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ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM S. FRANCISCO DAS MISERICÓRDIAS RESUMO ANATOMIA E FISIOLOGIA Elaborado por: Filipe Francisco Marques dos Santos Torres Vedras Agosto 2005 APRESENTAÇÃO: Este resumo constitui o meu manual de apoio à disciplina de Anatomia e Fisiologia da Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias. O texto tem por base os diapositivos que serviram como base de estudo durante os anos lectivos de 2004/05, e absorve variados comentários e anotações produzidos durante as próprias aulas. ÍNDICE: PARTE 1 Organização do Organismo Humano 1 O Organismo Humano, 1 2 A Base Química do Vida, 5 4 Histologia: O Estudo dos Tecidos, 8 PARTE 2 Suporte e Movimento 6 Sistema Esquelético: Histologia e Desenvolvimento, 16 7 Sistema Esquelético: Anatomia Geral, 22 8 Articulações e Biomecânica do Movimento Corporal, 38 10 Sistema Muscular: Histologia e Fisiologia, 47 11 Sistema Muscular: Anatomia Geral, 56 PARTE 3 Sistemas de Integração e de Controlo 13 Sistema Nervoso Central: Encéfalo e Medula Espinal, 64 15 Os Sentidos1, 76 16 Sistema Nervoso Autónomo, 84 17 Organização Funcional do Sistema Endócrino, 89 18 Glândulas Endócrinas, 92 PARTE 4 Regular do e Manutenção 19 Aparelho Circulatório: Sangue, 99 20 Aparelho Circulatório: Coração, 105 21 Aparelho Circulatório: Circulação e Regulação Periférica, 109 22 Sistema Linfático e Imunidade, 116 23 Aparelho Respiratório, 121 24 Aparelho Digestivo, 143 26 Aparelho Urinário, 143 PARTE 5 Reprodução e Desenvolvimento 28 Aparelho Sexual e Reprodutor, 149 "O único sit io onde o sucesso vem antes do t rabalho é no dicionário." Albert Einstein 1 Com especial atenção para a Visão e Audição Parte 1 – Organização do Organismo Humano Capitulo 1 – O Organismo Humano, Anatomia: Ciência que estuda a estrutura e forma dos corpos, esta estuda o corpo por sistemas A. Sistémica ou por regiões A. Regional Fisiologia: Ciência que estuda a função dos organismos vivos Organização Estrutural e funcional O corpo Humano pode ser estudado em 7 Níveis estruturais: Químico: interacções entre os átomos e as combinações que formam para originar moléculas Organelo: Estrutura de pequenas dimensões, constituinte da célula que apresenta uma ou mais funções. Ex.: núcleo, mitocôndria, REL Célula: Unidade básica da vida Tecido: Conjunto de células com estrutura e função semelhantes. Existem 4 tipos: Epitelial, Conjuntivo, Muscular e o Nervoso Órgão: Formado por um ou mais tipos de tecidos com função semelhante. Ex.: estômago, coração, rim... Sistema1: Conjunto de órgãos com função semelhante. Ex.: endócrino, cardiovascular... Organismo: ou ser organizado, é qualquer estrutura viva considerada como um todo, quer seja uni ou multicelular como o Ser humano. Organismo Humano A característica comum a todos os organismos é a vida. Características essenciais da vida são: Organização: Metabolismo: Capacidade de usar energia para o desempenho de funções vitais Capacidade de resposta: Resulta na capacidade de adaptação às condições externas Crescimento: Capacidade de aumento do número ou do tamanho das células Desenvolvimento: Alterações que decorrem desde a concepção até à morte. Implica diferenciação celular, passagem de célula indiferenciada para célula especializada Reprodução: Formação de novas células ou organismos 1 1 Denomina-se sistema aos conjuntos de órgãos que tem semelhança estrutural, caso contrário designa-se aparelho Homeostasia: Existência e manutenção do meio ambiente em condições constantes dentro do corpo. Manutenção de uma variável em torno de um valor normal ou ideal ou um ponto de equilíbrio. O valor da variável oscila em torno deste, estabelecendo uma amplitude normal de valores Retroacção Negativa: Mecanismo fisiológico capaz de reduzir ou contrariar qualquer desvio ao ponto de equilíbrio. Constituído por: receptor, centro de controlo e efector. Exemplo de Mecanismo de retroacção negativa: Retroacção Positiva: São reacções não homeostáticas e são raras em indivíduos saudáveis em que não existe compensação aos desvios do ponto de equilíbrio. Pode torna-se um ciclo vicioso e resultar na morte do organismo. Exemplo de Mecanismo de retroacção positiva: Os desvios do ponto de equilíbrio normal provocam desvios provocam desvios adicionais, a partir do valor normal quer na direcção positiva quer na direcção negativa. 2 Terminologia e planos do Corpo Humano Termos descritivos ou de referencia <= Posição anatómica: Ser humano em pé Pés orientados para a frente Braços suspensos ao lado do corpo Palmas das mãos orientadas para a frente Polegar virado para fora Termos descritivos: => Superior/ inferior Anterior/ posterior Cefálico/ caudal Ventral/ dorsal Proximal/ distal Medial/ lateral Superficial/ profundo <=Plano do corpo Plano sagital mediano Plano parassagital Plano horizontal ou transversal Plano frontal ou coronal Regiões do Corpo Membros: Superior e Inferior Tronco: Tórax, Abdómen e Pelve Zona mediana: Cabeça, Pescoço e Tronco Subdivisões do abdómen: em 4 Quadrantes ou em Grelha de 9 janelas 3 Cavidades do Corpo O tronco contém 3 grandes cavidades: - Cavidade torácica: Anteriormente apresenta o esterno, encontra-se rodeada pelas costelas e está separada da cavidade abdominal pelo músculo diafragma. Apresenta no seu interior: Cavidade pericárdica, Cavidades pleurais e o Mediastino - Cavidade pélvica: Localizada inferiormente à cavidade abdominal e internamente aos ossos ilíacos. Contém a bexiga, órgãos reprodutores e parte dos intestinos - Cavidade abdominal: tem como limite: superior o diafragma e Anterior os músculos abdominais Contém: estômago, baço, pâncreas, intestino, fígado, rins. Membranas serosas: Cobrem os órgãos das cavidades do tronco e delimitam-nas. A - Cavidade pericárdica (Pericárdio visceral e parietal) B - Cavidade pleural (Pleura visceral e parietal) C - Cavidade abdominopélvica (Peritoneu visceral e parietal) O peritoneu visceral de alguns órgãos encontra-se ligado ao peritoneu visceral de outros órgãos abdominopélvicos através de mesentérios. - Mesentérios: Constituído por duas camadas de peritoneu aderentes uma a outra. Tem como função segurar os órgãos abdominais à parede posterior da cavidade abdominal e proporcionam uma via para vasos sanguíneos, linfáticos e nervos alcançarem os órgãos. Outros órgãos abdominopélvicos, estão localizados junto à parede posterior da cavidade e não apresentam mesentérios, dizem-se Órgãos retroperitoniais. - Órgãos retroperitoniais: rins, glândulas supra-renais, parte dos intestinos, pâncreas, bexiga. 4 Parte 1 – Organização do Organismo Humano Capitulo 2 – A base química da vida Moléculas Orgânicas As 4 grandes moléculas orgânicas essenciais aos organismos vivos são os Glúcidos, os Lípidos, as Proteínas e os Ácidos Nucleicos (ADN e ARN). Cada um destes grupos tem características estruturais e funcionais específicas. Glúcidos: Ou Hidratos de carbono, são moléculas polares (solúveis em água), Compostos por átomos de C, H e O e classificam-se segundo o nº de açucares presentes na estrutura: Monossacáridos, Dissacáridos e Polissacáridos Monossacáridos: Podem ser: Trioses - 3 átomos de carbono Tetroses - 4 átomos de carbono Pentoses - 5 átomos de carbono. Ex.: Ribose e desoxirribose Hexoses - 6 átomos de carbono. Ex.: Glicose, frutose, galactose . Dissacáridos: Moléculas compostas por 2 açucares simples ligados por uma reacçãode desidratação. Ex.: Glicose + frutose = sacarose + H2O Glicose + galactose = lactose + H2O Glicose + glicose = maltose + H2O Polissacáridos: Moléculas compostas por vários açucares em cadeias lineares ou ramificadas. De origem: - Animal: Glicogénio: Constituído por moléculas de glicose, serve de reserva energética e é armazenado no fígado e células musculares esqueléticas - Vegetal: Amido: fonte de energia Celulose: Não serve de fonte de energia, é eliminada nas fezes e estimula o intestino) Lípidos: Moléculas apolares (Insolúveis em água), solúveis em solventes orgânicos não polares (ex.: gorduras, fosfolípidos, esteróides e prostaglandinas), que são compostos por átomos de C, H, O, P e azoto. Gordura 5 s: Principal tipo de Lípidos, é fonte de energia e tem função de isolamento e protecção Fosfolípidos: Compostos por ácido gordo, glicerol, fosfato. São um importante componente da parede celular e são polares na extremidade do fosfato. 