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PATOLOGIA DO SISTEMA HEMATOPOIÉTICO

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Linfonodos 
Ausentes em anfíbios, répteis, aves 
 - apenas mamíferos 
 
Formato ovalado, redondo 
Coloração: marrom 
 - linfonodo hepático: verde em vacas 
Apresentam cápsula, córtex, paracórtex e medula 
 
Cápsula 
 - onde chegam os vasos linfáticos aferentes 
Córtex 
 - apresenta folículos linfoides primários e 
secundários (com centro germinativo), que possuem: 
linfócitos B + linfócitos T 
Paracórtex 
 - apresenta linfócitos B + linfócitos T + plasmócitos 
Medula 
 - apresenta cordões + seios medulares com 
plasmócitos 
 
 
 
 
 
O linfonodo do porco é invertido: 
• Córtex: plasmócitos 
• Paracórtex: linfócitos B + T + plasmócitos 
 
• Medular: folículos 
 - por isso, o sangue acumula-se na periferia e não 
no centro 
 
• Drenagem linfática 
 - insuficiência nodal: incapacidade de drenagem 
• Imunidade 
 
Drenagem linfática 
 
• Linfonodo parotídeo 
 - drena estruturas superficiais, dorsais ao palato e à 
orelha + pálpebras + glândulas associadas + articulação 
temporomandibular 
• Linfonodos Mandibulares 
 - drenam estruturas superficiais da face e o espaço 
intermandibular 
• Linfonodo Retrofaríngeo Medial 
 - drena estruturas profundas da cabeça: língua, 
tonsila palatina, glândulas salivares e partes profundas 
da orelha externa 
• Linfonodo Retrofaríngeo Lateral 
 - drena as estruturas profundas dorsais 
• Linfonodos Cervicais Profundos 
 - drenam estruturas profundas da região cervical, 
esôfago, traqueia, timo e glândula tireoide 
• Hemolinfonodos 
 - drenam sangue em ruminantes 
 
 
Linfonodos que drenaram acúmulo de ferro e ficam 
com coloração castanha ou esverdeada 
Corante: azul da Prússia 
*linfonodos hepáticos em bovinos possuem coloração 
verde normalmente 
 
Veem-se hemolinfonodos (avermelhados) aderidos aos 
linfonodos 
Espécie: bovinos 
 
 
Ocorre principalmente na aorta, na bifurcação com a 
ilíaca 
Espécie: bovinos 
 
Ocorre devido à decomposição do sangue em contato 
com bactérias 
Coloração verde/cinza externa + amolecimento do 
linfonodo 
 
 
 
Ocorre linfadenomegalia devido à reação de 
drenagem de líquidos 
 - linfonodo aumenta após drenar 
Acarreta bastante dor 
Lesão bastante frequente 
 
 
Ocorre linfadenomegalia devido à reação de 
drenagem de eritrócitos 
Coloração: avermelhada 
Ocorrência: hemorragia, parvovirose 
 
Ocorre linfadenomegalia devido à reação de 
drenagem de fibrina 
Coloração clara 
 
 
Ocorre devido à necrose dos linfócitos do linfonodo 
Veem-se petéquias, sufusões ou hemorragia difusa no 
linfonodo 
Causas: 
• Peste suína clássica/africana 
• Hepatite infecciosa canina 
• Mio-mio (Baccharis coridifolia) 
• Cinamomo (bovinos, quadro neurológico) 
• Cinomose 
• Herpes 
• Febre amarela 
• Ciclofosfamida 
• Corticoides (linfólise) 
• Migração errática de Strongylus spp. (equinos) 
 
 
Coloração marrom escura ou esverdeada no linfonodo 
devido ao acúmulo de ferro 
 - marrom: devido à ferritina (ferro acumulado não 
oxidado) 
 - verde: devido à hemossiderina (ferro oxidado) 
 
Edema subcutâneo: causado pela agenesia do vaso 
linfático + hipoplasia do linfonodo 
 - forma heterozigota do linfedema congênito 
Hidropsia fetal: fetos nascem sem linfonodos, então há 
anasarca 
 - forma homozigota do linfedema congênito 
 
