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Fragmento da Interpretação dos Sonhos

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Disciplina: Fundamentos em Psicanálise
Curso: Psicologia 
3° Período 
Resumo - Sobre os Sonhos – Fragmento da obra de Freud
Os sonhos sempre exerceram um fascínio sobre a humanidade, algo muito incompreendido até a chegada dos trabalhos de Freud. Os sonhos por muito tempo foram vistos como premonitórios, ou até mesmo apenas resquícios do dia-a-dia do individuo. Em 1900 Freud inaugurou seu trabalho com a teoria dos sonhos, que vem despertando cada vez mais interesse por esse mundo incompreendido, rico e cheio de sentimentos, com essa obra os sonhos deixaram sua posição atual para ser compreendido como particularidades do nosso inconsciente. 
Um dos sonhos clássicos mencionados por Freud em sua obra foi o de um pai que velava o seu filho em casa após uma grande luta contra uma doença que o deixava ardendo em febre. “Pai, não vês que estou queimando?” foi a frase mais marcante desse sonho mencionado pelo autor. 
O sonho citado acima pode nos trazer vários conceitos a respeito da elaboração dos sonhos, esse exemplo mostra os estímulos externos e restos diurnos. Os estímulos externos tiveram um grande contexto nesse sonho, já que na realidade o filho dele realmente estava queimando no quarto ao lado, quando uma das velas caiu na roupa do defunto e começou a pegar fogo. Os restos diurnos podem se caracterizar com a condição em que o garoto se encontrara, queimando em febre antes de sua morte. Segundo a psicanálise, as duas principais características dos sonhos são a realização de desejos e a vivência alucinatória.  E esse sonho nos mostra claramente o desejo do pai de que o filho ainda estivesse vivo mesmo que por alguns segundos (realização de desejos) e a vivência alucinatória (sonhar é uma experiência de participar e se envolver, alucina-se que esta lá). Nesse sonho também tem algo a mais para ser percebido, como o sentimento de culpa do pai transmitido pela fala do filho em seu sonho “Pai, não vês...?” O conteúdo analisado desse sonho pode ser sobredeterminado pela relação entre pai e filho, tendo em vista que o histórico da mesma pode nos trazer análises diferentes. Esse sonho pode nos trazer diversos conceitos atrelados à elaboração dos sonhos, como o de distorção e elaboração onírica que é um produto da censura, vale a pena destacar um aspecto importante desse sonho: o desencontro apontado passa pelo olhar. É por não ver o filho, por não vê-lo queimando que o pai é censurado, a censura deforma os pensamentos latentes no trabalho do sonho. Um fragmento não é distorcido ao acaso, mas imposto por uma exigência da censura, a principal responsável pela deformação onírica.
Sendo assim os sonhos são nossa porta de entrada para nosso inconsciente. Os sonhos trazem do nosso inconsciente para a consciência desejos mais reprimidos e “proibidos”, desejos recalcados, no qual sublimamos, ou seja, inibimos nossos objetos de desejo. É através dos sonhos que temos a capacidade de vivenciar esses objetos. Entrando profundamente nesse vasto mundo de desejos reprimidos, fazemos um mergulho ao nosso inconsciente, ou seja, para dentro de nós mesmos, tentando procurar o máximo de realização.

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