6 Triglicéridos: Constituem 95% das gorduras do corpo, são formados por glicerol e ácidos gordos. Ácidos gordos: Diferem uns dos outros conforme as características da sua cadeia: Comprimento e Grau de saturação - Saturado - apresenta apenas ligações covalentes simples entre os átomos de carbono - Insaturados - apresenta uma ou mais ligações covalentes duplas entre os átomos de carbono Proteínas: Todas apresentam C, H, O e azoto, as unidades estruturais são 20 aminoácidos. Os Aminoácidos (a.a.) são compostos por grupo carboxilo, grupo amina, H e grupo R, entre os a.a. são formadas ligações peptídicas, formam-se assim dipéptidos, tripéptidos, polipéptidos. Ex. de Ligaçã o peptídica: Estrutura das proteínas: Primária - sequência de a.a. Secundária - ligações de ponte de H entre a.a. Confere função à proteína Terciária - ligação covalente entre átomos de enxofre de a.a. diferentes Quaternária - relação espacial entre proteínas Enzimas: São proteínas catalisadoras de reacções químicas, que não sofrem alteração durante o processo e diminuem a energia de activação necessária. São moléculas muito específicas Os cofactores são moléculas associadas ao centro activo da enzima, cuja função é tornar a enzima funcional. Ex.: ião magnésio, ião zinco, vitaminas. Modelos de junção enzima/ reagente: Chave- fechadura e Encaixe reduzido. Exemplo de junção enzima/ reagente, do Modelo Chave-fechadura = = = = = = = = = = = = = = > Ácidos nucleicos: São moléculas compostas por C, H, O, P e azoto, constituídos por nucleótidos, unidos por ligações covalentes. As bases orgânicas são: Adenina (A), Guanina(G), Citosina(C) e Timina(T) / Uracilo(U) ADN: (Ácido Desoxirribonucleico) Formado por 2 cadeias de nucleótidos, as bases orgânicas são: A, G, C, T. As cadeias estão ligadas por pontes de H entre as bases orgânicas, que tem uma estrutura em hélice e está associado a histonas para formar a cromatina Estrutura do ADN = = = = = = = => (Ribose: Monossacárido, Pentose) ARN: (Ácido Ribonucleico) Estruturalmente semelhante a uma cadeia simples de ADN As bases orgânicas são: C, G, A, U. (Desoxirribose: Monossacárido, Pentose) ADENOSINA TRIFOSFATO (ATP): 7 Constituída por base orgânica: Adenina, açúcar Ribose e 3 grupos Fosfato. ATP = ADP + P + Energia (Para o anabolismo e outras actividades celulares) 8 dos, estrutura das células e a sua matriz extracelular Parte 1 – Organização do Organismo Humano Capitulo 4 – Histologia: O estudo dos Teci A 2, são as características usadas para lial e o Conjuntivo são os que apresentam formas mais diversas, são pois tecido muscular e nervoso são classificados principalmente pela sua função. ecido Epitelial: identificar os 4 diferentes tipos de tecido, são eles o Epitelial o Conjuntivo o Muscular e o Nervoso. O tecido Epite classificados de acordo com a estrutura, forma das células e na relação entre a célula e o material que constitui a matriz extracelular. O T As características comuns a todos os tipos de Epitélios são: - Possui pouco material extracelular - Apresenta uma membrana basal e uma superfície livre - Não existem vasos sanguíneos - Mantém a capacidade de realizar mitoses - Possume junções celulares especializadas que ligam entre si células Localização: Tubo digestivo, Exterior do corpo (pele), Vasos sanguíneos e Tracto respiratório... Função dos epitélios: (ver quadro 4-2 Função e Localização do tecido epetileal, pág. 122 e 123) - Formar barreira entre superfície livre e tecidos subjacentes - Segregar, transportar e absorver moléculas - Proteger Classificação dos Epitélios: Em relação Nº de camadas: Forma das células: Pavime u planas) ntoso (células achatadas o Cúbito (forma de cubo) Simples: Uma única camada de cé a célula estendendo-se Cilíndrico a um cilindro) lulas, com cad desde a membrana basal até á superfície. (alto e delgado semelhante Húmido Camada mais exteri por células vivas. or constituída Presente na Boca, esófago, recto, vagina Paviment con Possui camadas d tendo a proteína oso As camadas mais profundas são constituídas por células vivas e soante o estado da camada mais exterior das é dividido em: Ceratinizado e células mortas, con dura – queratina. As camadas externas de células mortas com queratina, dotam o tecido de grande resistência e impermiabiliadade. Presente na pele Estratificado: Mais do que uma ca penas uma dessas Cúbito mada de células, e a camadas de células é adjacente à membrana basal e cilíndrico (raro) Pseudoestratificado: Consiste em cél s à membrana “ Cilíndrico ulas epeteliais todas elas ligada basal mas apenas com algumas células atingem a superfície livre. pseudo” deve-se a este constituir uma camada de células, que parece constituir várias camadas. O arranjo das células dá uma aparência estratificada. Transição: É estratificado, m élulas é variável, dependendo se é distendida ou não. as o número de c Grosseiramente cúbico ou com muitas superfícies. O n° de camadas depende se o órgão está distendido ou não, com o órgão distendido as células tornam-se achatadas e diminui o seu nº por camada. Com o órgão não distendido as células são cúbicas. 2 Composição das substancias não celulares que envolvem as células. 9 lassificação dos Epitélios: C Epitelio Localização Estrutura Função Imagem Pavimentoso Simples Revestiment o de vasos sanguíneos, linfáticos, alvéolos pulmonares... Camada única de células planas Difusão, filtração, secreção e absorção Cúbico Simples Glândulas e canais, túbulos renais, bronquíolos Camada única de células cúbicas. Podem apresentar cílios. Absorção, secreção, movimento de muco Cilíndrico Simples Glândulas,br onquíolos , útero, intestinos,be xiga Camada única de células altas e estreitas Movimentação de partículas, secreção e absorção. Pavimentoso Estratificado Boca, faringe, laringe, esófago, ânus, vagina, Pele (queratinizad o) Camadas múltiplas de células que são cúbicas na camada basal e planas na superfície Protecção Estratificado Cúbico Canais de glândulas sudoríparas, células foliculares dos ovários Camadas múltiplas de células cúbicas Secreção, absorção e protecção Cilíndrico Estratificado Laringe, canais de glândulas mamárias, uretra masculina Camadas múltiplas de células delgadas, repousando em células cúbicas Protecção e secreção Cilíndrico Pseudoestratificado Laringe, faringe, cavidade nasal, traqueia Camada única de células altas e delgadas contactantes com membrana basal. Núcleos a níveis diferentes Movimento de líquido Transição Bexiga, ureteres e uretra superior Células estratificadas que parecem cúbicas quandose encontram relaxadas e parecem pavimentosas, quando distendas Formação de barreira permeabilida e protecção contra o efeito caustico da urina. 10 unções Celulares: Função J : - Ligam as células mecanicamente entre si - Ajudam a formar uma barreira de permeabilidade - Fornecem um mecanismo de comunicação intercelular Localização: - Superfície basilar e lateral As células epeteliais segregam glicoproteínas, que fixam a célula á membrana basal e entre si. Esta ligação relativamente fraca é reforçada por desmossoamas. Tipos de junções celulares: - Desmosssomas: Ponto de adesão entre as células. Cada um contém um disco denso no ponto de adesão e um material adesivo entre as células. - Hemidesmossomas: Similar a metade de um desmossoma, liga as células epitelias a membrana basal. - Junção de hiato: Pequeno canal proteico ou junção comunicante, que podem ser encontradas nos discos intercalares - Zonula aderente: Localizada nos tecidos epiteliais simples. Formam rede de glicoproteínas na superfície lateral da célula, funciona como uma "cola" fraca que mantém as células juntas - Zonula ocludente: Perto da superfície livre forma um anel em volta da célula, funciona como um adesivo forte e também constitui uma barreira de permeabilidade Glândulas São órgãos de secreção de hormonas, se a glândula matem um contacto aberto com o epitélio a partir do qual se desenvolveu, existe um canal, denominam-se exócrinas, se não tem canal são endócrinas. Exócrinas: apresentam canal de excreção e são maioritariamente multicelulares Endócrinas: Segregam directamente para a corrente sanguínea As glândulas multicelulares classificam-se quanto a: Forma dos canais: Simples (canais pouco ramificados) e Compostas (com canis que se ramificam repetidamente) Terminação dos canais: Túbulos (em forma de pequenos tubos, podem ter a forma recta ou glomerulares), Ácinos (pequenos saco) e Alvéolos (um saco vazio). Estrutura das glândulas Exócrinas: A – Unicelular (Glândulas no estômago e no cólon) B - Tubulares simples rectas (Células caliciformes no intestino delgado e grosso, e nas vias respiratórias) C - Tubulares simples glomerulares (Parte inferior do estômago e do intestino delgado) D - Acínica Simples (Glândulas sebáceas da pele) E - Tubular Composta (Glândulas sebáceas da pele) F – Ramificada acínica simples (Glândulas mucosos do duodeno) G- Acínica composta (Glândulas mamárias e do pâncreas) F 11 Tipos de glândulas: Glândulas exócrinas e tipos de secreção A - Glândulas merócrinas: As céluals da glande produzem vesículas que contém produtos de excreção e as vesículas esvaziam os seus conteúdos por exocitose. Ex: glândulas sudoríparas, porção exócrina do pâncreas B - Glândulas apócrinas: Produtos de escreção são armazenados na célula perto do lume do canal. Uma parte da célula perto do canal que contém os produtos de secreção, destaca-se da célula e junta-se á secreção. Ex: glândula mamária C - Glândulas holócrinas: Os produtos de secreção são armazenados nas células da glândula. Células inteiras destacam-se da glândula fazendo parte da secreção. A perda das células é compensada por outras células mais profundas da glândula. C 12 juntivo Tecido Con A característica essencial que distingue este tecido dos restantes, é este ser formado por 3células separadas por abundante Matriz Extracelular . São as células especializadas dos vários tecidos conjuntivos produzem a matriz extracelular, esta é constituída por 3 componentes principais: - Fibras Proteicas; - Substancia fundamental - Liquido. Células do tecido conjuntivo: Os nomes das células terminam com sufixos que identificam as funções das células: Blastos: criam a matriz; Citos: mantêm-na; Clastos: degradam-na para reconstrução Fibras proteicas da matriz: As fibras proteicas da matriz ajudam a formar o tecido conjuntivo, existem 3 tipos de fibras: - Colagénio: Formada por 3 cadeias de polipéptidos, é forte e flexível mas pouco elástico - Reticulina (Fibras de): São fibras de Colagénio finas e curtas em rede, não são tão fortes como o Colagénio - Elastina (Fibras de): É muito elástica, as moléculas têm a forma de uma mola e formam uma rede por todo o tecido Outras Moléculas da matriz (moléculas não proteicas): Existem também 2 tipos de moléculas não proteicas que fazem parte da matriz extracelular: - Ácido hialurónico: É uma cadeia simples de polissacáridos, oleoso que tem como função lubrificar. - Proteoglicanos: Os proteoglicanos armazenam grandes quantidades de água e conferem elasticidade ao tecido. O Agregado proteoglicano é uma macromolécula formada por polissacáridos ligados a um centro proteico, em que o centro proteico liga-se ao ácido Hialurónico. Classificação do tecido conju Existem 3 categorias principa n is dos tecidos conjuntivos baseados nas seguintes características: o a característica principal tivo 1 - Matriz em que as fibras sã om substância fundamental2 - Matriz com fibras proteicas e c dominantemente líquida3 - Matriz pre Laxo Regular ou ordenado Colagenico Propriamente dito Elástico Denso Irregular ou não cordenado Colagenico Elástico Matriz em que as fibras são a característica principal Adiposo Especial Reticular Medula Óssea Hialina Cartilagem Fibrosa Elastica Matriz com fibras proteicas e com substância fundamental Osso Compacto Esponjoso Matriz predominantemente líquida Sangue 3 A estrutura da matriz dá aos tecidos a maior parte das suas características principais e serve de base de classificação do tecido conjuntivo em subgrupos. 