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ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO

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1 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
Anatomia do Sistema 
Urinário 
Considerações gerais 
O sistema urinário é responsável por formar e garantir a 
eliminação da urina para fora do corpo. 
❖ Os rins produzem urina que é conduzida pelos 
ureteres até a bexiga urinária na pelve; 
❖ A face superomedial de cada rim normalmente 
está em contato com a glândula suprarrenal, 
entretanto não estão fixados um ao outro devido 
a um delgado septo facial. 
 
o O que mantém os rins em posição relativamente fixa? 
Feixes de colágeno, fáscia renal, cápsula adiposa, corpo 
adiposo pararrenal, juntamente com o aprisionamento 
proporcionado pelos vasos renais e ureter. 
o Quer dizer então que os rins não se movem? 
Não! Os rins se movem durante a respiração profunda e 
ao passar da posição de decúbito dorsal para a posição 
ortostática, e vice-versa. A mobilidade normal é de cerca 
de 3 cm, a altura aproximada de um corpo vertebral. 
RINS 
Os rins, que têm formato oval e coloração marrom-
avermelhada durante a vida, retiram o excesso de água, 
sais e resíduos do metabolismo proteico do sangue e 
devolvem nutrientes e substâncias químicas. Medem cerca 
de 10 cm de comprimento, 5 cm de largura e 5,5 cm de 
espessura. 
o Onde os rins estão localizados? 
Estão localizados no retroperitônio sobre a parede 
posterior do abdome, um de cada lado da coluna 
vertebral, no nível das vértebras T12 a L3. Dessa forma, 
são “protegidos” pelas costelas 11 e 12, uma vez que as 
partes superiores dos rins se situam profundamente 
nessas costelas. 
o Como os rins são posicionados? 
Os rins são posicionados obliquamente, formando um 
ângulo entre eles, devido à protrusão da coluna vertebral 
lombar para a cavidade abdominal. 
 
Cada rim possui as seguintes faces: 
❖ Face anterior; 
❖ Face posterior. 
Cada rim possui também as seguintes margens: 
❖ Margem medial: é côncava e voltada para a 
coluna vertebral. É onde também se localiza o 
seio renal e a pelve renal; 
❖ Margem lateral: é convexa. 
Cada rim também possui os seguintes polos: 
❖ Polo superior; 
❖ Polo inferior. 
RIM ESQUERDO E RIM DIREITO 
É importante lembrar que existe uma pequena diferença 
entre o posicionamento tanto do rim esquerdo quanto 
do rim direito. 
❖ O rim direito está um pouco mais inferior – cerca 
de 5,5 cm mais baixo - em relação ao rim 
esquerdo devido ao posicionamento do fígado. 
A topografia tanto do rim esquerdo quanto do rim direito 
também difere: 
❖ Rim direito: o fígado, o duodeno e o colo 
ascendente são anteriores a esse rim; 
❖ Rim esquerdo: relacionado com o estômago, 
baço, pâncreas, jejuno e colo descendente. 
ANATOMIA EXTERNA DOS RINS 
 
2 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
Na margem medial côncava do rim, há uma fenda vertical, 
o hilo renal. 
o O que é o hilo renal? 
O hilo renal é o condutor para o seio renal, um espaço 
no rim. Desse modo, as estruturas que servem aos rins 
(vasos, nervos e estruturas que drenam urina do rim) 
entram e saem do seio renal através do hilo renal. 
 
❖ O hilo renal esquerdo situa-se perto do plano 
transpilórico, a cerca de 5 cm do plano mediano; 
 
No hilo renal, a veia renal situa-se anteriormente à artéria 
renal, que é anterior à pelve renal. 
o O que é o seio renal? 
É um espaço através do hilo renal que é ocupado pela 
pelve renal, pelos cálices, por vasos e nervos e por uma 
quantidade variável de gordura. 
SUPERIORMENTE AOS RINS 
Superiormente, os rins estão associados ao diafragma, que 
os separa das cavidades pleurais e do 12° par de costelas. 
INFERIORMENTE AOS RINS 
Inferiormente, as faces posteriores do rim têm relação 
com os músculos psoas maior medialmente e quadrado 
do lombo. 
ANATOMIA INTERNA DOS RINS 
A pelve renal é a expansão afunilada e achatada da 
extremidade superior do ureter. 
 
