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Doenças Benignas da Vulva

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Aula 12 – Ginecologia –- Doenças benignas da vulva
Abordagem geral das queixas: Não prometer cura; Necessidade de muitas consultas; Atendimento multidisciplinar **Empatia é importante; Orientar as pacientes
Diagnóstico
Anamnese: Primeira consulta que demanda tempo; Caracterizar adequadamente os sintomas; Avaliar doenças crônicas sistêmicas e uso de medicamentos
Exame Físico:
- Iluminação adequada, Posicionamento ideal; Lente de aumento ou colposcópio
- Inspecionar anormalidades, Pigmentação, Textura, Modularidade,Vascularização
- Exame global da pele (incluindo mucosas e axilas) **Alterações que façam pensar em causa sistêmica do problema.
Biópsia vulvar 
- Sinais e sintomas não estão evidentes **Suspeita de não ser benigna.
- Lesões focais, Lesões hiperpigmentadas, Lesões exofíticas; Falha no tratamento empírico
DERMATOSES VULVARES
Líquen Simples Crônico 
- Fatores desencadeadores de prurido -> Fricção (coçar / esfregar) -> Traumatismo crônico -> Liquenificação (espessamento cutâneo) 
*Pode acontecer em qualquer lugar do corpo.
Tratamento: Interromper o ciclo prurido-fricção
- Corticoide tópico; anti-histamínicos; hidratação
Líquen Escleroso 
Anamnese: Sintomas anogenitais que pioram a noite; Prurido intenso, Queimação (pode ser por estímulo ou lesão por coçadura), Dispareunia (alteração de arquitetura vulvar, sensação de atrofia)
Diagnóstico: placas branquicentas; distorção da anatomia vulvar; pele com aparência “fina”; cronicamente acomete anus formando lesão em forma de “8” **Quadro clássico e avançado. 
Tratamento e vigilância 
- Fator de risco para câncer de vulva ***BIOPSIA. Cronicamente acompanhar a paciente e fazer vulvoscopia.
- Orientações, principalmente quanto a cronicidade do problema *Não há cura, apenas controle. Alteração da anatomia não volta ao normal. 
- Corticoesteroides. Terapia de primeira linha: Clobetazol tópico	0,05%	1x/ noite por 4 semanas; Dias alternados por 4 semanas; 2x/ semana por 4 semanas
Dermatite de Contato
- Irritativa: Queimação e ardência local causadas por agente agressor
- Alérgica: Prurido e eritema intermitentes
Intertrigo
- Fricção de superfícies opostas de pele úmida **PP obesas com sudorese maior. Lesão com muito prurido. 
- Tratamento: Agentes secantes; Orientações de perda de peso
**Agentes secantes não é usado para infecção fúngica, apenas intertrigo isolado.
 
DERMATOSES INFLAMATÓRIAS
Líquen Plano
- Doença incomum, superfícies cutâneas e mucosas, DAI? 
- Formas: erosivas **Sempre pensar em malignidade, papuloescamosa e hipertrófica 
- Diagnóstico: Descarga vaginal crônica; Prurido vulvovaginal intenso; Queimação; Dispareunia; Sangramento após relação sexual; Confirmação: biópsia **Exame Físico Global! Pode estar também em outros locais do corpo. 
Tratamento: Corticoide tópico potente (Clobetazol); Aplicação diária por 3 meses (depois descontinuar gradativamente)
**Investigação dermatológica completa!!
Hidradenite Supurativa 
- Inflamação crônica e obstrução dos folículos cutâneos com subsequente formação de abscesso subcutâneo. 
- Tratamento: antibiótico tópico ou oral + compressas quentes. 
MANIFESTAÇÕES VULVARES DE DOENÇAS SISTÊMICAS
Acantose Nigricante 
- Mais comum no pescoço. Também pode estar presente na vulva. 
- Mulher de 56 anos, obesa, DM 2, lesões em áreas intertriginosas.
- Associação com obesidade, DM2, Cushing, Doenças tireoideanas, AdenoCA do TGI, acromegalia, medicamentos.
Doença de Crohn 
- Doença autoimune que não acomete só o trato digestivo. Pode apresentar lesão em vulva. 
- Edema; Ulcera em “corte de faca”; Fistula: do trato genital inferior em direção ao anus ou reto
Doença de Behçet
- Vasculite sistêmica; Lesões cutaneomucosas (ocular, oral e genital)** Não é DST
Nevo e Vitiligo
- Nevo pigmentado: acompanhamento atento (potencial de malignização) **Nevo tem risco grande de malignização.
*Vitiligo pode ter perda de pigmentação no corpo todo. 
TUMORES VULVARES SÓLIDOS **A maioria é benigna
Acrocórdon: Pólipos fibroepiteliais benignos; Tratamento para fins estéticos, ou se gera irritação crônica
Leiomiomas: Raros; Retirada cirúrgica para excluir leiomiosarcoma
Lipoma 
TUMORES VULVARES CÍSTICOS
Cisto e abscesso dos ductos da glândula de Bartholin 
Fisiopatologia: Obstrução dos ductos das glândulas de Bartholin > formação de cisto > infecção > formação de abscesso
Quadro clínico: Assintomático; Se infectados: dor intensa que impede de caminhar ou sentar; Cistos unilaterais; Região inferior dos grandes lábios
Tratamento: Se assintomático não necessita intervenção
Se sintomáticos: drenagem, marsupialização, excisão
Cisto e abscesso da glândula de Skene **Mais perto da uretra. Cuidado para não lesar uretra distal. 
Divertículo uretral 
- Glândulas parauretrais encontram-se ao longo da parede uretral inferior, e a dilatação cística dessas glândulas formam divertículos

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