13 AÇÃO DOS TECIDOS CONJUNTIVOSCLASIFIC 1 - Matriz em que as fibras são a característica principal 4 Tecido Tendinoso u tecido formador de sangue turaTecido Conjuntivo Localização Estru Função Imagem Células (fibroblastos, macrófagos e 5 Tecido Elástico 6 É a medula vermelha o A Laxo ou celular to entre glândulas, músculos e nervos Revestimen linfócitos), numa fina rede de fibras, a maior parte de colagénio. Revestimento de órgãos e tecidos, Liga a pele ao tecido subjacente Capacidade para suportar grandes força de tensão na B Denso regular4 Tendões e liagamentos Fibras proteícas direcção da orientação das orientadas numa fibras, grande força de direcção tensão e resistência á distensão. Fibras proteícas C Elástico Denso Ordenado 5 Cordas Vocais, vértebras e ligamentos da nuca orientadas numa direcção e de se encurtar como uma borracha Capacidade de se distender D Denso não Ordenado colagénico Derme e cápsulas de órgãos Fibras dispostas em Capaz de exercer força em teia todas direcções. E elástico Artérias Elásticas Denso não Ordenado Fibras dispostas em Capaz de exercer força em teia várias direcções. F Tecido Adiposo Axilas, pescoço, perto do rim Constituído por Isolar, proteger e armazenar adipócitos e pouca energia, existem dois tipos, matriz. a Amarela (idade) e a castanha (gera calor e é + frequent no bés) e s be G Tecido Reticular Gânglios linfáticos óssea e baç , medula o Rede de fibras de Reticulin irregularme disposta Supo pa os tecidos li tico tecido hemato oético6 Medula Óssea Nas cavidades medulares d ossos. Dois tipos a Medula amarel (formada por tecido adiposo) a Medula vermelha Estrutura reticu muitas célu doras de uç de ovos glóbulos rm lhos rte ra a nte nfá e p s H os lar com Prod ão n las sangue ve e a e forma CLASIFICAÇÃO DOS TECIDOS CONJUNTIVOS (cont) 2 - Matriz com fibras proteicas e com substância fundamental C Caixa torácica 14 I artilagem Hialina e anéis traqueais. Forma grande parte doembrião - Muitas fibras de Colagénio, uniformemente distribuídas, tornando-a transparente. Pe em flex rmite o crescimento de ossos longo brioná ibilidad anéis traqueais s, forma o esqueleto rio. Confere rigidez e e a Caixa torácica e C Articulação do j tem bolar Feixes de Colagénio, semelhantes hiali o qu cartilagens e d em agregados espessos. Torn cons estrut s ar flexível e capaz de suportar pressões sideráveis. Relaciona uras sujeitas a grandes pressõe às fibras de na. As fibras são e em outras ispõem-se oelho e poromandi cartilagem mais d artilagem FibrosaJ C epi nte s a lulas d Con flexibili volta depois de dis fere rigidez e maior dade, as fibras elásticas m a sua forma inicial tendidas. Ouvido externo, glote. Semelha hialina, ma cé a cartilagem matriz contém e hialina. artilagem Elástica K L Interior dos ossos do crânio e nas de ossos longos Osso Esponjoso extremidades os e e órgteócitos Suport e protecção de tecidos ãos, sem o peso dos ossos sólidos Formado por M Osso Compacto Partes exteriores de todos os ossos. Dura, matriz óssea predominante. Grande força e suporte, proporciona um revestimento exterior sólido, impedindo os ossos de serem facilmente fracturados ou perfurados 3 - Matriz predominantemente líquida Tecido Conjuntivo Localização Estrutura Imagem N Função Sangue Vasos sanguíneos e espaços intersticiais Vasos sanguíneos e matriz Transporte de oxigénio, dióxido líquida de carbono, hormonas, nutrientes, produtos de excreção e outras substâncias. Protege o corpo de infecções e encontra-se envolvido na regulação da temperatura Tecido Mu principal característica do tecido muscular e ser contráctil e por isso mesmo é responsável pelo movimento. ode ser classificado de acordo com a sua: Estrutura: Estriado ou Liso Função: Voluntário ou Involuntário ssi ip c - Estriado Voluntário squelé scular A P A m existem 3 t os de mús ou ulos: ticoE - Estriado Involuntário Cardíaco ou - Liso Involuntário ou apenas Liso iza Imagem A Músculo Esquelético Inserido nos ossos serv lulas s e cilíndrica núcleos periféricos em cada célula. vimento do corpo; s olo voluntário Tecido Muscular Local ção Ob cé Estrutura am-se estrias. As ão grandes, longas s, com vários Mo Função ob contr B Músculo Cardíaco Coração Observa células ica núcleo centr células encontram-se ligadas por junções de hiato denominadas discos intercalares Bombeia o san ntário m-se estrias. As são cilíndricas e das com um único alizado. As ramif gue; sob controlo involu C Músculo Liso órgãos ocos pele (inseri nos pelos) e glândulas estrias, as células são fusiformes com um único núcleo central Regula o passagem de cont através de tubos ou canais, controla a quantidade de luz, que entra no o linha” na pe Nas paredes dos , íris, do Sem tamanho do órgão, força a eúdos líquidos, lho e produz a “pele de ga le; sob controlo involuntário ecido Nervoso T Caracterizado pela capacidade de c onduzir sinais eléctricos, denominados potenciais de acção. Localiza-se no Cérebro, Medula espinal, Nervos e é constituído por neurónios, que são responsáveis por esta capacidade condutora e que são suportados por células nevróglia ou glia, que alimentam, protegem e isolam o neurónio. Os neurónios (ou célula sã postos por 3 partes s nervosas) o com principais: - Corpo c ossui oelular: p núcleo - Dendritos: receptores de informação - Axónios: enviam informação Os neurónios que possuem: - Só 1 Axónio, são neurónios unipolares - 1 Dendrito +1 Axónio, são neurónios bipolares - Vários Dendritos + 1 Axónio, são neurónios Multipolares = = = > 15 2 – Suporte e Movimento Capítulo 6 – Sistema Esquelético: Histologia e Desenvolvimento Funções do Sistema Esquelético: Suporte, Protecção, Movimento, Armazenamento e Produção de elementos sanguíneos Tendões e ligamentos: - Tendão: inserção de músculos nos ossos - Ligamento: fixam ossos a ossos Tendões e ligamentos Semelhanças Diferenças (3) São compostos por tecido conjuntivo denso regular, têm cor branca. Possuem fibras de Colagénio densamente compactadas. As fibrilhas de Colagénio dos ligamentos são frequentemente menos compactas Algumas fibrilhas de muitos ligamentos são compactas Os ligamentos são geralmente mais planos As células formadoras destes tecidos são os fibroblastos1. O crescimento de tendões e ligamentos verifica-se através de dois processos diferentes: Crescimento aposicional: A superfície de fibroblastos divide-se para produzir mais fibroblastos, que segregam matriz para o exterior das fibras existentes. Crescimento intersticial: fibrócitos proliferam e segregam matriz no interior do tecido. Cartilagem Hialina É formada por uma rede de Colagénio (força) e proteoglicanos2 (resistência) que suporta a matriz, apresenta crescimento aposicional e intersticial e tem como função o desenvolvimento dos ossos. As células que produzem matriz nova de cartilagem mais desenvolvida denominam-se condroblastos3 Quando um condroblasto é envolvido pela matriz, torna-se um condrócito que ocupa as lacunas4 A cartilagem é rodeada por uma baínha de tecido conjuntivo de duas camadas, o Pericôndrio = = = => Este é constituído: - Camada externa constituída por tecido conjuntivo denso irregular que contém fibroblastos - Camada interna, mais delicada, com menos fibras e contém condroblastos, que produzem cartilagem nova - Vasos sanguíneos e nervos ocupam a camada externa do pericôndrio, mas não entram na matriz. 1 O fibroblasto torna-se um fibrócito quando se encontra completamente rodeado pela matriz. 