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Aleitamento materno

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ALEITAMENTO MATERNO 
 
OS PRIMEIROS MIL DIAS 
 Os primeiros mil dias são uma janela de 
oportunidade para que a criança tenha um futuro 
saudável, com impacto sobre doenças crônicas do 
adulto. Refere-se ao período de gestação (270 
dias), somado aos dois primeiros anos de vida (365 
+ 365). 
 O “Programa 1000 dias” foi instituído pela 
ONU em 2010, visando a promoção de saúde das 
gestantes, o estímulo ao aleitamento materno e a 
introdução adequada da alimentação alimentar. 
 
ALEITAMENTO MATERNO 
 As recomendações da Organização 
Mundial de Saúde (OMS) relativas à amamentação 
afirmam que as crianças devem fazer aleitamento 
materno exclusivo até 6 meses de idade. Ou seja, 
até essa idade, o bebê deve tomar apenas leite 
materno e não deve receber nenhum outro 
alimento ou bebida complementar. 
A partir dos 6 meses de idade, todas devem 
receber alimentos complementares (sopas, papas 
etc.) e manter o aleitamento materno, o qual 
deverá ocorrer até que elas completem, pelo 
menos, 2 anos de idade. 
Tipos de aleitamento materno 
• Aleitamento materno exclusivo: é quando 
a criança recebe somente leite materno, 
direto da mama ou ordenhado, ou leite 
humano de outras fontes, sem outros 
líquidos ou sólidos, com exceção de gotas 
ou xaropes contendo vitaminas, sais de 
reidratação oral, suplementos minerais ou 
medicamentos. 
o Ideal até os 6 meses de vida 
• Aleitamento materno predominante: é 
quando a criança recebe, além do leite 
materno, algum outro líquido (água, chás, 
infusões, sucos de frutas e fluidos rituais) 
• Aleitamento materno complementado: é 
quando a criança recebe, além do leite 
materno, qualquer alimento sólido ou 
semi-sólido com a finalidade de 
complementá-lo, e não substituí-lo. Nessa 
categoria, a criança pode receber, além do 
leite materno, outro tipo de leite, mas este 
não é considerado alimento complementar 
• Aleitamento materno misto ou parcial: é 
quando a criança recebe leite materno e 
outros tipos de leite. 
 
Dez passos para o sucesso do aleitamento 
materno 
 Os 10 passos para o sucesso do 
aleitamento materno são orientações para os 
serviços da saúde, dentro dos quais os 
profissionais devem receber treinamento para 
orientar corretamente o aleitamento materno. 
1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento 
materno, que deve ser rotineiramente 
transmitida a toda a equipe do serviço 
2. Treinar toda a equipe, capacitando-a para 
implementar essa norma 
3. Informar todas as gestantes atendidas 
sobre as vantagens e o manejo da 
amamentação 
4. Ajudar a mãe a iniciar a amamentação na 
primeira meia hora após o parto 
5. Mostrar às mães como amamentar e como 
manter a lactação, mesmo se vierem a ser 
separadas de seus filhos 
6. Não dar ao recém-nascido nenhum outro 
alimento ou bebida além do leite materno, 
a não ser que tenha indicação clínica 
7. Praticar alojamento conjunto, permitindo 
que mães e bebês permaneçam juntos 24 
horas por dia 
8. Encorajar a amamentação sob livre 
demanda 
9. Não dar bicos artificias ou chupetas a 
crianças amamentadas (pelo menos até 
que a amamentação esteja estabelecida) 
10. Encorajar o estabelecimento de grupos de 
apoio à amamentação, para onde as mães 
devem ser encaminhadas por ocasião de 
alta hospitalar. 
 
