Buscar

ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
Anatomia do Sistema 
Digestório 
Considerações gerais 
As vísceras abdominais constituem a maior parte do 
sistema digestório: 
❖ Parte terminal do esôfago; 
❖ Estômago, 
❖ Intestino delgado; 
❖ Intestino grosso; 
❖ Baço; 
❖ Pâncreas; 
❖ Fígado; 
❖ Vesícula biliar; 
❖ Rins; 
❖ Glândulas suprarrenais. 
Como a cavidade abdominal está voltada para a cavidade 
torácica, recebem proteção da parte inferior da caixa 
torácica. 
Também é observado que o ligamento falciforme 
normalmente se fica ao longo de uma linha contínua da 
parede anterior do abdome até o umbigo, dividindo o 
fígado superficialmente em lobos direito e esquerdo. 
É importante lembrar que a digestão ocorre 
principalmente no estômago e duodeno, entretanto, a 
absorção de substâncias químicas ocorre principalmente 
no intestino delgado – o qual é um tubo espiralada com 
5 a 6 m de comprimento, formado pelo duodeno, jejuno 
e íleo. 
ESÔFAGO 
O esôfago é um tubo muscular (aproximadamente 25 cm 
de comprimento) com um diâmetro médio de 2 cm, que 
conduz alimento da faringe para o estômago, seguindo a 
curva da coluna vertebral ao descer através do pescoço e 
do mediastino e terminando ao entrar no estômago pelo 
óstio cárdico do estômago, à esquerda da linha mediana, 
no nível da 7ª cartilagem costal esquerda e da vértebra 
T11. 
Essa estrutura do sistema digestório tem 3 constrições - 
onde estruturas adjacentes deixam impressões -, as quais 
são possíveis visualizar por meio da fluoroscopia após 
ingestão de bário: 
❖ Constrição cervical (esfíncter superior do 
esôfago): em seu início na junção faringoesofágica, 
a aproximadamente 15 cm dos dentes incisivos; 
causada pela parte cricofaríngea do músculo 
constritor inferior da faringe; 
❖ Constrição broncoaórtica (torácica): uma 
constrição combinada, no local onde ocorre 
primeiro o cruzamento do arco da aorta, a 22,5 
cm dos dentes incisivos, e depois o cruzamento 
pelo brônquio principal esquerdo, a 27,5 cm dos 
dentes incisivos; a primeira constrição é 
observada em vistas anteroposteriores, a segunda 
em vistas laterais; 
❖ Constrição diafragmática: no local onde atravessa 
o hiato esofágico do diafragma, a 
aproximadamente 40 cm dos dentes incisivos. 
CAI NA PROVA!!! 
 
É importante salientar que o esôfago tem: 
❖ Lâminas musculares circulares internas; 
❖ Lâminas musculares longitudinais externas. 
 
2 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
Em seu terço superior, a lâmina externa consiste em 
músculo estriado voluntário; o terço inferior é formado 
por músculo liso, e o terço médio tem os dois tipos de 
músculo. 
O alimento atravessa o esôfago rapidamente em razão da 
ação peristáltica de sua musculatura, auxiliado pela 
gravidade, mas não depende dela (é possível engolir de 
cabeça para baixo). 
o Onde o esôfago está fixado? 
O esôfago está fixado às margens do hiato esofágico no 
diafragma pelo ligamento frenicoesofágico, uma extensão 
da fáscia diafragmática inferior. Esse ligamento permite o 
movimento independente do diafragma e do esôfago 
durante a respiração e a deglutição. 
o O esôfago é coberto por quais peritônios? 
Em sua face anterior da parte abdominal, o esôfago é 
coberto pelo peritônio da cavidade peritoneal, contínuo 
com aquele que reveste a face anterior do estômago. Em 
sua face posterior da parte abdominal, é coberto por 
peritônio da bolsa omental, contínuo com aquele que 
reveste a face posterior do estômago. 
o Qual a relação do esôfago com o estômago? 
A margem direita do esôfago é contínua com a curvatura 
menor do estômago. Porém, sua margem esquerda é 
separada do fundo gástrico pela incisura cárdica existente 
entre o esôfago e o fundo gástrico. 
 
o Onde se localiza a junção esofagogástrica? 
A junção esofagogástrica situa-se à esquerda da vértebra 
T11 no plano horizontal que atravessa a extremidade do 
processo xifoide. 
o Como os cirurgiões e os endoscopistas diferenciam o 
esôfago do estômago? 
Pela linha Z, uma linha irregular em que há mudança 
abrupta da túnica mucosa esofágica para a túnica mucosa 
gástrica. 
 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO ESÔFAGO 
A irrigação arterial da parte abdominal do esôfago é feita 
pela: 
❖ Artéria gástrica esquerda, um ramo do tronco 
celíaco; 
❖ Artéria frênica inferior esquerda. 
DRENAGEM VENOSA DO ESÔFAGO 
A drenagem venosa das veias submucosas da parte 
abdominal do esôfago se faz para o sistema venoso porta, 
através da veia gástrica esquerda, e para o sistema venoso 
sistêmico, pelas veias esofágicas que entram na veia ázigo. 
Em resumo, temos 2 drenagens venosas: 
❖ Sistema venoso porta: através da veia gástrica 
esquerda; 
❖ Sistema venoso sistêmico: através das veias 
esofágicas que entram na veia ázigo. 
CAI NA PROVA!!! 
 