2 Macromolécula que consiste em numerosos polissacáridos (cap.1) ligados a um núcleo proteico comum. Os proteoglicamos são responsáveis pelo armazenamento de água. 3 Chondros = cartilagem 16 4 Um espaço na matriz Osso Classificação dos ossos: Cada osso pode ser classificado de acordo com a sua forma em Longos, Curtos, Achatados (ou chatos) e Irregulares. Anatomia do osso: Cada osso comprido (ou longo) em crescimento possui 3 componentes princpais - Diáfise: Forma o corpo do osso e é constituída por osso compacto - Placa epifisária: É constituida por cartilagem hialina e localiza-se entre epífise e diáfise - Epífise: Forma a extremidade do osso e é constituída por osso esponjoso. A superfície externa é composta por camada de osso compacto e superfície articular é coberta por cartilagem articular (Distribuição num individuo adulto) Um osso é constituído por: - Medula óssea: Divide-se em medula amarela e vermelha. = = = = = = > Medula amarela: Constituída essencialmente por tecido adiposo, encontra-se na diáfise dos ossos longos maduros Medula vermelha: Função da formação de elementos sanguíneos, encontra-se nas epífises dos ossos longos maduros e na epífise e diáfise dos ossos dos recém- nascidos - Periósteo: Composto por duas camadas, a interna e a externa Camada externa: Tecido conjuntivo denso fibroso irregular, que contém vasos sanguíneos e nervos Camada interna: Formada por uma única camada de osteoblastos e alguns osteoclastos - Fibras perfurantes ou de Sharpey: Penetram o periósteo até parte exterior do osso e ajudam a fixação de tendões, ligamentos e periósteo ao osso - Endósteo: É formada por uma única camada de osteoblastos e osteoclastos, que reveste as cavidades internas dos ossos. Histologia do tecido ósseo Matriz óssea Está organizada em finas bainhas ou camadas, denominadas lamelas, constituídas por cerca de 35% material orgânico - Colagénio e 65% material inorgânico - hidroxiapatite5. A matriz óssea é produzida por osteoblastos. A partir do momento em que um osteoblasto fica rodeado por matriz é um osteócito.A matriz óssea e degrada pelos osteoclastos6 Osso esponjoso: É cosntituido por bastonetes ou placas ósseas denominadas trabéculas (do latim trave). Estas não têm vasos sanguíneos, estão orientadas ao longo das linhas de tensão do osso e têm uma camada de osteoblastos na sua superfície 5 Cristais de fosfato de cálcio 6 São células grandes com vários núcleos, que segregam ácido cítrico e láctico, que digere o Colagénio. Estas células desempenham um papel importante na remodelação óssea e na Homeostasia. 17 Osso compacto: É mais denso e possui menos espaços que o osso esponjoso, têm vasos sanguíneos que penetram no osso, as lamelas, osteócitos e matriz estão orientados em seu torno. Os vasos que correm paralelos ao eixo do osso encontram-se dentro dos Canais de Havers. Os Canais de Havers são revestidos por endósteo e contém vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo laxo no seu interior. As lamelas concêntricas são camadas circulares de matriz em torno de um centro comum, o canal de Havers. Um sistema Haversiano consiste num canal de Havers, seus conteúdos e lamelas concêntricas associadas e osteócitos. Os osteóscitos recebem nutrientes e eliminam produtos de excreção através do sistema de canais no interior do osso compacto. Os vasos sanguíneos do periósteo ou do Endósteo entram no osso através dos canais perfurantes ou de Volkman. Os canais perfurantes ou de Volkman são perpendiculares ao longo eixo do osso e não se encontram rodeados por lamelas concêntricas. Os canais Haversianos recebem vasos sanguíneos dos canais de Volkman Desenvolvimento dos ossos A Ossificação consiste na formação de osso pelos osteoblastos, que envolve dois passos: 1º Os prolongamentos citoplasmáticos dos osteoblastos estendem-se e unem-se a prolongamentos de outros osteoblastos 2º Os osteoblastos formam uma matriz óssea extracelular contendo principalmente hidroxipatite e colagénio. - Quando a matriz óssea se forma inicialmente durante o desenvolvimento fetal ou durante uma fractura, o osso resultante é denominado osso não laminar7. - Após formada, esta matriz óssea vai ser destruída pelos osteoclastos e uma nova matriz, denominada osso laminar8, é formada pelos osteoblastos, este processo é denominado remodelação.9 18 7 Osso não laminar - tem fibras de Colagénio orientadas em diversas direcções Ossificação membranosa (Ex.: clavícula e ossos do crânio) (pag.185) Ocorre a partir de membranas de tecido conjuntivo, as células não especializadas existentes no tecido vão transformar-se em osteoblastos. Há formação de osso não laminar em locais denominados de, núcleos de ossificação e a ossificação prossegue a partir dos núcleos, o osso originado é esponjoso. As células que se encontram nas trabéculas formam medula óssea vermelha As células que envolvem o osso dão origem ao periósteo Os osteoblastos em contacto com o periósteo formam osso compacto Ossificação encondral (Ex.: Maioria dos ossos do corpo e os da base do crânio ) [A] - Ocorre a partir de um "modelo" em cartilagem “Um molde cartilagíneo, rodeado por um Pericôndrio, é produzido condroblastos, que se tornam condrócitos10 envolvidos na matriz cartilagínea.” [B] - As células progenitoras formam osteoblastos e o Pericôndrio transforma- se em periósteo. “O Pericôndrio da diáfise torna-se periósteo e forma-se uma bainha ou manga óssea. Internamente os condrócitos atrofiam e forma-se cartilagem calcificada.” [C] - A primeira zona de ossificação, é a periférica que se denomina de baínha óssea, em simultâneo ocorre a mineralização da matriz entre as lacunas - cartilagem calcificada 19 edula “Um ponto principal de ossificação forma-se á medida que os vasos sanguínios e os osteoblastos invadem a cartilagem calcificada. Os osteoblastos depositam matriz óssea, formando osso esponjoso.” [D] - Forma-se osso esponjoso na diáfise - centro primário de ossificação, com a continuação da ossificação a baínha estende-se pela diáfise. “Continua o processo de formação de manga óssea, calcificação da cartilagem e produção de osso esponjoso. A cartilagem calcificada começa a formar-se na epífise.” Uma cavidade medular inicia a sua formação no centro da epífise. [E] - Os osteoclastos removem osso da diáfise para dar lugar à formação de m óssea vermelha. Nos ossos longos o centro primário de ossificação está na diáfise enquanto que nas epífises se encontram os pontos secundários Na ossificação da epífise não há formação de medula vermelha “Pontos de ossificação secundários formam-se nas epífises de osso longos.” 8 Osso não laminar - As fibras estão organizadas para formar lamelas 9 Remodelação - converte osso não laminar em osso laminar. 10 Condrócitos – célula madura da cartilagem (do grego chondros = cartilagem + kytos = célula) Crescimento ósseo Ao contrário dos tendões, ligamentos e cartilagens, os ossos não podem ter crescimento intersticial. O crescimento dos ossos só pode ser aposicional (formação de um osso novo na sua superfície) ou encondral (crescimento da cartilagem, seguido da substituição da cartilagem pelo osso). Crescimento aposicional É responsável pelo aumento do diâmetro do osso. A camada de osteoblastos origina duas e a interna produz matriz No osso esponjoso é adicionada mais matriz à superfície das trabéculas No osso compacto há formação de mais lamelas Crescimento encondral É responsável pelo aumento do comprimento dos ossos, este crescimento no interior da cartilagem articular é responsável pelo crescimento da epífise. Nos ossos longos o crescimento encondral da placa epifisária resulta no aumento da diáfise, Ex.: Crescimento do osseo em comprimento. “Num osso longo a cartilagem nova forma-se na placa epifisária da placa à mesma velocidade que o osso se forma na sua face diafisária. Consequentemente, a placa epifisária mantem a mesma espessura, mas o comprimento da diáfise aumenta” Análise estrutural do osso Placa epifisária: Separa a epífise da diáfise dos ossos longos e está organizada em 4 zonas: - Zona de repouso da cartilagem: Localizada perto da epífise, apresenta condrócitos que não se dividem rapidamente - Zona de proliferação: Produzem nova cartilagem por crescimento intersticial e os condrócitos dividem-se e formam colunas - Zona de hipertrofia: Os condrócitos já existentes aumentam de tamanho e os condrócitos longe da zona de proliferação estão mais maduros e hipertrofiados - Zona de calcificação: É matriz fina e mineralizada, e os condrócitos estão mortos. Vista ao RX, aparece como uma linha radiotransparente entre a diáfise e a epífise A diáfise funde-se com as epífises entre os 12 e os 25 anos, esta fusão ocorre por ossificação da placa, à qual se passa a designar linha epifisária, nesse momento o crescimento ósseo cessou. Cartilagem articular: Mantém-se na superfície articular dos ossos longos, não sofre ossificação e perde o pericôndrio. 20 Factores que afectam o crescimento ósseo Nutricionais - Doença metabólica que afecte a velocidade de proliferação celular ou a produção de Colagénio - Carência de vitamina D, que causa deficiente absorção de cálcio que resulta em ossos pouco mineralizados originado raquitismo ou asteomalácia (ou “raquitismo adulto”). - Carência de vitamina C, que causa deficiente síntese de Colagénio, originando escorbuto Hormonais - Hormona de crescimento do lobo anterior da hipófise aumenta o crescimento dos tecidos no geral - Hormona tiróide em falta diminui o tamanho do indivíduo - Hormonas sexuais aumentam o crescimento ósseo mas também o crescimento das placas epifisárias. HOMEOSTASIA DO CÁLCIO O osso é o local de maior armazenamento de cálcio do corpohumano e o cálcio presente no osso está na forma de cristais, assim sendo quando os níveis séricos de cálcio: - Diminuem, os osteoclastos destroem osso - Aumentam os osteoblastos formam osso A hormona paratiróide (PTH) é a principal reguladora dos níveis séricos de cálcio ↓ Cálcio do sangue → ↑ PTH (Ex.: Tumor11) → ↑ osteoclastos ↑ Cálcio do sangue → ↓ PTH → ↑ osteoblastos ↑ Cálcio do sangue → ↑ Calcitonina → ↓ osteoclastos Osteoporose: Frequente nas mulheres com idade superior a 40 anos, em que existe uma reabsorção óssea superior à formação, resultando em diminuição do tecido ósseo, pode levar à perda de ½ do tecido ósseo da mulher e ¼ do dos homens - Causas: ↓ Esterogénios (menopausa); ↓ Testosterona; ↓ consumo e absorção de cálcio, vitamina D e C; Pouco exercício físico - Tratamento: ↑ consumo de cálcio, vitamina C e D, exercício físico e esterogénios. 