d� cromatin�: ✓ Cromatina compactada → inibe a expressão gênica (heterocromatina); ✓ Cromatina descompactada → estimula a expressão gênica (eurocromatina); ✓ Principais mecanismos que alteram a estrutura da cromatina: - Remodelagem da cromatina; - Modificação de histonas; - Metilação do DNA; - Remodelagem da cromatina: - O processo de remodelagem da cromatina é o reposicionamento dos nucleossomos. Essa remodelagem ocorre pela ação dos complexos de remodelagem da cromatina. Esse complexo se liga ao DNA e reposiciona os nucleossomos utilizando ATP e esse reposicionamento dos nucleossomos expõe as regiões promotoras do DNA. E aí esses fatores de transcrição e a RNA polimerase, podem se ligar ao promotor e iniciar o processo de transcrição. - Modificação de histonas: ✓ Fosforilação e acetilação: ativam a expressão gênica; (promovem a descompactação da cromatina) ✓Metilação: inibe a expressão gênica; (promove a compactação da cromatina, porque atrai proteínas envolvidas na compactação da cromatina, portanto geralmente inibindo a expressão gênica - Porque em alguns casos dependendo do resíduo de aminoácido metilado, a metilação em histonas pode estimular a expressão gênica - mas na maioria dos casos, essa metilação vai inibir a expressão). - - As enzimas acetilases, vão adicionar os grupos acetil as histonas, promovendo a descompactação da cromatina e a cromatina ficará ativa. A presença dos grupos acetil enfraquece a interação das histonas com o DNA, porque deixam as histonas com a carga mais negativa e como o DNA também tem a carga mais negativa a acetilação acaba enfraquecendo essa interação do DNA com as histonas, meio que se repelem. A fosforilação também tem esse efeito, também deixa as histonas com a carga mais negativa. - E as desacetilases elas vão retirar os grupos acetil, promovendo a compactação da cromatina e a cromatina fica inativa, a remoção desses grupos acetil aumenta a interação entre as histonas e o DNA, porque as histonas ficam mais positivas. - Metilação do DNA: ✓ Comum em citosinas adjacentes a guaninas (ilhas CpG) ✓ DNA metilado: inibe a transcrição; ✓ DNA não metilado: estimula a transcrição; - Os grupos metil além de poderem ser adicionados às histonas, eles também podem ser adicionados ao DNA. A metilação do DNA é mais comum nas bases citosinas, que ficam adjacentes aos nucleotídeos de guanina. As regiões do DNA com muitas sequências de citosina e guanina são chamadas de ilha CPG e são comumente encontradas próximas ao sítio de transcrição. - A adição de grupos metil ao DNA, que é uma reação catalisada por um DNA metiltransferases adicionando um grupo metil no DNA. E a adição desses grupos metil deixa a cromatina mais compactada, inibindo a transcrição. A metilação acaba atraindo proteínas desacetilases que vão remover os grupos acetil das histonas e a remoção dos grupos acetil torna a cromatina mais compactada. @Destrinchando.a.odontologia - Já a desmetilação do DNA possibilita que as acetiltransferases adicionem grupos acetil, desestabilizando assim a interação do DNA com a histonas, descompactando a cromatina promovendo a transcrição. Então o gene vai ser expresso, vai poder ser transcrito quando ele estiver acetilado e não metilado. ● Característica Importante da estrutura da cromatina: ✓ Herança epigenética: herança dos estados da cromatina que passam de uma geração celular para a outra; (Os padrões de metilação e acetilação podem passar em uma célula para outra de indivíduo para indivíduo) ✓ Fatores epigenéticos: fatores não genéticos (não são a sequência do DNA) que podem ser transmitidos para a progênie celular após a divisão celular, mas que não são atribuíveis diretamente às sequências de DNA; (são fatores que afetam a estrutura do DNA) - A herança da metilação do DNA é mais bem compreendida de que as heranças das modificações das histonas, a metilação do DNA é mais estável do que as modificações das histonas e aí geralmente a metilação do DNA está associado a regiões do genoma que são mantidas em um estado inativo durante todo o período de vida de um organismo). ✓ Exemplos da atuação de mecanismos epigenéticos: - Inativação do cromossomo X - Imprinting parental ● Mecanismos Epigenéticos: ✓ Inativação do cromossomoX; Sexo Feminino: XX Sexo Masculino: XY - Para que a quantidade dos produtos gênicos expressos pelos genes do cromossomo X sejam equivalentes em homens e mulheres, um cromossomo X fica inativado nas mulheres. Esse cromossomo fica altamente condensado em um tipo de heterocromatina, ficando inativo. O cromossomo X apresenta um locus que é chamado de Centro de inativação do X “XIC”. Então nesse locus existe um gene que produz um RNA não codificador denominado chiste, o cromossomo que expressa XIST, ele se torna inativo - porque isso vai levar a formação da heterocromatina. - Esse RNA não codificador que é