O ápice da pelve renal é contínuo com o ureter. 
o O que a pelve renal recebe? 
A pelve renal recebe 2 ou 3 cálices maiores, e cada um 
deles é formado por 2 ou 3 cálices menores. E cada cálice 
menor é entalhado por uma papila renal, o ápice da 
pirâmide renal, de onde a urina é excretada. 
Nas pessoas vivas, a pelve renal e seus cálices geralmente 
estão colapsados (vazios). 
PELVE RENAL > CÁLICE MAIOR > CÁLICE MENOR > 
PAPILA RENAL. 
As pirâmides e o córtex associado formam os lobos 
renais. Os lobos são visíveis na face externa dos rins nos 
fetos, e os sinais dos lobos podem persistir por algum 
tempo após o nascimento. 
CÓRTEX E MEDULA RENAL 
Em um corte frontal, observa-se 2 regiões diferentes: 
❖ Córtex renal: uma área mais superficial e de cor 
vermelho clara. É a região onde ocorre a 
reabsorção; 
 
3 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
❖ Medula renal: uma região mais profunda e de 
coloração marrom-avermelhada. É a região onde 
ocorre a excreção. 
 
CÓRTEX RENAL 
o Como o córtex renal é organizado? 
O córtex renal possui textura uniforme, estendendo-se 
desde a cápsula fibrosa até as bases das pirâmides renais. 
Além disso, possui 2 subdivisões: 
❖ Zona cortical; 
❖ Zona justa medular interna. 
 
o O que são colunas renais? 
São as partes do córtex que se estendem entre as 
pirâmides renais. 
 
MEDULA RENAL 
A medula renal é formada por diversas pirâmides renais 
cônicas, as quais têm uma base e um ápice. 
A base de cada pirâmide é voltada para o córtex, e o ápice 
– extremidade mais estreita - termina em uma papila que 
desemboca no cálice menor. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DOS RINS 
As artérias renais originam-se no nível do disco IV entre 
as vértebras L1 e L2. 
Cada artéria renal divide-se perto do hilo renal em 5 
artérias segmentares - que são artérias terminais - por 
meio dos ramos anterior e posterior das artérias renais, 
sendo 4 segmentares anteriores e 1 segmentar posterior. 
As 4 artérias segmentares anteriores são distribuídas para 
os segmentos renais do seguinte modo: 
❖ Segmento superior (apical): irrigado pela artéria 
do segmento superior (apical); 
❖ Segmento anterossuperior: suprido pela artéria 
do segmento anterior superior; 
❖ Segmento anteroinferior: suprido pela artéria do 
segmento anterior inferior; 
❖ Segmento inferior: irrigado pela artéria do 
segmento inferior. 
AS ARTÉRIAS SEGMENTARES ANTERIORES SÃO 
ORIUNDAS DO RAMO ANTERIOR DA ARTÉRIA 
RENAL TANTO DIREITA QUANTO ESQUERDA. 
A única artéria segmentar posterior será distribuída para 
o segmento do seguinte modo: 
❖ Segmento posterior: irrigado pela artéria do 
segmento posterior. 
A ARTÉRIA SEGMENTAR POSTERIOR É ORIUNDA 
DO RAMO POSTERIOR DA ARTÉRIA RENAL. 
 
PS: mesmo em vista posterior, é possível ver os 
segmentos superior e inferior dos rins. 
 