21 11 Os tumores segregam grandes quantidades de PTH 2 – Suporte e Movimento Capítulo 7 – Sistema Esquelético: Anatomia Geral Considerações Gerais: Nº total de ossos: 206 22 Caixa Craniana Função de protecção de órgãos: Olhos, Nariz, Língua, Local de implantação dentária Parietal Direito Temporal Direito Osso Frontal Occipital Esefenóide Etmóide Maxila Direita Malar Osso Hióide Osso Hióide: (A -vista anterior; B - vista externa) - Osso ímpar - Não faz parte do crânio mas liga-se a este através de ligamentos e músculos - Está localizado na parte superior do pescoço. Crânio Vista de cima, observa-se o frontal, occipital e parietal = = = = = = = = = = => - A sutura sagital resulta da união entre os dois parietais - A sutura coronal entre os parietais e o frontal - A sutura lambdóide entre os parietais e o occipital <=Vista posterior, observa-se a sutura lambdóide, o occipital, os parietais - Ocasionalmente formam-se ao longo da sutura lambdóide pequenos ossos supranumerários, chamados ossos Wormianos 23 Vista lateral do crânio Vista frontal do crânio Ossos da Orbita Direita 24 Ossos que constituem a Órbita => Ossos Parte da órbita Frontal Tecto Esfenóide Tecto e Parede lateral Malar Parede lateral Maxila Pavimento Lacrimal Parede interna Etmóide Parede interna Palatino Parede interna Ossos que formam a cavidade Nasal Ossos Parte da cavidade Nasal Ossos Parte da cavidade Nasal Frontal Tecto Corneto Inferior Parede lateral Nasal Tecto Lacrimal Parede lateral Esfenóide Tecto Maxilar Pavimento Etmóide Tecto, Septo e Parede lateral Palatino Pavimento e Parede lateral Vómer Septo A – Septo nasal visto da cavidade nasal esquerda B – Parede nasal lateral direita, vista do interior da cavidade nasal Seios Perinasais Seios Perinasais: Frontais, Etmoidais, Esfenoidais e Maxilares .Vista Lateral Vista Frontal 25 Pavimento da caixa Craniana (foi removido a abobada do crânio e o pavimento é visto pela sua face superior) Vista inferior do Crânio 26 27 Coluna vertebral Está organizada em cinco regiões: Nº de ossos por grupos: Cervical 7 vértebras cervicais Dorsal 12 vértebras torácicas Lombar 5 vértebras lombares Sagrada 1 sacro Coccígea 1 cóccix A coluna é constituída por 26 ossos no total Curvaturas da coluna vertebral, da criança ao adulto: - O feto só apresenta duas curvaturas. Coluna em forma de C. - Quando a criança levanta a cabeça forma-se uma curvatura anteriormente convexa. - Quando se consegue sentar, a porção lombar torna-se convexa Existem portanto 4 curvaturas fisiológicas da coluna vertebral no adulto: - Curva cervical - anteriormente convexa - Curva torácica - anteriormente côncava - Curva lombar - anteriormente convexa - Curva sagrada - anteriormente côncava Com a idade e com alguns hábitos posicionais patológicos pode resultar em alterações nas curvaturas: - Lordose - curvatura convexa exagerada - Cifose - curvatura côncava exagerada - Escoliose - curvatura lateral exagerada Funções da coluna vertebral: - Suporte do peso da cabeça e do tronco - Protecção da espinal-medula - Permite aos nervos raquidianos saírem na espinal- medula - É um local de inserção muscular - Permite o movimento da cabeça e do tronco Constituição geral das vértebras: = = = = = = = = = > - Corpo - Arco - Pedículo - Lâmina - Apófise transversa - Apófise espinhosa - Apófise articular - Buraco vertebral É o corpo vertebral que suporta o peso m disco intervertebral o entre os corpos vertebrais, e lo arco vertebral jacentes formam o canal vertebral nga-se posteriormente a partir deste e o pedículo encontra-se a apófise transversa, que se projecta união das duas lâminas e projecta-se posteriormente ão icular superior, da vértebra inferior mbém a apófise articular superior e inferior fise articular superior da vértebra subjacente ta o peso m disco intervertebral o entre os corpos vertebrais, e lo arco vertebral jacentes formam o canal vertebral nga-se posteriormente a partir deste e o pedículo encontra-se a apófise transversa, que se projecta união das duas lâminas e projecta-se posteriormente ão icular superior, da vértebra inferior mbém a apófise articular superior e inferior fise articular superior da vértebra subjacente - - Entre duas vértebras adjacentes existe u- Entre duas vértebras adjacentes existe u - Os discos proporcionam um suporte adicional e impedem o atrit- Os discos proporcionam um suporte adicional e impedem o atrit são formados por um anel fibroso e um núcleo pulposo, interior e gelatinoso. - A espinal-medula, localizada ao longo do buraco vertebral, está protegida pe são formados por um anel fibroso e um núcleo pulposo, interior e gelatinoso. - A espinal-medula, localizada ao longo do buraco vertebral, está protegida pe e pela porção dorsal do corpo vertebral - Os buracos vertebrais das vértebras ad e pela porção dorsal do corpo vertebral - Os buracos vertebrais das vértebras ad - O arco pode ser dividido em duas partes, uma direita e uma esquerda - O arco pode ser dividido em duas partes, uma direita e uma esquerda - Ambas são formadas por um pedículo e uma lâmina - Ambas são formadas por um pedículo e uma lâmina - O pedículo forma-se a partir do corpo e a lâmina prolo- O pedículo forma-se a partir do corpo e a lâmina prolo une-se à lâmina do lado oposto - No local de união da lâmina com une-se à lâmina do lado oposto - No local de união da lâmina com lateralmente de cada lado do arco - A apófise espinhosa localiza-se na lateralmente de cada lado do arco - A apófise espinhosa localiza-se na - Os nervos raquidianos emergem da espinal-medula e passam pelos buracos de conjugaç- Os nervos raquidianos emergem da espinal-medula e passam pelos buracos de conjugaç - Estes orifícios resultam da justaposição das vértebras - Estes orifícios resultam da justaposição das vértebras - A chanfradura pedicular inferior, com a chanfradura ped- A chanfradura pedicular inferior, com a chanfradura ped formam o canal. - Encontramos ta formam o canal. - Encontramos ta - Apresentam uma superfície lisa de articulação - Apresentam uma superfície lisa de articulação - A apófise articular inferior articula-se com a apó- A apófise articular inferior articula-se com a apó Diferenças regionais nas vértebras As vértebras têm uma configuração genérica semelhante existindo, no entanto, algumas - diferenças entre os vários grupos 28 Vértebras cervicais o as - Apresentam corpos muito pequenos - As apófises espinhosas sã parcialmente bífid - Em cada apófise transversa existe um buraco transversário, por onde passa as artérias vertebrais. Atlas: Não apresenta corpo nem apófise espinhosa e tem grandes facetas articulares superiores, que se articulacom os côndilos occipitais da base do Crâneo Áxis: A principal característica é a presença da apófise odontóide Atlas Áxis Atlas/Axis Vértebras torácicas: - Apresentam apófises espinhosas longas e finas que se dirigem para baixo - Apófises transversas compridas - As 10 primeiras apresentam facetas articulares para as tuberosidades das costelas localizadas nas apófises transversas - Nos bordos superior e inferior encontramos facetas para a cabeça das costelas Vértebras lombares: => - Apresentam corpos largos e espessos - As apófises t e espinhosas s e rectangulares - As facetas art ransversas ão fortes iculares com a tas articulares superiores estão convergentes uma outra - As face inferiores estão divergentes 29 30 értebras sagradas:V niram-se num osso único - o sacro ormaram a crista sagrada Podemos observar buracos sagrados anteriores e posteriores po da primeira vértebra sagrada - As cinco vértebras u - As apófises transversas uniram-se para formar as asas - As apófises das quatro primeiras vértebras uniram-se e f - No lugar da quinta existe o hiato sagrado - - O canal sagrado por onde se continua a espinal-medula - O promontório sagrado localiza-se na face anterior do cor Cóccix: ão mais inferior da atro vértebras rma de um triângulo tam buracos - É a porç coluna vertebral - Formado por qu fundidas - Tem a fo com o vértice orientado inferiormente - Não apresen vertebrais nem apófises Caixa torácica - É formada pelas vértebras torácica ões e o coração s, pelas costelas e pelo esterno - Forma uma estrutura protectora dos órgãos vitais tais como os pulm - Evita o colapso dos pulmões durante a respiração Caixa torácica (ant.) Caixa torácica (post.) 31 Costelas - Temos 12 pares de costelas lam-se com as no são ( da 8ª à 12ª)chamamos de 10ª) unem-se gnadas são considerados osso longos e rculo, Ângulo, Corpo e s costelas articulam-se em diversos pontos: - As 7 primeiras costelas articu vértebras torácicas e directamente com o ester - As 5 restantes articulam-se com as vértebras torácicas mas indirectamente com o esterno - As costelas verdadeiras ou vertebrosternais as 7 superiores - Às restantes 5 costelas falsas ou vertebrocondrais - Da 5 restantes, as três 1ªs, (8ª, 9ª, ao esterno através de cartilagens costais - As 2 últimas (11ª e l2ª) costelas são desi de flutuantes ou vertebrais porque só se articulam com as vértebras e apresentam a extremidade anterior livre - As costelas são formadas por: Cabeça, Colo, Tubé Extremidade esternal A s o - articula-se