3 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
DRENAGEM LINFÁTICA DO ESÔFAGO 
A drenagem linfática da parte abdominal do esôfago se faz 
para os linfonodos gástricos esquerdos; os vasos linfáticos 
eferentes desses linfonodos drenam principalmente para 
os linfonodos celíacos. 
INERVAÇÃO DO ESÔFAGO 
O esôfago é inervado pelo plexo esofágico, formado 
pelos: 
❖ Troncos vagais (que se tornam os ramos 
gástricos anteriores e posterior); 
❖ Troncos simpáticos torácicos por meio dos 
nervos esplâncnicos (abdominopélvicos) maiores 
e plexos periarteriais ao redor das artérias 
gástrica esquerda e frênica inferior. 
ESTÔMAGO 
O estômago é a parte expandida do sistema digestório 
entre o esôfago e o intestino delgado. 
o Qual a função do estômago? 
A função do estômago é o acúmulo do alimento ingerido, 
que ele prepara química e mecanicamente para a digestão 
e passagem para o duodeno. Dessa forma, o estômago 
mistura os alimentos e atua como reservatório, portanto, 
sua principal função é a digestão enzimática. 
POSIÇÃO, PARTES E ANATOMIA DE SUPERFÍCIE DO 
ESTÔMAGO 
O tamanho, o formato e a posição do estômago podem 
variar bastante em pessoas com diferentes tipos corporais 
(biotipos) e podem mudar até no mesmo indivíduo, de 
acordo com os movimentos do diafragma durante a 
respiração, o conteúdo (vazio ou após uma grande 
refeição) e a posição da pessoa. 
O estômago tem partes: 
❖ Cárdia: a parte que circunda o óstio cárdico, a 
abertura superior do estômago; 
❖ Fundo gástrico: a parte superior dilatada que está 
relacionada com a cúpula esquerda do 
diafragma, limitada inferiormente pelo plano 
horizontal do óstio cárdico. O fundo gástrico 
pode ser dilatado por gás, líquido, alimento ou 
pela combinação destes; 
❖ Corpo gástrico: a parte principal do estômago, 
entre o fundo gástrico e o antro pilórico; 
❖ Parte pilórica: a região afunilada de saída do 
estômago; sua parte mais larga, o antro pilórico, 
leva ao canal pilórico, sua parte mais estreita. O 
piloro é a região esfincteriana distal da parte 
pilórica. É um espessamento acentuado da 
camada circular de músculo liso que controla a 
saída do conteúdo gástrico através do óstio 
pilórico (abertura inferior do estômago) para o 
duodeno. 
 
Há esvaziamento intermitente do estômago quando a 
pressão intragástrica supera a resistência do piloro. 
Normalmente, o piloro encontra-se em estado de 
contração tônica, de modo que o óstio pilórico é 
reduzido, exceto quando dá passagem ao quimo (massa 
semilíquida). A intervalos irregulares, a peristalse gástrica 
faz o quimo atravessar o canal e o óstio pilórico até o 
intestino delgado, onde continuam a mistura, a digestão e 
a absorção. 
O estômago também tem 2 curvaturas: 
❖ Curvatura menor: é margem direita côncava mais 
curta do estômago. A incisura angular, parte 
inferior da curvatura, indica a junção do corpo 
gástrico com a parte pilórica do estômago; 
❖ Curvatura maior: é a margem convexa mais longa 
do estômago. 
 
4 
Universidade Federal de Mato Grossodo Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
INTERIOR DO ESTÔMAGO 
O estômago é coberto, interiormente, por uma camada 
de muco contínua que protege sua superfície contra o 
ácido gástrico secretado pelas glândulas gástricas. Quando 
contraída, a túnica mucosa gástrica forma estrias 
longitudinais denominadas pregas gástricas, mais 
acentuadas em direção à parte pilórica e ao longo da 
curvatura maior. 
 
o O que acontece com as pregas longitudinais durante 
a deglutição? 
Durante a deglutição, forma-se um sulco ou um canal 
gástrico temporário entre as pregas longitudinais ao longo 
da curvatura menor, que pode ser visto por radiografia e 
endoscopia. O canal gástrico se deve à firme inserção da 
túnica mucosa gástrica à túnica muscular, que não tem 
uma camada oblíqua nesse local. A saliva e pequenas 
quantidades de alimento mastigado e outros líquidos 
drenam ao longo do canal gástrico para o canal pilórico 
quando o estômago está quase vazio. As pregas gástricas 
diminuem e desaparecem quando o estômago está 
distendido. 
OBS: o canal gástrico não é uma estrutura, é uma região! 
RELAÇÕES DO ESTÔMAGO 
O estômago é coberto por peritônio, exceto nos locais 
em que há vasos sanguíneos ao longo de suas curvaturas 
e em uma pequena área posterior ao óstio cárdico. 
As duas lâminas do omento menor estendem-se ao redor 
do estômago e separam-se de sua curvatura maior como 
o omento maior. 
 
Anteriormente, o estômago relaciona-se com o 
diafragma, o lobo hepático esquerdo e a parede anterior 
do abdome. 
Posteriormente, o estômago relaciona-se com a bolsa 
omental e o pâncreas; a face posterior do estômago 
forma a maior parte da parede anterior da bolsa omental. 
O colo transverso tem relação inferior e lateral com o 
estômago e segue ao longo da curvatura maior do 
estômago até a flexura esquerda do colo. 
O leito do estômago, sobre o qual se apoia o estômago 
quando a pessoa está em decúbito dorsal, é formado 
pelas estruturas que formam a parede posterior da bolsa 
omental. Da região superior para a inferior, o leito do 
estômago é formado pela cúpula esquerda do diafragma, 
baço, rim e glândula suprarrenal esquerdos, artéria 
esplênica, pâncreas e mesocolo transverso. 
Em resumo, o estômago se relaciona com as estruturas 
voltadas mais para esquerda, como a cúpula esquerda do 
diafragma, baço, glândula suprarrenal esquerda, rim 
esquerdo, colo do pâncreas e com os vasos esplênicos 
esquerdos. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO ESTÔMAGO 
A abundante irrigação arterial do estômago tem origem 
no tronco celíaco e em seus ramos 
A maior parte do sangue provém de anastomoses 
formadas ao longo da curvatura menor pela: 
❖ Artéria gástrica direita; 
 