4 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
 
E cada artéria segmentar dará origem a ramos que 
penetram no parênquima, atravessam as colunas renais e 
irrigam as porções entre os lobos dos rins, sendo então 
chamadas de artérias interlobares. 
E as artérias interlobares realizam uma curvatura entre a 
medula e o córtex renal, e a partir desse momento, a sua 
nomenclatura muda, sendo chamadas de artérias 
arqueadas. 
E as artérias arqueadas se dividem, formando diversas 
artérias interlobulares, que passam entre os lóbulos do 
rim. 
E as artérias interlobulares entram no córtex renal, 
emitindo ramos que são chamados de arteríolas aferentes, 
que irrigam os néfrons. 
E essa artériola aferente forma uma estrutura esférica e 
entrelaçada em cada néfron, formando o glomérulo, do 
qual é importante saber para entender o processo de 
filtração sanguínea. 
E os capilares do glomérulo vão formar uma arteríola 
eferente, que é menor do que a arteríolas aferentes. A 
arteríola eferente vai conduzir o sangue até o sistema 
portal renal. 
 
DRENAGEM VENOSA DOS RINS 
É importante salientar que não existe veias segmentares! 
Somenteexiste artérias segmentares. 
Diversas veias renais drenam cada rim e se unem de 
modo variável para formar as veias renais direita e 
esquerda. 
o Onde estão localizadas as veias renais direita e 
esquerda? 
As veias renais direita e esquerda situam-se anteriormente 
às artérias renais direita esquerda. 
A veia renal esquerda, mais longa (com cerca de 7,5 cm) 
comunica-se com a veia lomba ascendente e atravessa o 
ângulo agudo entre a MAS anteriormente e a aorta 
posteriormente. Recebe tributação das: 
❖ Veia suprarrenal esquerda; 
❖ Veia gonadal (testicular ou ovárica) esquerda. 
TODAS AS VEIAS RENAIS DRENAM PARA A VEIA 
CAVA INFERIOR. 
DRENAGEM LINFÁTICA DOS RINS 
Os vasos linfáticos renais acompanham as veias renais e 
drenam para os: 
❖ Linfonodos lombares direito; 
❖ Linfonodos lombares esquerdo (cavais e 
aórticos). 
INERVAÇÃO DOS RINS 
 
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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
Os nervos para os rins originam-se do plexo nervoso 
renal, sendo formados por: 
❖ Fibras simpáticas; 
❖ Fibras parassimpáticas. 
O plexo nervoso renal é suprido por fibras dos nervos 
esplâncnicos abdominopélvicos (principalmente o imo), 
que conduzem fibras simpáticas pré-ganglionares para a 
cavidade abdominopélvica. 
URETERES 
Os ureteres são ductos musculares (com cerca de 25 a 
30 cm de comprimento) com lumens estreitos que 
conduzem urina dos rins para a bexiga. 
Seguem inferiormente, dos ápices das pelves renais nos 
hilos renais, passando sobre a margem da pelve na 
bifurcação das artérias ilíacas comuns. A seguir, passam ao 
longo da parede lateral da pelve e entram na bexiga 
urinária. 
Os ureteres podem ser divididos em 2 partes: 
❖ Abdominal; 
❖ Pélvica; 
As partes abdominais dos ureteres aderem intimamente 
ao peritônio parietal e têm trajeto retroperitoneal. 
As partes pélvicas dos ureteres seguem nas paredes 
laterais da pelve, paralelas à margem anterior da incisura 
isquiática maior, entre o peritônio parietal da pelve e as 
artérias ilíacas internas. 
Os ureteres apresentam constrições relativas em 3 locais, 
os quais são possíveis locais de obstrução por cálculos 
uretrais: 
❖ Na junção dos ureteres e pelves renais; 
❖ Onde os ureteres cruzam a margem da abertura 
superior da pelve; 
❖ Durante sua passagem através da parede da 
bexiga urinária. 
Os ureteres passam obliquamente através da parede 
muscular da bexiga urinária em direção inferomedial, 
entrando na face externa da bexiga urinária distantes um 
do outro cerca de 5 cm, mas suas aberturas internas no 
lúmen da bexiga urinária vazia são separadas por apenas 
metade dessa distância. 
 