com as apófises e vai unir ao esterno - Cabeça - articula-se com os corpos vertebrai e com o disco vertebral - Tubércul transversas - Extremidade esternal - continua-se com a cartilagem costal que s Esterno - Osso ímpar - Formado por três partes: o manúbrio, o corpo e o apêndice xifoideu. - O manúbrio apresenta facetas articulares para a 1ª costela e para a clavícula - Na linha média do bordo superior do manúbrio encontramos a fúrcula esternal - O local de união do manúbrio com o corpo é designado de ângulo esternal - É no ângulo que se dá a articulação da 2ª costela - Da 3ª à 7ª costelas a cartilagem une-se à corpo - Não existe qualquer articulação com o apêndice xifoideu Esqueleto apendicular - Formado pelos membros inferiores e superiores e pelas cinturas escapulares e pélvicas - As cinturas ligam os membros ao tronco Membro superior: Cintura escapular: Também chamada de espádua, é constituída por dois ossos, Omoplata e Clavícula, que permitem a ligação e articulação do membro superior ao tronco. Omoplata: (A - vista anterior e B – vista posterior) - É um osso par, achatado e triangular - O vértice do triângulo forma o ângulo inferior - A base forma o bordo superior - Temos o bordo externo ou axilar, o bordo interno ou espinhal - Podemos observar, na parte postero-externa, o acrómio que apresenta várias funções: Protecção da articulação, superfície articular para a clavícula e Inserção muscular. - A espinha da omoplata, presente na face posterior, extende-se do acrómio até ao bordo interno e divide a face em fossa supraespinhosa e fossa infraespinhosa. - Toda a face anterior se designa por fossa infraescapular. - Na porção antero-externa temos a apófise coracoideia, que é local de inserção muscular - Na face externa e superior do osso encontramos a cavidade glenoideia que é o local de articulação com o úmero - Podemos ainda observar no bordo superior a chanfradura coracoideia - Superiormente à cavidade glenoideia temos o tubérculo supraglenoideu e inferiormente a faceta infraglenoideia Clavícula: - Osso par e longo - Apresenta uma curvatura em S - A extremidade externa articula com o acrómio da omoplata - A extremidade interna articula com manúbrio esternal 32 Braço: - É a parte do membro superior que vai do ombro ao cotovelo - Contém apenas o osso úmero - O úmero é um osso par e longo - Articula-se com a omoplata e com os ossos do antebraço (rádio e cúbito) Úmero: = = = = = = = = = = = => - A cabeça do úmero articula-se com a cavidade glenoideia da omoplata - O colo anatómico está localizado imediatamente a distal e forma os limites da cabeça - O colo cirúrgico encontra-se mais para distal - Na face anterior podemos observar duas tuberosidades, em que ambas são locais de inserção muscular: o troquino e o troquiter. - Entre as duas tuberosidades encontramos a goteira bicipital, local de inserção do músculo bicípite - Localizada no corpo do osso temos a impressão deltoideia - É na extremidade inferior do úmero que se encontra a superfície articular para o rádio e cúbito. - A parte externa da superfície forma um côndilo e articula com o rádio - A parte interna forma uma tróclea e articula o cúbito - São locais de inserção muscular, o epicôndilo, que se encontra externo ao côndilo e a epitróclea que se localiza internamente à tróclea. - Na face anterior temos a fosseta radial e a coronoideia e na face posterior a fosseta olecraneana Antebraço: - Estende-se desde o cotovelo até ao punho, e éformado pelo rádio e cúbito - O rádio encontra-se no lado externo e o cúbito interno do antebraço - Ambos os ossos em proximal se articulam com o úmero e em distal com os ossos da mão Cúbito: - Osso par e longo - Na extremidade proximal/ vista anterior apresenta uma superfície articular em forma de C - grande cavidade sigmoideia ou incisura troclear - para a tróclea do úmero - Imediatamente abaixo encontramos a apófise coronoideia Rádio: - Na extremidade proximal do rádio temos a cabeça - A cabeça é côncava e articula-se com o côndilo do úmero - As paredes laterais da cabeça são lisas e articulam-se com a pequena chanfradura sigmoideia do cúbito - Na face posterior encontramos o olecrânio que é a tuberosidade que forma o cotovelo, o olecrânio é local de inserção muscular. - Na extremidade distal do cúbito há uma pequena cabeça para articular com o rádio e com os ossos do punho - No lado postero-interno da cabeça observa-se a apófise estiloideia - Quando se faz movimentos de supinação e pronação com o antebraço é a extremidade proximal do rádio que roda sobre o cúbito imóvel - Abaixo da cabeça temos uma zona de constrição denominada colo - Numa localização disto-interna do colo temos a tuberosidade bicipital - Na face externa da extremidade distal temos a apófise estiloideia Punho (zona de transição entre o antebraço e a mão): - É a zona localizada entre o antebraço e a mão - É formado por 8 ossos que constituem o carpo - Os ossos estão dispostos em duas filas de 4 - No conjunto os ossos são anteriormente côncavos e posteriormente convexos O carpo é constituido pelo: Pisiforme, Piramidal, Semilunar, Escafóide, Trapezóide, Trapézio, Unciforme e Grande osso Mão (propriamente dita): - Formada pelos ossosmetacárpicos e pelas falanges - Os ossos metacárpicos são cinco - Articulam-se com os ossos do carpo a proximal e com as falanges a distal - São numerados de 1 a 5, de radial para cubital - Os cinco dedos são formados por falanges - Podemos observar os ossos sesamóides - Com excepção do 1º dedo (ou polegar), todos os outros têm três falanges - Podemos designar as falanges por: 1ª -Proximal, profalange, I falange, falange 2ª -Média, mesofalange/II falange, falanginha 3ª -Distal, metafalange/ III falange, falangeta. Membro inferior Cintura pélvica ou anca: = = = = = => - Formada por dois ossos ilíacos e um sacro - É o local de articulação do membro inferior com o tronco - Suporta o peso do corpo e protege órgãos internos - Protege o feto em desenvolvimento Ilíaco - É formado pela fusão 3 ossos durante o desenvolvimento: ílion, ísquion e o púbis. - A fusão destes ossos localiza-se no acetábulo, onde se encontra a superfície articular para o fémur - O ílion tem uma posição anatómica superior e apresenta a crista ilíaca - A crista ilíaca termina anteriormente pela espinha ilíaca antero-superior e posteriormente pela espinha ilíaca postero-superior - A espinha ilíaca postero-superior é limitada pela grande chanfradura ciática, localizada no bordo posterior do ílion - O nervo ciático passa na chanfradura Ilíaco (vista interna) Ilíaco (face externa) - No bordo posterior podemos observar a superfície articular para o sacro para formar a articulação sacro-ilíaca - Na face interna temos a fossa ilíaca - O ísquion forma a porção mais inferior e posterior do ilíaco - Apresenta a tuberosidade isquiática, onde se inserem músculos da coxa - A púbis é a porção mais anterior e inferior do ilíaco - Apresenta a sínfise púbica, localizada na linha média e é o local de união com o ilíaco do lado oposto - Partindo do acetábulo e dirigindo-se para a sínfise temos a linha iliopectínea que termina anteriormente na crista pectínea Bacia: = = = = = = = = = = = = = = = = = => - A bacia pode ser organizada em grande bacia/pelve e pequena bacia/pelve - A grande bacia localiza-se acima da linha imaginária que se origina no promontório sagrado e se prolonga pela linha iliopectínea até à crista pectínea, denominada de estreito superior da bacia - A pequena bacia é limitada superiormente pelo estreito superior da bacia e inferiormente pelo estreito inferior da bacia - O estreito inferior da bacia é limitado pelo cóccix, bordo inferior do púbis e bordo inferior da tuberosidade isquiática Coxa: - Formada por um osso único: o fémur Fémur: - Osso longo e par - Possui uma superfície articular para o ilíaco na sua extremidade proximal - Esta superfície tem uma forma arredondada e é designada por cabeça do fémur - Logo a distal da cabeça temos uma estreito ósseo designado de colo - Tanto o colo como a cabeça encontram-se num eixo oblíquo ao longo eixo do osso - Na extremidade proximal do longo eixo temos duas tuberosidades: Grande trocanter - externo ao colo / Pequeno trocanter - inferior e posterior ao colo - Na extremidade distal observamos duas superfícies de articulação com a tíbia - Estas são lisas e arredondadas - Denominam-se de côndilo interno e côndilo externo - Localizados proximalmente temos o epicôndilo interno e o epicôndilo externo - Entre os dois côndilos encontra-se a tróclea, que é o local de articulação com a rótula - Na face anterior observamos, entre os dois trocanteres, a linha intertrocanteriana - Na face posterior temos a crista intertrocanteriana a unir os dois trocanteres - Na face posterior do corpo do fémur podemos observar ao longo do mesmo a linha áspera, que se inicia a proximal na tuberosidade glútea - Esta mesma linha bifurca-se a distal em crista supracondiliana interna e externa - Entre as duas cristas temos a superfície popliteia - Entre os dois côndilos localiza-se a fossa intercondiliana Rótula: (zona do joelho, de transição entre a coxa e a perna) - Osso sesamóide par - Localizado no tendão do quadricípite femoral - Apresenta duas faces, uma anterior e uma posterior - A face posterior é lisa e articula-se com a face anterior da extremidade inferior do fémur Perna: - Parte do membro inferior localizada entre o joelho e o tornozelo - É formada por dois ossos: tíbia e perónio Tíbia: - Osso longo e par, localizado