5 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
❖ Artéria gástrica esquerda. 
E ao longo da curvatura maior pela: 
❖ Artéria gastromental direita; 
❖ Artéria gastromental esquerda. 
O fundo gástrico e a parte superior do corpo gástrico 
recebem sangue das artérias gástricas curtas e posteriores. 
 
DRENAGEM VENOSA DO ESTÔMAGO 
As veias gástricas acompanham as artérias em relação à 
posição e ao trajeto. 
As veias gástricas direita e esquerda drenam para a veia 
porta. 
As veias gástricas curtas e as veias gastromentais 
esquerdas drenam para a veia esplênica, que se une à veia 
mesentérica superior (VMS) para formar a veia porta. 
A veia gastromental direita drena para a VMS. 
Uma veia pré-pilórica ascende sobre o piloro até a veia 
gástrica direita. Como essa veia é facilmente visível em 
pessoas vivas, os cirurgiões a utilizam para identificação do 
piloro. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA DO ESTÔMAGO 
Os vasos linfáticos gástricos acompanham as artérias ao 
longo das curvaturas maior e menor do estômago. Eles 
drenam linfa de suas faces anterior e posterior em direção 
às suas curvaturas, onde estão localizados os linfonodos 
gástricos e gastromentais. Os vasos eferentes desses 
linfonodos acompanham as grandes artérias até os 
linfonodos celíacos. 
❖ A linfa dos dois terços superiores do estômago 
drena ao longo dos vasos gástricos direito e 
esquerdo para os linfonodos gástricos; a linfa do 
fundo gástrico e da parte superior do corpo 
gástrico também drena ao longo das artérias 
gástricas curtas e dos vasos gastromentais 
esquerdos para os linfonodos 
pancreaticoesplênicos; 
❖ A linfa dos dois terços direitos do terço inferior 
do estômago drena ao longo dos vasos 
gastromentais direitos até os linfonodos pilóricos; 
❖ A linfa do terço esquerdo da curvatura maior 
drena para os linfonodos pancreaticoduodenais, 
que estão situados ao longo dos vasos gástricos 
curtos e esplênicos. 
 
INERVAÇÃO DO ESTÔMAGO 
INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA 
A inervação parassimpática do estômago provém dos 
troncos vagais anterior e posterior e de seus ramos, que 
entram no abdome através do hiato esofágico. 
❖ Tronco vagal anterior: derivado principalmente 
do nervo vago (NC X) esquerdo, geralmente 
entra no abdome como um ramo isolado situado 
 
6 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
na face anterior do esôfago. Segue em direção à 
curvatura menor do estômago, onde emite 
ramos hepáticos e duodenais, que se separam do 
estômago no ligamento hepatoduodenal. O 
restante do tronco vagal anterior continua ao 
longo da curvatura menor, dando origem aos 
ramos gástricos anteriores. 
❖ Tronco vagal posterior: maior, derivado 
principalmente do nervo vago direito, entra no 
abdome na face posterior do esôfago e segue em 
direção à curvatura menor do estômago. O 
tronco vagal posterior envia ramos para as faces 
anterior e posterior do estômago. Emite um 
ramo celíaco, que segue para o plexo celíaco, e 
depois continua ao longo da curvatura menor, 
dando origem aos ramos gástricos posteriores. 
INERVAÇÃO SIMPÁTICA 
A inervação simpática do estômago, proveniente dos 
segmentos T6 a T9 da medula espinal, segue para o plexo 
celíaco por intermédio do nervo esplâncnico maior e é 
distribuída pelos plexos ao redor das artérias gástricas e 
gastromentais. 
INTESTINO DELGADO 
O intestino delgado, estendendo-se do piloro até a junção 
ileocecal – onde o íleo une-se ao ceco -, é formado por: 
❖ Duodeno; 
❖ Jejuno; 
❖ Íleo. 
 
o Qual a função do intestino delgado? 
Servir como local de absorção de nutrientes dos 
alimentos ingeridos. 
DUODENO 
É a primeira e mais curta (25 cm) parte do intestino 
delgado, porém, também é a mais larga e a mais fixa. 
O duodeno segue um trajeto em formato de C ao redor 
da cabeça do pâncreas. Começa no piloro no lado direito 
e termina na flexura (junção) duodenojejunal no lado 
esquerdo, a qual ocorre aproximadamente no nível da 
vértebra L2. 
 
O duodeno é ainda dividido em 4 partes: 
❖ Parte superior: ascende a partir do piloro e é 
superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. O 
peritônio cobre sua face anterior, mas não há 
peritônio posteriormente, com exceção da 
ampola. A parte proximal tem o ligamento 
hepatoduodenal (parte do omento menor) 
fixado superiormente e o omento maior fixado 
inferiormente; 
❖ Parte descendente: segue inferiormente, 
curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas. Os 
ductos colédoco e pancreático principal entram 
em sua parede posteromedial. Esses ductos 
geralmente se unem para formar a ampola 
hepatopancreática, que se abre em uma 
eminência, chamada papila maior do duodeno, 
localizada posteromedialmente na parte 
descendente do duodeno. A parte descendente 
do duodeno é totalmente retroperitoneal. A face 
anterior de seus terços proximal e distal é 
coberta por peritônio; entretanto, o peritônio é 
refletido de seu terço médio para formar o 
mesentério duplo do colo transverso, o 
mesocolo transverso; 
❖ Parte inferior ou horizontal: segue 
transversalmente para a esquerda, passando 
sobre a VCI, a aorta e a vértebra L III. 
 