Essa passagem oblíqua através da parede da bexiga 
urinária forma uma “válvula” unidirecional, e a pressão 
interna ocasionada pelo enchimento da bexiga urinária 
provoca o colapso da passagem intramural. 
Além disso, as contrações da musculatura vesical atuam 
como esfíncter, impedindo o refluxo de urina para os 
ureteres quando a bexiga urinária se contrai, o que 
aumenta a pressão interna durante a micção. 
A urina percorre os ureteres por meio de contrações 
peristálticas, sendo levadas algumas gotas a intervalos de 
12 a 20 segundos. 
o Onde se localiza o ureter masculino? 
O ureter situa-se posterolateralmente ao ducto deferente 
– estrutura entre o ureter e o peritônio - e entra no 
ângulo posterossuperior da bexiga urinária, logo acima da 
glândula seminal. 
o Onde se localiza o ureter feminino? 
O ureter passa medialmente à origem da artéria uterina e 
continua até o nível da espinha isquiática, onde é cruzado 
superiormente pela artéria uterina. Em seguida, passa 
próximo da parte lateral do fórnice da vagina e entra no 
ângulo posterossuperior da bexiga urinária. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DOS URETERES 
Os ramos arteriais para a parte abdominal do ureter 
originam-se regularmente das artérias renais, com ramos 
menos constantes originando-se das: 
❖ Artérias testiculares ou ováricas; 
 
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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
❖ Parte abdominal da aorta; 
❖ Artérias ilíacas comuns. 
Os ramos aproximam-se dos ureteres medialmente e 
dividem-se em ramos ascendente e descendente, 
formando uma anastomose longitudinal na parede do 
ureter. 
Entretanto, os ramos uretéricos são pequenos e 
relativamente delicados, e a ruptura pode causar isquemia 
apesar do canal anastomótico contínuo formado. 
A irrigação arterial das partes pélvicas dos ureteres é 
variável, proporcionada por ramos uretéricos originados 
das: 
❖ Artérias ilíacas comuns; 
❖ Artérias ilíacas internas; 
❖ Artérias ováricas. 
As artérias mais constantes que irrigam as partes terminais 
do ureter nas mulheres são ramos das artérias uterinas. 
As origens de ramos semelhantes nos homens são as 
artérias vesicais inferiores. 
 
DRENAGEM VENOSA DOS URETERES 
As veias que drenam a parte abdominal dos ureteres 
drenam para as veias renais e gonadais (testiculares ou 
ováricas). 
A drenagem venosa das partes pélvicas dos ureteres 
geralmente é paralela à irrigação arterial, drenando para 
veias de nomes correspondentes. 
DRENAGEM LINFÁTICA DOS URETERES 
Os vasos linfáticos da parte superior do ureter podem se 
unir àqueles do rim ou seguir diretamente para os 
linfonodos lombares. 
Os vasos linfáticos da parte média do ureter geralmente 
drenam para os linfonodos ilíacos comuns. 
Os vasos de sua parte inferior drenam para os linfonodos 
ilíacos comuns, externos ou internos. 
INERVAÇÃO DOS URETERES 
Os nervos da parte abdominal dos ureteres provêm dos 
plexos: 
❖ Renal; 
❖ Aórtico abdominal; 
❖ Hipogástrico superior. 
As fibras aferentes viscerais que conduzem a sensação de 
dor (p. ex., causada por obstrução e consequente 
distensão) acompanham as fibras simpáticas retrógradas 
até os gânglios sensitivos espinais e segmentos medulares 
T10–L2 ou L3. A dor ureteral geralmente é referida ao 
quadrante inferior ipsilateral da parede anterior do 
abdome e principalmente na região inguinal. 
BEXIGA URINÁRIA 
A bexiga urinária, uma víscera oca que tem fortes paredes 
musculares, é caracterizada por sua distensibilidade, sendo 
um reservatório temporário de urina. Varia em: 
❖ Tamanho; 
❖ Formato; 
❖ Posição; 
❖ Relações, de acordo com seu conteúdo e com o 
estado das vísceras adjacentes. 
. Quando vazia, a bexiga urinária do adulto está 
localizada na pelve menor, situada parcialmente superior 
e parcialmente posterior ao púbis. 
o Onde se localiza a bexiga urinária? 
 