 
Tatuagens são drenadas para o linfonodo 
 
 
Drenagem de carvão 
 - ocorre nos linfonodos mediastinais e brônquicos, 
Coloração: cinza, azulada com pontinhos pretos 
 
Causa: doenças infecciosas*, substâncias tóxicas, 
imunossupressores 
Macroscopia: hemorragia ou sem alterações 
Microscopia: agregado de núcleos picnóticos ou 
cariorréxicos 
 
 
*Doenças infecciosas com necrose linfoide 
Cães, gatos 
• Cinomose (morbilivírus) 
• Parvovirose canina (parvovírus) 
• Panleucopenia felina (parvovírus) 
• Hepatite infecciosa canina (adenovírus) 
• Infecção por herpesvírus em cães 
• Calicivirose felina (calicivírus) 
 
Suínos, equinos 
• Peste suína africana (iridovírus) 
• Anemia infecciosa equina (retrovírus) 
• Peste equina africana (orbivírus) 
• Aborto por herpesvírus equino tipo I 
(herpesvírus) 
 
Bovinos, ovinos, caprinos 
• Diarreia viral bovina/doença das mucosas 
(pestivírus) 
• Peste bovina (morbilivírus) 
• Peste dos pequenos ruminantes (morbilivírus) 
• Febre do Vale do Rift (buniavírus) 
• Rinotraqueíte infecciosa bovina (forma 
neonatal) (herpesvírus) 
Outras espécies 
• Varíola dos camundongos (poxvírus) 
• Doença hemorrágica viral dos coelhos 
(calicivírus) 
• Síndrome da lebre castanha européia 
(calicivírus) 
• Infecção pelo citomegalovírus dos 
camundongos (herpesvírus) 
• Infecção pelo vírus da necrose do timo 
(herpesvírus) 
• Febre hemorrágica dos símios (arterivírus) 
• Febre amarela em primatas (flavivírus) 
• Infecção por morbilivírus em focas e cetáceos 
(morbilivírus) 
 
*Doenças tóxicas com necrose linfoide 
Várias espécies 
• Intoxicação por Baccharis coridifolia (mio-mio) 
• Intoxicação por Baccharis megapotamica 
• Intoxicação por Polygala klotzschii (limãozinho) 
• Intoxicação por Riedeliella graciliflora 
• Intoxicação por Ricinus communis (mamona) 
• Intoxicação por Melia azedarach (cinamomo) 
• Corticoterapia 
• Quimioterapia (ciclofosfamida) 
 
 
Pode haver linfadenite devido: 
• à lesão primária dos linfonodos 
• à drenagem de substâncias 
• a doenças 
Nomeia-se de acordo com o que for drenado 
 - exemplo: reação de drenagem de neutrófilos/ 
linfadenite neutrofílica aguda 
í
Quando ocorrem por microrganismos que não causam 
doença no linfonodo 
Linfadenites inespecíficas agudas: 
• Linfonodos móveis 
• Pode haver linfadenomegalia ou não 
• Ao corte: aspecto macio, extravasa linfa 
Linfadenites inespecíficas crônicas: 
• Linfonodos imóveis 
• Ao corte: extravasamento de pus ou cáseo 
 
í
Conhece-se o microrganismo causador, como nas 
doenças a seguir: 
 
Lesão oral (estomatite) que ocorre durante troca 
dentária ou ingestão de pastagem dura 
Pode manifestar-se como: 
• Infecção piogranulomatosa local (língua) 
• Linfadenite piogranulomatosa 
Espécies: bovinos (+), ovinos, suínos, equinos 
Macroscopia: presença de cáseo/pus nos linfonodos 
Microscopia: fenômeno de Splendore-Hueppli: 
formação de “clavas”* (anticorpos mineralizados) em 
volta do microrganismo + neutrófilo + macrófagos 
 - *chamados de “grãos de enxofre” 
 
 
 