7 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
FernandaNishi – MED26 
Superiormente a ela está a cabeça do pâncreas e 
seu processo uncinado. A face anterior da parte 
inferior é coberta por peritônio, exceto na parte 
em que é cruzada pelos vasos mesentéricos 
superiores e pela raiz do mesentério. 
Posteriormente, é separada da coluna vertebral 
pelo músculo psoas maior direito, VCI, aorta e 
vasos testiculares ou ováricos direitos; 
❖ Parte ascendente: segue superiormente e ao 
longo do lado esquerdo da aorta para alcançar a 
margem inferior do corpo do pâncreas. Aí, ela se 
curva anteriormente para se unir ao jejuno na 
flexura duodenojejunal, sustentada pela inserção 
do músculo suspensor do duodeno (ligamento 
de Treitz). Esse músculo é formado por uma alça 
de músculo esquelético do diafragma e uma faixa 
fibromuscular de músculo liso da terceira e 
quarta partes do duodeno. A contração desse 
músculo alarga o ângulo da flexura 
duodenojejunal, facilitando o movimento do 
conteúdo intestinal. O músculo suspensor do 
duodeno passa posteriormente ao pâncreas e à 
veia esplênica e anteriormente à veia renal 
esquerda. 
CAI NA PROVA!!! LIGAMENTO DE TREITZ. 
 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO DUODENO 
As artérias do duodeno originam-se do tronco celíaco e 
da artéria mesentérica superior. 
O tronco celíaco, por intermédio da artéria 
gastroduodenal e seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal 
superior, supre a parte do duodeno proximal à entrada 
do ducto colédoco na parte descendente do duodeno. 
A artéria mesentérica superior, por meio de seu ramo, a 
artéria pancreaticoduodenal inferior, supre o duodeno 
distal à entrada do ducto colédoco. 
As artérias pancreaticoduodenais situam-se na curvatura 
entre o duodeno e a cabeça do pâncreas e irrigam as duas 
estruturas. 
A anastomose das artérias pancreaticoduodenais superior 
e inferior ocorre entre a entrada do ducto colédoco e a 
junção das partes descendente e inferior do duodeno. 
Aqui ocorre uma importante transição na irrigação do 
sistema digestório: 
❖ Na parte proximal, estendendo-se oralmente 
(em direção à boca) até inclusive a parte 
abdominal do esôfago, o sistema digestório é 
irrigado pelo tronco celíaco; 
❖ Na região distal, estendendo-se aboralmente 
(afastando-se da boca) até a flexura esquerda do 
colo, o sangue provém da AMS. 
A base dessa transição na irrigação sanguínea é 
embriológica; esse é o local da junção do intestino anterior 
com o intestino médio. 
DRENAGEM VENOSA DO DUODENO 
As veias do duodeno acompanham as artérias e drenam 
para a veia porta, algumas diretamente e outras 
indiretamente, pelas: 
❖ Veia mesentérica superior; 
❖ Veia esplênica. 
DRENAGEM LINFÁTICA DO DUODENO 
Os vasos linfáticos do duodeno acompanham as artérias. 
Os vasos linfáticos anteriores drenam para: 
❖ Linfonodos pancreaticoduodenais: localizados ao 
longo das artérias pancreaticoduodenais superior 
e inferior; 
❖ Linfonodos pilóricos: situados ao longo da artéria 
gastroduodenal. 
Os vasos linfáticos posteriores seguem posteriormente à 
cabeça do pâncreas e drenam para os linfonodos 
mesentéricos superiores. 
 
8 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos duodenais 
drenam para os linfonodos celíacos. 
INERVAÇÃO DO DUODENO 
Os nervos do duodeno derivam do nervo vago e dos 
nervos esplâncnicos (abdominopélvicos) maior e menor 
por meio dos plexos celíaco e mesentérico superior. 
Os nervos seguem para o duodeno via plexos periarteriais 
que se estendem até as artérias pancreaticoduodenais 
JEJUNO E ÍLEO 
A segunda parte do intestino delgado, o jejuno, começa 
na flexura duodenojejunal, onde o sistema digestório volta 
a ser intraperitoneal. 
A terceira parte do intestino delgado, o íleo, termina na 
junção ileocecal, a união da parte terminal do íleo e o 
ceco. 
O mesentério é uma prega de peritônio em forma de 
leque que fixa o jejuno e o íleo à parede posterior do 
abdome. A origem ou raiz do mesentério (com 
aproximadamente 15 cm de comprimento) tem direção 
oblíqua, inferior e para a direita. Estende-se da flexura 
duodenojejunal no lado esquerdo da vértebra L II até a 
junção ileocólica e a articulação sacroilíaca direita. O 
comprimento médio do mesentério, desde a raiz até a 
margem do intestino, é de 20 cm. 
A raiz do mesentério cruza (sucessivamente) as partes 
ascendente e horizontal do duodeno, parte abdominal da 
aorta, VCI, ureter direito, músculo psoas maior direito e 
vasos testiculares ou ováricos direitos. 
Entre as duas camadas do mesentério estão os vasos 
mesentéricos superiores, linfonodos, uma quantidade 
variável de gordura e nervos autônomos. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO JEJUNO E ÍLEO 
A artéria mesentérica superior (AMS) irriga o jejuno e o 
íleo via artérias jejunais e ileais. 
A AMS geralmente origina-se da parte abdominal da aorta 
no nível da vértebra L I, cerca de 1 cm inferior ao tronco 
celíaco, e segue entre as camadas do mesentério, 
enviando 15 a 18 ramos para o jejuno e o íleo. As artérias 
se unem para formar alças ou arcos, chamados arcos 
arteriais, que dão origem a artérias retas, denominadas 
vasos retos. 
 