7 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
A bexiga urinária situa-se principalmente inferior ao 
peritônio, apoiada sobre o púbis e a sínfise púbica 
anteriormente e sobre a próstata (homens) ou parede 
anterior da vagina (mulheres) posteriormente. 
o Como a bexiga urinária é mantida na sua posição? 
A bexiga urinária está relativamente livre no tecido 
adiposo subcutâneo extraperitoneal, exceto por seu colo, 
que é mantido firmemente no lugar pelos: 
❖ Ligamentos laterais vesicais; 
❖ Arco tendíneo da fáscia da pelve, sobretudo seu 
componente anterior, o ligamento 
puboprostático em homens e o ligamento 
pubovesical em mulheres. 
PS: nas mulheres, como a face posterior da bexiga urinária 
está diretamente apoiada na parede anterior da vagina, a 
inserção lateral da vagina ao arco tendíneo da fáscia da 
pelve, o paracolpo, é um fator indireto, mas importante 
na sustentação da bexiga urinária. 
Já em lactentes e crianças pequenas, a bexiga urinária está 
quase toda no abdome mesmo quando vazia. 
Em geral, a bexiga urinária entra na pelve maior aos 6 anos 
de idade; entretanto, só depois da puberdade está 
completamente localizada na pelve menor. 
o O que acontece quando a bexiga urinária se enche? 
A bexiga urinária entra na pelve maior enquanto ascende 
no tecido adiposo extraperitoneal da parede abdominal 
anterior. Em alguns indivíduos, abexiga urinária cheia 
pode chegar até o nível do umbigo. 
Ao fim da micção, a bexiga urinária de um adulto normal 
praticamente não contém urina. Quando vazia, a bexiga 
urinária tem um formato quase e externamente tem 
ápice, corpo, fundo e colo. 
Além disso, a bexiga urinária tem 4 faces: 
❖ Face superior: é a única coberta por peritônio; 
❖ 2 faces inferolaterais; 
❖ Face posterior. 
 
A bexiga urinária pode ser dividida em 4 partes: 
❖ Ápice: aponta em direção à margem superior da 
sínfise púbica quando a bexiga urinária está vazia; 
❖ Corpo: parte principal da bexiga urinária entre o 
ápice e o fundo; 
❖ Fundo: oposto ao ápice, formado pela parede 
posterior um pouco convexa; 
❖ Colo. 
O leito da bexiga é formado pelas estruturas que têm 
contato direto com ela. 
A bexiga urinária é revestida por uma fáscia visceral de 
tecido conjuntivo frouxo. 
As paredes da bexiga urinária são formadas 
principalmente pelo músculo detrusor. 
 
Em direção ao colo da bexiga masculina, as fibras 
musculares formam o músculo esfíncter interno da uretra 
 
8 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
involuntário. Esse esfíncter se contrai durante a ejaculação 
para evitar a ejaculação retrógrada (refluxo ejaculatório) 
do sêmen para a bexiga urinária. Algumas fibras seguem 
radialmente e ajudam na abertura do óstio interno da 
uretra. 
Nos homens, as fibras musculares no colo da bexiga são 
contínuas com o tecido fibromuscular da próstata, ao 
passo que nas mulheres essas fibras são contínuas com 
fibras musculares da parede da uretra. 
TRÍGONO DA BEXIGA 
Os óstios do ureter e o óstio interno da uretra estão nos 
ângulos do trígono da bexiga. 
 