Uma recomendação importante, 
proveniente da academia americana, é que o 
berço do bebê fique no quarto dos pais até os 6 
meses de idade, como uma medida de prevenção 
da síndrome morte súbita do lactente. 
Vantagens do leite materno para o bebê 
 
Geovana Sanches, TXXIV 
• Composição química adequada (proteínas, 
gorduras, carboidratos, sais minerais, 
ferro) 
o O leite materno é espécie-
específico, de forma que a mãe 
produz o leite especialmente para o 
seu bebê. 
• Defesas imunológicas contra infecções e 
alergias alimentares, devido a presença de 
anticorpos 
o Alguns componentes do leite de 
vaca podem ser reconhecidos pelo 
organismo do bebê como 
maléficos, ativando as células de 
defesa e criando anticorpos contra 
isso, propiciando o surgimento de 
alergias alimentares. 
o O aleitamento materno, se 
exclusivo pelo menos até os 4 
meses de idade, já é um fator 
protetor contra o desenvolvimento 
de alergias. 
• Desenvolve arcada dentária e a 
musculatura perioral 
• Melhor crescimento e desenvolvimento 
cognitivo 
o Alguns estudos apontam que 
crianças amamentadas com LM 
exclusivo possuem um QI 
significativamente maior do que 
àquelas que não o apresentaram. 
• Menor risco de morte súbita do lactente 
• Menor risco de doenças crônicas como 
diabetes, obesidade, hipertensão e 
hipercolesterolemia 
• Oportunidade de construir um vínculo 
forte e afetivo entre a mãe e seu filho 
o “Quando nasce um filho, nasce 
uma mãe” – a maternidade não é 
uma característica intrínseca às 
mulheres, sendo que o aleitamento 
materno é uma oportunidade para 
construção dessa relação. 
Composição adequada de nutrientes 
 O leite de vaca tem componentes muito 
diferentes do leite materno, tendo em vista que 
ele é produzido para o bezerro e não para o 
humano. Todavia, isso não significa que é um leite 
ruim, apenas espécie-específico. 
O leite humano apresenta maiores 
quantidades de α-lactoalbumina, enquanto o leite 
de vaca possui mais b-lactoalbumina. 
 
 Quanto a quantidade de proteínas, vemos 
que o leite de vaca apresenta quantidades muito 
maiores (principalmente caseína), o que pode 
sobrecarregar o rim do bebê, além de o deixar 
mais suscetível ao desenvolvimento de alergias 
alimentares. Essa diferença ocorre, pois, quando 
o bezerro nasce, ele já começa a andar, sendo 
necessária uma quantidade maior de aminoácidos 
para o seu desenvolvimento. 
 Em relação ao aporte calórico, não há 
grandes diferenças, tendo em vista que o cérebro 
humano apresenta alta demanda metabólica, em 
detrimento da necessidade do desenvolvimento 
dos músculos no bezerro. 
 Já em relação a osmolaridade, temos um 
problema, tendo em vista que a alta osmolaridade 
do leite de vaca aumenta o risco de diarreia 
osmótica e sobrecarga renal no bebê. 
 As quantidades de ferro são semelhantes 
em ambos os tipos de leite, mas a 
biodisponibilidade no leite materno é superior. 
 Por último, em relação aos anticorpos, 
temos a presença em ambos os tipos de leite, 
todavia eles são espécie-específicos, de forma que 
o bebê humano terá proteção apenas ao ingerir o 
leite materno. 
 Leite Materno Leite de 
vaca 
Proteínas 1,5g/100mL 
(lactoalbumina) 
3,5g/100mL 
(caseína) 
Calorias 70 kcal/100mL 75 – 80 
kcal/100mL 
Osmolaridade 40 mEq/L 150 mEq/L 
Ferro 0,5 mg/dL 0,45 mg/dL 
Anticorpos Presentes Ausentes 
 As fórmulas infantis, como o NAN, 
Nestogeno e Aptamil, têm uma composição amis 
próxima do leite materno. Entretanto, eles não 
conseguem suprir a falta das imunoglobulinas. 
 Nos casos em que há contra-indicação do 
aleitamento materno, orienta-se que ao menos a 
mãe administre a fórmula na mamadeira, visando 
não perder a oportunidade de criar o vínculo com 
seu filho. 
Geovana Sanches, TXXIV 
Vantagens do aleitamento para a mãe 
• Promove involução uterina, evitando 
sangramento aumento no pós-parto e 
anemia 
o A amamentação se relacionada 
diretamente com a ocitocina, 
hormônio que promove a 
contração uterina – fundamental 
para cessar o sangramento e fazer 
com que o útero retorne para a 
pelve 
• Facilita o retorno ao peso anterior à 
gestação 
• Melhora a remineralização óssea no pós-
parto 
• Diminui o risco de ovulação e, 
consequentemente, de uma nova gravidez 
o Não deve ser utilizado como 
método contraceptivo isolado 
o Por estímulo da sucção, há 
liberação de prolactina, hormônio 
que, em níveis elevados, provocam 
anovulação, impedindo uma nova 
gravidez. Para que isso ocorra, 
entretanto, é necessário que os 
níveis de prolactina se mantenham 
constantemente elevados, o que é 
promovido por um aleitamento 
materno exclusivo, de 3/3h – uma 
mínima alteração do eixo hormonal 
pode provocar a ovulação, 
possibilitando uma nova gravidez. 
• Diminui o riscode câncer de mama e de 
ovário 
• Maior economia 
• Oportunidade de construir um vínculo 
forte e afetivo entre a mãe e o filho 
 