DRENAGEM VENOSA DO JEJUNO E ÍLEO 
A veia mesentérica superior drena o jejuno e o íleo. Situa-
se anteriormente e à direita da AMS na raiz do 
mesentério. 
A VMS termina posteriormente ao colo do pâncreas, 
onde se une à veia esplênica para formar a veia porta. 
DRENAGEM LINFÁTICA DO JEJUNO E ÍLEO 
Os vasos linfáticos especializados nas vilosidades intestinais 
(pequenas projeções da túnica mucosa) que absorvem 
gordura são denominados lactíferos. Eles drenam seu 
líquido leitoso para os plexos linfáticos nas paredes do 
jejuno e do íleo. Por sua vez, os vasos lactíferos drenam 
para os vasos linfáticos entre as camadas do mesentério. 
No mesentério, a linfa atravessa sequencialmente três 
grupos de linfonodos: 
❖ Linfonodos justaintestinais: localizados perto da 
parede intestinal; 
❖ Linfonodos mesentéricos: dispersos entre os 
arcos arteriais; 
❖ Linfonodos centrais superiores: localizados ao 
longo da parte proximal da AMS. 
Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos mesentéricos 
drenam para os linfonodos mesentéricos superiores. Os 
vasos linfáticos da parte terminal do íleo seguem o ramo 
ileal da artéria ileocólica até os linfonodos ileocólicos. 
INERVAÇÃO DO JEJUNO E ÍLEO 
 
9 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
A AMS e seus ramos são circundados por um plexo 
nervoso periarterial por meio do qual os nervos são 
conduzidos até as partes do intestino irrigadas por essa 
artéria. 
As fibras simpáticas nos nervos para o jejuno e o íleo 
originam-se nos segmentos T8 a T10 da medula espinal e 
chegam ao plexo mesentérico superior por intermédio 
dos troncos simpáticos e nervos esplâncnicos (maior, 
menor e imo) torácicos abdominopélvicos. 
As fibras simpáticas pré-ganglionares fazem sinapse nos 
corpos celulares dos neurônios simpáticos pós-
ganglionares nos gânglios celíaco e mesentérico superior 
(pré-vertebral). 
A estimulação simpática reduz a atividade peristáltica e 
secretora do intestino e causa vasoconstrição, reduzindo 
ou interrompendo a atividade gastrintestinal e 
disponibilizando sangue (e energia) para a reação de luta 
ou fuga. A interrupção da estimulação simpática possibilita 
vasodilatação, restaurando o fluxo sanguíneo para o 
intestino. 
As fibras parassimpáticas nos nervos para o jejuno e para 
o íleo provêm dos troncos vagais posteriores. 
As fibras parassimpáticas pré-ganglionares fazem sinapse 
com os neurônios parassimpáticos pós-ganglionares nos 
plexos mioentérico e submucoso na parede intestinal. 
A estimulação parassimpática aumenta a atividade 
peristáltica e secretora do intestino, restaurando a 
atividade digestiva após uma reação simpática. 
O intestino delgado também tem fibras sensitivas 
(aferentes viscerais) intrínsecas e extrínsecas.O intestino 
é insensível à maioria dos estímulos dolorosos, inclusive 
incisão e queimadura; entretanto, é sensível à distensão 
que é percebida como cólica (dor abdominal 
espasmódica). A dor visceral proveniente do intestino 
delgado pode ser referida para dermátomos inervados 
por fibras aferentes somáticas que são compartilhadas 
pelos mesmos gânglios sensitivos e segmentos da medula 
espinal. 
INTESTINO GROSSO 
O intestino grosso é o local de absorção da água dos 
resíduos indigeríveis do quimo líquido, convertendo-o em 
fezes semissólidas, que são temporariamente 
armazenadas e acumuladas até que haja defecação. 
O intestino grosso é formado pelo: 
❖ Ceco; 
❖ Apêndice vermiforme; 
❖ Partes ascendente, transversa, descendente e 
sigmoide do colo; 
❖ Reto e canal anal. 
 
o O que diferencia o intestino grosso do intestino 
delgado? 
❖ Apêndices omentais do colo; 
❖ Tênias do colo: são três faixas longitudinais 
distintas: 
1. tênia mesocólica, à qual se fixam os mesocolos 
transverso e sigmoide; 
2. tênia omental, à qual se fixam os apêndices 
omentais; 
3. tênia livre, à qual não estão fixados mesocolos 
nem apêndices omentais; 
❖ Saculações: 
❖ Calibre (diâmetro interno) muito maior. 
 
o O que são tênias do colo? 
São faixas espessas de músculo liso que representam a 
maior parte da camada longitudinal que começam na base 
do apêndice vermiforme como a camada longitudinal 
espessa do apêndice vermiforme que se divide para 
formar 3 faixas. Como sua contração tônica encurta a 
parte da parede associada, o colo adquire uma aparência 
sacular ou “de bolsas” entre as pregas semilunares, 
formando as saculações. 
CECO E APÊNDICE VERMIFORME 
O ceco é a primeira parte do intestino grosso; é contínuo 
com o colo ascendente. É uma bolsa intestinal cega, que 
mede aproximadamente 7,5 cm de comprimento e 
largura. 
o Onde o ceco se situa? 
 
