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Gustavo Moreno T19 Doenças da Vulva: Anatomia da vulva: Vulva: limitada lateralmente pelo sulcos genitocrural; anteriormente pelo monte de venus e posteriormente pelo anus Clitores Pequenos lábios Meato uretral Hímen Comissuras posteriores Glandulares de bartholin Alterações Benignas da Vulva: Fatores que alteram a flora vaginal: Tipo de sabonete – protex DM – muda sensibilidade e aumenta prurido Relação sexual – contato com o semen muda o pH (vaginal e vulvar). Medicamentos – ATB Avaliação e amplitude da alteração: Tempo e amplitude de alteração (idosa com prurido constante → destacar CA de vulva) Momento do ciclos menstruais, relação sexual, vestimentas (roupas apertadas), hábitos de higiene, antecedentes de neoplasias do TGI, tratamentos prévios (atrofia vaginal e vulvar por braquiterapia) e doenças sistêmicas (DM) Exame físico da vulva: Inspeção: avaliar configuração anatômica, trofismo (menopausa tem atrofia vulvar), alterações de forma e cor, estado da pele implantação dos pelos. Observar: assimetria, bordas irregulares, alterações na cor, sangramento fácil e dificuldade na cicatrização – risco maior para neoplasia. Utilização do colposcópio para visualização de lesões subclínicas Aplicação do ácido acético 5% – grande quantidade de material proteico, observada em situações de displasia Alterações: Lesões clínicas: Herpes vírus simples, molusco contagioso, cancro mole, linfogranuloma venéreo, sífilis, síndrome de Behçet, foliculite Lesões pigmentadas: Vitiligo, despigmentação pós-inflamatória Lesões hiperpigmentadas: Lentigo simples, melanose, nevos, papiloma escamoso, verrugas seborreicas, psoríase, líquen simples crônico, dermatite seborreica, líquen vermelho plano, nevo rubi, líquen escleroso Herpes Vírus: Causa de ulceração Lesão primária: dura de 2 a 6 semanas Citológico: células gigantes multinucleadas com inclusões intranucleares (Células gigantes – multinucleadas, com inclusões) Tipo 1 (labial) e 2 (genital) Em gestantes com lesões ativas: cesárea** Tratamento para herpes genital: Aciclovir: 400mg 3x ao dia ou 200mg 5x ao dia Fanciclovir: 250 mg 3x ao dia Valaciclovir: 1000 mg 2x ao dia Molusco Contagioso: Pápulas pequenas com umbilicação central e cor semelhante a pele Família dos poxvirus Pode indicar doença imunossupressora subjacente Tratamento do molusco contagioso: Congelação com nitrogênio líquido Ácidos ou soluções – ácido tricloroacético Eletrocirurgia ou curetados Aplicações diárias de ácidos retinóico em creme ou gel, ou modificadores da resposta imune ou outras medicações tópicas antivirais Laser Cancro Mole: Haemophilus ducreyi Úlcera doloroso de borda não endurecidas e fundo sujo Lesões podem surgir 3 a 10 dias após contato Adenopatias inguinais e bilaterais Tratamento do cancro mole: Vários antibióticos são eficazes Podem ser usados os seguintes: Ceftriaxona em uma única injeção no músculo Azitromicina tomada por VO em uma única dose Ciprofloxacino tomado por VO durante 3 dias Eritromicina tomada por VO por 7 dias Linfogranuloma venéreo: Chlamydia trachomatis Pápula ou vesícula única, pouco dolorosa que costumam evoluir para úlcera com bordas protuberantes que curam espontaneamente em poucas semanas Maior causador de DIP** Pouco comum Tratamento LGV: Doxiciclina por 14 - 21 dias Eritromicina por 21 dias Sulfametoxazol / trimetoprim por 21 dias Azitromicina por 7 dias Sífilis: Reincidente Primária: úlcera de bordas elevadas; indolor de fundo limpo e auto limitada (+ adenopatias inguinal homolateral) Secundária: condiloma plano, pápulas com tendência a confluir da mesma cor da pele e costumam ser pruriginosas (+ no períneo), tende a ser palmo-plantar Lesão terciária: goma sifilítica (lesões com borda irregular), não tratada Incubação: 9 - 90 dias – grande latência Tratamento: benzetacil 1200000 em cada nádega em dose única Quando não sabe quando pegou → 1200000 em cada nádega por 3 semanas (1 dose por semana) Síndrome de Behçet: Caracterizada por ulcerações orais, genitais e uveíte Lesões são precedidas por pequenas vesículas ou pápulas Provavelmente causado por um processo auto imune subjacente, exceto as crises oculares com repetição pode causar cegueira Semelhante ao Herpes Foliculite: Pápulas avermelhadas e edematosas, dolorosas que convertem-se em pústulas, geralmente após processo de depilação. Lesões hipopigmentadas: vitiligo, despigmentação pós-inflamatória Lesões hiperpigmentadas: lentigo simples, melanose, nevos, papiloma escamoso, verrugas seborreicas, psoríase, líquen simples crônico Dermatite seborreica, dermatite por contato, líquen vermelho plano, nevo rubi, líquen