A quantidade de leite materno produzida varia de 
acordo com a necessidade do bebê. Nesse sentido, 
as mamas ingurgitadas são um estímulo negativo 
para a produção do leite. 
 Outra questão é que no momento da 
amamentação, o bebê deve realmente mamar. 
Para os nenéns muito pequenos, é comum que 
eles durmam durante a mamada sem soltar o 
peito, utilizando-o como uma “chupeta”. Isso não 
é adequado, sendo necessário que ele esvazie a 
mama e a solte. 
 
HORMÔNIOS ENVOLVIDOS NA LACTAÇÃO 
 Dois hormônios atuam na fisiologia do 
aleitamento materno: a prolactina e a ocitocina. 
 
Prolactina 
 A prolactina está relacionada à produção 
do leite materno. Esse hormônio é produzido na 
adeno-hipófise, sendo sua secreção estimulada 
pela sucção do seio materno. O peito muito cheio 
de leite, assim como momentos de estresse 
intenso, atua sobre a glândula gerando feedback 
negativo. 
Ocitocina 
 A ocitocina está relacionada à ejeção do 
leite materno, com ação nas células secretoras e 
musculares. 
Ele também é considerado o hormônio do 
amor, pois sua secreção ocorre em outras 
condições, como paixão e durante uma relação 
sexual. Quando a mãe pensa de forma afetiva em 
seu bebê, não é incomum que o leite escorra de 
seu peito, ação mediada por este hormônio. 
BOM POSICIONAMENTO 
 
Posicionamento tradicional 
• Corpo do bebê junto ao corpo da mãe, de 
forma que suas barrigas se encostam 
• O bebê voltado para a mãe 
• Cabeça e tronco do bebê alinhados 
• O bebê está completamente sustentado 
nos braços da mãe 
 
SINAIS DE BOA PEGA 
 A boca do bebê deve estar bem aberta (no 
formato de letra “O”), com o lábio inferior 
evertido (virado para fora). O queixo do bebê toca 
(ou quase) a mama, ficando o nariz livre para 
Geovana Sanches, TXXIV 
respirar; nos casos em que a mama é muito 
volumosa, recomenda-se sempre observar se o 
nariz do bebê está livre. 
 É necessário que o bebê abocanhe o 
mamilo e a aréola conjuntamente, sendo que a 
pega apenas do mamilo gera fissuras. A parte de 
cima da aréola deve estar mais visível que a 
debaixo. 
 