internamente ao perónio - Na face superior da extremidade superior da tíbia observamos as superfícies articulares para os côndilos do fémur, designadas de cavidades glenoideias da tíbia - As eminências intercondilianas localizam-se entre as cavidades - Na face anterior da extremidade superior temos a tuberosidade anterior da tíbia - Na face interna e externa temos, respectivemente, a tuberosidade interna e tuberosidade externa da tíbia - Na face anterior do corpo observamos a crista anterior da tíbia - Na extremidade inferior observamos o maléolo interno Perónio: - Osso longo e par, localizado externamente à tíbia - Articula-se com a tíbia e com astrágalo - Apresenta na extremidade superior a cabeça do perónio, que articula com a tíbia - A extremidade inferior apresenta o maléolo externo, que se articula com a tíbia Tornozelo e Pé Tornozelo: - É formado por 7 ossos társicos: Cuneiforme interno, Cuneiforme intermédio, Cuneiforme externo, Cubóide, Escafóide, Calcâneo e o Astrágalo - O astrágalo articula-se com a tíbia e com o perónio e forma a articulação tibiotársica - O calcâneoforma o calcanhar e suporta o peso do corpo Pé: - É côncavo ventralmente - Os ossos metatársicos são numerados do lado interno para o externo, de Io a 5o - Também são formados por 3 falanges, excepto o dedo grande (só a I e a III.) - O 1ª dedo equivale ao polegar - É formado por: falange; falanginha; falangeta; I, II, III falange; falange proximal média e distal Pé (vista superior) Pé (vista lateral) 2 – Suporte e Movimento Capítulo 8 – Articulações e Biomecânica do Movimento Corporal Articulações - Classificação das articulações: Assinovais e Sinovais Assinoviais (3 tipos): - Não aderentes ou sindesmoses - Aderentes por bordos – têm 2 subtipos: - Suturas - Sincondroses - Aderentes por superfícies– têm 2 subtipos: - Planas ( sínfises ou anfiartroses) - Curvas (gonfoses ougonfartroses) Sinoviais (6 tipos): - Planas ou artrodias - Em sela ou epifiartroses - Em roldana ou tróclea - Cilíndricas ou trocartroses - Esféricas ou enartroses - Elipsóides ou condilartroses Articulações assinoviais: - Características gerais: - Consistem em 2 ossos - Aderem por meio de tecido conjuntivo fibroso ou cartilagíneo - Não têm cavidade articular - Apresentam pouco ou nenhum movimento - As suas superfícies articulares podem ser bordos, superfícies planas ou curvas - Características particulares: - Características das Articulações Não Aderentes (ou Sindesmoses): - As superfícies articulares encontram-se afastadas - Estão unidas através de ligamentos à distância ou por membranas interósseas - Existe algum movimento devido à flexibilidade dos ligamentos e membranas - Ex: sindesmose radiocubital e estilo-hioideu Características das Articulações Aderentes por bordos: Suturas: - Articulações completamente imóveis nos adultos - As superfícies de união interpenetram-se - Tecido entre os dois ossos é tecido conjuntivo denso regular - O periósteo prolonga-se sobre a articulação - Apresentam o ligamento sutural, formado pelo tecido conjuntivo e pelo periósteo - Na criança as superfícies articulares encontram-se separadas - Os bordos são locais de contínuo crescimento ósseo - Com a idade ocorre ossificação do tecido conjuntivo - Num adulto não ocorre a fusão das suturas coronal, sagital e lambdática do crâneo - A ossificação dos frontais ocorre logo após o nascimento - sinostose Sincondroses - União por meio de cartilagem hialina - Sãoimóveis quando são temporárias, tal como as uniões dos ossos embrionários do ilíaco - Na sincondrose costoesternal existe um certo grau de movimento para os movimentos respiratórios - Mantêm-se durante toda a vida Características das Articulações Aderentes por superfície: Sínfises - Também designada de anfiartrose - Consiste em dois ossos de superfície plana unidos por fibrocartilagem - Algumas são articulações semi-móveis - Ex: junção do manúbrio com o corpo do esterno, sínfise púbica. • Gonfoses - Também designadas por gonfartroses - As superfícies articulares são curvas - Consistem em encaixes em cavidades - São mantidas no lugar por feixes de tecido conjuntivo regular colagénico - Apresentam mobilidade mínima - Ex: articulação dos dentes com os alvéolos Articulações sinoviais: - Caracterizam-se por apresentar líquido sinovial no interior da cavidade articular - Esta característica permite uma grande amplitude de movimento da articulação - Encontram-se essencialmente no esqueleto apendicular - A cartilagem articular ou hialiana :cobre as superfícies ósseas das articulações sinoviais - Esta superfície macia diminui o atrito entre os ossos da articulação - Na articulação do joelho e da ATM existe uma estrutura fibrocartilagínea entre as duas cartilagens articulares - o Menisco - A envolver as superfícies articulares e o líquido sinovial encontra-se a cápsula articular - A cápsula articular é formada por duas camadas: uma cápsula fibrosa e uma membrana sinovial - A cápsula fibrosa é externa e a membrana sinovial interna e contacta directamente com o líquido sinovial - A cápsula fibrosa é uma continuação da camada fibrosa do periósteo - A membrana sinovial forra internamente a cápsula fibrosa mas não cobre as cartilagens articulares - É a membrana sinovial que produz o líquido sinovial - O líquido sinovial é lubrificante e escorregadio, características conferidas pelo ácido hialurónico - Em algumas articulações existe um prolongamento da membrana sinovial que se designa por bolsa A sua função é diminuir o atrito - Situações inflamatórias da bolsa designam-se por bursite - Estas situações levam a dor e limitação dos movimentos articulares - A nutrição da cartilagem é feita por uma rede de vasos sanguíneos que se encontra externa à articulação - A cartilagem articular pode ser nutrida pelo líquido sinovial e pelo próprio osso - Os nervos entram na cápsula e na membrana sinovial mas não na cartilagen nem na cavidade articular Tipos de articulações sinoviais: - A classificação deste tipo de articulações é feita de acordo com a forma das suas superfícies articulares. Existem 6 tipos de articulações sinoviais: - Planas ou artrodias - Em sela ou apifiartroses - Em roldana ou trocleartroses - Cilíndricas ou trocartroses - Esféricas ou enartroses - Elípticas ou condilartroses Características particulares: - O movimento da articulação sinovial pode ser: Monoaxial, Biaxial ou Multiaxial Articulações Planas: - Consistem em duas superfícies lisas opostas e de tamanho idêntico - São articulações monoaxiais - O movimento de rotação é limitado - Ex: apófises articulares entre as vértebras Articulações em sela: - Constituidas por duas superfícies articulares em forma de sela - As duas superfícies articulares estão orientadas perpendicularmente de forma a que se articulem - Apresentam movimentos biaxiais - Ex: articulação carpometacárpica do polegar Articulações em roldana: - Formadas por um duplo cone de vértices internos e uma superfície côncava correspondente - São articulações monoaxiais - Ex: articulação do cotovelo e do joelho Articulações Cilíndricas: - Consiste numa apófise cilíndrica que roda num anel parcialmente de osso e de ligamento - São articulações monoaxiais - Só apresentam movimento de rotação em torno de um eixo - Ex: articulação da apófise odontóide de axis com o atlas Articulações Esféricas: - Consiste numa superfície articular em cabeça e outra onde se encaixa parte da cabeça - São articulações multiaxiais - Ex: articulação coxo-femural e articulação do ombro Articulações Elípticas: - São articulações esféricas modificadas - As sua superfície é mais próximo da forma elíptica que esférica - São articulações biaxiais - Ex: articulação atlantoccipital Movimentos das articulações: - É a estrutura da articulação e a forma como as suas superfícies articulares que condiciona os seus movimentos - A maioria dos movimentos apresenta um oposto Em relação à posição anatómica podemos ter: - Movimento que se afasta da posição - Movimento que se aproxima Classificação dos movimentos: (Angulares,Circulares e Especiais) Movimentos angulares: - Uma parte da estrutura linear dobra-se sobre outra, modificando o ângulo entre as duas partes - Existe uma parte sólida e outra mais móvel Os movimentos angulares são: Flexão e extensão / Adução e Abdução Flexão e extensão - A flexão move uma parte do corpo numa direcção anterior ou ventral - A extensão move uma parte do corpo numa direcção posterior ou dorsal - Existe uma excepção: a articulação do joelho: Enquanto a flexão desloca a perna para posterior a extensão desloca-a para anterior - Os movimentos do pé que aproximam os dedos da perna são designados de flexão - A posição é a de andar com o calcanhar - Os movimentos do pé que afastam os dedos da perna são considerados de extensão - A posição é a de uma bailarina em pontas Abdução e adução: - Abdução é o movimento que afasta da linha média - Movimento de adução é aquele que aproxima da linha média - O movimento de afastar os braços é um movimento de abdução - O movimento de os colocar ao longo do corpo é um movimento de adução Movimentos circulares: - Consiste na rotação de uma estrutura em torno de um eixo ou no movimento em arco da estrutura Os movimentos circulares são: Rotação e Circundação Rotação: - Rodar de uma estrutura em torno de um eixo - Existe rotação externa e interna - A rotação do antebraço é uma rotação composta por pronação e supinação - Prono significa deitar de cara para baixo - Na posição anatómica a pronação da mão volta