codificado pelo gene XIST, ele recruta proteínas modificadoras da cromatina para o cromossomo X e essas proteínas vão promover a metilação ao longo de todo o cromossomo, promovendo a inativação desses cromossomos. E esse padrão de metilação é passado para as células filhas. - No cromossomo X que fica ativo, o gene XIST é transcricionalmente silencioso, ou seja, ele não é transcrito, não tem a produção de RNA nesse gene, consequentemente, esse gene não vai ser expresso e aí os outros genes expresso no cromossomo x vão poder ser expresso. ✓ Imprinting parental: - Introdução de “marcas epigenéticas” (a metilação por exemplo) em locais específicos do genoma de células germinativas/gametas de um dos progenitores (ou vai está no pai ou na mãe); - Expressão monoalélica do gene; (Porque quandos os gametas se unem na fecundação, um dos alelos desse gene não vai se expressar, porque ele vai estar metilado, aí a expressão vai ser monoalélica, ou seja, apenas um alelo vai ser expresso); - O padrão de metilação se mantém em todas as gerações; - O Imprint ele ocorre durante a gametogênese, durante a formação dos gametas, antes da fertilização (união desses gametas). Ele vai marcar determinados genes como sendo origem materna ou paterna, se o gene materno está metilado, ele não vai se expressar, então aquele gene vai ser de origem paterna e vice-versa. A expressão desse gene vai depender se ele vai ser herdado da mãe ou do pai, quando a cópia herdada do pai é ativa, a herdada da mãe vai ser silenciosa e vice-versa. - Após a fecundação o zigoto formado e o indivíduo formado a partir desse zigoto vai manter esse imprint/marca no padrão de metilação em todas gerações. ➔ Control� Transcriciona�: ✓ Ocorre na etapa da transcrição - do DNA para o RNA; ✓ Maior nível de controle da expressão gênica; (principal nível, porque o controle transcricional pode garantir que nenhum componente não @Destrinchando.a.odontologia essencial, seja sintetizado. A célula evita gastar energia desnecessária). ✓ Sequências regulatórias: acentuadoras (enhancer) ou repressoras (silenciadoras); (são utilizadas para ativar ou inativar o gene, essa sequências são reconhecidas por proteínas regulatórias, chamadas de:) ✓ Reguladores transcricionais: proteínas ativadoras ou repressoras; - Reguladores transcricionais se ligam às sequências regulatórias; ✓ Região de controle gênico: sequências regulatórias + promotor; ✓ Proteínas ativadoras se ligam à sequências acentuadoras e aos fatores de transcrição, estimulando a transcrição; (que estão na região promotora do gene, formando uma espécie de alça e essa interação vai estimular/potencializar a transcrição, inclusive, conseguimos observar em microscópios eletrônicos a formação dessa alça) - Ajudam na associação da RNA pol e fatores de transcrição; - Atraem proteínas que modulam a estrutura da cromatina; (descondensando as proteínas e permitindo que os fatores da transcrição e o RNA polimerase, tenham acesso ao promotor - Então elas atraem proteínas que modificam histonas, atraem complexo de remodelamento da cromatina etc, que vão atuar nessa descompactação da cromatina). Frequentemente também há participação de proteínas adicionais que servem justamente para interligar os reguladores transcricionais ao promotor, essas proteínas adicionais formam um grande complexo que conhecemos como Mediator, então para que a transcrição de um gene ocorra de maneira eficiente, além da ligação de RNA polimerase e dos fatores de transcrição ao promotor, é necessário a atuação dessas proteínas ativadoras) ✓ Mediador: interligar reguladores transcricionais distantes do promotor. ✓ Proteínas repressoras: inibem a transcrição de várias formas; - Essas proteínas podem inibir a transcrição de várias maneiras, podendo competir com as proteínas ativadoras pela ligação, às mesmas sequências reguladoras de DNA, impedindo assim a ligação da proteína ativadora. - No lado D, as proteínas repressoras não competem pelo sítio de ligação. Cada proteína reguladora vai se ligar à sua sequência, mas as proteínas repressoras impedem a atuação das proteínas ativadoras. Essas proteínas repressoras também podem interagir com fatores da transcrição, bloqueando a montagem dos fatores de transcrição na região promotora do gene. Como também podem alterar as proteínas repressoras podem alterar a estrutura da @Destrinchando.a.odontologia cromatina, recrutando um complexo de remodelagem da cromatina para o promotor, promovendo a compactação da cromatina, podem também atrair as histonas desacetilases para o promotor, atrair histonas metiltransferases que vão adicionar grupos metil nas histonas etc. ✓ A regulação da expressão gênica usando splicing alternativo pode: Que irá remover os introns; - Alterar a produção de uma proteína não funcional para a produção de uma proteína funcional (ou vice-versa); - Gerar