10 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
Situa-se na fossa ilíaca do quadrante inferior direito do 
abdome. 
O ceco é quase totalmente revestido por peritônio e 
pode ser levantado livremente. Entretanto, não possui 
mesentério. 
o Se pode ser levantado livremente, isso quer dizer que 
é totalmente livre? 
Não! O ceco pode ser deslocado da fossa ilíaca, mas 
costuma estar ligado à parede lateral do abdome por uma 
ou mais pregas cecais de peritônio. 
O óstio ileal projeta-se no ceco entre os lábios ileocólico 
e ileocecal (superior e inferior), pregas que se encontram 
lateralmente e formam a crista denominada frênulo do 
óstio ileal. 
 
Acreditava-se que quando o ceco fosse distendido ou 
quando se contraísse, ocorreria contração ativa do 
frênulo, que fecharia a válvula para evitar refluxo do ceco 
para o íleo. No entanto, a observação direta por 
endoscopia em pessoas vivas não confirma essa descrição. 
O músculo circular é mal desenvolvido ao redor do óstio; 
portanto, é improvável que a válvula tenha alguma ação 
esfincteriana que controle a passagem do conteúdo 
intestinal do íleo para o ceco. O óstio, porém, geralmente 
é fechado por contração tônica, apresentando-se como 
uma papila ileal no lado cecal. A papila provavelmente atua 
como uma válvula unidirecional relativamente passiva, que 
impede o refluxo do ceco para o íleo quando houver 
contrações para impulsionar o conteúdo para o colo 
ascendente e colo transverso. 
O apêndice vermiforme é um divertículo intestinal cego 
(6 a 10 cm de comprimento) que contém massas de 
tecido linfoide. 
o Onde o apêndice vermiforme se origina? 
Origina-se na face posteromedial do ceco, inferiormente 
à junção ileocecal. 
O apêndice vermiforme tem um mesentério triangular 
curto, o mesoapêndice, originado da face posterior do 
mesentério da parte terminal do íleo. 
O mesoapêndice fixa-se ao ceco e à parte proximal do 
apêndice vermiforme. A posição do apêndice vermiforme 
é variável, mas geralmente é retrocecal. 
CAI NA PROVA!!! MESOAPÊNDICE. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO CECO 
A irrigação arterial do ceco é realizada pela artéria 
ileocólica, o ramo terminal da AMS. 
o Quem irriga o apêndice vermiforme? 
A artéria apendicular, um ramo da artéria ileocólica. 
AMS > artéria ileocólica > artéria apendicular. 
DRENAGEM VENOSA DO CECO 
A drenagem venosa do ceco e do apêndice vermiforme 
segue por uma tributária da VMS, a veia ileocólica. 
DRENAGEM LINFÁTICA DO CECO 
A drenagem linfática do ceco e do apêndice vermiforme 
segue até os linfonodos no mesoapêndice e até os 
linfonodos ileocólicos situados ao longo da artéria 
ileocólica. 
Os vasos linfáticos eferentes seguem até os linfonodos 
mesentéricos superiores. 
INERVAÇÃO DO CECO 
A inervação do ceco e do apêndice vermiforme provém 
dos nervos simpáticos e parassimpáticos do plexo 
mesentérico superior. 
As fibras nervosas simpáticas originam-se na parte 
torácica inferior da medula espinal. 
As fibras nervosas parassimpáticas provêm dos nervos 
vagos. 
 
11 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
As fibras nervosas aferentes do apêndice vermiforme 
acompanham os nervos simpáticos até o segmento T10 
da medula espinal. 
COLO 
O colo é dividido em partes, de modo que circunda o 
intestino delgado: 
❖ Ascendente; 
❖ Transversa; 
❖ Descendente; 
❖ Sigmoide. 
COLO ASCENDENTE 
O colo ascendente é a segunda parte do intestino grosso. 
Segue para cima na margem direita da cavidade 
abdominal, do ceco até o lobo hepático direito, onde vira 
para a esquerda na flexura direita do colo (flexura 
hepática). Essa flexura situa-se profundamente às costelas 
IX e X e é superposta pela parte inferior do fígado. 
o O colo ascendente é coberto por peritônio? 
Sim, mas não totalmente. O colo ascendente é coberto 
por peritônio anteriormente e nas suas laterais. 
Entretanto, também apresenta mesentério, o qual 
somente é presente em 25% das pessoas. 
O colo ascendente é separado da parede anterolateral do 
abdome pelo omento maior. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO COLO 
ASCENDENTE E DA FLEXURA HEPÁTICA 
A irrigação arterial do colo ascendente e da flexura direita 
do colo provém de ramos da AMS, as artérias ileocólica e 
cólica direita. 
Essas artérias anastomosam-se entre si e com o ramo 
direito da artéria cólica média, o primeiro de uma série de 
arcos anastomóticos que é continuado pelas artérias 
cólica esquerda e sigmóidea para formar um canal arterial 
contínuo, o arco justacólico (artéria ou arco marginal do 
colo). Essa artéria é paralela ao colo e acompanha todo 
seu comprimento perto de sua margem mesentérica. 
 