Ocorre linfadenite supurativa crônica devido à 
drenagem de pus 
Causa: Streptococcus equi 
Patogênese: faringite → linfadenite → rompimento do 
linfonodo → pode acarretar fístula/trato drenante de 
pus 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ocorre linfadenite granulomatosa de aspecto caseoso 
Causa: Mycobacterium spp. 
Macroscopia: ao corte: linfonodo “arenoso” 
Carnívoros: linfonodo homogêneo com cáseo difuso 
 
Ruminantes: linfonodo com cáseos calcificados, 
multifocais coalescentes, amarelados (granulomas 
caseocalcários) 
 
Outros órgãos afetados: pulmão, fígado, ossos (osso 
“furado”), meninges 
Corante: Ziehl-Neelsen 
 - veem-se BAAR (bacilos álcool-ácido resistentes) 
Palcibacilar (poucos bacilos): bovino 
Multibacilar (muitos bacilos): gatos 
 
Sinais clínicos: linfadenomegalia, sinais respiratórios 
(tosse devido à compressão) 
Diagnóstico: tuberculinazação, histopatologia da lesão 
para detectar o microrganismo 
Exame complementar: radiografia do tórax 
Eutanásia compulsória 
 
é à
Complexo Mycobacterium tuberculosis (MTBC) 
M. tuberculosis Humanos, primatas 
M. bovis Bovinos 
M. africanum Humanos 
M. microti Roedores 
M. caprae Bovinos, suínos, javalis 
M. canetti Humanos 
M. orygis Órix, rinocerontes 
M. mungi Mangustos 
M. . pinnipedii Focas 
M. suricattae Suricatas 
 
 
Micobacteriose por Mycobacterium avium 
paratuberculosis 
Espécie: bovinos 
Macroscopia: linfadenomegalia; intestino pregueado, 
com aspecto cerebriforme 
Órgãos afetados: linfonodos profundos, intestino 
Sinais clínicos:anemia, emagrecimento por diarreia 
crônica 
Transmissão: orofecal 
Diagnóstico na necrópsia: avaliação da valva 
ileocecocólica 
 
Ocorre linfadenite caseosa 
Causa: Corynobacterium pseudotuberculosis 
Macroscopia: linfadenomegalia de linfonodos 
superficiais; 
 
 - sem significado clínico 
*pode ser prejudicial em linfonodos profundos 
Ovinos, caprinos: não têm tuberculose! (não visto no 
BR) 
 
Proliferação benigna das células linfoides em resposta 
a estímulos antigênicos 
 - cessa quando retirado o estímulo 
 - geralmente localizada 
Diagnóstico: citologia 
 
 
Há proliferação de folículos (com linfócitos B) 
Causa: infecção bacteriana 
Macroscopia: linfadenomegalia, áreas brancas externa 
e internamente (padrão florido) 
Microscopia: folículo secundário com centro 
germinativo + zona do manto + zona marginal = todas 
com linfócitos B 
 
 
Há proliferação do paracórtex + medular (com 
linfócitos T) 
Causa: infecção aguda por protozoários (Babesia, 
Rangelia) 
Macroscopia: padrão homogêneo 
 - impossível de diferenciar do linfoma 
 
 
 
Há proliferação do córtex (folículos) + paracórtex 
homogêneo (linfócitos T) 
Causas: infecção viral (cinomose, herpes felino), 
leishmaniose 
*Leishmaniose, histologia: 
• Hiperplasia tipo mista + inflamação granulomatosa 
(macrófagos com amastigotas da Leishmania spp.) 
+ plasmocitose da medular (muitos plasmócitos, 
poucos linfócitos) 
• Medular amplia, córtex atrofia 
*Bioquímico: proteína muito alta (plasmócito faz 
anticorpos, proteínas) 
 
 
 