FASES DO LEITE 
 A importância do esvaziamento completo 
da mama se dá pelo fato de que o leite materno 
apresenta diferentes fases, sendo todas elas 
essenciais para o bebê. 
O leite do início da mamada, chamado de 
leite anterior, tem alto teor de água, com aspecto 
semelhante à água de coco. É muito rico em 
anticorpos. 
O leite do meio da mamada tende a ter 
uma coloração branca opaca em decorrência do 
aumento da concentração de caseína. 
Por último, o leite do final da mamada, 
chamado de leite posterior, é mais amarelado 
devido à presença de betacaroteno e gorduras, 
com maior valor calórico. Trata-se, portanto, da 
porção do leite que faz com que o bebê fique 
saciado e ganhe peso. 
Bebês que não esvaziam a mama por 
completo tendem a perder o leite posterior, 
fazendo com que ele queira mamar um maior 
número de vezes. 
 Aspecto Principal 
componente 
Leite 
anterior 
Água de coco Anticorpos 
Entremeio Branco opaco Caseína 
Leite 
posterior 
Amarelado Beta caroteno e 
gorduras 
 O esvaziamento da mama é sentido pela 
mulher e, para confirmar, ela pode fazer a 
expressão do mamilo, verificando que não há mais 
saída de leite. 
 No momento de retirar o bebê do peito, 
nunca devemos puxar a cabeça da criança, pois 
isso poderá machucar tanto ele quanto o seio 
materno. Orienta-se que a mãe coloque o seu 
dedo entre a boca do bebê e a mama, fazendo com 
que ele a solte. 
 
ORIENTAÇÕES PARA O ALEITAMENTO MATERNO 
Método 
• Esvaziar completamente uma mama antes 
de oferecer a outra 
• Iniciar a próxima mamada pelo seio em que 
terminou a anterior 
• Após a mamada, colocar a criança em 
posição vertical para permitir que ela 
arrote 
Prevenção de fissuras 
• Oferecer a aréola inteira à criança 
• Nunca puxar o seio e sim abrir o lábio da 
criança quando for interromper a sucção 
• Não utilizar álcool ou excesso de sabão 
Armazenamento 
 O leite materno pode ser retirado da mama 
e armazenado em geladeira por 24 horas, ou em 
freezer, congelado, por até 15 dias. 
 Quando for o momento de ofertar esse 
leite ao bebê, ele deve ser esquentado em banho 
maria. 
 
DIFICULDADES NO ALEITAMENTO 
Mamilos dolorosos ou fissurados 
 Os mamilos dolorosos ou fissurados 
geralmente resultam de má técnica de orientação, 
de forma que devemos orientar a boa pega. 
• Manter aréola macia e indicar mudança de 
posição 
• Oferecer primeiro o seio menos 
traumatizado 
• Ordenhar o peito no final da mamada para 
esvaziar 
• Utilizar analgésicos VO e/ou cremes 
tópicos a base de lanolina 
o Lanolina: óleo natural obtido de lã 
de ovelha que auxilia na 
cicatrização da mama ferida 
Mamas ingurgitadas 
 O ingurgitamento mamário se apresenta 
com mamas doloridas, edemaciadas, quentes, 
eritematosas e com aréola distendida e tensa, 
dificultando a boa pega. 
 