DRENAGEM VENOSA DO COLO 
ASCENDENTE 
A drenagem venosa do colo ascendente segue por meio 
de tributárias da VMS: 
❖ Veia cólica direita; 
❖ Veia ileocólica. 
DRENAGEM LINFÁTICA DO COLO 
ASCENDENTE 
A drenagem linfática segue primeiro até: 
1. Linfonodos epicólicos e paracólicos, perto dos 
linfonodos cólicos direitos intermediários e 
ileocólicos; 
2. Linfonodos mesentéricos superiores. 
INERVAÇÃO DO COLO ASCENDENTE 
A inervação do colo ascendente é derivada do plexo 
mesentérico superior. 
COLO TRANSVERSO 
É a terceira parte do intestino grosso, a mais longa e mais 
móvel. Atravessa o abdome da flexura direita do colo até 
a flexura esquerda do colo, onde se curva para baixo e dá 
origem ao colo descendente. 
o Qual a diferença entre a flexura direita do colo para 
a flexura esquerda do colo? 
A flexura esquerda do colo (flexura esplênica) geralmente 
é superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura 
direita do colo. 
o Onde se situa o colo transverso? 
 
12 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
Situa-se anteriormente à parte inferior do rim esquerdo 
e fixa-se ao diafragma através do ligamento frenocólico. 
O colo transverso apresenta ainda um mesentério, o 
mesocolo transverso, e frequentemente descem até o 
nível das cristas ilíacas. 
o Onde o mesentério do colo transversose fixa? 
O mesentério adere à parede posterior da bolsa omental 
ou se funde com ela. A raiz do mesocolo transverso situa-
se ao longo da margem inferior do pâncreas e é contínua 
com o peritônio parietal posteriormente. 
OBS: em pessoas magras e altas, o colo transverso pode 
estender-se até a pelve. 
IRRIGAÇÃO ARTEIRAL DO COLO 
TRANSVERSO 
A irrigação arterial do colo transverso provém 
principalmente da artéria cólica média, um ramo da AMS. 
Entretanto, o colo transverso também pode receber 
sangue arterial das artérias cólicas direita e esquerda por 
meio de anastomoses, parte da série de arcos 
anastomóticos que coletivamente formam o arco 
justacólico (artéria ou arco marginal do colo). 
DRENAGEM VENOSA DO COLO TRANSVERSO 
É feita pela VMS. 
DRENAGEM LINFÁTICA DO COLO 
TRANSVERSO 
A drenagem linfática do colo transverso se dá para os 
linfonodos cólicos médios, que, por sua vez, drenam para 
os linfonodos mesentéricos superiores. 
INERVAÇÃO DO COLO TRANSVERSO 
A inervação do colo transverso provém do plexo 
mesentérico superior via plexos periarteriais das artérias 
cólicas direita e média. 
COLO DESCENDENTE 
O colo descendente ocupa posição secundariamente 
retroperitoneal entre a flexura esquerda do colo e a fossa 
ilíaca esquerda, onde é contínua com o colo sigmoide. 
o O colo descendente é todo coberto por peritônio? 
Não! O peritônio cobre o colo anterior e lateralmente e 
o liga à parede posterior do abdome. 
O colo descendente tem mesentério curto em 
aproximadamente 33% das pessoas. Entretanto, em geral, 
ele não é longo o suficiente para causar vólvulo (torção) 
do colo. 
COLO SIGMOIDE 
Une o colo descendente ao reto. O colo sigmoide 
estende-se da fossa ilíaca até a terceira vértebra sacral 
(S3), onde se une ao reto. 
O fim das tênias do colo, a aproximadamente 15 cm do 
ânus, indica a junção retossigmoide. 
O colo sigmoide geralmente tem mesentério longo – o 
mesocolo sigmoide – e, portanto, tem grande liberdade 
de movimento, principalmente sua parte média. A raiz do 
mesocolo sigmoide tem inserção em formato de V 
invertido, que se estende primeiro medial e 
superiormente ao longo dos vasos ilíacos externos e, 
depois, medial e inferiormente a partir da bifurcação dos 
vasos ilíacos comuns até a face anterior do sacro. 
Os apêndices omentais do colo sigmoide são longos; eles 
desaparecem quando o mesocolo sigmoide termina. As 
tênias do colo também desaparecem quando o músculo 
longitudinal na parede do colo se alarga para formar uma 
camada completa no reto. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO COLO 
TRANSVERSO E DO COLO SIGMOIDE 
A irrigação arterial do colo descendente e do colo 
sigmoide provém das artérias cólica esquerda e 
sigmóideas, ramos da AMI. 
Durante a ressecção cirúrgica do colo a visualização da 
anastomose da artéria mesentérica superior e da AMI é 
importante para garantir irrigação sanguínea contínua. 
As artérias sigmóideas descem obliquamente para a 
esquerda, onde se dividem em: 
❖ Ramos ascendentes; 
❖ Ramos descendentes. 
 
13 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
O ramo superior da artéria sigmóidea superior 
anastomosa-se com o ramo descendente da artéria cólica 
esquerda, assim formando uma parte da artéria marginal. 
DRENAGEM VENOSA DO COLO TRANSVERSO 
E DO COLO SIGMOIDE 
A drenagem venosa do colo descendente e do colo 
sigmoide é feita pela VMI, geralmente fluindo para a veia 
esplênica e, depois, para a veia porta em seu trajeto até o 
fígado. 
CAI NA PROVA!!! 
DRENAGEM LINFÁTICA DO COLO 
TRANSVERSO E DO COLO SIGMOIDE 
A drenagem linfática do colo descendente e do colo 
sigmoide é conduzida por vasos que seguem até os 
linfonodos epicólicos e paracólicos e depois através dos 
linfonodos cólicos intermediários ao longo da artéria 
cólica esquerda. 
A linfa desses linfonodos segue para os linfonodos 
mesentéricos inferiores situados ao redor da AMI. 
Entretanto, a linfa proveniente da flexura esquerda do 
colo também pode drenar para os linfonodos 
mesentéricos superiores. 
 