Linfoma tímico, gato 
Neoplasia maligna originária do tecido linfoide 
 - não existe neoplasia benigna do sistema linfoide 
 - há aumento de volume desproporcional 
Pode ocorrer em qualquer lugar do corpo ou pode ser 
generalizado (linfoma multicêntrico - 90%) 
Espécies: gatos, cães, bovinos 
 - tumor mais importante de gatos (associado à 
FeLV) 
 - bastante comum nos bovinos (leucose enzoótica) 
 - genético e ambiental em cães 
Macroscopia: linfad 
Diagnóstico: citologia, histopatologia (biópsia) 
Tratamento: quimioterapia, cirurgia (intestino, pele) 
ê
 
Órgãos afetados: 
• linfonodos superficiais e profundos 
• baço 
• fígado 
• tonsilas 
• medula óssea 
• rins, coração, adrenais, pulmões (- comuns) 
Espécie: caninos 
Sinais clínicos: variáveis 
• Linfadenomegalia generalizada 
• Anorexia 
• Apatia 
• Perda de peso 
• Caquexia 
• Esplenomegalia 
• Hepatomegalia 
• Tonsilomegalia 
• Desidratação 
• Febre 
• Ascite 
• Edema subcutâneo localizado (+ membros 
pélvicos) 
• Palidez das mucosas 
• Icterícia 
Necrópsia: linfadenomegalia generalizada 
 - ao corte: linfonodos macios, homogêneos e 
brancos, cinza ou levemente vermelhos (padrão 
difuso) 
 - raramente: pode haver padrão folicular 
 
 
í
Ocorre nos linfonodos mediastínicos (linfoma 
mediastínico) ou no timo (linfoma tímico) 
Principal tipo de linfoma em gatos (FeLV) 
Sinais clínicos: 
• Dispneia 
• Taquipneia 
• Tosse 
• Regurgitação 
• Cianose 
• Alterações nos sons pulmonares e cardíacos 
*ocorrem por compressão das vias respiratórias e do 
esôfago; podem ser agravados pelo derrame pleural 
Necrópsia: massa tumoral gigante que ocupa o 
mediastino e/ou toda cavidade torácica 
 - coloração: rosada, branca ou vermelha 
 - sem delimitação de córtex e medular 
 - ao corte: macia; superfície homogênea, úmida e 
brilhante 
 
 
 
 
Exame complementar: radiografia (drenagem, se 
necessário) 
 
Em eutanásias, linfoma pode ficar 
rosado/avermelhado! 
 
 
Metástases de neoplasma mamário maligno 
Para avaliar metástase, avaliar linfonodos próximos ao 
tumor inicial (linfonodos sentinelas) 
Neoplasias mais comuns que metastatizam para 
linfonodos: 
• Carcinomas mamários 
• Mastocitomas cutâneos 
• Hemangiossarcomas 
• Osteossarcomas esqueléticos 
• Colangiocarcinomas 
• Melanomas orais 
 
Baço 
 
Vêem-se vasos sanguíneos em excesso na cápsula do 
baço 
Espécie: bovinos 
 
 
Vêem-se pontos vermelhos normalmente 
Espécie: equinos 
 - + animais idosos 
 
 
Presença de “cortes” no baço, cobertos pela cápsula 
Espécie: equinos 
 
 
 
Vê-se líquido amarelo saindo da cápsula 
Espécie: equinos 
 
 
 
Há hiperplasia da polpa branca 
 - aspecto de sagu 
Espécies: fetos de todas espécies (+ equinos) 
 
Anomalias do 
desenvolvimento 
É um baço menor, próximo ao órgão original 
Diferencial: sequela da ruptura esplênica (veem-se 
pedaços de baço pelo omento) 
 
 
 
“Baços fendidos/separados” 
Espécie: gatos, bovinos 
 
 
Presença de cisto, geralmente linfático, no baço 
Pode ser confundido com tumor 
 
 
Pigmentação de melanina no baço 
Ocorre em animais pigmentados 
- Dálmata, Chow-chow, Suffolk, Aberdeen angus 
 
Alteracoes circulatórias 
 
Macroscopia: esplenomegalia, bordas arredondadas, 
coloração escura 
Microscopia: vasos distendidos, cheios de eritrócitos 
 