Geovana Sanches, TXXIV 
 Essa condição traz risco de mastite, além 
de exercer feedback negativo sobre a hipófise, 
diminuindo a secreção de prolactina e, portanto, a 
produção do leite. 
Orientações 
• Mamadas mais frequentes 
• Ordenha, se necessário 
• Massagear os pontos dolorosos com 
movimentos circulares 
Mastite 
 A mastite é uma infecção de um ou mais 
segmentos da mama, 
geralmente ocasionada pelo 
Staphylococcus Aureus. O 
quadro clínico envolve sianis 
flogísticos locais, febre e mal-
estar. 
Os principais fatores predisponentes são a 
tríade de fissuras (porta de entrada para a 
bactéria), ingurgitamento mamário (meio de 
cultura adequado para a bactéria) e fadiga 
(diminuição da imunidade materna). 
O tratamento é feito com antibióticos 
(cefalosporina de 1ª geração), analgésicos, 
repouso e esvaziamento mamário (via 
amamentação ou ordenha). 
A mastite NÃO é uma contraindicação para 
o aleitamento materno. Nos casos em que há 
formação de abcesso, entretanto, há 
contraindicação temporário à amamentaçãp. 
Mamilos planos ou invertidos 
 Mamilos planos ou invertidos dificultam, 
mas não impedem a amamentação – a criança 
deve sempre abocanhar a aréola. 
 A mãe deve manter a aréola sempre flácida 
e deixar o lactente mamar na posição que mais se 
adaptar. O mamilo pode ser protraído antes de 
cada mamada por estimulação manual, sucção 
com bomba manual ou seringa de 20mL adaptada 
e invertida. 
 
Dificuldades com a criança 
• Criança que “não pega” o peito 
o Ordenhar frequentemente 
o Correção da posição da pega 
o Suspensão de bicos artificiais 
o Persistência em mamadas curtas 
o Oferta do leite materno em copo 
ou suporte 
• Criança que não ganha peso 
• Criança que chora muito 
Retorno ao trabalho 
 Durante a licença maternidade, 
amamentar de forma exclusiva. Em torno de 2 
semanas antes do retorno ao trabalho, a mãe deve 
ordenhar a mama e armazenar o leite da forma já 
mencionada. 
 Quando estiver com a criança, ela deve 
amamentá-la com frequência – mães que 
trabalham em home office se enquadram aqui. 
Caso contrário, oferecer os alimentos em copos ou 
colheres, não sendo indicado o uso de bicos 
artificiais. 
 No trabalho, ordenhar e armazenar o leite 
de forma higiênica para oferecê-lo 
posteriormente. A mama sempre deve ser 
esvaziada para evitar ingurgitamento e, caso a 
ordenha não seja possível, deve-se manter o 
estímulo. 
CONTRAINDICAÇÕES AO ALEITAMENTO 
MATERNO 
• Doenças orgânicas graves ou terminais 
• Doenças psiquiátricas graves 
• Mãe com HIV ou HTLV (vírus linfotrópico T 
humano) 
o Contraindicação absoluta 
• RN com erro inato do metabolismo 
o Galactosemia: doença rara em que 
a criança não pode ingerir leite 
humano ou qualquer outro 
alimento que contenha lactose 
o Fenilcetonúria: alteração congênita 
que leva ao acúmulo da fenilalanina 
no organismo 
• Mãe em uso de medicações com lítio, 
ciclosfosfamida e hormônios tireoidianos 
o Antineoplásicos e radiofármacos 
• Uso de drogasilícitas 
Situações especiais 
• Tuberculose: a mãe pode amamentar 
desde que utilize máscara cirúrgica, se 
ainda bacilífera 
• Hepatite B: a criança pode ser 
amamentada se ela for vacinada ao 
nascimento e receber imunoglobulina 
• Hepatite C: não existem estudos 
suficientes para contraindicar a 
amamentação; alguns apontam a presença 
Geovana Sanches, TXXIV 
do vírus no leite materno, mas não há 
relatos de infecção 
• COVID-19: a mãe pode amamentar desde 
que utilize máscara cirúrgica 
Suspensão temporária do aleitamento 
 A suspensão temporária do aleitamento 
diz respeito as condições em que, após a 
resolução do problema, a mãe pode voltar a 
amamentação. 
• Mães com varicela; 
• Infecção herpética na mama 
• Doença de Chagas na fase aguda 
• Abscesso mamário 
• Drogas de abuso 
Condição complicada, tendo em vista que 
enquanto a mãe utilizar a droga, ela não poderá 
amamentar – e é muito improvável que ela pare 
de utilizar.

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