escleroso Infecção pelo HPV: Muito comum 30-70% das pessoas infectadas em algum momento da vida HPV clinicamente visível – 1% Maioria das infecções são assintomáticas Homem – verruga no pênis (pode cauterizar essas verrugas) Mulher – ataca o colo de útero, se a imunidade não combater, pode virar CA de colo de útero Subtipos 6 a 11 relacionados a lesões condilomatosas Subtipos 16 e 18 → CA de colo do útero Tratamento pelo HPV: ATA 80 -90%, podofilina (não pode usar em gestantes), imiquimod, podofiox Biópsia se a lesão não responder ao tratamento ou se a mesma é pigmentada, endurecida, fixa e/ou ulcerada Vacinação (mesmo se a mulher já tiver tido relação) Neoplasia de Vulva: *** Tumores primários de vulva são incomuns Lesões solitárias na paciente pós-menopáusica frequentemente associadas a doenças vulvares crônicas Idade média das pacientes é de 65 anos – alterações crônicas (prurido vulvar, alteração na pele e vulva) Epidemiologia: 4-5% das neoplasias malignas do trato genital feminino Incidência: 1 a 2 casos / 100.000 por anos Mulheres com baixo nível sócio econômico A lesão invasora incide em mulheres a partir da sexta década de vida – 90% idade acima dos 50 anos** Fatores etiológicos: Principal: infecção pelo HPV Doenças crônicas: DM, hipertensão, obesidade, imunossupressão DSTs / infecções: doenças granulomatosa, sífilis, herpes vírus simples, HPV Dermatoses vulvares: líquen escleroso**, hiperplasia de células escamosas Outros: tabagismo, múltiplos parceiros sexuais Obs Med cel – Líquen escleroso → manchas hipocrômicas na vulva da paciente, maioria dos casos ocorre em mulheres pós-menopáusicas.** Tipos histológicos: Carcinoma de células escamosas ou epidermóide é o mais frequente – 80 a 90% dos casos – são células superficiais da vulva As formas basalóide ou verruciforme são as apresentações mais comuns de CA invasor de vulva escamoso Fatores de risco: aumento do número de parceiros sexuais, início precoce da atividade sexual, tabagismo e HPV Melanoma é o segundo mais frequente – 5 a 10% dos casos Outros tumores são raros Metástases podem ocorrer para órgãos adjacentes como reto, vagina, colo uterino e bexiga. Obs – metástase para linfonodos intrapélvicos são mais frequente no clitóris* Apresentação da doença: 40% dos diagnósticos ocorrem em um estágio mais avançado da doença Sinais e sintomas: prurido vulvar**, secreção vaginal alterada, disúria, dor localizada, sangramento ou ulceração local Diagnóstico: inspeção, palpação e biópsia A forma mais comum e mais fácil de ser reconhecida é a forma clássica ou bowenóide Infecções por tipos de HPV de alto risco tem sido associada ao desenvolvimento de lesões bowenóide Tipo histológico: Carcinoma epidermoide 90%*** Melanoma 5-7%** Adenocarcinoma 2% Sarcomas 1 a 2% Carcinoma da glândula de Bartholin 1% Estadiamento:** Estádio I: tumor confinado à vulva e/ou períneo linfonodo negativo Ia: lesões com 2 cm ou menos confinados a vulva ou períneo com invasão de estroma de 1 mm ou superficialmente invasivo / microinvasivo Ib: lesões maiores que 2 cm ou com invasão do estroma maior que 1 mm, confinadas À vulva ou ao períneo Estágio II: tumor com extensão para estruturas perineais (1/3 inferior uretra, 1/3 inferior vagina, anus) com qualquer tamanho e linfonodos negativos. Estágio III: tumor de qualquer tamanho com ou sem extensão para estruturas perineais (1/3 inferior uretra, 1/3 inferior vagina, Ânus), e linfonodosinguino-femorais positivos: IIIa: 1 metástase linfonodal ( >5mm) ou 1 - 2 metástases linfonodais ( 5> mm) IIIb: 2 ou mais metástases linfonodais ( >5mm) ou 3 ou mais metástases linfonodais ( <5mm) IIIc: Presença de extravasamento capsular; Estádio IVa: tumor invadindo qualquer estrutura de que se segue: 2/3 superior de uretra, 2/3 superior de vagina, mucosa vesical, mucosa retal, fixo ao osso pélvico linfonodos inguino-femorais fixas ou ulcerados Estádio IVb: qualquer metástase À distância, incluindo linfonodos pélvicos Tratamento: do CA de vulva** Estádio 0 – CA in sito, NIV 3 Depende da extensão, localização, número de lesões e idade da paciente – individualizar Ressecção ampla das lesões / Vulvectomia simples / Vulvectomia superficial / Vaporização com laser de CO2 Melanoma in situ e doença de Paget: ressecção com margem adequada. Tumores IA: Sem linfadenectomia inguinofemoral ou outros tratamentos Excisão local ampla com uma margem de 1 cm de tecido normal Tumores IB e II: Vulvectomia radical + linfadenectomia inguinofemoral bilateral Tumores III e IV A: Radioterapia isolada ou em combinação com a quimioterapia e cirurgia são as opções terapêuticas
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