diferentes versões de uma proteína em diferentes tipos celulares, de acordo com as necessidades da célula; - Exemplo de um splicing alternativo, gerando proteínas diferentes a partir de um mesmo DNA mensageiro. No caso temos um RNA mensageiro que na tireóide esse RNA mensageiro vai sofrer um processamento/splicing que vai gerar um péptido de calcitonina que está envolvido no controle da quantidade de cálcio no sangue. - No hipotálamo, esse mesmo RNA mensageiro sofre outro processamento, um outro splicing alternativo que vai gerar o peptídeo vasodilatador que é relacionado ao gene da calcitonina. ➔ Control� d� degradaçã� d� RNA: - Outra forma de regular a expressão gênica é degradando os RNAs mensageiros maduros. - O RNA foi produzido, mas a célula não precisa que ele seja traduzido naquele momento. O RNA mensageiro pode ser degradado através dos RNAs de interferência que vão se ligar ao RNA mensageiro alvo e vão direcionar esse RNA mensageiro para a degradação, por isso nomeia-se como silenciamento da expressão gênica. ❖ RNAs de interferência (RNAi); - miRNA, siRNA (micro RNA) ❖ Silenciamento da expressão gênica; - O RNA por meio de complementaridade de bases entre as suas próprias regiões, ele forma estruturas de dupla fita. Essa dupla fita é clivada por uma enzima chamada de Dicer, clivando a molécula maior para um menor. Esse RNA vai se associar com o complexo chamado de complexo de RISC (Complexo induzido por RNA). E o RNA em vermelho ele vai ser clivado gerando um RNA simples fita. - Esse RNA simples fita, que é o RNA de interferência associado ao complexo RISC. Vão buscar pelo RNA mensageiro alfa através de complementaridade de bases. Cada RNA de interferência vai com RNA mensageiro específico. Quando o RNA de interferência se liga ao RNA mensageiro alvo, esse RNA é direcionado para a degradação, tendo uma redução de quantidade de determinado RNA mensageiro na célula. ❖ RNAs de interferência (RNAi) no tratamento de doenças: - Esse mecanismo de interferência do RNA ele já vem sendo aplicado no desenvolvimento de terapias para controlar diversas doenças. Porque várias doenças resultam da expressão alterada do gene, então, se eu consigo silenciar esse gene, eu posso controlar essa doença. Por exemplo: Nos casos de câncer, se o gene mutado responsável pelo desenvolvimento daquele câncer é silenciado, o câncer poderá ser controlado. E no caso de uma doença respiratória causada por vírus, se conseguimos silenciar o genes do vírus envolvidos na replicação deste vírus, podemos controlar essa doença. - Tecnologia que estásendo estudada, com resultados e expectativas promissoras. ➔ Control� traduciona�: ✓ Repressores traducionais → se ligam à extremidade 5’; (bloqueando a ligação da subunidade menor do ribossomo e assim inibindo a tradução) @Destrinchando.a.odontologia ✓ miRNAs → inibem a tradução; ✓ Fosforilação de eIF2; ( F2- Fator do início de tradução/ e a Fosforilação deste fator ocorre em resposta a situações como a falta de nutrientes, infecções virais...) - O eIF2 forma um complexo com o GTP e a formação desse complexo é crucial para iniciar a síntese da proteína, porque esse complexo vai mediar a ligação do RNA transportador iniciador a subunidade ribossômica menor. |Logo, ocorre a busca pelo AUG, que é o códon de iniciação da tradução. - Quando o AUG é reconhecido, o GTP ligado ao eIF2 ele é hidrolisado ao GDP e aí o eIF2 fica inativo. Então para que a tradução inicie, eIF2 precisa estar ligado a GTP (forma ativa), e eIF2 ligado ao GDP ficará na forma inativa. - Sendo que quando eIF2 está ligado ao GDP, ele não quer se desligar dele, portanto uma OUTRA molécula chamada eIF2B entra em ação e ela induz a troca de GDP por GTP no eIF2. - Sendo que quando o eIF2 sofre uma fosforilação, ele vai se ligar fortemente ao eIF2B e inativando o eIF2B, ou seja, ele não irá promover a troca de GDP por GTP em eIF2. ✓ Controle pós-traducional: - Ativa ou inativa a proteína; - Depois que a proteína é sintetizada não significa que ela irá desempenhar sua função, existe outro nível de controle que determina se a proteína após ser sintetizada, ela vai ficar ativa ou não. Esse mecanismo é bastante importante quando o organismo precisa de uma resposta rápida, em que ele não pode esperar todo o processamento da proteína para depois ficar ativa. Precisando que a proteína fique pronta esperando somente ser ativada, como os fatores de coagulação, que já estão prontos e que só precisam ser ativados para exercer a sua função (se não fosse isso, poderia ocasionar várias hemorragias graves). *Foi observada uma menor quantidade de RNA de oncogenes depois que células tumorais foram tratadas com uma droga testada para avaliar seu potencial anti tumorigênico Qual o nível de regulação? @Destrinchando.a.odontologia
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