Causas: 
• Uso de anestésicos (+ barbitúricos) 
Ocorre congestão devido ao acúmulo de sangue pela 
dilatação vascular 
Necrópsia: há vazamento do sangue 
Vista em animais já anestesiados ou eutanasiados 
Espécies: + cães, equinos 
 
• Obstrução venosa 
Ocorre congestão pela obstrução venosa, devido à 
torção de baço + estômago 
 - morte devido ao choque obstrutivo 
Necrópsia: baço em ferradura, formato de U 
 - após corte, há vazamento do sangue 
Espécies: cães, equinos 
Tratamento: cirurgia de gastropexia + esplenectomia 
 - remove-se o baço pois pode haver síndrome de 
reperfusão; necrose do baço; ou rompimento do baço 
→ hemoperitônio 
 
• Crise hemolítica 
Ocorre congestão quando há um distúrbio eritroide 
[doença da hemácia (hemoparasitas, deformações nos 
eritrócitos, imunocomplexos....)] 
Achado laboratorial: ↓ hematócrito 
+ anêmico, maior o baço 
Consequências da crise hemolítica: 
• Anemia 
• Baço aumentado 
• Icterícia 
Necrópsia: não há vazamento de sangue; baço com 
aspecto carnoso 
 
• Hiperesplenismo 
Ocorre congestão quando baço está em função 
excessiva 
Ocorrência rara 
 
Necrópsia: 
• Anemia 
• Baço aumentado 
• Icterícia 
Como diferenciar da crise hemolítica? Ocorre quando 
não há hemoparasitas*, processo autoimune (uso de 
corticoide sem resposta), alteração vascular, nenhuma 
causa de crise hemolítica 
Tratamento: esplenectomia 
*Rangelia vitalii, Babesia canis, Babesia Gibson, Ehrlichia 
canis – cães 
Mycoplasma haemofelis, Babesia cati – gatos 
 
 
Ocorre devido à ruptura do parênquima, sem ruptura 
da cápsula 
 - acarreta hematoma 
Achado laboratorial: trombocitopenia 
 
 
Causa: traumatismo 
 - geralmente não acarreta morte 
 
 
Geralmente ocorrem nas bordas do baço 
 - acarreta necrose, que progride e aumenta 
 
Baço pequeno e claro devido à falta de sangue 
Causas: 
• Perda de sangue 
• Dor (ex. cólica) 
Necrópsia: coloração esbranquiçada, aspecto rugoso 
 
Alterações degenerativas 
 
Há rompimento de parênquima + cápsula 
Causa: traumatismo 
Consequências: 
• Perda de sangue para interior da cavidade 
abdominal 
 - pode causar hemoperitônio → choque 
hipovolêmico 
 - sangue pode ser captado por macrófagos e não 
causar morte, mas causar: 
• Cicatrizes capsulares, fissuras 
 
• Separação do baço 
 
• Esplenose 
 
Fragmentos do baço rompido (filhas do baço) 
espalham-se pelo omento 
Tratamento: esplenectomia 
 
Morte pela ruptura de baço é incomum! A mais letal 
é ruptura do fígado! 
 
Corpúsculos de Gamna-Gandy 
 
Presença de concreções marrons/amareladas no baço 
Achado incidental 
Localização: focal (margem), face do baço 
Sinônimos: nódulos sideróticos, siderofibróticos, 
siderocalcinóticos, placas sideróticas 
Microscopia: tecido conjuntivo + cálcio + macrófago 
com hemossiderina 
Espécie: cão idoso 
 
 
Alteracões inflamatórias 
 
Macroscopia: formato nodular, com esbranquiçamento 
central 
Ocorre após infarto e necrose 
Causas: bacteremia 
• Grandesanimais: bovinos jovens – sequela da 
onfaloflebite (mal do tarde) ou reticulopericardite 
traumática 
• Pequenos animais: sequela da endocardite valvar 
 - patogênese: áreas de infarto ocorrem no baço → 
bactérias da valva colonizam essas áreas → necrose 
→ abscesso 
Achados laboratoriais: 
• Leucocitose, neutrofilia com desvio à esquerda 
(início) 
• Neutropenia (final do abscesso) 
 