Os óstios do ureter são circundados por alças do músculo 
detrusor, que se contraem quando a bexiga urinária se 
contrai para ajudar a evitar o refluxo de urina para o 
ureter. A úvula da bexiga é uma pequena elevação do 
trígono. Geralmente é mais proeminente em homens 
idosos por causa do aumento do lobo posterior da 
próstata. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DA BEXIGA 
As principais artérias que irrigam a bexiga urinária são 
ramos das artérias ilíacas internas. 
As artérias vesicais superiores irrigam as partes 
anterossuperiores da bexiga urinária. 
Nos homens, as artérias vesicais inferiores irrigam o fundo 
e o colo da bexiga. 
Nas mulheres, as artérias vaginais substituem as artérias 
vesicais inferiores e enviam pequenos ramos para as 
partes posteroinferiores da bexiga urinária. As artérias 
obturatória e glútea inferior também enviam pequenos 
ramos para a bexiga urinária. 
DRENAGEM VENOSA DA BEXIGA 
As veias que drenam a bexiga urinária correspondem às 
artérias e são tributárias das veias ilíacas internas. 
Nos homens, o plexo venoso vesical é contínuo com o 
plexo venoso prostático, e o conjunto de plexos 
associados envolve o fundo da bexiga e a próstata, as 
glândulas seminais, os ductos deferentes e as 
extremidades inferiores dos ureteres. Também recebe 
sangue da veia dorsal profunda do pênis, que drena para 
o plexo venoso prostático. O plexo venoso vesical é a 
rede venosa que tem associação mais direta à própria 
bexiga urinária. Drena principalmente através das veias 
vesicais inferiores para as veias ilíacas internas; entretanto, 
pode drenar através das veias sacrais para os plexos 
venosos vertebrais internos. 
Nas mulheres, o plexo venoso vesical envolve a parte 
pélvica da uretra e o colo da bexiga, recebe sangue da veia 
dorsal do clitóris e comunica-se com o plexo venoso 
vaginal ou uterovaginal. 
INERVAÇÃO DA BEXIGA 
As fibras simpáticas são conduzidas dos níveis torácico 
inferior e lombar superior da medula espinal até os plexos 
vesicais (pélvicos), principalmente através dos plexos e 
nervos hipogástricos. 
Já as fibras parassimpáticas dos níveis sacrais da medula 
espinal são conduzidas pelos nervos esplâncnicos pélvicos 
e pelo plexo hipogástrico inferior. As fibras 
parassimpáticas são motoras para o músculo detrusor e 
inibitórias para o músculo esfíncter interno da uretra na 
bexiga urinária masculina. 
Consequentemente, quando as fibras aferentes viscerais 
são estimuladas por estiramento, ocorre contração 
reflexa da bexiga urinária, relaxamento do músculo 
esfíncter interno da uretra (nos homens) e a urina flui para 
a uretra. Com treinamento, nós aprendemos a suprimir 
esse reflexo quando não desejamos urinar. 
A inervação simpática que estimula a ejaculação causa 
simultaneamente a contração do músculo esfíncter 
interno da uretra para evitar refluxo de sêmen para a 
bexiga urinária. Uma resposta simpática em outros 
momentos diferentes da ejaculação (p. ex., 
 
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Fernanda Nishi – MED26 
constrangimento ao estar no mictório na frente de uma 
fila de espera) pode causar contração do músculo 
esfíncter interno, prejudicando a capacidade de urinar até 
que haja inibição parassimpática do esfíncter. 
As fibras sensitivas da maior parte da bexiga urinária são 
viscerais; as fibras aferentes reflexas seguem o trajeto das 
fibras parassimpáticas, do mesmo modo que aquelas que 
transmitem sensações de dor (como a resultante da 
hiperdistensão) da parte inferior da bexiga urinária. 
PS: a face superior da bexiga urinária é coberta por 
peritônio e, portanto, está acima da linha de dor pélvica. 
Assim, as fibras de dor da parte superior da bexiga urinária 
seguem as fibras simpáticas retrogradamente até os 
gânglios sensitivos de nervos espinais torácicos inferiores 
e lombares superiores (T11 a L2 ou L3). 
URETRA MASCULINA 
A uretra masculina é um tubo muscular (18 a 22 cm de 
comprimento) que conduz urina do óstio interno da 
uretra na bexiga urinária até o óstio externo da uretra, 
localizado na extremidade da glande do pênis em homens. 
É também a via de saída do sêmen (espermatozoides e 
secreções glandulares). 
Para fins didáticos, a uretra é dividida em quatro partes: 
❖ Parte intramural; 
❖ Parte prostática: é subdividida ainda em parte 
proximal (voltada para superior) e parte distal 
(voltada para inferior); 
❖ Parte membranácea (intermédia): atravessa a 
membrana profunda da musculatura do períneo; 
❖ Parte esponjosa da uretra: é a maior parte. 
 