INVERVAÇÃO DO COLO TRANSVERSO E DO 
COLO SIGMOIDE 
Oralmente (em direção à boca ou proximal) à flexura 
esquerda do colo, as fibras simpáticas e parassimpáticas 
seguem juntas a partir do plexo aórtico abdominal através 
dos plexos periarteriais para chegarem à parte abdominal 
do trato alimentar. Entretanto, aboralmente (em sentido 
oposto à boca ou distal) à flexura, seguem vias distintas. 
INERVAÇÃO SIMPÁTICA 
A inervação simpática dos colos descendente e sigmoide 
provém da parte lombar do tronco simpático via nervos 
esplâncnicos lombares (abdominopélvicos), do plexo 
mesentérico superior e dos plexos periarteriais que 
acompanham a artéria mesentérica inferior e seus ramos. 
INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA 
A inervação parassimpática provém dos nervos 
esplâncnicos pélvicos através do plexo e nervos 
hipogástricos (pélvicos) inferiores, que ascendem 
retroperitonealmente a partir do plexo, 
independentemente da irrigação arterial para essa parte 
do sistema digestório. 
Oralmente à parte média do colo sigmoide, fibras 
aferentes viscerais que conduzem a sensação de dor 
seguem retrogradamente com fibras simpáticas para os 
gânglios sensitivos dos nervos espinais toracolombares, 
enquanto aquelas que conduzem informações reflexas 
seguem com as fibras parassimpáticas para os gânglios 
sensitivos vagais. 
Aboralmente à parte média do colo sigmoide, todas as 
fibras aferentes viscerais acompanham as fibras 
parassimpáticas retrogradamente até os gânglios 
sensitivos dos nervos espinais S2–S4. 
RETO E CANAL ANAL 
O reto é a parte terminal fixa (basicamente 
retroperitoneal e subperitoneal) do intestino grosso. É 
contínuo com o colo sigmoide no nível da vértebra S III. 
A junção ocorre na extremidade inferior do mesentério 
do colo sigmoide. O reto é contínuo inferiormente com 
o canal anal. 
Se o reto é observado lateralmente, possui 2 flexuras: 
 
14 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
❖ Flexura sacral do reto: curva do sacro e do 
cóccix; 
❖ Flexura anorretal do canal anal. 
Se o reto é observado anteriormente, possui 3 flexuras: 
❖ Flexura lateral superior: lado esquerdo; 
❖ Flexura lateral inferior: lado esquerdo; 
❖ Flexura lateral intermediária: lado direito. 
Em resumo, em vista lateral, o reto tem 2 flexuras à 
esquerda e 1 flexura à direita. 
As flexuras laterais são formadas em relação a três 
invaginações internas (pregas transversas do reto): duas à 
esquerda e uma à direita. As pregas situam-se sobre 
partes espessas da lâmina muscular circular da parede 
retal. 
A parte terminal dilatada do reto, situada diretamente 
superior ao diafragma da pelve (músculo levantador do 
ânus) e corpo anococcígeo, e sustentada por eles, é a 
ampola do reto. A ampola do reto recebe e retém a 
massa fecal que se acumula até que seja expelida durante 
a defecação. A capacidade de relaxamento da ampola do 
reto para acomodar a chegada inicial e subsequente de 
material fecal é outro elemento essencial para manter a 
continência fecal. 
o O peritônio cobre todo o reto? 
Não! O peritônio cobre as faces anterior e lateral do 
terço superior do reto, apenas a face anterior do terço 
médio e não cobre o terço inferior, que é subperitoneal. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO RETO 
A artéria retal superior, a continuação da artéria 
mesentérica inferior abdominal, irriga a parte proximal do 
reto. 
As artérias retais médias direita e esquerda, que 
normalmente originam-se das divisões anteriores das 
artérias ilíacas internas na pelve, irrigam as partes média e 
inferior do reto. 
As artérias retais inferiores, originadas das artérias 
pudendas internas no períneo, irrigam a junção anorretal 
e o canal anal. Anastomoses entre as artérias retais 
superior e inferior podem garantir a circulação colateral 
em potencial, mas as anastomoses com as artérias retais 
médiassão esparsas. 
 
DRENAGEM VENOSA DO RETO 
O sangue do reto drena pelas: 
❖ Veias retais superiores: drena para o sistema 
venoso porta; 
❖ Veias retais médias: drenam para o sistema 
sistêmico; 
❖ Veias retais inferiores: drenam para o sistema 
sistêmico. 
 
INERVAÇÃO DO RETO 
A inervação do reto provém dos sistemas simpático e 
parassimpático. 
A inervação simpática provém da medula espinal lombar, 
conduzida pelos nervos esplâncnicos lombares e dos 
 
15 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS 
Fernanda Nishi – MED26 
plexos hipogástrico/pélvico e pelo plexo periarterial das 
artérias mesentérica inferior e retal superior. 
A inervação parassimpática provém do nível S2–S4 da 
medula espinal, seguindo pelos nervos esplâncnicos 
pélvicos e dos plexos hipogástricos inferiores esquerdo e 
direito até o plexo retal (pélvico). Como o reto situa-se 
inferior (distal) à linha de dor pélvica, todas as fibras 
aferentes viscerais seguem as fibras parassimpáticas 
retrogradamente até os gânglios sensitivos de nervos 
espinais S2–S4.

Continue navegando