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Ação 1. Conceito: a. Direito oferecido ao jurisdicionado em substituição à “justiça pelas próprias mãos”. b. Direito público, autônomo, subjetivo, instrumental e abstrato (imaterial). c. Conexo a uma solução jurídica concreta. 2. Teorias da Ação: a. Teoria Imanentista, Civilista ou Clássica: i. Ação é direito de perseguir no juízo o que lhe é devido. ii. Direito da ação considerado o próprio direito material. iii. Falha: entender direito processual como apêndice do direito material. b. Teoria Concreta da Ação: i. Relativa independência entre o direito subjetivo material e o direito de ação. ii. Direito de ação constitui direito de natureza pública dirigido contra o Estado, o qual teria de prestá-lo e contra o demandado (que teria que suportar seus efeitos). iii. Ação bivalente. iv. Direito público contra duas esferas. v. Falha: só existiria direito de ação quando a sentença for favorável. c. Teoria da Ação como Direito Potestativo: i. Variação da Teoria Concreta. ii. Direito da ação se dirige a um adversário e não contra o Estado. iii. É um direito potestativo de buscar efeito jurídico favorável ao ser autor, sujeitando ônus à outra parte. iv. Falha: só existiria direito de ação quando a sentença for favorável. d. Teoria da Ação como Direito Abstrato: i. Direito de ação como direito público que se exerce contra o Estado. ii. Não se confunde com o direito privado alegado pelo autor. iii. Autônomo e independente. iv. Inerente a todo indivíduo. 1 v. Não exclui a possibilidade de uma sentença desfavorável. e. Teoria Eclética da Ação: i. Assentada na Teoria Abstrata. ii. Inclusão das “condições da ação” (legitimidade das partes, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido) - CPC/73. iii. Aprimorada pela visão constitucional do processo - direito de ação é incondicionado, é direito fundamental. iv. Ação é o direito ao processo e ao julgamento do mérito (Liebman). v. Falha: entender o direito da ação apenas sob determinadas condições. 3. Características: a. Subjetividade: imaterial. b. Publicidade: refere-se ao Estado como juiz. c. Garantia constitucional: é fundamental. d. Instrumentalidade: instrumento de exercício do jurisdicionado. 4. Elementos da ação: a. Parte: i. Ambivalência. ii. Sujeitos que figuram como autor e réu. iii. Obs.: Litisconsórcio (ativo, passivo ou misto: pluralidade no polo ativo ou/e passivo) está no conceito de parte e Terceiro interveniente não é considerado parte (modalidades alteradas pelo CPC/15). b. Pedido: i. Objeto da jurisdição. ii. Art. 319, CPC. c. Causa de pedir: i. Fato jurídico que fundamenta a demanda do autor. ii. Fundamentação/motivos. iii. Obs.: CPC/73 - Teoria da Substanciação (considerava fatos jurídicos em relação à fundamentação); CPC/15 - Teoria Híbrida (fatos e fundamentos jurídicos). 2 d. “Condições da Ação” (Teoria Eclética): i. Visão Tradicional (CPC/73): 1. Legitimidade da parte - polo ativo e polo passivo. 2. Interesse em agir. 3. Possibilidade jurídica do pedido - está previsto na legislação, não vedado. ii. Visão Contemporânea (CPC/15): 1. Art. 17, CPC - interesse e legitimidade. e. Legitimidade (para figurar em relação processual): i. Ad Causam: 1. Capacidade de direito e de fato, pertinência subjetiva ao objeto da demanda (precisa ter sofrido lesão ou ameaça de lesão). ii. Ad Processum: 1. Estabelece necessidade de capacidade de direito (todos têm), capacidade de exercício (maioridade). iii. Ordinária: 1. Em nome próprio provocar direito próprio. iv. Extraordinária: 1. Em nome próprio, representar direito alheio (é excepcional, conferida aos partidos políticos, sindicatos, MP - Art. 18, CPC). f. Interesse de agir: i. Relação entre necessidade, utilidade e proveito da tutela jurisdicional. ii. Necessidade de provocar o Poder Judiciário, utilização da via adequada. g. Possibilidade jurídica do pedido foi excluída por estar embutida no interesse de agir. 3
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