PARTE INTRAMURAL DA URETRA 
O diâmetro e o comprimento da parte intramural (pré-
prostática) da uretra variam quando a bexiga urinária está 
se enchendo. 
PS: durante o enchimento, há contração tônica do colo 
da bexiga de modo que o óstio interno da uretra 
apresenta-se pequeno e alto. Durante o esvaziamento, o 
colo da bexiga é relaxado de modo que o óstio apresenta-
se largo e baixo. 
PARTE PROSTÁTICA DA URETRA 
A característica mais proeminente da parte prostática da 
uretra é a crista uretral, uma elevação mediana entre 
sulcos bilaterais, os seios prostáticos. 
 
Os dúctulos prostáticos secretores abrem-se nos seios 
prostáticos. 
O colículo seminal é uma elevação arredondada no meio 
da crista uretral com um orifício semelhante à fenda que 
se abre em um fundo de saco pequeno, o utrículo 
 
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Fernanda Nishi – MED26 
prostático. O utrículo é o vestígio remanescente do canal 
uterovaginal embrionário, cujas paredes adjacentes, na 
mulher, constituem o primórdio do útero e uma parte da 
vagina (Moore et al., 2016). 
Os ductos ejaculatórios se abrem na parte prostática da 
uretra através de pequenas aberturas semelhantes a 
fendas localizadas adjacentes ao orifício do utrículo 
prostático e, às vezes, logo dentro dele. Assim, os sistemas 
urinário e genital se fundem nesse ponto. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DA URETRA 
MASCULINA 
As partes intramural e prostática da uretra são irrigadas 
por: 
❖ Ramos prostáticos das artérias vesicais inferiores 
e retais médias. 
DRENAGEM VENOSA DA URETRA 
MASCULINA 
As veias das duas partes proximais da uretra drenam para 
o plexo venoso prostático.INERVAÇÃO DA URETRA MASCULINA 
Os nervos são derivados do plexo prostático (fibras 
simpáticas, parassimpáticas e aferentes viscerais mistas). O 
plexo prostático é um dos plexos pélvicos (extensão 
inferior do plexo vesical) que se originam como extensões 
órgão-específicas do plexo hipogástrico inferior. 
URETRA FEMININA 
A uretra feminina (com cerca de 4 cm de comprimento 
e 6 mm de diâmetro) segue anteroinferiormente do óstio 
interno da uretra na bexiga urinária, posterior e depois 
inferior à sínfise púbica, até o óstio externo da uretra. A 
musculatura que circunda o óstio interno da uretra da 
bexiga urinária feminina não está organizada em um 
esfíncter interno. 
O óstio externo da uretra feminina está localizado no 
vestíbulo da vagina, a fenda entre os lábios menores do 
pudendo, diretamente anterior ao óstio da vagina. 
A uretra situa-se anteriormente à vagina. Seu eixo é 
paralelo ao da vagina. A uretra segue com a vagina através 
do diafragma da pelve, músculo esfíncter externo da 
uretra e membrana do períneo. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DA URETRA FEMININA 
A uretra feminina é irrigada pelas: 
❖ Artérias pudenda interna; 
❖ Artéria vaginal. 
DRENAGEM VENOSA DA URETRA FEMININA 
As veias seguem as artérias e têm nomes semelhantes. 
INERVAÇÃO DA URETRA FEMININA 
Os nervos que suprem a uretra têm origem no plexo 
(nervo) vesical e no nervo pudendo. 
O padrão é semelhante em homens, tendo em conta a 
ausência de um plexo prostático e de um músculo 
esfíncter interno da uretra. 
As fibras aferentes viscerais da maior parte da uretra 
seguem nos nervos esplâncnicos pélvicos, mas a 
terminação recebe fibras aferentes somáticas do nervo 
pudendo. As fibras aferentes viscerais e somáticas partem 
dos corpos celulares nos gânglios sensitivos de nervos 
espinais S2–S4.

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