“Nódulo” no baço: pode ser inflamação, neoplasia, 
hematoma, abscesso 
 
Inflamação granulomatosa do baço 
Causas: 
• Micoses sistêmicas (ex. Cryptococcus, Candida, 
Histoplasma) 
• Tuberculose 
• Actinobacilose 
• Leishmaniose 
 - necrópsia: esplenomegalia + capsulite 
[espessamento da cápsula + manchas de coloração 
marrom (patognômonico para Leishmaniose em cães) 
 
 
 
Pode haver também cistos hidáticos devido à esplenite 
granulomatosa 
 
Causa: Equinococcus 
Espécies: bovinos, suínos, equinos 
 - cães podem comer fezes e se infectarem (ciclo) 
Pode romper e escólex dos vermes espalham-se e se 
multiplicam pelo abdômen 
 
Inflamação ocorrida devido à peritonite 
Causas: 
• Peritonite pós-cirúrgica (todas espécies) 
• Reticuloperitonite traumática (bovinos) 
• Peritonite infecciosa felina (pif) 
Macroscopia: fibrina na superfície do baço 
 
 
Macroscopia: inflamação piogranulomatosas na 
superfície do baço 
Causa: PIF (gatos) 
 
Presença de cicatriz de tecido conjuntivo na cápsula 
do baço 
Causa: migração de Strongylus 
Espécie: equinos 
 
Alteracões proliferativas 
 
Macroscopia: pontilhado brancacento e multifocal na 
superfície de corte do baço 
 - geralmente não há esplenomegalia 
Causa: doenças infecciosas 
Espécies: grandes animais 
*é diferente da hiperplasia que ocorre no feto de todas 
espécies 
ê
 
Hiperplasia esplênica nodular 
Espécie: cães idosos 
 - tumor mais comum no baço do cachorro 
Macroscopia: nódulos brancos, difusamente vermelhos 
ou pontilhados de branco 
 - ao corte: macios; superfície de corte branca, cinza, 
rósea ou com áreas claras e escuras alternadas (pode 
haver focos amarelos de necrose ou vermelhos de 
hemorragia) 
Consequências: raramente rompe → não letal 
 
 
 
Macroscopia: nódulos ou massas, geralmente únicos 
 - ao corte: firmes; superfície de corte branca, às 
vezes com áreas de hemorragia 
 
 
Neoplasia não metastática do baço 
 - possui crescimento ininterrupto → não para de 
crescer → pode romper e causa morte súbita 
*rompimento de hemangioma esplênico – um dos 
diferenciais de morte súbita em cães 
Espécie: cães (+), gatos 
Macroscopia: nódulos ou massas, focais, multifocais ou 
difusos 
 - tamanhos variados; podem ter grandes 
dimensões 
 - ao corte: friável, deixa fluir grande quantidade de 
sangue; superfície vermelha homogêneo 
Sinais clínicos (de rompimento): anemia, choque 
hipovolêmico 
Tratamento: remoção + esplenectomia urgente 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há metástase 
 
Baço é o segundo órgão mais comum de haver 
linfoma multicêntrico 
 - geralmente não inicia no baço 
Macroscopia: 
• Esplenomegalia difusa ou 
• Esplenomegalia nodular com áreas de necrose 
 - pode haver linfoma com padrão folicular, mas são 
indolentes (não agressivos - 5% apenas) 
Ao corte: padrão carnoso, aspecto de sagu 
Tratamento: quimioterapia 
 - não fazer esplenectomia se os linfonodos estão 
afetados 
Consequência: trombose → infarto do baço → 
rompimento → hemoperitônio → morte 
 
 
Macroscopia: massa nas bordas do baço 
 - ao corte: áreas vermelhas + brancas 
Epidemiologia: Pastor Alemão, Golden Retrievier, 
Cocker Spaniel 
 
Consequências: 
• Metástase para fígado e átrio direito do coração 
(causa trombo) e pulmão 
• Rompimento → choque hipovolêmico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Helena D. C. Bandas

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