a palma da mesma para posteior - Caso o cotovelo esteja flectido a palma da mão fica virada para baixo - Na supinação a palma da mão fica para anterior e se o cotovelo estiver flectido fica superior Circundação: - Consiste no movimento que combina a flexão, extensão, abdução e adução - Ocorre nas articulações multiaxiais, tal como a articulação do ombro - Neste movimento o braço faz um movimento de cone com o vértice no ombro 22 Movimentos especiais: - São movimentos que não se encaixam em nenhum dos anteriormente definidos - São exclusivos de uma determinada articulação Os movimentos especiais são: - Elevação e depressão - Projecção e retracção - Didução (ou lateralidade) - Oponência (do polegar) - Inversão e eversão Elevação e depressão (abaixamento) = = => - Elevação move uma estrutura para cima - Depressão move para baixo uma estrutura Projecção e retracção - Projecção é o movimento que desloca uma estrutura no sentido anterior - Retracção é o movimento que desloca uma estrutura no sentido posterior - Ex: mandíbula Didução (ou lateralidade) - Também designado de movimento de lateralidade - Designa o movimento da estrutura para a direita ou para a esquerda - É exclusivo da mandíbula - A lateralidade direita é contrária à esquerda Oponência (do polegar) e retorno à posição neutra - É um movimento exclusivo do polegar em oposição aos restantes dedos Inversão e Eversão - Inversão é o movimento do pé que coloca a sola do pé virada para a linha média (interna) - Eversão consiste no movimento do pé de forma a que a superfície plantar seja externa Movimentos combinados - A maioria dos movimentos que fazemosno nosso dia-a-dia é uma combinação dos movimentos de que falámos 23 2 – Suporte e Movimento Braço: - É a parte do membro superior que vai do ombro ao cotovelo - Contém apenas o osso úmero - O úmero é um osso par e longo - Articula-se com a omoplata e com os ossos do antebraço (rádio e cúbito) Úmero: = = = = = = = = = = = => - A cabeça do úmero articula-se com a cavidade glenoideia da omoplata - O colo anatómico está localizado imediatamente a distal e forma os limites da cabeça - O colo cirúrgico encontra-se mais para distal - Na face anterior podemos observar duas tuberosidades, em que ambas são locais de inserção muscular: o troquino e o troquiter. - Entre as duas tuberosidades encontramos a goteira bicipital, local de inserção do músculo bicípite - Localizada no corpo do osso temos a impressão deltoideia - É na extremidade inferior do úmero que se encontra a superfície articular para o rádio e cúbito. - A parte externa da superfície forma um côndilo e articula com o rádio - A parte interna forma uma tróclea e articula o cúbito - São locais de inserção muscular, o epicôndilo, que se encontra externo ao côndilo e a epitróclea que se localiza internamente à tróclea. - Na face anterior temos a fosseta radial e a coronoideia e na face posterior a fosseta olecraneana Antebraço: - Estende-se desde o cotovelo até ao punho, e éformado pelo rádio e cúbito - O rádio encontra-se no lado externo e o cúbito interno do antebraço - Ambos os ossos em proximal se articulam com o úmero e em distal com os ossos da mão Cúbito: - Osso par e longo - Na extremidade proximal/ vista anterior apresenta uma superfície articular em forma de C - grande cavidade sigmoideia ou incisura troclear - para a tróclea do úmero - Imediatamente abaixo encontramos a apófise coronoideia Rádio: - Na extremidade proximal do rádio temos a cabeça - A cabeça é côncava e articula-se com o côndilo do úmero - As paredes laterais da cabeça são lisas e articulam-se com a pequena chanfradura sigmoideia do cúbito - Na face posterior encontramos o olecrânio que é a tuberosidade que forma o cotovelo, o olecrânio é local de inserção muscular. - Na extremidade distal do cúbito há uma pequena cabeça para articular com o rádio e com os ossos do punho - No lado postero-interno da cabeça observa-se a apófise estiloideia - Quando se faz movimentos de supinação e pronação com o antebraço é a extremidade proximal do rádio que roda sobre o cúbito imóvel - Abaixo da cabeça temos uma zona de constrição denominada colo - Numa localização disto-interna do colo temos a tuberosidade bicipital - Na face externa da extremidade distal temos a apófise estiloideia 33 Punho (zona de transição entre o antebraço e a mão): - É a zona localizada entre o antebraço e a mão - É formado por 8 ossos que constituem o carpo - Os ossos estão dispostos em duas filas de 4 - No conjunto os ossos são anteriormente côncavos e posteriormente convexos O carpo é constituido pelo: Pisiforme, Piramidal, Semilunar, Escafóide, Trapezóide, Trapézio, Unciforme e Grande osso Mão (propriamente dita): - Formada pelos ossos metacárpicos e pelas falanges - Os ossos metacárpicos são cinco - Articulam-se com os ossos do carpo a proximal e com as falanges a distal - São numerados de 1 a 5, de radial para cubital - Os cinco dedos são formados por falanges - Podemos observar os ossos sesamóides - Com excepção do 1º dedo (ou polegar), todos os outros têm três falanges - Podemos designar as falanges por: 1ª -Proximal, profalange, I falange, falange 2ª -Média, mesofalange/II falange, falanginha 3ª -Distal, metafalange/ III falange, falangeta. Membro inferior Cintura pélvica ou anca: = = = = = => - Formada por dois ossos ilíacos e um sacro - É o local de articulação do membro inferior com o tronco - Suporta o peso do corpo e protege órgãos internos - Protege o feto em desenvolvimento Ilíaco - É formado pela fusão 3 ossos durante o desenvolvimento: ílion, ísquion e o púbis. - A fusão destes ossos localiza-se no acetábulo, onde se encontra a superfície articular para o fémur - O ílion tem uma posição anatómica superior e apresenta a crista ilíaca - A crista ilíaca termina anteriormente pela espinha ilíaca antero-superior e posteriormente pela espinha ilíaca postero-superior - A espinha ilíaca postero-superior é limitada pela grande chanfradura ciática, localizada no bordo posterior do ílion - O nervo ciático passa na chanfradura 34 Ilíaco (vista interna) Ilíaco (face externa) - No bordo posterior podemos observar a superfície articular para o sacro para formar a articulação sacro-ilíaca - Na face interna temos a fossa ilíaca - O ísquion forma a porção mais inferior e posterior do ilíaco - Apresenta a tuberosidade isquiática, onde se inserem músculos da coxa - A púbis é a porção mais anterior e inferior do ilíaco - Apresenta a sínfise púbica, localizada na linha média e é o local de união com o ilíaco do lado oposto - Partindo do acetábulo e dirigindo-se para a sínfise temos a linha iliopectínea que termina anteriormente na crista pectínea 35 Bacia: = = = = = = = = = = = = = = = = = => - A bacia pode ser organizada em grande bacia/pelve e pequena bacia/pelve - A grande bacia localiza-se acima da linha imaginária que se origina no promontório sagrado e se prolonga pela linha iliopectínea até à crista pectínea, denominada de estreito superior da bacia - A pequena bacia é limitada superiormente pelo estreito superior da bacia e inferiormente pelo estreito inferior da bacia - O estreito inferior da bacia é limitado pelo cóccix, bordo inferior do púbis e bordo inferior da tuberosidade isquiática Coxa: - Formada por um osso único: o fémur Fémur: - Osso longo e par - Possui uma superfície articular para o ilíaco na sua extremidade proximal - Esta superfície tem uma forma arredondada e é designada por cabeça do fémur - Logo a distal da cabeça temos uma estreito ósseo designado de colo - Tanto o colo como a cabeça encontram-se num eixo oblíquo ao longo eixo do osso - Na extremidade proximal do longo eixo temos duas tuberosidades: Grande trocanter - externo ao colo / Pequeno trocanter - inferior e posterior ao colo - Na extremidade distal observamos duas superfícies de articulação com a tíbia - Estas são lisas e arredondadas - Denominam-se de côndilo interno e côndilo externo - Localizados proximalmente temos o epicôndilo interno e o epicôndilo externo - Entre os dois côndilos encontra-se a tróclea, que é o local de articulação com a rótula - Na face anterior observamos, entre os dois trocanteres, a linha intertrocanteriana - Na face posterior temos a crista intertrocanteriana a unir os dois trocanteres - Na face posterior do corpo do fémur podemos observar ao longo do mesmo a linha áspera, que se inicia a proximal na tuberosidade glútea - Esta mesma linha bifurca-se a distal em crista supracondiliana interna e externa - Entre as duas cristas temos a superfície popliteia - Entre os dois côndilos localiza-se a fossa intercondiliana Rótula: (zona do joelho, de transição entre a coxa e a perna) - Osso sesamóide par - Localizado no tendão do quadricípite femoral - Apresenta duas faces, uma anterior e uma posterior - A face posterior é lisa e articula-se com a face anterior da extremidade inferior do fémur Perna: - Parte do membro inferior localizada entre o joelho e o tornozelo - É formada por dois ossos: tíbia e perónio Tíbia: - Osso longo e par, localizado internamente ao perónio - Na face superior da extremidade superior da tíbia observamos as superfícies articulares para os côndilos do fémur, designadas de cavidades glenoideias da tíbia - As eminências intercondilianas localizam-se entre as cavidades - Na face anterior da extremidade superior temos a tuberosidade anterior da tíbia - Na face interna e externa temos, respectivemente, a tuberosidade interna e tuberosidade
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